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TERMO DE REFERÊNCIA DIAGNÓSTICO DA CADEIA DA RESTAURAÇÃO FLORESTAL NA REGIÃO DE MATOPIBA

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Academic year: 2021

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TERMO DE REFERÊNCIA

DIAGNÓSTICO DA CADEIA DA RESTAURAÇÃO

FLORESTAL NA REGIÃO DE MATOPIBA

Taking Deforestation out of the Commodities Supply Chains Número do Projeto na CI: 1000563

UNDP Project 5896/ BRA/17/G31 TERMO DE REFERÊNCIA Nº 015/2018

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1. CONTEXTO

O crescimento projetado da população global e o aumento esperado na renda bruta per capita deverão aumentar a demanda global por commodities agrícolas tais como a soja nas próximas décadas. O Brasil é um dos poucos países com a capacidade para satisfazer essa demanda e expandir sua produção, sendo que é improvável que a demanda por commodities agrícolas possa ser atendida no futuro somente por meio de aumento da produtividade. A produtividade no Brasil já está entre as mais altas no mundo.

Baseado nas tendências mais recentes, é mais provável que a demanda crescente seja absorvida por meio de expansão da área cultivada. Como o setor de processamento se comprometeu, em 2006, com a moratória de soja oriunda de expansão no bioma Amazônia, 80% da expansão desde 2006 ocorreu no Sul do país (Paraná e Rio Grande do Sul), Mato Grosso e na região conhecida como Matopiba1. Nesta última, a expansão ocorreu certamente em parte sobre áreas que não podiam sofrer conversão de vegetação nativa em área de cultivo agropecuário, além disso se continuar de forma mal planejada pode vir a ser uma grande ameaça para o Cerrado, uma vez que mais de 40% dos remanescentes de vegetação nativa deste bioma estão localizados no Matopiba (Figura 1).

Nesse contexto, o Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility – GEF) iniciou no seu sexto ciclo de financiamento de projetos, o apoio a uma abordagem mais integrada e sistêmica (GEF IAP Commodities, também conhecida como The Good Growth Partnership) que visa combater o desmatamento nas cadeias produtivas de soja, óleo de palma e carne, em países como o Brasil, Indonésia, Libéria e Paraguai. No Brasil, essa iniciativa foi nomeada de GEF-Matopiba, pois aborda a cadeia produtiva de soja oriunda daquela região.

Será dado apoio aos esforços para mobilizar as indústrias de processamento, traders, o varejo e os consumidores sobre a soja de origem responsável, promovendo a demanda por soja produzida de forma sustentável, além de trabalhar junto a bancos e instituições financeiras, apoiando o desenvolvimento e aplicação de ferramentas financeiras e incentivos para a soja sustentável. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) é a agência do GEF no Brasil para esse projeto, tendo a Conservação Internacional (CI) como a instituição implementadora e responsável pelo componente de Produção Sustentável, o World Wildlife Fund (WWF) pelo componente de Demanda Responsável e o International Finance Corporation (IFC) pelo componente de Transações Financeiras.

Especificamente, a iniciativa concentra-se nos polos onde a produção de soja tem se expandido mais rapidamente, definidos aqui também como áreas focais: Barreiras, na Bahia, e Palmas-Porto Nacional, no Tocantins. Nessas regiões, a iniciativa do GEF selecionou 10 municípios em duas áreas focais2, onde atividades estratégicas serão desenvolvidas, basicamente, com o intuito de:

• Apoiar aos produtores para adequação ao Código Florestal;

• Promover o uso de boas práticas agrícolas e de produção sustentável; • Apoiar a identificação de áreas para expansão futura da soja e para a

conservação.

1 Acrônimo referente a territórios nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

2 Polo Barreiras: Barreiras, Formosa do Rio Preto, Luis Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e São Desidério. Polo Palmas/Porto Nacional: Monte do Carmo, Palmas, Porto Nacional, Santa Rosa do Tocantins e Silvanópolis.

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3 O novo Código Florestal (Lei nº 12651/2012) reformulou e estabeleceu as exigências de conservação e recuperação da vegetação por meio das Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL), além dos instrumentos legais do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e do Programa de Regularização Ambiental (PRA). A meta brasileira apresentada na 21ª Conferência das Partes da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP 21), realizada em Paris, em 2015, e ratificada em setembro de 2016, compromete-se, por exemplo, com a restauração florestal de 12 milhões de hectares de áreas degradadas. Outros marcos legais importantes instituídos recentemente pelo governo brasileiro foram a Política Nacional para a Recuperação da Vegetação Nativa – Proveg (Decreto nº 8972/2017) e o Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa – Planaveg (Portaria nº 230 de 14/11/17).

O desafio para implementar tudo o que está previsto nessas normativas comprova a relevância, urgência e a necessidade de alavancagem que a agenda de restauração florestal no Brasil precisará ter daqui para frente. Em Matopiba, a fronteira agrícola mais dinâmica no país, não é diferente. Para tanto, será necessário fomentar e fortalecer a cadeia da restauração em nível regional, identificando os principais agentes envolvidos, gargalos, demandas, oportunidades, magnitude precisa do passivo ambiental, novas tecnologias disponíveis, alternativas de baixo custo e potencial econômico para viabilização de negócios.

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2. OBJETIVO

Realizar diagnóstico completo e contextualizado sobre a cadeia da restauração florestal na região do Matopiba.

2.1 Objetivos específicos:

2.1.1. Compilar os estudos e iniciativas de restauração florestal mais atuais na região de Matopiba nos aspectos relacionadas a questões econômicas, sociais, ambientais, legais e científicas.

2.1.2. Identificar os principais agentes envolvidos na cadeia da restauração na região do Matopiba, com ênfase nos municípios descritos no item 1.

2.1.3. Levantar os principais desafios e oportunidades para fortalecimento da cadeia da restauração na região do Matopiba, com ênfase nos municípios descritos no item 1.

2.1.4. Propor soluções e alternativas para o fortalecimento da cadeia da restauração na região do Matopiba correlacionado aos principais problemas identificados na fase de diagnóstico, com ênfase nos municípios descritos no item 1.

3. PRODUTOS

Diagnóstico completo e contextualizado sobre a cadeia da restauração florestal na região do Matopiba conforme tabela abaixo:

3.1 Plano de trabalho com metodologia e cronograma de execução detalhados.

3.2 Resumo dos estudos e iniciativas mais atuais sobre restauração florestal na região de Matopiba, abordando aspectos econômicos, sociais, ambientais, legais e científicos.

3.3 Mapeamento dos principais agentes (lista de contatos) atuantes na cadeia de restauração, bem como a descrição da relação entre eles, nos municípios abrangidos pelo projeto e regiões adjacentes que tenham envolvimento com a cadeia.

3.4 Análise crítica sobre as principais características, desafios, deficiências e oportunidades para o fortalecimento da cadeia da restauração nos municípios abrangidos pelo projeto e regiões adjacentes que tenham envolvimento com a cadeia.

3.5 Relatório apresentando recomendações para o desenho e implementação de uma estratégia de qualificação, capacitação, fortalecimento, incentivos e regularização dos agentes envolvidos na cadeia da restauração nos municípios abrangidos pelo projeto e regiões adjacentes que tenham envolvimento com a cadeia.

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4. INFORMAÇÕES ADICIONAIS

O contrato terá duração prevista de cerca de 90 dias e os pagamentos serão feitos da seguinte forma:

• 10% após entrega e aprovação do Produto 1 pela equipe técnica do projeto;

• 20% após entrega e aprovação do Produto 2 pela equipe técnica do projeto;

• 40% após entrega e aprovação dos Produtos 3 e 4 pela equipe técnica do projeto;

• 30% após entrega e aprovação do Produto 5 pela equipe técnica do projeto.

4.2 A proposta final deverá ser enviada contendo um valor total, fixo e irreajustável, em moeda corrente nacional (Real), em algarismos e por extenso, incluindo todos os custos das obrigações da licitante, incluídos as despesas de viagens.

4.2.1. Na eventual necessidade de realização de viagens com ou sem pernoite as mesmas deverão ter aprovação prévia da CI-Brasil através de seu representante e responsável do projeto e o valor deverá estar 100% contemplado no preço total do serviço, não tendo a CI-Brasil a obrigatoriedade de desembolsar qualquer erário sobre este item. São consideradas despesas de viagens: o transporte, a hospedagem e alimentação quando houver.

4.3 O valor total da proposta deve considerar todos os encargos, impostos e viagens. O orçamento deve mostrar os encargos e impostos incidentes e as alíquotas consideradas. 4.4 A proposta final não precisará conter as estimativas de custos com viagens discriminadas em sua composição de preços.

Os relatórios, bases de dados utilizadas e eventuais subprodutos (propostas técnicas, imagens, gráficos, tabelas, etc.) deverão ser entregues em formato digital e aberto.

5. SUBMISSÃO DE PROPOSTAS

Os interessados deverão apresentar propostas contendo:

Currículo para pessoa física ou portfolio para pessoa jurídica. • Proposta técnica e financeira.

• Metodologia de trabalho.

As propostas deverão ser enviadas em formato PDF, juntamente com os anexos, quando houver, por meio de mensagem eletrônica para o endereço acossio@conservation.org e pferreira@conservation.org indicando no campo assunto “TdR Diagnóstico restauração florestal Matopiba”.

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6 A seleção será realizada por meio de análise documental e eventual entrevista com finalistas.

6. PRAZOS

As propostas deverão ser encaminhadas até o dia 08/02/2018 para o endereço eletrônico definido no item 5 acima.

A CI-Brasil comunicará o resultado final diretamente a todos os proponentes até o dia

Referências

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