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88 milhões de brasileiros receberão lucro do FGTS

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Camizão

busca bi

na pista do

kartódromo

ESPORTES

w w w . o i m p a r c i a l . c o m . b r

Leia em todas as plataformas

Ano XCI Nº 35.096 | SÃO LUÍS-MA | QUARTA-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2017 | CAPITAL E INTERIOR R$ 2,00 @OImparcialMA @imparcialonline @oimparcial 98 99188.8267

BRASILEIRO

Sampaio

enfrenta o

Remo em

Belém

Os últimos dez confrontos

entre Sampaio Corrêa e Clube

do Remo foram marcados

por muita igualdade,

independente dos locais das

disputas.

ESPORTES

Os trabalhadores já estão começando a receber o valor referente ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Até 31 deste mês,

R$ 7,28 bilhões serão depositados nas contas do fundo de cerca de 88 milhões de brasileiros. A quantia corresponde à metade do lucro do

FGTS obtido em 2016, de R$ 14,55 bilhões. Cerca de 240 milhões de contas — ativas e inativas — serão beneficiadas com o rendimento.

VIDA

DINHEIRO EXTRA

88 milhões de brasileiros

receberão lucro do FGTS

E N T R E V I S T A

NOSSOS TELEFONES: GERAL 3212.2000 • COMERCIAL 3212-2030 • CLASSIFICADOS 3212.2020 • CAA - CENTRAL DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE 3212.2012 • REDAÇÃO 3212.2010

Anote

São Luís vai ganhar mais uma opção de

entretenimento de alto gabarito para agitar

33º

máx

25º

min

TÁBUAS DE MARÉS COTAÇÕES PREVISÃO DO TEMPO MARÉ BAIXA 07h04 ...1,9m 19h06 ...2,0m MARÉ ALTA 00h23 ...4,6m 13h21 ...4,6m DÓLAR cotado em R$ 3,163 EURO cotado em R$ 3,79 +0,03% -0,17%

Sol com algumas nuvens. Não chove.

MÚSICA

8 cuidados

para quem

quer adotar

um gato

PÁGINA TRÊS

Fufuca adia

votação da

reforma

política

Após participar da reunião de líderes ontem na residência oficial

da presidência da Câmara, o presidente em exercício André Fufuca (PP-MA) disse que tentará colocar em votação hoje a PEC 282.

POLÍTICA

EDUCAÇÃO

Faróis do

Saber serão

recuperados

IMPAR A.BAETA\OIMP\D.A REPRODUÇÃO

A Prefeitura de São Luís está trabalhando na modernização do parque de iluminação pública da

capital. Entre as obras em execução está o projeto de iluminação da Praça do Foguete e do Forte

Santo Antônio. Os dois espaços, o primeiro na Lagoa da Jansen e o segundo, na Ponta d'Areia,

estão sendo revitalizados pelo Governo do Estado com a parceria do município.

VIDA

Deinidos os melhores do

karatê nos Jogos Escolares

No quadro geral, a Escola Comecinho de Vida, de Anajatuba, concluiu as disputas dos JEMs com nove medalhas conquistadas. A equipe

brilhou tanto no masculino como no feminino. ESPORTES

Planalto exonera apadrinhados de deputados

que votaram a favor da denúncia da PGR contra Temer. Demissões já somam mais de 140. POLÍTICA

A Divina

Luz de

Henrique

Duailibe

Pianista maranhense lança seu quarto disco após perder a visão somente com compo-sições autorais, onde ele canta

pela primeira vez. IMPAR

Associação Comercial

comemora 163 anos

Hora de

punir os

“iniéis”

Quem dirige, este ano, as comemorações é o presidente da

entidade Felipe Mussalém, eleito para o biênio 2017/2018. Ele

fala em entrevista a O Imparcial sobre a solenidade magna em

comemoração ao aniversário e os planos para a entidade, que é a

mais antiga do estado e a 4ª no Brasil

.

NEGÓCIOS

a noite local. É o pub “Velho John”, que abre suas portas na próxima terça-feira, 5, na Avenida dos Holandeses.

Luzes

especiais

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2

ACONTECEU

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

www.oimparcial.com.br

Palestra gratuita

Programa destaca São Luís

Grande Prêmio de Cinema

Inscrições abertas para o

Prêmio Fenacon de Jornalismo

Grupo Mateus comemora

31 anos com promoções

Estudantes e turistas preferem

visitar o Palácio dos Leões

Estão abertas as inscrições para a terceira edi-ção do Prêmio Fenacon de Jornalismo. A premia-ção tem o objetivo de reconhecer e valorizar as produções jornalísticas, que abordem questões contábeis e tributárias, relacionadas ao desenvol-vimento do setor de serviços e das micro e peque-nas empresas. Os jornalistas têm até o dia 29 de setembro para inscreverem até cinco reportagens. Elas devem ter sido veiculadas nos meios de co-municação nacionais entre 1° de agosto de 2016 e 19 de setembro de 2017. As reportagens pode-rão ser inscritas nas categorias de jornalismo im-presso (jornal e revista) e jornalismo multimídia (online, TV e rádio), com gratificação de R$ 5 mil para os vencedores. Além dessas premiações, o Grande Prêmio Fenacon de Jornalismo, no valor de R$ 15 mil, será concedido ao melhor trabalho inscrito entre as duas categorias. Inscrições pelo site www.premiofenacondejornalismo.com.br

Segunda maior bandeira brasileira no ramo do varejo nacional, o Grupo Mateus vai come-morar 31 anos de história no dia 31 de agosto. Nesse dia, todas as lojas estarão em promoção com mais de 80 produtos vendidos com des-contos especiais. A ideia é repetir o sucesso do ano passado, quando milhares de pessoas compareceram às lojas para comprar produtos com preços diferenciados. Atuando com um mix de produtos em diversos ramos - alimen-tos e bebidas, artigos de perfumaria, produalimen-tos de limpeza, bazar e eletroeletrônicos -, o Gru-po Mateus é a concretização da visão empre-endedora do empresário Ilson Mateus Rodri-gues, que se mudou para Balsas em meados dos anos 1980. Na cidade, começou a vender pinga em agosto de 1986 e inaugurou uma peque-na mercearia de 50 m². Em 1988, a mercearia tornou-se um supermercado de médio porte.

O Palácio dos Leões, sede do Governo do Es-tado do Maranhão e casa de cultura vinculada à Secretaria de Cultura e Turismo (Sectur), recebeu este ano uma média de 5 mil visitantes ao mês en-tre grupos de alunos, professores, turistas, enen-tre outros. As visitas foram intensificadas principal-mente desde o lançamento da plataforma on-li-ne de agendamento às casas de cultura, Circuito de Visita Cultural, lançado em dezembro do ano passado. Entre os grupos que mais visitam a casa de cultura, estão as escolas da rede de ensino pú-blico. O Salão Dourado, onde as peças têm deta-lhes em ouro, o Salão de Música, com um piano de cauda e teclas de marfim, o Salão Nobre, onde o governador do Estado recebe autoridades, o Sa-lão de Banquete, onde há uma mesa com espaço para trinta convidados e vista para o jardim do Pa-lácio, e, por último, a galeria cheia de obras de arte como a pinacoteca de Artur Azevedo.

Feira de Livros Book Lovers

Kids chega ao Shopping da Ilha

A principal feira de livros do Brasil estará presente no Shopping da Ilha de 30 de agos-to a 10 de outubro. Com o slogan “Criando apaixonados por livros desde cedo”, a Feira de Livros Book Lovers Kid tem o objetivo de convidar o público infantil e infanto-juvenil a se apaixonar pelo universo da leitura e se descobrir como um apaixonado por livros. As crianças podem entrar e manusear os li-vros à vontade. Com o tema “Big Sale”, a feira traz a proposta de que o “Mundo Encantado” enlouqueceu e entrou em liquidação, com promoções de aventuras, festival de emoções e sorrisos grátis. “A proposta dessa edição é lembrar que ao comprarmos um livro leva-mos também emoções, histórias e fantasias que podemos ver através dos olhos encan-tados das crianças ao folhearem os livros”, explica o empresário Luiz Aragão.

Os pastores são responsáveis

pela execução de relevantes

funções como orientar,

aconselhar, acolher, edificar,

ensinar e, sobretudo, conduzir

e manter cada uma de suas

ovelhas nos caminhos de Deus

Ricardo Diniz, vereador pelo PCdoB, explicando a sessão solene em homenagem

ao Dia do Pastor

Contribuição para a

transformação de vidas e da

paz social, e de relevantes

serviços prestados à sociedade

maranhense

Iniciamos o curso de

desenho artístico agora

em agosto e em setembro

abriremos o de olaria,

também com a duração

de três meses

Josué Pinheiro, vereador (PSDB), sobre o reconhecimento das Assembleias de Deus

Camila Grimaldi, diretora da Galeria Trapiche, sobre o Projeto Ateliê Trapiche

O encontro teve como

perspectiva dialogar

sobre as ações

desenvolvidas nos

estados e municípios

Tatiana Pereira, secretária de Estado da Juventude, sobre encontro nacional de

gestores de Juventude em Brasília

FOTO

S: D

IVULG

AÇÃO

Responsável: Zezé Arruda

E-mail: zezearruda@oimparcial.com.br

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO

Palestra será promovida pela Nova Acrópole, dia 6 de setembro, pontualmente, às 19h30. A mitologia de Rei Arthur é repleta de sím-bolos e tem encantado diversas gerações, independentemente da idade, cultura ou religião. Conhecer um pouco de seu significado é o que a torna tão viva até hoje. Endereço: Ponta do Farol, próximo à Padaria Madeleine, na Rua das Patativas , quadra 3, nº 1. Informações: 98 - 991286595 (durante o dia). Inscrições: https://goo.gl/eKnrhH

Surpreendente. O adjetivo foi utilizado pela equipe do progra-ma de TV “Viaje Por Aí” para descrever os destinos turísticos São Luís e Lençóis Maranhenses, que tiveram seus atrativos gravados entre os dias 21 e 24 de agosto. O programa vai ao ar em duas edi-ções, que serão transmitidas nos dias 9 e 16 de setembro, na Re-cord News (TV Guará, canal aberto e TV por assinatura) e TV Cli-matempo, às 20h30.

A partir de quinta-feira (31), até 3 de setembro, São Luís re-cebe a Mostra de Finalistas da 16ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro 2017. Promovido pela Academia Brasileira de Cinema e realizado pela Prefeitura de São Luís, o evento acon-tece no Cine Teatro da Cidade, equipamento municipal de cul-tura. A abertura será às 17h e, a partir de sexta (1º), as sessões, gratuitas, começam às 14h.

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PAGINA TRES

www.oimparcial.com.br

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com

8 cuidados

para quem

quer adotar um gato

P

ara quem quer adotar um gato, é importante conhe-cer um pouco mais sobre suas manias e necessida-des únicas. Entender seus hábitos contribui para a saúde e o bem-estar do bichano. Os gatos são

conhe-cidos por estarem entre os animais mais limpos do mundo e por sua independência. Também são

carinhosos e brincalhões.

Confira as dicas do médico veterinário e gerente técnico de animais de

compa-nhia da Zoetis, Alexandre Merlo, para cuidar bem do seu:

Saiba mais sobre comportamento, hábitos, alimentação e outras

curiosidades sobre os gatos, que conquistam muita gente na hora de

escolher um animal de estimação, por sua praticidade

Gatos dormem muito

Gatos gostam

de brincar

Gatos gostam de

água fresca e em

movimento

Gatos não

precisam

de banhos

regulares

Gatos não

podem comer

certos alimentos

humanos

Gatos vivem muito

bem solitariamente

Gatos precisam de vacinas que vão além da antirrábica

Gatos não

gostam de

comer e

beber água

perto da

caixa de

areia

1

2

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5

6

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8

3

“Não estranhe se seu gato dormir por longos períodos. Esse é um hábito normal para os felinos e, apesar de eles fazerem isso em qualquer lugar da casa, é melhor providenciar um cantinho próprio onde se sintam seguros para os momentos de sono”.

“Mesmo dormindo muito, os gatos também adoram passar o tempo e gastar energia brincando. Os brinquedos preferidos são aqueles que possuem penas, sininhos, cordas coloridas soltas – o importante é que sejam chamativos para eles. Às vezes, o objeto mais simples e

menos esperado será aquele do qual o gato irá

gostar mais”.

Os felinos vão se sentir incomodados se tiverem que comer ou beber próximo à caixa de areia. Explico: logo que os gatos fazem suas necessidades na areia, eles as enterram, se protegendo ao evitar que um possível predador sinta o seu cheiro. Sendo assim, ele não se sentirá seguro em se alimentar próximo ao local que pode ser descoberto por outros animais”.

Por isso, sempre troque a água das vasilhas de seu gato, se possível mais de uma vez ao dia. Fontes com água vertendo também são um sucesso. Procure colocar muitas vasilhas de água pela casa, uma vez que eles são preguiçosos para beber. E atenção: quanto mais amplas as vasilhas, melhor – eles não gostam de mergulhar os bigodes na água.”

“A menos que o médico veterinário prescreva banhos por algum fator específico, os gatos não necessitam deste tipo de limpeza com frequência. Pode ser um mero capricho do tutor. O que é importante fazer todos os dias, até nos animais de pelagem curta, é a escovação dos pelos, pois isso evita que pelos soltos sejam engolidos por eles quando se lambem”.

Evite dar ração de outros animais para o seu gato, bem como alimentos para humanos como, por exemplo, cebola, alho, uvas passas, cafeína, chocolate, ovos, leite e carnes cruas. O ideal é conversar com seu médico veterinário para conhecer mais sobre a alimentação dos gatinhos e conhecer a ração mais indicada para eles.

Ao contrário do que se pensa, gatos costumam ser felizes vivendo sozinhos. Eles não têm a mesma necessidade dos cães, e, às vezes, a chegada de um companheiro pode ser um transtorno.”

A vacina contra a raiva já é bem conhecida entre os donos de gatos, mas não é a única que deve estar presente no calendário de vacinação. Os gatos podem ser infectados com a Leucemia felina, que é uma doença infecciosa que enfraquece o sistema imunológico e não tem cura. Além disso, eles também podem adquirir doenças respiratórias e gastrointestinais. Para evitar a leucemia, os bichanos podem ser imunizados com a vacina Fel-O-Vax LV-k IV + Calicivax (quíntupla felina) da Zoetis, indicada apenas para animais que não apresentam a doença. Já para protegê-los das demais doenças, a Zoetis dispõe da Felocell CRV e da Felocell CRV-C, que protegem contra Panleucopenia, Rinotraqueíte e Calicivirose. A Felocell CVR-C também protege contra a Clamidiose”.

A recomendação final do Gerente Técnico de Animais de Companhia da Zoetis é que o tutor faça o acompanhamento periódico do seu animal de estimação no médico veterinário, para que ele possa ajudá-lo com as vacinas, alimentação e demais necessidades.

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POLITICA

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

www.oimparcial.com.br

SEMANA ATRIBULADA

É a ação de um

governo que quer

trabalhar com a base

aliada. Qualquer

governo tem de fazer

isso para ter certeza

de quem está ao seu

lado. Não adianta ter

uma maioria fictícia,

irreal

Marcos Montes

(MG),

líder do PSD

Hora de

punir os “infiéis”

BRASÍLIA -DF

Curtidas

Planalto exonera apadrinhados de deputados que votaram a favor da

denúncia da PGR contra Michel Temer. Demissões já somam mais de 140

Responsável: Mivan Gedeon E-mail: gedeon3.3@gmail.com

Leonardo Cavalcanti (interino)

» leonardocavalcanti.df@dabr.com.br

“Operação Fufuca”

é montada pelo Planalto

O Planalto montou uma estratégia de guerra para evitar surpresas pelos próximos nove dias em que Michel Temer estará em viagem à China. Neste período, estão previstas votações da meta fiscal, da nova taxa de juros (TLP) do BNDES e da reforma política. O comandante da Câmara será o deputado André Fufuca (PP-MA), o Fufuquinha, 28 anos, um ex-integrante do grupo de defesa do peemede-bista Eduardo Cunha. A ideia do Planalto é dividir o poder entre o presidente interino, Rodrigo Maia, e o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha. Os dois trabalhariam juntos para evitar escorregões de Fufuquinha.

Mesmo com a pauta pesada nos próximos dias, Temer avaliou que seria impossível desmarcar a viagem para Chi-na, “mais importante do que os Estados Unidos”, como disse um político do núcleo do Palácio do Planalto. Os chi-neses são parceiros comerciais nos setores de transportes, energia, nuclear e petróleo. Além da reunião de negócios, a viagem é uma visita de Estado, a convite do presidente chinês, Xi Jinping. O governo federal encara o encontro como prioritária para acordos bilaterais nas áreas de in-fraestrutura, saúde, cultura e tecnologia.

Na lista do padre // Na semana passada, o trânsito de São Paulo quase atrapa-lhou uma palestra de Cármen Lúcia (foto). Ao ver a inquie-tação da ministra, o moto-rista do táxi pegou atalhos legais para chegar no horá-rio. No fim da corrida, ao re-tirar a carteira da bolsa para pagar, Cármen Lúcia ouviu: “Não precisa. Hoje, só con-fio em padres e na senhora.”

Apoio // A Confederação Nacional do Comércio (CNC) aderiu ao grupo de pressão pela aprovação do projeto que impõe alíquota máxima de 12% do ICMS sobre o combus-tível de aviões. “O projeto impacta a atividade turística e, em tempos de crise, pode ser alternativa para a manuten-ção dos negócios do setor”, afirma Alexandre Sampaio, presidente do Cetur/CNC.

Renca I // O Planalto fez o inevitável ao anular o decre-to que acabaria com a Reserva Nacional do Cobre e Asso-ciados (Renca). Mais do que uma ação isolada de algum conselheiro, como o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, o pessoal do governo ficou com receio de questio-namentos jurídicos futuros com a liberação da área para mineradoras.

Renca II // A insatisfação e preocupação dos militares foram levadas em conta, mas o mais importante para que o decreto fosse revisto foi o receio de investidores. Repre-sentantes de bancos começaram a questionar a seguran-ça jurídica de determinadas ações do governo. Não dava para investir em empreendimentos correndo o risco de anulação futura.

D

iante da expectativa de a Procuradoria-Geral da República enviar ao Su-premo Tribunal Federal uma nova denúncia contra o pre-sidente Michel Temer ainda nes-ta semana, o governo começou a cumprir o prometido aos aliados e exonerou mais de uma cente-na de funcionários nos terceiro e quarto escalões ligados a depu-tados que votaram a favor da pri-meira acusação, enterrada em 2 de agosto pelo plenário. Com o recado, o presidente embarcou na manhã de ontem para a China, onde participará de um encontro com a cúpula do Brics, bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

“É a mensagem que ele está dando aos rebeldes para eles se comportarem durante a ausên-cia dele. O exemplo de como o governo age com quem o trai”, comenta um aliado que prefere não se identificar. De acordo com informações de assessores pala-cianos, são mais de 140 exonera-ções pensadas e calculadas a par-tir do mapa dos votos da primeira denúncia apresentada pelo pro-curador-geral da República, Ro-drigo Janot. Apesar da cobrança, principalmente, dos partidos do Centrão, o PSDB ficou fora da re-taliação, já que o governo espera recuperar o apoio da metade da bancada que votou pelo afasta-mento de Temer.

A notícia aparece no momen-to em que o Planalmomen-to precisa de apoio em votações estratégicas no Congresso, como a medida provi-sória do Refis e a revisão da meta fiscal para 2017 e 2018. E a semana será atípica. Com a ausência de Temer até 6 de setembro, o presi-dente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), assume interinamen-te a Presidência da República e, por causa da ausência também do vice-presidente da Casa, Fábio Ramalho (PMDB-MG), quem as-sumirá os polêmicos debates em plenário é o segundo vice-presi-dente da Câmara, André Fufuca (PP-MA), de 28 anos. A expecta-tiva da maioria dos líderes é que

Fufuca adia votação da reforma política

CÂMARA

as votações se concentrem nas medidas provisórias, já que a re-forma política está longe de um consenso. Apesar de já ter criti-cado anteriormente a demora do

governo em exonerar os infiéis, o líder do PSD, Marcos Montes (MG), aplaudiu a decisão de Te-mer. “É a ação de um governo que quer trabalhar com a base aliada.

Qualquer governo tem de fazer isso para ter certeza de quem está ao seu lado. Não adianta ter uma maioria fictícia, irreal. Quem está ao lado tem que ser privilegiado. Não é questão de cargo, mas de justiça, de respeitar a quem é leal”, comenta Montes, que deixa claro que buscará no governo espaços caso algum deputado da legen-da requisite.

Retaliados

Entre os partidos retaliados está o Solidariedade, em que seis dos 14 deputados votaram pela aber-tura do processo de investigação contra Temer. Apadrinhados dos deputados Delegado Francischini (PR), Carlos Manato (ES) e Laércio Oliveira (SE) foram demitidos do Ministério do Desenvolvimento Agrário. O líder da legenda, Au-reo (RJ), afirma que perguntará ao governo o motivo das exone-rações. “Acredito que o Planalto está compondo a sua base. Vamos aprofundar isso. O governo tem suas estratégias, mas isso não ga-rante voto nem tira voto. Isso não muda o cenário. O voto não pode estar atrelado a cargo”, afirma.

O anúncio foi feito pelo presidente Temer antes dele viajar para a China

Amanhã termina o prazo dos tribunais

SALÁRIOS

Teste do inexperiente I

O primeiro teste de Fufuca foi ontem, na reforma polí-tica e na TLP. A oposição acredita que o parlamentar ma-ranhense não tem experiência suficiente para presidir as sessões. Enquanto isso, Temer cruza o Atlântico. O Planal-to já estabeleceu que um botão de adiamenPlanal-to das vota-ções fosse acionado ao mínimo vacilo de Fufuca. Líderes, como Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), serão os postos avança-dos, junto com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

Teste do inexperiente II

Na reunião ministerial de antes de ontem, Temer lem-brou aos ministros que faltam 13 meses para a eleição de 2018. E pediu comprometimento com as ações do gover-no. Na prática, falava das votações das próximas sema-nas para os aliados, deixando claro a quantidade de apa-drinhados exonerados depois da votação da denúncia da Procuradoria-Geral da República. Temer viaja com cerca de 10 parlamentares, incluindo Fábio Ramalho (PMDB-MG), o substituto imediato de Rodrigo Maia, que acabou abrindo a vaga a Fufuca.

A denúncia da PGR

O Planalto vê a nova denúncia da PGR como inevitá-vel e acredita que adiar a viagem para China por causa da expectativa da ação do procurador-geral, Rodrigo Janot, seria criar um problema ainda maior para Michel Temer, até por causa dos prazos. O Congresso levou 25 dias para analisar o pedido do Ministério Público na primeira de-núncia. Assim, mesmo que a ação de Janot ocorra esta se-mana, haverá prazo suficiente para organizar a base, pelo menos nos cálculos do governo.

De olho nos estados

A ação da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, de liberar os salários dos ministros e dos servidores mira os órgãos do Judiciário nos estados. Na avaliação da cúpula da Justiça em Brasília, os grandes problemas estão no TJs, que tem orçamentos vinculados às decisões do Legislativo e Executivo locais. É ali onde ocorrem as negociações mais pesadas em relação a be-nefícios para as categorias.

A proposta de mudança no sistema eleitoral e de criação de um fundo público para fi-nanciar campanhas eleitorais corre risco de não ser votada na Câmara. Mesmo depois de vá-rias reuniões, as lideranças dos partidos da Câmara não entra-ram em consenso sobre nenhu-ma das propostas de refornenhu-ma política que tramitam na Casa.

Estão sob análise dos depu-tados duas propostas de emenda à Constituição que podem alterar as regras eleitorais já para o plei-to do ano que vem: a PEC 77/03, que prevê a adoção do sistema majoritário para as eleições pro-porcionais e o financiamento de campanha a partir de um fundo público; e a PEC 282/2016, que estabelece o fim das coligações

partidárias e a instauração de uma cláusula de desempenho para os partidos.

Após participar da reunião de líderes ontem na residência ofi-cial da presidência da Câmara, o presidente em exercício, André Fufuca (PP-MA), disse que tentará colocar em votação hoje a PEC 282, enquanto ainda se busca consenso entre os

parlamenta-res sobre a PEC 77. Porém, mes-mo a PEC das coligações ainda enfrenta divergências para ser aprovada em plenário.

As duas precisam de pelo me-nos 308 votos, em dois turme-nos de votação no plenário, tanto na Câ-mara quanto no Senado, para se-rem aprovadas. O prazo para votar mudanças na legislação eleitoral termina em 7 de outubro. Os magistrados que sempre se

protegeram sob o manto da fal-ta de transparência terão, agora, que expor os contracheques à so-ciedade. Não é segredo para nin-guém que a farra de supersalários corre solta em todas as instâncias do Judiciário. Por uma determi-nação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), até 31 de agosto, os 90 tribunais espalhados pelo país serão obrigados a explicitar os ren-dimentos de todos os 17.541 juí-zes. Depois disso, estará nas mãos dos conselheiros a decisão de li-berar as informações.

Em paralelo à medida, a pre-sidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, que também comanda o CNJ, liberou o acesso ao contrache-que de servidores, magistrados, aposentados e pensionistas da

corte. É possível consultar as despesas do STF com diárias, passagens, vantagens pesso-ais, indenizações e outros itens. Basta acessar o menu “Trans-parência” e clicar no ícone “Re-muneração” para que as infor-mações estejam disponíveis.

Nos demais tribunais do país, entretanto, não há a mes-ma facilidade. Os dados, que estão concentrados nos portais de cada tribunal, estão escon-didos. Além de ser necessário vasculhar diversas abas das pá-ginas eletrônicas, o interessado em consultar o salário de um magistrado ou de um servidor do Judiciário deve, obrigatoria-mente, informar nome e CPF. Em alguns casos, é exigido e-mail e data de nascimento. Para confundir, não há qualquer

pa-drão na liberação dos dados. Algumas cortes, como o Su-premo Tribunal Militar (STM), criaram as próprias ferramentas, semelhantes às do STF. Em uma rápida consulta, é possível identi-ficar que um ministro do STM re-cebeu, em março de 2017, salário líquido de R$ 77.368,45. Segundo o Tribunal Militar, o montante superior ao teto constitucional de R$ 33,7 mil se refere ao paga-mento de indenização por férias vencidas, valor excluído do limi-te previsto em lei.

Indenizações

Na avaliação do presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Jayme de Oliveira, a divulgação dos vencimentos dos juízes é correta. “A medida visa

dar ainda mais transparência”, argumentou. Mas ele defendeu o pagamento de indenizações sem que isso seja computado no teto constitucional. “A Constituição Federal ressalva a possibilidade de pagamento de indenizações, o que é de todo razoável”, afirmou.

Para o presidente AMB, não há, hoje, desrespeito ao limite para os vencimentos dos servidores públicos. “O relevante é que não há qualquer pagamento indevido, mas, sim, pagamentos de verbas atrasadas a juízes e a servidores”, frisou. “Quando o Estado não paga em dia ou não paga corretamen-te, o que foi corriqueiro no Bra-sil, gera crédito para juízes e ser-vidores, e tais créditos, quando reconhecidos posteriormente, são devidos com os acréscimos legais”, destacou.

Além da expectativa com a chegada de uma nova denúncia da Procu-radoria-Geral da República contra o presidente Michel Temer, o Congresso se debruça sobre temas essenciais para o governo e para os parlamenta-res. Confira:

Reforma política

Sem consenso na maioria dos temas, deputados e senadores precisam aprovar a reforma política até o início de outubro para que as novas regras passem a valer a partir do ano que vem. As principais polêmicas envolvem a criação de um fundo de financiamento público de campanha e a mudança do sistema eleitoral majoritário.

Meta iscal

O governo precisa aprovar a revisão da meta fiscal na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aumentando o deficit das contas públicas deste ano em R$ 20 bilhões, passando a ser R$ 159 bilhões. O deficit da meta fiscal de 2018 também seria ampliado para o mesmo valor — antes era de R$ 129 bilhões. A intenção no Planalto é que o Congresso referende o novo valor até 31 de agosto, quando tem de enviar o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2018 à Comissão Mista de Orçamento com os novos parâmetros.

Taxa de Longo Prazo (TLP)

O Congresso precisa aprovar a Taxa de Longo Prazo (TLP), a nova taxa de juros do BNDES, até 6 de setembro. A medida perde a validade no próxi-mo dia 9. A Câmara aprovou o texto-base na semana passada e falta a dis-cussão de três destaques.

MP do Reis

O Planalto precisa chegar a um acordo com os congressistas nesta se-mana sobre a medida provisória do novo Refis. O prazo para adesão ao novo programa vence em 31 de agosto e o governo já cogita uma nova prorroga-ção. As negociações do governo são para o envio de um substitutivo ao re-latório do deputado Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG), que concedeu perdão para 90% das multas e dos juros, reduzindo a previsão de arrecadação de R$ 13 bilhões para menos de R$ 500 milhões neste ano.

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5

POLITICA

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Ele (Janot) até deu declaração

sobre meu bigode. Não sei se

é um fetiche ou alguma coisa

Do senador Romero Jucá, líder do governo, ao ser denunciado pela terceira vez em uma semana, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

CCJ aprova pareceres de

medidas provisórias

BASTIDORES

bastidores@oimparcial.com.br Raimundo Borges

PROJETO

IRREGULARIDADES

Câmara analisa título de cidadão a Lula

MPF propõe ação contra ex-gestores

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O ministro do Meio Am-biente, José Sarney Filho, que vinha se mantendo equidistante o tema es-pinhoso, deu a cara tapa. Disse que o governo viu a necessidade de clarificar o decreto anterior para garantir que a proibição não havia sido revogada. Houve muita confusão. Podia gerar a impressão que estávamos flexibi-lizando a norma”. Antes de viajar para a

Chi-na e vendo a pressão mun-dial sobre o decreto que extinguia a Reserva Nacio-nal do Cobre (Renca), edi-tado na semana passada, o presidente Michel Temer recuou e editou novo texto. Desta vez, explicita a proi-bição da exploração mine-ral nas áreas de unidades de conservação, reservas ambientais e indígenas dentro da antiga Renca.

Lula em São Luís

O ex-presidente Lula segue com sua caravana pelos estados do Nordeste. No próximo domingo (3), está programado o seu desembarque em São Luís, às 14h. Em seguida, às 15h, ele participará de encontro com a juventude. Às 17h, o ex-presidente se reúne com trabalhadores e trabalhadoras rurais na Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão, no Araçagy. À noite, ele participará de um jantar no Palácio dos Leões com o governador Flávio Dino. Na segunda (4), pela manhã, Lula visitará o Porto do Itaqui e o projeto Casa Ninar, na Ponta do Farol, na companhia de Flávio Dino. Às 17h, o ex-presidente participa de ato público no Centro da capital – o local não foi especificado.

Segundo Sarney Filho, a interpretação dada foi de que a Amazônia estava liberada para desmatamen-to. “Equívoco. Jamais nenhum de nós participaria de um absurdo disse”, jurou. Porém, mesmo com a alteração, as organizações de defesa do meio am-biente e da Amazônia dizem que quase nada mudou.

Responsável: Paulo de Tarso Jr. E-mail: paulojr.jornalismo@gmail.com

Três projetos enviados pelo governo do estado foram re-tirados de pauta, para ser analisados na próxima sema-na. São eles: o projeto de lei complementar nº 007/2017, que dispõe sobre a criação do Instituto de Previdência dos Servidores do Estado do Maranhão (IPREV); o de lei or-dinária nº 213/2017, que autoriza o Poder Executivo Esta-dual a Renegociar as operações de crédito firmadas com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social (BNDES); e outra de lei ordinária, a de nº 126/2017, que cria o Conselho Universitário do Maranhão. Várias propostas de iniciativa dos deputados estaduais receberam pareceres favoráveis ou deixaram para ser analisados na próxima reunião. Passou também o pa-recer pela manutenção do veto total aplicado ao pro-jeto de lei nº 104/2017, de autoria do deputado Josimar de Maranhãozinho (PP), que dispõe sobre retenção e recolhimento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN, nos contratos firmados pela Admi-nistração Pública Estadual e Municipal.

PROJETOS

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania analisou, também, alguns projetos

de autoria dos deputados, sob os aspectos da constitucionalidade e da legalidade

N

a reunião de ontem (29), a Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania (CCJ) aprovou pareceres apresentados a várias medidas provisórias (MPs) e projetos de iniciativa do Executivo Estadual. A CCJ analisou também alguns projetos de autoria dos deputa-dos, sob os aspectos da consti-tucionalidade e da legalidade.

Das seis MPs enviadas pelo governador Flávio Dino (PCdoB), a nº 238/2017, que institui o Siste-mática de Tributação, no âmbito do Imposto sobre Operações re-lativas à Circulação de Mercado-rias e sobre a Prestação de Servi-ço de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunica-ção (ICMS), foi retirada da pauta. A primeira medida provisó-ria que recebeu parecer favorável foi a nº 240/2017, que estabele-ce tratamento tributário para o Complexo Siderúrgico de Pro-dução integrada de Aço e Deri-vados, estabelecidos no estado do Maranhão, relatado pelo de-putado Levi Pontes (PCdoB). A segunda foi a nº 241/2017, que dispõe sobre a contratação, por tempo determinado, de pessoal para atender à necessidade tem-porária de excepcional interesse público no âmbito da Administra-ção Penitenciária Estadual, nos termos do inciso IX, do art. 19, da Constituição Estadual, cujo rela-tor foi o deputado Marco Auré-lio (PCdoB), presidente da CCJ. A terceira medida provisória aprovada dentro da CCJ foi a nº 243/2017, que dispõe sobre al-terações em dispositivos da Lei nº 6.513 (Estatuto dos Policiais e Bombeiros Militares), da Lei n° 4.717, de 17 de abril de 1986, que dispõe sobre o ingresso e promoções nos Quadros de Ofi-ciais de Administração (QOA) e

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania se reuniu na manhã de ontem na Assembleia Legislativa

WALDEMAR TER

DIVULGAÇÃO

PAULO DE TARSO JR.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá receber o título de cidadão de São Luís em breve. Pelo menos é que de-seja o vereador Cézar Bombei-ro (PSD), autor do PBombei-rojeto de Decreto Legislativo nº 048/17. A apreciação do projeto, que ocorreria na sessão de ontem pelos parlamentares maranhen-ses, acabou sendo encaminha-da para a Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara de Vereadores.

Durante seu discurso, Cézar Bombeiro explicou os motivos para conceder om título de ci-dadão de São Luís ao ex-pre-sidente da República. “Ele é o maior presidente que o Brasil já teve. Foi o presidente que fez o pobre fazer especialização no exterior, comprar um carro novo. Fez o pobre estudar no ensino

superior”, afirmou o vereador. O parlamentar chegou a pe-dir que a votação do projeto fosse priorizada pela Casa. A solicitação foi atendida, mas o vereador Osmar Filho – que presidia a sessão – decidiu en-caminhar o projeto à CCJ. O motivo do encaminhamento

foi para embasar a legalidade do projeto.

“Iremos encaminhar o pro-jeto para a Comissão de Justiça. A gente aguarda a manifesta-ção da comissão. Não tem por que debater uma matéria que ainda será encaminhada para a comissão”, disse.

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF-MA) propôs ação civil pública contra Edilce dos Santos Carvalho e Kennedy Santos da Silva, ex-gestores do Caixa Escolar nos municípios de Araioses e Bom Jardim, respecti-vamente, pela não prestação de contas dos recursos da educação no prazo legal. A irregularidade gerou bloqueio de verbas à uni-dade de ensino sob a

responsa-bilidade de cada gestor. Foi constatado que Edilce dos Santos não apresentou à prefei-tura de Araioses comprovação da aplicação de verbas repas-sadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em 2012, no valor de R$ 28 mil, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola.

Kennedy Santos, por sua vez, foi omisso em relação aos

R$ 33.094,93 recebidos para se-rem aplicados na educação do município de Bom Jardim du-rante os anos 2013 e 2014.

Segundo o MPF, o dever de prestar contas se estende a todos que recebem ou gerenciam re-cursos de transferências do Poder Público, estando sujeitos às pena-lidades, caso deixem de apresen-tar tal aplicação no prazo legal. Na ação, o MPF-MA pediu

à Justiça Federal que os ex-gestores sejam condenados a pagar multa civil, além de res-sarcirem integralmente o dano. Além disso, o MPF-MA também quer que os ex-gestores sejam proibidos de contratar com o Poder Público, direta ou indi-retamente, ainda que por in-termédio de pessoa jurídica da qual sejam sócios majoritários, pelo prazo de três anos. de Oficial Especialista (QOE) e da Lei nº 7.764, de 17 de julho de 2002, que dispõe sobre o efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão, Lei nº 10.281 de 15 de julho de 2015, Lei de Or-ganização Básica do Corpo de Bombeiros Militar, Lei nº 7.856 de 31 de janeiro de 2003, que dispõe sobre o efetivo da Polí-cia Militar do Maranhão, rela-tada por Marco Aurélio.

A quarta medida provisó-ria que recebeu sinal verde foi a 245/2017, que institui o Pro-grama de Parcelamento de Débi-tos Fiscais relacionados ao ICM e ao ICMS; e a quinta a 246/2017, que cria o Programa de Débitos Fiscais relacionados ao Impos-to sobre a Transmissão “Causa Mortis” e Doação, de quaisquer Bens ou Direitos-ITCD, ambas relatadas por Marco Aurélio.

Vereador Cézar Bombeiro (PSD) quer conceder título de cidadão a Lula

Nó cego

O líder do PDT, Weverton Rocha, não vislumbra nenhum caminho que leve ao consenso na Câmara sobre as reformas todas. Portanto, a política hoje está longe de se tornar rea-lidade. Os partidos menores e os maiores só acham bom o texto que agrada a cada um. Deveriam saber que, em qual-quer reforma, alguém ganha para alguém perder.

Pouca brasa e muita sardinha

O nanico PTdoB também pensa como Weverton. O líder Sílvio Costa defende a cláusula de barreira para 2018, em 1,5%, e botar o fim da coligação para 2020, mas dois ou três partidos não aceitam nem a pau. Em suma, não existe nenhuma pro-posta que seja consenso na Câmara. Todos querem ganhar.

Quem levará?

Em conversas sob condição de anonimato, alguns desem-bargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão garantem que a candidatura de José Joaquim Figueiredo dos Anjos tem ganha-do sustança e condições de vencer a desembargaganha-dora Nelma Sarney, na eleição de presidente, que se dará em 4 de outubro.

Nó nas togas

Pelo critério de antiguidade recorrente no TJ, mas não obrigatória, a vez de presidente seria de Nelma Sarney. Po-rém, nem sempre foi assim. Raimundo Cutrim foi eleito, quando no rodízio, seria Stélio Muniz, que perdeu. Após o fim do mandato, Cutrim ganhou de Nelma Sarney na pre-sidência do TRE-MA, mesmo sendo ela corregedora.

Muniz foi ultrapassado

Na eleição seguinte do TJ, revoltado, Stélio Muniz não con-correu, sendo eleito Jamil Gedeon, sucedido por Guerreiro Júnior, quando deveria ter sido Cleones Cunha, que era cor-regedor. Ele negociou com Cleonice Freire, para só em 2015 ser eleito presidente, cujo mandato termina em dezembro.

A semana de Fufuca

A prova de fogo de André Fufuca (PP) é votar a reforma política por toda esta semana, durante a sua interinidade na presidência da Câmara dos Deputados. Deputado de pri-meiro mandato, ele já presidiu a Comissão de Saúde da Câ-mara, era queridinho de Eduardo Cunha quando presidida a Casa e hoje é o 2ª vice-presidente. Nessa posição, Fufuca chegou ao comando da Câmara no burburinho da reforma política. Ele substitui Rodrigo Maia, que substitui Michel Temer no Palácio do Planalto. O 1º vice também viajou.

Por isso, a reforma política é o maior desafio de Fufu-ca. A espinha dorsal da reforma se resume em dois pontos que não conseguem consenso no plenário. A análise da PEC 77/03, que acaba com as eleições proporcionais e cria o sis-tema majoritário para eleger deputados federais, estaduais e vereadores. Já a PEC 282/2016, dá fim às coligações partidá-rias e a instauração de uma cláusula de desempenho para os partidos, a chamada cláusula de barreira, que mata por ina-nição, sem dó nem compaixão, as siglas nanicas de aluguel. Ontem, após a primeira reunião como presidente da Câma-ra, Fufuca disse que tentará colocar hoje em votação a PEC 282. Ao mesmo tempo, ele se desdobra na busca de consenso sobre a PEC 77. Porém, nem a PEC das coligações há acordo, por mexer com as eleições de 2018 e, consequentemente, com a vida dos atuais deputados. Como são necessários pelo menos 308 vo-tos em plenário, em dois turnos, não é fácil a missão de Fufuca.

Caixa-preta

Terminou ontem o prazo dado pela presidente do Supremo Tribunal Federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aos tri-bunais superiores e estaduais de todo o país para informarem o salário e toda a remuneração, detalhada, dos juízes e funcio-nários. O TJ-MA, se fez o relatório, não o divulgou. E nem vai.

Teto arrebentado

No entanto, tudo indica que o CNJ vai divulgar tais re-latórios e recomendar providências quanto aos disparates constatados nos contracheques. Que, aliás, não são poucos em todo o país. O teto máximo é o salário dos ministros do STF, algo beirando os R$ 33,500 mil. Aqui no Maranhão tem gente quebrando é a barreira dos R$ 100 mil.

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OP

IN

IÃO

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

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Bebida e volante não combinam

ELETROBRÁS: PRIVATIZAÇÃO VAI DAR CHOQUE

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Retrato

da

história

A notícia estalou como trovão em dia de céu claro. Na semana que pas-sou, anunciou o Ministério das Minas e Energia que o governo Temer preten-de privatizar a Eletrobrás. Explicou-se, até, que essa dita privatização seria feita com a venda da maior parte das ações sob controle estatal, com a União conti-nuando acionista da companhia, o que lhe permitiria manter poder de veto na administração.

Não importa qual o desenho da pri-vatização, se com mais ou menos ações a serem vendidas. O certo é que a só no-tícia da intenção já foi o bastante para provocar reações bem expressivas em sentidos conflitantes.

Das em contrário, e não sem moti-vo, a principal partiu da insigne gestora Dilma, ex-presidente, pessoa que se diz entendida na espécie. Não deve ser es-quecido que essa senhora, por ter ocu-pado o Ministério das Minas e Energia no governo Lula, como tal credenciou-se a empolgar a Presidência da República. O resultado todos podem conhecer, se investigarem o responsável pela quebra no setor elétrico. Estudos do próprio Mi-nistério sustentam que, nos últimos 15 anos, ineficiências acumuladas acabaram

Os albergues nasceram no começo do

sé-culo XX, de mãos dadas com a ideia de

aco-modações de qualidade a baixos preços. A

ideia deu tão certo que passado um século, as

modestas acomodações passaram por muitas

mudanças e se tornaram uma “ideologia de

viagem”. Uma forma diferente e divertida de

hospedagem que ganha cada vez mais adeptos

pela comodidade de ficar em um local com

segurança e padrão de qualidade sem precisar

gastar muito dinheiro. (Foto: Albergue da

Ju-ventude em um casarão do século XIX_1987)

ARQUIVO/OIMPARCIAL

Previdência não

sobrevive de

promessas

Responsável: Zezé Arruda

E-mail: zezearruda@oimparcial.com.br

gerando à União um prejuízo em torno de R$ 250 bilhões. Disse ainda a senho-ra, em nota após o anúncio oficial, que “vender a Eletrobrás é abrir mão da se-gurança energética ... e significa deixar o País sujeito a apagões”.

Mentiu a gerentona. Todos sabem que a crise energética de 2001, no governo FHC, se deu porque faltava iniciativa pri-vada no setor, e o Estado não tinha con-dições de investir.

Das reações positivas, a maior foi a do próprio mercado, com as ações da Ele-trobrás tendo uma valorização de quase R$ 9 bilhões em um só dia, em cotação numa antes alcançada.

Posta de lado a guerra dos números, muito pior será a “guerrilha cultural” que teremos de enfrentar. Logo voltará ao de-bate público a celeuma que houve, por exemplo, ao tempo da privatização da Vale do Rio Doce (1997) e do setor da telefonia (1998). É a pugna de sempre: mais mercado ou menos Estado?

A marca do esquerdismo é a presença forte do Estado na economia, enquanto que o pensamento liberal conservador insiste em limitar o estatismo às ativi-dades mínimas (saúde, educação básica, segurança, moeda, diplomacia).

Bela é a discussão acadêmica. Suce-de que, no Brasil Suce-de hoje, as esquerdas deixaram de valorizar a teoria porque, na prática, o estatismo trazia um “algo mais”, não apenas em termos de poder político senão de gordas vantagens pecuniárias. Com efeito, na era Lula, tivemos o luxo

de possuir nada menos de 151 estatais, todas deficitárias.

Não importa o déficit. Bastante é que tais entes fossem dominados pelo par-tido (isto é “aparelhados”) nos quais a corrupção pudesse campear às largas.

Nasceu, assim, a fórmula miraculosa: estatal mais aparelhamento igual a cor-rupção. E, de forma apoteótica, tivemos a mais formidável orgia com o dinhei-ro público nunca vista, durante 13 anos. Em todo caso, está na mesa o assunto da aludida privatização. É mais um cho-que cho-que o governo Temer apronta na es-trutura legal e econômica do País. Cho-que porCho-que inesperado e fora do comum. Os brasileiros que, isentos, estudam o caso Brasil, se preparem para interpretar o fenômeno Temer. Até porque não é fácil explicar como um político desvestido de carisma, sem plataforma de candidato, sem discurso empolgante — carregando, ademais, o estigma de ilegítimo ao que se acrescenta crescente índice de repro-vação popular — como pode um gover-nante assim, com um passivo enorme, obter de um Congresso super fisiológico reformas que dormitavam há anos nos escaninhos da República?

Em suma, é um governo que, em ano e meio, já fez muito mais que governan-tes dito populares não lograram fazer em 13 anos. Para desagrado das esquerdas, por evidente. Daí porque repito: o Temer é condenado não por seu passado, mas pelo (seu) futuro que tem projetado para o Brasil. E tome choque!

Já foi dito com muita propriedade que as reformas têm dificuldade de avançar no Brasil porque a população é víti-ma de promessas de que não precisará abrir mão de direi-tos que, na realidade, não tem e de futuros direidirei-tos que, na realidade, não terá. São promessas irresponsáveis de ditos defensores de maiorias ou de minorias que não têm como viabilizar as promessas que fazem e as despesas que criam.

O colapso do sistema previdenciário é exemplo claro. É excessivamente generoso e assegura privilégios que não consegue mais entregar. A conta vai para o aumento da car-ga tributária, da dívida pública, do deficit público e, no fim, do desemprego. Estudo da Secretaria de Política Econômi-ca do Ministério da Fazenda aponta, entre as distorções, a elevada taxa de reposição — relação entre o salário e a aposentadoria —, que no Brasil é de 76% contra 56%, em média, nos países europeus, agravado aqui pela incidên-cia das aposentadorias integrais dos servidores públicos. Também evidencia a baixa idade média de aposentadoria no país, de 59 anos, contra uma média de 64 anos nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Eco-nômico (OCDE), de 68 anos em Portugal; 69, no Chile; 71, na Coreia do Sul; e 72, no México. A distorção no Brasil vem em grande parte das aposentadorias por tempo de contri-buição e da equivocada proliferação de regimes especiais. Com o aumento da longevidade da população, que, de uma expectativa de vida de 58,4 anos há 35 anos, vive, hoje, em média 75,5 anos, tivemos uma pressão crescente sobre as contas da Previdência.

De outro lado, temos um avanço dramático do deficit da Previdência Rural, de R$ 16,7 bilhões, em 2002, para R$ 103,4 bilhões em 2016. Enquanto isso, na urbana, o deficit no pe-ríodo evoluiu de R$ 2,3 bilhões para R$ 46,3 bilhões. Consi-derando a seguridade social como um todo, o deficit passou de R$ 27,2 bilhões em 2003 para R$ 258,7 bilhões em 2016.

O economista Raul Velloso afirma que, se quisermos um resultado num prazo mais curto, precisamos alterar as aposentadorias diferenciadas dos funcionários públicos. Os que ingressaram no serviço público antes de 2013, quando foi criada a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp), aposentam-se com salário integral e mantêm os seus vencimentos equipara-dos aos equipara-dos servidores da ativa. O projeto de reforma esta-beleceu que, para manter esses privilégios integralmente, a idade de aposentadoria teria que respeitar os mesmos limites de idade definidos para os brasileiros comuns (65 anos para homens e 62 para mulheres).

O Regime Próprio da Previdência Social (RPPS), que atende os funcionários da União, acumula já um defi-cit atuarial de quase R$ 2 trilhões. Em 2016, teve estes gas-tos mensais médios com aposentadorias: servidores civis do Executivo, com R$ 7,6 mil; militares, R$ 9,7 mil; do Judi-ciário, R$ 22,2 mil; e do Legislativo, R$ 28,6 mil. Contra R$ 1,3 mil do setor privado. Em 2015, o RPPS, que atende cer-ca de 1 milhão de inativos, gerou deficit de R$ 78 bilhões, portanto, em torno de R$ 80 mil por assistido, enquanto no Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que atende as aposentadorias da iniciativa privada, o deficit per capita foi de pouco mais de R$ 3 mil. A distorção é gritante. Pedro Nery, consultor legislativo do Senado, menciona estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplica (Ipea) que mostra a previdência dos servidores como responsável por 7% da desigualdade de renda do país, o que, segundo o profes-sor José Márcio Camargo, representa o maior programa de transferência de renda do país.

Ainda no setor público, o problema é igualmente grave nos estados, cuja previdência, em, 2016, apresentou deficit de R$ 102,4 bilhões, exigindo aporte médio de 12,7% da Re-ceita Corrente Líquida (RCL) para cobrir gastos com inativos e pensionistas. Estados, como Minas Gerais, que destinou 27,8% da RCL, e o Rio Grande do Sul, 40,5%, estão beiran-do a insolvência. A sustentabilidade fiscal das unidades da Federação passa pelo equacionamento desse problema.

A reforma da Previdência urbana do setor privado, mes-mo sendo imprescindível, está longe de ser suficiente. O alarmante desequilíbrio da seguridade social rural e dos servidores deve vir para o centro das atenções na discussão que o país deve retomar no Congresso Nacio-nal e fora dele. Devemos caminhar para equiparar todos os regimes, num misto de sistema de capitalização e assistência pública aos mais pobres. Privilégios devem ser reavaliados, porque a conta não fecha. A busca do equilíbrio não pode aguardar o desfile de promessas e propostas inconsisten-tes. A falta de senso de urgência custa muito caro ao país.

A tragédia que roubou a vida de duas irmãs e um bebê, além de ferir duas pesso-as, serve de paradigma para a incompati-bilidade de bebida e direção. No domingo, adolescente de 17 anos dirigia o carro do pai quando perdeu o controle, bateu num poste e atropelou uma família de cinco pes-soas na calçada. A cena de horror ocorreu no Gama, cidade do Distrito Federal. Feito o teste do bafômetro, comprovou-se a sus-peita: o menor estava sob o efeito de álcool. Brasília, que exibe largas avenidas e conta com um carro para cada 1,7 morador, é con-vidativa para a prática de abusos no asfalto. Sem freios, motoristas pisam no acelerador sem respeitar o limite de velocidade. Pior: muitos o fazem em estado de embriaguez. Não se deve ao acaso o fato de a capital do Brasil ter batido triste recorde. De janeiro a agosto, a Polícia Militar, o Departamen-to de TrânsiDepartamen-to do DF e o DepartamenDepartamen-to de Estradas de Rodagem registraram 16 mil

autuações por infração à Lei Seca. Em re-lação ao mesmo período de 2016, houve aumento de 63%.

A irresponsabilidade de quem dirige em-briagado responde por percentual substan-tivo das 35 mil mortes anuais por acidentes de trânsito contabilizadas no país. Especia-listas estimam que 60% deles poderiam ter sido evitados se o condutor estivesse só-brio. Ao álcool também se deve o óbito de pedestres atropelados — ou por estarem alcoolizados ou por terem tido o infortú-nio de estarem no caminho de incivilizados que não têm olhos senão para si mesmos.

Sim, os inconsequentes que combinam bebida com direção parecem narcisos apai-xonados pela própria imagem. Esquecem-se de que não põem em risco apenas a vida deles, mas também a de terceiros. Suicidas e homicidas potenciais, morrem e matam. Tal comportamento não se restringe a jo-vens. Independentemente da idade,

moto-ristas bêbados transitam com desenvoltu-ra por ruas e avenidas. Daí a carnificina de que a morte de três membros da mesma família serve de exemplo. E faz, mais uma vez, soar o alarme.

É verdade que o Estado precisa fiscalizar e fazer campanhas educativas para desper-tar consciências e inibir tentações. É ver-dade também que tem de punir com rigor responsáveis pelo desrespeito à lei seca. É verdade, sobretudo, que o condutor deve assumir o ônus de ter uma arma nas mãos. Sob o efeito do álcool, compromete o con-trole pleno da atenção e dos reflexos. Como menino que veste a capa do Batman, sente-se especial — sente-ser superior com quem nada acontece. Talvez espere a tutela do Estado, como pais tutelam os filhos incapazes. O resultado está na sobrecarga do sistema de saúde, na incapacitação para o trabalho, no plástico preto que cobre cadáveres no asfalto. Até quando?

NUNA

Em 30 de agosto de 2016, O Imparcial trouxe como destaque a seguinte manchete: O

Dia Dilma. Existência ou não de golpe parlamentar foi o principal tópico do repetitivo interrogatório de Dilma Rousseff no Senado Federal, que durou praticamente o dia inteiro. Defesa da presidente afastada foi recheada de acusações contra ex-aliados e arrancou aplausos

dos presentes, mas não influenciou votos de senadores.

www.oimparcial.com.br

Ano XC Nº 34.732 TERÇA-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2016 CAPITAL E INTERIOR R$ 2.00

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Mais de 900 pessoas na fila de transplante no Maranhão Oitava edição do projeto Piano Brasil chega a São Luís Sampaio segue em busca de primeira vitória fora de casa ESPORTES Idosos querem votar por conta da democracia

ELEIÇÕES 2016 ELEIÇÕES 2016 ELEIÇÕES 2016 ELEIÇÕES 2016 ELEIÇÕES 2016 Impeachment

Santa Clara recebe obras de saneamento VIDA

Há expectativa que com a chega-da do "Setembro Verde", campa-nha de mobilização pela doação de órgãos, os números da fila de espera tendem a diminuir. Lanterna da Série B, Tricolor

enfrenta o Paraná Clube em Curitba pela 22ª rodada da competição a partir das 19h15 com retorno da dupla de zaga.

VIDA

Candidatos e leitores repercutem

positivamente pesquisa de O Imparcial

GOLPE X DEMOCRACIA

Conheça os passos inais do julgamentoPÁGINA TRÊS

HONORIO MOREIRA\OIMP\D.A PRESS

VIDA

O Dia Dilma

O DISCURSO Dilma fala ao Senado por 45 minutos e sai aplaudida Rose Sales é a entrevistada de hoje em O Imparcial A SABATINA Presidente responde aos senadores por mais de 9 horas Hoje, só temo a morte da democracia no Brasil Dilma Rousseff

Sua presença (Dilma Roussef) aqui é a prova de

que não há golpe Espero 31 senadores

patriotas com carÁter que votem contra o golpe

Roberto Requião PMDB-PR Ana Amélia PP -RS

Os senadores são juízes, não são acusadores nessa sessão

Ricardo Lewandowski

Existência ou não de golpe parlamentar foi o principal tópico do repetitivo interrogatório de Dilma Rousseff no Senado Federal, que durou praticamente o dia inteiro. Defesa da presidente afastada foi recheada de acusações

contra ex-aliados e arrancou aplausos dos presentes, mas não deve influenciar votos de senadores.

30 de agosto de 2016

CARLOS RODOLFO SCHNEIDER

EMPRESÁRIO E COORDENADOR DO MOVIMENTO BRASIL EFICIENTE (MBE) EMAIL: CRS@BRASILEFICIENTE.ORG.BR

PEDRO

LEONEL

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NEGÓCIOS

São Luís, quarta-feira, 30 de agosto de 2017

www.oimparcial.com.br

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Responsável: Viviane Passos E-mail: viviannepassos@gmail.com

Associação Comercial

comemora 163 anos

Associação Comercial do Maranhão (ACM) realiza hoje a solenidade magna em

comemoração ao aniversário da entidade, que é a mais antiga do estado e a 4ª no Brasil

Eu conclamo os

empresários e

seja lá qual for

a entidade que

ele faça parte,

a disponibilizar

um tempo na

sua agenda para

contribuir, pois

assim vamos

conseguir fazer

a verdadeira

mudança. A

mudança que

a gente precisa,

ela não parte do

governo, ela parte

do empresário”

VIVIANE PASSOS

A

Associação Comercial do Maranhão (ACM) com-pleta 163 anos e realiza hoje a solenidade mag-na em comemoração ao aniver-sário da entidade, que é a mais antiga do estado e a 4ª no Brasil. Durante o evento, será a en-tregue a maior honraria da ACM, a medalha João Gualberto da Cos-ta, ao regente, educador e agente cultural, Fernando Elias Mou-chrek. Outro momento expres-sivo da noite será a tradicional homenagem à empresa com mais de 50 anos de atividades, com o mesmo CNPJ no Maranhão, que este ano será A Moderna. A pro-gramação do evento terá início às 19h, no Palácio do Comércio, na Praça Benedito Leite, Centro de São Luís. Neste mês de agosto foi realizada uma programação especial pela comemoração dos 163 anos da ACM.

Quem dirige, este ano, as comemorações é o presidente da entidade Felipe Mussalém, eleito para o biênio 2017/2018, no lugar de Luzia Rezende, pri-meira mulher a presidir a Asso-ciação Comercial do Maranhão. Empresário da área de educa-ção, Felipe Mussalém é formado em pedagogia e administração de empresas, foi presidente da Associação dos Jovens Empre-sários do Maranhão (AJE-MA), em 2012, e integrou a diretoria da Confederação Nacional dos

OITO PERGUNTAS//

FELIPE MUSSALÉM

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O que você destaca como maiores desafios à frente da entidade? O maior desafio hoje é a gente inovar sempre. É uma entidade muito tra-dicional que por si já é uma casa de grande respeito e prestígio, afinal de contas são 163 anos e o nosso maior desafio é inovar para que essa Casa te-nha fôlego para mais 163 anos. Então eu me empenho ao máximo para ino-var, respeitando essa tradição, e que a nossa gestão consiga dar fôlego para a Casa continuar com prestígio, con-tinuar com a representatividade e po-der aí ter mais 163 anos pela frente.

Os associados tem se integrado à gestão, participado das ações, como tem sido essa adesão?

Os sócios também têm participado bastante. Nós temos experimentado e a entidade dia de quarta-feira é bem fre-quentada, tanto nos eventos em come-moração aos 163, quanto nas próprias quartas-feiras de reunião. Nós temos percebido uma participação muito gran-de, não apenas na frequência, mas tam-bém contribuição com ideias e cobran-do a gestão, isso para a gente é muito importante, essa participação através da cobrança e das discussões.

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Tendo sido eleito presidente da ACM, o que conseguiu colocar em prática do planejamento realizado na campanha?

Conseguimos executar mais de 50% da nossa proposta, implantando um modelo de gestão na Associação Comercial. No pilar gestão, nós estamos com serviço de inteligência, fazendo um estudo de geomapeamento dos associados, bem como fazendo um comparativo da evolução, tanto fi-nanceira, quanto da evolução dos projetos da ACM, nesses primeiros seis meses, e estamos utilizando, em sua totalidade, uma ferramenta de ges-tão de associações empresariais com um controle financeiro, com con-trole de presença dos associados nos eventos, nas reuniões plenárias. No pilar inovação, nós propomos também vários projetos na área de inova-ção como, por exemplo, a rodada de negócios. No segundo semestre, es-taremos com o palestrante Leandro Karnal para dar uma palestra no fim do mês de novembro. Já trouxemos o grande palestrante Geraldo Rufino. Também no campo inovação, instituímos uma comunicação mais efetiva com nosso associado, através de um documento que o associado recebe semanalmente, que é a Plenária Ativa. No pilar posicionamento, nós es-tamos atuando de maneira a nos posicionar, tanto favorecendo medidas governamentais, que sejam importantes no desenvolvimento da econo-mia, quanto também nos posicionamos contra o aumento de impostos e contra corrupção.

Jovens Empresários (Conaje), em 2015.

Contando com bons resulta-dos, Felipe Mussalém conclama os empresários a participarem

da Associação Comercial, assim como das entidades de classe, consideradas por ele os melhores ambientes para os empresário contribuirem com a sociedade.

“Eu conclamo os empresários e seja lá qual for a entidade que ele faça parte, a disponibilizar um tempo na sua agenda para contribuir, pois assim vamos

conseguir fazer a verdadei-ra mudança. A mudança que a gente precisa, ela não parte do governo, ela parte do em-presário”, estimula.

O que você considera como principais conquistas nesses meses de mandato?

Como principais conquistas, eu cito o impostômetro, que é uma coi-sa que a gente vem planejando há muito tempo e que está em vias de ser inaugurado. Já temos todas as autorizações e a placa está sendo confeccionada, isso eu considero com um grande feito na gestão. As rodadas de negócios, eu cito, também, como muito importante para o empresariado, que geraram muitas oportunidades para os nossos associados. Num terceiro ponto, considero a programação que pre-paramos para ao aniversário da Casa, que foi uma programação dife-rente e propositiva. Discutimos esse aniversário em três eixos temá-ticos, com a contribuição do empresário e a Casa apresentará para a sociedade um documento formulado com proposições, tanto para a iniciativa pública, quanto para a iniciativa privada. Essa também é uma grande contribuição desta gestão para a sociedade.

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O que foi planejado para a comemoração dos 163 anos da ACM?

A gente pensou em um tema para resgatar o papel do empresá-rio na sociedade, em que a gente não apenas espere dos órgãos públicos uma solução, mas que de fato a gente possa contribuir. Então, a Casa dividiu essas contribuições em três eixos temáticos. O primeiro eixo discutido foi o eixo dos tributos. O segundo eixo foi inovação e o terceiro foi infraestrutura. Então foi pensado para que a gente discutisse internamente e, ao final dessa discussão, a Casa vai apresentar para a sociedade um documento propositivo. Acima de tudo esse documento não visa cobrar, ele visa propor melhorias nesses três eixos.

Quais parcerias foram firmadas para desenvolver o trabalho na ACM?

Nós temos parcerias importantes que estão nos ajudando muito a seguir o rumo da casa. Logo uma das primeiras parcerias, que a gente fechou, foi com a Fiema e com o PDF, que é um órgão ligado à Fiema, para realização da nossa rodada de negócios. Uma outra grande parceria foi com a Emap, que também foi para dentro da Associação e realizou uma gran-de parceria para realização gran-de uma rodada gran-de negócio. Cito ainda a CDL e a Fecomércio, que estão juntos com a Associação Comercial na inauguração do impostômetro. Então, essa parceria também foi muito importante para que a gente conseguisse viabilizar o projeto do impostômetro que vai ser instalado na Praça Deodoro. Outra grande parceria, que eu men-ciono, são as próprias parcerias institucionais com as faculdades Pitágoras, Maurício de Nassau e outras parcerias de desconto em grandes empresas.

Como vai funcionar a questão do impostômetro? O Impostômetro é uma placa que contabiliza todos os impostos pagos pelos brasileiros, desde janeiro até a data atual. É um relógio digital que fica contando os valores em tributos. Nós tínhamos uma data para inaugu-rá-lo, contudo o nosso patrocinador, que é na Uninassau, precisou de um tempo a mais para fazer uma mu-dança em sua marca. Mas na Praça Deodoro já tem o mastro e a instala-ção elétrica, só esperando a placa ser colocada para a gente inaugurar. Ela é uma placa voltada para conscien-tização, para que as pessoas possam acompanhar a quantidade de impos-tos . A gente acredita que uma socie-dade mais orientada é uma socieda-de que cobra mais.

Como está o andamento do prêmio Empresa do Ano 2017? Já fizemos o lançamento oficial do prêmio Empresa do Ano. Ele é um prémio que já está em sua trigésima primeira edição. Então, já temos 30 anos de prêmio. As inscrições se-guem até o mês de setembro. A promoção visa premiar as empresas de destaque desse ano. O prêmio passa por três etapas: a pri-meira etapa é uma análise de um relatório feito pelo Sebrae, que nosso grande parcei-ro nesse prêmio. O empresário preenche um questionário de gestão, que será avaliado. Aprovado esse questionário, a empresa passa para segunda etapa do prêmio, que é a visita de um consultor, cuja fase é eliminatória. A terceira fase ocorre em dezembro, com a vo-tação popular. O prêmio é dividido em três categorias: pequena, média e grande empre-sa. No voto popular são consagradas as três empresas vencedoras do prêmio. O prêmio se encerra em março, com a entrega das pre-miações, com o título de Empresa do Ano.

Felipe Mussalém,

presidente da

Associação Comercial do Maranhão

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