DIREITO
Petição Inicial (CPC, 282) Indeferimento
(CPC, 295) Deferimento
Diligências para emendar ou complementar a inicial (CPC, 284) Sentença de Improcedência (CPC, 285-A) Indeferimento (CPC, 295) Cabe apelação (CPC, 296) Juiz pode retratar (CPC,
296, pár. único)
Citação (CPC, 285) Exceções
(CPC, 304) Réu não responde
Contestação (CPC, 300 Reconvenção (CPC, 315) Suspensão do processo (CPC, 265, III) Efeito da revelia (CPC, 319)
Não há efeito da revelia (CPC, 320) Especificação de provas (CPC, 324) Contestação à reconvenção (CPC, 316) Providências preliminares (CPC, 325-327)
Julgamento conf. estado do processo Julgamento antecipado da lide (CPC, 330) Audiência de conciliação (CPC, 330) Extinção do Processo (CPC, 329) Perícia (CPC, 311) Audiência de Instrução (CPC, 444-457) Sentença (CPC, 458)
Dispositivo
Acesso à justiça (CF, art. 5º, XXXV)
Estado depende de provocação (CPC, art. 2º)
As partes devem apresentar e requerer o que de
direito, e as
provas
que pretendem produzir
Princípio da Oralidade
No Brasil: predomínio da oralidade
Identidade física do Juiz (CPC, art. 132)
▪ “Processo Civil. Identidade física do juiz. Se houve produção de prova em audiência, o juiz que a presidiu fica vinculado, devendo sentenciar o feito, salvo nas hipóteses previstas no art. 132 do CPC. Cuida-se de competência funcional, de caráter absoluto. Recurso conhecido e provido”. (REsp 56.119/PE, Rel. Ministro Waldemar
Concentração dos atos processuais (CPC, art. 455)
▪ “[...] 1. No procedimento sumário, vige o princípio da
concentração dos atos processuais. A exceção de
incompetência e a contestação devem ser oferecidas concomitantemente, não sendo possível, como na hipótese dos autos, a apresentação da exceção de foro e, posteriormente à aludida audiência, o oferecimento de peça contestativa. 2. A ausência de contestação na audiência de
conciliação do procedimento sumário acarreta,
inequivocamente, a revelia do réu. [...]”. (BRASIL. STJ. REsp
657.002/SP, Rel. Ministro Vasco Della Giustina (Des. Conv. Do TJ/RS), Terceira Turma, julgado em 11/05/2010, DJe 24/05/2010.
•
Princípio da Imediatidade (CPC, art. 446, II)
•
A prova, deve ser colhida pelo juiz
•
É exceção: a prova colhida por precatória (CPC, arts.
202 e 410, II), depoimentos antecipados (CPC, 410,
I) ou tomados emprestados, audiência de enfermos
ou incapacitados de comparecer à presença do juiz
(CPC, 410, III) e ainda das autoridades públicas
(CPC, arts. 410, IV e 411).
Princípio da Imparcialidade (
CPC, art. 130). Atuação subsidiária do magistrado na colheita da prova
STJ: “[...] 2. A imparcialidade do magistrado, um dos pilares
do princípio do juiz natural, que reclama juiz investido na função, competente e eqüidistante dos interesses pessoais das partes, se inclui entre os pressupostos de validade da relação processual, e não pode ser ilidido por afirmação genérica e subjetiva, desprovida de prova de favorecimento do autor. [...]”. STJ. AgRg no Ag 592.004/GO, Rel. Ministro
Princípio do contraditório
Status constitucional (CF, art. 5º, inc. LV)
Todos os meios de provas são permitidos?
O que isso significa no direito probatório?
Princípio da motivação das decisões
Controle das razões apresentadas pelo Juiz
Ao prolatar sua decisão o “juiz analisará as
questões de fato e de direito” (CPC, art.
458, II) e também as fundamentará (CF,
art. 93, IX), tudo sob pena de nulidade, isto
é, o juiz declinará “as razões, de fato e de
direito, que o convenceram a decidir a
questão daquela maneira”. (NERY JÚNIOR,
Por que a
motivação é
importante?
A motivação é importante, “pois viabiliza
aferir a vinculação do juiz à prova, o
conhecimento das razões com vistas a um
recurso adequado, a intentação de ações
rescisória, mandado de segurança e a
uniformização
da
jurisprudência”.
No entender de Taruffo (2002, p. 435), há um
controle ex ante que é a contradição entre as
partes e, um controle ex post que pode ser
exercido através da motivação da sentença,
pois que, a partir de sua fundamentação é
possível um posterior controle sobre as
razões
apresentadas
pelo
juiz
como
FUNÇÃO DA PROVA
Prova tem origem em probatio que significa
reto, bom ou honrado.
Provar é demonstrar a verdade de uma
proposição afirmada
Meio: forma pela qual as parte e o juiz trazem
ao caderno processual as fontes de prova
Atividade: aquela desenvolvida pelas partes Resultado: é o extrato do produzido nos autos
FUNÇÃO DA PROVA
Averiguação ou
verificação
FUNÇÃO DA PROVA
Verificação: arts. 13, 110, 133, 134, 183,
193, 218, 265, 267, 284, 295, 301, 314, 324, 327, 373, 420, 442, 476 e 485.
Averiguar: art. 1.107 do CPC – Voluntária
OBJETO DA PROVA
O que se
prova em
OBJETO DA PROVA
Fatos?
Afirmações
feitas?
OBJETO DA PROVA
§ 2º do art. 277: “reputar-se-ão verdadeiros os fatos
alegados na petição inicial”.
art. 285, ao preconizar que se presumirão “como verdadeiros, os fatos articulados pelo autor”.
art. 302, quando se diz que “presumem-se verdadeiros
os fatos não impugnados”.
o art. 319, ao ditar que, se “o réu não contestar a ação, reputar-se-ão verdadeiros os fatos afirmados pelo
autor”
o art. 803, ao firmar que, “presumir-se-ão aceitos pelo requerido, como verdadeiros, os fatos alegados pelo
OBJETO DA PROVA
Provam-se:
as alegações
controvertida
OBJETO DA PROVA
Há algo que
não precisa
ser provado?
OBJETO DA PROVA
Art. 334. Não dependem de prova os fatos:
I
– notórios;
II
-
afirmados
por
uma
parte
e
confessados pela parte contrária;
III
-
admitidos,
no
processo,
como
incontroversos;
IV - em cujo favor milita presunção legal
de existência ou de veracidade.
OBJETO DA PROVA
E o direito,
precisa ser
Da mihi
factum et
OBJETO DA PROVA
◦
Art.
337.
A
parte,
que
alegar
direito
municipal,
estadual,
estrangeiro
ou
consuetudinário,
provar-lhe-á o teor e a vigência, se
assim o determinar o juiz.
QUESTÕES
Em qual momento processual
é que se define o que cada
parte deve provar?
Somente pontos
controvertidos é que devem
ser provados? Como assim?
ÔNUS DA PROVA
O que é o
ônus?
ÔNUS DA PROVA
Encargo, atribuído pela lei a
cada uma das partes, de
demonstrar a ocorrência dos
fatos
de
seu
próprio
interesse para as decisões a
serem
proferidas
no
processo.
(DINAMARCO,
ÔNUS DA PROVA
É igual as
obrigações
ou deveres?
ÔNUS DA PROVA
Ônus são atividades que devem ser
desempenhadas para gerar benefícios
àquele que as tiver cumprido, e, uma
vez que tenha sido omisso neste mister,
as
conseqüências
negativas
da
omissão
sobre
este
recaem
não
havendo reflexo na outra parte, que de
outro lado, uma vez que o cumpra, deste
se libera. (MEDINA; WAMBIER; 2009, p.
115).
ÔNUS DA PROVA
O não
cumprimento do
ônus, o que
ÔNUS DA PROVA
a)
perda
automática
do
processo;
b) nenhum prejuízo acarreta;
c) dependendo de quem for a
outra parte, o processo está
perdido;
d) aumenta o risco de uma
ÔNUS DA PROVA
Divide-se em dois momentos:
1º:
Indicativo
da
conduta
processual
(subjetiva)
Carga probatória de cada parte Ônus de demonstrar o alegado
2º: Critério de julgamento (objetiva)
Se provado o juiz julga conforme a prova
Se não provado, o juiz pode julgar contra ante a não comprovação da alegação
ÔNUS DA PROVA: ESTRUTURA
O
ônus
da
prova
tem
por
finalidade não só indicar às partes
quais fatos deverão ser provados,
mas também de prever qual das
partes sofrerá a consequência
desfavorável dentro do processo,
na
hipótese
em
que
ocorra
ausência
de
prova.
(CABRAL,
2008, p. 135).
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Fixa o CPC, no art. 333:
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Parágrafo único. É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do direito.
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Fato constitutivo
São os fatos que dão vida a uma
vontade
concreta
de
lei
e
à
expectativa de um bem por parte de
alguém,
conforme
assevera
Chiovenda (1998, p. 22) ou então, na
palavra de Dinamarco (2001a, p. 253)
é que dão vida a um direito antes
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Fatos extintivos:
Fatos que fazem cessar uma vontade
concreta
de
lei
e
a
consequente
expectativa de um bem, como é caso, do
pagamento, remissão de dívida, perda da
coisa devida (CHIOVENDA, 1998, p. 22)
ou como prefere Dinamarco (2001, p.
254), têm a eficácia de causar a morte
dos direitos
”.
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Fatos impeditivos partem da negação de uma das circunstâncias do fato constitutivo, isto é, falta das causas
concorrentes, falta que impede no caso concreto, ao fato constitutivo, produzir o efeito que lhe é próprio. (CHIOVENDA,
1998, p. 23).
No STJ: CIVIL E PROCESSO CIVIL. EXCEPTIO NON
ADIMPLETI CONTRACTUS. EFEITO PROCESSUAL. A exceção de contrato não cumprido constitui defesa indireta de mérito (exceção substancial); quando acolhida, implica a improcedência do pedido, porque é uma das espécies de fato impeditivo do direito do autor, oponível como preliminar de mérito na contestação (CPC, art. 326). Recurso especial conhecido e provido. (REsp 673.773/RN, Rel. Ministra Nancy Andrighi, Rel. p/
Acórdão Ministro Ari Pargendler, Terceira Turma, julgado em 15/03/2007, DJ 23/04/2007, p. 256.)
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Fatos modificativos, estes são os responsáveis por alterações
objetivas ou subjetivas da relação jurídica substancial, como a novação objetiva ou a cessão de crédito. (DINAMARCO, 2001a, p. 254).
STJ: PROCESSO CIVIL TRIBUTÁRIO EXECUÇÃO DE SENTENÇA
-ACÓRDÃO - OMISSÃO - NÃO-OCORRÊNCIA - ARTS. 301, 302, 319 e 598 DO CPC E ART. 7º DA LEI 9.250/96 PREQUESTIONAMENTO -INEXISTÊNCIA - COMPENSAÇÃO - REALIZAÇÃO - ÔNUS DO EXECUTADO. (...) 3. É ônus da Fazenda Pública executada comprovar o fato modificativo ou extintivo do direito do autor/exeqüente, consistente na prévia compensação dos valores indevidamente recolhidos a título de imposto sobre a renda. 4. Não se está a exigir prova de fato negativo. Tal ônus existiria se fosse exigido do autor provar que não efetuou a compensação do indébito. (...). (REsp 1074219/DF, Rel. Ministra Eliana
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
E se a alegação não
restar provada nos
autos?
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
a) informar que não irá sentenciar;
b) ligar para o juiz formador;
c) engavetar o processo;
d)
proferir sentença, pois que obrigado
à isso.
ÔNUS DA PROVA: DISTRIBUIÇÃO
Não se esqueça da vedação ao
julgamento
non
liquet,
conforme
contido no art. 126 do CPC:
O juiz não se exime de sentenciar ou
despachar
alegando
lacuna
ou
obscuridade da lei. No julgamento da lide
caber-lhe-á aplicar as normas legais; não
as havendo, recorrerá à analogia, aos
costumes e aos princípios gerais de
direito.
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Trata-se, na visão de Dinamarco (2001b, p. 76)
da possibilidade de alteração das regras
legais sobre a distribuição do ônus da
prova, impostas ou autorizadas por lei, que
tem por finalidade, proteger a parte que teria
excessiva dificuldade na produção da prova
ou para oferecer proteção à parte que, na
relação
jurídica
substancial,
está
em
posição
de
desigualdade,
parte
mais
vulnerável. Visa proporcionar a igualdade
material
das
partes
na
relação
jurídica.
(CAMBI, 2006, p. 410).
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
A inversão é automática?
Deve haver decisão no sentido de
declarar a inversão do ônus da prova?
Se sim, qual o momento que se decreta
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
RECURSO ESPECIAL. CDC. APLICABILIDADE ÀS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS. ENUNCIADO N. 297 DA SÚMULA DO STJ. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA (ART. 6º, INCISO VIII, DO CDC). MOMENTO PROCESSUAL. FASE INSTRUTÓRIA. POSSIBILIDADE. 1. Há muito se consolidou nesta Corte Superior o entendimento quanto à aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor às instituições financeiras (enunciado n. 297 da Súmula do STJ) e, por conseguinte, da possibilidade de inversão do ônus da prova, nos termos do inciso VIII do artigo 6º da lei consumerista. 2.
O Tribunal de origem determinou, porém, que a inversão fosse apreciada somente na sentença, porquanto consubstanciaria verdadeira "regra de julgamento". 3. Mesmo que controverso o tema, dúvida não há
quanto ao cabimento da inversão do ônus da prova ainda na fase instrutória -momento, aliás, logicamente mais adequado do que na sentença, na medida em que não impõe qualquer surpresa às partes litigantes -, posicionamento que vem sendo adotado por este Superior Tribunal, conforme precedentes. 4. Recurso especial parcialmente conhecido e, no ponto, provido. (BRASIL.
Superior Tribunal de Justiça. REsp 662.608/SP, Rel. Ministro Hélio Quaglia Barbosa, Quarta Turma, julgado em 12/12/2006, DJ 05/02/2007, p. 242.
INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
[...] 5. De outra sorte, é de se ressaltar que adistribuição do ônus da prova, em realidade, determina o agir processual de cada parte, de sorte que nenhuma delas pode ser surpreendida com a inovação de um ônus que, antes de uma decisão
judicial fundamentada, não lhe era imputado. Por
isso que não poderia o Tribunal a quo inverter o ônus da prova, com surpresa para as partes, quando do julgamento da apelação [...]. (REsp
720.930/RS, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Quarta Turma, julgado em 20/10/2009, DJe 09/11/2009.)
I
NVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
:
FORMAS
Decorrente da própria lei
Direta,
quando
o
próprio
legislador
expressamente fixa a quem compete a
fazer a prova. Ex.: CC , 223, 646, 877 e
1965 e no CPC, 337, 389, I e 927.
Indireta, é aquela que se vale das
presunções
relativas,
tal
qual
são
exemplos os arts. 6º, 322 e 1.253 do CC
e no CPC, arts. 368 e 369.
I
NVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
:
FORMAS
Por determinação judicial
Se trata de uma autorização legislativa dada
ao juiz para que em determinados casos
possa ele inverter a regra do ônus processual,
fixando o ônus de provar de uma parte à
outra, quando preenchidos os vazios fixados
pelo legislador
Exemplos: CDC, art. 6º, VIII e art. 232 do CC,
Súm. 301 do STJ e art. 2º-A da Lei nº
12.004/09)
I
NVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
:
FORMAS
Pela vontade das partes
O estabelecimento de cláusula contratual,
em que o devedor deverá comprovar que
efetivamente
realizou
todos
os
pagamentos das anteriores prestações
de trato sucessivo, invertendo assim o
ônus da prova estabelecido no art. 322
do CC, que firma que o pagamento da
última parcela, faz presumir o pagamento
das anteriores, em favor do devedor.
I
NVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
:
RESTRIÇÕES
Parágrafo único, art. 333 do CPC:
É nula a convenção que distribui de maneira diversa o ônus da prova quando:
I - recair sobre direito indisponível da parte;
II - tornar excessivamente difícil a uma parte o exercício do
direito.
CDC, art. 51, inc. VI:
Art. 51. São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao fornecimento de produtos e serviços que: [...] VI - estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do consumidor
Q
UESTÕES
O que significa ônus da prova?
Sua inversão, significa que o Autor nada
mais precisa fazer e de que o Réu
terá, também de fazer prova do fato
constitutivo do Autor?
O que significa a teoria do ônus
dinâmico da prova?
Quem é o destinatário da
prova?
Julgador
ou
Quem adquire a prova?
A parte que produziu?
O juiz do processo?
Qualquer das partes?
Quem adquire a prova?
Nelson Nery Júnior e Rosa Maria de Andrade Nery (2006,
p. 528/529), afirmam: Destinatário da prova: É o
processo. O juiz deve julgar segundo o alegado no
processo, vale dizer, o instrumento que reúne elementos objetivos para que o juiz possa julgar a causa. Portanto, a parte faz a prova para que seja adquirida pelo processo.
Feita a prova, compete à parte convencer o juiz da existência do fato e do conteúdo da prova. Ainda que o
magistrado esteja convencido da existência de um fato, não pode dispensar a prova se o fato for controvertido, não existir nos autos prova do referido fato e, ainda, a parte
insistir na prova. Caso indefira a prova, nessas
Quem adquire a prova?
E o princípio da
aquisição da
Quem adquire a prova?
APELAÇÃO CÍVEL - PRELIMINAR - APRECIAÇÃO DE
ARGUMENTAÇÕES E PROVAS - PROCESSO - PRINCÍPIO DA AQUISIÇÃO DA PROVA E DO PRINCÍPIO DO LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO - REVELIA - INOCORRÊNCIA - INDENIZAÇÃO - DANO
MORAL - IMPROCEDÊNCIA. O magistrado, respaldado no princípio do
livre convencimento motivado (artigo 131 do Código de Processo Civil), não fica adstrito a quaisquer das provas singularmente consideradas para elaborar o seu juízo de valor. A falta de instrumento
de mandato constitui defeito sanável nas instâncias ordinárias, aplicando-se para o fim de regularização da repreaplicando-sentação postulatória, o disposto no art. 13 do CPC. De acordo com as regras do nosso ordenamento jurídico, o ônus da prova incumbe a quem alega, consoante art. 333, l, do Código de Processo Civil, não se podendo, de forma alguma, responsabilizar a apelada por dedução, ilação ou presunção. (TJMG. APC
1.0024.05.632886-7/001(1) - 16ª C.Cív. - Rel. Des. Otávio Portes_J._06.06.2007).
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
Quantas são as fases
do procedimento
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
Proposição
Admissão
Produção
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
Proposição da prova
Ato de quem?
Consequência do princípio dispositivo Provas constituídas
Anexas à inicial e contestação CPC, 283 e 396
Provas constituendas
Requerimento expresso na inicial e contestação CPC, 282, VI e 300
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
Admissão da prova
Quem o faz?
Para que serve?
Avaliação preventiva da utilidade da prova
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
Produção da prova
A quem compete?
Em regra, onde se produzem?
CPC, 336
Pode o juiz indeferir a produção de uma prova?
PROCEDIMENTO PROBATÓRIO
É possível a produção de uma prova não
requerida na inicial ou na defesa?
Documentos em poder da repartição pública,
como se faz?
Documento com terceiro, o que deve ser feito?
MEIOS PROBATÓRIOS
Meio e fonte, são a mesma coisa?
São as pessoas, coisas das quais se possam
extrair informações capazes de comprovar a
veracidade de uma alegação;
Testemunha, perito e a parte que confessa
São as técnicas destinadas à investigação de
fatos relevantes para a causa;
MEIOS PROBATÓRIOS
São admissíveis como
fontes de prova todos
os seres materiais ou
imateriais capazes de
MEIOS PROBATÓRIOS
Meios livres ou regulados
Liberdade dos meios de prova
Meios lícitos ou ilícitos
Meio ilícito é permitido?
Meios pessoais, documentais e materiais
Testemunhas; escrituras públicas; coisas e rastros
Meios históricos ou críticos
Traduzem a imagem de uma fato narrado e, de outro lado,
nada representam, fora de sua existência, mas que
servem para deduzir ou induzir os fatos de cuja prova se persegue.
MEIOS PROBATÓRIOS
É possível a
alteração do meio
probatório em si,
mediante
convenção das
partes?
MEIOS PROBATÓRIOS
a) que tenham por objeto dar valor de prova a
um meio não autorizado pela lei;
b) os que buscam outorgar a um meio
autorizado pela lei, um valor ou mérito de
convicção superior ou diferente daquele que a
lei o confere ou que o juiz possa reconhecer;
c) os que tentam remover ou diminuir de um
meio de prova o valor que a lei lhe assina ou
que o juiz livremente possa lhe reconhecer.
MEIOS PROBATÓRIOS
d) os pactos que pretendem dar eficácia
executiva ou para um lançamento em outra
ação processual especial, a um meio ao qual
a lei não lhe outorga este valor.
e) os pactos que procuram privar um meio de
prova do mérito processual que a lei lhe
assina.
MEIOS PROBATÓRIOS
Buzaid, anotou na Exp. Mot. CPC :
A aspiração de cada uma das partes
é a de ter razão: a finalidade do
processo é a de dar razão a quem
efetivamente a tem. Ora, dar razão
a quem a tem é, na realidade, não
um interesse privado das partes,
mas um interesse público de toda
sociedade.
VALORAÇÃO DA PROVA
O juiz deve buscar por fim à lide. E, uma vez
que tenha sido produzida a prova necessária ao
convencimento do magistrado há de se
prolatar sentença, isto é, depois de sua
produção, as provas, ou as manifestações das
partes são o material, o barro, com que o juiz
estabelece o monumento da prova, que é a
VALORAÇÃO DA PROVA
Quais são os
critérios/balizas que o juiz
deve levar em
consideração quando da
apreciação das provas?
VALORAÇÃO DA PROVA
Art.
131.
O
juiz
apreciará
livremente a prova, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes
dos autos, ainda que não alegados
pelas partes; mas deverá indicar, na
sentença,
os
motivos
que
lhe
formaram o convencimento.
VALORAÇÃO DA PROVA
Mas, quais são os sistemas
de valoração/apreciação
da prova de que o juiz
pode-se valer?
VALORAÇÃO DA PROVA
Sistema da prova legal
São as regras estabelecidas pela lei em caráter geral e
abstrato, e não pelo juiz, em cada caso que julga;
estabelece juízos valorativos ao impor normas que
graduam, exaltam, limitam ou excluem a eficácia das variadas fontes ou meios probatórios, criando verdadeiras tabelas de valores a serem observadas pelos juízes, podendo-se então, falar-se em provas tarifadas. (DINAMARCO, 2001b, p. 103)
VALORAÇÃO DA PROVA
Assevera Santos (1983, p. 392) que a prova per pugnam, o duelo, era
a mais generalizada, porque teve aplicação em quase todos os países da Antiguidade e da Idade Média, não desaparecendo senão muito lentamente, e isso mesmo só a partir de 1270, quando a suprimiu a ordenação do Rei São Luiz. Tais combates, admitidos mesmo no velho direito lusitano, acreditava-se, tinham por fim, consoante acentuava GONDEBARDO, rei de Borgonha, impedir que indivíduos tivessem de ‘jurar sobre fatos obscuros e perjurar sobre fatos
incertos’. E nesse andar da prova, ainda as testemunha de um e de
outra parte combatiam entre si: combate judiciário. Então, a função
do juiz consistia apenas em assistir ao experimento probatório, com ou sem ritual, declarando somente o resultado da
VALORAÇÃO DA PROVA
Aplica-se,
atualmente citado
sistema no Brasil?
VALORAÇÃO DA PROVA
a) “normas que estabelecem presunções relativas, tal
como aquela inscrita no art. 1.253 do CC, ao pregar que “toda construção ou plantação existente em um terreno presume-se feita pelo proprietário e à sua custa, até que se prove o contrário”;
b) nas que de algum modo afirmam ou disciplinam essa
eficácia, tal como é o caso do documento público, na forma que dispõe o art. 364 e seguintes do CPC, indicando a
eficácia probatória destes sob os documentos particulares.
VALORAÇÃO DA PROVA
c) que limitam a admissibilidade ou a eficácia
de algum meio de prova, da qual é exemplo o
disposto no art. 145 do CPC, ao firmar “que quando
a prova do fato depender de conhecimento técnico
ou científico, o juiz será assistido por perito”; art.
401 do CPC ao admitir que a “prova exclusivamente
testemunhal só se admite nos contratos cujo valor
não exceda o décuplo do maior salário mínimo
vigente no país, ao tempo em que foram
celebrados”;
VALORAÇÃO DA PROVA
Sistema do convencimento moral ou íntimo
Ampla liberdade no coligir e apreciar as provas Julgavam secudum conscientiam
Fruto de extrema insegurança
Inimigo do Estado de Direito
VALORAÇÃO DA PROVA
[...] 3. AUTONOMIA DOS JURADOS PARA JULGAR A CAUSA SEGUNDO SEU CONVENCIMENTO. - É de ser ressaltado, que caberá aos jurados, sem se deixarem influenciar, quer pela decisão de pronúncia, quer por esta decisão, julgar a causa segundo seu livre e soberano
convencimento, que será formado pelo exame da causa após ampla exposição dos fatos, das provas e do direito que as partes farão perante o Tribunal do Júri na sessão de julgamento. (TJPR. - 1ª C.Criminal - RSE
01732916 Cerro Azul Rel.: Des. Jesus Sarrão Unânime -J. 08.11.2007.
VALORAÇÃO DA PROVA
Sistema da persuasão racional
Neste sistema, o juiz, não obstante aprecie a prova
livremente, não segue as suas impressões pessoais, mas
tira a sua convicção das provas produzidas,
ponderando sobre a qualidade e a vis probandi destas,
mencionando na sentença os motivos que a formaram, isto quer dizer, que o juiz pode livremente
apreciar as provas, mas nesta apreciação, que não se afaste dos fatos estabelecidos, das provas colhidas, das regras científicas – regras jurídicas, regras da lógica e regras da experiência.
CPC, arts. 332 a 443.
Depoimento pessoal e confissão
Documental
Testemunhal
Pericial
Tratado no CC, nos arts. 212 a 232.
Art. 212. Salvo o negócio a que se impõe forma especial, o fato jurídico pode ser provado mediante:
I - confissão; II - documento; III - testemunha; IV - presunção; V - perícia.
PROVAS ATÍPICAS
Meios de prova
Rol taxativo ou exemplificativo?
No mundo, como está esta questão?
PROVAS ATÍPICAS
Diz o art. 332 do CPC:
Todos os meios legais, bem como os
moralmente
legítimos,
ainda
que
não
especificados neste Código, são hábeis para
provar a verdade dos fatos, em que se funda
a ação ou a defesa.
Diz o art. 32 da Lei 9.099/90:
Todos
os
meios
de
prova
moralmente
legítimos, ainda que não especificados em
lei, são hábeis para provar a veracidade dos
fatos alegados pelas partes.
PROVAS ATÍPICAS
CONCEITO
José Carlos Barbosa Moreira:
Por oposição à prova típica.
Michele Taruffo:
Úteis elementos de conhecimento dos fatos da causa, mas não regulados em lei.
Cândido Rangel Dinamarco:
Técnicas de captação de elementos de convicção não definidas em lei.
PROVAS ATÍPICAS
Admissibilidade e limites
Se condiciona a existência de previsão legal?
Não se admite, no entanto, se a prova é:
Ilegalidade, como a confissão por tortura
Típica, obtida de forma diversa da legal, tal como a oitiva de testemunha sem respeito ao contraditório
Ilícitas, como é a quebra do sigilo telefônico sem autorização judicial
QUESTÕES
O que são as provas atípicas ? Cite
exemplo?
Qual é o valor que recebem as provas
atípicas?
PROVAS ATÍPICAS
Quais são os meios de
prova atípicos
existentes atualmente
no sistema jurídico
PROVAS ATÍPICAS
Prova emprestada
Aproveitam-se em um processo os atos
de realização da prova já consumado em outro.
Tem por fim, a economia processual ou
nos casos de prova irrepetível, como:
Testemunha falecida
Coisa periciada que foi perdida
Submissão de criança molestada, frente ao
PROVAS ATÍPICAS
Prova emprestada
Requisitos necessários
1) Presença das partes nos processos 2) Contraditório no primeiro processo 3) Coleta regular no processo anterior
PROVAS ATÍPICAS
Prova emprestada
Qual o valor da prova
emprestada?
PROVAS ATÍPICAS
Prova emprestada
Processo anterior deve ter tramitado frente
ao mesmo que irá julgar à nova causa?
O juiz deve ser competente para o
julgamento do processo anterior?
Deve ter sido produzida frente à órgão
jurisdicional? Como fica no inquérito policial, na sindicância administrativa, no procedimento arbitral?
Prova, produzida em processo estrangeiro,
PROVAS ATÍPICAS
Prova emprestada
Pode ser trasladada prova de processo
que tramita sob segredo de justiça?
Interceptação telefônica e traslado da
gravação para o juízo cível?
Testemunha no juízo penal que é
impossibilitada de testemunhar no juízo cível?
PROVAS ATÍPICAS
Prova por amostragem • Decorrência da sociedade de massa• Necessária à efetivação dos direitos coletivos
• Defeito num produto relacionado a um contingente considerável de pessoas, ou então que o defeito tenha produzido em parcela significativa de pessoas determinados danos.
• Como resolver: todos devem apresentar a prova de seu dano, como determina o art. 944 do CC?
PROVAS ATÍPICAS
Prova por amostragem• Neste caso, está o juiz autorizado a considerar a falha ou
o dano decorrente em termos globais, sem prejuízo da
prova.
• No caso de liquidação dos danos, na forma do art. 100 do
CDC, pode o juiz, a partir da análise de uma amostra,
permitir a execução do julgado pelos legitimados do art.
82 do CDC.
PROVAS ATÍPICAS
Prova por amostragem• No STJ, teve aplicabilidade tal prova, quando da
discussão do pagamento de direitos oriundos de
retransmissão de música em apartamento de hotel,
entendendo-se que, haveria de ter em conta a média de
efetiva utilização, devendo-se para tanto, proceder uma
pesquisa por amostragem, que poderá ser regional,
visando estabelecer uma média, sem necessidade,
obviamente de que todos os estabelecimentos sejam
diretamente pesquisados.
PROVAS ATÍPICAS
Prova estatística
Ao lado da prova por amostragem, está
prevista
no
Anteprojeto
de
Código
Brasileiro de Processos Coletivos.
Permite-se extrair, de um conjunto de
dados objetivamente conhecidos, um
grau de probabilidade de que, em
determinado caso, e à luz daqueles dados,
terá o mesmo fenômeno se repetido, ou
não.
PROVAS ATÍPICAS
Prova estatística
São provas fundadas em dados estatísticos.
É neste sentido, que o STJ tem de forma
reiterada decidido que a simples relação entre o
estado de embriaguez e o acidente de trânsito não se mostra, por si só, como suficiente a fim de elidir a responsabilidade da seguradora no pagamento da indenização prevista no contrato.
PROVAS ATÍPICAS
Prova estatística
Tendência de utilização nos exames de DNA,
realizadas em ação de investigação de paternidade.
É de grande importância para a tutela dos
direitos fundamentais sociais, especialmente a proteção do mínimo existencial, sendo exemplo
as listas de espera elaboradas pelo Conselho Tutelar. A partir destas é possível aferir qual é o
número de mães que possuem filhos pequenos e pretendem trabalhar, e qual é a região da cidade
que demanda maiores investimentos na
PROVAS ATÍPICAS
Prova estatística
Mau uso da prova estatística
CONCURSO PÚBLICO em Brasília
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
Lei paulista nº 11.819/05
Inconstitucional (HC 88.914-0)
Lei Federal nº 11.900/09:
Fixou no § 2º do art. 185 do CPP, que poderá
excepcionalmente e por decisão fundamentada, seja de
ofício ou a pedido das partes, realizar “o interrogatório do
réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso
tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real”, desde que para “prevenir risco à segurança pública”, no caso de fundada suspeita de que o preso “integre
organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento”, ou então, para “viabilizar a participação do réu no referido ato processual”, em
virtude de “enfermidade ou outra circunstância pessoal”. Ainda, para “impedir a influência do réu no ânimo de
testemunha ou da vítima” ou então para “responder à gravíssima questão de ordem pública”.
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
Rege o CPC, art. 176 que
os atos processuais, de
ordinário realizam-se na
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
Questiona-se:
Pode-se
utilizar
da
videoconferência,
para,
por
exemplo, ouvir perigoso preso em
caso de separação consensual,
na
qual
é
obrigatório
o
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
No Rio Grande do Sul, projeto pioneiro
implementado pelo Juiz da 2ª Vara da
Infância e Juventude de Porto Alegre, se
utiliza de sistema de transmissão real para
inquirição de crianças vítimas de violência,
seja doméstica, seja sexual.
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
A criança, não fica de frente ao Juiz ou do acusado, mas em sala especial e com pessoa treinada para seu atendimento, sendo tudo transmitido à sala de audiência.
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
Pessoa treinada
para tal função
consegue,
com
conversa obter o
relato
fiel
do
ocorrido e sem
traumatizar
a
criança.
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
O índice de condenação neste sistema é de 59%,
PROVAS ATÍPICAS
Videoconferência
Futuro:
1) Exposição das crianças a único interrogatório.
2) Extinção da carta precatória
PROVAS ATÍPICAS
Testemunha técnica
Trata-se
do
depoimento
oral
de
pessoas
especializadas em temas técnicos, a serem
arroladas como testemunhas pelas partes.
Não se trata de testemunha
É comum no direito norte-americano
PROVAS ATÍPICAS
Reconstituição dos fatos
►
Prevista no art. 442, inc. III do CPC, no
entanto, não é regulamentada
►
Pode-se, utilizar da reconstituição dos fatos
prevista no CPP?
PROVAS ATÍPICAS
Conduta processual das partes
Há condutas de caráter sancionatório (boa-fé
e probidade) e outras consubstanciadas em
ônus (produção das provas).