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Threonine: Lysine ratios in diets for broilers in the pre-starter and initial phases

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Academic year: 2021

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Relações treonina: Lisina em dietas para frangos de corte nas fases pré-inicial e inicial

Halef Pereira de Oliveira1, Paulo Ricardo de Sá da Costa Leite1, Leticia Mariano Barbosa1, Valéria Bonifácia Marra da Silva1, Luís Henrique Curcino Batista1, Mônica Maria de Almeida Brainer1

1 Instituto Federal Goiano - Campus Ceres. E-mail: halefpgtu15@hotmail.com

Resumo: Dois experimentos foram realizados com o objetivo de determinar a exigência de treonina e a relação treonina: lisina (ThrD: LysD) digestível para frangos machos da linhagem Cobb. No primeiro experimento 280 aves foram alimentadas com níveis crescentes de treonina de 1 a 7 dias (0,852%, 0,952%, 1,052% e 1,152%), e uma ração única de 8 a 21 dias de idade. No segundo experimento, foram utilizadas 280 aves alimentadas na fase de 1 a 7 dias com ração única e de 8 a 21 dias foram alimentados com rações contendo níveis crescentes de treonina (0,763%, 0, 863%, 0,963% e 1,063%). Os experimentos foram conduzidos em delineamento inteiramente casualizado, cada um com quatro tratamentos e cinco repetições e 14 aves por parcela. Nas duas fases não foi observado efeito significativo (p>0,05) dos níveis crescentes de ThrD sobre o peso final, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar dos níveis de treonina. Recomenda 0,852% de ThrD para fase pré–inicial com relação Thr: Lys de 65% e 0,763% de ThrD para a fase inicial e relação ThrD: Lys de 65%.

Palavras-chave: aminoácidos, desempenho, proteína ideal

Threonine: Lysine ratios in diets for broilers in the pre-starter and initial phases

Abstract: Two experiments were carried out with the objective of determining the threonine requirements and the threonine: lysine (ThrD: LysD) ratios for male broilers of the Cobb strain. In the first experiment 280 chicks were fed increasing levels of threonine for 1 to 7 days (0.852%, 0.952%, 1.052% and 1.152%), and a single diet of 8 to 21 days of age. In the second experiment, 280 birds fed 1 to 7 days of single feed and 8 to 21 days of fed with increasing levels of threonine (0.763%, 0.863%, 0.963% and 1.063%). The experiments were conducted in a completely randomized design, each with four treatments and five replicates and 14 birds per plot. In both phases, no significant effect (p> 0.05) of increasing ThrD levels on the final weight, feed intake, weight gain and feed conversion of threonine levels was observed. It recommends 0.852% of ThrD for the pre-starter phase with Thr: Lys ratio of 65% and 0.763% of ThrD for the initial phase and ThrD: Lys ratio of 65%.

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Introdução

A proteína é um nutriente fundamental para as aves, representando uma grande fração do custo das formulações de rações e influindo diretamente sobre as características de desempenho zootécnico (Berres et al., 2007). Por outro lado, a suplementação das dietas de frangos de corte com aminoácidos industriais é viável, resultando em rações com nível reduzido de proteína bruta (Corzo et al., 2005).

A formulação de ração com base nos ingredientes vegetais normalmente resulta em valores de proteína bastante elevados, em função da adoção de margens de segurança para garantir o fornecimento dos aminoácidos essenciais mais limitantes. No entanto, há que se salientar que as aves não têm requerimentos nutricionais para proteína bruta em si, e sim para cada um dos aminoácidos essenciais constituintes das proteínas e para uma quantidade de nitrogênio amino suficiente para a biossíntese de aminoácidos não essenciais (Costa e Goulart, 2010).

Dentre os aminoácidos essenciais, a treonina é o terceiro aminoácido limitante na síntese de proteína muscular, e sua deficiência compromete a formação de mucina e a atividade do sistema imunológico. Segundo Corzo et al. (2007) a treonina é o aminoácido mais limitante em dietas práticas de frangos de corte, depois que as necessidades de lisina e metionina são atendidas. As exigências de treonina dependem da idade da ave e do nível de proteína bruta da dieta (Kidd, 2004), de modo que, a fase inicial é considerada a mais importante devido à expansão e o desenvolvimento das funções do intestino, influenciados pelo tipo da dieta, da presença de promotor de crescimento, da microbiota intestinal, além da incidência de doenças entéricas e da intensidade de desenvolvimento corporal (Ito et al., 2004). Portanto, a treonina é essencial para função intestinal, pois o revestimento mucoso do intestino, que possui elevado conteúdo deste

aminoácido, o protege da ação de toxinas, bactérias, autodigestão e abrasão física, além de influenciar a absorção de nutrientes no lúmen (Specian e Oliver, 1991; Law et al. 2007).

Atencio et al. (2004) recomendaram 0,777% de treonina digestível em rações de frangos de corte na fase inicial de criação, enquanto que, nas TBAS (Rostagno et al., 2011) se preconizaram, respectivamente, para os períodos de 1 a 7 e 8 a 21 dias, 0,861 e 0,791% de treonina digestível para o melhor desempenho de frangos.

Diversos autores (Kidd 2000; Kidd et al., 2001; Rostagno et al., 2005; Corzo et al., 2009; Rama Rao et al., 2011) encontraram divergências nas exigências, em função dos mais variados fatores que alteravam os requerimentos dos aminoácidos e a sua relação na dieta para frangos de corte. Dentre essas variáveis relacionadas ao animal, destacam-se a idade, genética, sexo e estresse imunológico e as variáveis externas (níveis protéicos e energéticos, temperatura ambiente, doenças) que atuam de forma individual ou em conjunto influenciando o desempenho das aves e a eficiência de utilização dos aminoácidos.

Dentro deste contexto, objetivou-se avaliar as exigências de treonina digestível para frangos de corte no período de 1 a 7 e de 8 a 21 dias de idade.

Material e Métodos

Foram realizados dois experimentos no setor de Avicultura do Instituto Federal Goiano – Campus Ceres. No primeiro ensaio, as aves receberam diferentes níveis de treonina nas fases pré-inicial (1 a 7 dias) e no segundo ensaio um novo grupo de pintos foram também alimentadas com níveis crescentes de treonina digestível de 8 a 21 dias. Os dois ensaios foram conduzidos até a idade de 21 dias com as aves recebendo dietas com níveis normais de treonina quando não se encontravam nos experimentos.

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Em cada experimento, foram utilizados 280 pintos machos de um dia de idade, da linhagem comercial Cobb, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em quatro tratamentos, cinco repetições, contendo 14 aves por unidade experimental. Os níveis de suplementação de L-treonina foram na fase pré-inicial de 0,852%, 0,952%, 1,052% e 1,152% que correspondiam, respectivamente, às relações treonina: lisina de 65%, 72,6%, 80,3% e 88%. Para a fase inicial os níveis de L-treonina foram de 0,763%, 0, 863%, 0,963% e 1,063% que correspondiam, respectivamente, às relações treonina: lisina de 65%, 73,5%, 82% e 90,5%.

A ração basal (Tabela 1) foi formulada para atender às exigências preconizadas por Rostagno et al. (2011), com 22% de proteína bruta na fase pré-inicial e 20% na fase pré-inicial, com respectivamente 0,852% e 0,763% de treonina digestível. As demais rações experimentais foram obtidas por meio da suplementação de L-treonina na ração basal em substituição ao amido.

As aves foram pesadas e uniformizadas de acordo com o peso corporal de início de cada fase experimental (1º e 7º dia) e foram alojadas em baterias aquecidas de aço galvanizado equipadas com comedouros e bebedouros tipo calha e receberam água e ração à vontade durante todo período experimental. A iluminação utilizada em cada gaiola foi com lâmpadas incandescentes de 60 W. A temperatura foi controlada através da utilização de campânulas no local, efetuando-se o manejo de cortinas e mantendo-se a temperatura ideal de acordo com a idade das aves. As temperaturas máximas e mínimas no período experimental foram obtidas diariamente utilizando-se dois termômetros localizados em pontos médios do galpão, na altura das aves.

As pesagens dos animais e das sobras de rações foram realizadas aos 7°, 14° e 21° dias para avaliar o consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar das aves.

Tabela 1. Composições de ingredientes e química das dietas referências

Ingrediente (g/kg) Período (dias)1 a 7 8 a 21

Milho 537,17 578,66 Farelo de Soja 45% 385,59 350,43 Fosfato bicálcico 19,08 15,31 Amido 10,00 10,00 Calcário 9,12 9,08 Óleo de Soja 22,58 22,17 Sal 5,09 4,83

Premix vitamínico e mineral1 4,00 4,00

DL-Metionina 3,57 2,86

L-Lisina•HCL 2,75 2,07

L-Treonina 1,05 0,59

Total 1,000 1,000

Composição Nutricional

Energia Metabolizável (Mcal/kg) 2,950 3,000

Proteína bruta (g/kg) 222,0 208,0

Lisina digestível (g/kg) 13,10 11,74

Metionina digestível (g/kg) 6,45 5,62

Met + Cis digestível (g/kg) 9,44 8,46

Treonina digestível (g/kg) 8,52 7,63

Triptofano digestível (g/kg) 2,51 2,32

Sódio (g/kg) 2,20 2,10

Fósforo disponível (g/kg) 4,70 3,95

Cálcio (g/kg) 9,20 8,19

1Níveis de suplementação de vitaminas, minerais e

aditivos, quantidade por kg do produto: Vitamina A: 20.000 UI, Vit D3: 6000.00 UI, Vit E: 5000 UI, Vit K3: 450 mg, Vit B1: 500 mg, Vit B2: 1500 mg, Vit B6: 700 mg, Vit B12: 500 cg, Ácido Pantotênico: 3500 mg, Niacina: 9000 mg, Colina: 80 g, Ácido Fólico: 250 mg, Biotina: 15 mg, Cobre: 2500 mg, Ferro: 10 g, Manganês: 20g, Iodo: 250 mg, Zinco: 18 g, Selênio: 5 mg, Bacitracina de Zinco: 13,75 g, Nicarbazina: 31,25g.

Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste Tukey a 5% e regressão polinomial, no caso de significância, com auxílio do software estatístico R (R Core Team, 2011).

Resultados e Discussão Experimento I

As temperaturas médias nos dois experimentos foram de 21,4º C de mínima a 35,0º C de máxima.

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Não foi observado efeito (p>0,05) dos diferentes níveis de treonina digestível sobre os resultados de peso final, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar dos frangos de 1 a 7 e de 1 a 21 dias de idade (Tabela 2).

Com este resultado, sugere-se o menor nível de treonina (0,852%) e relação Thr: Lys de 65%, o que concorda com a recomendação de treonina de Rostagno et al. (2011) para a fase pré-inicial. Anteriormente, Atencio et al. (2004) recomendaram o nível de 0,777% de treonina digestível em rações de frangos de corte na fase inicial de criação (1 a 21 dias). Já Soares et al. (1999) observaram efeito da treonina digestível sobre os resultados de consumo de ração e de conversão alimentar na fase inicial de criação, recomendando 0,73% de treonina digestível.

O peso final, aos 21 dias, não foi alterado pelos níveis de treonina digestível na ração. Considerando a hipótese de que as aves não tiveram desafio sanitário devido o alojamento em sistema de gaiolas com piso suspenso, supõe-se que o efeito da treonina seja mais evidenciado em situações com desafio sanitário. Bowland (1996) e Bernal (2004) relataram que a treonina tem maior participação na composição das imunoglobulinas, sendo de 10,7%, enquanto que a lisina 6,2% e arginina de 5%, o que demonstra que a treonina participa ativamente no sistema imunológico das aves.

Outra importante função da treonina é promover o desenvolvimento das células caliciformes e, assim, estimular a secreção de mucina por estas células, pois, segundo Kim et al. (2007), a treonina é o maior componente da mucina intestinal. De acordo com Myrie (2001), o intestino necessita de cerca de 60% da treonina dietética consumida primariamente para síntese de mucina intestinal. Deste modo, Star et al. (2012) comentaram que aves com desafios intestinais têm maiores exigências na relação treonina: lisina para maximizar o desempenho quando expostas a patógenos, em virtude do surgimento de lesões nas paredes intestinais.

Da mesma forma que no presente estudo, Everett et al. (2010) não observaram efeito dos níveis de de treonina de 0,69% a 0,81% no ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar de frangos. Os autores sugeriram relação ThrD: LysD de 68% para melhor desempenho no período de 14 a 28 dias, que concorda com a sugestão de 65% na relação ThrD: LysD encontrada neste estudo.

Para o desempenho dde 1 a 21 dias de idade (Tabela 3), novamente não foi observado efeito dos níveis de ThrD sobre as variáveis estudadas (p>0,05), o que sugere que o menor nível de 0,852%, é semelhante ao proposto por Rostagno et al. (2011), para aves na fase pré-inicial de criação correspondendo a relação de 65% de ThrD: LysD, como suficiente para atender

Variáveis Treonina digestível (%)

65 72,6 80,3 88 CV (%) 1 a 7 dias Peso Final (g) 0,166 0,160 0,172 0,166 3,97 Ganho de Peso (g) 0,120 0,113 0,125 0,119 5,53 Consumo de Ração (g) 0,194 0,203 0,191 0,194 8,13 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,167 1,268 1,111 1,167 7,71 8 a 21 dias Peso Final (g) 0,948 0,872 0,903 0,865 7,05 Ganho de Peso (g) 0,781 0,711 0,731 0,699 8,47 Consumo de Ração (g) 1,094 1,037 1,031 1,038 7,15 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,152 1,192 1,142 1,201 3,78

Tabela 2. Desempenho de frangos de corte alimentados com níveis crescentes de treonina digestível na fase pré-inicial (1 a 7 dias) e efeito residual na fase inicial (8 a 21 dias)

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às exigências de treonina digestível para o máximo desempenho de pintos machos.

Ospina-Rojas et al. (2014) avaliaram o efeito das relações ThrD: LysD nas exigências de lisina digestível de frangos de corte de 22 a 42 dias de idade em dietas com baixo nível de proteína bruta e não encontraram efeitos sobre o ganho de peso, consumo de ração e conversão alimentar, sendo recomendando 0,60% e 1,00%, respectivamente, de treonina e de lisina digestível correspondendo a relação 57% de ThrD: LysD.

Kidd et al. (2001) observaram interação do nível de proteína da ração com o nível de treonina estudado sobre a conversão alimentar, sendo que as aves alimentadas com o menor nível de proteína (19%) e maior nível de treonina (8,0 g/kg) apresentaram pior conversão alimentar, ao contrário quando as aves foram alimentadas com 22% de proteína e o mesmo nível de treonina (8,0 g/kg), percentual este de proteína (22%) semelhante ao empregado no presente estudo na fase pré-inicial.

Abbasi et al. (2014) avaliaram os desempenhos de frangos alimentados com diferentes níveis de proteína bruta e treonina digestível e definiram que o nível de treonina de 0,97% e relação ThrD: LysD de 71,9% melhorou a conversão alimentar de 1 a 21 dias o que pode ser justificado, em grande parte, pelo aumento significativo no ganho de peso. Entretanto, os melhores pesos corporal, ganho de peso e conversão alimentar foram obtidos com aves alimentadas com dietas contendo redução de 10% do nível recomendado de proteína bruta suplementada com um nível de treonina digestível 20% superior ao nível de treonina na dieta basal.

Experimento II

Não foi observado efeito (p>0,05) dos diferentes níveis de treonina digestível na fase de 8 a 21 dias de idade nos resultados de peso final, consumo de ração, ganho de peso e conversão alimentar em frangos recebendo diferentes níveis de treonina (Tabela 4).

Tabela 3. Desempenho de frangos de 1 a 21 alimentados de 1 a 7 dias de idade com níveis crescentes de treonina digestível na ração

Varáveis Treonina digestível (%)

65 72,6 80,3 88 CV %

Peso Final (g) 0,948 0,872 0,903 0,865 7,05

Ganho de Peso (g) 0,901 0,825 0,857 0,818 7,45

Consumo de ração (g) 1,309 1,244 1,232 1,235 7,45

Conversão Alimentar (kg/kg) 1,378 1,430 1,363 1,429 4,28

Variáveis Treonina digestível (%)

65 73,5 82 90,5 CV (%) 1 a 7 dias Peso Final (g) 0,129 0,130 0,131 0,130 1,99 Ganho de Peso (g) 0,087 0,088 0,088 0,087 2,84 Consumo de Ração (g) 0,134 0,149 0,148 0,156 21,69 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,040 1,147 1,130 1,209 22,85 8 a 21 dias Peso Final (g) 0,655 0,638 0,661 0,665 5,69 Ganho de Peso (g) 0,525 0,507 0,530 0,535 6,90 Consumo de Ração (g) 1,006 0,959 0,987 0,961 9,69 Conversão Alimentar (kg/kg) 1,530 1,507 1,491 1,444 6,42

Tabela 4. Desempenho zootécnico dos frangos de corte alimentados com diferentes níveis de treonina digestível na fase inicial (8 a 21 dias de idade)

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Duarte et al. (2012) avaliaram as exigências de treonina para frangos de corte de 22 a 42 dias de idade e não encontraram efeitos no consumo de ração, ganho de peso e viabilidade criatória. Os autores sugeriram o menor nível de treonina (0,64%) que correspondia a relação ThrD: LysD digestível de 60% uma dieta contendo 17,7% de proteína. Entretanto, houve efeito (p<0,05) na conversão alimentar com exigência estimada em 0,7642%, que correspondia a relação ThrD: LysD de 71,19%.

Berres et al. (2007) verificaram que rações suplementadas com diferentes fontes de treonina, provocaram efeitos distintos do esperado, a treonina do farelo de soja (FS) e relação ThrD: LysD de 68,5% influenciou a melhor conversão alimentar em frangos quando comparadas com as rações suplementadas com L-Thr e, esta melhor conversão alimentar foi provavelmente em decorrência do melhor equilíbrio do perfil aminoacídico e do valor protéico da dietas com farelo de soja, utilizado como fonte exclusiva de treonina nas rações.

Segundo Corzo et al. (2006 e 2007), os níveis ótimos de treonina total e de treonina digestível em relação à lisina digestível encontrados foram, respectivamente, 0,74 e 66% para ganho de peso e de 0,72 e 64% para conversão alimentar das aves criadas em cama nova e 0,77 e 69% para ganho de peso e 0,73 e 65% para conversão alimentar de frangos de corte criados em cama reutilizada na fase de 21 a 42 dias de idade.

De acordo com Meija et al. (2012) para frangos de corte machos de alto desempenho na fase de 35 a

49 dias recomendam-se 0,72% de treonina e 1,09% de lisina na dieta que corresponde a relação de ThrD: LysD de 66% como suficientes para atender as necessidades nutricionais dos frangos nesta fase, sendo capaz de maximizar o crescimento das aves. Esta relação ThrD: LysD de 66% concorda com a estimada no presente estudo de 65%.

O desempenho no período de 1 a 21 dias (Tabela 5) não foi afetado pelos níveis de treonina digestíveis da ração (p>0,05) e o menor nível de treonina estudado parece ser adequado para frangos neste período, concordando também o nível proposto por Rostagno et al. (2011) para a fase de 8 a 21 dias. Com os resultados obtidos nos dois experimentos, os níveis de treonina digestível na fase pré-inicial e inicial estão dentro dos padrões recomendados pela literatura (Rostagno et al., 2011). Ressalte-se a importância de estudar as funções da treonina em situações de desafio sanitário das aves e com outras linhagens de frangos.

Conclusões

Recomendam–se para a fase pré–inicial 0,852% treonina digestível e 65% de relação treonina: lisina e, para a fase inicial 0,763% de treonina digestível e 65% de relação treonina: lisina.

Referências Bibliográficas

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Variáveis Treonina digestível (%)

65 73,5 82 90,5 CV (%)

Peso Final (g) 0,655 0,639 0,662 0,665 5,69

Ganho de Peso (g) 0,613 0,596 0,619 0,623 6,09

Consumo de ração (g) 1,141 1,109 1,136 1,120 10,20

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Referências

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