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O conceito de função na ecologia contemporânea

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Academic year: 2021

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O conceito de função na ecologia contemporânea

[I]

The concept of function in contemporary ecology

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Nei Freitas Nunes-Neto[a], Ricardo Santos do Carmo[b], Charbel Niño El-Hani[c] [a] Doutor em Ecologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), professor do Departamento de Biologia Geral

da Universidade Federal da Bahia (UFBA), pesquisador do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio), Salvador, BA - Brasil, e-mail: nunesneto@gmail.com

[b] Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), professor do Departamento de Biociências da Universidade Federal de Sergipe (UFS), pesquisador do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio), Salvador, BA - Brasil, e-mail: rscarmo@ufba.br

[c] Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), professor do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal da Bahia (UFBA), coordenador do Laboratório de Ensino, Filosofia e História da Biologia (LEFHBio), Salvador, BA - Brasil, e-mail: charbel.elhani@pq.cnpq.br

[R]

Resumo

O discurso funcional é tanto ubíquo quanto central na ecologia contemporânea, principalmente no contexto das pesquisas sobre biodiversidade e funcionamento ecossistêmico, que emergiram nos anos 1990 em meio à crise da biodiversidade. Entretanto, a despeito dessa forte presença na ecologia, o discurso funcional ainda não tem sido investigado de maneira adequada nesta ciência (ou em sua filoso-fia), na medida em que muitos problemas fundamentais a respeito do tema ainda

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permanecem sem respostas claras. Por um lado, os ecólogos que lançam mão de explicações funcionais parecem simplesmente tomar como dado ou autoevidente o conceito de função. Contudo, ele nada tem de trivial, tendo em vista os problemas filosóficos suscitados pela linguagem funcional ou teleológica nas explicações bio-lógicas, pelo menos desde Aristóteles. Por outro lado, poucos filósofos da ciência têm se mostrado especialmente interessados nos problemas epistemológicos asso-ciados ao discurso funcional em ecologia. Tomando essa situação como ponto de partida, nossa abordagem neste artigo se dá em três etapas. Inicialmente, procede-mos a uma análise conceitual de função na ecologia atual, com ênfase nos estudos que relacionam a biodiversidade às propriedades ecossistêmicas. Esboçamos três significados principais do conceito, mostrando os pressupostos e as implicações associados a cada um deles. Num segundo momento, procedemos a uma análise das razões que levam a suspeitas ou objeções contra a linguagem funcional na ecologia. Por fim, num terceiro momento, lançamos algumas sugestões sobre como funda-mentar ou dar mais clareza ao discurso funcional na ecologia contemporânea. [P]

Palavras-chave: Função. Teleologia. Ecologia. Biodiversidade. Ecossistema. [B]

Abstract

The functional discourse is both ubiquitous and central in contemporary ecology, main-ly in the context of the researches about biodiversity and ecosystem functioning, amidst the biodiversity crisis. However, in spite of this strong presence in ecology, the function-al discourse has not been adequately investigated in ecology (or in its philosophy), as many fundamental problems about the theme remain without clear answers. On the one hand, ecologists who use functional explanations seem simply to take the concept of function for granted or as being self-evident. However, this concept is far from trivial, given the philosophical problems raised by the functional or teleological language in biological explanations at least since Aristotle. On the other hand, a few philosophers of science has been showing a special interest in the epistemological problems associated to functional discourse in ecology. Taking this fact as a starting point, our approach in this paper will be developed in three main steps. First, we perform a conceptual analysis of function in contemporary ecology, emphasizing the studies that relate biodiversity to ecosystemic properties. We sketch three main meanings of the concept, showing the presuppositions and implications in each one of them. In a second moment, we pro-ceed to an analysis of the suspicions or objections raised against functional language in

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Introdução

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ecology. Finally, in a third moment, we suggest some ways to ground or give more clarity to functional discourse in contemporary ecology. [#]

[K]

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3 E.g. FROMM, 2000; TILMAN, 2000.

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5 Disponível em: <http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CONSLEG:1992L0043:20070101:PT:PDF.>. 6 Disponível em: <http://eur-lex.europa.eu/LexUriServ/LexUriServ.do?uri=CONSLEG:2000L0060:20011216:EN:PDF>. 7 Convém dizer que não é óbvio, como poderia parecer para alguns, que uma perspectiva antropocêntrica no âmbito da

conservação seja equivocada, sequer merecendo maiores análises filosóficas. Podemos considerar, por exemplo, a defesa vigorosa feita por Bryan Norton (2003) de um antropocentrismo fraco na ética ambiental. Isso mostra a importância de uma análise não somente epistemológica, mas também axiológica do discurso funcional e antropocêntrico do BFE, como apontaremos nas considerações finais do artigo.

8 E.g. OKSANEN; PIETARINEN, 2004; SARKAR, 2007. 9 E.g. JAX, 2007.

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A ubiquidade e a polissemia de função na ecologia contemporânea

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11 E.g. Frederic Clements (2000), Charles Elton (1927), Eugene Odum (1988), James Lovelock (1990), Shahid Naeem (1998,

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12 Esta não é, sem dúvida, uma formulação usual do objeto da ecologia. Uma caracterização que nos parece mais usual —

ainda que não mais apropriada, visto que não contempla a ecologia de ecossistemas, mas apenas a ecologia de comunidades — pode ser encontrada, por exemplo, em Scheiner e Willig (2008, p. 1): “o domínio da ecologia são os padrões espaciais e temporais de distribuição e abundância de organismos, incluindo causas e consequências”. Tal definição não é apropriada, pelo menos no âmbito de nossa análise, por reduzir ecologia a ecologia de comunidades. O que há da abordagem ecossistêmica nesta definição de Scheiner e Willig (2008) está meramente implícito em “causas e consequências”, o que é insuficiente para dar conta da atual integração proposta pelo BFE, como veremos adiante.

13 Claro, há problemas epistemológicos envolvidos nos usos do termo “espécie” e todos os significados a ele vinculados. Não

podemos, entretanto, abordar este problema aqui, porque nos distanciaria dos nossos objetivos neste trabalho. Para mais detalhes sobre o conceito de espécie no âmbito de uma discussão sobre biodiversidade, ver MCLAURIN; STERELNY, 2008.

14 Riqueza de espécies é simplesmente o número de espécies presentes numa certa área. A abundância se refere ao número de

indivíduos estimados que compõem a população da espécie na referida área. Para mais detalhes, ver BEGON; TOWNSEND; HARPER, 2007.

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16 O índice de Shannon foi aplicado para medir diversidade na ecologia pela primeira vez em 1958, pelo ecólogo espanhol

Ramon Margalef (SARKAR, 2007, p. 389). Desde então, tornou-se comum na ecologia como o índice de biodiversidade mais usado. De qualquer maneira, note-se que o índice de Shannon não mede exatamente a diversidade, mas a improbabilidade de uma sequência de sinais num canal de comunicação (SHANNON; WEAVER, 1949; ver também GLEICK, 2011). No contexto da ecologia, ele é usado como um substituto (surrogate) para diversidade, não como uma medida direta dela (JOST, 2006). Neste artigo, não temos como avançar na discussão dos índices matemáticos de biodiversidade e todas as questões epistemológicas e metodológicas implicadas neles. Por isso, devemos manter nosso foco na linguagem funcional relacionada ao conceito de biodiversidade na ecologia contemporânea, deixando a questão dos índices de diversidade para trabalhos futuros. Para mais detalhes a esse respeito, ver RICOTTA (2005) e JOST (2006).

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18 Este é um movimento similar ao proporcionado pela teoria Gaia, que propõe que a biota tem um papel fundamental na

construção e regulação das propriedades físico-químicas da Terra (LOVELOCK, 2000), e também pela ideia de construção de nicho, cada vez mais relevante em biologia evolutiva (ODLING-SMEE, LALAND; FELDMAN, 2003). Apesar das diferenças entre tais perspectivas, quanto a escalas espaciais ou temporais, é notável a convergência que há entre elas no sentido de reconhecer um papel ativo para a vida na Terra na construção ou remodelação do ambiente físico-químico.

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19 Ver PICKETT; KOLASA; JONES, 2007.

20 Por este termo, entendemos investigações com grande suporte financeiro e alta tecnologia disponível, de modo semelhante

ao que o Projeto Manhattan significou para a Física no século XX ou o Projeto Genoma para a Biologia Molecular na virada do século XX para o século XXI.

(12)

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21 Uma circularidade similar nas definições de diversidade funcional passa desapercebida na análise de Petchey e Gaston

(13)

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(14)

Diversidade funcional: funções como itens de diversidade

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A função da biodiversidade: o papel

causal da biodiversidade nos ecossistemas

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22 De modo análogo, podemos falar em diversidade linguística, diversidade cultural, diversidade de legislação e muitos

outros tipos de diversidade. É bastante óbvio que, em todos esses casos, bem como nos biológicos, estamos falando de variedade, uma qualificação que se aplica a entidades ou processos que diferem em um ou mais aspectos. A estas entidades ou processos podemos atribuir função, mas não à sua variedade.

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23 Uma guilda ecológica é um grupo de organismos que exercem um mesmo papel ecológico, independente de seu grau de

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Referências

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