• Nenhum resultado encontrado

ELEMENTOS DE DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ELEMENTOS DE DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL 1"

Copied!
28
0
0

Texto

(1)
(2)

Aula 4: Influências da CF/88 no Direito Civil ... 2 Introdução ... 2 Conteúdo ... 3 Pilares fundamentais ... 3 Princípios ... 4 O Constitucionalismo contemporâneo ... 6

Correta interpretação do texto ... 11

Princípio, valor e regra ... 13

Referências... 19

Notas ... 25

Chaves de resposta ... 25

Aula 4 ... 25

(3)

Introdução

Nas aulas anteriores, estudamos os movimentos que vêm auxiliando na transformação do Direito Privado brasileiro. Nesta aula, estudaremos a constitucionalização do Direito Civil e fixaremos como nosso ponto de partida a dignidade da pessoa humana.

Após compreendermos a dimensão da proteção da pessoa em nosso ordenamento, estudaremos os princípios constitucionais gerais de Direito Privado, cujos reflexos serão importantes para o estudo do clássico tripé do Direito Civil: família, contratos e propriedade; estudo que faremos pormenorizadamente nas próximas aulas.

Objetivo:

1. Compreender a influência do princípio da dignidade da pessoa humana sobre

o Direito Privado brasileiro;

2. Estudar os princípios constitucionais de Direito Privado e seus reflexos na

(4)

Conteúdo

Pilares fundamentais

O Direito Clássico Moderno foi construído sobre três pilares considerados inabaláveis: propriedade, família e contrato.

Propriedade Família Contrato

A sociedade contemporânea percebeu que tais pilares não podem ser estáticos e abstratos e tão pouco emoldurados em significados dissociados da realidade social. Diante de tal constatação, os juristas vêm sendo instados a contestar molduras secularmente impostas pelo Direito Moderno, bem como a procurar respostas a outras possibilidades que hoje se apresentam. Ao sistema jurídico contemporâneo, não é mais admitido o simples embasamento no indivíduo-centrismo (próprio do século XVIII), sob pena de permitir que muitas situações fáticas não recebam a tutela adequada do Direito.

Portanto, não se pretende uma mera revisão do que está aplicado atualmente, mas, sim, um redimensionamento a partir da realidade e necessidades sociais para que supere efetivamente o servilismo burocrata instaurado pelo Estado Moderno. Propõe-se uma emancipação que seja compatível com o questionamento contínuo do sistema e com a apresentação de respostas rápidas e satisfatórias que possam abranger as sociedades que estão sendo construídas à margem da dimensão classicamente engessada em molduras individualistas.

(5)

Princípios

Contemporaneamente, para atingir o objetivo imposto pela travessia, fala-se em:

Repersonalização + Despatrimonialização + Descentralização + Publicização + Constitucionalização do Direito Civil = Princípios que se somam na busca da transformação de um Direito que foi essencialmente construído sobre pilares dissociados da realidade social e dos quais os juristas ainda apresentam forte resistência para sua superação.

Para que o Direito Privado possa se adequar às situações coletivas que hoje se apresentam, faz-se mister o reconhecimento do diverso como tarefa essencial, além, é claro, da compreensão de que o ser deve prevalecer sobre o ter.

O jurista

1

Ora, se o Direito é um fenômeno profundamente social, não se pode admitir que continue dissociado da realidade que o compõe. A travessia que hoje se apresenta traz em si a síntese do passado, evidencia a complexidade das relações presentes e apresenta as diretrizes para um futuro que ainda não chegou.

2

Nesse contexto, o importante é que o jurista não se acomode em repetir ou revisar velhos significados, mas, sim, aceite os riscos da transformação e trabalhe na busca de conceitos e institutos que possam atender efetivamente a realidade social que se apresenta, superando o modelo clássico tecnicista e excessivamente neutro.

3

Vimos nas aulas anteriores que os movimentos do Direito Privado contemporâneo determinam que o seu eixo central seja deslocado do Código

(6)

Civil para a Constituição Federal. Diante desse necessário, o deslocamento toma papel de fonte central de todo o ordenamento jurídico à dignidade da pessoa humana.

Sistema constitucional

A lei fundamental de um país tem por característica ser reflexo do momento histórico da sociedade que pretende regulamentar. Nesse sentido, Paulo Bonavides (2001) ensina que o sistema constitucional consiste em expressão que permite perceber o verdadeiro sentido tomado pela Constituição Federal em face da ambiência social que ela reflete, e cujos influxos está cada vez mais sujeita.

Assim como a maioria das atuais constituições latino-americanas, a Constituição Federal Brasileira de 1988 é fruto da luta contra o autoritarismo do regime militar, surgindo em um contexto de busca da defesa e da realização de direitos fundamentais do indivíduo e da coletividade nas mais diferentes áreas (econômica, social, política, etc.).

Seguindo a tendência do constitucionalismo contemporâneo, incorporou expressamente ao seu texto o princípio da dignidade da pessoa humana (art. 1º, inciso III, CF), definindo-o como fundamento da República e do Estado Democrático de Direito.

Atenção

Sobre a decisão do Constituinte de 1988 em positivar o princípio da dignidade da pessoa humana, destaca Ingo Wolfgang Sarlet (2002, p. 68): consagrando expressamente, no título dos princípios fundamentais, a dignidade da pessoa humana como um dos fundamentos do nosso Estado Democrático (e Social) de Direito (art. 1º, inc. III, da CF), o nosso Constituinte de 1988 – a exemplo do que ocorreu, entre outros países, na Alemanha -,

(7)

além de ter tomado uma decisão fundamental a respeito do sentido, da finalidade e da justificação do exercício do poder estatal e do próprio Estado, reconheceu categoricamente que é o Estado que existe em função da pessoa, e não o contrário, já que o ser humano constitui a finalidade precípua, e não meio da atividade estatal.

O Constitucionalismo contemporâneo

O Constitucionalismo contemporâneo define a Constituição Federal como uma ordem objetiva de valores, ou seja, como o reflexo dos anseios da sociedade em um determinado momento histórico.

Essa nova ordem permite que valores que se constroem ao longo da História da sociedade aos poucos se incorporem ao texto constitucional, preservando-o, sempre, de acordo com as necessidades sociais, políticas e jurídicas de seu tempo.

Valores constitucionais

Afirma Flademir Jerônimo Belinati Martins (2003, p. 55) que os valores constitucionais são a mais completa tradução dos fins que a comunidade pretende ver realizados no plano concreto (da vida real) mediante a normatização empreendida pela Constituição [...].

Com efeito, enquanto ordem objetiva de valores, a Constituição cumpre o importante papel de transformar os valores predominantes em uma comunidade histórica concreta em normas constitucionais, com todos os efeitos e implicações que esta normatização possa ter.

Princípio da dignidade da pessoa humana

Desse entendimento do Constitucionalismo contemporâneo, depreende-se a necessidade de se compreender a positivação do princípio da dignidade da pessoa humana, não só como uma consequência histórica e cultural, mas como

(8)

valor que, por si só, agrega e se estende a todo e qualquer sistema constitucional, político e social. Portanto, reconhece-se que o ser humano passou a ser o centro de todo o ordenamento constitucional, devendo este trabalhar em prol do indivíduo e da coletividade e não o contrário.

A formulação principiológica da dignidade da pessoa humana, embora não lhe determine um conceito fixo, atribui-lhe a máxima relevância jurídica, cuja pretensão é a de ter plena normatividade, visto que foi colocada pelo Constituinte brasileiro em um patamar axiológico-normativo superior e, por isso, a importância do estudo desse princípio como valor-fonte, não apenas do sistema constitucional brasileiro e latino-americano, mas como fonte da hermenêutica constitucional contemporânea. Por isso, a importância do princípio também para o Direito Privado.

A Constituição Federal de 1988 destaca Flademir Jerônimo Belinati MARTINS

(2003, p. 50) quando cotejada com as Constituições anteriores não deixa de ser uma ruptura paradigmática a solução adotada pelo Constituinte na formulação do princípio da dignidade da pessoa humana. A Constituição brasileira de 1988 avançou significativamente rumo à normatividade do princípio quando transformou a dignidade da pessoa humana em valor supremo da ordem jurídica [...].

Nesse sentido, também destaca Ingo Wolfgang SARLET (2001, p. 111-112) que a qualificação da dignidade da pessoa humana como princípio fundamental traduz a certeza de que o art. 1o., inciso III, de nossa Lei Fundamental não

contém apenas uma declaração de conteúdo ético e moral (que ela, em última análise, não deixa de ter), mas que constitui uma norma jurídico-positiva com ‘status’ constitucional e, como tal, dotada de eficácia, transformando-se de tal sorte, para além da dimensão ética já apontada, em valor jurídico fundamental da comunidade.

(9)

brasileiro como uma norma que engloba noções valorativas e principiológicas, tornando-se preceito de observação obrigatória, fundamento da República Federativa do Brasil cujo valor no ordenamento constitucional deve ser considerado superior e legitimador de toda e qualquer atuação estatal e privada, individual ou coletiva.

A Constituição brasileira de 1988 atribuiu plena normatividade à dignidade da

pessoa humana, projetando-a para todo o sistema jurídico, político e social,

tornando-a o alicerce principal da República e do Estado Democrático de Direito e permitindo que possua proeminência axiológica-normativa sobre os demais princípios. Conclui Cármen Lúcia Antunes Rocha, citada por Flademir Jerônimo Belinati MARTINS (2003, p. 78) que a positivação do princípio como fundamento do Estado do Brasil quer significar, pois, que esse existe para o homem, para assegurar condições políticas, sociais, econômicas e jurídicas que permitam que ele atinja seus fins: que o seu fim é o homem, como fim em si mesmo que é, quer dizer, como sujeito de dignidade, de razão digna e supremamente posta acima de todos os bens e coisas, inclusive do próprio Estado.

Percebe-se, portanto, que a dignidade da pessoa humana deixou de ser uma mera manifestação conceitual do Direito Natural, para se converter em um princípio autônomo intimamente conectado à realização e concretização dos direitos.

Embora seja muito fácil identificar situações em que a dignidade é desrespeitada, maior dificuldade se encontra em definir o princípio da dignidade da pessoa humana, pois, tratando-se de um princípio aberto e não taxativo, possui múltiplos significados e efeitos. Será que você é capaz de defini-la? A dignidade da pessoa humana corresponde à qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade, implicando, neste sentido, um complexo

(10)

de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano, como venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover a sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.

Por ser incerto o conceito jurídico do princípio da dignidade da pessoa humana, o intérprete assume importante valor na sua construção como valor fonte do sistema constitucional brasileiro e reflexo da sociedade em que está inserido, uma vez que o ordenamento jurídico não concede a dignidade, pois esta é inerente ao ser humano, mas reconhece-a e compromete-se a promovê-la e protegê-la.

Dessa maneira, a dignidade da pessoa humana não é o único parâmetro de interpretação e sequer pode ser considerado absoluto, mas por força de sua proeminência axiológica-normativa deve ser considerada a principal fonte da hermenêutica constitucional. Assim, para uma correta interpretação do texto é necessário que o intérprete conheça todo o sistema constitucional e a realidade histórica e cultural em que está inserido, bem como, é essencial a leitura sistemática de todo o ordenamento jurídico.

O princípio da dignidade da pessoa humana é, portanto, um princípio fundamental do sistema constitucional brasileiro que confere racionalidade ao ordenamento jurídico e fornece ao intérprete uma pauta valorativa essencial ao correto entendimento e aplicação da norma. Trata-se, portanto, de uma valor-guia de toda a ordem jurídica, sendo que o caráter instrumental desse princípio evidencia-se na possibilidade de ser utilizado como parâmetro objetivo de aplicação, interpretação e integração de todo o sistema jurídico.

O princípio da dignidade da pessoa humana é uma cláusula aberta, de contornos ambíguos, que respalda o surgimento de novos direitos (não expressos, mas implícitos na Constituição Federal) e, por isso, necessita de

(11)

constante concretização e delimitação pela práxis constitucional. Assim, deverá o intérprete trabalhar com a noção de que se trata de qualidade inerente a todo e qualquer ser humano, e com a perspectiva em que se reconhece a existência de uma pauta de valores constitucionais reflexos da História da sociedade, em cujo centro está, inafastável e inderrogável, a dignidade da pessoa humana. Será que analisando as relações privadas você consegue identificar situações em que o princípio da dignidade da pessoa humana se evidencia?

Direito natural

Percebe-se, portanto, que a dignidade da pessoa humana deixou de ser uma mera manifestação conceitual do Direito Natural para se converter em um princípio autônomo intimamente conectado à realização e concretização dos direitos.

Embora seja muito fácil identificar situações em que a dignidade é desrespeitada, maior dificuldade se encontra em definir o princípio da dignidade da pessoa humana, pois, tratando-se de um princípio aberto e não taxativo, possui múltiplos significados e efeitos.

Será que você é capaz de defini-la?

Conceito: dignidade da pessoa humana

A dignidade da pessoa humana corresponde à qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano, que o faz merecedor do mesmo respeito e consideração por parte do Estado e da comunidade. Nesse sentido, implica-se um complexo de direitos e deveres fundamentais que assegurem a pessoa tanto contra todo e qualquer ato de cunho degradante e desumano quanto venham a lhe garantir as condições existenciais mínimas para uma vida saudável, além de propiciar e promover a sua participação ativa e corresponsável nos destinos da própria existência e da vida em comunhão com os demais seres humanos.

(12)

Correta interpretação do texto

Por ser incerto o conceito jurídico do princípio da dignidade da pessoa humana, o intérprete assume considerável importância na sua construção como valor-fonte do sistema constitucional brasileiro e reflexo da sociedade em que está inserido, uma vez que o ordenamento jurídico não concede a dignidade, pois esta é inerente ao ser humano, mas reconhece-a e compromete-se a promovê-la e protegê-promovê-la.

Dessa maneira, a dignidade da pessoa humana não é o único parâmetro de interpretação e sequer pode ser considerado absoluto, mas, por força de sua proeminência axiológica-normativa, deve ser considerada a principal fonte da hermenêutica constitucional.

Resumo

Assim, para uma correta interpretação do texto, é necessário que o intérprete conheça todo o sistema constitucional e a realidade histórica e cultural em que está inserido, bem como, é essencial a leitura sistemática de todo o ordenamento jurídico.

O princípio da dignidade da pessoa humana é, portanto, um princípio fundamental do sistema constitucional brasileiro, que confere racionalidade ao ordenamento jurídico e fornece ao intérprete uma pauta valorativa essencial ao correto entendimento e aplicação da norma.

Trata-se, portanto, de uma valor-guia de toda a ordem jurídica, sendo que o caráter instrumental desse princípio evidencia-se na possibilidade de ser utilizado como parâmetro objetivo de aplicação, interpretação e integração de todo o sistema jurídico.

O princípio da dignidade da pessoa humana é uma cláusula aberta, de contornos ambíguos, que respalda o surgimento de novos direitos (não expressos, mas implícitos na Constituição Federal) e, por isso, necessita de

(13)

constante concretização e delimitação pela práxis constitucional. Assim, deverá o intérprete trabalhar com a noção de que se trata de qualidade inerente a todo e qualquer ser humano, e com a perspectiva em que se reconhece a existência de uma pauta de valores constitucionais (reflexos da história da sociedade) em cujo centro está inafastável e inderrogável, a dignidade da pessoa humana.

Constituição Federal de 1988

Será que analisando as relações privadas você consegue identificar situações em que o princípio da dignidade da pessoa humana se evidencia? Veja:

Nas aulas anteriores, vimos que a Constituição Federal de 1988 elevou à categoria de direitos constitucionais temas que antes eram considerados problemas exclusivos do Direito Privado. Com isso, o Direito Civil deixa de ser o ‘locus’ privilegiado do indivíduo para se aproximar agora do Direito Constitucional.

Esse movimento de constitucionalização do Direito Civil impulsionou o desenvolvimento do Direito Civil Constitucional, “fruto do processo de elevação ao plano constitucional dos princípios fundamentais do Direito Civil, que passam a condicionar a observância pelos cidadãos, e a aplicação pelos tribunais, da legislação infraconstitucional” (LÔBO, 1999, p. 100).

Portanto, além da aplicação vertical da Constituição Federal às relações privadas, torna-se também possível a aplicação horizontal dos princípios e direitos constitucionais (considerados autoaplicáveis), sendo a Constituição o filtro axiológico de toda e qualquer interpretação das relações civis, acolhendo-se, assim, a ideia de unidade do ordenamento. Por isso, Gustavo Tepedino (2009, p. 27) afirma que “o Código Civil passa a ser o que a ordem pública constitucional permite que possa sê-lo”, devendo, dessa forma, ser sempre interpretado de acordo com as normas constitucionais, colocando-se a pessoa e sua dignidade como centro de toda tutela.

(14)

Princípio, valor e regra

Entendido o movimento de constitucionalização do Direito Privado e a centralização do sistema na Constituição Federal, tendo por pressuposto o valor-fonte dignidade da pessoa humana, vamos agora estudar alguns princípios constitucionais de Direito Privado que serão importantes para as próximas aulas.

Antes de iniciarmos, vale lembrar a diferença entre princípio, valor e regra.

Princípios

Os princípios constituem expressão dos valores fundamentais que informam o sistema jurídico, conferindo harmonia e unidade às normas que o compõem.

Valores

Se é verdade que os valores são dotados de menor normatividade que os princípios...

Regras

...não se pode negar que as regras possam também ser utilizadas como fontes de interpretação, ainda que de forma mediata ou reflexa, principalmente quando se procede à análise de situações concretas.

O sistema constitucional constitui instrumento de realização de valores reconhecidos pela sociedade, e este caráter instrumental do sistema jurídico constitucional permite que valores, como a dignidade da pessoa humana, ganhem, ao menos indiretamente, certo grau de normatividade. Nesse sentido, Cármen Lúcia Antunes Rocha, citada por Flademir Jerônimo Belinati Martins (2003, p. 57), ensina que os princípios constitucionais são os conteúdos intelectivos dos valores superiores adotados em dada sociedade política,

(15)

materializados e formalizados juridicamente para produzir uma regulação política no Estado. Aqueles valores superiores encarnam-se nos princípios que formam a própria essência do sistema constitucional, dotando-o, assim, para cumprimento de suas funções de normatividade jurídica. A sua opção ético-social antecede a sua caracterização normativo-jurídica. Quanto mais coerência guardar a principiologia constitucional com aquela opção, mais legítimo será o sistema jurídico e melhores condições de ter efetividade jurídica e social.

Valores

Valores constitucionais possuem três funções: 1

Fundamento do ordenamento jurídico e informador do sistema jurídico-político. 2

Orientador dos fins a serem perseguidos na execução de atos públicos ou particulares.

3

Crítica de fatos ou condutas.

Os valores constitucionais, como diretivas gerais que são, constituem o contexto axiológico-fundamentador da interpretação do ordenamento jurídico e, desse entendimento, não se afasta o papel jurídico-constitucional atribuído à dignidade da pessoa humana, ainda que tal previsão possa ser apenas implícita ou indireta.

Princípios

São normas dispostas em linguagem normativa (deôntica) e que não determinam expressamente as condições que tornam sua aplicação necessária.

(16)

Estabelecem um fundamento que marcam uma direção ao intérprete e, conforme ensina Antonio Enrique Pérez Luño (1999, p. 292), diference-se dos valores por apresentarem um maior grau de concreção e especificação do que estes, sendo capazes de ser fonte imediata e direta de soluções jurídicas.

Os princípios, portanto, possuem grande significado hermenêutico (são mandados de otimização, ou seja, “dever-ser”) e atuam como fontes do direito ou determinações de valor, recebendo especial orientação daqueles valores que concretizam. São, assim, vinculantes e dotados de plena juridicidade. O princípio da dignidade da pessoa humana possui inquestionável componente axiológico-normativo e, por isso, a doutrina, de maneira geral, ao se referir a ele, o faz sem distinguir princípio ou valor.

Regras

Regras são espécies de normas jurídicas que possuem um suporte

fático-hipotético mais fechado e limitado do que os princípios. As regras são aplicadas pela técnica de subsunção, ou seja, na forma do tudo ou nada (ou o fato se enquadra na hipótese descrita na lei, ou a norma a ele não se aplica).

Diferente dos princípios que se apresentam mais amplos e abertos, podendo apontar para várias soluções, as regras, por serem fechadas, apresentam soluções mais limitadas. Enquanto os princípios admitem ponderação, as regras não a permitem.

De qualquer forma, independente se princípio, regra ou valor, sendo constitucional, deverão ser obrigatoriamente observados na análise das relações privadas, independente de estarem contemplados no Código Civil ou não.

A partir dessas diferenças, passamos agora à análise de alguns princípios constitucionais que tiveram grande impacto no Direito Civil brasileiro.

(17)

Mínimo existencial (patrimônio mínimo)

Não se trata de princípio expresso na Constituição Federal, mas que pode ser deduzido da própria dignidade da pessoa humana. Ensina Luiz Edson FACHIN (2008, p. 271-281) que “’mínimo’ e ‘máximo’ podem não ser duas espécies do gênero ‘extremo’. São as barreiras que fixam a essência de cada coisa e delimitam o seu poder e as propriedades. A sustentação do mínimo não quantifica nem qualifica o objeto. [...]. É de equilíbrio que se vale este texto. De uma quantidade suscetível de diferentes grandezas ou de uma grandeza suscetível de vários estados, em que o mínimo não seja o valor menor, ou o menor possível, e o máximo não seja necessariamente o valor maior, ou o maior possível. Próximos ou distintos, os conceitos jurídicos e as categorias não jurídicas podem dialogar. [...]. É um conceito apto à construção do razoável e do justo ao caso concreto, aberto, plural e poroso ao mundo contemporâneo.” Por isso, quando se fala do núcleo mínimo referente ao princípio da dignidade da pessoa humana, além da saúde, também compõem o seu conteúdo: a educação, a assistência aos desamparados e o acesso à Justiça. Não há dúvidas, então, de que o mínimo existencial também se aplica às relações privadas e, embora se possa afirmar que o conteúdo do que é vida digna é subjetivo, apreciando-se o contexto em que ela é exercida, pode-se observar e apurar características objetivas.

Princípio da Solidariedade (solidarismo ou socialidade)

Decorre dos valores éticos previstos recebidos pelo ordenamento jurídico. A solidariedade, segundo Paulo Luiz Netto Lôbo, “significa um vínculo de sentimento racionalmente guiado, limitado e autodeterminado que compele à oferta de ajuda, apoiando-se em uma mínima similitude de certos interesses e objetivos, de forma a manter a diferença entre os parceiros na solidariedade”. É princípio que impõe o atuar responsável em relação ao próximo, ou seja, cada um é responsável pela existência social do outro. Trata-se de impor a harmonização entre interesses individuais e interesses coletivos ou sociais, realizando-se uma verdadeira igualdade social. No âmbito civil, pode ser

(18)

verificada na imposição de tutela especial às crianças, adolescentes, idosos e pessoas portadoras de necessidades especiais; às relações decorrentes de parentesco e de afetividade; à proteção especial conferida ao consumidor (vulnerável).

Princípio da Igualdade

Trata-se, aqui, de igualdade material e igualdade formal, estabelecendo-se a todos o direito ao mesmo tratamento legal (tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de suas desigualdades). É princípio que veda as distinções arbitrárias, o tratamento injustificadamente desigual, sejam decorrentes da própria lei ou da aplicação desta. Admitem-se, no entanto, as discriminações positivas, ou seja, os tratamentos diferenciados que compensem desigualdades sociais, econômicas e culturais, assegurando-se a igualdade material. Pode ser observado na determinação da igualdade entre os gêneros; da proibição de qualificações diferentes aos filhos; desaparecimento das relações familiares hierarquizadas entre os cônjuges e companheiros. Intimamente ligado ao princípio da igualdade, encontra-se o princípio da justiça distributiva, que se traduz na máxima “dar a cada um o que é seu”.

Princípio da Liberdade

Refere-se ao livre poder de escolha ou, simplesmente, à autonomia e decorrente do próprio princípio do pluralismo democrático. Zulmar FACHIN (2012, p. 261) explica que “a liberdade negativa, tomada no sentido político, significa ausência de impedimento ou de constrangimentos, uma situação na qual um sujeito tem a possibilidade de agir sem ser impedido, ou de não agir sem ser obrigado por outros sujeitos. A liberdade positiva, tomada em sentido político, deve ser entendida como a situação na qual um sujeito tem a possibilidade de orientar seu próprio querer no sentido de uma finalidade, de tomar decisões sem ser determinado pelo querer dos outros. Essa forma de liberdade é também chamada de autodeterminação ou, ainda mais propriamente, de autonomia”.

(19)

Evidente não se tratar de princípio absoluto, porque encontrará limites em outros princípios ou regras constitucionais. Pode ser verficado no direito ao livre planejamento familiar; na liberdade de contratar; na liberdade de escolher a forma de constituição de família; na liberdade de definição dos modelos educacionais; na liberdade de escolha religiosa...

Princípio da Função Social

“Em latim, a palavra ‘functio’ é derivada do verbo ‘fungor’ (‘functus sem’, fungi), cujo significado é de cumprir algo, desempenhar uma tarefa, ou seja, cumprir uma finalidade, funcionalizar” (Guilherme CALMON, 2008. p. 4). No ordenamento constitucional, trata-se de princípio de conteúdo aberto, que deverá ser analisado no caso concreto com base em valores éticos, sociais e econômicos.

Portanto, falar em função social é impor a determinados institutos e categorias que desempenhem um fim social, estando, assim, intimamente ligada ao princípio da solidariedade. Compreende não só um limite externo a direitos subjetivos, mas é destes parte integrante, desempenhando, assim, dupla função: a) instrumento coativo ao aproveitamento do objeto; b) imposição de sanções pelo não aproveitamento do objeto.

Pode ser verificada na expressa previsão da função social da propriedade (que conduz também à função social dos contratos e da empresa); função social da família. Esse conjunto de princípios gerais constitucionais influenciaram de forma determinante todo o Direito Privado, como veremos nas próximas aulas.

Atividade proposta

Assista ao vídeo a seguir, cuja discussão trazida por este episódio de Justice (da Harvard University), opõe-se utilitarismo e personalismo. Em linhas bastante genéricas, o utilitarismo se resume na máxima “os fins justificam os meios”, enquanto o personalismo coloca como centro de toda a atuação a pessoa, limitando, dessa forma, os meios para se alcançar determinados fins.

(20)

Com base no que você estudou nesta aula e nas discussões constantes no vídeo, é possível afirmar que há no Brasil um direito absoluto à liberdade? Você seria capaz de identificar na codificação ou na legislação civil princípios que confirmem ou neguem sua resposta?

Chave de resposta: Não há um direito absoluto à liberdade, embora seja ela

um direito fundamental. O direito à liberdade é limitado no Brasil pelo princípio constitucional da dignidade da pessoa humana, fonte de todo o ordenamento. Portanto, parece ter optado o legislador brasileiro pelo personalismo.

As discussões com relação à liberdade e a intervenção do Poder Público na esfera privada voltaram ao centro das atenções em maio/junho de 2014 com a aprovação do Projeto de Lei nº 58/2014 (conhecido como Lei da Palmada). Trata-se de lei que limita a liberdade dos pais com relação aos direitos e deveres decorrentes do exercício do poder familiar, criminalizando o castigo físico e psicológico. Os defensores da lei invocam a proteção da dignidade da criança e do adolescente, enquanto os opositores defendem a liberdade de educar conforme seus próprios preceitos de moralidade. Reflita sobre o assunto e tome um posicionamento jurídico sobre ele: você concorda com a limitação?

Material complementar

Para saber mais sobre o princípio da dignidade humana e o direito privado, leia os artigos e matérias disponíveis em nossa biblioteca virtual.

Referências

BONAVIDES, P. Curso de direito constitucional. 11.ed. São Paulo: Malheiros, 2001.

(21)

DELGADO, Mário Luiz. Codificação, descodificação e recodificação do

direito civil brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2011.

DUQUE, Marcelo Schenk. Direito privado e constituição. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

FACHIN, Luiz Edson. Teoria crítica do direito civil. Rio de Janeiro: Renovar, 2012.

______. Estatuto jurídico do patrimônio mínimo. Rio de Janeiro: Renovar, 2008.

FACHIN, Zulmar. Curso de direito constitucional. 5a ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.

GAMA, Guilherme Calmon Nogueira (Coord.). Função social no direito civil. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2008.

LÔBO, Paulo Luiz Netto. Constitucionalização do direito civil. In: Revista de Informação Legislativa. Brasília, n. 141, jan./mar. 1999. Disponível em: http://olibat.com.br/documentos/Constitucionalizacao%20Paulo%20Lobo.pdf Acesso em: 26 ago. 2014.

MARTINS, Flademir J. B. Dignidade da pessoa humana. Curitiba: Juruá, 2003.

SARLET, Ingo Wolfgang. A eficácia dos direitos fundamentais. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2001.

______. Dignidade da pessoa humana e direitos fundamentais. 2. ed. rev. e amp. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2002.

Exercícios de fixação

Questão 1

Assinale a alternativa correta:

I. O Direito Civil clássico foi construído sobre três pilares considerados estáticos: família, contrato e propriedade.

II. A família prevista no Código Civil vigente corresponde aos arranjos familiares presentes na sociedade brasileira atual.

(22)

III. O Direito não é considerado um fenômeno social. Por isso, deve o Direito Civil preocupar-se apenas com categorias e institutos jurídicos.

IV. Para adequar o Direito Civil brasileiro à nova realidade social, basta a revisão de conceitos e significados clássicos, como os próprios conceitos de família, propriedade e contrato.

a) Estão corretas I e II

b) Está correta a alternativa I c) Estão corretas III e IV d) Todas estão corretas

Questão 2

Sobre a dignidade da pessoa humana, é correto afirmar que:

I. É fonte apenas do Direito Constitucional, não influenciando os demais ramos do Direito.

II. Não é prevista expressamente na Constituição Federal, sendo apenas fruto da interpretação teleológica da Constituição Federal.

III. A dignidade da pessoa humana consagrada constitucionalmente obriga que o Estado reconheça que ele existe em função da pessoa e não o contrário. IV. A previsão constitucional do princípio da dignidade da pessoa humana não permite concluir ser a pessoa o centro de todo o ordenamento, devendo o Estado trabalhar apenas em prol de coletividades e não do indivíduo.

a) Estão corretas I e II

b) Está correta a alternativa III c) Estão corretas III e IV d) Todas estão corretas

(23)

Questão 3

Analise as assertivas adiante:

I. O reconhecimento do princípio da dignidade da pessoa humana pelo Constituinte de 1988 representa uma declaração apenas de conteúdo ético. II. A dignidade da pessoa humana no ordenamento brasileiro é mera manifestação do Direito Natural.

III. A dignidade da pessoa humana não é o único parâmetro de interpretação, mas deve ser considerada a principal fonte da hermenêutica civil-constitucional. IV. O princípio da dignidade da pessoa humana fornece ao intérprete do Direito uma pauta valorativa essencial ao correto entendimento e aplicação da norma.

a) As assertivas I e II estão corretas b) As assertivas II e III estão corretas c) As assertivas I e IV estão corretas d) As assertivas III e IV estão corretas

Questão 4

Certo ou errado? O princípio da dignidade da pessoa humana é uma cláusula

aberta de contornos perfeitamente delimitados pela própria Constituição Federal, que não deixa espaço ao intérprete.

a) Certo b) Errado

Questão 5

É situação privada que afronta o princípio da dignidade da pessoa humana: a) O pai que castigar fisicamente uma criança para ensinar-lhe a se

comportar.

(24)

c) Agir com probidade e boa-fé em todas as fases da relação contratual. d) Reconhecer a união homoafetiva como forma de constituição de família.

Questão 6

Certo ou errado? O princípio da autonomia privada para a realização de

negócios jurídicos se fundamenta no valor da liberdade, embora possa este possa estar limitado por normas de ordem pública e natureza cogente.

a) Certo b) Errado

Questão 7

Assinale a alternativa correta:

I. Regras constitucionais só podem ser aplicadas às relações civis se tiverem sido expressamente repetidas pelo Código Civil.

II. A constitucionalização do Direito Civil corresponde ao processo de elevação ao plano constitucional de categorias e institutos que antes eram considerados problemas apenas do Direito Privado.

III. Na análise das relações privadas, aplica-se subsidiariamente a Constituição Federal.

IV. A centralização de todo ordenamento civil na Constituição Federal tem por pressuposto a proteção do patrimônio.

a) Está correta a opção II b) Estão corretas II e III c) Estão corretas III e IV d) Estão corretas I, II e III

(25)

Sobre a diferença entre princípios, regras e valores é correto afirmar:

a) Princípios são mandados de definição com tipicidade fechada e generalidade.

b) Regras são mandados de otimização que se aplicam na forma do tudo ou nada e, por isso, possuem tipicidade aberta.

c) Valores têm menor normatividade que princípios, mas isso não significa que não tenham a mesma relevância, podendo ser aplicados como fontes de interpretação.

Questão 9

Analise as assertivas adiante:

I. Pelo princípio da solidariedade, opõe-se a obrigação de prestar alimentos. II. Em virtude do princípio da igualdade, manteve-se a distinção entre homem e mulher na condução da sociedade conjugal, concentrando-se a direção familiar nas mãos do homem.

III. Em virtude do princípio da liberdade, entende-se ser absoluta a autonomia privada nas relações contratuais.

IV. Em virtude da função social, reconhece-se o direito à desapropriação de terras.

a) Estão corretos os itens I e II b) Estão corretos os itens III e IV c) Estão corretos os itens I e III d) Estão corretos os itens II e IV

Questão 10

São princípios constitucionais que se aplicam às relações privadas, exceto: a) Princípio da igualdade

(26)

b) Independência de poderes

c) Mínimo existencial e dignidade da pessoa humana d) Princípio da liberdade

Emancipação: Significa o ato de tornar livre ou independente. O termo é

aplicado em muitos contextos como emancipação de menor, emancipação da mulher, emancipação política, etc.

Aula 4

Exercícios de fixação

Questão 1 - B

Justificativa: A família prevista no CC/02 não dá conta dos novos arranjos familiares, como, por exemplo, as uniões e casamentos homoafetivos. O Direito é um fenômeno social e, por isso, as transformações sociais também devem ser consideradas fontes de Direito. Para adequar o Direito Civil às novas realidades sociais, não basta revisar conceitos e significados clássicos, é preciso superar o modelo clássico tecnicista.

Questão 2 - B

Justificativa: A dignidade da pessoa humana, expressamente prevista no art. 1o, III, CF, é valor-fonte de todo o ordenamento jurídico brasileiro, reconhecendo-se a pessoa o centro de proteção e de atuação do Estado.

Questão 3 - D

Justificativa: O reconhecimento do princípio da dignidade da pessoa humana pelo Constituinte de 1988 não representa uma declaração apenas de conteúdo

(27)

ético, mas constitui uma norma jurídico-positiva constitucional, sendo, portanto, muito mais do que mera manifestação do Direito Natural.

Questão 4 - B

Justificativa: O princípio da dignidade da pessoa humana é uma cláusula aberta, cujos contornos não estão delineados na CF/88, deixando-se ao intérprete amplo espaço de atuação.

Questão 5 - A

Justificativa: Embora educar o filho seja um dever decorrente do poder familiar, entende-se que o castigo físico é uma forma de agressão à dignidade da criança.

Questão 6 - A

Justificativa: A questão trabalha a diferença entre princípio (mandado de otimização) e valor.

Questão 7 - A

Justificativa: Regras, princípios e valores constitucionais são sempre aplicáveis às relações privadas, independente de estarem previstos expressamente no Código Civil. Os princípios, regras e valores previstos na Constituição Federal devem ser aplicados vertical e horizontalmente, e não apenas subsidiariamente. A centralização na Constituição Federal tem por pressuposto a dignidade da pessoa humana.

Questão 8 - C

Justificativa: Princípios são mandados de otimização com tipicidade aberta e generalidade, e regras são mandados de definição com tipicidade fechada e descrição de condutas. O princípio da dignidade da pessoa humana possui normatividade, embora seja também considerado um valor.

(28)

Justificativa: O princípio da igualdade veda qualquer tipo de diferenciação na direção da sociedade conjugal. Além disso, não é absoluto e, por isso, a autonomia contratual pode ser limitada por outras normas.

Questão 10 - B

Justificativa: A independência entre os poderes em nada se associa às relações privadas.

Referências

Documentos relacionados

(MORAES, Maria Celina Bodin de. A caminho de um direito civil constitucional. Perfis do Direito Civil: Introdução ao Direito Civil Constitucional. Rio de

Novo curso de direito civil: Direito de família - as famílias em perspectiva constitucional.. São

Por consequência, também será demonstrada a importância da função social do contrato para a evolução da teoria contratual, que passa a reconhecer o contrato

Quanto às margens de comercialização, considerando o produto de Santa Catarina vendido na cidade de São Paulo, o produtor incorporou 43,3% do valor pago pelo consumidor, o

Para visualizar o Termo de Compromisso, basta acessar as Informações Exclusivas dos Departamentos e clicar no link Termo de Compromisso, que se encontra no menu

Sendo a distância em linha reta, medida pelo Google, entre Amares e Viana do Castelo de 40,29 quilômetros, e tomando como refe- rência a medida da antiga légua portuguesa antes

Tivemos o Dia da Escola Aberta em que, unidos por uma linha condutora, mostrámos “Portugal No Seu Melhor” com alunos, professores, pais, APEP e funcionários a apresentarem o que

A comunidade internacional em mudança / Adriano Moreira ; Armando Marques Guedes (pref.) URL: Almedina [Link permanente] Língua: português: País: Portugal: …. A comunidade