AVANÇOS NO
TRATAMENTO DO
CANCER:
O PARADIGMA DA IMUNOTERAPIA
Luiz Flávio Coutinho
Porto Alegre
25/09/2015
Eternal Sunshine of the Spotless Mind
•
Esqueça:
•
Padrões de quimioterapia
(pré-infusão)
•
Padrões de resposta
•
Desfechos padrões
•
Toxicidade relacionada a QT
Chemotherapy Surgery Immunothera py Radiotherap y
What’s immuno-oncology (I-O)
Improved survival remains a challenge in some advanced cancers. 5-year survival remains poor for many
patients with metastatic solid tumors.1
There is an ongoing need for new treatments and therapeutic modalities
for patients with advanced cancers.2
8
1. Surveillance, Epidemiology and End Results (SEER) Program. Retrieved May 6, 2014, from http://seer.cancer.gov | 2. Rosenberg SA. Sci Transl Med. 2012;4(127ps8):1-5 |
3. DeVita BT, Rosenberg SA. N Engl J Med. 2012;366:2207-2214 | 4. Kirkwood JM, et al. CA Cancer J Clin. 2012;62:309-335 | 5. Murphy JF. Oncology. 2010;4:67-80
3,9
12,5
12,3
16
Lung Colorectal Kidney and renal pelvis
Melanoma
5-year survival (%)1
Pillars of Cancer Therapies
I-O therapies are being investigated in an attempt to utilize the body’s own immune system to fight diseases.3-5
Imunidade e Câncer
Imunoedição
Dunn GP, Old LJ, Schreiber RD. The three Es of cancer immunoediting. Annu Rev Immunol. 2004 Mat eri al d est inad o à clas se médica
CD4 = célula T auxiliar; IDO = indoleamina 2,3-dioxigenase; MICA/B = cadeia classe I relacionada a proteínas A e B do complexo principal de
histocompatibilidade; M = macrófago; NK = clélula exterminadora (killer ) natural; NKT = célula T killer; sMICA/B = MICA/B solúvel; TRAIL = ligante indutor de apoptose relacionado a TNF; Treg = célula T reguladora; ULBP = proteínas ligantes de UL16; y = célula T y
Imunidade e câncer
Fases da Imunoedição
Mat eri al d est inad o à clas se médica1.
Eliminação
▫
Tumor expressa antígenos tumorais em estágios iniciais
▫
Formação de resposta imune
▫
Eliminação de células tumorais.
2.
Equilíbrio
▫
Células tumorais remanescentes entram em equilíbrio com sistema
imune e o tumor fica estabilizado
3.
Escape
▫
Variantes resistentes a destruição imune se multiplicam
▫
Perda controle sobre tumor
▫
Progressão (clinicamente detectável)
Dunn GP, Old LJ, Schreiber RD. The three Es of cancer immunoediting. Annu Rev Immunol. 2004
Antigen-presenting cells
(APC)
1• Take up antigens from infected or malignant cells and process them into shorter peptide segments
• Present antigens to T cells to mobilize an immune response
Players in the immune response
against cancer
1. Janeway CA, et al. Immunobiology: The Immune System in Health and Disease. 6th ed. New York, NY: Garland Science; 2004
Tumor-associated
antigens
1• Are abnormal cell substances/proteins (tumor antigens) which can be recognized and responded to by the immune system
T cells
1• Have T-cell receptors, which can recognize tumor-associated antigens
• Play a major role in killing infected or malignant cells when activated
• Help perpetuate ongoing immune responses
Players in the immune response
against cancer
12
Antibodies
1 • Are secreted by activated B cells, called plasma cells • Tag antigen-containingcells for attack by other parts of the immune system, or neutralize their targets directly by blocking important mechanisms
B cells
1• Display B-cell
receptors, which can bind free floating antigens in the blood or lymph
• Once activated, B cells differentiate to become plasma cells which can secrete large quantities of antibodies against a specific antigen1
1. Janeway CA, et al. Immunobiology: The Immune System in Health and Disease. 6th ed. New York, NY: Garland Science; 2004
NK cells
1• Can recognize infected or malignant cells innately without contact with an antigen-presenting cell or antibody (this allows NK cells to
launch rapid responses against stressed cells) • Can also attack based
on recognition of antibodies on a cell surface
Tumor-associated antigens can
cause an immune response
1Tumor-associate d antigens APC displays antigen to T cell1 Antibodies produced against antigen1 Antibodies tag tumor cells for destruction1 B cell binds to antigen1
1. Janeway CA, et al. Immunobiology: The Immune System in Health and Disease. 6th ed. New York, NY: Garland Science; 2004
Activated
T cells
migrate to and attack
tumor cells
Mat eri al d est inad o à clas se médica
Relevância da Imuno-Oncologia
•
Potencializar o sistema imune a superar a imunoedição
induzida pelo tumor
▫ transformando a imunidade de pro-tumor para anti-tumor
▫ erradicar e idealmente curar o câncer
•
Imunoterapias mais antigas: interferon e IL-2
▫ uso limitado a alguns tipos de tumores
▫ significativa toxicidade
•
Atualmente:
▫ Vacinas
▫ “Checkpoint Inibitors” (anti CTLA-4 e anti PD-1 e PD-L1)
▫ TIL
1. Lotze MT, in De Vita, 2001, 20542. Friedmann MC,Proc Natl Acad Sci U S A 1996;93:2077 3. Lotze MT, Cancer Res 1981;41:4420
Sinapse imunológica
Moléculas regulatórias (Checkpoints) da resposta imune
Controle da ativação imune e tolerância
Driessens G et al. Immunol Rev. 2009 APC = célula apresentadora de antígeno; CTLA-4 = antígeno associado ao linfócito T citotóxico TNFR = receptor do fator de necrose tumoral; PD = morte programada;
GITR = proteína relacionada ao TNRF induzida por glicocorticoide MHC = complexo principal de histocompatibilidade; PD-L = ligante do receptor de PD; TCR = receptor da célula T.
16
Os Receptores CTLA4 estão
“Up-Regulated” após ativação do linfócito T
Linfócito T
CD28
Célula
dendrítica
MHC
B7
TCR
CTLA4
Antígeno
eri al d est inad o à clas se médicaCTLA4: inibe a ativação da célula T
CTLA4 liga ao B7 com maior afinidade que o CD28 e
envia um sinal inibitório para a célula T
MHC
B7
TCR
CD28
CTLA4
Célula
dendrítica
Linfócito T
Antígeno
Mat eri al d est inad o à clas se médicaO bloqueio do CTLA4 remove o freio da
ativação da célula T
eri al d est inad o à clas se médicaMHC
B7
TCR
CD28
Antigen
CTLA4
Hodi FS, et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723.
Célula
dendrítica
TCR
CD28
CTLA4
B7
Célula
dendrítica
Linfócito T
Antígeno
MHC
O bloqueio do CTLA4 remove o freio da
ativação da célula T
Mat eri al d est inad o à clas se médicaPor que Imunoterapia em Melanoma?
Antígenos Tumorais são
expressos pelas células
do melanoma
Regressão espontânea
do melanoma primário
Regressão tumoral
associada a
despigmentação
autoimune e vitiligo
Evidência de atividade
imunológica sugere
potencial benefício com
o uso de imunoterapia
eri al d est inad o à clas se médicaPor que Imunoterapia em Melanoma?
Antígenos Tumorais
são expressos pelas
células do melanoma
Regressão espontânea
do melanoma primário
Regressão tumoral
associada a
despigmentação
autoimune e vitiligo
Evidência de atividade
imunológica sugere
potencial benefício com
Regressão Tumoral Espontânea
•
Evidência em 14%–50% dos melanomas primários
1▫ Regressão espontânea completa em ~4–15%
•
Lesões em regressão apresentam infiltrado inflamatório
▫ Evidência indireta de resposta imunológica2
1. Kalialis LV, et al. Melanoma Res 2009;19:275– 282
2. Wenzel J, et al. Am J Clin Pathol 2005;124:37– 48
Linfócitos CD8+
Regressão tumoral
Por que Imunoterapia em Melanoma?
Antígenos Tumorais são
expressos pelas células
do melanoma
Regressão espontânea
do melanoma primário
Regressão tumoral
associada a
despigmentação
autoimune e vitiligo
Evidência de atividade
imunológica sugere
potencial benefício com
Associação de Vitiligo e Melanoma
•
Pode refletir
▫ Resposta imune a
antígenos expressos
por melanócitos e
células de melanoma
1,2▫ Autoimunidade
envolvida na resposta
ao melanoma, levando
à regressão
2Linfócitos CD8+ em biópsia de vitiligo1
1. Le Gal FA, et al. J Invest Dermatol 2001;117:1464–1470 2. Boasberg PD, et al. J Invest Dermatol 2006;126:2658–
Associação de vitiligo em paciente com
melanoma metastático
Cortesia do Dr. Antônio Carlos Buzaid (Hospital São José)
Estudo MDX10-020
Padrões de Resposta
•
Respostas tumorais que ocorreram após a semana 24
1,2•
Ipilimumabe mais gp100
▫ 3 pacientes com PD evoluiram para DE
▫ 3 pacientes com DE evoluiram para RP
▫ 1 paciente com RP evoluiu para RC
•
Ipilimumabe mais placebo
▫ 2 pacientes com DE evoluiram para RP
▫ 3 pacientes com RP evoluiram para RC
1. Hodi FS et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723. 2. Ottensmeier CH et al. Presented at: 35th ESMO Congress; October 8-12, 2010; Milan, Italy.
RC = resposta completa; RP = resposta parcial;
DE = doença estável; PD = progressão de doença.
Estudo MDX10-020
Novos padrões de resposta
•
Evolução de PD para DE
▫ Resposta ocorreu após aumento no volume tumoral total
e/ou
▫ Resposta ocorreu após surgimento de lesões novas
2•
Evolução de DE para RP
▫ Característico do padrão de doença estável duradoura
▫ Diminuição lenta e contínua do volume tumoral total
21. Hodi FS et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723. 2. Ottensmeier CH et al. Presented at: 35th ESMO Congress; October 8-12, 2010; Milan, Italy.
RP = resposta parcial; DE = doença estável;
Quatro Padrões de Resposta Observados com
Ipilimumabe em Estudo de Fase II
Carga Tumoral Total Doses de Ipilimumabe Limite para resposta ou progressão de doença SPD = soma dos produtos dos diâmetros perpendiculare s
Wolchok JD et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-7420.
1. Resposta nas lesões basais
S P D (m m 2 ) Semana 12 Altera çõ es n o ba sal das SPD (%)
Quatro Padrões de Resposta Observados com
Ipilimumabe em Estudo de Fase II
Carga Tumoral Total Doses de Ipilimumabe Limite para resposta ou progressão de doença SPD = soma dos produtos dos diâmetros perpendiculare s
Wolchok JD et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-7420.
2. “Doença Estável”: Declínio
lento e contínuo no volume
tumoral
S P D (m m 2 ) Semana 12 Altera çõ es n o ba sal das SPD (%)Quatro Padrões de Resposta Observados com
Ipilimumabe em Estudo de Fase II
Carga TumoralTotal Doses de Ipilimumabe Limite para resposta ou progressão de doença SPD = soma dos produtos dos diâmetros perpendiculare s Carga Tumoral de lesões novas
Wolchok JD et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-7420.
S P D (m m 2 )
3. Resposta após aumento no
volume tumoral
Semana 12 Altera çõ es n o ba sal das SPD (%)Quatro Padrões de Resposta Observados com
Ipilimumabe em Estudo de Fase II
Carga TumoralTotal Doses de Ipilimumabe Limite para resposta ou progressão de doença SPD = soma dos produtos dos diâmetros perpendiculare s Carga Tumoral de lesões novas Carga Tumoral na linha de base
Wolchok JD et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-7420.
S P D (m m 2 )
4. Redução na carga tumoral após
aparecimento de lesões novas
Semana 12 Altera çõ es n o ba sal das SPD (%)
Caso clínico de aumento inicial da carga tumoral
(lesões alvo e lesões novas) seguido de resposta
1Sem 14: melhora
Dec. 2010: remissão completa
Sem 12: progressão + lesões novas
Nov. 2007: antes tratamento
Sem 72: remissão completa
Sem 16: continua melhorando
Cortesia do Dr. Kaan Harmankaya e Dr. Hubert Pehamberger, Dept. of Dermatologia, Med. Univ. de Viena. 1. Hoos, et al. J Natl Cancer Inst 2010;102:1388-97.
Padrões de Resposta
Pseudo-progression and I-O therapy
Apparent progression upon radiographic imaging after initial I-O therapy can actually
be a sign of pseudo-progression. Pseudo-progression may occur when T cells
infiltrate the tumor site and cause tumors to flare or new lesions to appear upon
imaging.1,2,3
36
1. Wolchok JD, et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-7420 | 2. Topalian SL, et al. N Engl J Med. 2012;366:2443-2354| 3. Chow LQ. Am Soc Clin Oncol Educ Book. 2013:280-285
T cells
infiltrate the
tumor site Appearance of
tumor flare or new lesions upon
imaging I-O
therapy
tumor
Aumento da carga tumoral (lesões novas) seguido
de resposta completa (RC)
•
Resposta após surgimento seguido de desaparecimento de lesões novas
Ipi 3 mg/kg Antes do tratamento
Sem 36: Ainda Regredindo Sem 12: Progressão
Sem 20: Regressão
Novas lesões
Julho 2006
Resposta
mWHO*
Resposta
Completa
Desaparecimento de todas as
lesões
Resposta
Parcial
SPD das lesões-alvo diminuem em
>50% lesões novas NÃO
permitidas
Doença
Estável
SPD das lesões-alvo não atingem
RC, RP ou PD , lesões novas NÃO
permitidas
Progressão
de Doença
SPD de lesões alvo aumentam em
>25% OU novas lesões OU
progressão inequívoca das lesões
não-alvo
Todas lesões-alvo + novas
desaparecem
SPD de lesões-alvo + novas
diminuem >50% (novas lesões
são mensuradas)
SPD das lesões-alvo + novas
não atingem irRC, irRP, ou irPD
(novas lesões são mensuradas)
irRC
†SPD de lesões-alvo + novas
aumentam >25%
‡(NÃO se
baseia somente no surgimento
de novas lesões)
Comparação dos critérios
WHO modificado vs irRC
1,2
SPD = soma dos produtos dos diâmetros perpendiculares; *inclui lesões-alvo e não-alvo;
†inclui alvo somente (lesões mensuráveis); ‡Progressão a ser confirmada ao menos 4 semanas depois. 1. Wolchok J, et al. Clin Cancer Res. 2009;15:7412-20.
eri al d est inad o à clas se médica
Importância da doença estável
Resposta comum com Ipilimumabe
Estudo
Tratamento
Doença Estável
MDX010-20
1(fase III)
Ipilimumabe 3 mg/kg + gp100 1 mg cada 3 semanas X 4 (n=403) ou ipilimumabe + placebo (n=137) ou gp100 + placebo (n=136)
58 (14%) pacientes na combinação e 24 (17.5%) pacientes no ipilimumabea
MDX010-08
2(faseII)
Ipilimumabe 3 mg/kg cada 4 semanas X 4 com (n=35) ou sem (n=37) dacarbazina 250 mg/m2 cada 3 semanas (dias 1 a 5)
8 (23%) pacientes na combinação e 6 (16%) pacientes na monoterapia; duração de 1 mês a >15 mesesb
CA184-007
3(fase II)
Ipilimumabe 10 mg/kg cada 3 semanas X 4 com budesonida (n=58) ou placebo (n=57) até semana 16, manutenção cada 12 semanas a
partir da semana 24
11 (19%) pacientes em cada grupo
CA184-008
4(fase II)
Ipilimumabe 10 mg/kg cada 3 semanasX 4, manutenção cada 12
semanas a partir semana 24 (N=155) 33 (21%) pacientes
CA184-022
5(fase II)
Ipilimumabe 0.3 mg/kg (n=73), 3 mg/kg (n=72), ou 10 mg/kg (n=72) cada 3 semanas X 4, manutenção cada 12 semanas a partir da
semana 24 10 (14%), 16 (22%), e 13 (18%) pacientes recebendo 0.3 mg/kg, 3 mg/kg, and 10 mg/kg
MDX010-15
6(fase I/II)
Ipilimumabe dose única 20 mg/kg (n=30), ipilimumabe até 5 mg/kg X 3 (n=34), ou ipilimumabe 10 mg/kg cada 4 semanas X 4 (n=24)
14 (16%) pacientes; duração variou de 99 a >945 dias em pacientes
recebendo 10 mg/kg
aAntes da reindução.
bSeguimento longo prazo mostrou sobrevida de 4.9 anos em 1 paciente e >5.5 anos em 2 pacientes com DE no braço combinação.
1. Hodi FS et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723. 2. Hersh EM et al. Invest New Drugs. 2011;29:489-498. 3. Weber J et al. Clin Cancer Res. 2009;15:5591-5598. 4. O’Day SJ et al. Ann Oncol. 2010;21:1712-1717. 5. Wolchok JD et al. Lancet Oncol. 2010;11:155-164. 6. Weber J et al. J Clin Oncol. 2008;26:5950-5956.
MDX010-20: Desenho do estudo
Ipi + gp100
Ipi + placebo
gp100 +
placebo
> 1 Reindução pacientes elegíveis
Indução
Melanoma avançado pré-tratados, HLA-A*0201 N = 676Ipilimumabe*
+ gp100
(N=403)Ipilimumabe*
+ placebo
(N=137)gp100 +
placebo
( N=136) R A N D O M I Z A Ç Ã O R E I N D U Ç Ã OScreening
Follow
up
Ipilimumabe: 3 mg/kg
2IV a cada 3 semanas (4
doses)
SG
Sobrevida Global Mediana
IPI
IPI + gp100
Hodi FS, et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723.
gp100
M
es
24%
Sobrevida em 1 e 2 anos
Anos46%
25%
14%
IPI IPI IPI + gp100 IPI gp100 YERVOY + gp100 vs gp100 0.68 0.0004 Risco Relativo P YERVOY vs gp100 0.66 0.0026Hodi FS, et al. N Engl J Med. 2010;363:711-723. Pr op or çã o de Vi vo s
TODOS OS PACIENTES Sexo Masculino Feminino Idade < 65 anos ≥ 65 anos Feminino < 50 anos Feminino ≥ 50 anos
Estadio na inclusão M0, M1A, M1B M1C
DHL basal ≤ LSN > LSN ≤ 2x LSN > 2x LSN
Uso prévio de IL-2 Sim Não
0.2 0.5 1 2 5 0.2 0.5 1 2 5
RR 95% CI
1. Hodi FS, et al. N Engl J Med 2010;363:711-23.
Benefício de sobrevida consistente em subpopulações
Subgrupos pré-especificados no estudo MDX010-20
Pooled Analysis of Long-term Survival Data from
Phase II and Phase III Trials of Ipilimumab in
Metastatic Melanoma
ESMO 2013
Schadendorf D,
1Hodi FS,
2Robert C,
3Weber JS,
4Margolin
K,
5Hamid O,
6Chen TT,
7Berman DM,
8Wolchok JD
91University Hospital Essen, Essen, Germany; 2Dana-Farber Cancer Institute, Boston, MA,
USA; 3Institute Gustave Roussy, Villejuif, France; 4Moffitt Cancer Center, Tampa, FL, USA; 5University of Washington, Seattle, WA, USA; 6The Angeles Clinic and Research Institute,
Los Angeles, CA, USA; 7Bristol-Myers Squibb, Wallingford, CT, USA; 8Bristol-Myers Squibb,
Lawrenceville, NJ, USA; 9Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, New York, NY, USA.
Abstract Number 24LBA (ESMO 2013)
Pacientes em Risco Ipilimumabe 1861 839 370 254 192 170 120 26 15 5 0 Proporç ão de V iv os 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 Meses 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 Ipilimumab CENSORED
Análise Primária de Dados de SG:
1861 Pacientes
SG Mediana (95% CI): 11.4 meses (10.7–12.1)
Taxa de SG de 3 anos (95% CI): 22%
(20–24%)
47
Pacientes em Risco Ipilimumabe 4846 1786 612 392 200 170 120 26 15 5 0 0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0 0 12 24 36 48 60 72 84 96 108 120 Ipilimumabe CENSURADO
Análise de SG incluindo dados do EAP:
4846 Pacientes
SG Mediana (95% CI): 9.5 (9.0–10.0)
Taxa SG em 3 anos (95% CI): 21% (20–22%)
Prop orç ão de V iv os Meses
48
SG Relativa a Dados Históricos
● Controles históricos
̶
Fase II: 1278 pacientes em 42 grupos cooperativos de 1975 a 2005
̶
Fase III: 3739 pacientes em 10 estudos de 1999 a 2011
49
Conclusões
●
Esta é a maior análise de SG até hj de pacientes tratados com
Ipilimumabe em melanoma avançado
●
A análise mostra um platô na SG começando no 3
oano estendendo-se até
mais que os 10 anos em alguns pacientes
̶
Platô similar para pacientes previamente tratados e não tratados
̶
Dose ou regime de tratamento não parece impactar no platô
̶
Platô também similar quando os dados de EAP são incluídos
●
A curva de SG observada mostrou melhor sobrevida e mais durável em
relação aos dados históricos
●
Esta análise adicionou corpo a evidências que suportam o efeito do
tratamento com Ipilimumabe a uma sobrevida de longo prazo mais
duradoura, nos pacientes com melanoma avançado
50
Perfil de Segurança e Manejo de
EAs
Mat eri al d est inad o à clas se médica
Eventos adversos imunorrelacionados (irEAs)
1,2
Eventos adversos mais comumente relacionados ao tratamento
Definição: etiologia desconhecida, consistente com fenômeno imune,
i.e., de natureza inflamatória
Baseado nos termos MedDRA pré-especificados em estudos clínicos
Protocolo para identificação de irEAs orienta investigadores a:
–
Avaliar e excluir causas neoplásicas, infecciosas, metabólicas, tóxicas ou outras
–
Utilizar sorologia, imunologia e histologia (biópsia) para suportar o
diagnóstico
Primeiro os cutâneos, seguido por colite, hipofisite e
finalmente hepatite
Weber JS, et al. J Clin Oncol 2012;30:2691–2697
Grau
da
toxicid
ad
e
Tempo (semanas)
Erupção, prurido Hepatotoxicidade Diarreia, colite Hipofisite 0 2 4 6 8 10 12 14Cinética dos irEAS:
Mat eri al d est inad o à clas se médica
IrEA
Mediana de tempo
para surgimento,
semanas
(variação)
Mediana de tempo
para resolução,
semanas
(variação)
GI; grau 3–5
8 (5–13)
4 (0.6–22)
Hepatotoxicidade; grau 2–5
3–9
0.7–2
Cutâneo; grau 2–5
3 (0.9–16)
5 (0.6–29)
Endócrino; grau 2–4
(7–20)
Não disponível
irEA = evento adverso imuno-relacionado; GI = gastrointestinal
Cinética dos irEAS:
eri al d est inad o à clas se médica
Características dos irEAs no estudo
de fase III MDX010-20
1
IrEA por
sistema
N(%) Pacientes
Ipi+ gp100 N=380 Ipi N=131 Gp100 N=132 Qualquer irEA 221 (58.2) 80 (61.1) 42 (31.8) Dermatológico 152 (40.0) 57 (43.5) 22 (16.7) Prurido 67 (17.6) 32 (24.4) 14 (10.6) Rash (erupção) 67 (17.6) 25 (19.1) 6 (4.5) Vitiligo 14 (3.7) 3 (2.3) 1 (0.8) Gastrointestinal 122 (32.1) 38 (29.0) 19 (14.4) Diarreia 115 (30.3) 36 (27.5) 18 (13.6) Colite 20 (5.3) 10 (7.6) 1 (0.8) Endócrino 15 (3.9) 10 (7.6) 2 (1.5) Hepático 8 (2.1) 5 (3.8) 6 (4.5) Outro 12 (3.2) 6 (4.6) 3 (2.3)Mat eri al d est inad o à clas se médica
Características dos irEAs no estudo
de fase III MDX010-20
1
IrEA por
sistema
N(%) Pacientes
Ipi+ gp100 N=380 Ipi N=131 Gp100 N=132 Qualquer irEA 221 (58.2) 80 (61.1) 42 (31.8) Dermatológico 152 (40.0) 57 (43.5) 22 (16.7) Prurido 67 (17.6) 32 (24.4) 14 (10.6) Rash (erupção) 67 (17.6) 25 (19.1) 6 (4.5) Vitiligo 14 (3.7) 3 (2.3) 1 (0.8) Gastrointestinal 122 (32.1) 38 (29.0) 19 (14.4) Diarreia 115 (30.3) 36 (27.5) 18 (13.6) Colite 20 (5.3) 10 (7.6) 1 (0.8) Endócrino 15 (3.9) 10 (7.6) 2 (1.5) Hepático 8 (2.1) 5 (3.8) 6 (4.5) Outro 12 (3.2) 6 (4.6) 3 (2.3)Pacientes (%)
irEA
Ipilimumabe +
gp100
n=380
Ipilimumabe+
placebo
n=131
gp100 +
placebo
n=132
Todos os graus
Qualquer
58
61
32
Dermatológico
40
44
17
GI
32
29
14
Endócrino
4
8
2
Hepático
2
4
5
Hodi FS, et al. N Engl J Med 2010;363:711–723
aNo período de duração do estudo
irEAs
a
(todos os graus) mais comuns
Pacientes (%)
irEA
Ipilimumabe +
gp100
n=380
Ipilimumabe +
placebo
n=131
gp100 + placebo
n=132
Grau 3
Grau 4
Grau 3
Grau 4
Grau 3
Grau 4
Qualquer
9.7
0.5
12.2
2.3
3.0
0
Dermatológico
2.1
0.3
1.5
0
0
0
GI
5.3
0.5
7.6
0
0.8
0
Endócrino
1.1
0
2.3
1.5
0
0
Hepático
1.1
0
0
0
2.3
0
Óbito por irEA
1.3
1.5
0
irEAs
a
graus ≥3 mais comuns
no estudo MDX010-20
Hodi FS, et al. N Engl J Med 2010;363:711–723
MDX010-20: resumo de segurança
Toxicidade relacionada ao Ipilimumabe:
▫ Baseada no mecanismo de ação, toxicidade imunorrelacionada
irEAs (eventos adversos imunorrelacionados) foram mais comumente relacionados à droga, ocorrendo em ~60% dos pacientes tratados com Ipilimumabe
Perfil dos EA consistente com os observados nos estudos fase II
Manuseio com acompanhamento vigilante e necessidade de intervenção precoce com esteroides
▫ Taxa de toxicidade graus 3/4:
Relacionado ao tratamento: 17% (combinação), 23% (monoterapia) Imunorrelacionado: 10% (combinação), 15% (monoterapia)
▫ óbitos
Relacionado ao tratamento : 2.1% (combinação), 3.1% (monoterapia) Imunorrelacionado: 1.3% (combinação), 1.5% (monoterapia)
Perfil de Segurança – EAP
Pacientes Idosos versus Pacientes Jovens
• 2017 pacientes - CA184-045 (EAP)
▫ 767 (38%) ≥65 ▫ 1250 (62%) <65
6 0
Lawrence D, et al. Presented at: 37th ESMO Congress; September 28 - October 2, 2012; Vienna, Austria.
Grupo por Idade
≥65 anos <65 anos Total (n=767) (n=1250) (n=2017) Qualquer irAE 82 (11%) 88 (7%) 170 (8%) Gastrointestinal 56 (7%) 53 (4%) 108 (5%) Diarreia 36 (5%) 31 (3%) 67 (3%) Colite 25 (3%) 28 (2%) 53 (3%) Gl perfuração 5 (<1%) 2 (<1%) 7 (<1%) Cutâneo 10 (1%) 11 (1%) 21 (1%) Pruritus 8 (1%) 3 (<1%) 11 (1%) Laboratorial 10 (1%) 10 (1%) 20 (1%) TGO (aumento) 4 (1%) 4 (<1%) 8 (<1%) Lipase 2 (<1%) 1 (<1%) 3 (<1%) Amilase 2 (<1%) 0 2 (<1%) Endócrino 6 (1%) 9 (1%) 15(1%) Hipofisite 2 (<1%) 5 (<1%) 7 (<1%)
Experiência Italiana
Tratamento de Reindução - Segurança
• 845 pacientes – EAP – Italiano (CA184-089) 51 (6%) ipilimumabe 3 mg/kg
▫ 1 tratamento reindução - 37 (72.5%) receberam 4 doses ▫ 2 tratamentos ou mais – 2 pacientes
Pigozzo J, et al. Presented at: 37th ESMO Congress; September 28 - October 2, 2012; Vienna, Austria.
EA relacionado ao
tratamento n (%) Todos os Graus Graus 3/4 Total 11 (21.6) 3 (5.9) Diarreia 2 (3.9) 1 (2.0) Prurido 4 (7.8) 0 Toxicidade Hepática 1 (2.0) 0 Fadiga 2 (3.9) 0 Hipotireoidismo 1 (2.0) 0 Hipocalemia 1 (2.0) 1 (2.0)
Manuseio apropriado dos irEAs: aprendizado
Boa comunicação com o paciente é fator crucial
Todos os efeitos colaterais dos anti-CTLA-4 são imunorrelacionados e
refletem seu mecanismo de ação
Avaliar função tireoidiana e hepática no basal e antes de cada dose de
Ipilimumabe
Tratar efeitos colaterais precoce e agressivamente
Doses omitidas de Ipilimumabe em razão de eventos adversos não
devem ser substituidas
Utilizar esteróides para EAs grau 3
▫ Utilizar inicialmente metilprednisona IV por 1 – 2 dias para toxicidade
severa
Reduzir lentamente a dose de esteroide (desmame) em não menos
Monitorização dos Pacientes
GASTROINTESTINAL
Sinais e sintomas como:
• Diarreia • Dor Abdomnal
• Presença de sangue ou muco nas fezes • Perfuração intestinal
• Sinais de perfuração • Ileu
• Febre
Em pacientes sintomáticos, exclua outras etiologias Em casos de persitência ou piora dos sintomas, considerar exame endoscópico.
FÍGADO
Sinais como:
•Valores anormais de Função Hepática (TGO, TGP) e bilirrubina total.
Exclua outras etiologias ou malignidades
Monitore com maior frequencia paramêtros de Função Hepática até resolução.
PELE
Sintomas como:
• Erupção cutânea • Prurido
A menos que outra etiologia tenha sido identificada, sinais e sintomas de dermatite devem ser considerados
imunorrelacionados. NEUROLÓGICO Sintomas como: • Fraqueza uni/bilateral • Alterações sensoriais • Parestesia 28 ENDOCRINO
Sinais e sintomas como: • Fadiga
• Cefaleia
• Alteração do status mental • Dor abdominal
• Alteração do hábito intestinal • Hipotensão
• Alteração de parametros laboratoriais função endócrina e bioquímica
• Hipofisite
• Insuficiência Adrenal (incluindo crise adrenal) • Hiper ou hipotireoidismo
Sintomas não específicos - relação com outras causas (ex- meta cerebral)
OUTRAS REAÇÕES ADVERSAS incluindo manifestações oculares
YERVOY package insert. Princeton, NJ: Bristol-Myers Squibb; 2011.
*em número limitado de pacientes a hipofisite foi identificada através de exames de imagem com aumento da glandula pituitária.
GASTROINTESTINAL
Sinais e sintomas como:
• Diarreia • Dor Abdomnal
• Presença de sangue ou muco nas fezes • Perfuração intestinal
• Sinais de perfuração • Ileu
• Febre
Em pacientes sintomáticos, exclua outras etiologias Em casos de persitência ou piora dos sintomas, considerar exame endoscópico.
Fígado
Sinais como:
•Valores anormais de Função Hepática (TGO, TGP) e bilirrubina total.
Exclua outras etiologias ou malignidades
Monitore com maior frequencia paramêtros de Função Hepática até resolução.
PELE
Sintomas como:
• Erupção cutânea • Prurido
A menos que outra etiologia tenha sido identificada, sinais e sintomas de dermatite devem ser considerados
imunorrelacionados. NEUROLÓGICO Sintomas como: • Fraqueza uni/bilateral • Alterações sensoriais • Parestesia ENDOCRINO
Sinais e sintomas como: • Fadiga
• Cefaleia
• Alteração do status mental • Dor abdominal
• Alteração do hábito intestinal • Hipotensão
• Alteração de parametros laboratoriais função endócrina e bioquímica
• Hipofisite
• Insuficiência Adrenal (incluindo crise adrenal) • Hiper ou hipotireoidismo
Sintomas não específicos - relação com outras causas (ex- meta cerebral)
OUTRAS REAÇÕES ADVERSAS incluindo manifestações oculares