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Intervenções de Enfermagem Promotoras da Autonomia e Segurança na Mobilidade de Pessoas Idosas no Domicílio

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Intervenções de Enfermagem Promotoras da Autonomia e

Segurança na Mobilidade de Pessoas Idosas no Domicílio

LUÍS FILIPE DA SILVA MENDES

JOÃO CARLOS BARREIROS DOS SANTOS

Dezembro de 2016

APER 2016 - Congresso Internacional de Enfermagem de Reabilitação

II Seminário Internacional de Atualidades em Enfermagem de

(2)

Sumário

• Introdução

• Problemática

• Enquadramento teórico

• Metodologia

• Resultados

• Discussão

• Conclusão

(3)

Introdução

• Entre 1960 e 2004, a população idosa portuguesa duplicou

• Prevê-se que em 2050 seja de 32% da população total

• Atenção especial às pessoas idosas em situação de vulnerabilidade:

– a idade avançada,

– as alterações sensoriais,

– a desnutrição,

– o risco de quedas,

– a incontinência de esfíncteres ,

– a polimedicação.

• Atitude preventiva da ocorrência de quedas e as suas consequências.

• Elaboração de um Programa de Prevenção de Quedas no Domicílio de

modo a diminuir a incidência de quedas.

• Avaliação e triagem de ambientes de risco em associação com exames de

saúde do idoso e programas de intervenção são eficazes na redução da

incidência de quedas (Tamara, 2005).

(4)

Problemática

• Objetivo

– Conhecer os factores de risco presentes nas

situações de queda de forma a tornar o programa

de prevenção a elaborar, mais adequado à

realidade e portanto mais eficaz;

►Clarificar o Papel do Enfermeiro

Especialista,nomeadamente as Intervenções de

Enfermagem Promotoras da Autonomia e

Segurança na Mobilidade de Pessoas Idosas no

Domicilio.

(5)

Enquadramento teórico

• Impacto do Envelhecimento na Autonomia e

Segurança das Pessoas Idosas

(Lwarsson; Horstmann et al, 2008)

• Impacto na Funcionalidade

(

Lwarsson; Horstmann et al, 2008; Rubenstein e

Josephson, 2006)

• Queda no idoso

(Pluijm; Smit et al , 2006; Letts, Moreland et al , 2010 ; Rubenstein e

Josephson, 2006; Sherrington; Lord et al , 2009)

– Fatores de risco

– Consequências das quedas

• O papel do Enfermeiro Especialista em

Reabilitação na implementação do Programa de

Prevenção de Quedas

(Letts, Moreland et al , 2010 ; Rubenstein e Josephson, 2006;

Tse, 2005)

(6)

Metodologia

• Tipo de estudo

– estudo exploratório, descritivo e transversal

(Fortin, 2009)

– identificar os factores de risco presentes na queda do idoso no

domicílio.

• População

– doentes internados num serviço de ortopedia de um hospital

central em consequência de uma queda no domicílio.

• Amostra

– esta amostra foi constituída por 36 pessoas, das quais 80,6% do

género feminino e 19,4% do género masculino.

– os participantes no estudo têm idades compreendidas entre 65

e 94 anos, com uma média de 80,2 anos.

(7)

Metodologia

• Instrumento de colheita de dados

– variáveis: idade, género, diagnóstico, história de

queda, actividade que estava a realizar, factores de

risco intrínsecos e extrínsecos.

– validação do questionário por dois peritos.

• Considerações éticas

– consentimento informado livre e esclarecido;

– anonimato;

– cessação de participar na investigação em qualquer

momento.

(8)

Resultados

Consequências

Género

M

F

Total

%

%

%

Fracturas do colo do fémur

7

19,4

21

58,3

28

77,7

Fracturas do membro superior

-

0,0

4

11,1

4

11,1

Fractura do acetábulo/bacia

-

0,0

2

5,6

2

5,6

Outras fracturas do m. inferior

-

0,0

2

5,6

2

5,6

Total

7

19,4

29

80,6

36

100,

0

(9)

Resultados

• A maioria vive acompanhado (72,2%);

• Quedas repetidas em 55,6%;

• Dos 55,6% (20) indivíduos com queda repetida 19,5%

apresentaram alteração das actividades habituais após a

queda:

– medo em cair novamente (11,1%)

– dificuldade para andar (5,6%)

– presença de imobilização gessada (2,8%)

• Queda durante o dia (58,3%)

(10)

Resultados

Actividade no momento da queda

%

Andar

19

52,8

Descer escadas

5

13,9

Transferência

5

13,9

Rodar

3

8,3

Actividades domésticas

2

5,6

Sentado em cadeira

1

2,8

Subir rampa

1

2,8

Total

36

100,0

(11)

Resultados

Motivo da queda

%

Desequilíbrio

12

33,3

Diminuição de força nos membros inferiores

12

33,3

Tonturas/vertigens

9

25,0

Desorientação

8

22,2

Escorregou

7

19,4

Tropeçou

6

16,7

Não atribuíram causa

2

5,6

(12)

Resultados

Factores de risco relacionados com o indivíduo

%

Alterações do equilíbrio e da marcha, com diminuição da força

muscular

dos

membros

inferiores,

rigidez

articular

e

dor

associada ao desgaste das articulações

22

61,1

História de quedas repetidas

20

55,6

Idade avançada

17

47,2

Alterações da visão

16

44,4

Tonturas e vertigens

14

38,9

Alterações da audição

9

25,0

Quadros de confusão mental e de demência

7

19,4

Comportamento de risco*

4

11,1

Doença cardiovascular (arritmias cardíacas; hipotensão postural)

2

5,6

Presença de imobilização gessada

1

2,8

(13)

Resultados

Factores de risco relacionados com o ambiente

%

Calçado inadequado

12

33,3

Ausência de dispositivo de apoio para a marcha

9

25,0

Chão molhado

4

11,1

Escadas sem corrimão e degraus

3

8,3

Iluminação deficiente e interruptores de difícil acesso para

serem accionados

3

8,3

Animais domésticos

2

5,6

Tapetes soltos

2

5,6

Mobiliário inadequado

2

5,6

Existência de objectos espalhados pelo chão

2

5,6

Fios de telefone ou de outros aparelhos no chão

1

2,8

Objectos colocados em locais altos e de difícil acesso

1

2,8

Ausência de acompanhamento, por parte da família/cuidador

1

2,8

(14)

Discussão

• Principais resultados

– Queda durante a marcha (52,8%);

– Principais motivos de queda: desequilíbrio, diminuição da força nos

membros inferiores, tonturas/vertigens e desorientação;

– Fatores risco intrínsecos – alterações do equilíbrio e marcha, idade

avançada, história de quedas repetidas, alterações sensoriais e

alteração cognitiva ;

– Factores risco extrínseco – calçado inadequado, ausência de

dispositivo de apoio para a marcha, chão molhado, escadas sem

corrimão e animais domésticos.

• Implicações teóricas

– O estudo contribuiu para conhecer os principais fatores de risco de

queda intrínsecos e extrínsecos;

– Os fatores de risco intrínsecos são os mais avaliados nas Escalas de

risco de queda;

(15)

Discussão

• Implicações práticas

– Articulação entre o hospital e centro de saúde

– Elaboração de um Programa de prevenção de quedas

• Objetivos : Identificar os factores de risco presentes nas situações

de queda de idosos; Implementar processos de ensino/instrução e

treino à pessoa/família/cuidador, desenvolvendo estratégias de

aprendizagem e de adaptação.

• Participantes: pessoa idosa internada com história de queda

• Atividades: avaliação da pessoa (fatores intrinsecos e

extrinsecos); Planeamento de intervenções dirigidas a idosos

(sessões de ensino individuais, instrução/treino de exercícios para

melhorar a função motora) e preparação do regresso a casa (visita

domiciliária pelos enfermeiros da comunidade)

• Avaliação: re-internamentos e reincidência de queda (indicadores

de resultado )

(16)

Discussão

• Limitações

– Tamanho da amostra

• Dificuldade

– Morosidade na autorização para aplicação dos questionários

– Não estão acessíveis estudos portugueses sobre a temática

• Recomendações para futuras investigações

– Replicar o estudo com amostra mais alargadas

– Utilização de instrumentos de avaliação de risco válidos e fiáveis

– Estudo de avaliação económica para determinar os ganhos

deste tipo de programas de prevenção de queda

• Custo efectividade (nº de quedas evitadas )

• Custo utilidade (Qualidade de vida)

(17)

Conclusão

• As quedas representam um sério problema para as pessoas idosas e

estão associadas a elevados indíces de morbi - mortalidade,

redução da capacidade funcional e institucionalização;

• A maioria das quedas resultam da combinação da idade, estado de

saúde do idoso e factores ambientais;

• Conhecer todos os factores de risco de quedas e delinear

estratégias para as prevenir, sobretudo em idosos de alto risco,

com história de quedas repetidas e com múltiplos factores de risco;

• Implementar programas a nível do serviço, será uma mais valia na

redução de internamentos e reinternamentos, derivado das

consequências das quedas;

• Promover a formação de profissionais de saúde, sobre segurança na

habitação e prevenção de acidentes com pessoas idosas.

(18)

Bibliografia

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SHERRINGTON,Catherin; LORD, Stephen R et al.- Minimising disability and falls in older people through a post- hospital exercise program : a protocol for a randomised controlled trial and economic evaluation.

(19)

Intervenções de Enfermagem Promotoras da Autonomia e

Segurança na Mobilidade de Pessoas Idosas no Domicílio

LUÍS FILIPE DA SILVA MENDES

ORIENTADOR: JOÃO CARLOS BARREIROS DOS SANTOS

2016

2º CURSO DE MESTRADO EM ENFERMAGEM

ÁREA DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM

Referências

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