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ADVERTÊNCIA. Código Internacional para o Transporte Seguro de Grãos a Granel. Parte A Exigências específicas

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ADVERTÊNCIA

O presente Código é a tradução do International Code for the Safe Carriage of

Grain in Bulk (International Grain Code),da IMO, de cumprimento obrigatório.

Para diversos termos técnicos foram encontradas diferentes traduções nas

diversificadas fontes de consulta. Assim, para o correto emprego deste Código

há a necessidade de se consultar o Código como originalmente escrito em um dos

idiomas oficiais da Organização Marítima Internacional.

Código Internacional para o Transporte Seguro de Grãos a Granel

Parte A

Exigências específicas

1 Aplicação

1.1 Este Código se aplica a navios, independentemente do tamanho, incluindo aqueles com uma arqueação bruta inferior a 500, empregados no transporte de grãos a granel, aos quais se aplica a parte C do Capítulo VI da Convenção SOLAS de 1974, como emendada.

1.2 Para os efeitos deste Código, a expressão “navios construídos” significa “navios cujas quilhas tenham sido batidas, ou que estejam num estágio de construção semelhante.”.

2 Definições

2.1 O termo grãos abrange trigo, milho, aveia, centeio, cevada, arroz, grãos de plantas leguminosas, sementes e as formas processadas destes grãos, cujo comportamento seja semelhante ao do grão em estado natural.

2.2 O termo compartimento cheio, com a carga rechegada1, refere-se a qualquer espaço de carga no qual, após feito o carregamento e o rechego como exigido com base em A 10.2, os grãos a granel estejam no seu nível mais elevado possível.

2.3 O termo compartimento cheio, com a carga não rechegada, refere-se a um espaço de carga que esteja o mais cheio possível em direção à abertura da escotilha, mas cuja carga não tenha sido rechegada além da periferia da abertura da escotilha, seja com base no disposto em A.10.3.1 para todos os navios ou em A.10.3.2 para compartimentos especialmente adequados.

2.4 O termo compartimento parcialmente cheio refere-se a qualquer espaço de carga no qual os grãos a granel não tenham sido carregados da maneira estabelecida em A.2.2 ou em A.2.3.

1

(2)

2.5 O termo ângulo de alagamento (θ1) significa o ângulo de banda no qual as aberturas

existentes no casco, nas superestruturas ou nas estruturas existentes no convés, que não possam ser fechadas de maneira a ficarem estanques ao tempo, ficam submersas. Ao aplicar esta definição, as pequenas abertura através das quais não pode ocorrer um alagamento progressivo não precisam ser consideradas como estando abertas.

2.6 O termo fator de estiva, para os efeitos de calcular o momento de adernamento causado pelo deslocamento de grãos, significa o volume da carga por unidade de peso, como atestado pela instalação que fez o carregamento, isto é, não deverá ser dado nenhum desconto para o espaço perdido quando o espaço de carga estiver nominalmente cheio..

2.7 O termo compartimento especialmente adequado refere-se a um espaço de carga que seja construído com pelo menos duas divisórias longitudinais, verticais ou inclinadas, estanques a grãos e que coincidam com as longarinas laterais da escotilha, ou que estejam localizadas de modo a limitar o efeito de qualquer deslocamento transversal de grãos. Se forem inclinadas, as divisórias deverão ter uma inclinação não inferior a 30° em relação à horizontal.

3 Documento de autorização

3.1 Deverá ser emitido um documento de autorização para todo navio que for carregado de acordo com as regras deste Código, seja pela Administração ou por uma organização reconhecida por ela, ou por um Governo Contratante em nome da Administração. Ele deverá ser aceito como prova de que o navio é capaz de atender às exigências destas regras.

3.2 O documento deverá acompanhar o manual de carregamento de grãos que for fornecido, ou ser anexado a ele, para permitir que o comandante atenda às exigências de A 7. O manual deverá atender às exigências de A 6.3.

3.3. Esse documento, os dados relativos à estabilidade no carregamento de grãos e os planos relacionados com ela podem ser redigidos no(s) idioma(s) oficial(ais) do país que o emitir. Se o idioma utilizado não for o inglês nem o francês, o texto deverá conter uma tradução para um destes idiomas.

3.4 Uma cópia de tal documento, dos dados relativos à estabilidade no carregamento de grãos e dos planos relacionados com ela deverão ser colocados a bordo de modo que o comandante, se for solicitado, deverá apresentá-la para inspeção do Governo Contratante do país do porto de carregamento.

3.5 Um navio sem tal documento de autorização não deverá carregar grãos até que o comandante prove, de modo a satisfazer à Administração, ou ao Governo Contratante do porto de carregamento que estiver agindo em nome da Administração, que o navio, na sua condição de carregamento para a viagem pretendida, atende às exigências deste Código. Ver também A 8.3 e A 9.

4 Equivalentes

Quando for utilizado um equivalente aceito pela Administração de acordo com a Regra I/5 da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar, 1974, como emendada, os seus detalhes deverão ser incluídos no documento de autorização ou no manual de carregamento de grãos.

(3)

5 Dispensas para certas viagens

A Administração, ou um Governo Contratante agindo em nome da Administração, pode dispensar, se considerar que a natureza abrigada e as condições da viagem são tais que tornam não razoável ou desnecessária a aplicação de qualquer das exigências deste Código, determinados navios ou classes de navios do atendimento àquelas exigências específicas.

6 Informações relativas à estabilidade do navio e ao carregamento de grãos

6.1 Deverão ser fornecidas, sob a forma de um folheto impresso, informações que permitam que o comandante assegure que o navio cumpra este Código quando estiver transportando grãos a granel numa viagem internacional. Estas informações deverão incluir aquelas que estão listadas em A 6.2 e em A 6.3.

6.2 As informações, que deverão ser aceitáveis para a Administração ou para um Governo Contratante agindo em nome da Administração, deverão conter:

.1 dados relativos ao navio;

.2 deslocamento na condição de navio leve e a distância vertical da intercessão da linha de base moldada com a seção de meia-nau ao centro de gravidade (KG);

.3 tabela de correções devidas à superfície livre de líquidos; .4 capacidades e centros de gravidade;

.5 curva ou tabela fornecendo os ângulos de alagamento, quando forem inferiores a 40°, para todos os deslocamentos permissíveis;

.6 curvas ou tabelas fornecendo as propriedades hidrostáticas adequadas para a faixa de calados de operação; e

.7 curvas isóclinas de estabilidade que sejam suficientes para os efeitos das exigências contidas em A 7, e que incluam curvas a 12° e a 40°.

6.3 As informações que deverão ser aprovadas pela Administração, ou por um Governo Contratante agindo em nome da Administração, deverão conter:

.1 curvas ou tabelas fornecendo volumes, centros verticais de volumes e momentos de adernamento volumétricos presumidos para todos os compartimentos, cheios ou parcialmente cheios, ou para uma combinação desses compartimentos, inclusive os efeitos de acessórios temporários;

.2 tabelas ou curvas fornecendo os momentos de adernamento máximos permissíveis para vários deslocamentos e para vários centros de gravidade verticais, para permitir que o comandante comprove o atendimento às exigências contidas em A 7.1. Esta exigência só deverá se aplicar a navios cujas quilhas tenham sido batidas na data de entrada em vigor deste Código, ou depois dela;

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.3 detalhes relativos ao escantilhão de quaisquer acessórios temporários e, quando for aplicável, as medidas necessárias para atender às exigências contidas em A 7, A 8 e A 9; .4 instruções para o carregamento, sob a forma de notas, resumindo as exigências deste

Código;

.5 um exemplo com solução, para orientação do comandante; e

.6 condições típicas de serviço para navio carregado na partida e na chegada e, quando necessário, nas piores condições intermediárias de serviço.2

7 Exigências relativas à estabilidade

7.1 Deverá ser demonstrado que as características relativas à estabilidade intacta de qualquer navio que transporte grãos a granel atendem, durante toda a viagem, pelo menos aos seguintes critérios, após levar em conta da maneira descrita na parte B deste Código e na figura A 7, os momentos de adernamento devidos ao deslocamento de grãos:

.1 o ângulo de banda devido ao deslocamento de grãos não deverá ser superior a 12° ou, no caso de navios construídos em 1° de Janeiro de 1994 ou depois, o ângulo no qual a borda do convés fique submersa, o que for menor;

.2 no diagrama de estabilidade estática, a área líquida ou residual entre a curva do braço de adernamento e a curva do braço de endireitamento até o ângulo de banda correspondente à diferença máxima entre as ordenadas das duas curvas, ou até 40° ou ao ângulo de alagamento (θ1), o que for menor, não deverá, em nenhuma condição de

carregamento, ser inferior a 0,075 metros-radianos; e

.3 a altura metacêntrica inicial, após a correção para os efeitos da superfície livre dos líquidos existentes nos tanques, não deverá ser inferior a 0,30 m.

7.2 Antes de carregar grãos a granel, o comandante deverá, se for solicitado pelo Governo Contratante do porto de carregamento, a demonstrar a capacidade do navio de atender, em todas as etapas da viagem, aos critérios de estabilidade exigidos por esta seção.

7.3 Após o carregamento, o comandante deverá assegurar que o navio esteja aprumado antes de suspender.

2

É recomendado que sejam fornecidas as condições de carregamento para três fatores de armazenagem representativos, por exemplo, 1,25, 1,50 e 1,75 metros cúbicos por tonelada.

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Figura A 7 (1) Onde:

momento de adernamento presumido devido a um deslocamento transversal de grãos

λ0 = ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯

fator de estiva × deslocamento λ40 = 0,8 × λ0;

Fator de estiva = volume da carga de grãos por unidade de peso;

Deslocamento = peso do navio, do combustível, da água doce, dos víveres, etc. e da carga.

(2) A curva do braço de endireitamento deverá ser obtida a partir de curvas isóclinas, que deverão ser em número suficiente para definir precisamente a curva para os efeitos destas exigências e deverão conter linhas isóclinas em 12° e em 40°.

8 Exigências relativas à estabilidade para navios existentes

8.1 Para os efeitos desta seção, o termo navio existente significa um navio cuja quilha tenha sido batida antes de 25 de Maio de 1980.

8.2 Um navio existente carregado de acordo com documentos previamente aprovados com base na Regra 12 do Capítulo VI da SOLAS de 1960, nas Resoluções A.184(VI) ou A.264(VIII) da IMO deverá ser considerado como tendo características de estabilidade intacta pelo menos equivalentes às exigências contidas em A 7 deste Código. Os documentos de autorização permitindo esses carregamentos deverão ser aceitos para os efeitos de A 7.2.

8.3 Os navios existentes que não tenham a bordo um documento de autorização emitido de acordo com A 3 deste Código podem aplicar o disposto em A 9, sem limitação do porte bruto que pode ser utilizado para o transporte de grãos a granel.

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9 Exigências opcionais relativas à estabilidade para navios sem documentos de autorização, transportando cargas parciais de grãos a granel

9.1 Pode ser permitido que um navio que não tenha a bordo um documento de autorização emitido de acordo com A 3 deste Código carregue grãos a granel, desde que:

.1 o peso total dos grãos a granel não seja superior a um terço do porte bruto do navio; .2 todos os compartimentos cheios, com a carga rechegada, sejam dotados de divisórias na

linha de centro, prolongando-se para baixo, por todo o comprimento desses compartimentos, do teto ou das tampas das escotilhas até uma distância de pelo menos um oitavo da largura máxima do compartimento abaixo da linha do convés, ou 2,4 m, a que for maior, exceto que podem ser aceitos “saucers”3 , construídos de acordo com A 14, em lugar de uma divisória na linha de centro, localizados numa escotilha, ou abaixo dela, exceto no caso de linhaça e de outras sementes que tenham propriedades semelhantes;

.3 todas as escotilhas de acesso a compartimentos cheios, com a carga rechegada, deverão ser fechadas e as tampas fixadas firmemente no lugar;

.4 todas as superfícies livres de grãos em compartimentos de carga parcialmente cheios deverão ser niveladas e contidas de acordo com A 16, A 17 ou A18;

.5 durante toda a viagem, a altura metacêntrica após a correção devida aos efeitos da superfície livre dos líquidos existentes nos tanques deverá ser de 0,3 m, ou a fornecida através da fórmula a seguir, a que for maior:

0875 , 0 ) 645 , 0 25 , 0 ( × ∆ × − = SF VdB B LBVd GMR Onde:

L = comprimento total de todos os compartimentos cheios (metros) B = boca moldada da embarcação (metros)

SF = fator de estiva (metros cúbicos por tonelada)

Vd = profundidade média calculada do espaço vazio, calculada de acordo com B 1 (metros – Observação: não milímetros)

∆ = deslocamento (toneladas); e

.6 o comandante prove, de modo a satisfazer a Administração ou ao Governo Contratante do porto de carregamento agindo em nome da Administração, que o navio, na sua condição de carregamento proposta, atenderá às exigências desta seção.

3

N.T. “saucer” significa uma técnica para evitar o escorregamento da carga durante viagem. Consiste em fazer-se, na superfície rechegada da carga, um buraco com o mesmo diâmetro interno do porão e uma profundidade proporcional a boca do navio e cobri-lo com uma lona, e, em seguida, preenchê-lo com a mesma carga, porém, ensacada, de modo que os sacos empilhados sobre a carga formem um “saucer” que irá impedir o escorregamento da carga a granel.

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10 Estiva de grãos a granel

10.1 Deverá ser feito todo o rechego necessário e razoável da carga para nivelar todas as superfícies livres de grãos e para minimizar o efeito do deslocamento de grãos.

10.2 Em qualquer compartimento cheio, com a carga rechegada, os grãos a granel deverão ser rechegados de modo a preencher o mais possível todos os espaços sob os conveses e as tampas das escotilhas.

10.3 Em qualquer compartimento cheio, com a carga não rechegada, os grãos a granel deverão ser carregados o mais possível em direção a abertura da escotilha, mas além da periferia da abertura da escotilha podem ficar no seu ângulo de repouso natural. Um compartimento cheio pode habilitar-se a receber esta classificação habilitar-se enquadrar-habilitar-se numa das habilitar-seguintes categorias:

.1 a Administração que emitiu o documento de autorização pode, com base em B6, dispensar o rechego nos casos em que a geometria do espaço vazio abaixo do teto do compartimento, resultante do fluxo livre de grãos para aquele compartimento, que pode ser dotado de dutos para carregamento, de conveses perfurados ou de outros meios semelhantes, for levada em consideração ao calcular a profundidade dos espaços vazios; ou

.2 o compartimento for “especialmente adequado”, como definido em A 2.7, podendo neste caso ser concedida a dispensa de realizar o rechego da carga nas extremidades daquele compartimento.

10.4 Se não houver grãos a granel ou outra carga sobre um espaço de carga inferior contendo grãos, as tampas das escotilhas deverão ser fixadas de uma maneira aprovada, levando em consideração a massa e dispositivos permanentes instalados para fixar aquelas tampas.

10.5 Quando forem armazenados grãos a granel sobre tampas de escotilhas fechadas dos “tween decks”4 , que não sejam estanques a grãos, essas tampas deverão ser tornadas estanques a grãos passando fitas adesivas nas uniões, cobrindo toda a escotilha com lona, com panos ou com outros meios adequados.

10.6 Após o carregamento, todas as superfícies livres de grãos existentes com compartimentos parcialmente cheios deverão ser niveladas.

10.7 A menos que o efeito adverso do adernamento devido ao deslocamento de grãos seja levado em consideração de acordo com este Código, a superfície dos grãos a granel em qualquer compartimento parcialmente cheio deverá ser contida de modo a impedir um deslocamento de grãos, cobrindo aquela superfície como descrito em A 16. Alternativamente, em compartimentos parcialmente cheios, a superfície dos grãos a granel pode ser contida por meio de correias ou de peias, como descrito em A 17 ou em A 18.

10.8 Espaços de carga inferiores e espaços dos “tween decks” em sua altura, podem ser carregados como se fossem um único compartimento, desde que, ao calcular os momentos de adernamento transversais, seja levado na devida consideração o fluxo de grãos para os compartimentos mais baixos.

4

N.T. Os navios de carga geral costumam apresentar um ou mais conveses dividindo os porões no sentido vertical, os espaços entre estes conveses, acima do porão, formam os “tween decks”.

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10.9 Em compartimentos cheios, com a carga rechegada; em compartimentos cheios, com a carga não rechegada; e em compartimentos parcialmente cheios, podem ser instaladas divisórias longitudinais como um dispositivo para reduzir o efeito de adernamento adverso do deslocamento de grãos, desde que:

.1 a divisória seja estanque a grãos;

.2 que a sua construção atenda às exigências de A 11, A 12 e A 13; e

.3 que em “tween decks”, as divisórias se estendam de um convés ao outro, e em outros espaços de carga se estendam para baixo a partir do teto ou das tampas das escotilhas, como descrito em B 2.8.2, observação (2); em B 2.9.2, observação (3); ou em B 5.2, como for aplicável.

11 Resistência dos acessórios utilizados para a estivagem de grãos

11.1 Madeira

Toda madeira utilizada como acessório para a estivagem de grãos deverá ser de boa qualidade e de um tipo e de uma categoria que tenham provado ser satisfatórios para esta finalidade. As dimensões reais da madeira acabada deverão estar de acordo com as dimensões abaixo especificadas. Pode ser utilizada madeira compensada de um tipo para utilização ao ar livre, colada com cola à prova d’água e instalada de modo que a direção dos grãos que correm sobre a sua face seja perpendicular aos suportes verticais ou vigas, desde que a sua resistência seja equivalente à de uma madeira maciça com a espessura adequada da seção transversal.

11.2 Cargas de trabalho

Ao calcular as dimensões de divisórias submetidas a uma carga num dos lados, utilizando as tabelas A 13-1 a A 13-6, deverão ser adotadas as seguintes cargas de trabalho:

Para divisórias de aço: 19,6 kN/cm2 Para divisórias de madeira: 1,57 kN/cm2 (1 newton é equivalente a 0,102 quilos).

11.3 Outros materiais

Podem ser aprovados outros materiais que não madeira ou aço para estas divisórias, desde que tenham sido levadas na devida consideração as suas propriedades mecânicas.

11.4 Suportes verticais

.1 A menos que haja meios para impedir que as extremidades dos suportes verticais sejam deslocadas dos seus encaixes, a profundidade do alojamento de cada extremidade de cada suporte vertical não deverá ser inferior a 75 mm. Se um suporte vertical não for fixado na sua extremidade superior, a escora ou estai mais de cima deverá ser instalado o mais perto possível daquela extremidade.

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.2 Os arranjos estabelecidos para introduzir pranchas para conter o deslocamento de grãos retirando uma parte da seção transversal de um suporte vertical deverão ser tais que façam com que o nível da carga de trabalho no local não fique indevidamente elevado.

.3 Normalmente o momento flector máximo a que é submetido um suporte vertical que sustenta uma divisória submetida a uma carga num dos lados deverá ser calculado considerando que as extremidades dos suportes verticais estão apoiados livremente. No entanto, se uma Administração estiver convencida de que na prática será obtido algum grau de fixação pressuposto, deverá ser levada em conta qualquer redução do momento flector decorrente de qualquer grau de fixação existente nas extremidades do suporte vertical.

11.5 Seção múltipla

Quando os suportes verticais, vigas ou quaisquer outros elementos de resistência forem formados por duas seções separadas, uma instalada de cada lado de uma divisória e interligadas por parafusos longos colocados com um espaçamento adequado, a dimensão efetiva da seção deverá ser considerada como sendo a soma dos dois módulos das seções separadas.

11.6 Divisória parcial

Quando as divisórias não se estenderem por toda a profundidade do compartimento de carga, estas divisórias e os seus suportes verticais deverão ser apoiados ou estaiados de modo que sejam tão eficientes quanto as divisórias que se estendem por toda a profundidade do compartimento de carga.

12 Divisórias submetidas a carga nos dois lados

12.1 Pranchas para impedir o deslocamento de grãos

.1 As pranchas para impedir o deslocamento de grãos deverão ter uma espessura não inferior a 50 mm e deverão ser instaladas de modo a impedir a passagem de grãos e, onde for necessário, sustentadas por suportes verticais.

.2 O vão máximo sem sustentação para pranchas de várias espessuras para impedir o deslocamento de grãos deverá ser o seguinte:

Espessura Vão máximo sem sustentação ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯-⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯

50 mm 2,5 m

60 mm 3,0 m

70 mm 3,5 m

80 mm 4,0 m

Se a espessura for maior do que estas, o vão máximo sem sustentação irá variar diretamente com o aumento dessa espessura.

.3 As extremidades de todas as pranchas para evitar deslocamento de grãos deverão ficar firmemente alojadas em encaixes com um comprimento mínimo de 75 mm.

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12.2 Outros materiais

As divisórias confeccionadas com a utilização de outros materiais que não a madeira deverão ter uma resistência equivalente à exigida em A 12.1 para as pranchas para evitar o deslocamento de grãos.

12.3 Suportes verticais

.1 Os suportes verticais de aço utilizados para sustentar divisórias submetidas a carga nos dois lados deverão ter um módulo de seção dado por

W = a × W1

Onde:

W = módulo de seção em centímetros cúbicos

a = vão horizontal entre suportes verticais, em metros

O módulo de seção W1, por cada metro de vão, não deverá ser inferior ao fornecido

pela fórmula:

W1 = 14,8 (h1 – 1,2) cm3/m

Onde:

h1 é o vão vertical sem sustentação em metros, e deverá ser considerado como

sendo o valor máximo da distância entre dois estais adjacentes quaisquer, ou entre um estai e qualquer extremidade do suporte vertical. Quando esta distância for inferior a 2,4 m, o respectivo módulo deverá ser calculado como se o seu valor real fosse 2.4 m.

.2 Os módulos dos suportes verticais de madeira deverão ser determinados multiplicando por 12,5 os módulos correspondentes para suportes verticais de aço. Se forem utilizados outros materiais, seus módulos deverão ser, pelo menos, os exigidos para o aço, aumentados proporcionalmente à razão entre as tensões permissíveis para o aço e as tensões permissíveis para o material utilizado. Nestes casos, deverá ser dada atenção também à rigidez relativa de cada suporte vertical, para assegurar que a sua deflexão não seja excessiva.

.3 A distância horizontal entre suportes verticais deverá ser tal que os vãos sem sustentação das pranchas para impedir o deslocamento de grãos não sejam superiores ao vão máximo especificado em A 12.1.2.

12.4 Escoras

.1 As escoras de madeira, quando utilizadas, deverão ser constituídas de uma única peça, deverão ser firmemente fixadas em cada extremidade e ficar inclinadas, apoiadas na estrutura permanente do navio, exceto que não poderão se apoiar diretamente nas chapas do costado do navio.

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.2 Sujeito ao disposto em A 12.4.3 e em A 12.4.4, o tamanho mínimo das escoras de madeira deverá ser o seguinte:

Comprimento da escora Seção retangular Diâmetro da seção (m) (mm) circular (mm) ⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯

Não superior a 3 m 150 × 100 140

Acima de 3 m, mas não superior a 5 m 150 × 150 165

Acima de 5 m, mas não superior a 6 m 150 × 150 180

Acima de 6 m, mas não superior a 7 m 200 × 150 190

Acima de 7 m, mas não superior a 8 m 200 × 150 200

Acima de 8 m 200 × 150 215

As escoras com um comprimento de 7 m ou mais deverão ser escoradas firmemente aproximadamente na metade do seu comprimento.

.3 Quando a distância horizontal entre os suportes verticais for significativamente diferente de 4 m, os momentos de inércia das escoras podem ser alterados de maneira diretamente proporcional.

.4 Quando o ângulo da escora em relação à horizontal for superior a 10° deverá ser instalada uma escora com as dimensões imediatamente maiores do que as da exigida por A 12.4.2, desde que em hipótese alguma o ângulo formado entre qualquer escora e a horizontal ultrapasse 45°.

12.5 Estais

Quando forem utilizados estais para sustentar divisórias submetidas a carga nos dois lados, eles deverão ser instalados horizontalmente, ou o mais perto possível da horizontal, ser bem fixados em cada extremidade e ser feitos de cabo de aço. As dimensões do cabo de aço deverão ser determinadas considerando que as divisórias e os suportes verticais que os estais sustentam estão sendo submetidos a uma carga uniforme de 4,9 kN/m2. A carga de trabalho à qual considera-se que o estai será submetido não deverá ser superior a um terço da sua carga de ruptura.

13 Divisórias submetidas a carga apenas num dos lados

13.1 Divisórias longitudinais

A carga (P) em quilonewtons por metro de comprimento das divisórias deverá ser obtida da seguinte maneira:

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.1 Tabela A 13-1 B (m) h (m) 2 3 4 5 6 7 8 10 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 6,00 8,336 13,631 19,466 25,644 31,823 38,148 44,473 50,847 63,498 8,826 14,759 21,182 27,900 34,568 41,286 47,955 54,623 68,009 9,905 16,769 23,830 30,891 37,952 45,013 52,073 59,134 73,256 12,013 19,466 26,870 34,323 41,727 49, 180 56, 584 64,037 78,894 14,710 22,506 30,303 38,099 45,895 53,691 61,488 69,284 84,877 17,358 25,546 33,686 41,874 50,014 58,202 66,342 74,531 90,859 20,202 28,733 37,265 45,797 54,329 62,861 71,392 79,924 96,988 25,939 35,206 44,473 53,740 63,008 72,275 81,542 90,810 109,344

h = altura dos grãos em metros a partir do fundo da divisória. Quando o compartimento de carga estiver cheio, a altura (h) deverá ser medida até o teto nas proximidades da divisória. Numa escotilha, ou quando a distância de uma divisória à escotilha for de 1 m ou menos, a altura (h) deverá ser medida até o nível dos grãos na escotilha.

B = extensão transversal dos grãos a granel, em metros.

.2 Quando h for igual ou inferior a 6,0 m, pode ser feita uma interpolação linear na tabela A 13-1 para os valores intermediários de B e os valores intermediários de h. .3 Para valores de h superiores a 6,0 m, a carga (P) em quilonewtons por metro de

comprimento das divisórias pode ser determinada através da tabela A 13-2, entrando com a razão B/h e utilizando a fórmula:

P = f × h2 .4 Tabela A 13-2 B/h f B/h f 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 1,687 1,742 1,809 1,889 1,976 2,064 2,159 2,358 2,556 2,762 2,968 3,174 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0 8,0 3,380 3,586 3,792 3,998 4,204 4,410 4,925 5,440 6,469 7,499 9,559

(13)

13.2 Divisórias transversais

A carga (P) em quilonewtons por metro de comprimento das divisórias deverá ser obtida da seguinte maneira: .1 Tabela A13-3 L (m) h(m) 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16 1,50 2,00 2,50 3,00 3,50 4,00 4,50 5,00 6,00 6,570 10,199 14,318 18.878 23.781 28.930 34.274 39.717 50.749 6,767 10,787 15,347 20,251 25,546 30,989 36.530 42.218 53.593 7,159 11,474 16,426 21,624 27,164 32,901 38,638 44,473 56,094 7,649 12,209 17,456 22,948 28,733 34,667 40,501 46,434 58,301 8,189 12,994 18,437 24,222 30,155 36,187 42,120 48,151 60,164 8,728 13,729 19,417 25,399 31,430 37,559 43,542 49,622 61,782 9,169 14,146 20,349 26,429 32,558 38,736 44,767 50,897 63,204 9,807 15,445 21,673 27,900 34,127 40,403 46,582 52,809 65,263 10,199 16,083 22,408 28,684 35,010 41,286 47,562 53,839 66,440 10,297 16,279 22,604 28,930 35,255 41,531 47,856 54,182 66,832 10,297 16,279 22,604 28,930 35,255 41,580 47,905 54,231 66,930

h = altura dos grãos em metros a partir do fundo da divisória. Quando o compartimento de carga estiver cheio, a

altura (h) deverá ser medida até o teto nas proximidades da divisória. Numa escotilha, ou quando a distância de uma divisória à escotilha for de 1 m ou menos, a altura (h) deverá ser medida até o nível dos grãos na escotilha.

L = extensão transversal dos grãos a granel, em metros.

.2 Valores intermediários de L e de h, quando h for igual ou menor que 6,0 m, podem ser determinados por interpolação linear utilizando a tabela A 13-3.

.3 Para valores de h superiores a 6,0 m, a carga (P) em quilonewtons por metro de comprimento das divisórias pode ser determinada através da tabela A 13-4, entrando com a razão L/h e utilizando a fórmula:

P = f × h2 .4 Tabela A 13-4 B/h f B/h f 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 1,334 1,395 1,444 1,489 1,532 1,571 1,606 1,671 1,725 1,769 1,803 1,829 2,0 2,2 2,4 2,6 2,8 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0 8,0 1,846 1,853 1,857 1,859 1,859 1,859 1,859 1,859 1,859 1,859 1,859

(14)

13.3 A carga total por unidade de comprimento das divisórias, apresentada nas tabelas A 13-1 a A 13-4 inclusive, pode, se for considerado necessário, ser suposta como tendo uma distribuição trapezoidal variando com a altura. Nestes casos, as cargas de reação nas extremidades superior e inferior de um membro vertical ou de um suporte vertical não são iguais. As cargas de reação na extremidade superior, expressas sob a forma de percentagem da carga total suportada pelo membro vertical ou pelo suporte vertical, podem ser consideradas como sendo as apresentadas nas tabelas A 13-5 e A 13-6.

.1 Tabela A 13-5: Divisórias longitudinais submetidas a uma carga de um único lado Carga de reação na extremidade superior de um suporte vertical sob a forma de percentagem da carga obtida na tabela A 13.1

B (m) h (m) 2 3 4 5 6 7 8 10 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 43,3 44,5 45,4 46,0 46,5 47,0 47,4 47,7 47,9 47,9 47,9 47,9 47,9 45,1 46,7 47,6 48,3 48,8 49,1 49,4 49,4 49,5 49,5 49,5 49,5 49,5 45,9 47,6 48,6 49,2 49,7 49,9 50,1 50,1 50,1 50,1 50,1 50,1 50,1 46,2 47,8 48,8 49,4 49,8 50,1 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 46,2 47,8 48,8 49,4 49,8 50,1 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 46,2 47,8 48,8 49,4 49,8 50,1 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 46,2 47,8 48,8 49,4 49,8 50,1 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 46,2 47,8 48,8 49,4 49,8 50,1 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2 50,2

B = extensão transversal dos grãos a granel, em metros.

Para outros valores de h ou de B, as cargas de reação deverão ser determinadas por interpolação ou extrapolação linear, como for necessário.

(15)

.2 Tabela A 13-6: Divisórias transversais submetidas a carga num único lado

Carga de reação na extremidade superior de um suporte vertical sob a forma de percentagem da carga obtida na tabela A 13.2

L (m) h (m) 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14 16 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0 37,3 39,6 41,0 42,1 42,9 43,5 43,9 44,2 44,3 44,3 44,3 44,3 38,7 40,6 41,8 42,8 43,5 44,0 44,3 44,5 44,6 44,6 44,6 44,6 39,7 41,4 42,5 43,3 43,9 44,4 44,6 44,8 44,9 44,9 44,9 44,9 40,6 42,1 43,0 43,8 44,3 44,7 44,8 45,0 45,1 45,1 45,1 45,1 41,4 42,7 43,5 44,2 44,6 44,9 45,0 45,2 45,3 45,3 45,3 45,3 42,1 43,1 43,8 44,5 44,8 45,0 45,2 45,3 45,4 45,4 45,4 45,4 42,6 43,6 44,2 44,7 45,0 45,2 45,3 45,4 45,4 45,4 45,4 45,4 43,6 44,3 44,7 45,0 45,2 45,4 45,5 45,6 45,6 45,6 45,6 45,6 44,3 44,7 45,0 45,2 45,3 45,4 45,5 45,6 45,6 45,6 45,6 45,6 44,8 45,0 45,2 45,3 45,3 45,4 45,5 45.6 45,6 45,6 45,6 45,6 45,0 45,2 45,2 45,3 45,3 45,4 45,5 45,6 45,6 45,6 45,6 45,6

L = extensão longitudinal dos grãos a granel, em metros.

Para outros valores de h ou de L, as cargas de reação deverão ser determinadas por interpolação ou extrapolação linear, como for necessário.

.3 A resistência das conexões nas extremidades destes membros verticais, ou destes suportes verticais, pode ser calculada com base na carga máxima a que provavelmente qualquer das extremidades será submetida. Estas cargas são as seguintes:

Divisórias longitudinais

Carga máxima na parte superior 50% da carga total apropriada fornecida em A 13.1

Carga máxima na parte inferior 55% da carga total apropriada fornecida em A 13.1

Divisórias transversais

Carga máxima na parte superior 45% da carga total apropriada fornecida em A 13.2

Carga máxima na parte inferior 60% da carga total apropriada fornecida em A 13.2

.4 A espessura das pranchas horizontais de madeira também pode ser determinada tendo em vista a distribuição vertical da carga fornecida pelas tabelas A 5 e A 13-6 e, nestes casos, 0918 , 2 10 × × = h k p a t Onde:

(16)

t = espessura da prancha em milímetros

a = vão horizontal da prancha, isto é, distância entre suportes verticais, em metros

h = altura dos grãos até o fundo da divisória, em metros

p = carga total por unidade de comprimento, obtida nas tabelas em quilonewtons

k = fator que depende da distribuição vertical da carga.

Quando considera-se que a distribuição vertical da carga é uniforme, isto é, retangular, k deverá ser considerado como sendo igual a 1,0. Para uma distribuição trapezoidal,

k = 1,0 + 0,06 (50 – R) Onde:

R é a carga de reação na extremidade superior, fornecida na tabela A 13-5 ou A 13-6.

.5 Estais ou escoras

As dimensões dos estais e das escoras deverão ser determinadas de modo que as cargas obtidas nas tabelas A13-1 a A 13-4, inclusive, não sejam superiores a um terço da carga de ruptura.

14 “Saucers”

14.1 Com o propósito de reduzir o momento de adernamento pode ser utilizado um “saucer” em lugar de uma divisória longitudinal, nas proximidades da abertura de uma escotilha, somente num compartimento cheio, com a carga rechegada, como definido em A 2.2, exceto no caso de linhaça e de outras sementes que tenham propriedades semelhantes, quando um “saucer” não pode substituir uma divisória longitudinal. Se houver uma divisória longitudinal, ela deverá atender às exigências de A 10.9.

14.2 A profundidade do “saucer”, medida da sua parte inferior até a linha do convés, deverá ser a seguinte:

.1 Para navios com uma boca moldada de até 9,1 m, pelo menos 1,2 m. .2 Para navios com uma boca moldada de 18,3 m ou mais, pelo menos 1,8 m.

.3 Para navios com uma boca moldada entre 9,1 m e 18,3 m, a profundidade mínima do “saucer” deverá ser calculada através de uma interpolação.

14.3 A parte superior (boca) do “saucer”, deverá ser constituída pela estrutura do teto do compartimento nas proximidades da escotilha, isto é, das longarinas laterais da escotilha ou das braçolas e das vigas das extremidades da escotilha. O “saucer” e a escotilha acima dele deverão ser completamente cheios com grãos ensacados ou com uma outra carga adequada colocada sobre um pano para fazer a separação, ou sobre um dispositivo equivalente, e acondicionada firmemente

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contra a estrutura adjacente, de modo que mantenha contato com aquela estrutura, exercendo alguma pressão contra ela, até uma profundidade igual ou superior à metade da profundidade especificada em A 14.2. Se não for possível utilizar a estrutura do casco para proporcionar esta superfície de contato, o espaço de carga provisório deverá ser fixado em posição por meio de cabos de aço, correntes ou correias de aço dobradas, como especificado em A 17.1.4, com um espaçamento entre elas não superior a 2,4 m.

15 Enfardamento de grãos a granel

Como uma alternativa para encher com grãos ensacados com a mesma carga, ou de outra carga disponível, o “saucer” num compartimento cheio com a carga rechegada, pode ser utilizado um fardo de grãos, desde que:

.1 As dimensões e os meios para fixar o fardo no lugar sejam os mesmos especificados para um “saucer” em A 14.2 e em A 14.3.

.2 O “saucer” seja revestido com um material que seja aceitável para a Administração, tendo uma resistência à tração não inferior a 2,687 N por cada tira de 5 cm, e que seja dotado de meios adequados para fixar a sua parte superior.

.3 Como uma alternativa para o disposto em A 15.2, pode ser utilizado um material que seja aceitável para a Administração e que tenha uma resistência à tração não inferior a 1,344 N por cada tira de 5 cm, se o “saucer” for confeccionado da seguinte maneira: .3.1 No interior do “saucer”, instalado no meio dos grãos a granel deverão ser

passadas peias transversais, que sejam aceitáveis para a Administração, a intervalos não superiores a 2,4 m. Essas peias deverão ter um comprimento suficiente para permitir que sejam puxadas para cima e fixadas na parte superior do “saucer” .

.3.2 Deverão ser colocados, a ré e a vante sobre estas peias, calços com uma espessura não inferior a 25 mm, ou outro material com uma resistência igual e com uma largura entre 150 mm e 300 mm, para impedir que elas cortem ou que desgastem por meio do atrito o material que será colocado naquele local para revestir o “saucer” .

.4 O “saucer” deverá ser cheio de grãos a granel e fixado na sua parte superior, exceto que quando estiver sendo utilizado um material aprovado com base em A 15.3, deverão ser colocados outros calços por cima, após cobrir o material, antes que o “saucer” seja fixado por meio das peias,

.5 Se for utilizada mais de uma peça do material para revestir o “saucer”, essas peças deverão ser unidas na parte inferior, seja por meio de uma costura ou de uma superposição dupla das extremidades.

.6 A parte superior do “saucer” deverá coincidir com a parte inferior dos barrotes quando estes estiverem no lugar e, em cima do “saucer”, entre os barrotes, pode ser colocada uma carga geral adequada ou grãos a granel.

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16 Arranjos para cobrir os grãos estivados

16.1 Quando forem utilizados sacos de grãos ou outra carga adequada com a finalidade de fixar os grãos a granel em compartimentos parcialmente cheios, a superfície livre dos grãos deverá ser nivelada e coberta com um pano, ou por um material equivalente, ou por uma plataforma adequada. Esta plataforma deverá consistir em barrotes com um espaçamento não superior a 1,2 m entre eles e em pranchas de 25 mm colocadas sobre os barrotes, com um espaçamento não superior a 100 mm entre elas. As plataformas podem ser confeccionadas de outros materiais, desde que sejam considerados equivalentes pela Administração.

16.2 A plataforma ou o pano deverão ser cobertos com grãos ensacados, firmemente estivados, estendendo-se por uma altura não inferior a um dezesseis avos da largura máxima da superfície livre de grãos ou 1,2 m, o que for maior.

16.3 Os grãos ensacados deverão ser transportados em sacos resistentes, que deverão estar bem cheios e bem fechados.

16.4 Em vez de grãos ensacados, pode ser utilizada uma outra carga adequada, firmemente estivada e exercendo pelo menos a mesma pressão que os grãos ensacados estivados de acordo com A 16.2.

17 Fixação com correias ou com peias

Quando, para eliminar os momentos de adernamento em compartimentos parcialmente cheios, forem utilizadas correias ou peias, a fixação deverá ser feita da seguinte maneira:

.1 Os grãos deverão ser rechegados e nivelados até a sua superfície ficar ligeiramente abaulada e cobertos com panos de aniagem, lonas ou material equivalente.

.2 Os panos e/ou as lonas deverão ficar superpostos por uma extensão de pelo menos 1,8 m.

.3 Deverão ser colocados dois pisos de madeira bruta maciça de 25 mm × 150 mm a 300 mm, com o piso superior disposto longitudinalmente e pregado a um piso inferior disposto transversalmente. Alternativamente, pode ser utilizado um piso de madeira maciça de 50 mm, disposto longitudinalmente e pregado sobre a parte superior de um barrote de 50 mm com uma largura não inferior a 150 mm. Os barrotes de baixo deverão se estender por toda a largura do compartimento e deverão ter um espaçamento não superior a 2,4 m entre eles. Podem ser aceitos dispositivos que utilizem outros materiais e que sejam considerados pela Administração como sendo equivalentes aos mencionados anteriormente.

.4 Para a peiação podem ser utilizados cabos de aço (19 mm de diâmetro ou equivalente), cintas duplas de aço (50 mm × 1,3 mm, tendo uma carga de ruptura de pelo menos 49 kN), ou correntes com uma resistência equivalente, sendo cada um desses dispositivos tesado firmemente por meio de um esticador de 32 mm. Quando forem utilizadas peias de cabo de aço, pode ser utilizado um guincho esticador, juntamente com um braço de travamento, para substituir o esticador de 32 mm, desde que haja chaves adequadas para ajustar as peias como for necessário. Quando forem utilizadas cintas de cabo de aço,

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deverão ser utilizados pelo menos três grampos para prender as extremidades. Quando forem utilizados cabos de aço, deverão ser utilizados pelo menos três grampos para fazer olhais nas peias.

.5 Antes de terminar o carregamento, as peias deverão estar firmemente fixadas à estrutura num ponto aproximadamente 450 mm abaixo da superfície final prevista para os grãos, seja por meio de uma manilha de 25mm ou de um grampo com uma resistência equivalente.

.6 As peias deverão ter um espaçamento não superior a 2,4 m entre elas, e cada uma deverá se apoiar num barrote pregado em cima do piso de madeira de vante e de ré. O barrote deverá consistir numa madeira de pelo menos 25 mm × 150 mm, ou equivalente, e deverá se estender por toda a largura do compartimento.

.7 Durante a viagem a fixação com correias deverá ser inspecionada regularmente e ajustada onde for necessário.

18 Fixação com tela de arame

Quando, para eliminar o momento de adernamento devido ao deslocamento de grãos em compartimentos parcialmente cheios, forem utilizadas cintas ou peias, a fixação pode, como uma alternativa ao método descrito em A 17, ser realizada da seguinte maneira:

.1 Os grãos deverão ser rechegados e nivelados até a sua superfície ficar muito ligeiramente abaulada ao longo da linha de centro do compartimento, para vante e para ré.

.2 Toda a superfície dos grãos deverá ser coberta com panos de aniagem, lonas ou material equivalente. O material utilizado na cobertura deverá ter uma resistência à tração não inferior a 1,344 N por cada tira de 5 cm.

.3 Em cima dos panos de aniagem, ou de outro tipo de cobertura, deverá ser colocado um reforço constituído de duas camadas de tela de arame. A camada inferior deve ficar disposta transversalmente e a superior longitudinalmente. As telas de arame deverão ficar superpostas pelo menos 75 mm ao longo do seu comprimento. A camada superior de tela deverá ficar localizada em cima da camada inferior, de tal modo que os quadrados formados pelas camadas alternadas meçam aproximadamente 75 mm × 75 mm. O reforço de tela de arame é do tipo utilizado para reforçar construções de concreto. A tela é confeccionada com arames de aço de 3 mm de diâmetro, tendo uma resistência de ruptura não inferior a 52 kN/cm2, sendo soldados formando quadrados de 150 mm × 150 mm. Pode ser utilizada uma tela de arame que tenha a mesma camada de óxido formada durante o processo de laminação do metal a quente, mas não podem ser utilizadas telas que apresentem ferrugem solta e que descamem.

.4 As bordas da tela de arame, a bombordo e a boreste do compartimento, deverão ser presas com pranchas de madeira de 150 mm × 50 mm.

.5 As peias de fixação, estendendo-se de um bordo ao outro do compartimento, deverão ter um espaçamento entre elas não superior a 2,4 m, exceto que a primeira e a última não

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deverão ficar a mais de 300 mm da antepara de vante ou da antepara de ré, respectivamente. Antes de terminar o carregamento, cada peia deverá ser firmemente fixada à estrutura num ponto aproximadamente 450 mm abaixo da superfície final prevista para os grãos, seja por meio de uma manilha de 25 mm ou de um grampo com uma resistência equivalente. As peias deverão ser passadas a partir deste ponto, passando por cima da prancha colocada na borda da tela, mencionada em A 18.1.4, que tem a função de distribuir de cima para baixo a pressão exercida pelas peias. Deverão ser colocadas transversalmente duas camadas de pranchas de 150 mm × 25 mm com o seu centro embaixo de cada peia, estendendo-se por toda a largura do compartimento. .6 As peias de fixação deverão consistir em cabos de aço (19 mm de diâmetro ou

equivalente), em cintas duplas de aço (50 mm × 1,3 mm, tendo uma carga de ruptura não inferior a 49 kN), ou numa corrente com uma resistência equivalente, devendo cada um desses dispositivos ser tesado por meio de um esticador de 32 mm. Quando forem utilizadas cintas de aço, pode ser utilizado um guincho esticador, juntamente com um braço de travamento, para substituir o esticador de 32 mm, desde que haja chaves adequadas para ajustar as peias como for necessário. Quando forem utilizadas cintas de cabo de aço, deverão ser utilizados pelo menos três grampos para prender as extremidades. Quando forem utilizados cabos de aço, deverão ser utilizados pelo menos três grampos para fazer olhais nas peias.

.7 Durante a viagem a peiação deverá ser inspecionada regularmente e ajustada onde for necessário.

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Parte B

Cálculo dos supostos momentos de adernamento e suposições gerais

1 Suposições gerais

1.1 Com a finalidade de calcular o momento de adernamento adverso devido a um deslocamento da superfície da carga de navios que transportam grãos a granel, deverá ser suposto que:

.1 Em compartimentos cheios em que tenha sido feito um rechego da carga de acordo com A 10.2, existe um espaço vazio sob todas as superfícies nas extremidades, tendo uma inclinação inferior a 30° em relação à horizontal, e que o espaço vazio é paralelo à superfície das extremidades, tendo uma profundidade média calculada de acordo com a fórmula:

Vd = Vd1 + 0,75 (d – 600) mm

Onde:

Vd = profundidade média do espaço vazio em milímetros

Vd1 = profundidade padrão do espaço vazio, fornecida pela tabela B 1-1 abaixo

d = profundidade real da longarina em milímetros.

Em nenhuma hipótese deverá ser suposto que Vd seja inferior a 100 mm. Tabela B 1-1

Distância da extremidade ou da lateral da escotilha até a extremidade do compartimento (metros)

Profundidade padrão do espaço vazio (Vd1)

(milímetros) 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 570 530 500 480 450 440 430 430 430 430 450 470 490 520 550 590

(1) Para distâncias até a extremidade do compartimento superiores a 8,0 m, a profundidade padrão do espaço vazio (Vd1) deverá ser extrapolada linearmente, aumentando 80 mm para cada aumento de 1,0 m do comprimento.

(2) Nos cantos de um compartimento, a distância até a extremidade do compartimento deverá ser a distância perpendicular medida a partir da linha da longarina lateral da escotilha, ou da linha do vau da extremidade da escotilha,

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até a extremidade do compartimento, a que for maior. A profundidade da longarina (d) deverá ser considerada como sendo a profundidade da longarina lateral da escotilha ou do vau da extremidade da escotilha, a que for menor.

(3) Quando houver um convés elevado afastado da escotilha, a profundidade média do espaço vazio, medida a partir da face inferior do convés elevado, deverá ser calculada utilizando a profundidade padrão do espaço vazio, juntamente com uma profundidade do vau da extremidade da escotilha, mais a altura do convés elevado.

.2 No interior de escotilhas cheias, e além de qualquer espaço vazio aberto existente na tampa da escotilha, existe um espaço vazio com uma profundidade média de 150 mm, medida para baixo até a superfície dos grãos, a partir da parte inferior da tampa da escotilha ou da parte superior da braçola lateral da escotilha, a que for menor.

.3 Num compartimento cheio, com a carga não rechegada, no qual seja dispensado o rechego além da periferia da escotilha com base no disposto em A 10.3.1, deverá ser suposto que a superfície dos grãos após o carregamento escorregará em todas as direções para o espaço vazio existente abaixo do teto do compartimento, formando um ângulo de 30° com a horizontal a partir da borda da abertura onde tem início o espaço vazio.

.4 Num compartimento cheio, com a carga não rechegada, no qual seja dispensado o rechego nas extremidades do compartimento com base no disposto em A 10.3.2, deverá ser suposto que a superfície dos grãos após o carregamento escorregará em todas as direções, afastando-se do local em que é feito o carregamento, formando um ângulo de 30° com a face inferior do vau da extremidade da escotilha. No entanto, se houver orifícios para carregamento nos vaus da extremidade da escotilha, de acordo com a tabela B 1-2, deverá ser suposto que a superfície dos grãos após o carregamento escorregará em todas as direções, formando um ângulo de 30° com uma linha traçada no vau da extremidade da escotilha, que representa a média entre os picos e as depressões existentes na superfície real dos grãos, como mostrado na figura B 1.

Tabela B 1-2 Diâmetro mínimo (mm) Área (cm2) Espaçamento máximo (m) 90 100 110 120 130 140 150 160 170 ou mais 63,6 78,5 95,0 113,1 133,0 154,0 177,0 201,0 227,0 0,60 0,75 0,90 1,07 1,25 1,45 1,67 1,90 2,00 no máximo

1.2 A descrição do padrão de comportamento da superfície dos grãos a ser suposta em compartimentos parcialmente cheios está contida em B 5.

1.3 Com o propósito de demonstrar o atendimento aos critérios de estabilidade estabelecidos em A 7, normalmente os cálculos de estabilidade do navio deverão se basear na suposição de que o centro de gravidade da carga num compartimento cheio, com a carga rechegada, está localizado no centro volumétrico de todo o compartimento de carga. Nos casos em que a Administração autoriza que seja levado em consideração o efeito dos espaços vazios supostos sobre a localização do centro

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de gravidade da carga em compartimentos cheios, com a carga rechegada, será necessário compensar o efeito adverso do deslocamento vertical da superfície dos grãos, aumentando o suposto momento de adernamento devido ao deslocamento transversal de grãos, da seguinte maneira:

momento de adernamento total = 1,06 × momento de adernamento transversal calculado. Em todos os casos, o peso da carga num compartimento cheio, com a carga rechegada, será o volume de todo o compartimento de carga dividido pelo fator de estiva.

Figura B1

1.4 O centro de gravidade da carga num compartimento cheio, com a carga não rechegada, deverá ser considerado como sendo o centro volumétrico de todo o compartimento de carga, sem dar qualquer desconto para os espaços vazios. Em todos os casos, o peso da carga será o volume da carga (em decorrência das suposições apresentadas em B 1.1.3 ou em B 1.1.4) dividido pelo fator de estiva.

1.5 Em compartimentos parcialmente cheios, o efeito adverso do deslocamento vertical da superfície dos grãos deverá ser levado em consideração da seguinte maneira:

(24)

momento de adernamento total = 1,12 × momento de adernamento transversal calculado. 1.6 Poderá ser adotado qualquer outro método igualmente eficaz para fazer a compensação exigida em B 1.3 e em B 1.5.

2 Suposto momento de adernamento volumétrico em um compartimento cheio, com a carga rechegada

Generalidades

2.1 O padrão do movimento da superfície de grãos refere-se a uma seção transversal que atravessa uma parte do compartimento que está sendo considerada, e o momento de adernamento resultante deve ser multiplicado pelo comprimento para obter o momento total pra aquela parte. 2.2 O suposto momento de adernamento transversal devido ao deslocamento de grãos é uma conseqüência das alterações finais da forma e da localização dos espaços vazios após os grãos terem se deslocado do bordo mais elevado para o bordo mais baixo.

2.3 Deverá ser suposto que após o deslocamento a superfície resultante dos grãos estará formando um ângulo de 15° com a horizontal.

2.4 Ao calcular a área máxima do espaço vazio que pode ser formado junto de um membro estrutural longitudinal, devem ser ignorados os efeitos de quaisquer superfícies horizontais como, por exemplo, flanges ou barras planas.

2.5 As áreas totais do espaço vazio inicial e do espaço vazio final deverão ser iguais.

2.6 Os membros estruturais longitudinais que sejam estanques a grãos podem ser considerados eficazes ao longo de toda a sua profundidade, exceto quando forem instalados como um dispositivo para reduzir o efeito adverso do deslocamento de grãos, devendo neste caso ser aplicado o disposto em A 10.9.

2.7 Uma divisória longitudinal não contínua pode ser considerada eficaz ao longo de todo o seu comprimento.

Suposições

Supõe-se nos parágrafos seguintes que o momento de adernamento total para um compartimento é obtido somando os resultados de cálculos separados referentes às seguintes partes:

2.8 Escotilhas de vante e de ré:

.1 Se um compartimento tiver duas ou mais escotilhas através das quais possa ser feito o carregamento, a profundidade do espaço vazio abaixo do teto, para cada parte ou partes existentes entre aquelas escotilhas, deverá ser determinada utilizando a distância para vante e para ré a partir do ponto intermediário entre as escotilhas.

.2 Após o deslocamento presumido de grãos, o aspecto do espaço vazio final deverá ser como o mostrado na figura B 2-1.

(25)

Figura B 2-1

(1) Se a área máxima do espaço vazio que pode ser formado junto à longarina em B for menor do que a área inicial do espaço vazio em baixo de AB, isto é, AB × Vd, deverá ser suposto que a área em excesso será deslocada para o espaço vazio final no bordo mais elevado.

(2) Se, por exemplo, a divisória longitudinal C for uma divisória que tenha sido instalada de acordo com A 10.9, ela deverá se estender pelo menos até 0,6 m abaixo de D ou de E, onde a profundidade for maior.

2.9

.1 Nas escotilhas e entre elas e o costado do navio sem divisória longitudinal:

Após o presumido deslocamento de grãos, o aspecto do espaço vazio final deverá ser como o mostrado na figura B 2-2 ou na figura B 2-3:

Figura B 2-2

(1) AB Qualquer área maior do que aquela que pode ser formada junto à longarina B deverá se deslocar para a área vazia final localizada na escotilha.

(2) CD Qualquer área maior do que aquela que pode ser formada junto à longarina E deverá se deslocar para a área final localizada no bordo mais elevado.

(26)

.2 Nas escotilhas e entre elas e o costado do navio com divisória longitudinal:

Figura B 2-3

(1) A área vazia em excesso localizada em AB se deslocará para a metade da escotilha localizada no bordo mais baixo, onde serão formadas duas áreas vazias finais separadas, uma junto à divisório localizada na linha de centro e outra junto à braçola e a longarina laterais da escotilha no bordo mais elevado.

(2) Se sob a escotilha for instalado um espaço de carga provisório para grãos em sacos ou em fardos, para o efeito de calcular o momento de adernamento transversal deverá ser suposto que aquele dispositivo é pelo menos equivalente a uma divisória localizada na linha de centro.

(3) Se a divisória localizada na linha de centro tiver sido instalada de acordo com A 10.9, ela deverá se estender até pelo menos 0,6 m abaixo de H ou de J, onde a profundidade for maior.

Compartimentos carregados em conjunto

Os parágrafos a seguir descrevem o padrão de comportamento dos espaço vazios que deverá ser suposto quando compartimentos forem carregados em conjunto:

2.10 Sem divisórias eficazes na linha de centro:

.1 Abaixo do convés mais de cima – como para um arranjo de um único convés apresentado em B 2.8.2 e em 2.9.1.

.2 Abaixo do segundo convés – deverá ser suposto que a área do espaço vazio que poderá se deslocar a partir do bordo mais baixo, isto é, a área do espaço vazio original menos a área junto à longarina lateral da escotilha, se deslocará da seguinte maneira: a metade em direção à escotilha do convés mais de cima, um quarto em direção ao bordo mais elevado abaixo do convés mais de cima e um quarto em direção ao bordo mais elevado abaixo do segundo convés.

.3 Abaixo do terceiro convés e de conveses mais baixos – deverá ser suposto que a área dos espaços vazios que poderão se deslocar a partir do bordo mais baixo de cada um destes conveses se deslocará em quantidades iguais em direção a todos os espaços vazios existentes sob os conveses no bordo mais elevado e para o espaço vazio existente na escotilha do convés mais de cima.

(27)

2.11 Com divisórias eficazes na linha de centro que se estendam até a escotilha do convés mais de cima:

.1 No nível de todos os conveses, perpendicularmente à divisória, deverá ser suposto que os espaços vazios que poderão se deslocar a partir do bordo mais baixo se deslocarão para o espaço vazio embaixo na metade mais baixa da escotilha do convés mais elevado.

.2 No nível do convés imediatamente abaixo da parte inferior da divisória, deverá ser suposto que o espaço vazio que poderá se deslocar a partir do bordo mais baixo se deslocará da seguinte maneira: a metade do espaço vazio embaixo da metade mais baixa da escotilha do convés mais de cima e o restante dos espaços vazios, em quantidades iguais, se deslocará para os espaços vazios embaixo dos conveses no bordo mais elevado.

.3 No nível dos conveses mais baixos do que os mencionados em B 2.11.1 ou B 2.11.2, deverá ser suposto que o espaço vazio que poderá se deslocar a partir do bordo mais baixo de cada um desses conveses se deslocará, em quantidades iguais, para os espaços vazios existentes em cada uma das duas metades da escotilha do convés mais de cima, de cada lado da divisória, e para os espaços vazios sob os conveses no bordo mais elevado.

2.12 Com divisórias efetivas na linha de centro, que não se estendam até a escotilha do convém mais elevado:

Como não deve ser suposto que ocorram deslocamentos horizontais de espaços vazios no mesmo nível da divisória, deverá ser suposto que o espaço vazio que poderá se deslocar a partir do bordo mais baixo naquele nível se deslocará por cima da divisória para os espaços vazios existentes no bordo mais elevado, de acordo com os princípios apresentados em B 2.10 e em B 2.11.

3 Suposto momento de adernamento volumétrico em um compartimento cheio, com a carga não rechegada

3.1 Todas as determinações para compartimentos cheios, com a carga rechegada, apresentadas em B 2, deverão se aplicar também a compartimentos cheios, com a carga não rechegada, exceto como observado abaixo.

3.2 Em compartimentos cheios, com a carga não rechegada, nos quais seja dispensado o rechego da carga além da periferia da escotilha com base no disposto em A 10.3.1:

.1 deverá ser suposto que a superfície resultante dos grãos após o deslocamento formará um ângulo de 25° com a horizontal. No entanto, se em qualquer parte do compartimento, por ante-a-vante, por ante-a-ré ou pelo través da escotilha, a área transversal média do espaço vazio naquela parte for igual ou inferior à área que seria obtida aplicando o disposto em B 1.1, o ângulo da superfície dos grãos após o deslocamento naquela parte do compartimento deverá ser suposto como sendo de 15° em relação à horizontal; e

(28)

.2 deverá ser suposto que a área do espaço vazio existente em qualquer seção transversal do compartimento será a mesma, tanto antes como depois do deslocamento de grãos, isto é, deverá ser suposto que não ocorrerá um carregamento adicional no momento do deslocamento de grãos.

3.3 Em compartimentos cheios, com a carga não rechegada, nos quais seja dispensado o rechego da carga nas extremidades por ante-a-vante e por ante-a-ré da escotilha, com base em A 10.3.2:

.1 deverá ser suposto que, após o deslocamento de grãos, a superfície resultante dos grãos pelo través da escotilha formará um ângulo de 15° em relação à horizontal; e

.2 deverá ser suposto que, após o deslocamento de grãos, a superfície resultante dos grãos nas extremidades por ante-a-vante e por ante-a-ré da escotilha formará um ângulo de 25° em relação à horizontal.

4 Supostos momentos de adernamento volumétricos em dutos

Após o deslocamento pressuposto de grãos, o aspecto do espaço vazio final será como o mostrado na figura B 4:

Figura B 4

Se a carga existente nos espaços laterais em direção ao duto não puder ser corretamente rechegada de acordo com A 10, deverá ser suposto que após o deslocamento a superfície dos grãos formará um ângulo de 25° em relação à horizontal.

5 Suposto momento de adernamento volumétrico em um compartimento parcialmente cheio

5.1 Quando a superfície livre de grãos a granel não tiver sido contida de acordo com A 16, A 17 ou A 18, deverá ser suposto que, após o deslocamento de grãos, a superfície dos grãos formará um engulo de 25° em relação à horizontal.

(29)

5.2 Num compartimento parcialmente cheio, uma divisória, se houver, deverá se estender a partir de uma distância correspondente a um oitavo da largura máxima do compartimento acima do nível da superfície dos grãos, até a mesma distância abaixo da superfície dos grãos.

5.3 Num compartimento em que as divisórias longitudinais não forem contínuas entre as extremidades transversais do compartimento, deverá ser considerado que o comprimento ao longo do qual essas divisórias são eficazes como dispositivos para impedir deslocamentos da superfície dos grãos é o verdadeiro comprimento da parte da divisória que estiver sendo considerada, menos dois sétimos das maiores distâncias transversais entre a divisória e a divisória adjacente a ela, ou ao costado do navio. Esta correção não se aplica nos compartimentos mais baixos quando estiver sendo feito qualquer carregamento conjunto no qual o compartimento mais de cima for um compartimento cheio ou um compartimento parcialmente cheio.

6 Outras suposições

Uma Administração, ou um Governo Contratante agindo em nome de uma Administração, pode autorizar desvios das suposições contidas neste Código quando considerar isto justificável, no que diz respeito ao disposto com relação ao carregamento ou aos arranjos estruturais, desde que sejam atendidos os critérios estabelecidos em A 7. Quando esta autorização for concedida com base nesta regra, os detalhes deverão estar contidos no documento de autorização ou nos dados relativos ao carregamento dos grãos.

Referências

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