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Mastro Lorenzo ORIGENS E PERSPECTIVAS

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Mastro Lorenzo

ORIGENS E PERSPECTIVAS

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O interessante na história das origens de Mastro Lorenzo é que ele provém dos ramos mais nobres do grande chefe-de-raça Phalaris. Será deste lindíssimo cavalo castanho escuro, quase negro, criado pelo 17° Lord Derby, que, atualmente, descende cerca de 3/4 da po-pulação mundial do puro- sangue de corridas.

Phalaris correu 24 vezes e ga-nhou 16, mas teve sua campanha pre-judicada pelos acontecimentos da Primeira Guerra Mundial, chegando a ganhar, aos 3 anos, uma prova em 2000 metros. Todavia, aos 4 e 5 anos, transformou-se num brilhante velocista, vencendo várias corridas entre 1000 e 1200 metros.

Esse filho de Polymelus em Bromus, por Sainfoin foi o responsá-vel por uma decisiva injeção de responsá- velo-cidade pura, no desenvolvimento do puro-sangue inglês. Se seu avô Cyllene já havia sido um precursor, neste sentido, foi Phalaris quem consolidou esse predicado. Cinqüenta e sete de seus filhos foram man-dados para a reprodução, em vários países do mundo, tais como Ar-gentina, Brasil, Venezuela, França, Itália, Austrália, Nova Zelândia, Ín-dia, Estados Unidos e Canadá, além daqueles que foram mantidos na Grã - Bretanha.

Os grandes filhos de Phalaris, seja em campanha, seja como garanhões, foram os irmão inteiros Fairway ( “champion 3y-old” de 1928 e ganhador do St. Leger e Eclipse Stakes ) Pharos, Colorado ( 2000 Guineas e Eclipse Stakes), Manna ( ganhador do Derby de Epsom ), Caerleon e Warden of The March, todos em serviço na Europa.

Depois da Europa, foi a Oceania quem mais se interessou pelo san-gue de Phalaris, levando para Austrália e Nova Zelândia inúmeros de seus filhos, onde alcançaram extraordinário sucesso, tais como Silver-Os ramos nobres da linhagem de Phalaris

PHALARIS (1913) - Notem a beleza física desse cavalo, quase negro.

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burn, Moabite e Salmagundi, apenas para citar os principais.

A Argentina, muito cedo, conheceu a prodigiosidade do sangue de Phalaris e levou para lá Grandpré e depois Parwiz, que foi fabuloso pai e depois avô materno excepcional. Aqui no Brasil, tivemos o con-curso, nos campos da família Paula Machado, do inesquecível corcel negro Trinidad, um dos esteios daquela criação, já que foi o pai de Albatroz, Criolan e l’Atlantide.

Os Estados Unidos já haviam contado com o sangue de Phalaris através do medíocre Phalaros ( um cavalo que não correu ), mas de animadores resultados como reprodutor. Outro filho de Phalaris que atuou na criação americana foi By-Pass, também sem campanha, mas que teve relativo sucesso como reprodutor.

Naquela época, os americanos não podiam atrever-se a comprar os melhores filhos de Phalaris, possuidores de grandes campanhas. Res-tava-lhes adquirir aqueles com performances mais modestas, mas do-tados de pedigrees, os mais extraordinários possíveis.

Foi assim que, em 1928, desembarcava Pharamond II, cuja mãe, nada mais era do que Selene, que viria a ser a mãe de Hyperion. No ano seguinte, chegava seu irmão inteiro, Sickle. Ávidos por velocida-de, os norte-americanos acreditavam ter trazido, nos dois irmãos, a essência dessa qualidade.

Repetia-se outra vez o equívoco de acreditar que irmãos inteiros podiam transmitir as mesmas qualidades, até porque Sickle e Pharamond II eram muito diferentes, no tipo físico e na campanha. Sickle era mais escuro que seu irmão, um pouco mais alto, de ossatura mais leve e mais comprido de lombo. Nas pistas, havia obtido 3 vitórias na Inglaterra, incl. Mersey Stakes e Prince Of Wales Stakes, assim como havia chegado 3° no Two Thousand Guineas Stakes (primeira prova da Tríplice Coroa inglêsa) e no Champagne Stakes. Pharamond II era mais musculoso e atarracado, tendo triunfado em 2 corridas, inclusive no Middle Park Stakes, sendo mais veloz de que seu irmão.

PHARAMOND II (1900) SICKLE (1900)

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Pode-se inferir, pela observação das fotos, que Sickle herdou mais o tipo de seu avô paterno Polymelus (comprido e com pouco posterior), enquanto Pharamond II ficou mais com o tipo de seu avô materno Chaucer (posterior mais forte, corpo mais curto e mais arredondado).Na reprodução foram também muito diferentes, pois Sickle, em 14 esta-ções de monta, produziu 43 ganhadores clássicos, enquanto Pharamond II ficou 24 anos na criação americana, onde deixou 35 ganhadores de stakes. No entanto, eles foram responsáveis pelo surgimento de dois monstros sagrados: Native Dancer e Tom Fool, respectivamente.

Entretanto, Sickle e Pharamond II estão longe de se equivale-rem aos filhos mais nobres de Phalaris, principalmente Pharos, Fairway e Colorado.

Em 1934, Sickle repete sua cobertura com Blue Glass, uma égua não corrida, fi-lha de Prince Palatine ( Persimmon ) em Hour Glass, por Rock Sand. Tanto por li-nha alta, como por lili-nha baixa, Blue Glass descende de linhas de grande consistên-cia: a de St. Simon e de Springfield. Por sinal, Blue Glass é “inbridada” em St. Simon, na razão 3 x 4. É importante a pre-sença de Sainfoin ( filho de Springfield e pai de Rock Sand ), pois ele irá aparecer muitas vezes nos pedigrees dos descen-dentes de Mr. Prospector.

Deste cruzamento, em 1935, nasce Unbreakable que será embarcado para a Inglaterra, onde se revelará um extraordi

-nário milheiro, ganhador de 5 corridas, sendo 3 clássicas, a saber: os Exeter, Richmond e Soltykoff Sks, sendo ainda 2° no Sussex e 3° no Middle Park e no Windsor Castle Stakes. Unbreakable é igualmente “inbridado” em St.Simon (4 x 4 x 5) e em Sainfoin (4 x 4). Provavel-mente este “inbridin” o tenha feito tão parecido com seu antepassado, como se pode apreciar, comparando as fotos ao lado, embora Unbreakable fosse castanho escuro e Sainfoin um belíssimo alazão. Em sequência, Unbreakable irá gerar, em 1942, a Polynesian, um cavalo também escuro, quase preto, grande e forte. Polynesian foi um cavalo muito veloz, mas consistente, pois correu 58 vezes e ganhou 27 corridas, com mais 20 colocações. Entre suas 18 vitórias clássicas,

SAINFOIN (1887)

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destaca-se o Preakness Stakes de 1945, segunda prova da tríplice coroa norte-americana. A seguir, em 1947, era no-meado “Champion Sprinter” americano. Possuia “inbridin” em Polymelus, na ra-zão 4 x 3 e sua mãe era originária de uma linha materna de muita velocidade, pois seu avô materno Polymelian (um irmão paterno de Phalaris) era neto de Sundridge, um renomado produtor de velocistas. Daí se originam “4 crosses” em Springfield, o pai de Sainfoin.

Alfred G. Vanderbilt foi perguntado, certa vez, se tinha uma fórmula para produzir um cavalo superior. Sua resposta foi: "um garanhão de

qualquer raça, mais uma égua filha de Discovery”.O comentário pareceu

não ter muito significado, mas os fatos vieram provar que Discovery, do qual era proprietário, seria um dos mais bem sucedidos avós mater-nos da história do turfe norte-americano. Ele despontará, como tal, com duas de suas filhas mais notáveis que foram Miss Disco, a mãe do

“Cavalo do Ano” americano de 1957, Bold Ruler, e Geisha.

Geisha, filha do clássico e resisten-te Discovery, ambos da criação de Vanderbilt, foi simples ganhadora de uma corrida. Oferecida a Polynesian, em 1949, desta tordilha, registrada como “roan” (rosilha), nasce em 1950, seu se-gundo produto, um fenômeno chamado Native Dancer.

O pedigree de Native Dancer irá re-velar um trinômio reunindo precocidade, velocidade e consistência. A parte bilhante virá através de Polynesian e toda sua herança, desde Phalaris. A con-sistência provém de Discovery, um típi-co “stout”, possuidor de estamina, as-sim como resistência, pois venceu 27 de suas 63 apresentações. E será esta POLYNESIAN (1942) na Saga

more Farm. Notem o belís-simo tipo físico do cavalo.

Native Dancer, “o fantasma de Sagamore”

GEISHA ( 1942 ), a tordilha, mãe de NATIVE DANCER

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combinação de brilhantismo e consistência que consagrará Native Dancer e toda sua descendência.

Native Dancer nasceu em 27 de março de 1950, na Scott Farm, de propriedade de Dan W. Scott, nas cercanias de Lexington, mas foi leva-do muito celeva-do para Maryland, para a Sagamore Farm, de Vanderbilt, com vistas a terminar sua criação e acostumá-lo ao ambiente onde seria iniciado para as corridas.

Desde que começou seu treinamento, no inverno de 1952, seu de-sempenho impressionante nos trabalhos atraiu a atenção de todos, muito tempo antes de sua estréia. Quem conta é Bill Winfrey, seu preparador, quando disse aos repórteres: "o tordilho é o cavalo mais rápido que já

treinei ; marca bons tempos nos trabalhos, mas o que mais impressiona é o fato de que ele consegue isto sem nenhum esforço" .

Começou sua carreira de vencedor já aos 2 anos e assim prosse-guiu até o Kentucky Derby, quando ganhou todas suas 9 corridas. Es-treou em 19 de abril de 1952, no velho hipódromo de Jamaica, em Nova York, na única vez em que não foi o favorito do público, ganhando o Jamaica’s Youthful Stakes, em 1000 metros, marcando excelente tem-po e dando mostras de sua ilimitada qualidade.

Em 1953, Native Dancer passa a ser chamado como “Fantasma

Cinzento” ( The Gray Ghost ), quando surgiu, em meio à bruma do cair

da tarde que envolvia a metade da reta final de Belmont Park, para ganhar o Futurity Stakes, igualando o record mundial da distância, em 74”4/10 para os 1300 metros.E este tordilho vigoroso emergeria entre os concorrentes e ganharia, uma após a outra, 21 corridas, entre as 22 que participou.

Aos 3 anos, chegou invicto e franco favorito para disputar o Kentucky Derby, mas naquele dia, em Churchill Downs, concorrendo contra 11 adversários, tudo parecia conspirar contra o tordilho. Depois da corri-da, o filme patrulha acusou que as portas de seu box retardaram-se para abrir e por isso largou atrasado, correndo entre os últimos nos primeiros momentos da carreira.

A direção dada por Guerin não poderia ter sido mais desastrosa, tanto que um jornal da época publicou: “Guerin trouxe Native Dancer

para todos os lugares do hipódromo, excetuando-se o banheiro das mulhe-res”. Chegada a reta, o favorito encontrou imenso tráfego e atropelou

violentamente, arrancando de tal forma que um conceituado jornalista fez a seguinte observação: “era difícil acreditar, ao ver um cavalo

atrope-lar com tanta velocidade nos últimos 700 metros”. A 400 metros do disco,

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corpos de Dark Star, iniciou sua arrancada final. Na seta dos 200 metros, estava a 1 1/2 corpos. Mesmo fazendo uma força incrível não conse-guiu abater a resistência de seu adversário, perdendo por cabeça.

Foram muitas as pessoas que consideraram Native Dancer como o melhor cavalo de corridas da história do turfe americano, rivalizando até mesmo com o legendário Man O’War, mais tarde apontado, junto com Secretariat, como os melhores do século. Joe Hall, seu cavalariço, no entanto dizia: “poderia ter sido o melhor de todos e teria batido

prova-velmente a todos - Man O’War, Secretariat e o resto - não precisariam dizer-lhe como fazer, bastaria deixá-lo fazer à sua maneira”.

Native Dancer era um cavalo grande, com 16,3 hands (1,65 m) de altura, forte e vigoroso. Possuia uma massa de músculos, como se fosse um sprinter, mas era capaz de ganhar em 2400 metros.Tinha a coragem de um bulldog e isto encantava seus fãs. Desde os dois anos, acusou alguns problemas de manqueira que mais tarde foram revela-dos por John Aiscan, quando comentou, em um revela-dos seus artigos: “Native

Dancer também teve problemas com sanidade em seus locomotores”. De

fato, o “fantasma” tivera problemas ao longo de sua campanha. Já na sua segunda apresentação deixara a raia com leve inchaço em sua mão direita e, nos 1300 metros, durante a disputa do Futurity Stakes, sentiu o tendão direito do anterior, ao ponto de desgarrar na curva e ter que ser exigido para vencer aquela importante prova.

O “gigante prateado” foi idolatrado pelo seu público, quando nas com-petições, mas poucos sabiam de seu mau temperamento, quando no stud. Daqueles que cuidaram dele, encontram-se narrativas como esta:

“era de mau temperamento e tinha um jeito de brigão”. Um cavalariço

contava: “eu vi o tordilho enfurecido, apanhar um garoto, num canto do

box, agarrá-lo com os dentes e arremessá-lo pelos ares”. Embora seu mau

gênio, contam que os seres humanos que tolerou, eram muito afeiçoa-dos a ele. Quanto ao mau hábito de agarrar, morder, arrastar e lançar para os lados seus cavalariços, existem relatos de que seu filho George Raft, que serviu muitos anos aqui no Brasil, tinha o mesmo gênio selva-gem de seu pai e que feriu e mutilou pessoas que trabalharam com ele. No haras, Native Dancer fundou sua própria tribo. Foi pai de 304 produtos, dos quais 44 ganhadores de stakes, antes de sua morte em 1967. Nunca foi líder de estatísticas na America do Norte, mas foi vice-líder em 1966. Os nomes de sua prole são quase legendários, includindo Raise A Native, Kauai King, Dancer’s Image, Native Charger e a clássica inglêsa Hula Dancer seus melhores filhos, como corredores.

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Suas principais filhas foram Natalma, a mãe de Northern Dancer, e Shenanigans, que produziu os “champions” Ruffian e Icecapade. Seu filho Raise A Native foi um pai proeminente, produzindo Exclusive Native (o pai do Affirmed e Genuine Risk), Alydar (um membro do Hall of Fame, leading sire de 1990 e de pai dos “Cavalos do Ano”

Alysheba e Criminal Type), Majestic Prince (vencedor do Kentucky

Derby e do Preakness de 1969) e Mr. Prospector (o pai dos campeões

Conquistador Cielo, Seeking The Gold, Eillo, Gulch, Fappiano, Afleet, Tank’s Prospect, Rhythm, Forty Niner) Native Charger,outro

de seus filhos, foi pai do campeão Forward Gal, assim como do ga-nhador do Belmont Stakes de 1970, High Echelon e da boa potranca Summer Guest.

O interessante é que os melhores filhos de Native Dancer, na reprodução, eram tordilhos ou alazões. Os tordilhos bem sucedidos foram Dancer’s Image (pai de Lianga, Godswalk e Saritamer), Native Charger (pai de High Echelon, Forward Gal, Summer Gest e Sharp

Belle) e George Raft (aqui no Brasil, Karageorgis, El Tato e Guenzo).

Mizzenmast, outro tordilho que teve certo sucesso na Argentina, e Restless Native que, além da clássica Twixt, nos mandou Slap Jack. Já os castanhos e castanho-escuros, como Kauai King, Protanto e Gala Performance, nos Estados Unidos, assim como Hawaian Lad, na Argentina, não alcançaram o sucesso esperado.

Por outro lado, os alazões foram os legítimos continuadores do “Fantasma de

Sagamore”. Atan, ganhador de uma

corri-da, em uma saícorri-da, produziu o extraordi-nário Sharpen Up, a partir de quem esta linhagem vem tendo exitoso prossegui-mento. Sharpen Up (em Rochetta, por Rockefella), um bonito e vigoroso alazão, foi um cavalo de grande velocidade, sem estamina para ultrapassar a milha, mas tinha uma forte aceleração final e produ-ziu um dos pilares da criação européia, outro alazão magnífico, Kris, uma fonte inesgotável de brilhantismo e classe. Ou-tros filhos destacados foram Diesis ( irmão inteiro de Kris), Sanglamore,

Selkirk, Sharpo e Trempolino.

Se Dan Cupid (em Vixenette, por Sickle), ganhador do Prix de Sablonville e 2 no Derby francês, não tivesse feito mais do que gerar a

SHARPEN UP, um dos

maravilho-sos alazões descendentes de NATIVE DANCER, certamente foi um dos seus mais importantes herdeiros.

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Sea Bird, já teria sido o suficiente para ocupar seu lugar na história do

puro sangue de corridas. Sea Bird (em Sicalade, por Sicambre), nasci-do em 1962 e também alazão como seu pai, é um nasci-dos ramos mais poderosos provenientes de Native Dancer, pois além de ser ganhador de 7 corridas em 8 saídas, foi um ”champion”, quando em campanha, ganhando o Derby de Epsom e o Prix de l’Arc de Triomphe, Ele produ-ziu extraordináriamente, pois gerou principalmente classicismo e vigor. Foi pai de Allez France (Prix de l’ Arc de Triomphe), Gyr (Grand Prix de St.Cloud), Kittywake (Columbiana Hcp - G2 e mãe de Kitwood e Miss

Oceana), Arctic Tern (Prix Ganay - G1 e pai de Bering, ganhador do

Derby francês e pai de Pennekamp), Sea Pigeon (exemplo de consis-tência e resisconsis-tência, pois correu 85 vezes com 37 vitórias em corridas rasas ou sobre obstáculos), Mr. Long (ganhador do Prix Juigné e mag-nífico pai e avô materno no Chile) e Little Current ( Preakness e Belmont Stakes, pai do nosso consagrado Our Captian Willie).

Finalmente, foi o belissimo alazão Raise A Native, o mais nobre filho de Native Dancer, seu maior continuador, que merecerá um capí-tulo à parte, nesta análise.

Em novembro de 1967, Native Dancer recusou uma cenoura, pela primeira vez em sua vida. Imediatamente, Joe Hall sentiu que algo es-tava errado. Passadas quarenta e oito horas, um veterinário tinha diag-nosticado um tumor, e Native Dancer foi levado para a Pensilvânia naquela mesma noite para uma cirurgia. Joe Hall sentou-se ao lado dele até que recuperasse a consciência. O grande cavalo, despertou às 5 horas da manhã, mas um choque pós-operatório causou-lhe um colapso cardíaco. Joe Hall trouxe o cavalo de volta para Sagamore, onde foi enterrado ao lado de seu avô Discovery. Native Dancer foi incluído no Hall of Fame, em 1963.

A famosa foto de NATIVE DANCER,em Sanglamore. Note-se a for-ça muscular, seu pescoço poderoso, a paleta forte, os “empurradores” de um velocista. O físico do “ho-mem mais forte do mundo”. A expressão severa de seu olhar, designativa de seu forte temperamento.

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Raise A Native, o grande continuador De acordo com a lenda, “o fastasma” ronda Churchill Downs. Não obstante a verdade acerca dessa história fantástica, o espírito de Native Dancer teima em permanecer sobre as cúpulas gêmeas. Desde que seu filho Kauai King ganhou o Kentucky Derby em 1966, outros dezenove vencedores dessa prova carregaram seu sangue, includindo Dancer’s Image (desclassificado em 1968), Majestic Prince (1969), Affirmed (1978), Genuíne Risk (1980), Ferdinand (1986), Alysheba (1987), Unbridled (1990), Strike The Gold (1991), Thunder Gulch (1995), Grindstone (1996) e Street Sense ( 2007), assim como durante sete anos consecutivos, através dos ganhado-res Real Quiet (1998), Charismatic (1999), Fusiachi Pegasus (2000), Monarchos (2001), War Emblem (2002), Funny Cide (2003) e Smarty Jones (2004).

Até o aparecimento de Native Dancer, os principais represen-tantes da linha originária em Unbreakable eram castanhos, com ten-dência à pelagem escura. O filho tordilho de Geisha, no entanto, possuia pêlos alazões, junto com pêlos negros, misturados em sua pelagem tordilha, A malha alazã era herdada de sua mãe, as-sim como de seus descendentes mater-nos já citados. Essa presença alazã irá se manifestar na linhagem oriunda de Native Dancer, principalmente, através de seu fi-lho mais ilustre, Raise A Native.

Raise You, uma égua alazã de bom tamanho, foi ganhadora de 5 corridas em sua campanha de 24 apresentações, en-tre as quais se destacam os clássicos Colleen Stakes, New Jersey Futurity Stakes e Polly Drummond Stakes. Em 1961, ela iria produzir, na Happy Hill Farm, no Kentucky, seu nono rebento, um ma-cho alazão, filho de Native Dancer, que iria se chamar Raise A Native.

Comprado como desmamado por ape-nas U$ 22,000 Raise A Native foi, depois, vendido, como yearling, por $ 35,000. NATIVE DANCER, ainda em

campanha. Note sua pelagem tordilha, mais escura, muito parecida com a pelagem dos rosilhos. Ele irá transmitir os pêlos alazões ao seu filho

RAISE A NATIVE, que aparece

na foto abaixo. note-se tam-bém o mesmo tipo de anca.

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Cumpriu invicto sua campanha de 4 corridas aos 2 anos. Extraordi-nário elemento juvenil, ganhou na estréia, em Hialeah (por 6 corpos), e depois em Aqueduct (por 8 corpos). Daí foi para a vitória no Juvenile Stakes (por 2½ corpos) e culminou sua companha com a vitória no Great American Stakes (3 corredores, deixando Chieftain a 2 corpos, batendo o record dos 5,5 furlongs, com o tempo de 62” 6’10). Esta vitória valeu a seguinte observação de um cronista de turfe:

"raramen-te, se encontra um potro que tenha causado tão indelével impressão, como este”. Antes, já havia batido o record dos 5 furlongs, também em

Aqueduct. Quando estava sendo preparado para correr o Sapling Stakes sofreu uma grave lesão num tendão, sendo imediatamente transferido para a reprodução, ingressando na Spendthrift Farm.

Essa magnífica campanha lhe valeu o título de “Champion

2y-old” americano de 1963, pelo Experimental Free Handicap, com 126

libras. Hurry to Market, escolhido como o campeão pelos votos do Daily Racing Form e Thoroughbred Racing Association, ficou em se-gundo, com 125 libras, e Northern Dancer, em terceiro, com 123. Em 29 de julho de 1988 foi sacrificado, aos 27 anos.

Raise A Native foi um cavalo de médio a grande, com 16.1½ hands de altura (1,64 m), do tipo "maciço”, com uma forte musculatura, mas um tanto leve de ossatura. Tinha uma cabeça bonita e era um cavalo harmonioso.

É interessante o fato de considerarem Native Dancer como do-tado de um físico semelhante ao “do homem mais forte do mundo”, mas esta estrutura corpórea vigorosa estava assentada sobre bases fracas. Além disso, o acasalamento com Raise You trouxe um agravante por meio da fragilidade dos tendões de seu pai Case Ace, proveniente de Ultimus e isto foi transmitido para Raise A Native que a transferiu para alguns de seus filhos. Certa vez, após a morte de Mr.Prospector, um jornalista anotou: "a linha Raise A Native /Mr. Prospector tendeu a

produ-zir indivíduos rápidos, mas frágeis, justamente como foram eles mesmos".

No mesmo raciocínio, John P. Sparkman revela que “os melhores

produ-tos de Raise A Native foram tão brilhantes, que suas fragilidades pareceram não importar aos criadores, que sempre o procuraram para suas éguas”.

Como sire, gerou 838 produtos, dos quais 78 foram stakes winners (9.30%), com um AIE = 2,37. Raise A Native é um dos três únicos garanhões (Fair Play e Northern Dancer são os outros dois) que pro-duziram três garanhões líderes das estatísticas americanas - Alydar, Exclusive Native e Mr. Prospector. No entanto, somente a linha de Mr. Prospector parece que continuará sobrevivendo mais tempo, ao

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longo do século 21, como veremos, em ítem a seguir.

Mais do qualquer um dos seus filhos, é em Raise A Native que a linhagem de Native Dancer separa-se em tipos diferentes de ani-mais, seja no fenótipo, seja na aptidão corredora. De um lado, os alazões, geralmente grandes, fortes, formosos e com tendência a serem cava-los que alcançaram as distâncias clássicas. Entre os filhos de Raise A Native, neste tipo, destacam-se o fantástico Alydar, Exclusive Native (pai de Affirmed, o grande inimigo de Alydar, com quem lutaria, cabe-ça-à-cabeça pela liderança, nos anos de 1977/78), Crowned Prince, Laomedonte (na Itália), Sparkling Native e Raise a Man.

Por outro lado, tem-se os castanhos normais ou escuros, mais delgados, menores, mais feios e com vocação para a velocidade, che-gando até o entorno da milha. Entre os filhos castanhos de Raise A Native, em número bem menor que os alazões, estão Bold Native, Lines Of Power, Raise A Cup e principalmente Mr. Prospector.

Para exemplificar essas diferenças é válido comparar dois irmãos inteiros: Alydar e Foyt. O primeiro, um belíssimo alazão, grande, forte e dono de uma qualidade fantástica nas pistas, pois ganhou 14 corri-das, sendo 9 clássicos, dos quais 8 de grupo 1. Foi segundo colocado para Affirmed (também alazão do tipo que aqui focalizamos) nas três provas de Tríplice Coroa americana de 1978. O segundo, importado pelo Brasil, era grande e forte, mas castanho e de campanha inexpressiva. Na reprodução, as diferenças são ainda mais gritantes -Alydar produziu 9 cavalos milionários, enquanto Foyt foi um garanhão não mais do que medíocre, tanto aqui, como nos Estados Unidos.

Debaixo da pedra feia, esconde-se um diamante Para o completo entendimento das qualidades de Mastro Lorenzo, é preciso apresentar as características daquele que é o gerador de uma estirpe que se afirma, a cada dia mais, e tende a perpetuar-se, para a eternidade, na história do puro-sangue de corridas - o legendário Mr. Prospector.

Mr. Prospector era um cavalo feio. Péssimos aprumos dianteiros, “joelhos de vaca”, mãos encasteladas, cabeça sem harmonia, “sela-do”, corpo e anteriores desequilibrados eram seus maus atributos. Cin-co anos antes de sua morte na Claiborne Farm, sujo de barro, mais parecia um cavalo de carroça do que o fabuloso chefe-de-raça tão ilus-tre e de tantas glórias.

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visitan-tes que se aglomeravam em frente ao seu piquete e ficavam absortos em admirá-lo, certamente intrigados de como um cavalo daquele tipo pudesse ser tão afamado. Naquela época, sua cobertura era negocia-da por volta dos 300 mil dólares. A figura abaixo ressalta os aspectos físicos de Mr. P, como era carinhosamente chamado por aqueles que trabalharam com ele.

Mesmo assim, feio e mal aprumado, ele ganhou 7 corridas, de suas 13 apresentações, com mais 5 colocações e U$ 112,171 em prêmios, além de dois records dos 1200 metros, em Garden State e Gulfstream Park. Na reprodução, foi um verdadeiro fenômeno e estabeleceu sua própria clã, sendo hoje em dia cosiderada a mais vigorosa corrente sanguínea em serviço na criação internacional do puro sangue de cor-ridas. Mr. Prospector foi pai de 903 produtos, dos quais 692 ganharam (76,6 %), com 172 stakes winners (19,04 %). Como avô materno seus resultados continuam surpreendentes, pois possui mais de 300 netos ganhadores de stakes, em muitos lugares do mundo inteiro.

Mr. Prospector destruirá a tendência dos cavalos tordilhos e alazões, fortes e belos, consagrados como reprodutores. Castanho, leve, desaprumado e feio, acabará gerando um ramo próprio,consagrado e fortalecido a cada geração que aparecerá com grande destaque, seja por linha paterna, seja por via ventral.

Mr. Prospector é filho do alazão Raise A Native (em sua sexta geração), na castanha Gold Digger, uma égua clássica, ganhadora do Gallorette Stakes, e filha do grande cavalo de corrida e influente avô materno Nashua, um filho de Nasrullah. Nashua era um cavalo

casta-MR. PROSPECTOR, em foto tomada em 1998, ano de sua morte, na Claiborne Farm.

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nho, bem proporcionado, veloz e muito típico da linhagem de Nasrullah. A avó materna de Mr. Prospector, a também ganhadora clássica Sequence, era filha de Count Fleet em Miss Dogwood, por Bull Dog, descendentes de uma das famílias básicas da criação de Brownell & Leslie Combs.

Nenhum dos avós de Mr. Prospector era feio ou mal aprumado - ao contrário, eram indi-víduos beirando a perfeição e de grandes qua-lidades corredoras. Count Fleet era musculo-so, como um quarto-de-milha, assim como Bull Dog, embora fosse um tipo menor. Blue Larkspur era um cavalo perfeito, tipo “racée”, que mereceu a seguinte opinião do historiador John Hervey: “a mais bela andadura que já vi,

num cavalo, nos últimos 40 anos”. Desde

Myrtlewood, a quarta mãe de Mr. Prospector, todas foram ganhadoras clássicas. Assim sen-do, Mr. Prospector reunia beleza e raça, mas acabou ficando como o “patinho feio” de sua linhagem.

Mr. Prospector foi o maior preço das ven-das de julho de 1971, em Keeneland, no valor de U$ 220,000 oferecido por Abraham I. “Butch” Savin. Ele justificou em parte seu preço de com-NASHUA

COUNT FLEET

BLUE LARKSPUR

pra, ganhando 7 das 14 corridas, incluindo duas vitórias em stakes, e totalizando U$112,171 em prêmios. Esta campanha comum, não refle-tiu um de seus momentos de glória, quando estabeleceu o record para os 6 furlongs, da pista de Gulfstream Park, em 1:07.4/5 em 1973. Esta marca não foi superada, até que seu bisneto Artax, marcasse 1:07.89, na Breeders’ Cup Sprint - G1, de 1999.

Sua campanha foi encurtada pelos problemas com seus boletos (mais uma vez a fragilidade herdada de Native Dancer), fazendo com que Mr. Prospector fosse retirado para a reprodução, em 1975, ingressan-do na Savin Farm, próxima de Ocala, na Florida. O sucesso como garanhão foi imediato, quando sua primeira geração de 2 anos, em 1978, revelou a potranca It’s in the Air, escolhida com uma das

“Champions 2y-old Filly”. Suas segunda, terceira e quarta gerações

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ganhou o Belmont Stakes - G1, em 1982, foi transferido para a Claiborne Farm, nas cercanias de Paris, no Kentucky.

Com melhores éguas destinadas a ele, na Claiborne Farm, Mr.Prospector tornou-se o garanhão norte-americano dominante nos anos 80, sendo líder da estatística geral em 87 e 88, assim como líder da estatística dos juvenis em 79 e 87. Logo que seus filhos nascidos na Flórida, começaram a ingressar como garanhões, o filho de Raise a Native passou a adquirir uma boa reputação como “sire of sires”. Em-bora seu primeiro filho de qualidade clássica, Hello Gorgeous, tenha fracassado na Europa, outro de seus filhos de sua primeira geração, mas menos talentoso, Northern Prospector (numa mãe, por Northern Dancer), assim como Distinctive Pro (de sua quarta geração) come-çaram a revelar-se como garanhões merecedores de atenção.

Das gerações nascidas na Flórida, quatro filhos de Mr. Prospector constituíram-se nos pilares iniciais de sua dinastia, quais sejam: Fappiano, Conquistador Cielo, Miswaky e Woodman. Dentre estes, Fappiano (em Killaloe, por Dr. Fager) foi insuperável e talvez seja o melhor continuador de Mr. P. já que dele provem continuadores excep-cionais, como Cahill Road, Cryptoclearance, Defensive Play, Rubiano, Pentelicus, Fappavalley, Tasso, mas pricipalmente Roy, Quiet American e Unbridled.

Conquistador Cielo ( em K.D.Princess, por Bold Commander),

“Ca-valo do Ano” de 1982, juntou-se a seu pai, na Claiborne Farm, depois de uma sindicalização feita num valor até então sem precedentes - U$ 36.4 milhões de dólares, isto em 1983. Houve a recompensa, pois al-cançou resultados altamente respeitáveis, se não sensacionais, pois foi pai de 68 stakes winners (7.9%), sendo 21 ganhadores de provas de grupo. Conquistador Cielo produziu Marquetry (um ganhador de G1) que é pai dos extraordinários Artax e Squirtle Squirt. “Cielo” foi um cavalo, excepcionalmente bonito, de conformação muito correta e pro-duziu filhos do tipo sólido e consistente, diferentes de seu pai.

Miswaki (em Hopespringseternal, por Buckpasser), junto com Fappiano, talvez tenha sido um dos melhores filhos de Mr. Prospector nascidos na Flórida. Miswaki foi um brilhante 2 anos na França, antes de continuar campanha nos Estados Unidos, aos 3 anos. Na França, triunfou no Prix de Salamandre - G1. Era um alazão pequeno, forte e musculoso, que corria com muita velocidade. Na reprodução, no entan-to, foi surpreendente, pois gerou bons vencedores em todas as distâncias e tipos de pistas, inclusive o “Cavalo do Ano” americano de 1991 -Black Tie Affair, assim como o ganhador do Prix de l’Arc de Triomphe

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- G1, de 1993, Urban Sea e o “Champion 2y-old Colt” australiano de 1990, Umatilla.

Woodman ( em Playmate, por Buckpasser) é um alazão, pequeno, bonito e compacto, que surpreendeu o mundo, quando sua primeira geração revelou o campeão europeu de 2 anos, Hector Protector, o campeão 2 anos na Inglaterra, Mujtahid e o ganhador do Preakness e do Belmont Stakes, Hansel. Esse sucesso precoce atraiu muitas e me-lhores éguas para sua corte, fazendo com que Woodman, um cavalo extremamente fértil, se tornasse aquele como detentor de um “book”, dos maiores já vistos entre aqueles normalmente conseguidos pelos garanhões mais populares. Seus índices, no entanto, nunca foram tão altos quanto aqueles da maioria de garanhões topo de classe. Mas, em suas gerações mais recentes, produziu Timber Country, a campeã européia de 96 e 97, Bosra Sham (uma irmã própria de Hector Protector) e o “highweight” inglês e irlandês de 2002, Hawk Wing.

Depois das gerações da Flórida, Mr. Prospector prosseguiu produ-zindo valores extraordinários que certamente darão continuidade a sua herança sanguínea, ao longo do século 21. Entre seus principais filhos, no exterior, é necessário elencar Gone West, Gulch, Carson City, Machiavellian, Kingmambo, Seeking the Gold e Forty Niner, pare-cem aptos a prosseguirem, ao longo do novo século, através de seus filhos que já se destacam na reprodução. Também começam a despon-tar dois novos valores, recém estreando suas primeiras gerações, atra-vés de Distant View (em Seven Springs, por Irish River) e Fusaichi Pegasus (em Angel Fever, por Danzig), com possibilidades de faze-rem emergir outros ramos, no futuro.

Uma nova dinastia de alazões Na geração nascida em 1985, nos Estados Unidos, dois filhos de Mr. Prospector digladiavam-se pela liderança de sua geração, desde os primeiros tempos das competições, desde os 2 até aos 3 anos. O castanho de porte pequeno e elegante Seeking The Gold (em Con Game, por Buckpasser) e o alazão, um pouco maior e mais pesado, Forty Niner (em File, por Tom Rolfe).

No limiar entre os 2 e 3 anos, Forty Niner bate Seeking The Gold em duas ocasiões, derrotando-o por focinho, no Travers Stakes - G1 e no Haskell Stakes - G1. Forty Niner encerra campanha, com 15 vitóri-as e U$ 2,726,000 em prêmios, enquanto Seeking The Gold vai para o haras, um ano depois, com 8 vitórias e U$ 2,307,000 em prêmios.

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Seeking the Gold, criado por Ogden Phipps, é um dos cavalos que mais se parece, em tamanho, com Mr. Prospector, entre a maioria de seus filhos. Daí porque, rapidamente tornou-se o sucessor natural de seu pai, na Claiborne Farm. Vencedor do Super Derby - G1, em 1988, e segundo para Alysheba, nesse mesmo ano, na Breeders’ Cup Classic -G1, Seeking the Gold gerou a “Champion 3y-old Filly” americana de 1994, Heavenly Prize, assim como a “Champion 2y-old Filly” Flanders, na sua segunda geração, rapidamente fazendo-o um dos garanhões mais populares no mundo. Quando Dubai Millennium surgiu avassalador, ganhando provas de grande expressão, como a Dubai World Cup (UAE-G1), conseguiu apagar as impressões anteriores de que Seeking the Gold era apenas um pai de potrancas.

Já Forty Niner foi um ca-valo mediano, por força da herança de seu avô mater-no Tom Rolfe que era pe-queno. Não chegava a ser atraente, pois trouxe certa desarmonia de seu pai, mas era melhor aprumado e mais forte do que ele, fazendo com que sua mecânica fos-se admirável, como atesta sua campanha de 19 corridas, das quais 15 transformou em vitórias.

Aos dois anos, Forty Niner foi extraordinário, ganhando o Lafayette Stakes, depois o Sanford Stakes - G2, seguindo com Breeders Futurity Stakes - G2, Futurity Stakes - G1 e Champagne Stakes - G1, entre os 7 furlongs e a milha - revelando-se, caracteristicamente, um misto de “sprinter” e milheiro. Esses triunfos serviram para que fosse nomeado

“Champion 2y-old Colt” americano em 1987, depois de correr 6 vezes e

ganhar 5 corridas, todas elas clássicas, sendo 4 provas de grupo ( 2 de Grupo 1), totalizando U$ 634,908 em prêmios, nessa temporada.

Se a ala masculina de Forty Niner não tinha muito de especial, na temporada dos 2 anos, a mesma, aos 3 anos, tornou-se excepcional. Alinharam, nos principais confrontos de 1988, além de Forty Niner, valores como Risen Star,o já citado Seeking The Gold e Alysheba, assim como a potranca Winning Colors que chegou a derrotá-los no Kentucky Derby.

Aos 3 anos, continuou demonstrando brilhantismo, mas agora triun-fando acima da milha, nas seguintes renomadas provas clássicas: Haskell Invitational Handicap - G1, Travers Stakes - G1, Fountain of

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Youth Stakes - G2 e NYRA Mile Handicap. Correu e venceu, desde a milha até os 2000 metros, preferindo sempre correr na frente.

Forty Niner finalizou segundo, em 5 ocasiões, sempre em provas de grupo, sendo 3 vezes segundo em prova de Grupo 1, a saber: Kentucky Derby, para Winning Collors, Florida Derby, para Brian’s Time e Woodward Stakes, para Alysheba.

Depois de defender as cores “ouro e boné ouro” da Claiborne Farm,onde nasceu, foi levado para seu haras de origem, no condado de Paris, no Kentucky, onde serviu por 7 temporadas, até ser vendido para o Japão. Na reprodução, seus resultados foram bastante apreciá-veis pois teve 785 produtos, dos quais 539 (68 %) correram, 397 (51 %) ganharam e 65 (8 %) foram ganhadores de stakes, entre eles 11 ga-nhadores de grupo 1, sendo 2 “champions”.

Em sua primeira geração, Forty Niner revelou valores muito ex-pressivos, como os clássicos Scoop The Gold, Tour, Marked Tree, Dalhart (mais tarde reprodutor, na Argentina), Tactical Advantage e a “champion” Nine Keys. No ano seguinte, mandou para as pistas os destacáveis Twining, Winous Point, Footing, Inflate e o extraordiná-rio corredor End Sweep.

Nas gerações seguintes, nascidas nos Estados Unidos, Forty Niner mandou às pistas excepcionais cavalos como Coronado’s Quest,Gold Fever, Marley Vale, Editor’s Note e Ecton Park, somente para citar os “group one winners”. No Japão, deixou também ganhadores de gupo 1, tais como Admire Hope, Meiner Selected e Utopia.

Provavelmente contribuiu para sua ida para o Japão, o fato de Forty Niner começar a receber, nos Estados Unidos, a má reputação de temperamental, notoriamente pelos hábitos de seus filhos Editor’s Note (ganhador do Belmont Stakes - G1, de 1996) e do brilhante Coronado’s Quest (vencedor do Haskell Invitational Handicap e do Travers Stakes, ambos de grupo 1, em 1998).

Entretanto, será como pai de garanhões que Forty Niner irá se con-sagrar, pelo elevado número de filhos bem sucedidos, nos mais varia-dos lugares do mundo. Tão interessante quanto os vários reprodutores afamados que revelou, Forty Niner estabeleceu uma nova dinastia de alazões, no excelso ramo de Native Dancer.

Da primeira geração, despontou já de início, Tactical Advantage, pai de clássicos nos E. Unidos, Porto Rico e depois Argentina. Announce produziu clássicos na América, sendo Fire Fighter e Mister Fanucci “group one winners”. Apprentice foi “leading sire” no Peru e Dalhart, profícuo garanhão na Argentina. Os quatro, assim como o pai, são alazões.

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End Sweep foi um sucesso na Austrália e Japão, depois de haver produzido clássicos nos Estados Uni-dos. Luhuk foi magnífico na Argenti-na, onde gerou os excepcionais Avanzado, Cumbrecita, Knock e a campeã Guernika, entre tantos ou-tros. Rich Mans Gold deixou no Chi-le exceChi-lentes corredores, com desta-que para Isola Piu Bela, ganhadora clássica na África do Sul. Desses ou-tros três, só End Sweep é castanho. No início do novo século, um belíssimo e poderoso alazão chama-do Distorted Humor, revela inúme-ros “stakes winners” nos Estados Uni-dos, como os ganhadores de grupo 1, Any Give Saturday, Awesome Hu-mor, Forty Niner Son, Flowerhalley, Commentator, Hysterically, Rinky Dink ( na Austrália ), Don Dandy ( em Porto Rico ) e, o melhor de todos, Funny Cide, ganhador do Kentucky Derby e do Preakness Stakes. Mais dois alazões de Forty Niner, colhem bons resultados na América, Coronado’s Quest e Gold Fever.

Roar vem para a Argentina e gera um elenco fabuloso de craques, como Fort Dorianna, Fort Greeta e os “champions” Fort Mirage e Fort Marchanta. Castanho e poderoso, como o anterior, chega ao Brasil em 1999, após iniciado na Florida, Jules que se transformará num dos princi-pais padreadores em serviço, nos úl-timos tempos da criação nacional.

Jules era um castanho de linhas harmoniosas e dotado de esqueleto e musculatura perfeitos. Era mais do ROAR

LUHUK DISTORTED HUMOR

JULES 18 Mastro Lorenzo

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tipo herdado de seus avós maternos, tanto Devil’s Bag, quanto Halo. Depois de inici-ar nos Estados Unidos, encontrou no Bra-sil o ambiente e um plantel de ventres pro-pícios para gerar produtos de grande qua-lidade. Nos dois hemisférios, Jules deixou, em apenas 5 temporadas, mais de 350 ganhadores de mais de 700 corridas, en-tre os quais mais de 37 ganhadores clás-sicos ( 23 no Brasil e 14 na América ), com 7 “group one winners”, dos quais 3 “champions”.

As afinidades comprovadas Procedeu-se um levantamento de mais de 400 descendentes clássicos de Forty Niner, atuando em vários países do mun-do. As afinidades mais adequadas ficaram distribuídas segundo o quadro ao lado.

Neste quadro é possível verificar-se uma intensa concentração das éguas com sangue derivado de Northern Dancer, pra-ticamente equivalendo a 1/3 do universo pesquisado.

Depois, seguem-se, mas já bem afas-tadas em representatividade, as éguas des-cendentes de Turn-To, Bold Ruler, Man O’War e Native Dancer, compondo mais de 70 % dos indivíduos clássicos oriundos de Forty Niner.

Essas afinidades ficam bem corrobora-das nas descendências de Distorted Hu-mor e End Sweep, ambos filhos de mães Northern Dancer. Já com Luhuk, a afini-dade mais adequada tem sido com ven-tres da linha de Turn-To, em vista da pre-sença marcante de Southern Halo na cri-ação argentina. Roar mostra uma polivalência incrível - seis de seus filhos

COM ÉGUAS

DOS RAMOS

NORTH. DANCER TURN-TO BOLD RULER MAN O’WAR NASRULLAH NATIVE DANCER TEDDY TOM FOOL NEARCO RIBOT PRINCEQUILLO HYPERION MAHMOUD QUESTIONNAIRE SON-IN-LAW VATOUT BLENHEIM DJEBEL COMMANDO FAIRWAY TOURBILLON COLOMBO Outros 29.0 10.2 8.9 8.1 7.8 6.8 4.2 3.8 3.7 3.6 2,6 2.3 2.1 1.8 1.6 1.3 1.2 1.1 1.0 0.9 0.5 0.4 0.3 ( em percentagem )

Afinidades

Afinidades

Afinidades

Afinidades

Afinidades

comprovadas

comprovadas

comprovadas

comprovadas

comprovadas

dos machos

dos machos

dos machos

dos machos

dos machos

Forty Niner

Forty Niner

Forty Niner

Forty Niner

Forty Niner

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ganhadores de grupo 1, pertencem a seis ramos diferentes de avós maternos.

Jules, no entanto, segue a tendência de Forty Niner, visto que de seus 37 filhos clássicos, 22 tem por mães, éguas descendentes do ramo de Northern Dancer, com predominância para as filhas de Ghadeer, no caso dos produtos nascidos no Brasil.

As afinidades relativas aos bisavós maternos, acusaram a distribui-ção, mostrada na tabela abaixo, pelos ramos a que pertencem as se-gundas mães do universo clássico investigado.

Ramos dos bisavós maternos

Empilhamento Padrão

Pais descendentes

de FORTY NINER

Mães descendentes de

NORTHERN DANCER

Avós descendentes de

BOLD RULER

Como conseqüência, se pretendessemos vislumbrar um empilhamento padrão, ele seria como mostrado abaixo.

Bold Ruler Northern Dancer Nasrullah Native Dancer Turn-To Ribot Hyperion “C” Princequillo Teddy Tom Fool Nearco Man O’War Fairway 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 13,3% 10,7% 8,1% 7,8% 7,3% 6,8% 5,7% 5,2% 4,8% 3,9% 3,4% 2,6% 2,6% Cruzamentos recomendados

Mastro Lorenzo é filho de Jules em Lodoiska, por Polish Precedent, portando em mãe descendente de Northern Dancer, pelo ramo de Danzig. O Brasil é prodigioso na disponibilidade de éguas de grande qualidade, descendentes de Northern Dancer, mormente as filhas de Ghadeer, já aprovadas quando oferecidas a Jules. Portanto, essa é a indicação mais adequada, quanto à origem ventral das éguas.

Outras origens da mesma vertente seriam as éguas filhas de Midnight Tiger, Minstrel Glory, Thundering Force, Halpern Bay, Hostage, Giboulee e Roba Fina, apenas para citar aqueles avós ma-ternos já comprovados. Filhas de Nugget Point são também indicadas.

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Para a afinidade correspondente ao ramo Turn-To, as principais re-comendações seriam as filhas de Critique, assim como para as pou-cas filhas de Sunny’s Halo e Robbama existentes entre nós. Raras filhas de Mo Bay, assim como de Sahib II e Cavo d’Oro, poderiam ser cogitadas nessa afinidade. Apesar da raridade de ventres deste ramo, à disposição no Brasil, são muitas as filhas do consagrado Southern Halo que existem no plantel brasileiro e este é um cavalo mais do que provado, como avô materno.

Mundialmente, as descendentes de Bold Ruler mais apreciadas são as filhas ou descendentes de Secretariat. Nunca tivemos, no Brasil, um aceitável filho desse cavalo que pudesse deixar uma descendência consistente, entre nós. Assim sendo, resta contar com as filhas de Tokatee, Tsunami Slew, Basim e American Gipsy, todos herdeiros do sangue de Seattle Slew. Se houver preferência pela velocidade, as filhas de Spark Chief serão bem recomendadas.

A quarta afinidade é com o ramo de Man O’War. Depois da perda de Locris e do mau aproveitamento de seus filhos na reprodução, essa vertente quase extinguiu-se no Brasil, até a chegada de Put It Back. Este ramo está vivo ainda na raça do puro sangue de corridas, por conta dos descendentes de In Reality, do qual tivemos aqui, um filho seu - o garanhão Passing Base, praticamente desprezado e sem apro-veitamento no Brasil. Animal de pedigree invejável, já que é bisneto de Striking, da linha materna de La Troienne, foi desdenhado pelos cria-dores brasileiros. Entretanto, algumas filhas que porventura existam, geralmente possuem origem no Haras Calunga, que sempre contou refinado plantel de ventres.

A quinta afinidade é com o ramo Nasrullah, do qual somos bem providos, desde muitos anos atrás, com Tumble Lark e Rio Bravo II, principalmente. Nos tempos atuais, são fartas as possibilidades, atra-vés das descendentes de Blushing Groom - Candy Stripes, Blush Rambler, Bin Ajawaad, De Quest, etc. Outros veios importantes são aqueles de Know Eights, Irish Fighter, Ariosto II, Punk, etc.

A afinidade através das descendentes de Native Dancer provavel-mente seja a segunda mais abundante no Brasil, contando com garanhões novos que já começam a se destacar como avós maternos, tais como Roi Normand, Choctaw Ridge, Dodge, Fast Gold, Exile King, Our Captain Willie, Music Prospector e muitos outros.

As demais afinidades são menos importantes que as acima discuti-das, assim como são pouco empregadas no Brasil, pois são mais es-cassos os representanrtes dos ramos Teddy, Tom Fool, Nearco e Ribot.

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Outra recomendação é quanto ao tamanho das éguas. Mesmo que Mastro Lorenzo seja um cavalo de bom tamanho, assim como era seu pai Jules, nunca é demais lembrar que são descendentes de Mr. Pros-pector. Éguas inadequadas servidas por Jules acabaram por produzir animais de porte pequeno e de menor valor no mercado.

Neste sentido, são recomendadas éguas altas e/ ou compridas, de ossatura normal para pesada, musculatura forte, empurradores gran-des e aprumos de regulares para bons.

Qualidade da linha materna Um dos principais atributos para um bom garanhão é sua linha ma-terna. É quase uma regra verificar se a linha materna de um futuro garanhão tem qualidade clássica destacada, e seja produtora de garanhões.

Existem muita linhas maternas de grande qualidade clássica, com inúmeros ganhadores de provas importantes internacionalmente, re-presentada por um pedigree repleto de nomes em negrito e caixa alta. Só que, muitas vezes, esses nomes são de fêmeas fabulosas e o pedigree é qualificado como tipicamente feminino.

Na genética sabe-se que só pode ser transmitido, com alguma se-gurança, os atributos próprios do indivíduo - se ele possui propensão a gerar fêmeas excepcionais e raros machos qualificados, será muito di-fícil que produza machos em condições de serem, futuramente, garanhões de sucesso.

Desde muitos anos atrás sabe-se que as linhas originárias de éguas como Lady Josephine e Pretty Polly, apenas para citar essas duas, como mais conhecidas, são prodigiosas em revelar garanhões afama-dos. Lady Josephine foi um assombro, pois dela descendem seis dos mais importantes chefes-de-raça internacionais - Abernant, Aristophanes, Fair Trial, Royal Charger, Tudor Minstrel e T.V.Lark. Outrossim, ela gerou ainda garanhões afamados como Cyrus The Great, The Recorder, Risen Star e Alydar, apenas para citar alguns. Já Pretty Polly gerou os chefes-de-raça Donatello II, Nearctic, Great Nephew e Luthier, assim como revelou os sires Court Harwell, Guersant, St. Paddy, Indian Hemp, Minera II, Premonition, Felicio, Chio, Supreme Court e uma infinidade de garanhões comprovados no mundo inteiro.

Muitas vezes já se viu que cavalos perfeitos, de grande desempe-nho nas pistas, filhos de pais de boa estirpe, mostraram-se verdadeiros

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fracassos como reprodutores, por possuirem linha materna desqualificada. Esse é o caso de El Santarém, uma máquina nas pis-tas e uma negação no haras (também possuía um pai fraco). Old Master poderia ser um exemplo melhor, pois seu pai era extraordiná-rio, mas sua linha materna, bem fraca.

Mastro Lorenzo, no entanto, é portador de uma das mais interes-santes linhas maternas do turfe internacional. Ele descende da égua Windermere, a líder da família 16.b, a mesma que produziu Pearl Diver, ganhador do Derby de Epsom, assim como Pearl Cap, cam-peã do Arco do Triunfo, Diana e Poule d’Essai des Pouliches, na Fran-ça.

Assim como produziu excelentes cavalos nas pistas, essa linha materna revelou garanhões extraordinários como Tourment, Cyane, Molvedo, Oncidium, Bewitched e Falkland, entre muitos outros.

Muito importante ainda é a presença da fabulosa égua Lady Be Good, no pedigree de Polish Precedent, o avô materno de Mastro Lorenzo. Esse ventre fundamental é responsável por mais de 110 ganhadores clássicos, em diversos países do mundo, como Estados Unidos, Inglaterra, França, Itália, Japão, Argentina, Brasil, Austrália, Índia, Arábia Saudita e muitos outros.

Em vista de muitas descendentes dessa extraordinária égua en-contrarem-se no Brasil, é interessante destinar a Mastro Lorenzo, éguas possuidoras do nome de Lady Be Good em seu pedigree, vi-sando gerar uma feição do tipo Rasmussen Factor (RF).

Dos aspectos mais relevantes de Mastro Lorenzo é ainda a qua-lidade de ambas suas linhas maternas. A da mãe já está mencionada acima. Jules, o pai, talvez deva seu ingressso na reprodução exata-mente pela sua origem materna, pois, a rigor, seu turf-record registra apenas uma vitória na milha, areia, aos 2 anos, no Nashua Sks - G3. Em compensação, Bonita Francita, mãe de Jules, além de ter produzido Orpen (o “Champion 2-years-old” de sua geração na Irlan-da e reprodutor clássico na Argentina) descende em linha direta de Raise The Standard - égua fundamental da criação Niarchos - mãe da excepcional Coup de Folie, ganhadora de provas de Grupo na França, a quem se deve o aparecimento de cavalos como o belíssimo Machiavellian (“Champion 2-years-old” na França e ótimo reprodutor); e Coup de Genie (“Champion 2-years-old filly”, também na França); além dos clássicos Ocean of Wisdom, Exit to Nowhere (hoje reprodutor na França), Hydro Calido, etc. Mais ainda, Raise The Standard é filha da imortal Natalma (por Native Dancer e Almahmoud, por Mahmoud), mãe de Northern Dancer, entre outros. Nada melhor e mais refinado no turfe de nossos dias.

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É esta, a grande virtude e promessa de Jules, pai de Mastro Lorenzo: a perspectiva de transmitir o estoque genético de primeiríssima ordem de sua família materna, que inclui nomes como Northern Dancer, Danehill (fantástico reprodutor) e Machiavellian, apenas para citar alguns deles. Em outras palavras, Mastro Lorenzo constitui-se num prospecto de reprodutor com duas linhas maternas das melhores do turfe contemporâneo.

Mastro Lorenzo é possuidor do RF sobre Almahmoud, o qual poderá multiplicar através de cruzamentos com fêmeas descendentes de Northern Dancer, em especial de Lyphard, sobre o qual será gerado também um interessante inbreeding. Neste sentido, cumpre destacar que Mastro Lorenzo é livre de Ghadeer, o que lhe abre uma extraordinária possibilidade de cruzar com as filhas do melhor avô materno de todos os tempos, na criação brasileira.

Mastro Lorenzo, em pista foi um cavalo equilibrado, com perfeita coordenação motora e extrema fluidez no galope, tendo sido um exce-lente milheiro. Venceu o GP Gervásio Seabra [G2], 1.600m, Copa ABCPCC - Milha [G3], 1.600 e PE Jockey Club de Campos, 1.600m; 2° GP Presidente da República [G1], 1.600m e PE Carlos Belmiro Rodrigues, 1.300m; 4° GP Presidente da República [G1], 1.600m, GP Gervásio Seabra [G2] 1.600m, GP Emílio Garrastazu Médici [G2], 1.600m e Clás. Victor Guilhem [G2], 1.600m.

Mastro Lorenzo ingressou na reprodução em 2005 e seus pri-meiros produtos nasceram em 2006.

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