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EDUCAÇÃO ALIMENTAR COMO AUXÍLIO NO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS TIPO II. Faculdade Maurício de Nassau, Teresina PI, Brasil 1.

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Academic year: 2021

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EDUCAÇÃO ALIMENTAR COMO AUXÍLIO NO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS TIPO II

LIMA, M. A1*; DA SILVA, K. M. R1; JUNIOR, E. C1; VERAS, L. B. S1, MACHADO, R.S1; SOUSA, A. C.1; JUNIOR, F. M. D.1; FERREIRA, S. L1; BARBOSA, M. C. N. A1; COSTA, A.

C1.

Faculdade Maurício de Nassau, Teresina PI, Brasil1.

Resumo

Introdução: O diabetes tipo II apresenta-se em função à resistência da entrada de

glicose nas células, devido ao desregulamento da insulina. Deste modo, se expressa com sinais e sintomas agressivos, como a cegueira. Objetivo: Analisar a importância de a educação alimentar no controle da glicemia em diabéticos.

Materiais e métodos: Utilizou-se como base de dados o Pubmed, Scielo e Science

direct, para pesquisa, com os descritores “Diabetes tipo II”, “Educação alimentar” e

“alimentação para diabéticos”, entre os anos de 2010 e 2017. Foram utilizados os artigos que melhor se enquadraram no objetivo proposto. Resultados e discussão: em todos os estudos analisados foi observada a carência no que diz respeito à disseminação da educação alimentar no tratamento de diabéticos. Em decorrência disto, uma pequena quantidade de portadores mantinham os níveis glicêmicos adequados. Conclusão: A educação alimentar se faz de grande importância visto que, ajuda o portador do diabetes a reconhecer mais sobre a patologia, os horários em que se devem realizar as refeições e oque podem ingerir, assim, mantendo-se o índice glicêmico ajustado.

Palavras-chave: Diabetes tipo II; Educação alimentar; Alimentação para diabéticos. Abstract

Introduction: Type II diabetes presented a function of the resistance of the glucose

entry in the cells, due to the deregulation of the insulin. In this way, it is expressed with aggressive signs and symptoms, such as blindness. Objective: To analyze the importance of food education in glycemic control in diabetics. Materials and

methods: The databases Pubmed, Scielo and Science direct, with the descriptors

"Diabetes type II", "Food education" and "diet for diabetics" were used between 2010 and 2017. Articles were used which best fit the proposed goal. Results and

discussion: in all the studies analyzed, there was a lack in the dissemination of food

education in the treatment of diabetics. As a result, a small number of carriers maintained adequate glycemic levels. Conclusion: Food education is of great

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importance since it helps the diabetes sufferer to recognize more about the pathology, the times in which the meals must be done and what they can eat, thus maintaining the adjusted glycemic index.

Keywords: Type II diabetes; Nutrition education; Food for diabetics. Introdução

O diabetes mellitus tipo II (DM) é uma doença crônica que afeta o metabolismo da glicose no organismo ocasionando resistência dos efeitos da insulina, hormônio que regula a entrada de açúcar nas células. Deste modo, esta patologia caracteriza-se por níveis elevados de glicose no sangue. A maioria dos portadores do diabetes tipo II desenvolvem esta condição através da herança genética, que se expressa em receptores de insulina nos músculos, tecido gorduroso e fígado4. A resistência periférica a insulina junto à alimentação desregulada também leva como fins o diabetes. Dentre os sintomas mais comuns, encontra-se a polifagia, caracterizado pelo não saciamento pós-refeição, polidipsia que é o aumento da sede, e poliúria quando se é observado o aumento da micção. Geralmente o tratamento é realizado com dieta, exercícios físicos e uso da insulina. Entretanto verifica-se com frequência a dificuldade de pacientes em manter a doença sobre controle, devido à complexidade dos fatores, como o conhecimento da patologia, dos alimentos e verificação dos índices glicêmicos. Sendo assim, a educação alimentar torna-se um aliado no tratamento de diabéticos, diminuindo os agravos e aumentando a longevidade1.

Objetivo

O presente trabalho objetivou analisar através de uma revisão da literatura a importância da educação alimentar como auxílio no tratamento do diabetes tipo II.

Materiais e métodos

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português. Os artigos que estivessem completos, escritos em português e/ou inglês e que datassem de 2010 a 2017 foram selecionados, mas só os trabalhos que melhor se enquadraram no objetivo proposto foram incluídos nesta pesquisa.

Resultados e Discussão

Cerca de (65%) dos artigos adotados por esta revisão retratava-se sobre a educação alimentar para diabéticos e o seu tratamento. Os resultados destes trabalhos tinham em comum á afirmação de que a educação alimentar compreende cerca de (60%) de importância no tratamento do diabetes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o numero de diabéticos atingirá cerca de 366 milhões de indivíduos até 2030 e 2,9 milhões de mortes serão atribuídas a esta mesma causa, no mundo. Torna-se preocupante a proporção em que o diabetes tipo II avança no Brasil, triplicando os riscos de ataque cardíaco, aumentando as chances de amputação, derrame, falência nos rins, cegueira e complicações na gestação4. O tratamento insulínico em diabéticos mostra-se eficiente, mas obtendo resultados não satisfatórios quando o paciente não se faz de uma alimentação apropriada. A educação alimentar é um aspecto fundamental no tratamento, e sua importância é reconhecida em diversos estudos realizados em comunidades com diferentes características socioeconômicas e culturais2. Estudos experimentais e clínicos têm demonstrado que uma dieta com alto teor de gordura e baixo teor de fibras aumenta o risco de desenvolvimento da intolerância à glicose e do DM tipo II3, assim, dificultando o tratamento insulínico. Em um estudo feito por Cristine e colaboradores (2012) onde avaliavam o conhecimento sobre alimentação antes e após intervenção nutricional entre diabéticos tipo II, utilizando questionários com perguntas relacionadas o diabetes e a alimentação, foi observado que pessoas que faziam uso da insulina junto ao acompanhamento nutricional4 se sobressaíram em relação aos portadores de diabetes que utilizavam insulina, mas que não tinham acompanhamento nutricional. Anunciação e colaboradores (2013) realizaram um estudo semelhante, visando à avaliação do perfil nutricional e sua relação com o nível de conhecimento acerca do diabetes tipo II. A pesquisa foi desenvolvida com 179 voluntários, adultos e idosos de ambos os sexos da UBS de Bauxita. Primeiramente, foram lançadas 13 frases relacionadas à alimentação e diabetes, em que o indivíduo deveria responder “falso” ou “verdadeiro” para cada frase. Após a aplicação do teste foi realizado um jogo denominado “Bingo Nutricional”, abordando alimentação saudável para diabéticos. Foram distribuídos entre os participantes cartelas com desenhos de alimentos, para que, quem escolhesse um desenho, expressava-se o conhecimento acerca de tal alimento. Logo em seguida o nutricionista responsável esclarecia sobre o alimento sorteado. Após o sétimo e vigésimo dia, os participantes do estudo foram visitados a domicilio para um novo teste. Foi observado que o numero de acerto entre as questões abordadas foram aumentadas em (69%) em relação ao primeiro teste. O Consenso Brasileiro de Conceitos e Condutas para o diabetes recomenda que os carboidratos devam representar (50%) a (60%) do valor calórico total da dieta, dando-se preferência aos

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alimentos ricos em fibras e restringindo-se os açúcares simples. Gonçalves e colaboradores (2017) em sua pesquisa observacional utilizaram entrevista e questionário a respeito da alimentação saudável para diabéticos. O estudo foi realizado utilizando 14 mulheres e 16 homens, com idade média 67 anos de idade. Dentre as perguntas direcionadas junto ao formulário de questões, as respostas obtidas foram as seguintes (Tabela 1):

Tabela 1- Avaliação entre diabéticos quanto à alimentação e monitoramento do índice glicêmico.

O senhor se alimenta em intervalos regulares (de 3 em 3 horas) ?

Respostas Sim Não Numero de pessoas 24 06 Porcentagem 80% 20%

Após as orientações recebidas, como o senhor avalia sua alimentação?

Respostas Adequada Inadequada Numero de pessoas 26 04 Porcentagem 86,66% 13,34%

O senhor (a) monitora sua glicemia?

Respostas Sim Não Numero de pessoas 07 23 Porcentagem 23,33% 76,67%

Fonte:Gonçalves et al., (2017)6.

Foi observado que (80%) dos participantes do estudo afirmaram se alimentar periodicamente e cerca de (86%) autoavaliaram-se com dieta adequada. Porém, quando analisado o índice glicêmico dos indivíduos, a taxa de glicose encontrava-se elevada. E também, os participantes revelaram o não monitoramento de sua glicemia. Após a tabulação e correlação dos dados, (100%) dos participantes exaltaram a importância da educação alimentar no controle do diabetes6. Os avanços em pesquisas com alimentos funcionais também demostram bons resultados em estudos não clínicos, mas que futuramente podem estar inseridos na dieta dos portadores do diabetes tipo II, corroborando no controle dos índices glicêmicos. Lima e colaboradores (2012) estudou a farinha do fruto de maracujá desidratado em ratos normais e observou efeito inibitório sobre absorção de sacarose, já em ratos diabéticos a pesquisa demostra efeito hipoglicêmico, ajudando no controle do diabetes tipo II. Este estudo revela que os efeitos positivos da farinha do fruto de maracujá obtém inibição relativamente comparada com as terapias convencionais utilizadas em pacientes portadores do diabetes tipo II, e ainda, com efeito prolongado5.

Conclusão

Diante disso, observa-se o quão importante é uma dieta adequada e a educação alimentar para o tratamento eficaz diabetes tipo II, possibilitando obter uma melhor resposta ao tratamento do que os portadores de diabetes que não seguem uma dieta apropriada.

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1. FERREIRA, V.A; CAMPOS, S.M.B. Avanços farmacológicos no tratamento do diabetes tipo 2. Brazilian Journal of Surgery and Clinical Research, Vol.8, n.3, pp.72-78 Set - Nov 2014.

2. HAUSSEN, A. G. R., CARVALHO, C. M. D., MACHADO, V. M. T., PAULA, T. P. D., VIANA, L. V., & AZEVEDO, M. J. D. HAUSSEN, Ana Gabriela Rodrigues et al. Avaliação da resposta glicêmica e insulinêmica após o consumo de desjejuns com diferentes fontes de fibra em pacientes com diabetes melito tipo 2: ensaio clínico randomizado cruzado. Clinical and biomedical research. Porto Alegre, 2015.

3. DOS SANTOS OLIVEIRA, M. D. S., DE OLIVEIRA, I. C. C., AMORIM, S., EDILÂNIA, M., OTTON, R., & NOGUEIRA, M. F. AVALIAÇÃO DA ADESÃO TERAPÊUTICA DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2. Journal

of Nursing UFPE/Revista de Enfermagem UFPE, v. 8, n. 6, 2014.

4. ANUNCIAÇÃO P.C; BRAGA P.G; ALMEIDA P.S; LOBO L.N; Milene Cristine PESSOA M.C. Avaliação do conhecimento sobre alimentação antes e após intervenção nutricional entre diabéticos tipo 2. Revista baiana de saúde

pública, vol. 36, no 4, 2012.

5. LIMA, E.S., SCHWERTZ, M.C, SOBREIRA, C.R.C, BORRAS, M.R.L. Efeito hipoglicemiante da farinha do fruto de maracujá-do-mato (Passifloranítida Kunth) em ratos normais e diabéticos. Rev. Bras. PL. Med., Botucatu, v.14, n.2, p.382-388, 2012.

6. GONÇALVES, C. G., DIAS, C. S. B., GOMES, C. J. D. P. F., DE OLIVEIRA CASSIANO, D. C., GUEDES, M. B. O. G., DE MEDEIROS, L. C., ... & DOS SANTOS SILVA, T. V. INTERVENÇÃO EDUCACIONAL E PERFIL DE UM GRUPO DE DIABÉTICOS DE UM MUNICÍPIO DO NORDESTE BRASILEIRO: AÇÃO DE EXTENSÃO MULTIDISCIPLINAR. Revista Extensão & Sociedade, v. 6, n. 1, p. 1-13, 2017.

Referências

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