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Nota Técnica nº 028/2011-SRC-SRE/ANEEL. Em 22 de novembro de Processo n /

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Nota Técnica nº 028/2011-SRC-SRE/ANEEL

Em 22 de novembro de 2011.

Processo n° 48500.005720/2011-18

Assunto: Metodologia de cálculo do montante de recursos a ser repassado a cada distribuidora de energia elétrica, no âmbito da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE, e forma de custeio desse montante.

I. DO OBJETIVO

Propor a revisão da Resolução Normativa nº 089, de 25 de outubro de 2004, e a regulamentação da metodologia de cálculo do montante de recursos a ser repassado a cada distribuidora de energia elétrica, no âmbito da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE, e forma de custeio desse montante, com base na Lei n° 12.212, de 20 de janeiro de 2010 e no Decreto nº 7.583, de 13 de outubro de 2011.

II. DOS FATOS

2. A Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, em seu art. 1°, §1° unificou os critérios de enquadramento de unidades consumidoras na Subclasse Residencial Baixa Renda. Para tanto, para ter direito ao benefício da tarifa social, as unidades consumidoras deveriam ser atendidas por circuito monofásico e apresentar consumo mensal inferior a 80 kWh ou entre 80 e 220 kWh, desde que observassem o máximo regional compreendido na faixa e não fossem excluídas da subclasse por outros critérios de enquadramento a serem definidos pela ANEEL.

3. Essa mesma Lei, em seu art. 13, criou a Conta de Desenvolvimento Energético – CDE a qual visava o desenvolvimento energético dos Estados e a competitividade da energia produzida a partir de fontes eólica, pequenas centrais hidrelétricas, biomassa, gás natural e carvão mineral nacional, nas áreas atendidas pelos sistemas interligados e promover a universalização do serviço de energia elétrica em todo o território nacional.

4. O art. 5º da Lei nº 10.604, de 17 de dezembro de 2002, regulamentado pelo art. 1º do Decreto nº 4.538, de 23 de dezembro 2002, disciplinou a utilização de recursos da Reserva Global de Reversão – RGR para custeio da subvenção econômica destinada aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda.

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5. Posteriormente com a edição da Lei nº 10.762, de 11 de novembro de 2003, o art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, foi alterado e foi estabelecida a destinação de recursos da CDE para atendimento à subvenção econômica destinada à modicidade da tarifa de fornecimento de energia elétrica aos consumidores finais integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda.

6. Assim sendo, foi editado o Decreto nº 5.029, de 31 de março de 2004, o qual alterou o Decreto nº 4.538, de 2002, para regulamentar a utilização de recursos da CDE para custeio da subvenção econômica destinada aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda.

7. Com base nesse Decreto, a ANEEL editou a Resolução Normativa nº 089, de 2004, a qual estabeleceu, a metodologia para o cálculo de subvenção econômica a ser concedida às distribuidoras ou de montante a ser utilizado para a redução do nível das suas tarifas, de forma a contrabalançar os efeitos da aplicação da TSEE.

8. Em 9 de dezembro de 2009, foi editada a Lei nº 12.111, que dentre outras disposições, estabeleceu em seu art. 13, a isenção do pagamento do Encargo Setorial referente à Conta de Consumo de Combustíveis - CCC, para toda Subclasse Residencial Baixa Renda.

9. Em 20 de janeiro de 2010, foi editada a Lei nº 12.212 a qual dispôs sobre a TSEE aplicável à Subclasse Residencial Baixa Renda. Dentre os aspectos tratados pela Lei, citam-se os seguintes: i) explicitou o percentual de desconto tarifário; ii) alterou o critério de escolha do público alvo; iii) criou um benefício adicional para as famílias indígenas e quilombolas; iv) extinguiu o Limite Regional criando um limite de consumo nacional; v) estendeu a toda Subclasse Residencial Baixa Renda a isenção do pagamento do encargo setorial referente ao Programa de Incentivo a Fontes Alternativas de Energia – Proinfa; vi) alterou a redação do § 1º e revogou os §§ 5º, 6º e 7º do art. 1º da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002.

10. Em 13 de outubro de 2011, foi publicado o Decreto nº 7.583, que regulamenta a aplicação da TSEE, de que trata a Lei nº 12.212, de 20 de janeiro de 2010, e dá outras providências. Dentre os aspectos tratados pelo decreto citam-se os seguintes: i) estabeleceu diretrizes e limites para o custeio da aplicação da TSEE; ii) determinou que a ANEEL regulamente em até cento e vinte dias contados de sua a vigência, a metodologia de cálculo do montante de recursos a ser repassado a cada distribuidora durante toda a vigência da Lei n° 12.212, de 2010, assim como o procedimento e o prazo para liberação dos recursos da CDE movimentados pela Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS.

11. As diretrizes para custeio da aplicação da TSEE, de que trata a Lei nº 12.212, de 2010, estabelecidos no Decreto nº 7.583 foram os seguintes: i) no mínimo sessenta por cento dos recursos proveniente de pagamentos de quotas anuais por parte de todos os agentes que comercializem energia elétrica com o consumidor final; ii) alterações na estrutura tarifária de cada concessionária ou permissionária desde que não ultrapassem o limite de um por cento da receita econômica destas.

12. Em 8 de novembro de 2011, foi publicada a Portaria Interministerial nº 630, que regulamentou o art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.212, de 2010, e que dispõe sobre os requisitos para que a família inscrita no Cadastro Único, com renda mensal de até 3 salários mínimos, que tenha entre seus membros portador de doença ou com deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.

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III. DA ANÁLISE

13. A Lei nº 12.212, de 2010, alterou os critérios para aplicação da TSEE, porém não definiu a fonte de financiamento do possível aumento de gastos decorrente dessa alteração, exceto para a concessão do desconto de 100% (cem por cento) até o limite de consumo de 50 (cinquenta) kWh/mês para as famílias indígenas e quilombolas inscritas no Cadastro Único que atendam ao disposto nos incisos I ou II do art. 2º da mesma Lei.

14. A referida Lei determinou ainda que a ANEEL definisse os procedimentos necessários para exclusão do rol dos beneficiários da TSEE das unidades consumidoras classificadas na Subclasse Residencial Baixa Renda, nos termos da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e que não se adequassem aos novos critérios, no prazo de até 24 (vinte e quatro) meses, contados a partir da entrada em vigência da Lei. 15. Com o advento da Resolução Normativa nº 414, de 2010, estabeleceu-se em seu art. 221, com redação alterada pela Resolução Normativa nº 436, de 24 de maio de 2011, prazos diferenciados para grupos de consumidores com base em seu consumo médio de forma que a transição ocorresse gradualmente buscando assim minimizar eventuais transtornos aos consumidores que eram beneficiados pela Tarifa Social, conforme abaixo:

“Art. 221. Não será aplicada a TSEE para as unidades consumidoras classificadas na Subclasse Residencial Baixa Renda nos termos da Lei nº 10.438, de 26 de abril de 2002, e que os moradores não atendam ao disposto nos arts. 8º e 28 desta Resolução, de acordo com a média móvel mensal de consumo dos últimos 12 (doze) ciclos de faturamento, conforme a seguir:

I – os consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda com base na leitura realizada no mês de julho de 2010, por atenderem aos critérios estabelecidos na Resolução nº 246, de 30 de abril de 2002, deixarão de receber a TSEE a partir da fatura referente ao primeiro ciclo completo de faturamento iniciado após as datas definidas na tabela abaixo:

Média móvel de consumo (kWh) Data

maior ou igual a 80 01/12/2010

maior que 65 01/08/2011

maior que 40 01/09/2011

maior que 30 01/10/2011

menor ou igual a 30 01/11/2011

II – os consumidores enquadrados na Subclasse Residencial Baixa Renda com base na leitura realizada no mês de julho de 2010, por atenderem aos critérios estabelecidos na Resolução nº 485, de 29 de agosto de 2002, deixarão de receber a TSEE a partir da fatura referente ao primeiro ciclo completo de faturamento iniciado após 1º de novembro de 2011.

16. Em 12 de fevereiro de 2010, a SRC enviou consulta à Procuradoria-Geral na ANEEL – PGE, por meio do Ofício nº 041/2010-SRC/ANEEL, visando esclarecer dúvidas sobre o processo de homologação dos valores de perdas de receita incorridas pelas distribuidoras, decorrentes da concessão de descontos aos consumidores da subclasse residencial baixa renda, e sobre a utilização de recursos da CDE para custeio da subvenção econômica decorrente desse desconto.

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17. A Procuradoria-Geral, por meio do Parecer nº 121/2010-PGE/ANEEL, esclareceu que a CDE, pelo menos no que tange a Tarifa Social, somente pode custear a diferença determinada pelo § 2º do Decreto nº 4.538, de 2002, e que eventual aumento no montante dos descontos concedidos aos consumidores de baixa renda (aplicação da TSEE), decorrente das Leis nº 12.111/2009 e nº 12.212/2010, apenas será custeado pela CDE se o regulamento for alterado:

“Assim, responde-se negativamente aos questionamentos segundo, terceiro e quarto. Ou seja, em razão da ausência de autorização normativa:

a) Não é possível que a ANEEL autorize a utilização de recursos oriundos da CDE para custear eventual aumento do gasto com a Subclasse Residencial Baixa Renda em função dos novos critérios instituídos pela Lei nº 12.212/2010;

b) Não é possível que a ANEEL autorize o impacto no montante de subvenção concedido aos consumidores do Baixa Renda, decorrentes do aumento do limite regional estabelecido no art. 1º da Lei nº 12.212/10, seja custeado com recursos da CDE;

c) Não é possível que a ANEEL autorize o impacto no montante de subvenção concedido aos consumidores do Baixa Renda, decorrentes da isenção do PROINFA estabelecida no art. 12 da Lei nº 12.212/10 e da vedação de repasse do percentual referente ao encargo da CCC para consumidores do Baixa Renda estabelecida no art. 13 da Lei nº 12.111/09, seja custeado com recursos da CDE;”

18. Com a falta de definição da fonte de custeio para os descontos concedidos aos beneficiários com base nos requisitos da Lei nº 12.212, de 2010, e com base no Parecer nº 121/2010-PGE/ANEEL, apenas os descontos concedidos aos consumidores que permaneceram sendo beneficiados no período de transição entre os critérios das Leis nº 10.438, de 2002 e nº 12.212, de 2010, além do desconto de 100% para os primeiros 50 kWh dos beneficiários indígenas e quilombolas, continuaram sendo custeados pela CDE, em virtude do disposto no § 1º do art. 2º do Decreto nº 4.538, de 2002, conforme transcrito a seguir:

“§ 1º A subvenção de que trata o caput restringir-se-á à diferença, exclusive o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS, se positiva, entre o subsídio estabelecido na Lei 10.438, de 2002 e o subsídio estabelecido antes da vigência da mesma Lei.”

19. Com essa lacuna na regulamentação, os consumidores em transição que nos prazos definidos no artigo 221 da REN 414 atenderam aos requisitos da Lei nº 12.212 e os novos beneficiários trazidos por essa mesma Lei, passaram a ser custeados pela tarifa e não mais pela CDE. Tal situação permanecendo sem que houvesse alteração na regulamentação que trata da forma de custeio da TSEE, acarretaria em aumento tarifário superior a 5% para diversas distribuidoras.

20. Com o intuito de exemplificar, apresentamos na tabela abaixo, para as cinco distribuidoras com maior mercado de consumidores da subclasse residencial baixa renda, uma comparação entre os percentuais da quantidade de unidades consumidoras dessa subclasse que era custeada com recursos da CDE ou da tarifa, nos meses de julho de 2010 e de outubro de 2011.

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% - Quantidade de Unidades Consumidoras

jul/10 out/11

UF DISTRIBUIDORA CDE TARIFA CDE TARIFA

BA COELBA 98,16% 1,84% 65,89% 34,11% MG CEMIG 64,37% 35,63% 51,69% 48,31% CE COELCE 88,36% 11,64% 53,91% 46,09% PE CELPE 85,90% 14,10% 57,23% 42,77% MA CEMAR 81,21% 18,79% 54,61% 45,39%

21. Com o a publicação do Decreto nº 7.583, de 2011, foi revogado o Decreto nº 4.538, de 2002, e estabelecido que os recursos da CDE devem ser utilizados para o custeio da aplicação da TSEE a toda subclasse residencial baixa renda, conforme metodologia a ser definida pela ANEEL com base nas diretrizes estabelecidas por esse decreto. Dessa forma, com base no art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, os recursos da CDE serão utilizados para custear a aplicação da TSEE, inclusive as isenções de PROINFA e CCC estabelecidas nas Leis nº 12.111, de 2009, e nº 12.212, de 2010.

DO CUSTEIO DA DIFERENÇA MENSAL DE RECEITA

22. A Diferença Mensal de Receita - DMR da concessionária ou permissionária de distribuição, decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, será custeada com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE ou, caso sejam insuficientes, por meio de alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora, conforme disposto no art. 2º do Decreto nº 7.583, de 13/10/2011.

23. Em relação aos recursos da CDE, conforme o art. 32-A do Decreto nº 4.541, de 23/12/2002, serão utilizados no mínimo sessenta por cento dos pagamentos de quotas anuais por parte de todos os agentes que comercializem energia elétrica com o consumidor final, as quais são estabelecidas por meio de resolução da ANEEL, até 30 de novembro, para recolhimento mensal no ano civil subseqüente.

24. Conforme o § 4º do art. 2º do Decreto nº 7.583/2011, o montante da subvenção da CDE estará sujeito à disponibilidade de recursos financeiros, em função da programação de utilização de recursos da Conta de Desenvolvimento Energético elaborada anualmente pelo Ministério de Minas e Energia.

25. Quanto ao custeio da aplicação da TSEE por meio de alterações da estrutura tarifária de cada distribuidora, os recursos daí provenientes não poderão superar um por cento da receita econômica da concessionária ou permissionária de distribuição, bem como somente poderão ser utilizados para custear a perda de receita referente aos descontos concedidos aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda da própria área de concessão ou permissão.

26. A denominada receita econômica corresponde à receita anual apurada nos processos tarifários de reajuste anual ou revisão periódica, identificada, respectivamente, como “RA1“ (Receita Anual na

DRP - Data do Reajuste em Processamento) ou “RR” (Receita Requerida).

27. Tendo em vista os parâmetros estabelecidos nos Decretos nº 4.541/2002 e nº 7.583/2011, acima destacados, propõe-se, a seguir, a metodologia de cálculo do montante de recursos, provenientes da

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CDE ou decorrentes de alterações na estrutura tarifária, a ser repassado a cada concessionária ou permissionária de distribuição para custeio da Diferença Mensal de Receita - DMR.

28. Até o limite de 1% da receita econômica, inclusive, a DMR poderá ser custeada com recursos oriundos da CDE ou com recursos provenientes das tarifas dos consumidores da própria área de concessão ou permissão, em razão de alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora, respeitada a restrição financeira estipulada nos Decretos nº 4.541/2002 e nº 7.583/2011, que delimitam a disponibilidade dos recursos da CDE entre o mínimo de 60% dos pagamentos de quotas anuais e o máximo previsto na programação anual de utilização desses recursos elaborada pelo Ministério de Minas e Energia.

29. Acima desse limite de 1% da receita econômica de cada distribuidora deverão ser usados, necessariamente, apenas recursos da CDE para o custeio das DMR aprovadas mensalmente pela ANEEL. 30. Na determinação da origem dos recursos necessários para o custeio da DMR, a presente proposta contempla a definição de três grupos de distribuidoras, previamente ordenadas no sentido da maior para a menor tarifa B1-Residencial vigente em 10 de novembro, desconsiderado o percentual referente à Recomposição Tarifária Extraordinária – RTE, quando houver.

31. Anualmente, até 30 de novembro, em conjunto com a publicação das quotas anuais da CDE a serem pagas pelas concessionárias e permissionárias de distribuição no decorrer do ano seguinte, a Superintendência de Regulação Econômica – SRE divulgará a composição dos três grupos (A, B e C), fazendo constar o seguinte dispositivo na resolução homologatória:

“Art. x Para fins de determinação da origem dos recursos necessários para o custeio da

Diferença Mensal de Receita - DMR das concessionárias e permissionárias de distribuição, decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, consta do Anexo ___ desta resolução a composição dos Grupos A, B e C contendo as distribuidoras e seus respectivos limites de custeio a serem observados a partir do mês do reajuste ou revisão tarifária de 20__ de cada distribuidora.”

32. Excepcionalmente, para consideração no ano de 2012, a publicação dos grupos será feita na resolução normativa resultante do presente regulamento.

33. Atualmente, o setor de distribuição de energia elétrica é composto por 63 concessionárias e 38 permissionárias, totalizando 101 distribuidoras no país.

34. Feitas simulações com base em dados reais e projetados, inclusive quanto à disponibilidade de recursos financeiros da CDE, e tendo em vista o limite de custeio por meio de repasse tarifário de até 1% da receita econômica da distribuidora, propõe-se a seguinte composição dos grupos:

Grupo A: 35 distribuidoras, classificadas no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 1ª a 35ª maiores tarifas;

Grupo B: 35 distribuidoras, classificadas no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 36ª a 70ª maiores tarifas;

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Grupo C: demais distribuidoras, classificadas no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 71ª maior até a menor tarifa.

35. Os Grupos A e B deverão ser constituídos por idêntica quantidade de distribuidoras, podendo ser alterado esse número, a cada ano, para mais ou para menos, em função da disponibilidade de recursos da CDE prevista para o ano subsequente.

36. Em relação às distribuidoras que compõem o Grupo A, a Diferença Mensal de Receita - DMR será integralmente custeada com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, ou seja, os descontos decorrentes da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos seus consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda não ensejarão qualquer repasse às tarifas das respectivas distribuidoras, por já possuírem as maiores tarifas B1-Residencial do país.

37. Quanto às distribuidoras integrantes do Grupo B, somente a DMR que exceder 0,5% da receita econômica da distribuidora será custeada com recursos da CDE. Portanto, neste Grupo B o custeio pode ser misto (CDE e repasse tarifário) ou apenas com recursos provenientes das tarifas dos consumidores da própria área de concessão ou permissão, em razão das alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora.

38. Por sua vez, em relação às distribuidoras que compõem o Grupo C, por possuírem as menores tarifas B1-Residencial do país, somente a DMR que exceder 1% da receita econômica da distribuidora poderá ser custeada com recursos da CDE. Também neste Grupo C o custeio pode ser misto (CDE e repasse tarifário) ou apenas com recursos provenientes das tarifas dos consumidores da própria área de concessão ou permissão, em razão das alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora.

39. Os respectivos limites de custeio relativos às distribuidoras integrantes dos Grupos A, B e C, embora publicados previamente, ao final do ano, para vigência no ano civil subseqüente, somente poderão ser usados a partir do mês do reajuste ou revisão tarifária da distribuidora, tanto para definição do montante da subvenção mensal da CDE quanto para consideração no cálculo tarifário correspondente, de modo a compatibilizar a apuração do valor da subvenção com a respectiva situação tarifária da concessionária ou permissionária por todo o seu período de referência contratual.

40. Para quantificar e efetivar as alterações na estrutura tarifária de cada distribuidora integrante dos Grupos A, B ou C será considerado no procedimento de abertura tarifária um ajuste de receita equivalente à diferença, se positiva, entre o montante anual dos descontos concedidos pela distribuidora no respectivo período de referência e o valor anual referente ao limite de custeio estabelecido para cada um dos Grupos. Caso a diferença resulte em um valor negativo não haverá ajuste de receita a fazer.

41. Ou seja, o citado ajuste de receita de cada distribuidora corresponderá à previsão de custeio de suas DMR com recursos provenientes da CDE nos 12 meses subseqüentes ao reajuste ou revisão tarifária. A saber:

ARB = MAD – LAC

MAD = (MBR * TB1) – (MBR * TBR) LACgrupo A = RA1 * 0% = 0

LACgrupo B = RA1 * 0,5% LACgrupo C = RA1 * 1%

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Onde:

ARB = Ajuste de Receita Baixa Renda (em R$)

MAD = Montante Anual de Descontos Baixa Renda (em R$) LAC = Limite Anual de Custeio Baixa Renda (em R$)

MBR = Mercado Baixa Renda (em MWh) TB1 = Tarifa B1 Residencial (em R$/MWh)

TBR = Tarifa Média Baixa Renda (em R$ por MWh) RA1 = Receita Econômica da Distribuidora (em R$)

42. Sendo assim, na resolução homologatória das tarifas de cada distribuidora constará dispositivo nos seguintes termos:

Cálculo tarifário de distribuidora integrante do Grupo A

“Art. x Conforme estabelecido na Resolução Homologatória nº ____/20__ (REH que definiu as quotas anuais da CDE e os Grupos A-B-C), a Diferença Mensal de Receita – DMR da __________ (sigla da distribuidora), decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, no período de _________ a _________ (meses integrantes do próximo período de referência contratual da distribuidora), será custeada integralmente com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE.”

Cálculo tarifário de distribuidora integrante do Grupo B

“Art. x Conforme estabelecido na Resolução Homologatória nº ____/20__ (REH que definiu as quotas anuais da CDE e os Grupos A-B-C), a Diferença Mensal de Receita – DMR da __________ (sigla da distribuidora), decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, no período de _________ a _________ (meses integrantes do próximo período de referência contratual da distribuidora), será custeada com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE somente no que exceder o valor mensal de R$ __________,__, que corresponde ao duodécimo do montante anual equivalente a 0,5% da receita econômica da distribuidora.”

Cálculo tarifário de distribuidora integrante do Grupo C

“Art. x Conforme estabelecido na Resolução Homologatória nº ____/20__ (REH que definiu as quotas anuais da CDE e os Grupos A-B-C), a Diferença Mensal de Receita – DMR da __________ (sigla da distribuidora), decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, no período de _________ a _________ (meses integrantes do próximo período de referência contratual da distribuidora), será custeada com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE somente no que exceder o valor mensal de R$ __________,__, que corresponde ao duodécimo do montante anual equivalente a 1% da receita econômica da distribuidora.”

43. Observados os critérios e procedimentos acima propostos, apresentamos, a seguir, a composição dos Grupos de distribuidoras a serem considerados durante o ano de 2012, somente a partir do respectivo mês do reajuste ou revisão tarifária de cada distribuidora:

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Grupo A para 2012: Distribuidoras com subvenção integral da CDE

Ranking Distribuidora UF Tarifa B1-Residencial vigente em 10/11/2011 1º CERES RJ 535,47 2º CEDRAP SP 477,54 3º CEDRI SP 454,01 4º ENERGISA MG MG 453,52 5º CELTINS TO 447,66 6º CERMISSÕES RS 447,14 7º NOVA PALMA RS 444,79 8º CEMAR MA 443,64 9º COOPERLUZ RS 438,43 10º CRELUZ-D RS 432,60 11º CERNHE SP 432,22 12º ENERSUL MS 430,62 13º CERILUZ RS 428,05 14º MOCOCA SP 427,06 15º CEPISA PI 419,86 16º CHESP GO 412,69 17º CEMAT MT 412,57 18º SANTA MARIA ES 411,42 19º RGE RS 408,49 20º CERPRO SP 404,93 21º CERTAJA RS 404,46 22º LESTE PAULISTA-CPEE SP 404,44 23º COELCE CE 401,99 24º AMPLA RJ 401,88 25º CRERAL RS 400,77 26º CETRIL SP 399,68 27º SANTA CRUZ SP 399,38 28º JOÃO CESA SC 399,23 29º FORCEL PR 390,56 30º DEMEI RS 390,24 31º CEMIG MG 389,78 32º CEJAMA SC 388,16 33º HIDROPAN RS 387,45 34º ELETROCAR RS 387,06 35º SUL PAULISTA SP 385,96

Subvenção integral da CDE a partir do respectivo mês do reajuste/revisão de 2012

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Grupo B para 2012: Distribuidoras com subvenção da CDE somente no que exceder 0,5% da receita econômica

Ranking Distribuidora UF Tarifa B1-Residencial vigente em 10/11/2011 36º COPREL RS 383,55 37º CERIM SP 382,14 38º COELBA BA 382,03 39º SULGIPE SE 380,54 40º ENERGISA NF RJ 375,82 41º ENERGISA PB PB 375,54 42º ELETROACRE AC 375,45 43º COOPERALIANÇA SC 373,52 44º IGUAÇU ENERGIA SC 370,83 45º CELPA PA 369,90 46º COOPERMILA SC 369,80 47º CEREJ SC 368,63 48º CEPRAG SC 367,55 49º CERAÇÁ SC 366,87 50º ELEKTRO SP 366,04 51º COORSEL SC 364,86 52º BRAGANTINA SP 364,54 53º CERIS SP 364,27 54º CERCOS SE 363,71 55º CERPALO SC 363,15 56º CERRP SP 362,71 57º CERGAPA SC 358,55 58º CERIPA SP 358,18 59º CERAL ANITAPOLIS SC 356,62 60º URUSSUNGA SC 353,00 61º CERON RO 351,23 62º CERTREL SC 347,65 63º CERGAL SC 346,91 64º MUX-ENERGIA RS 346,65 65º COSERN RN 344,72 66º CELPE PE 344,27 67º CERGRAL SC 344,09 68º LIGHT RJ 343,04 69º COCEL PR 341,07 70º CEEE RS 340,21

Subvenção da CDE apenas no que exceder 0,5% da receita econômica da distribuidora, a partir do respectivo mês do reajuste/revisão de 2012

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Grupo C para 2012: Distribuidoras com subvenção da CDE somente no que exceder 1% da receita econômica

Ranking Distribuidora UF Tarifa B1-Residencial vigente em 10/11/2011 71º CEAL AL 339,46 72º AMAZONAS AM 338,91 73º ESCELSA ES 338,82 74º CERMOFUL SC 338,73 75º ENERGISA SE SE 337,93 76º CERAL ARAPOTI PR 334,38 77º CERTEL RS 332,21 78º PARANAPANEMA SP 331,51 79º CELESC SC 329,74 80º CERR RR 329,00 81º CPFL-Paulista SP 328,83 82º NACIONAL SP 328,18 83º BANDEIRANTE SP 325,37 84º CERMC SP 321,52 85º COOPERCOCAL SC 320,76 86º CERBRANORTE SC 319,74 87º COOPERA SC 318,97 88º AES SUL RS 314,97 89º CPFL-Piratininga SP 314,21 90º CERSUL SC 313,55 91º OESTE PR 313,41 92º COPEL PR 309,26 93º DME-PC MG 306,42 94º JAGUARI SP 306,17 95º BOA VISTA RR 304,05 96º CEB DF 298,25 97º CAIUÁ SP 297,64 98º ELETROPAULO SP 296,51 99º ENERGISA BO PB 295,99 100º CELG GO 293,53 101º CEA AP 197,29

Subvenção da CDE apenas no que exceder 1% da receita econômica da distribuidora, a partir do respectivo mês do reajuste/revisão de 2012

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REGRAS DE TRANSIÇÃO E DISPOSIÇÕES COMPLEMENTARES

44. O procedimento atualmente adotado nos processos tarifários das concessionárias de distribuição, inaugurado quando das respectivas revisões periódicas do 2º Ciclo, realizadas entre 2007 e 2010, contempla a consideração de componente financeiro denominado “Previsão Subsídio Baixa Renda”, cujo valor é revertido no processo tarifário subseqüente, sendo substituído pelo valor definitivo apurado a partir dos dados validados pela SRC/ANEEL no período de referência.

45. Sucessivamente, considera-se nova previsão e, no ano seguinte, processa-se sua reversão e substituição pelos valores definitivos relativos aos descontos concedidos aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, levando-se em conta, em todo esse procedimento, também os valores devidamente homologados pela SRC/ANEEL a título de subvenção com recursos da CDE.

46. Ou seja, atualmente, no caso das concessionárias, o custeio da aplicação da TSEE é forçosamente misto, parte com recursos da CDE e parte com recursos provenientes das tarifas dos consumidores da própria área de concessão, podendo essa segunda parcela atingir percentuais muito significativos de impacto tarifário em algumas concessionárias. Além disso, a cobertura tarifária é dada por meio de componentes financeiros e não mediante alterações na estrutura tarifária da distribuidora.

47. Em relação às permissionárias de distribuição, devido ao modelo de regularização das permissões adotado e por não terem ainda passado por processo de revisão tarifária, a aplicação da TSEE vem sendo integralmente custeada por meio de alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora, ou seja, o custeio dos descontos concedidos aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda é realizado apenas com recursos provenientes das próprias tarifas dos consumidores da respectiva área de permissão.

48. Importa lembrar que, haja vista o regime de serviço pelo preço vigente no país, em que o risco das variações de mercado é necessariamente da distribuidora, o procedimento de se promover alterações na estrutura tarifária para fins de custeio de descontos dados pelas concessionárias ou permissionárias, não permite a consideração de ajustes compensatórios, por meio de componentes financeiros, nos processos tarifários subseqüentes.

49. Diante do que dispõe o art. 2º do Decreto nº 7.583/2011, o custeio da Diferença Mensal de Receita – DMR, decorrente da aplicação da TSEE aos consumidores integrantes da Subclasse Residencial Baixa Renda, seja de concessionária ou de permissionária de distribuição, terá que ser realizado, necessariamente, com recursos da CDE e/ou por meio de alterações na estrutura tarifária da respectiva distribuidora.

50. Portanto, precisa ser modificado o tratamento tarifário hoje adotado no caso das concessionárias, em que é dada uma previsão e se realiza um ajuste compensatório no processo tarifário subseqüente, mediante a consideração de componentes financeiros específicos, conforme já explicitado acima, ou seja, concede-se uma previsão e, no ano seguinte, processa-se a reversão do valor previsto e sua concomitante substituição pelos valores definitivos.

51. Entretanto, visto que o momento tecnicamente adequado para se efetivar a migração de um método para outro é o da revisão tarifária periódica, terá que ser adotada, apenas no caso das

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(i) A partir das revisões periódicas do 3º Ciclo das concessionárias, realizadas entre 2011 e 2014, o custeio da aplicação da TSEE com recursos tarifários, quando for o caso, será efetivado por meio de alterações na estrutura tarifária, conforme o método aprovado neste regulamento, e não mais mediante componente financeiro;

(ii) Realizar o ajuste compensatório (reversão da previsão concedida no ano anterior e sua substituição pelos valores definitivos) mais uma única vez, nos cálculos tarifários relativos ao ano de 2012 (2º e 3º Ciclo), tendo em vista que envolve procedimento iniciado anteriormente com a concessão de previsão calculada sob o método anterior. Se negativo, o ajuste compensatório será realizado por meio de componentes financeiros; se positivo, o mesmo será custeado integralmente com recursos da CDE, em 12 parcelas mensais;

(iii) Eliminar o ajuste compensatório (reversão da previsão concedida no ano anterior e sua substituição pelos valores definitivos) a partir dos processos tarifários de 2013; e

(iv) Manter, apenas nos processos de reajuste anual e até a próxima revisão periódica da concessionária, a concessão do componente financeiro denominado “Previsão Subsídio

Baixa Renda”, que corresponderá ao mínimo entre o montante anual dos descontos

concedidos pela distribuidora no respectivo período de referência e o valor anual referente ao limite de custeio estabelecido para cada um dos Grupos.

52. Excepcionalmente, apenas no caso das concessionárias, a Diferença Mensal de Receita - DMR referente ao período de janeiro de 2012 até o mês anterior ao reajuste ou revisão tarifária de cada concessionária será custeada com recursos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE exclusivamente em relação ao valor que exceder 1% da sua receita econômica.

53. Para tal finalidade, será publicada na resolução normativa resultante do presente regulamento a tabela referente ao limite de 1% da receita econômica de cada concessionária de distribuição, a partir do qual será concedida a subvenção com recursos da CDE no período de janeiro de 2012 até o mês anterior ao do reajuste/revisão, tendo sido usado como base de cálculo do referido limite de custeio a respectiva receita anual (RA1) apurada no último reajuste tarifário homologado pela ANEEL até

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Concessionária de distribuição 1% da receita econômica VALOR ANUAL - R$ 1% da receita econômica VALOR MENSAL - R$ AES SUL 21.148.791,73 1.762.399,31 AME 15.303.667,91 1.275.305,66 AMPLA 30.374.882,86 2.531.240,24 BANDEIRANTE 28.148.884,47 2.345.740,37 BOAVISTA 1.688.131,77 140.677,65 BRAGANTINA 2.225.387,95 185.449,00 CAIUA 2.654.912,37 221.242,70 CEA 2.880.095,72 240.007,98 CEAL 7.337.852,68 611.487,72 CEB 14.375.872,82 1.197.989,40 CEEE 21.826.078,60 1.818.839,88 CELESC 44.065.634,31 3.672.136,19 CELG 26.661.384,89 2.221.782,07 CELPA 17.828.545,93 1.485.712,16 CELPE 29.551.937,37 2.462.661,45 CELTINS 5.691.922,15 474.326,85 CEMAR 15.284.558,46 1.273.713,21 CEMAT 19.015.608,08 1.584.634,01 CEMIG 87.189.516,95 7.265.793,08 CEPISA 8.088.181,41 674.015,12 CERON 6.730.147,04 560.845,59 CERR 200.794,93 16.732,91 CHESP 278.441,38 23.203,45 COCEL 625.486,57 52.123,88 COELBA 44.651.143,99 3.720.928,67 COELCE 23.389.968,51 1.949.164,04 COOPERALIANÇA 443.387,35 36.948,95 COPEL 60.269.638,21 5.022.469,85 COSERN 11.210.744,51 934.228,71 CPFL-Paulista 61.205.594,45 5.100.466,20 CPFL-Piratininga 26.647.412,43 2.220.617,70 DEMEI 353.003,45 29.416,95 DME-PC 980.574,45 81.714,54 EBO 1.443.146,66 120.262,22 ELEKTRO 35.024.014,79 2.918.667,90 ELETROACRE 2.470.306,81 205.858,90 ELETROCAR 455.889,61 37.990,80 ELETROPAULO 101.360.851,05 8.446.737,59 EMG 4.480.403,82 373.366,98 ENERSUL 12.705.195,58 1.058.766,30 ENF 1.040.335,65 86.694,64 EPB 9.755.068,42 812.922,37 ESCELSA 18.775.190,08 1.564.599,17 ESE 6.325.457,50 527.121,46 FORCEL 116.710,35 9.725,86 HIDROPAN 284.666,03 23.722,17 IENERGIA 587.929,18 48.994,10 JAGUARI 1.058.305,75 88.192,15 JOAO CESA 36.129,97 3.010,83 LESTE PAULISTA 1.010.871,20 84.239,27 LIGHT 66.836.056,72 5.569.671,39 MOCOCA 655.004,92 54.583,74 MUX-ENERGIA 150.050,66 12.504,22 NACIONAL 1.438.447,23 119.870,60 NOVA PALMA 184.750,81 15.395,90 OESTE 631.303,07 52.608,59 PARANAPANEMA 2.169.450,11 180.787,51 RGE 24.662.420,76 2.055.201,73 SANTA CRUZ 2.583.594,74 215.299,56 SANTA MARIA 1.258.113,51 104.842,79 SUL PAULISTA 1.159.121,14 96.593,43 SULGIPE 773.595,03 64.466,25 URUSSUNGA 182.901,96 15.241,83

Limite de custeio de 1% da receita econômica das concessionárias de distribuição, com base no último reajuste tarifário homologado pela ANEEL até dez/2011. Válido para uso na apuração da subvenção da CDE apenas no período de janeiro/2012

até o mês anterior ao do reajuste/revisão de 2012 de cada concessionária.

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54. Com relação às Resoluções Normativas nº 514, de 2002, e nº 089, de 2004, com base na Lei nº 12.212, de 2010, nas novas diretrizes para custeio da TSEE estabelecidas no Decreto nº 7.583, de 2011, e na metodologia proposta, não há mais necessidade de comparar o mercado de baixa renda atual com o mercado de abril de 2002, nem de se apurar e contabilizar ganhos de receita.

55. Além disso, com base na Lei nº 12.212, de 2010, nota-se que a forma de envio dos dados das unidades consumidoras de baixa renda para ANEEL atualmente utilizada não é suficiente para que sejam feitas todas as validações necessárias e, portanto, propõe-se a revisão da Resolução Normativa nº 089, de 2004.

56. Por fim, com a regulamentação da Lei nº 12.212, de 2010, pelo Decreto 7.583, de 2011, e pela Portaria Interministerial nº 630, de 8 de novembro de 2011, torna-se necessário revisar os artigos 8º e 28, e revogar algumas disposições transitórias do art. 223 da Resolução Normativa nº 414, de 2010.

57. Em complemento ao estabelecido por essa Portaria, identificou-se a necessidade de se estabelecer procedimento por meio do qual, após o término do período previsto no relatório e no atestado médico para uso do aparelho, equipamento ou instrumento que, para seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica, o beneficiário da TSEE tenha seu benefício retirado pela distribuidora caso não apresente novo relatório e atestado médico que comprovem a necessidade da prorrogação do período de uso.

58. Além disso, caso o período de uso seja superior a um ano, as distribuidoras deverão uma vez a cada 12 meses se certificar de que o beneficiário permanece utilizando o aparelho, equipamento ou instrumento que, para seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.

IV. FUNDAMENTO LEGAL

59. Os procedimentos descritos na presente nota técnica e na minuta de resolução estão consubstanciados nas Leis no 9.427, de 1996, nº 10.438, de 2002, e nº 12.212, de 2010, nos Decretos no

2.335, de 1997, nº 4.538, de 2002, nº 4.541, de 2002, e no 7.583, de 2011, e na Portaria Interministerial nº

630, de 2011.

V. CONCLUSÃO

60. Mediante o exposto, conclui-se pela necessidade de revisão da Resolução Normativa no 089,

de 2004, de alteração dos arts. 8º, 28 e 223 da Resolução Normativa nº 414, de 2010, e de estabelecimento de metodologia para cálculo do montante de recursos a ser repassado a cada distribuidora de energia elétrica, no âmbito da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE, e a forma de custeio desse montante, de acordo com a Lei nº 12.212, de 2010 e o Decreto nº 7.583, de 2011.

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VI. DA RECOMENDAÇÃO

61. Diante do contido no Processo nº 48500.005720/2011-18, dos fatos aqui relatados e da análise constante desta Nota Técnica, recomenda-se à Diretoria Colegiada da ANEEL a aprovação da realização de audiência pública por um período de 20 (vinte) dias, com sessão presencial no dia 15 de dezembro de 2011, com o propósito de submeter à sociedade minuta de resolução em anexo.

Adriano Almeida Trindade

Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia - SRE

Wellington Carlos Carvalho

Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia - SRE

Henrique Tavares Mafra

Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia - SRC

Leonardo Finamore Ivo

Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia - SRC

Marília Brasil de Matos Barbosa

Especialista em Regulação de Serviços Públicos de Energia - SRC

De acordo,

DAVI ANTUNES LIMA

Superintendente de Regulação Econômica

MARCOS BRAGATTO

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