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AUTOR(ES): ROSILIANNE LUZ ALONSO DA SILVA, CHRISTIANE NUNES CAETANO, GABRIELA DE MELO, VIVIANE FERREIRA DE LIMA

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Academic year: 2021

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TÍTULO: REFLEXÃO SOBRE ÁGUA VIRTUAL E PEGADA HÍDRICA TÍTULO:

CATEGORIA: EM ANDAMENTO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ÁREA:

SUBÁREA: GEOGRAFIA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: FACULDADE PERUIBE INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): ROSILIANNE LUZ ALONSO DA SILVA, CHRISTIANE NUNES CAETANO, GABRIELA DE MELO, VIVIANE FERREIRA DE LIMA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CÉLIA DE LIMA PIZOLATO ORIENTADOR(ES):

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Iniciação científica

CONIC - SEMESP

Título : REFLEXÃO SOBRE ÁGUA VIRTUAL E PEGADA HÍDRICA

Categoria : em andamento

Instituição : Faculdade Peruíbe –UNISEPE ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

SUB. ÁREA: CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Autores: Christiane Nunes Caetano; Contábeis

Gabriela de Melo, - Contábeis Viviane Ferreira de Lima- adm

Rosilianne Luz Alonso da Silva- Contábeis

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RESUMO

O planeta passa por uma crise hídrica sem precedente, no Brasil, principalmente o Estado de São Paulo, vivenciou na prática da sua rotina a maior crise pela escassez deste bem natural essencial à vida no ano de 2014. A presente pesquisa procura estudar e refletir sobre um novo conceito denominado “Água Virtual” e identificar sua origem e estudiosos relacionados. A pesquisa também abordará e identificará a diferença entre pegada hídrica e água virtual através dos conceitos.

Palavras Chave: Água Virtual, Produção, Bens e Serviços.

INTRODUÇÃO

Desde o início do século a água e seu desperdício vêm sendo o assunto de maior prioridade. A escassez de água é um problema ambiental cujos impactos podem aumentar grave e constantemente em decorrência do uso inadequado dos recursos hídricos, caso os mesmos não sejam reavaliados pelos países. Não podemos considerar mais a água como um recurso natural inesgotável.

Segundo a Sabesp em 2016, os maiores consumidores diários de água virtual são a agricultura e a pecuária com 82,8%, correspondendo a 961m³ por dia. Já a Indústria consome 6,7% e o abastecimento humano cerca de 10%.

Com essas informações é possível identificar os maiores consumidores desse bem precioso e desenvolver reflexão de melhoria que possibilite a sua redução para o bem da humanidade.

A água vem sendo explorada sem que as consequências sejam mensuradas, usada muitas vezes como impulso para o desenvolvimento em

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diversos setores.

Levando tais fatos em consideração em 1993, o cientista John Anthony Allan realizou estudos que criaram o conceito de “água virtual”, tema de reflexão e objeto de estudo deste trabalho.

A escassez de água doce é um dos elementos da extensa lista de desafios enfrentados pela atualidade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em cada três pessoas no mundo – algo em torno de 2,4 bilhões de indivíduos – não têm acesso a serviços de saneamento básico e água potável. Pelo exposto observam-se quantas pessoas não tem o mínimo para assegurar sua existência com relação a esse bem necessário a sua existência. Essa urgência segue contemporânea até 2030. Alcançar o acesso universal e equitativo à água potável e segura para toda a população mundial é um dos maiores desafios para um crescimento sustentável colaborando para melhoria da qualidade de vida.

OBJETIVO

A proposta deste trabalho é conceituar água virtual e conscientizar a população sobre a quantidade de água utilizada em determinados produtos, incentivando o consumo sustentável e consciente dos produtores, mostrando a eles o impacto ambiental hídrico causado pela má utilização desse recurso.

METODOLOGIA

Este estudo conceitual segue a pesquisa descritiva da metodologia científica proposta por Gil (2002), com base em livros, artigos, periódicos, documentos,

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revistas, para o aprimoramento das explicitações e constituição da essência da origem da palavra concernente aos impactos decorrentes da crise hídrica e aplicados nos meios de produção e serviços.

Serão feitos estudos sobre o consumo e os impactos ambientais no Brasil, suas tributações, análises dos impactos negativos destas aplicações ao sistema ambiental, avaliação dos consumos água virtual e de que modo estes interferem e afetam nos aspectos socioeconômicos e ambientais.

DESENVOLVIMENTO

Água virtual é a quantidade de água utilizada na produção de bens, produtos ou serviços. Não apenas incorporada, mas também levando em conta a água necessária em toda cadeia produtiva, desde a matéria-prima até o consumo.

O termo "Virtual water" foi dado por A. J. Allan, professor da School of Oriental & African Studies da University of London, na década de 90. Anteriormente foi chamado pelo autor de "embedded water", expressão que não teve sucesso, acabando em segundo plano. O auge da expressão "virtual water" passou a ser quando o grupo liderado por A. Y. Hoekstra da University of Twente (Enschede), na Holanda, e UNESCO-IHE Institute for Water Education efetuaram um trabalho de identificação e quantificação dos fluxos do comércio de "virtual water" entre os países, gerando o funcionamento do conceito.

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http://www.stipdaenit.org.br/noticia_ler.php?id=219

Essa água, muitas vezes utilizada em quantidade acima do esperado, deve ser considerada na escolha do consumo de certos produtos. Seu uso acontece nas etapas de produção, manipulação e industrialização das mercadorias, sendo inúmeras vezes maiores que a água existente no bem final.

Segundo dados da Organização Internacional Water footprint (responsável pela criação da calculadora que mede a pegada hídrica), somente para a produção de um único litro de leite, são utilizados cerca de mil litros de água. Existe muito mais água embutida na fabricação de um produto do dia a dia que as pessoas possam imaginar.

A água virtual está relacionada ao comércio indireto da água, embutida em determinados produtos, especialmente nas commodities agrícolas, enquanto in natura. Portanto, toda água utilizada no processo de produção de um bem industrial ou agrícola pode ser intitulada como água virtual.

O assunto sobre água virtual abre profundos questionamentos. Um deles exerce pouca influência no Brasil, é o caso da produção de alimentos, principal

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referência de David Pimentel (2004), que aponta a mudança da dieta alimentar como uma possibilidade de diminuição do consumo de água na produção de alimentos. Pimentel diz que há a necessidade de reestruturar o cardápio, tornando ele mais “sustentável”.

A água Virtual e a Pegada Hídrica

Fatores como o tipo de fonte, quantidade de água utilizada num produto, sua localização, entre outros, somado ao uso da Água Virtual nos provê a chamada

Pegada Hídrica.

A Pegada Hídrica consiste no volume total de água usada na fabricação de bens e serviços, bem como seu consumo direto e indireto no processo de produção. Seu cálculo é influenciado pela disponibilidade ou escassez de água num ecossistema, variando de região para região. Através dela, nos é permitido solucionar os efeitos de escassez de água. Mas para compreender sua importância, é preciso entender que a maior parte de água que consumimos diariamente não vem das nossas torneiras e sim dos produtos que utilizamos, desde a água utilizada para o crescimento de produtos agrícolas até a confecção de uma camiseta de algodão.

Alguns produtos contêm uma pegada hídrica maior que outros, como o açúcar, o arroz e a carne bovina, que para cada quilo produzido, segundo a Water footprint, consomem respectivamente 1.800, 2.500 e 15.400 litros de água. Informações da WWF indicam também que os vestuários, como a camiseta de algodão e os sapatos, consomem uma média de 8.000 e 2.900 litros de água em cada unidade produzida.

Esses dados nos mostram que o impacto ambiental de um item está contido nele, antes mesmo de ser comercializado e chegar a nossas casas.

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A escassez hídrica em algumas partes do mundo é considerada um comércio mundial de água, na figura de bens e produtos. Regiões que dispõem de quantidade maior de água produzem bens para atender aquelas que possuem pouca. Esse método passa a representar um problema para as regiões produtoras, pois devido à falta de mecanismos adequados de gestão dos seus recursos hídricos, começam a explorá-los em um ritmo superior à capacidade de regeneração do ambiente.

Há quatro principais motivos que determinam a pegada hidrológica de um país: o volume de consumo (em relação ao Produto Interno bruto - PIB), o padrão de consumo, as condições climáticas e as práticas agrícolas (uso eficiente da água).

No Brasil, ao ano é consumido 2.027 m³ per capita de água, e ainda tem-se fora das fronteiras do país 9% da sua pegada hídrica, o que quer dizer que exportamos água através de nossos produtos.

Na Tabela 1, podemos observar a quantidade de água gasta para a produção de certos produtos:

Produtos Quantidades Consumo de Água em Litros

Pizza Marguerita 1 Unidade 1.259 L.

1.259L.

Laranja 1 Kg 560 L.

Leite 250 ml 255 L.

Açúcar a partir da cana de açúcar 1 Kg 1.782 L.

Arroz 1 kg 2.597 L.

Carne de bovina 1 Kg 15.415 L.

Carne de Frango 1 kg 4.325 L.

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Com as informações referentes na Tabela 1, é possível identificarmos o consumo por litros de água para a produção de cada produto e repassar ideias inovadoras e tecnológicas para medidas alternativas de produção que reduza ou substitua este consumo. Como exemplo, podemos reduzir o consumo de carne bovina e adquirir carne de frango.

Vale ressaltar que, no Brasil, já existem empresas que utilizam o cálculo da pegada hídrica, preocupados com o meio ambiente, são elas a Natura, a Fibria e a Ambev.

No conceito Água Virtual é a água utilizada para a fabricação de bens e Pegada Hídrica o volume total de Água Virtual utilizada na produção desses bens.

Para refletir: “Precisa-se desconstruir a percepção de que a água vem apenas

da torneira e que simplesmente consertar um pequeno vazamento é o bastante para assumir uma atitude sustentável”, ressalta Albano Araújo, coordenador da Estratégia de Água Doce do Programa de Conservação da Mata Atlântica e das Savanas Centrais da The Nature Conservancy.

RESULTADOS PRELIMINARES

O trabalho encontra-se em andamento, no entanto pode-se entender que com a ausência e redução de recursos hídricos podemos introduzir ações para evitar os desperdícios deste bem tão essencial para a humanidade, preservando, agindo com atitudes conscientes e exercendo ações práticas que promovam o consumo racional do objeto de estudo.

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Portanto, como alternativas na redução do desperdício de recursos hídricos, propõe-se práticas que garanta a sociedade como um todo o uso consciente deste bem necessário para a vida no planeta.

Governantes também devem administrar e viabilizar políticas públicas eficazes e de forma responsável aos recursos hídricos de seus países, iniciar estudos inovadores e tecnológicos sobre como controlar a quantidade de água utilizada na produção de bens de consumo e produção de ativos biológicos na agricultura. Diminuir o desperdício e o uso inadequado devem fazer parte das práticas sustentáveis de todos, além de levar em consideração a quantidade de água que é exportada e agregada aos produtos.

Sugere-se a adoção de Campanhas Explicativas, demostrando a estimativa de cálculo de consumo de água utilizada por cada brasileiro diariamente. Assim como a promoção de pesquisas e ações de conscientização na Faculdade Peruíbe, onde a investigação está sendo construída, também se tornam importantes para o aprofundamento dos conhecimentos de Água Virtual e Pegada Hídrica.

FONTES CONSULTADAS

ALLAN, J. A. Virtual Water: a strategic resource. Global solutions to regional

deficits. GroundWater, v. 36, n. 4, p. 545-546, 1998.

GIL, Antonio Carlos, Como Elaborar um Projeto de Pesquisa.Editora Atlas, 4ª edição,S.P 2002.

http://profjabiorritmo.blogspot.com.br/2014/01/conceitos-de-agua-virtual-e-pegada.html, acesso em 10/05/2017.

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PIMENTEL, D. et al. Water Resources: Agricultural and Environmental Issues. Bioscience, v. 54 n. 10, p. 909-918, Out. 2004.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-753X2007000200006#nt0 1 acesso em 12/06/2017.

http://thecityfixbrasil.com/2016/03/31/a-agua-que-gastamos-sem-notar-e-o-que-nao-sab emos-sobre-pegada-hidrica/ acesso em 15/6/2017.

https://pt.slideshare.net/caperuzavallejo/0000-agua-virtual-y-huella-hidrica?nomobile=tru e acesso 15/06/2017.

Revista Planeta, edição 529, 09/05/2017, “Água virtual e consumo consciente ”

Referências

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