CLAUDIO TOZZI
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a turmas de 1a a 4a série e a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
2 3 4
De Regina Machado
(Formada em Ciências Sociais pela USP em 1972, fez mestrado na Universidade de Nova York e doutorado e livre-docência na USP.)
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Doutora em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Departamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, é professora do curso de Pedagogia
da Unisant´anna e de cursos de capacitação de professores.
POR QUE TRABALHAR COM TOZZI?
Claudio Tozzi é um artista contemporâ-neo com uma trajetória muito rica: várias de suas obras, por exemplo, consolidaram a pop art no Brasil e seus trabalhos da década de 1960 são um manifesto dos ideais da ju-ventude brasileira no período.
Artista plástico que combina as compe-tências de artista gráfico e arquiteto, Tozzi acaba revelando uma outra face dos artistas contemporâneos: o ecletismo e o caráter pouco hermético de suas produções. Como
ele produziu — e ainda produz — muitos painéis em espaços urbanos, conhecer a sua obra nos leva a perceber a interface entre arquitetura e arte, duas linguagens que po-dem conviver e dialogar nas cidades.
Regina Machado tem vasta experiência como pesquisadora e domina a arte de con-tar histórias. Seu livro sobre Tozzi é um es-paço de criação narrativa em que a biogra-fia cede lugar a uma viagem poética a partir das obras desse grande artista.
F FF F
F Objetivos
w Compreender como uma imagem matricial pode ser modificada, transformando-se seu ta-manho, alterando-se suas cores e usando essa imagem em diferentes composições.
w Identificar como Claudio Tozzi utiliza esses diferentes recursos para transmitir idéias e emoções distintas.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Identificação dos significados expressivos e comunicativos das formas visuais.
w Pesquisa e freqüência junto às fontes — artistas e obras — para reconhecimento e refle-xão sobre a arte presente no entorno.
w Contato com imagens e informações orais e escritas sobre a vida e a produção do artista.
w Consideração dos elementos básicos da lin-guagem visual em suas articulações nas ima-gens produzidas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio).
F FF F
F Conteúdos do projeto w Obra de Claudio Tozzi. w Procedimentos de criação.
w Ampliação, manipulação e projeção de imagens.
w A influência e a ação que a composição, a dimensão e as cores exercem sobre o desenho e a pintura.
F FF F
F Trabalho interdisciplinar: Português e Ciências.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Como o livro apresenta várias obras nas quais aparecem parafusos, o professor
inicial-mente pode propor aos alunos que façam uma pintura a partir desse tema. É aconselhável pre-parar essa atividade de modo que os alunos sin-tam-se motivados para o desafio. Por exemplo: w Coloque vários parafusos dentro de sacos opacos e peça aos alunos que os toquem para sentir a forma, o tamanho, e identificar a possí-vel utilidade desse objeto (eles podem formu-lar outras perguntas).
w Retire um parafuso do saco e proponha um jogo de imaginação: diga aos alunos que esses parafusos são mágicos e que, com eles, coisas incríveis e situações inéditas podem ser construídas e inventadas. Que coisas ou situa-ções seriam essas?
w Por fim, sugira que desenhem algo mágico ou novo a partir do parafuso (peça-lhes que deixem sempre destacada a posição do parafu-so, desenhando-o com linhas mais fortes ou uti-lizando uma cor mais viva).
w Concluída a tarefa, proponha que cada aluno apresente o seu desenho, indicando onde está o parafuso e mostrando o que criou a partir dele.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Professor, antes de propor a leitura do livro, convide as crianças a folhearem suas páginas, observando as imagens e imaginando como se-ria o autor de todas elas.
Conte-lhes que esse artista é brasileiro e que uma de suas séries foi feita a partir de um sim-ples parafuso. Peça às crianças que localizem no livro essas obras “inspiradas”. Será que, lendo o livro, poderemos descobrir mais sobre esses parafusos?
A leitura do texto pode ser feita de diversas maneiras: pelo professor, com os alunos em roda; pelas crianças, cada uma lendo uma página; ou dividindo-se a classe em pequenos grupos.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO
PARA TURMAS DE 1
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
PROJETANDO E TRANSFORMANDO UM DESENHO
O livro pode suscitar muitas questões entre as crianças. A seqüência didática planejada pelo professor deve sempre permitir uma abertura para que elas expressem suas idéias, comparti-lhando com os colegas diferentes leituras e in-terpretações.
Não deixe de aproveitar a narrativa sugeri-da nas páginas finais: coletivize as histórias cri-adas pelos alunos, fazendo perguntas e recor-rendo às imagens do livro.
F FF F
F Roteiro de apreciação das obras
reproduzidas no livro: Sem título (p. 20); Parafuso (p. 20); Parafusos (p. 21); Signo (p. 22) e Colheita (p. 22)
w O que essas obras possuem em comum? w Como está posicionado o parafuso em cada uma delas?
w Os parafusos pintados possuem a mesma forma? Existem parafusos mais pontiagudos, mais finos ou maiores?
w Em que contexto estão os parafusos? Eles aparecem do mesmo modo em que os vemos numa fábrica, oficina ou em nossa escola?
w Em qual dos trabalhos de Tozzi o parafuso aparece de forma mais inusitada?
w Em qual deles temos a sensação de que o parafuso está mais “apertado”?
w Como são as cores utilizadas pelo artista? (Por exemplo, a cor vermelha em Signo influen-cia de algum modo o nosso pensamento? Como?)
w Por que Tozzi teria feito tantos trabalhos a partir do parafuso?
w O que teria motivado o artista a escolher tal objeto?
w Em qual obra esse objeto foi repetido mais vezes? Qual delas nos transmite maior sensação de movimento?
w Que nome você daria para esses diferentes trabalhos? Escolha apenas um e crie um título para ele.
w No livro, a autora afirma que “o parafuso torna-se uma idéia puramente artística”.Como ocorreu essa transformação?
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA F
FF F
F Produção
Após a leitura do livro, os alunos podem expe-rimentar alguns processos vivenciados pelo artista e descritos no livro, como escolher um tema e de-pois projetar sua imagem para brincar com as for-mas e cores. Para tanto, o professor pode reler com eles dois trechos do livro:
“Uma vez, quando tinha uns 16 anos, ga-nhou de presente um projetor de imagens cha-mado episcópio. [...]” (p. 6).
“Tozzi sempre teve curiosidade de experi-mentar diferentes combinações de cores e for-mas no espaço para construir seus trabalhos. [...] Mas o que é uma idéia artística? [...]” (p. 20).
Discuta com os alunos esse processo de criação do artista, e peça a um deles que, a partir da des-crição do livro, exemplifique como Claudio Tozzi iniciaria um trabalho, o que faria depois, e depois... O professor pode contar para as crianças que cada um possui um jeito muito particular de criar e executar seus trabalhos, e que, muitas vezes, um único artista trabalha de diferentes formas. (Como poderiam ser essas outras formas?)
Proponha aos alunos a criação de uma pintura a partir de um procedimento descrito no livro: es-colher primeiro o tema, projetar e ampliar a sua imagem, inventar novas relações (como sobreposi-ção e repetisobreposi-ção) e brincar com suas formas e cores. Para essa proposta, podem ser pensadas al-gumas etapas, como:
w A sala debater e definir um tema em co-mum para ser utilizado por todos os alunos. O professor pode facilitar o trabalho sugerindo objetos com formas simples como o parafuso de Tozzi (chave, lápis, pião, garfo, colher...).
w Distribuir transparências (ou plástico trans-parente e caneta para retroprojetor) e pedir que as crianças desenhem nessas superfícies, apenas uma vez, o objeto escolhido.
w Em sala com pouca iluminação, com auxí-lio de um retroprojetor, de um projetor de
sli-des ou de uma lanterna com luz forte, projete
os desenhos sobre uma superfície (ou papel) maior, permitindo que a criança apenas contor-ne a forma projetada.
Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II, 1968, alquídica sobre madeira e espuma de nylon,
180x110x140 cm. Coleção do artista.
CLAUDIO TOZZI
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a turmas de 1a a 4a série e a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
De Regina Machado
(Formada em Ciências Sociais pela USP em 1972, fez mestrado na Universidade de Nova York e doutorado e livre-docência na USP.)
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Doutora em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Departamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, é professora do curso de Pedagogia
da Unisant´anna e de cursos de capacitação de professores.
POR QUE TRABALHAR COM TOZZI?
Claudio Tozzi é um artista contemporâ-neo com uma trajetória muito rica: várias de suas obras, por exemplo, consolidaram a pop art no Brasil e seus trabalhos da década de 1960 são um manifesto dos ideais da ju-ventude brasileira no período.
Artista plástico que combina as compe-tências de artista gráfico e arquiteto, Tozzi acaba revelando uma outra face dos artistas contemporâneos: o ecletismo e o caráter pouco hermético de suas produções. Como
ele produziu — e ainda produz — muitos painéis em espaços urbanos, conhecer a sua obra nos leva a perceber a interface entre arquitetura e arte, duas linguagens que po-dem conviver e dialogar nas cidades.
Regina Machado tem vasta experiência como pesquisadora e domina a arte de con-tar histórias. Seu livro sobre Tozzi é um es-paço de criação narrativa em que a biogra-fia cede lugar a uma viagem poética a partir das obras desse grande artista.
F FF F
F Objetivos
w Compreender como uma imagem matricial pode ser modificada, transformando-se seu ta-manho, alterando-se suas cores e usando essa imagem em diferentes composições.
w Identificar como Claudio Tozzi utiliza esses diferentes recursos para transmitir idéias e emoções distintas.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Identificação dos significados expressivos e comunicativos das formas visuais.
w Pesquisa e freqüência junto às fontes — artistas e obras — para reconhecimento e refle-xão sobre a arte presente no entorno.
w Contato com imagens e informações orais e escritas sobre a vida e a produção do artista.
w Consideração dos elementos básicos da lin-guagem visual em suas articulações nas ima-gens produzidas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio).
F FF F
F Conteúdos do projeto w Obra de Claudio Tozzi. w Procedimentos de criação.
w Ampliação, manipulação e projeção de imagens.
w A influência e a ação que a composição, a dimensão e as cores exercem sobre o desenho e a pintura.
F FF F
F Trabalho interdisciplinar: Português e Ciências.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Como o livro apresenta várias obras nas quais aparecem parafusos, o professor
inicial-mente pode propor aos alunos que façam uma pintura a partir desse tema. É aconselhável pre-parar essa atividade de modo que os alunos sin-tam-se motivados para o desafio. Por exemplo: w Coloque vários parafusos dentro de sacos opacos e peça aos alunos que os toquem para sentir a forma, o tamanho, e identificar a possí-vel utilidade desse objeto (eles podem formu-lar outras perguntas).
w Retire um parafuso do saco e proponha um jogo de imaginação: diga aos alunos que esses parafusos são mágicos e que, com eles, coisas incríveis e situações inéditas podem ser construídas e inventadas. Que coisas ou situa-ções seriam essas?
w Por fim, sugira que desenhem algo mágico ou novo a partir do parafuso (peça-lhes que deixem sempre destacada a posição do parafu-so, desenhando-o com linhas mais fortes ou uti-lizando uma cor mais viva).
w Concluída a tarefa, proponha que cada aluno apresente o seu desenho, indicando onde está o parafuso e mostrando o que criou a partir dele.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Professor, antes de propor a leitura do livro, convide as crianças a folhearem suas páginas, observando as imagens e imaginando como se-ria o autor de todas elas.
Conte-lhes que esse artista é brasileiro e que uma de suas séries foi feita a partir de um sim-ples parafuso. Peça às crianças que localizem no livro essas obras “inspiradas”. Será que, lendo o livro, poderemos descobrir mais sobre esses parafusos?
A leitura do texto pode ser feita de diversas maneiras: pelo professor, com os alunos em roda; pelas crianças, cada uma lendo uma página; ou dividindo-se a classe em pequenos grupos.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO
PARA TURMAS DE 1
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
PROJETANDO E TRANSFORMANDO UM DESENHO
O livro pode suscitar muitas questões entre as crianças. A seqüência didática planejada pelo professor deve sempre permitir uma abertura para que elas expressem suas idéias, comparti-lhando com os colegas diferentes leituras e in-terpretações.
Não deixe de aproveitar a narrativa sugeri-da nas páginas finais: coletivize as histórias cri-adas pelos alunos, fazendo perguntas e recor-rendo às imagens do livro.
F FF F
F Roteiro de apreciação das obras
reproduzidas no livro: Sem título (p. 20); Parafuso (p. 20); Parafusos (p. 21); Signo (p. 22) e Colheita (p. 22)
w O que essas obras possuem em comum? w Como está posicionado o parafuso em cada uma delas?
w Os parafusos pintados possuem a mesma forma? Existem parafusos mais pontiagudos, mais finos ou maiores?
w Em que contexto estão os parafusos? Eles aparecem do mesmo modo em que os vemos numa fábrica, oficina ou em nossa escola?
w Em qual dos trabalhos de Tozzi o parafuso aparece de forma mais inusitada?
w Em qual deles temos a sensação de que o parafuso está mais “apertado”?
w Como são as cores utilizadas pelo artista? (Por exemplo, a cor vermelha em Signo influen-cia de algum modo o nosso pensamento? Como?)
w Por que Tozzi teria feito tantos trabalhos a partir do parafuso?
w O que teria motivado o artista a escolher tal objeto?
w Em qual obra esse objeto foi repetido mais vezes? Qual delas nos transmite maior sensação de movimento?
w Que nome você daria para esses diferentes trabalhos? Escolha apenas um e crie um título para ele.
w No livro, a autora afirma que “o parafuso torna-se uma idéia puramente artística”.Como ocorreu essa transformação?
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA F
FF F
F Produção
Após a leitura do livro, os alunos podem expe-rimentar alguns processos vivenciados pelo artista e descritos no livro, como escolher um tema e de-pois projetar sua imagem para brincar com as for-mas e cores. Para tanto, o professor pode reler com eles dois trechos do livro:
“Uma vez, quando tinha uns 16 anos, ga-nhou de presente um projetor de imagens cha-mado episcópio. [...]” (p. 6).
“Tozzi sempre teve curiosidade de experi-mentar diferentes combinações de cores e for-mas no espaço para construir seus trabalhos. [...] Mas o que é uma idéia artística? [...]” (p. 20).
Discuta com os alunos esse processo de criação do artista, e peça a um deles que, a partir da des-crição do livro, exemplifique como Claudio Tozzi iniciaria um trabalho, o que faria depois, e depois... O professor pode contar para as crianças que cada um possui um jeito muito particular de criar e executar seus trabalhos, e que, muitas vezes, um único artista trabalha de diferentes formas. (Como poderiam ser essas outras formas?)
Proponha aos alunos a criação de uma pintura a partir de um procedimento descrito no livro: es-colher primeiro o tema, projetar e ampliar a sua imagem, inventar novas relações (como sobreposi-ção e repetisobreposi-ção) e brincar com suas formas e cores. Para essa proposta, podem ser pensadas al-gumas etapas, como:
w A sala debater e definir um tema em co-mum para ser utilizado por todos os alunos. O professor pode facilitar o trabalho sugerindo objetos com formas simples como o parafuso de Tozzi (chave, lápis, pião, garfo, colher...).
w Distribuir transparências (ou plástico trans-parente e caneta para retroprojetor) e pedir que as crianças desenhem nessas superfícies, apenas uma vez, o objeto escolhido.
w Em sala com pouca iluminação, com auxí-lio de um retroprojetor, de um projetor de
sli-des ou de uma lanterna com luz forte, projete
os desenhos sobre uma superfície (ou papel) maior, permitindo que a criança apenas contor-ne a forma projetada.
Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II, 1968, alquídica sobre madeira e espuma de nylon,
180x110x140 cm. Coleção do artista.
CLAUDIO TOZZI
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a turmas de 1a a 4a série e a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
2 3 4
De Regina Machado
(Formada em Ciências Sociais pela USP em 1972, fez mestrado na Universidade de Nova York e doutorado e livre-docência na USP.)
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Doutora em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Departamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, é professora do curso de Pedagogia
da Unisant´anna e de cursos de capacitação de professores.
POR QUE TRABALHAR COM TOZZI?
Claudio Tozzi é um artista contemporâ-neo com uma trajetória muito rica: várias de suas obras, por exemplo, consolidaram a pop art no Brasil e seus trabalhos da década de 1960 são um manifesto dos ideais da ju-ventude brasileira no período.
Artista plástico que combina as compe-tências de artista gráfico e arquiteto, Tozzi acaba revelando uma outra face dos artistas contemporâneos: o ecletismo e o caráter pouco hermético de suas produções. Como
ele produziu — e ainda produz — muitos painéis em espaços urbanos, conhecer a sua obra nos leva a perceber a interface entre arquitetura e arte, duas linguagens que po-dem conviver e dialogar nas cidades.
Regina Machado tem vasta experiência como pesquisadora e domina a arte de con-tar histórias. Seu livro sobre Tozzi é um es-paço de criação narrativa em que a biogra-fia cede lugar a uma viagem poética a partir das obras desse grande artista.
F FF F
F Objetivos
w Compreender como uma imagem matricial pode ser modificada, transformando-se seu ta-manho, alterando-se suas cores e usando essa imagem em diferentes composições.
w Identificar como Claudio Tozzi utiliza esses diferentes recursos para transmitir idéias e emoções distintas.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Identificação dos significados expressivos e comunicativos das formas visuais.
w Pesquisa e freqüência junto às fontes — artistas e obras — para reconhecimento e refle-xão sobre a arte presente no entorno.
w Contato com imagens e informações orais e escritas sobre a vida e a produção do artista.
w Consideração dos elementos básicos da lin-guagem visual em suas articulações nas ima-gens produzidas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio).
F FF F
F Conteúdos do projeto w Obra de Claudio Tozzi. w Procedimentos de criação.
w Ampliação, manipulação e projeção de imagens.
w A influência e a ação que a composição, a dimensão e as cores exercem sobre o desenho e a pintura.
F FF F
F Trabalho interdisciplinar: Português e Ciências.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Como o livro apresenta várias obras nas quais aparecem parafusos, o professor
inicial-mente pode propor aos alunos que façam uma pintura a partir desse tema. É aconselhável pre-parar essa atividade de modo que os alunos sin-tam-se motivados para o desafio. Por exemplo: w Coloque vários parafusos dentro de sacos opacos e peça aos alunos que os toquem para sentir a forma, o tamanho, e identificar a possí-vel utilidade desse objeto (eles podem formu-lar outras perguntas).
w Retire um parafuso do saco e proponha um jogo de imaginação: diga aos alunos que esses parafusos são mágicos e que, com eles, coisas incríveis e situações inéditas podem ser construídas e inventadas. Que coisas ou situa-ções seriam essas?
w Por fim, sugira que desenhem algo mágico ou novo a partir do parafuso (peça-lhes que deixem sempre destacada a posição do parafu-so, desenhando-o com linhas mais fortes ou uti-lizando uma cor mais viva).
w Concluída a tarefa, proponha que cada aluno apresente o seu desenho, indicando onde está o parafuso e mostrando o que criou a partir dele.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Professor, antes de propor a leitura do livro, convide as crianças a folhearem suas páginas, observando as imagens e imaginando como se-ria o autor de todas elas.
Conte-lhes que esse artista é brasileiro e que uma de suas séries foi feita a partir de um sim-ples parafuso. Peça às crianças que localizem no livro essas obras “inspiradas”. Será que, lendo o livro, poderemos descobrir mais sobre esses parafusos?
A leitura do texto pode ser feita de diversas maneiras: pelo professor, com os alunos em roda; pelas crianças, cada uma lendo uma página; ou dividindo-se a classe em pequenos grupos.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO
PARA TURMAS DE 1
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
PROJETANDO E TRANSFORMANDO UM DESENHO
O livro pode suscitar muitas questões entre as crianças. A seqüência didática planejada pelo professor deve sempre permitir uma abertura para que elas expressem suas idéias, comparti-lhando com os colegas diferentes leituras e in-terpretações.
Não deixe de aproveitar a narrativa sugeri-da nas páginas finais: coletivize as histórias cri-adas pelos alunos, fazendo perguntas e recor-rendo às imagens do livro.
F FF F
F Roteiro de apreciação das obras
reproduzidas no livro: Sem título (p. 20); Parafuso (p. 20); Parafusos (p. 21); Signo (p. 22) e Colheita (p. 22)
w O que essas obras possuem em comum? w Como está posicionado o parafuso em cada uma delas?
w Os parafusos pintados possuem a mesma forma? Existem parafusos mais pontiagudos, mais finos ou maiores?
w Em que contexto estão os parafusos? Eles aparecem do mesmo modo em que os vemos numa fábrica, oficina ou em nossa escola?
w Em qual dos trabalhos de Tozzi o parafuso aparece de forma mais inusitada?
w Em qual deles temos a sensação de que o parafuso está mais “apertado”?
w Como são as cores utilizadas pelo artista? (Por exemplo, a cor vermelha em Signo influen-cia de algum modo o nosso pensamento? Como?)
w Por que Tozzi teria feito tantos trabalhos a partir do parafuso?
w O que teria motivado o artista a escolher tal objeto?
w Em qual obra esse objeto foi repetido mais vezes? Qual delas nos transmite maior sensação de movimento?
w Que nome você daria para esses diferentes trabalhos? Escolha apenas um e crie um título para ele.
w No livro, a autora afirma que “o parafuso torna-se uma idéia puramente artística”.Como ocorreu essa transformação?
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA F
FF F
F Produção
Após a leitura do livro, os alunos podem expe-rimentar alguns processos vivenciados pelo artista e descritos no livro, como escolher um tema e de-pois projetar sua imagem para brincar com as for-mas e cores. Para tanto, o professor pode reler com eles dois trechos do livro:
“Uma vez, quando tinha uns 16 anos, ga-nhou de presente um projetor de imagens cha-mado episcópio. [...]” (p. 6).
“Tozzi sempre teve curiosidade de experi-mentar diferentes combinações de cores e for-mas no espaço para construir seus trabalhos. [...] Mas o que é uma idéia artística? [...]” (p. 20).
Discuta com os alunos esse processo de criação do artista, e peça a um deles que, a partir da des-crição do livro, exemplifique como Claudio Tozzi iniciaria um trabalho, o que faria depois, e depois... O professor pode contar para as crianças que cada um possui um jeito muito particular de criar e executar seus trabalhos, e que, muitas vezes, um único artista trabalha de diferentes formas. (Como poderiam ser essas outras formas?)
Proponha aos alunos a criação de uma pintura a partir de um procedimento descrito no livro: es-colher primeiro o tema, projetar e ampliar a sua imagem, inventar novas relações (como sobreposi-ção e repetisobreposi-ção) e brincar com suas formas e cores. Para essa proposta, podem ser pensadas al-gumas etapas, como:
w A sala debater e definir um tema em co-mum para ser utilizado por todos os alunos. O professor pode facilitar o trabalho sugerindo objetos com formas simples como o parafuso de Tozzi (chave, lápis, pião, garfo, colher...).
w Distribuir transparências (ou plástico trans-parente e caneta para retroprojetor) e pedir que as crianças desenhem nessas superfícies, apenas uma vez, o objeto escolhido.
w Em sala com pouca iluminação, com auxí-lio de um retroprojetor, de um projetor de
sli-des ou de uma lanterna com luz forte, projete
os desenhos sobre uma superfície (ou papel) maior, permitindo que a criança apenas contor-ne a forma projetada.
Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II, 1968, alquídica sobre madeira e espuma de nylon,
180x110x140 cm. Coleção do artista.
CLAUDIO TOZZI
Professor
Neste suplemento você encontrará duas sugestões de projetos pedagógicos para desenvolver com alunos do ensino fundamental: a primeira é destinada a turmas de 1a a 4a série e a segunda, a turmas a partir da 5a série.
Cada um desses projetos tem como base o conteúdo do livro estudado. Para apoiar o trabalho do professor são aprofundadas questões sobre o movimento a que pertence o artista, além da contextualização de uma de suas obras.
Fica a critério do professor aproveitar as atividades para outros projetos, adap-tando-as ao perfil de sua turma.
A Editora
De Regina Machado
(Formada em Ciências Sociais pela USP em 1972, fez mestrado na Universidade de Nova York e doutorado e livre-docência na USP.)
SUPLEMENTO DIDÁTICO
Elaborado por
Rosa Iavelberg — Doutora em Arte-educação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. Trabalhou na elaboração dos PCNs de Arte e atualmente leciona no
Departamento de Metodologia de Ensino da Faculdade de Educação da USP.
Luciana Arslan — Mestre em Artes Visuais, é professora do curso de Pedagogia
da Unisant´anna e de cursos de capacitação de professores.
POR QUE TRABALHAR COM TOZZI?
Claudio Tozzi é um artista contemporâ-neo com uma trajetória muito rica: várias de suas obras, por exemplo, consolidaram a pop art no Brasil e seus trabalhos da década de 1960 são um manifesto dos ideais da ju-ventude brasileira no período.
Artista plástico que combina as compe-tências de artista gráfico e arquiteto, Tozzi acaba revelando uma outra face dos artistas contemporâneos: o ecletismo e o caráter pouco hermético de suas produções. Como
ele produziu — e ainda produz — muitos painéis em espaços urbanos, conhecer a sua obra nos leva a perceber a interface entre arquitetura e arte, duas linguagens que po-dem conviver e dialogar nas cidades.
Regina Machado tem vasta experiência como pesquisadora e domina a arte de con-tar histórias. Seu livro sobre Tozzi é um es-paço de criação narrativa em que a biogra-fia cede lugar a uma viagem poética a partir das obras desse grande artista.
F FF F
F Objetivos
w Compreender como uma imagem matricial pode ser modificada, transformando-se seu ta-manho, alterando-se suas cores e usando essa imagem em diferentes composições.
w Identificar como Claudio Tozzi utiliza esses diferentes recursos para transmitir idéias e emoções distintas.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Identificação dos significados expressivos e comunicativos das formas visuais.
w Pesquisa e freqüência junto às fontes — artistas e obras — para reconhecimento e refle-xão sobre a arte presente no entorno.
w Contato com imagens e informações orais e escritas sobre a vida e a produção do artista.
w Consideração dos elementos básicos da lin-guagem visual em suas articulações nas ima-gens produzidas (relações entre ponto, linha, plano, cor, textura, forma, volume, luz, ritmo, movimento, equilíbrio).
F FF F
F Conteúdos do projeto w Obra de Claudio Tozzi. w Procedimentos de criação.
w Ampliação, manipulação e projeção de imagens.
w A influência e a ação que a composição, a dimensão e as cores exercem sobre o desenho e a pintura.
F FF F
F Trabalho interdisciplinar: Português e Ciências.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Como o livro apresenta várias obras nas quais aparecem parafusos, o professor
inicial-mente pode propor aos alunos que façam uma pintura a partir desse tema. É aconselhável pre-parar essa atividade de modo que os alunos sin-tam-se motivados para o desafio. Por exemplo: w Coloque vários parafusos dentro de sacos opacos e peça aos alunos que os toquem para sentir a forma, o tamanho, e identificar a possí-vel utilidade desse objeto (eles podem formu-lar outras perguntas).
w Retire um parafuso do saco e proponha um jogo de imaginação: diga aos alunos que esses parafusos são mágicos e que, com eles, coisas incríveis e situações inéditas podem ser construídas e inventadas. Que coisas ou situa-ções seriam essas?
w Por fim, sugira que desenhem algo mágico ou novo a partir do parafuso (peça-lhes que deixem sempre destacada a posição do parafu-so, desenhando-o com linhas mais fortes ou uti-lizando uma cor mais viva).
w Concluída a tarefa, proponha que cada aluno apresente o seu desenho, indicando onde está o parafuso e mostrando o que criou a partir dele.
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Professor, antes de propor a leitura do livro, convide as crianças a folhearem suas páginas, observando as imagens e imaginando como se-ria o autor de todas elas.
Conte-lhes que esse artista é brasileiro e que uma de suas séries foi feita a partir de um sim-ples parafuso. Peça às crianças que localizem no livro essas obras “inspiradas”. Será que, lendo o livro, poderemos descobrir mais sobre esses parafusos?
A leitura do texto pode ser feita de diversas maneiras: pelo professor, com os alunos em roda; pelas crianças, cada uma lendo uma página; ou dividindo-se a classe em pequenos grupos.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO
PARA TURMAS DE 1
aA 4
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
PROJETANDO E TRANSFORMANDO UM DESENHO
O livro pode suscitar muitas questões entre as crianças. A seqüência didática planejada pelo professor deve sempre permitir uma abertura para que elas expressem suas idéias, comparti-lhando com os colegas diferentes leituras e in-terpretações.
Não deixe de aproveitar a narrativa sugeri-da nas páginas finais: coletivize as histórias cri-adas pelos alunos, fazendo perguntas e recor-rendo às imagens do livro.
F FF F
F Roteiro de apreciação das obras
reproduzidas no livro: Sem título (p. 20); Parafuso (p. 20); Parafusos (p. 21); Signo (p. 22) e Colheita (p. 22)
w O que essas obras possuem em comum? w Como está posicionado o parafuso em cada uma delas?
w Os parafusos pintados possuem a mesma forma? Existem parafusos mais pontiagudos, mais finos ou maiores?
w Em que contexto estão os parafusos? Eles aparecem do mesmo modo em que os vemos numa fábrica, oficina ou em nossa escola?
w Em qual dos trabalhos de Tozzi o parafuso aparece de forma mais inusitada?
w Em qual deles temos a sensação de que o parafuso está mais “apertado”?
w Como são as cores utilizadas pelo artista? (Por exemplo, a cor vermelha em Signo influen-cia de algum modo o nosso pensamento? Como?)
w Por que Tozzi teria feito tantos trabalhos a partir do parafuso?
w O que teria motivado o artista a escolher tal objeto?
w Em qual obra esse objeto foi repetido mais vezes? Qual delas nos transmite maior sensação de movimento?
w Que nome você daria para esses diferentes trabalhos? Escolha apenas um e crie um título para ele.
w No livro, a autora afirma que “o parafuso torna-se uma idéia puramente artística”.Como ocorreu essa transformação?
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA F
FF F
F Produção
Após a leitura do livro, os alunos podem expe-rimentar alguns processos vivenciados pelo artista e descritos no livro, como escolher um tema e de-pois projetar sua imagem para brincar com as for-mas e cores. Para tanto, o professor pode reler com eles dois trechos do livro:
“Uma vez, quando tinha uns 16 anos, ga-nhou de presente um projetor de imagens cha-mado episcópio. [...]” (p. 6).
“Tozzi sempre teve curiosidade de experi-mentar diferentes combinações de cores e for-mas no espaço para construir seus trabalhos. [...] Mas o que é uma idéia artística? [...]” (p. 20).
Discuta com os alunos esse processo de criação do artista, e peça a um deles que, a partir da des-crição do livro, exemplifique como Claudio Tozzi iniciaria um trabalho, o que faria depois, e depois... O professor pode contar para as crianças que cada um possui um jeito muito particular de criar e executar seus trabalhos, e que, muitas vezes, um único artista trabalha de diferentes formas. (Como poderiam ser essas outras formas?)
Proponha aos alunos a criação de uma pintura a partir de um procedimento descrito no livro: es-colher primeiro o tema, projetar e ampliar a sua imagem, inventar novas relações (como sobreposi-ção e repetisobreposi-ção) e brincar com suas formas e cores. Para essa proposta, podem ser pensadas al-gumas etapas, como:
w A sala debater e definir um tema em co-mum para ser utilizado por todos os alunos. O professor pode facilitar o trabalho sugerindo objetos com formas simples como o parafuso de Tozzi (chave, lápis, pião, garfo, colher...).
w Distribuir transparências (ou plástico trans-parente e caneta para retroprojetor) e pedir que as crianças desenhem nessas superfícies, apenas uma vez, o objeto escolhido.
w Em sala com pouca iluminação, com auxí-lio de um retroprojetor, de um projetor de
sli-des ou de uma lanterna com luz forte, projete
os desenhos sobre uma superfície (ou papel) maior, permitindo que a criança apenas contor-ne a forma projetada.
Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II, 1968, alquídica sobre madeira e espuma de nylon,
180x110x140 cm. Coleção do artista.
5 6 7 w A partir desse recurso, possibilite aos
alu-nos brincar com as formas, sobrepondo, repe-tindo, distorcendo o desenho projetado. Só en-tão aplicar cor.
Essa proposta pode ser feita em grupo, construindo-se um grande painel coletivo, ou individualmente, em que cada criança criaria sua composição.
É importante que, ao finalizar o trabalho, o professor discuta com os alunos o processo de transformação do objeto/tema escolhido. Como é
que eles chegaram àquelas formas e cores? Como avaliaram o resultado? O que acharam desse modo de trabalhar, sugerido por Tozzi? Quais se-riam as outras maneiras de se produzir um painel? Retome as imagens do livro que mostram painéis pintados por Claudio Tozzi. Se for pos-sível, seria interessante levar os alunos em ex-cursão para a cidade de São Paulo a fim de que eles possam conhecer pessoalmente os painéis pintados pelo artista (veja relação na página 7 deste suplemento).
F FF F
F Objetivo
Por meio do estudo e da reflexão sobre a obra de Tozzi, de seus contemporâneos e da produção de um trabalho expressivo, compre-ender a ação artística proposta pelos produto-res da pop art, reconhecendo o caráter crítico e político de seus trabalhos — feitos no Brasil e no exterior.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Conhecimento e competência de leitura das formas visuais em diversos meios de comu-nicação da imagem: fotografia, cartaz, televi-são, vídeo, histórias em quadrinhos, telas de computador, publicações, publicidade, design, desenho animado etc.
w Reflexão sobre a ação social que os produ-tores de arte concretizam em diferentes épo-cas e culturas, situando conexões entre vida, obra e contexto.
F FF F
F Conteúdos do projeto w Características da pop art.
w A produção de Claudio Tozzi relacionada à pop art.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
TURMAS A PARTIR DA 5
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
POP ART — TRANSFORMANDO A SOCIEDADE
DE CONSUMO EM ARTE
w Apropriação e crítica social (no caso, à socie-dade de consumo) por intermédio da arte. F Tema transversal: Trabalho e Consumo. F Trabalho interdisciplinar: Português, Geografia e História.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Para iniciar a seqüência didática aqui pro-posta, o professor poderá, antes mesmo da lei-tura do livro, apresentar algumas idéias e obras da pop art. Como ponto de partida seria interessante apresentar aos alunos a obra de Andy Wahrol, reproduzida no livro de Regina Machado (p. 10). Organize a leitura dessa obra começando por perguntar se a imagem se re-fere a uma propaganda de sopa ou a uma obra de arte. Peça aos alunos que, em duplas, analisem a imagem e reflitam sobre a respos-ta que será apresenrespos-tada para o grupo. A par-tir dos comentários dos alunos, o professor pode apresentar algumas características e o contexto da pop art (veja quadro na página 7 deste suplemento).
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Depois de os alunos terem feito a leitura indi-vidualmente, o professor pode conduzir uma con-versa a respeito da opinião deles sobre o livro.
Na seqüência, em pequenos grupos, eles podem procurar as relações entre as obras de Tozzi e as da pop art. Algumas sugestões:
w Tozzi aproveita imagens do cotidiano da sociedade de consumo? Quais?
w Que tipo de notícia jornalística ou letra de música ele usa em suas obras?
w Que outro assunto relacionado à socieda-de socieda-de consumo é utilizado por Tozzi?
Mostre aos alunos como Claudio Tozzi utili-za cores fortes e chapadas como se faz na pu-blicidade (em rótulos de produtos, propagan-das etc.).
F FF
FF Roteiro de apreciação da obra
reproduzida no livro: Desta vez eu consi-go fugir (página 13).
w Compare essa obra com uma tira de histó-ria em quadrinhos publicada em jornal. O que elas possuem em comum?
w Como parece ser a mulher representada? w Que idade aparenta? Trabalha, estuda? w O que mais poderíamos pensar sobre ela? w Como são suas roupas e seu corte de cabelo? w Como é o tratamento da imagem? As cores são chapadas? A figura é toda definida pelo con-torno preto?
w O que significa a retícula (as bolinhas pre-tas) no fundo? Algum dos alunos já colocou uma lente de aumento no jornal ou viu um
outdoor de perto?
w Por que o artista teria utilizado a linguagem das histórias em quadrinhos para construir uma pintura?
w Qual a relação desse trabalho com a pop
art?
w Apresente aos alunos a história do Bandido da Luz Vermelha e peça que estabeleçam uma relação entre a história e essa obra de Tozzi.
w Compare este trabalho de Tozzi com ou-tros da série O Bandido da Luz Vermelha.
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF
FF Produção
Agora que os alunos sabem mais sobre a obra de Tozzi e sobre a pop art, o professor pode sugerir que eles utilizem algo da socieda-de socieda-de consumo para transformar em arte. Esse trabalho pode ser organizado em etapas:
1. Escolha do objeto/imagem/acontecimento da sociedade de consumo que o aluno julgue rele-vante (capas de CD, fotos de ídolos, embalagens e rótulos etc.).
2. Como transformar o assunto escolhido em um trabalho expressivo? Caso perceba alguma dificuldade por parte dos alunos, o professor pode retomar algumas manipulações que os ar-tistas pop costumavam fazer: desgaste da ima-gem, repetição, reversão, isolar elementos (con-sulte o quadro da página 7).
3. Seleção dos materiais disponíveis e/ou ne-cessários para a confecção do trabalho e... mãos à obra!
Não se esqueça de organizar, no final, uma lei-tura coletiva dos trabalhos, verificando sempre se ficou clara, pelo tratamento visual empregado, a idéia que o aluno pretendia transmitir sobre o as-sunto escolhido.
F FF
FF Variação para o ensino médio
O professor pode passar o filme de Rogério Sganzerla, O Bandido da Luz Vermelha, e relacio-ná-lo com a obra de Tozzi sobre o assunto; afinal são dois artistas discutindo o mesmo caso que es-tava em evidência na época.
Esse seria um ótimo caminho para motivar um trabalho sobre a ditadura militar na década de 1960. Por meio de uma pesquisa sobre o Bandi-do da Luz Vermelha (Acácio Pereira da Costa), os alunos podem também refletir sobre o sistema penitenciário brasileiro, que manteve Acácio no cárcere durante trinta anos, sem oferecer condi-ções para sua readaptação social. Com 54 anos, Acácio deixou o complexo penitenciário do Ca-randiru, mas não viveu por muito tempo.
O termo pop art foi cunhado pelo críti-co inglês Lawrence Alloway em referência ao movimento que existiu entre os anos 1950 e 1970, com maior evidência nos Es-tados Unidos e na Grã-Bretanha.
Os artistas da pop art se apropriavam de imagens divulgadas em periódicos, prate-leiras de supermercados, propagandas, bandeiras, jornais, revistas em quadrinhos, placas etc., e interferiam nelas de diferen-tes formas:
• refaziam ou desfaziam essas imagens; • retiravam a imagem do seu “consu-mo” normal, dando uma nova função para ela;
• isolavam a imagem do seu contexto e/ou transformavam um objeto produzi-do em série em um objeto único (como na série de Tozzi sobre o Bandido da Luz Vermelha);
• reconstruíam a imagem, imitando uma impressão malfeita ou transforman-do-a em uma exagerada retícula (na gra-nulação de uma fotografia, por exemplo, como na imagem de Roy Lichtenstein, p. 10 do livro);
• construíam, artesanal ou manualmen-te, a imagem que antes era produzida ape-nas com tecnologia industrial, remetendo à origem industrial dessa mesma imagem (como na criação de Andy Wahrol, na p. 10 do livro);
• gastavam a imagem (repetindo-a até a exaustão, como no Pastelão, de 1985, e nos parafusos pintados por Tozzi em 1972).
As obras dos artistas pop transmitem ce-ticismo e causam um certo impacto emoti-vo, evidenciando visualmente um grande “desconforto do indivíduo na uniformida-de da sociedauniformida-de uniformida-de consumo” (Argan,
PARA SABER MAIS
Elaboração gráfica Elaboração de uma imagem de forma que se considerem os recur-sos da indústria gráfica, meio pela qual será re-produzida.
Movimento dadaísta Movimento que, sur-gido em Zurique em 1915, negava os valores tra-dicionais e propunha uma arte solta das amarras racionalistas.
Nova figuração (ou novo realismo) Termo aplicado às obras produzidas por um grupo de
artis-BIBLIOGRAFIA Claudio Tozzi
ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de (coord.). Objeto na arte: Brasil anos 60. São Pau-lo: FAAP, 1978.
ARTE e artistas plásticos no Brasil 2000. São Paulo: Meta, 2000. Sites www.claudiotozzi.com.br www.art-bonobo.com/claudiotozzi www.itaucultural.org.br Arte-educação
ARGAN, G. C. — Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/
acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
––––––. A imagem do ensino da arte: anos
oi-tenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre:
Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
––––––. Arte-educação no Brasil: das origens
ao modernismo. São Paulo: Perspectiva,1997.
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares: Arte. Brasília: MEC,
1996.
––––––. Secretaria do Ensino Fundamental.
Pa-râmetros Curriculares: Ensino Médio. Brasília:
MEC, 1999.
––––––. Secretaria do Ensino Fundamental.
Pa-râmetros Curriculares: Introdução. Brasília: MEC,
1998.
tas que, entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, passaram a incorporar imagens do cotidiano — muitas remetendo ao consumo — em suas obras. Com aparência mais naturalista, refletiam uma clara oposição ao expressionismo abstrato.
Rogerio Sganzerla (1946-2003) Cineasta re-presentante do cinema independente e margi-nal, dono de um estilo pouco convencional. O
Bandido da Luz Vermelha, seu primeiro
longa-metragem, rendeu-lhe fama internacional. Seu último filme foi O signo do caos. Catarinense, fa-leceu em São Paulo, cidade onde vivia.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Edusp,1992.
IAVELBERG, R. Para gostar de aprender arte:
sala de aula e formação de professores. Porto
Alegre: Artmed, 2003.
JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da
arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e co-nhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lis-boa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das imagens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARCONDES, Luis Fernando (org.). Dicionário
de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke,
1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos
artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS. Museu de Arte de São Paulo. São Paulo: Melhoramentos, 1978.
CONTEXTUALIZAÇÃO: TOZZI E A POP ART
1998: 575). É essa sensação de desconfor-to que temos ao observar a obra de Tozzi Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II (p. 17 do livro).
Tozzi e a produção de painéis urbanos
Os painéis urbanos são também uma forma contemporânea pela qual a arte se faz presente: distantes dos museus e imer-sas no cotidiano, esimer-sas obras convivem com a arquitetura e a publicidade urba-na. Esta relação de painéis urbanos de Claudio Tozzi, podem ser vistos na cidade de São Paulo (informações retiradas do site art-bonobo.com/claudiotozzi).
• Painel Bank Boston-Berrini, 2002. Tin-ta acrílica sobre tela colada em madeira, 200x500 cm. R. Chucri Zaidan, 246.
• Painel para Edifício Exclusive, 2002. 600 m2. Av. Angélica, 2.016.
• Painel Zebra, 1972. Poliuretano sobre zinco, 800x800 cm. Praça da República.
• Painel Bank Boston. Tinta acrílica so-bre tela colada em madeira, 185x1.070 cm. R. Líbero Badaró, 487.
• Painel Hotel Mercure Jardins. Tinta acrílica sobre tela colada em madeira, 185x420 cm. Al. Itu, 1.151.
• Painel Novotel Center Norte, pasti-lhas de vidro, 180x1.600 cm. Av. Zaki Nar-chi, 500.
• Painel Restaurante Novotel Center Norte. Acrílica sobre tela, 140x500 cm. Av. Zaki Narchi, 500.
• Painel Edifício de Apartamentos Spa-zio. Av. Dr. Arnaldo, 2.222. Tinta acrílica sobre alvenaria, 6x32 m. e escultura 400x100x100 cm.
w A partir desse recurso, possibilite aos alu-nos brincar com as formas, sobrepondo, repe-tindo, distorcendo o desenho projetado. Só en-tão aplicar cor.
Essa proposta pode ser feita em grupo, construindo-se um grande painel coletivo, ou individualmente, em que cada criança criaria sua composição.
É importante que, ao finalizar o trabalho, o professor discuta com os alunos o processo de transformação do objeto/tema escolhido. Como é
que eles chegaram àquelas formas e cores? Como avaliaram o resultado? O que acharam desse modo de trabalhar, sugerido por Tozzi? Quais se-riam as outras maneiras de se produzir um painel? Retome as imagens do livro que mostram painéis pintados por Claudio Tozzi. Se for pos-sível, seria interessante levar os alunos em ex-cursão para a cidade de São Paulo a fim de que eles possam conhecer pessoalmente os painéis pintados pelo artista (veja relação na página 7 deste suplemento).
F FF F
F Objetivo
Por meio do estudo e da reflexão sobre a obra de Tozzi, de seus contemporâneos e da produção de um trabalho expressivo, compre-ender a ação artística proposta pelos produto-res da pop art, reconhecendo o caráter crítico e político de seus trabalhos — feitos no Brasil e no exterior.
F FF F
F Conteúdos gerais (com referência nos
PCNs de Arte)
w Conhecimento e competência de leitura das formas visuais em diversos meios de comu-nicação da imagem: fotografia, cartaz, televi-são, vídeo, histórias em quadrinhos, telas de computador, publicações, publicidade, design, desenho animado etc.
w Reflexão sobre a ação social que os produ-tores de arte concretizam em diferentes épo-cas e culturas, situando conexões entre vida, obra e contexto.
F FF F
F Conteúdos do projeto w Características da pop art.
w A produção de Claudio Tozzi relacionada à pop art.
SUGESTÃO DE PROJETO PEDAGÓGICO PARA
TURMAS A PARTIR DA 5
aSÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL:
POP ART — TRANSFORMANDO A SOCIEDADE
DE CONSUMO EM ARTE
w Apropriação e crítica social (no caso, à socie-dade de consumo) por intermédio da arte. F Tema transversal: Trabalho e Consumo. F Trabalho interdisciplinar: Português, Geografia e História.
ATIVIDADE PARA ANTES DA LEITURA F
FF F
F Sensibilizando os alunos
Para iniciar a seqüência didática aqui pro-posta, o professor poderá, antes mesmo da lei-tura do livro, apresentar algumas idéias e obras da pop art. Como ponto de partida seria interessante apresentar aos alunos a obra de Andy Wahrol, reproduzida no livro de Regina Machado (p. 10). Organize a leitura dessa obra começando por perguntar se a imagem se re-fere a uma propaganda de sopa ou a uma obra de arte. Peça aos alunos que, em duplas, analisem a imagem e reflitam sobre a respos-ta que será apresenrespos-tada para o grupo. A par-tir dos comentários dos alunos, o professor pode apresentar algumas características e o contexto da pop art (veja quadro na página 7 deste suplemento).
ATIVIDADES PARA DURANTE A LEITURA F
FF F
F Orientações para ler o livro em sala de
aula
Depois de os alunos terem feito a leitura indi-vidualmente, o professor pode conduzir uma con-versa a respeito da opinião deles sobre o livro.
Na seqüência, em pequenos grupos, eles podem procurar as relações entre as obras de Tozzi e as da pop art. Algumas sugestões:
w Tozzi aproveita imagens do cotidiano da sociedade de consumo? Quais?
w Que tipo de notícia jornalística ou letra de música ele usa em suas obras?
w Que outro assunto relacionado à socieda-de socieda-de consumo é utilizado por Tozzi?
Mostre aos alunos como Claudio Tozzi utili-za cores fortes e chapadas como se faz na pu-blicidade (em rótulos de produtos, propagan-das etc.).
F FF
FF Roteiro de apreciação da obra
reproduzida no livro: Desta vez eu consi-go fugir (página 13).
w Compare essa obra com uma tira de histó-ria em quadrinhos publicada em jornal. O que elas possuem em comum?
w Como parece ser a mulher representada? w Que idade aparenta? Trabalha, estuda? w O que mais poderíamos pensar sobre ela? w Como são suas roupas e seu corte de cabelo? w Como é o tratamento da imagem? As cores são chapadas? A figura é toda definida pelo con-torno preto?
w O que significa a retícula (as bolinhas pre-tas) no fundo? Algum dos alunos já colocou uma lente de aumento no jornal ou viu um
outdoor de perto?
w Por que o artista teria utilizado a linguagem das histórias em quadrinhos para construir uma pintura?
w Qual a relação desse trabalho com a pop
art?
w Apresente aos alunos a história do Bandido da Luz Vermelha e peça que estabeleçam uma relação entre a história e essa obra de Tozzi.
w Compare este trabalho de Tozzi com ou-tros da série O Bandido da Luz Vermelha.
F Contextualização (veja quadro na página 7 deste suplemento)
ATIVIDADES PARA DEPOIS DA LEITURA
F FF
FF Produção
Agora que os alunos sabem mais sobre a obra de Tozzi e sobre a pop art, o professor pode sugerir que eles utilizem algo da socieda-de socieda-de consumo para transformar em arte. Esse trabalho pode ser organizado em etapas:
1. Escolha do objeto/imagem/acontecimento da sociedade de consumo que o aluno julgue rele-vante (capas de CD, fotos de ídolos, embalagens e rótulos etc.).
2. Como transformar o assunto escolhido em um trabalho expressivo? Caso perceba alguma dificuldade por parte dos alunos, o professor pode retomar algumas manipulações que os ar-tistas pop costumavam fazer: desgaste da ima-gem, repetição, reversão, isolar elementos (con-sulte o quadro da página 7).
3. Seleção dos materiais disponíveis e/ou ne-cessários para a confecção do trabalho e... mãos à obra!
Não se esqueça de organizar, no final, uma lei-tura coletiva dos trabalhos, verificando sempre se ficou clara, pelo tratamento visual empregado, a idéia que o aluno pretendia transmitir sobre o as-sunto escolhido.
F FF
FF Variação para o ensino médio
O professor pode passar o filme de Rogério Sganzerla, O Bandido da Luz Vermelha, e relacio-ná-lo com a obra de Tozzi sobre o assunto; afinal são dois artistas discutindo o mesmo caso que es-tava em evidência na época.
Esse seria um ótimo caminho para motivar um trabalho sobre a ditadura militar na década de 1960. Por meio de uma pesquisa sobre o Bandi-do da Luz Vermelha (Acácio Pereira da Costa), os alunos podem também refletir sobre o sistema penitenciário brasileiro, que manteve Acácio no cárcere durante trinta anos, sem oferecer condi-ções para sua readaptação social. Com 54 anos, Acácio deixou o complexo penitenciário do Ca-randiru, mas não viveu por muito tempo.
O termo pop art foi cunhado pelo críti-co inglês Lawrence Alloway em referência ao movimento que existiu entre os anos 1950 e 1970, com maior evidência nos Es-tados Unidos e na Grã-Bretanha.
Os artistas da pop art se apropriavam de imagens divulgadas em periódicos, prate-leiras de supermercados, propagandas, bandeiras, jornais, revistas em quadrinhos, placas etc., e interferiam nelas de diferen-tes formas:
• refaziam ou desfaziam essas imagens; • retiravam a imagem do seu “consu-mo” normal, dando uma nova função para ela;
• isolavam a imagem do seu contexto e/ou transformavam um objeto produzi-do em série em um objeto único (como na série de Tozzi sobre o Bandido da Luz Vermelha);
• reconstruíam a imagem, imitando uma impressão malfeita ou transforman-do-a em uma exagerada retícula (na gra-nulação de uma fotografia, por exemplo, como na imagem de Roy Lichtenstein, p. 10 do livro);
• construíam, artesanal ou manualmen-te, a imagem que antes era produzida ape-nas com tecnologia industrial, remetendo à origem industrial dessa mesma imagem (como na criação de Andy Wahrol, na p. 10 do livro);
• gastavam a imagem (repetindo-a até a exaustão, como no Pastelão, de 1985, e nos parafusos pintados por Tozzi em 1972).
As obras dos artistas pop transmitem ce-ticismo e causam um certo impacto emoti-vo, evidenciando visualmente um grande “desconforto do indivíduo na uniformida-de da sociedauniformida-de uniformida-de consumo” (Argan,
PARA SABER MAIS
Elaboração gráfica Elaboração de uma imagem de forma que se considerem os recur-sos da indústria gráfica, meio pela qual será re-produzida.
Movimento dadaísta Movimento que, sur-gido em Zurique em 1915, negava os valores tra-dicionais e propunha uma arte solta das amarras racionalistas.
Nova figuração (ou novo realismo) Termo aplicado às obras produzidas por um grupo de
artis-BIBLIOGRAFIA Claudio Tozzi
ALVARADO, Daisy Valle Machado Peccinini de (coord.). Objeto na arte: Brasil anos 60. São Pau-lo: FAAP, 1978.
ARTE e artistas plásticos no Brasil 2000. São Paulo: Meta, 2000. Sites www.claudiotozzi.com.br www.art-bonobo.com/claudiotozzi www.itaucultural.org.br Arte-educação
ARGAN, G. C. — Arte Moderna. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
BARBOSA, A. M. Arte-educação: conflitos/
acertos. São Paulo: Ateliê Editorial, 1997.
––––––. A imagem do ensino da arte: anos
oi-tenta e novos tempos. São Paulo / Porto Alegre:
Perspectiva / Fundação Iochpe, 1981.
––––––. Arte-educação no Brasil: das origens
ao modernismo. São Paulo: Perspectiva,1997.
BRASIL. Secretaria do Ensino Fundamental.
Parâmetros Curriculares: Arte. Brasília: MEC,
1996.
––––––. Secretaria do Ensino Fundamental.
Pa-râmetros Curriculares: Ensino Médio. Brasília:
MEC, 1999.
––––––. Secretaria do Ensino Fundamental.
Pa-râmetros Curriculares: Introdução. Brasília: MEC,
1998.
tas que, entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, passaram a incorporar imagens do cotidiano — muitas remetendo ao consumo — em suas obras. Com aparência mais naturalista, refletiam uma clara oposição ao expressionismo abstrato.
Rogerio Sganzerla (1946-2003) Cineasta re-presentante do cinema independente e margi-nal, dono de um estilo pouco convencional. O
Bandido da Luz Vermelha, seu primeiro
longa-metragem, rendeu-lhe fama internacional. Seu último filme foi O signo do caos. Catarinense, fa-leceu em São Paulo, cidade onde vivia.
GOMBRICH, E. H. Arte e ilusão. São Paulo: Edusp,1992.
IAVELBERG, R. Para gostar de aprender arte:
sala de aula e formação de professores. Porto
Alegre: Artmed, 2003.
JANSON, H. W. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARTINS, M. C. et alii. Didática do ensino da
arte: a língua do mundo — Poetizar, fruir e co-nhecer arte. São Paulo: FTD, 1998.
PARSONS, M. J. Compreender a arte. 1. ed. Lis-boa: Presença, 1992.
ROSSI, M. H. W. A compreensão das imagens da arte. Arte & Educação em revista. Porto Alegre: UFRGS / Iochpe. I: 27-35, out. 1995.
DICIONÁRIOS
DICIONÁRIO DA PINTURA MODERNA. São Paulo: Hemus, 1981.
DICIONÁRIO OXFORD DE ARTE. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
MARCONDES, Luis Fernando (org.). Dicionário
de termos artísticos. Rio de Janeiro: Pinakotheke,
1988.
READ, Herbert (org.). Dicionário da arte e dos
artistas. Lisboa: Edições 70, 1989.
ENCICLOPÉDIA
ENCICLOPÉDIA DOS MUSEUS. Museu de Arte de São Paulo. São Paulo: Melhoramentos, 1978.
CONTEXTUALIZAÇÃO: TOZZI E A POP ART
1998: 575). É essa sensação de desconfor-to que temos ao observar a obra de Tozzi Eu bebo chopp, ela pensa em casamento II (p. 17 do livro).
Tozzi e a produção de painéis urbanos
Os painéis urbanos são também uma forma contemporânea pela qual a arte se faz presente: distantes dos museus e imer-sas no cotidiano, esimer-sas obras convivem com a arquitetura e a publicidade urba-na. Esta relação de painéis urbanos de Claudio Tozzi, podem ser vistos na cidade de São Paulo (informações retiradas do site art-bonobo.com/claudiotozzi).
• Painel Bank Boston-Berrini, 2002. Tin-ta acrílica sobre tela colada em madeira, 200x500 cm. R. Chucri Zaidan, 246.
• Painel para Edifício Exclusive, 2002. 600 m2. Av. Angélica, 2.016.
• Painel Zebra, 1972. Poliuretano sobre zinco, 800x800 cm. Praça da República.
• Painel Bank Boston. Tinta acrílica so-bre tela colada em madeira, 185x1.070 cm. R. Líbero Badaró, 487.
• Painel Hotel Mercure Jardins. Tinta acrílica sobre tela colada em madeira, 185x420 cm. Al. Itu, 1.151.
• Painel Novotel Center Norte, pasti-lhas de vidro, 180x1.600 cm. Av. Zaki Nar-chi, 500.
• Painel Restaurante Novotel Center Norte. Acrílica sobre tela, 140x500 cm. Av. Zaki Narchi, 500.
• Painel Edifício de Apartamentos Spa-zio. Av. Dr. Arnaldo, 2.222. Tinta acrílica sobre alvenaria, 6x32 m. e escultura 400x100x100 cm.