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LEI Nº /2009 CÓDIGO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE

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LEI Nº 14.675/2009

CÓDIGO ESTADUAL DO

MEIO AMBIENTE

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ELABORAÇÃO DO CÓDIGO ESTADUAL

• 2007: Determinação do Sr. Governador do Estado à FATMA – Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina para a elaboração de um código de meio ambiente estadual. Esta coordena os trabalhos de nove grupos técnicos formados por órgãos do governo, entidades da sociedade civil organizada e setor produtivo.

• 2008: Adequações e Melhoria propostas por entidades do setor produtivo. Trabalhos conduzidos pelas secretarias do Desenvolvimento Econômico Sustentável e Secretaria da Agricultura.

• 2008: Governo encaminha PL 0238/08 à ALESC. Realizadas 10 Audiências Públicas (+ de 7.000 pessoas participaram em todas as regiões de SC)

• 2009: Substitutivo Global é Aprovado sem voto contrário, 6.500 pessoas acompanham a votação na ALESC. A LEI nº 14.675 é sancionada pelo Governador Luiz Henrique em 13 de abril de 2009

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O QUE É O CÓDIGO? POR QUE FAZER UM

CÓDIGO?

CÓDIGO na terminologia jurídica, significa coleção de leis.

Denominação que se dá a todo conjunto de leis compostas pela autoridade competente, normalmente pelo Poder Legislativo, enfeixadas num só corpo e destinadas a reger a matéria, que faz parte, ou que é objeto de um ramo do Direito

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O QUE É O CÓDIGO DO MEIO AMBIENTE DE

SANTA CATARINA?

O

Novo Código Ambiental de Santa Catarina é uma sistematização da Lei Federal com importantes inovações que se aplicam às peculiaridades ambientais do território catarinense.

Com base no princípio da razoabilidade, o novo código visa a produção sustentável, ou seja, a proteção dos recursos naturais de maneira economicamente viável e socialmente justa.

A nova legislação está adequada à realidade ambiental, econômica e social do Estado de Santa Catarina, sempre com o intuito de proteção ao meio ambiente.

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FUNDAMENTAÇÃO CONSTITUCIONAL

PRINCÍPIO FEDERATIVO:

AUTONOMIA DOS ESTADOS;

COMPETÊNCIA CONCORRENTE (ART. 24, CF)

PRINCÍPIOS DO MEIO AMBIENTE ECOLOGICAMENTE EQUILIBRADO, DO FIM SOCIAL DA PROPRIEDADE, DA IGUALDADE E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA

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ÓRGÃOS DO SISTEMA ESTADUAL DO MEIO

AMBIENTE

•SECRETARIA DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTÁVEL como órgão central responsável pelo planejamento e formulação da Política Estadual do Meio Ambiente.

• FATMA e Polícia como órgãos executores.

• CONSEMA como órgão consultivo e deliberativo.

• ÓRGÃOS LOCAIS como órgãos de controle e fiscalização; • NOVO ÓRGÃO – Juntas Administrativas Regionais de Infrações Ambientais como órgão julgador intermediário.

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PONTOS RELEVANTES DA LEI. 14.675/2009

QUANTO AOS CONCEITOS, ART. 28: NOVOS CONCEITOS:

ÁREA RURAL OU PESQUEIRA CONSOLIDADA – aquelas nas quais existem atividades agropecuárias e pesqueiras de forma contínua, antes da edição desta lei.

Sendo que em cada caso serão indicadas as medidas mitigadoras que permitam a continuidade das atividades nas áreas consolidadas.

Poder Público subsidiará a adoção de medidas técnicas previamente referidas em pequenas propriedades rurais.

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AINDA NOVOS CONCEITOS

Banhado de altitude – ocorrem acima de 850 m de altitude

Campos de altitude – associados à Floresta

Ombrófila Densa ou à Floresta Ombrófila Mista, sendo permitidos acima de 1.500 m atividades econômicas como a pecuária extensiva, o ecoturismo e o turismo sustentável.

Topo de morro – área compreendida pelos cumes dos morros e montanhas e pelas encostas erosionais adjacentes a estes cumes.

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PONTOS MAIS RELEVANTES DA LEI

:

• INOVAÇÃO (art.16) - Criação das JARIAS – Juntas

Administrativas Regionais de Infrações Ambientais – órgão julgador intermediário – composta por três membros governamentais e três do setor produtivo.

• INOVAÇÃO (art.25) - Criação do Fundo de Compensação

Ambiental e Desenvolvimento – FCAD com o objetivo de:

I - Investir no SEUC, especialmente na regularização fundiária destas unidades.

II - remunerar os proprietários rurais e urbanos que mantenham áreas florestais nativas ou plantadas, sem fins de produção madeireira.

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FUNDO DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL E

DESENVOLVIMENTO - FCAD

Art. 25. Fica criado o Fundo de Compensação Ambiental e Desenvolvimento - FCAD com a finalidade de gerenciar os recursos provenientes de:

I - fundos e organismos internacionais, públicos e privados, que queiram investir no desenvolvimento sustentável do Estado;

II - doações de pessoas físicas e jurídicas, nacionais e internacionais; III - a compensação ambiental prevista na Subseção V, Seção

VI, Capítulo V, Título IV desta Lei;

IV - créditos de carbono que o Estado e suas autarquias possam requerer pela diminuição de suas emissões de gases estufa e/ou sequestro de carbono; e

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DESTINAÇÃO DO FUNDO DE COMPENSAÇÃO

AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO - FCAD

Art. 26. O Fundo de Compensação Ambiental e Desenvolvimento FCAD destina-se a:

I - investir no Sistema Estadual de Unidades de Conservação da

Natureza - SEUC, especialmente na regularização fundiária destas unidades;

II - remunerar os proprietários rurais e urbanos que mantenham áreas florestais nativas ou plantadas, sem fins de produção madeireira;

III - remunerar os serviços ambientais dos proprietários rurais, nos termos da lei específica a que se refere o art. 288 desta Lei;

IV - financiar e subsidiar projetos produtivos que impliquem alteração do uso atual do solo e regularizem ambientalmente as propriedades rurais e urbanas;

V - financiar e subsidiar projetos produtivos que diminuam o

potencial de impacto ambiental das atividades poluidoras instaladas no Estado; e

VI - desenvolver o turismo e a urbanização sustentável no Estado.

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DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL –

DESTAQUES:

• Mais agilidade no processo de licenciamento; • Clara definição dos estudos ambientais a serem exigidos;

• Obrigatoriedade de parecer técnico embasador; • Estabelecimento de prazos máximos para a

concessão das licenças:

• 1)LAP - 3 meses a contar do protocolo do requerimento, 4 meses com EIA/RIMA ou audiência

pública;

• 2)LAI – 3 meses • 3)LAO – 2 meses

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DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL –

DESTAQUES:

• Licenciamento ambiental simplificado, por meio de autorização ambiental – AuA, para atividades de baixo impacto ambiental – prazo máximo de 60 dias.

• Dispensa da LAI, quando: para licenciamentos que não seja

exigido o Estudo de Impacto Ambiental – EIA; para licenciamentos que seja exigido o Relatório Ambiental Prévio – RAP ou os pressupostos para a LAI estejam presentes no processo de licenciamento.

• O requerimento, expedição de certidões e declarações e o

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PROCESSO ADMINISTRATIVO INFRACIONAL

DESTAQUES:

• Custos resultantes do embargo ou da interdição,

temporário ou definitivo, serão ressarcidos pelo infrator, após encerrado o processo administrativo e quando comprovada a pratica da infração:

• PENAS DE MULTAS CONVERTIDAS EM

ADVERTÊNCIA, SEMPRE QUE DE UMA INFRAÇÃO AMBIENTAL NÃO TIVER DECORRIDO DANO AMBIENTAL RELEVANTE.

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NORMAS CLARAS PARA A LAVRATURA DO

AUTO DE INFRAÇÃO;

• PRAZO DE 20 DIAS PARA DEFESA PRÉVIA, A CONTAR DA DATA DA CIÊNCIA DA LAVRATURA DO AUTO DE INFRAÇÃO, PELA INTIMAÇÃO PESSOAL DO AUTUADO.

• DAS PENALIDADES APLICADAS PELA FATMA CABE RECURSO ADMINISTRATIVO, EM PRIMEIRA INSTÂNCIA À JARIA, NO PRAZO DE 20 DIAS A CONTAR DA CIÊNCIA DO DESPACHO DA FATMA OU DA PMA;

• EM SEGUNDA INSTÂNCIA, A CONSEMA, NO PRAZO DE 20 DIAS, A CONTAR DA DATA DA CIÊNCIA DO DESPACHO DA JARIA.

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

• Adequação das APP´s ao longo dos cursos de água, de acordo com a realidade do nosso Estado;

• Proibição de se suprimir vegetação já existente, estando a supressão de florestas submetidas as normas federais já

vigentes;

• Alteração dos limites estabelecidos em lei, somente por meio de estudos técnicos realizados pela EPAGRI;

• Uso Econômico-Sustentável das APP´s, em casos de utilidade pública, interesse social e intervenção ou supressão eventual de baixo impacto ambiental

.

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

• Art. 114: Considera APP, as florestas e demais formas de cobertura vegetal situadas ao longo dos rios ou de qualquer curso de água, cuja largura mínima seja:

• PARA PROPRIEDADES COM ATÉ 50 HA:

• Cinco metros para rios inferiores a cinco metros de largura; • Dez metros para rios de cinco até dez metros de largura;

• Dez metros acrescidos de 50% da medida excedente a dez metros, para rios com largura superior a dez metros;

• Exemplo: Rio de 15 metros

• APP = 10 + 2,5 (5 / 2 = 2,5 mts)

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ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

• PARA PROPRIEDADES ACIMA DE 50 (CINQUENTA) HA:

• Dez metros para rios que tenham até dez metros de largura;

• Dez metros acrescidos de 50% da medida excedente a dez metros, para rios que tenham largura superior a dez metros;

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DA RESERVA LEGAL

• Possibilidade de utilização de 100% da APP em Reserva Legal de em pequena propriedade ou posse rural;

• Possibilidade de utilização de 60% da APP em Reserva Legal nos demais casos;

• Possibilidades de compensação da Reserva Legal, entre elas a compensação de RL por outra área equivalente em importância ecológica e extensão, que pertença ao mesmo ecossistema e esteja localizada na mesma bacia hidrográfica;

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DA RESERVA LEGAL

• No meio rural, 100% de área existente em Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPNE ou outra UC poderá ser utilizada para fins de compensação de RL.

• Averbação da Reserva Legal de Pequena Propriedade ou Posse Rural é gratuita.

• Exploração Sustentável de erva mate, livre de autorização ambiental, obedecidos alguns critérios, na RL.

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DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO (UC´S)

• Criação de UC´s por lei, devendo a implantação de tais unidades estar condicionada a recursos previamente inseridos no orçamento do estado, destinados às desapropriações e indenizações.

• Critérios que devem estar contidos na lei de criação.

• RPPNE – Reserva Particular do Patrimônio Natural Estadual, Uc de domínio privado, de uso sustentável, criada por manifestação do proprietário, mediante ato do Poder público. • Direito de permanência no imóvel, enquanto não houver

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OUTROS PONTOS IMPORTANTES:

• Gestão dos Recursos ambientais e Proteção dos

recursos hídricos (art. 215 a 245)

• Art. 204 – Do Gerenciamento Costeiro • Arts. 239 a 243 – Proteção do Solo • Arts. 246 a 249 – Proteção do Ar

• Arts 250 a 254 – Proteção da Fauna e da Flora • Art. 256 a 273 – Resíduos Sólidos

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OUTROS PONTOS IMPORTANTES:

• A PARTIR DO ART. 275, NAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS ESTÃO DETERMINADAS ALGUMAS COMPETÊNCIAS DADAS AO PODER PÚBLICO, BEM COMO ALGUMAS OBRIGAÇÕES DO EMPREENDEDOR, EM DESTAQUE:

• Competências dadas ao CONSEMA: No prazo de 1 ano:

• regulamentar os usos possíveis dos banhados; as condições do manejo sustentável do palmito, da bracatinga, da araucária e da erva mate.

• Instituição pelo Poder executivo, no prazo de 1 ano, das JARIA´s.

• Empreendimentos sem outorga de uso da água, devem requerê-la no prazo de 90 dias.

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GUILHERME DALLACOSTA

Advogado OAB/SC 17.965

Especialista em Direito do Meio Ambiente e Recursos Hídricos pela UFCG/PB

dallacosta@oab-sc.org.br

(48) 9988-6864

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Referências

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