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TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE TI: UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DE RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO

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TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS DE TI: UM MODELO PARA AVALIAÇÃO DE RELAÇÕES DE CAUSA E EFEITO

Autoria: Edmir Parada Vasques Prado, Hiroo Takaoka

Resumo

A terceirização é uma das técnicas de gestão que permite aumentar a eficiência organizacional. Ela tem ocorrido em diversos setores empresariais e sua adoção vem crescendo nos últimos anos. Mais ainda, novos serviços estão sendo terceirizados, o que mostra a dinâmica desse mercado e a importância do tema. Este trabalho propõe um modelo para análise de relações causais envolvendo a terceirização da TI (Tecnologia de Informação). Esse modelo estabelece relações causais entre as características organizacionais, os serviços terceirizados e seus respectivos arranjos contratuais. O modelo foi testado através de pesquisa empírica que utilizou uma amostra não probabilística contendo 267 serviços terceirizados, presentes em 71 organizações. As organizações pesquisadas são de porte médio ou grande e localizadas no Estado de São Paulo. Os dados foram coletados no primeiro semestre de 2005, através de questionário, e tratados estatisticamente utilizando-se medidas de associação para verificar a importância das relações entre as variáveis, testes não-paramétricos para medir o nível de significância dos resultados e Regressão de Dados Categorizados para identificar possíveis relações causais. Foram identificadas nove relações estatisticamente significativas, das quais cinco se mostraram possíveis relações de causa e efeito.

1. Introdução

A terceirização é uma das práticas cada vez mais adotadas pelas organizações. Vários autores têm observado a crescente adoção da terceirização pelas organizações, feitas em um ritmo sem precedentes (AUBERT et al, 2003; BARTHÉLEMY, 2003; LACITY; WILLCOCKS, 2001; LEE, 2001; MINOLI, 1995; NGWENYAMA; BRYSON, 1999; VINING; GLOBERMAN, 1999; WILLCOCKS et al, 1995).

A relevância da indústria de hardware, software e serviços de TI (Tecnologia de Informação) vêm aumentando nas últimas décadas. Essa visão é compartilhada por Pressman (2001) que afirma que o papel dos sistemas de informação dentro das organizações cresceu em importância, e pode ser observado através dos processos organizacionais cada vez mais automatizados e dependentes de software. Mais ainda, as publicações sobre o mercado de produtos e serviços de TI têm relatado o crescimento e o aparecimento de novos serviços de TI, como a gestão de redes, o modelo ASP (Application Solutions Provider), o comércio eletrônico e a implantação e o gerenciamento de portais, entre outros (INFOEXAME 2002; 2003; INFORMÁTICA HOJE, 2003).

Para Bhattacharya et al (2003), uma das questões principais da terceirização tem sido a perda de controle das funções de TI para fornecedores externos, resultando muitas vezes, na decomposição da estrutura das organizações. Na busca por reduzir o risco do processo de terceirização, as organizações estão aprimorando suas formas de contratação e desenvolvendo novas estratégias. Por outro lado, os serviços oferecidos pelos fornecedores, se tornaram mais sofisticados ao longo do tempo, uma vez que as empresas buscam agregar mais valor aos negócios através da terceirização (LACITY; WILLCOCKS, 2001). Essa situação exige a elaboração de contratos que incentivem uma relação de parceria e aumentem a flexibilidade dos acordos, e ao mesmo tempo garantam bons níveis de qualidade e produtividade. Dentro desse contexto, buscou-se desenvolver um modelo para avaliação de relações de causa e efeito envolvendo as características organizacionais, os serviços terceirizados e os seus respectivos arranjos contratuais, que permita uma maior compreensão do fenômeno da terceirização.

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Em relação à definição da terceirização, apesar das diversas definições utilizadas por vários autores (GIOSA, 1997; GROVER et al, 1998; LEE, 2001; MINOLI, 1995; WILLCOCKS et al, 1995; LOOF, 1997; LACITY et al, 1996), adotou-se a definição de Prado & Takaoka (2002), que define a terceirização da TI como “a transferência de parte ou de todo o gerenciamento dos ativos, recursos ou atividades de TI, que não representam o negócio principal da organização, para um ou mais fornecedores”.

2. Teorias Relacionadas à Terceirização

As teorias que aparentam ser úteis na análise da terceirização da TI são em sua maioria teorias econômicas considerando mercados e organizações, visto que terceirização é uma decisão organizacional com várias conseqüências econômicas (LOOFF, 1997). Grover et

al (1998) propuseram um modelo de avaliação da terceirização baseado em quatro teorias

econômicas: Teoria do Custo da Transação (WILLIAMSON, 1975), Teoria do Custo de Agenciamento (JENSEN; MECKING, 1976), Teoria Baseada em Recursos (GRANT, 1991) e Teoria da Dependência de Recursos (PFEFFER; SALANCIK, 1978). A partir desse trabalho, Prado e Takaoka (2002) apresentaram um novo modelo, acrescentando a essas quatro teorias as forças competitivas de Porter (1986), as competências essenciais de Quinn e Hilmer (1994) e as motivações para a terceirização encontradas nos trabalhos de Applegate et al (2003) e Klepper e Jones (1998).

Para elaboração do modelo de avaliação das relações de causa e efeito na terceirização da TI foram consideradas também a Teoria dos Jogos e a Teoria Política. A Teoria dos Jogos envolve o estudo das interações entre indivíduos ou organizações e tem possibilitado uma valorosa avaliação de eventos entre organizações e entre indivíduos. Muitas características dos contratos de terceirização da TI podem ser elucidadas, olhando-as sob o ponto de vista da Teoria dos Jogos (ELITZUR; WENSLEY, 1998). Por outro lado, a Teoria Política oferece uma nova interpretação ao processo de decisão de terceirização. Os conceitos de poder e política desempenham um papel importante no processo de decisão organizacional, e são ignorados pelos modelos econômicos. Pfeffer (1981) desenvolveu sua teoria em torno do conceito de poder e política, e sua hipótese básica é que o poder permite que os atores influenciem a decisão, mas as táticas políticas, que são desenvolvidas durante o processo de decisão, podem alterar o balanço de poder.

3. Particularidades da Terceirização da TI

A terceirização da TI se reveste de características específicas que a diferencia das demais terceirizações. Vários autores que pesquisaram esse tema verificaram essas diferenças. Segundo Horowitz (1999), algumas funções são mais fáceis de serem terceirizadas. Applegate

et al (2003) têm a mesma opinião. Para eles as questões econômicas envolvendo a tecnologia

nos acordos de terceirização necessariamente tornam esses acordos mais complexos. Lacity e Willcocks (2001) também constataram que a terceirização da TI representa um caso particular. Para eles, a maioria das organizações aborda o processo de terceirização da TI como um caso simples de terceirização, e que pode ser um engano, pois é preciso entender que a TI tem uma natureza específica. Ao contrário de outras funções organizacionais, a TI não pode ser facilmente atribuída a um fornecedor devido a: (1) TI não é uma função homogênea e compreende uma grande variedade de atividades; (2) TI continua a evoluir de maneira vertiginosa, o que torna o planejamento de necessidades de TI com horizonte superior a três anos uma atividade cheia de incertezas; (3) não há uma base simples na qual se possam avaliar economicamente as atividades de TI, pois a redução de custo e a melhoria de desempenho ocorrem rapidamente fazendo com que as organizações tenham dificuldade com acordos de terceirização; (4) eficiência econômica em TI está mais relacionada às práticas

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adotadas do que à economia de escala e as propostas dos fornecedores estão baseadas mais em melhorias das práticas gerenciais do que em economias de escala; e (5) a substituição de fornecedores é um processo mais difícil de ser realizado em um curto espaço de tempo, dificultando alternativas de fornecimento e utilização de mais de um fornecedor.

4. Modelo de Avaliação das Relações de Causa e Efeito

Este modelo utilizou, como referencial teórico, as teorias citadas no item dois deste trabalho e os modelos de pesquisa de Prado e Takaoka (2006a, 2006b). O modelo está descrito em dois tópicos: o primeiro descreve os construtos e as variáveis; e o segundo as relações de causa e efeito propostas pelo modelo.

4.1 Construtos e Variáveis

O modelo é constituído por 14 construtos e está apresentado na figura 1. Os construtos estão reunidos em cinco grupos: Característica da Organização, Característica da Área de TI, Razões para a Terceirização, Serviço Terceirizado e Arranjo Contratual. Os três primeiros grupos são constituídos por dez construtos que dão origem a 13 variáveis independentes e codificadas como VI. O grupo de Serviço Terceirizado é constituído por dois construtos que dão origem a duas variáveis, que se comportam como independentes ou dependentes, dependendo da relação, e estão codificadas como VID. E o último grupo, Arranjo Contratual, é constituído por dois construtos que dão origem a três variáveis dependentes e estão codificadas como VD. A seguir, cada um dos construtos é brevemente detalhado.

Porte da Organização

Este construto representa o tamanho das organizações, estabelecido através de faturamento, número de funcionários e setor de atuação (BERGAMASCHI, 2005; PRADO; TAKAOKA, 2006a). O construto foi operacionalizado através de uma única variável (VI1 –

Porte) do tipo ordinal com três níveis: pequeno, médio e grande.

Nacionalização

Este construto representa o país onde são definidas as políticas, ou onde são tomadas as decisões, em relação a TI da organização. Este construto foi operacionalizado através de duas variáveis:

• VI2 – País. É uma variável do tipo nominal, que indica se a matriz, ou o controle acionário

da organização, pertence a pessoas ou organizações sediadas no Brasil. Possui duas categorias: nacional e estrangeiro.

• VI3 – Autonomia. Representa o grau de autonomia que a organização pesquisada tem para

definir políticas e tomar decisões em relação a TI. É uma variável ordinal com quatro níveis: nenhuma, pouca, muita e total.

Cultura de Terceirização

Este construto refere-se à presença de uma cultura organizacional favorável à

terceirização de serviços. Ele é representado por uma única variável (VI4 – Valor

Organizacional) do tipo ordinal e que apresenta três níveis: baixo, médio e alto.

Política de Contratação

Este construto representa a participação da Área de TI, de Suprimentos e Jurídica no processo de contratação. Ele é representado por uma única variável (VI5 – Envolvimento) do

tipo ordinal e que apresenta quatro níveis: sem TI; só com TI; TI com Suprimentos ou Jurídico; e todos.

Economia de Escala

Este construto representa o porte da Área de TI e sua capacidade de gerar economias de escala no gerenciamento de recursos e foi avaliado através de duas variáveis:

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• VI6 – Porte de TI. Representa o porte da Área de TI da organização. É uma variável ordinal

com três níveis: pequeno, médio e grande.

• VI7 – Escala. Indica se a Área de TI possui um porte que propicie economias de escala no

seu gerenciamento. É uma variável ordinal com três níveis: não tem; tem pouca; e tem muita.

Característica da Organização Característica da Área de TI Razões para a Terceirização

• Porte da Organização • Economia de Escala • Motivações da Organização - Porte (VI1) - Porte de TI (VI6) - Motivações (VI11)

• Nacionalização - Escala (VI7) • Imposições Externas

- País (VI2) • Importância para a Organização - Imposições (VI12)

- Autonomia (VI3) - Contribuição Organizacional (VI8) • Relações com Fornecedor

• Cultura de Terceirização - Importância Percebida (VI9) - Confiança (VI13)

- Valor Organizacional (VI4) • Porte da Terceirização

• Política de Contratação - Grau de Terceirização (VI10)

- Envolvimento (VI5) ( I ) ( I ) Serviço Terceirizado ( I ) • Categoria do Serviço - Categoria (VID1) • Importância do Serviço - Valor Agregado (VID2)

( II ) Arranjo Contratual ( II ) • Estratégia de Contratação ( II ) - Estratégia (VD1) • Modelo Contratual - Formalidade (VD2) - Aspectos Econômicos (VD3)

Legenda: ( I ) - Relações envolvendo o serviço terceirizado ( II ) - Relações envolvendo o arranjo contratual

Figura 1 – Modelo de pesquisa com base na revisão da literatura.

Importância para a Organização

Este construto representa a importância da Área de TI para a organização, avaliada através da contribuição para operações da empresa e como fonte de competitividade para a organização (MC FARLAN et al, 1983), e através da hierarquia da área dentro da estrutura organizacional da empresa e dos recursos gastos por ela (PRADO; TAKAOKA, 2002). O construto foi operacionalizado através de duas variáveis:

• VI8 – Contribuição Organizacional. Representa o grau de importância da contribuição da

Área de TI para a organização. É uma variável nominal com quatro categorias: sem, operacional, estratégica e ambos.

• VI9 – Importância Percebida. Representa o grau de importância da Área de TI percebida

pela alta administração da empresa. É uma variável ordinal com três níveis: pequena, média e alta.

Porte da Terceirização

Este construto representa o porte de todos os serviços terceirizados em relação aos recursos internos da Área de TI, e foi avaliado conforme a classificação sugerida por Lacity et

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Terceirização) do tipo ordinal com três níveis:.baixo, médio e alto.

Motivação da Organização

Este construto descreve as motivações que levam a organização a terceirizar determinado serviço de TI, e foi operacionalizado através de uma única variável (VI11 –

Motivações) do tipo nominal e com nove categorias conforme trabalho de Prado e Takaoka (2002): nenhuma; redução de custo; acesso ao conhecimento e à tecnologia; flutuação na carga de trabalho; prestação de serviços; atividades rotineiras; gestão de recursos humanos; atividades com alto grau de particularidade; e outras.

Imposições Externas

Este construto descreve as imposições que levam a organização a terceirizar determinado serviço de TI, e foi operacionalizado através de uma única variável (VI12 –

Imposições) do tipo nominal e com cinco categorias: nenhuma, fornecedor, clientes, corporação e outras.

Relações com Fornecedor

Este construto representa a relação de confiança entre cliente e fornecedor como fator de influência na contratação de serviços (Barthélemy, 2003; Kern e Willcocks, 2000; Lander

et al, 2004; Mc Farlan et al, 1995; Sabherwal, 1999). Este construto foi operacionalizado

através de uma única variável (VI13 – Confiança) do tipo nominal com cinco categorias:

controle, conhecimento, identificação, desempenho e outra.

Categoria de Serviço

Este construto representa a categoria de serviço terceirizado e foi operacionalizado através de uma única variável (VID1 – Categoria) do tipo nominal com quatro categorias,

definidas a partir dos trabalhos do Grupo Portugal Telecom (2003), Kliem e Ludin (2000) e Leite (1995): infra-estrutura; sistemas; planejamento, organização e métodos; e diversos.

Importância do Serviço

Este construto representa o valor agregado e a contribuição do serviço terceirizado para a organização e para a Área de TI. O construto foi operacionalizado através de uma única variável (VID2 – Valor Agregado), definida com base na contribuição do serviço terceirizado

(MC FARLAN et al, 1983) e com base no porte do serviço (LOOF, 1997; SMITH et al, 1996). É uma variável nominal com oito categorias representando a combinação entre importância estratégica ou não, importância operacional ou não e porte pequeno ou grande.

Estratégia de Contratação

Este construto representa as novas estratégias adotadas pelas organizações como alternativa às estratégias tradicionais caracterizadas por arranjos contratuais com preços fixos e baseado exclusivamente em troca (LACITY e WILLCOCKS, 2001). Ele foi operacionalizado através de uma única variável (VD1 – Estratégia) do tipo nominal com duas

categorias: tradicional e novas formas.

Modelo Contratual

Este construto representa as características formalmente descritas no contrato e associadas à remuneração e ao incentivo dados ao fornecedor. O construto foi operacionalizado com base nos trabalhos de Lacity e Willcocks (2001), Elitzur e Wensley (1998), Quélin e Duhamel (2003), Willcocks et al (1999), Bhattacharya et al (2003), e Turner e Smith (2002) e deu origem a duas variáveis:

• VD2 – Formalidade. Indica o grau de formalidade no serviço prestado pelo fornecedor. É

uma variável do tipo ordinal com três níveis: sem contrato; através de contrato; e contrato com níveis de serviço.

• VD3 – Aspectos Econômicos. Representa a forma de remuneração e incentivo financeiro

oferecido ao fornecedor. É uma variável nominal com quatro categorias: remuneração tradicional; flexibilidade na remuneração; apenas incentivo; e remuneração inovadora.

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4.2 Relações de Causa e Efeito

As possíveis relações de causa e efeito, sugeridas a partir do modelo de pesquisa, estão descritas através de equações que relacionam as variáveis da pesquisa. Foram constituídas cinco equações a partir das relações existentes no modelo, que estão reunidas em dois grupos:

• Serviço Terceirizado. Foram extraídas do modelo duas equações que sugerem a relação de dependência do serviço terceirizado em relação às características da organização, da Área de TI e as razões para a terceirização. As equações estão apresentadas na figura 2.

VID1 = a1,1*VI1 + a1,2*VI2 + a1,3*VI3 + • • • + a1,12*VI12 + b1 ( 1 )

VID2 = a2,1*VI1 + a2,2*VI2 + a2,3*VI3 + • • • + a2,12*VI12 + b2 ( 2 )

Onde: VID1 = Categoria VI 6 = Porte de TI

VID2 = Valor agregado VI 7 = Escala

VI 1 = Porte VI 8 = Contribuição organizacional

VI 2 = País VI 9 = Importância percebida

VI 3 = Autonomia VI 10 = Grau de terceirização

VI 4 = Valor organizacional VI 11 = Motivações

VI 5 = Envolvimento VI 12 = Imposições

aij = coeficiente das variáveis bi = termo independente

Figura 2 – Relações de causa e efeito do serviço terceirizado.

• Arranjo Contratual. Foram extraídas do modelo três equações que sugerem a relação de dependência do arranjo contratual em relação às características da organização, o serviço terceirizado e as razões para a terceirização. As equações estão apresentadas na figura 3.

VD3 = a3,1*VI1 + • • • + a3,13*VI13 + a3,14*VID1 + a3,15*VID2 + b3 ( 3 )

VD4 = a4,1*VI1 + • • • + a4,13*VI13 + a4,14*VID1 + a4,15*VID2 + b4 ( 4 )

VD5 = a5,1*VI1 + • • • + a5,13*VI13 + a5,14*VID1 + a5,15*VID2 + b5 ( 5 )

Onde: VD3 = Estratégia VI5 = Envolvimento

VD4 = Formalidade VI11 = Motivações

VD5 = Aspectos econômicos VI12 = Imposições

VI1 = Porte VI13 = Confiança

VI2 = País VID1 = Categoria

VI3 = Autonomia VID2 = Valor agregado

VI4 = Valor organizacional

aij = coeficiente das variáveis bi = termo independente

Figura 3 – Relações de causa e efeito do arranjo contratual.

5. Metodologia da Pesquisa

Segundo Selltiz et al (1975), as abordagens de pesquisa podem ser classificadas basicamente em três categorias: estudos exploratórios; estudos descritivos; e estudo sobre relações causais. A pesquisa realizada neste trabalho se caracteriza por ser uma pesquisa sobre relações causais, elaborada através de um estudo não-experimental.

5.1 Pesquisa Sobre Relações Causais

Os estudos que verificam hipóteses causais exigem processos que reduzam o viés,

aumentem a precisão e permitam inferências a respeito da causalidade. Os experimentos são adequados para satisfazer essas exigências, no entanto, muitos estudos interessados em

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relações causais não se apresentam sob a forma de experimento. Existem três provas significativas para a inferência causal: (1) prova de variação concomitante, isto é, a variável independente e a dependente devem estar relacionadas segundo a maneira prevista pela hipótese; (2) prova de que a variável dependente (o efeito) não ocorre antes da variável independente (a causa); e (3) prova que elimine outros fatores como possíveis condições determinantes da variável dependente. Tais provas propiciam uma base razoável para inferência, mas não são uma certeza absoluta da existência de uma relação de causa e efeito. O acúmulo de estudos que corroborem a relação ajuda a aumentar a confiança em sua provável correção. Em estudos não-experimentais podem-se utilizar garantias substitutivas, as quais destacam-se: (1) comparação com experiências contrárias; (2) tentativa de verificar a ordem temporal das variáveis relacionadas; e (3) exame da relação entre variáveis, através do modelo de relações que poderia ser esperado se uma ou outra fosse o fato causal.

5.2 Modelo da Pesquisa

As unidades de análise são os arranjos contratuais, obtidos a partir de uma amostra de 267 serviços terceirizados, presentes em 71 organizações, onde se buscou verificar as relações entre as variáveis apresentadas no modelo de referência. A pesquisa abrangeu as organizações privadas de porte médio ou grande, localizadas no Estado de São Paulo. Optou-se por uma amostra não probabilística, por conveniência, que é adequada para a obtenção de informações com custo menor e de forma mais rápida (AAKER et al, 2004).

O instrumento de coleta de dados adotado foi o questionário, pois se trata da melhor forma de coletar informações de um grande número de respondentes (MALHOTRA, 1996). A partir dos dados coletados no período de março a abril de 2005 aplicaram-se técnicas estatísticas utilizando-se medidas de associação para verificar a importância das relações entre as variáveis, testes não-paramétricos para medir o nível de significância dos resultados e Regressão de Dados Categorizados (RDC) para identificar possíveis relações causais.

Apesar de existirem adaptações de modelos baseados em variáveis métricas para analisar dados categorizados, elas freqüentemente não funcionam adequadamente para conjuntos de dados com muitas variáveis e muitas categorias por variável. Por esta razão, aplicou-se a RDC, que permite ter a variável dependente como nominal e as variáveis independentes de qualquer nível de mensuração. Mais ainda, o uso dessa técnica permite uma interpretação dos parâmetros do modelo, através de uma abordagem que utiliza os conceitos de Escala Otimizada e Mínimos Quadrados Alternados (SPSS, 2001). Essa abordagem maximiza a relação entre as observações e o modelo de dados analisado, respeitando a característica de mensuração dos dados (BOCK apud YOUNG, 1981, p. 358).

6. Análise dos Dados

A análise dos dados foi feita através do software SPSS versão 13 e os resultados estão apresentados em dois tópicos: (1) Identificação de Relações Significativas; e (2) Regressão de Dados Categorizados.

6.1 Identificação de Relações Significativas

Aplicou-se o teste estatístico Fischer’s Exact Test e as medidas de associação Lambda e Gama para determinar o grau de importância das relações, conforme escala sugerida por Babbie (2000). Foram encontradas nove relações entre as variáveis, com importância moderada e alta. Os valores do resíduo padronizado e ajustado maiores que 1,96, ou seja, com nível de significância estatística de 5%, estão apresentados na tabela 1. Esta tabela contém nove quadrantes e mostra que:

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Tabela 1 – Relações estatisticamente significativas.

Motivações Imposições Categoria Valor Organizacional

NE RC AC FC PS AR GP Forne-cedor Corpo-ração Infra-estrutura Sis-temas POM Diver-sos

Baixo Médio Alto

Categoria Infra-estrutura -4 3 1,8 -4,7 -2 2,1 1,4 -1 -4,6 Sistemas 5,5 -1,3 -0,6 -1,9 2,3 -2,1 -0,9 1,7 5,9 POM -1,2 -2 -0,2 8,4 -1,2 -1,7 -0,6 -0,6 -1 Diversos -1,2 -2 -2,5 5,8 1 1,4 -0,6 -0,6 -0,9 Valor Agregado 1 3,1 -0,5 2,2 -4,9 3,3 0,4 -2,7 -4,1 2 0,6 0,8 -1 -1,6 0,4 0,4 -0,9 -0,5 3 -2,4 2,8 -1 -0,9 -1,3 1,6 2,9 -0,5 4 -1 -3,5 -2,6 5,9 -2 -1,3 2,5 6,4 5 -1,4 -0,2 5,9 -0,8 -1,2 -0,4 -0,4 -0,7 6 7 -1,1 -1,4 -0,6 6,7 -0,9 -0,3 -0,3 -0,5 8 -1,1 3,1 -1,3 0,5 -1,2 -0,7 -0,7 0 Formalidade Sem contrato -2,5 4,9 -5,0 3,7 -1,3 3,0 -3,3 -1,8 -0,7 -2,4 2,5 Através de contrato 4,3 -,6 -2,4 -1,0 -1,0 -10,2 9,0 4,0 -1,4 2,4 -2,2 Contrato com níveis de serviço -2,4 -3,4 6,6 -2,0 2,1 8,2 -6,8 -2,7 2,0 -,6 ,2 Aspectos Econômicos Remuneração tradicional -3,6 3,1 -9,9 7,5 3,3 3,2 Flexibilidade de remuneração 3,7 -3,1 10,1 -7,7 -3,3 -3,1 Remuneração inovadora -,5 -,3 -1,3 1,6 -,2 -,2

Legenda: Categorias da variável Motivação

Categorias da variável Valor Agregado NE = Nenhuma

1 - Sem importância estratégica e operacional. Porte pequeno. RC = Redução de custo

2 - Sem importância estratégica e operacional. Porte grande. AC = Acesso ao conhecimento e à tecnologia 3 - Sem importância estratégica e com importância operacional. Porte pequeno. FC = Flutuação na carga de trabalho 4 - Sem importância estratégica e com importância operacional. Porte grande. PS = Prestação de Serviço 5 - Com importância estratégica e sem importância operacional. Porte pequeno. AR = Atividade rotineira

6 - Com importância estratégica e sem importância operacional. Porte grande. GP = Atividade com alto grau de particularidade 7 - Com importância estratégica e com importância operacional. Porte pequeno. Categorias de Serviço

8 - Com importância estratégica e com importância operacional. Porte grande. POM = Planejamento, organização e métodos

( I ) ( II )

( III ) ( IV )

( V ) ( VI ) ( VII )

( VIII ) ( IX )

• Categoria e Motivações (quadrante I). As terceirizações de serviços de infra-estrutura estão associadas a motivações da organização em terceirizar atividades rotineiras e reduzir custos, e as terceirizações relacionadas à categoria de sistemas estão associadas à motivação baseada em melhoria na prestação de serviço. Os demais serviços ficaram associados à motivação de terceirizar atividades com flutuação na carga de trabalho.

• Categoria e Imposições (quadrante II). As terceirizações da categoria de sistemas estão fortemente associadas às imposições vindas da corporação.

• Valor Agregado e Motivações (quadrante III). Nos serviços sem importância estratégica e operacional as terceirizações estão associadas às seguintes motivações: atividades rotineiras, serviços com flutuação na carga de trabalho e redução de custo. Nos serviços sem importância estratégica e com importância operacional, os de pequeno porte tiveram uma associação com motivações de acesso ao conhecimento e à tecnologia, e os de grande porte tiveram uma associação com motivação em melhorar a prestação de serviço. Nos serviços com importância estratégica e operacional, os de pequeno porte tiveram uma

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associação com motivação em melhorar a prestação de serviço, e os de grande porte, com acesso ao conhecimento e à tecnologia.

• Valor Agregado e Imposições (quadrante IV). Nos serviços sem importância estratégica e com importância operacional as terceirizações estão associadas a imposições feitas pelas corporações ou pelos fornecedores.

• Formalidade e Motivações (quadrante V). Os arranjos sem contrato formal estão associados a motivações em reduzir custo e terceirizar atividades rotineiras. Os arranjos contratuais formalizados estão fortemente associados a terceirizações fruto de imposições à organização, e aqueles com níveis de serviço detalhados estão associados às motivações em ter acesso ao conhecimento e à tecnologia e em terceirizar atividades com alto grau de particularidade.

• Formalidade e Categoria (quadrante VI). Os arranjos sem contrato formal estão associados à categoria de infra-estrutura. Os arranjos contratuais formalizados estão associados às categorias de sistemas e POM, e aqueles com níveis de serviço detalhados estão associadas à categoria de infra-estrutura.

• Formalidade e Valor Organizacional (quadrante VII). Os arranjos sem contrato formal estão associados às organizações que tem a terceirização como um forte valor organizacional, ao passo que os arranjos formalizados e com níveis de serviço detalhados não estão associados às organizações que têm a terceirização como um forte valor organizacional.

• Variáveis Aspectos Econômicos e Motivações (quadrante VIII). Os arranjos com remuneração tradicional estão associados à motivação em terceirizar serviços que apresentem flutuação na carga de trabalho e os arranjos com flexibilidade de remuneração estão associados à motivação de redução de custo.

• Variáveis Aspectos Econômicos e Categoria (quadrante IX). Os arranjos com flexibilidade de remuneração estão associados à categoria de infra-estrutura. Já os arranjos contratuais formalizados estão associados a outras categorias.

6.2 Regressão de Dados Categorizados

Devido à natureza dos dados coletados, utilizou-se a técnica estatística de Regressão de Dados Categorizados (RDC) para analisar possíveis relações de causa e efeito. A regressão foi aplicada às cinco equações descritas no item 4.2 utilizando o software estatístico SPSS. Os resultados obtidos estão apresentados na tabela 2 e tiveram um nível de significância estatística superior a 5%, em relação ao teste de hipótese do respectivo coeficiente da equação ser nulo.

A aplicação da RDC na equação (1) apresentou um modelo com coeficiente de regressão ajustado de 0,430. A variável Motivações (VI11) foi a que apresentou maior grau de

importância, explicando 40,6% (0,637) da variável dependente. A equação (2) apresentou um modelo com coeficiente de regressão ajustado de 0,524 e a variável Motivações (VI11),

novamente a mais importante, explicou 46,0% (-0,678) da variável dependente. Nas equações (3) e (5) a variável Valor Organizacional (VI4) foi a mais importante. Ela explicou 66,6%

(-0,816) da variável dependente na equação (3) e 66,4% (0,815) na equação (5). Os modelos obtidos foram bons e apresentaram um coeficiente de regressão ajustado de 0,657 para a equação (3) e 0,666 para a equação (5). Na equação (4) a variável Categoria (VID1) foi a mais

importante e explicou 48,9% (0,699) da variável dependente. O modelo apresentou coeficiente de regressão ajustado de 0,578.

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Equação Variáveis Impor- Resumo do

Beta Sig. Ordem Zero Parcial tância Modelo

( 1 ) VI2 0,0030,144 0,175 0,188 0,055 R2 = 0,460 VI6 0,0030,143 0,161 0,186 0,050 R2 Ajustado = 0,430 VI10 0,0030,116 0,044 0,152 0,011 VI11 0,0000,615 0,640 0,637 0,856 VI12 0,0010,110 0,114 0,144 0,027 ( 2 ) VI1 -0,137 0,003 -0,018 -0,184 0,004 R 2 = 0,548 VI8 0,185 0,000 0,118 0,245 0,040 R 2 Ajustado = 0,524 VI11 -0,624 0,000 -0,640 -0,678 0,730 VI12 0,327 0,000 0,379 0,436 0,226 ( 3 ) VI4 -0,925 0,000 -0,705 -0,816 0,958 R2 = 0,680 VI12 0,459 0,000 0,011 0,568 0,007 R2 Ajustado = 0,657 VID1 -0,111 0,000 -0,093 -0,183 0,015 VID2 0,083 0,000 0,153 0,136 0,019 ( 4 ) VI3 -0,119 0,001 -0,053 -0,187 0,01 R2 = 0,625 VI11 0,274 0,000 0,227 0,387 0,099 R2 Ajustado = 0,578 VI12 -0,204 0,000 -0,224 -0,299 0,073 VI13 0,155 0,000 0,189 0,243 0,047 VID1 -0,609 0,000 -0,662 -0,699 0,646 VID2 -0,232 0,000 -0,337 -0,349 0,125 ( 5 ) VI1 -0,087 0,015 -0,080 -0,154 0,010 R 2 = 0,694 VI4 0,887 0,000 0,686 0,815 0,878 R 2 Ajustado = 0,666 VI11 -0,448 0,000 0,002 -0,575 -0,001 VI13 -0,059 0,045 0,015 0,105 0,001 VID1 -0,275 0,000 -0,254 -0,441 0,101 VID2 -0,064 0,005 -0,117 -0,114 0,011

Legenda: R - coeficiente de regressão R2 - coeficiente de regressão ao quadrado

Legenda: Beta - coeficiente padronizado Sig. - nível de significãncia

Coeficiente Correlação

7. Conclusão

A característica da pesquisa, o tipo de amostra e o processo de amostragem não permitem inferências estatísticas e generalizações. Mesmo assim, a partir da aplicação da RDC foram encontrados resultados que sugerem relações de causa e efeito. Como conseqüência, o modelo proposto constitui uma contribuição para a compreensão das relações de causa e efeito envolvendo o fenômeno da terceirização em empresas do setor privado. A capacidade de predição do modelo se mostrou muito boa, considerando uma pesquisa dentro do campo das ciências sociais. A seguir, estão descritas as cinco relações que sugerem ser de causa e efeito.

• Relação de causa e efeito envolvendo o serviço terceirizado. Dentre as variáveis estudadas, a motivação para terceirizar um determinado serviço de TI se mostrou a mais importante das variáveis para determinar as características do serviço terceirizado, ou seja, a categoria de serviço e o respectivo valor agregado. A variável Motivações explicou 40,6% da variável Categoria e 46,0% da variável Valor Agregado. É plausível sugerir

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uma relação de causa (motivação) e efeito (categoria e valor agregado) entre as variáveis. Corrobora essa afirmação, a precedência temporal entre as variáveis, ou seja, a motivação surge antes do tipo de serviço a ser terceirizado.

• Relação de causa e efeito envolvendo o arranjo contratual. Dentre as variáveis estudadas, a categoria do serviço terceirizado e o valor organizacional da terceirização se mostraram as variáveis mais importantes para determinar o arranjo contratual, ou seja, a estratégia adotada, o grau de formalidade e os aspectos econômicos. A variável Categoria explicou 48,9% da variável Formalidade, e a variável Valor Organizacional explicou 66,4% da variável Aspectos Econômicos e 66,6% da variável Estratégia. É plausível sugerir uma relação de causa (categoria de serviço) e efeito (grau de formalidade) entre as variáveis. Corrobora essa afirmação a precedência temporal entre as variáveis, ou seja, a formalização contratual ocorre após a definição do tipo de serviço a ser terceirizado.

As variáveis Motivações, Categoria e Valor Organizacional alcançaram uma boa capacidade de predição no modelo apresentado. Em função disso, sugere-se futuros estudos para corroborar ou não as relações encontradas, utilizando amostras e processos de amostragem que permitam inferências e generalizações.

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