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Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares 1

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Academic year: 2021

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Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares 1

Form for nursing consultation in the care of drug users / crack and family

Formulario para la consulta de enfermería en la atención de los usuários de drogas o de crack y la familia

Silva Wilker, Paula Elkeli,2 Silva Lorena, Brasileiro Marislei Espíndula3. Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2012 jan-jul 1(1) 1-16. Available from: <http://www.ceen.com.br/revistaeletronica>.

Resumo

Objetivo: discorrer sobre a evolução do uso do crack, sua relação com a saúde pública e os enfermeiros e propor um formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas, em específico o crack. Materiais e Método: estudo do tipo bibliográfico, exploratório e descritivo, da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais. Resultados: o crack surgiu nos Estados Unidos da América na decada de 1980, em bairros carentes de Nova Iorque, já no Brasil a droga chegou no inicio da decada de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo, o enfermeiro é o profissional adequado para acolher o usuário, as práticas de cuidados de enfermagem que primem pela busca da compétencia cultural acabam por banir a separação entre o campo da saúde coletiva e a clinica individual. Conclusão: o enfermeiro é capaz de conhecer a história atual do uso de substáncias psicoativas, estar ciente dos problemas relacionados ao uso.

Descritores: Enfermeiro, Crack, Usuário. Abstract

summary Objective: To discuss the evolution of crack use, its relationship to public health nurses and propose a form for nursing consultation in the care of drug users, specifically crack cocaine. Materials and Methods: bibliographical study, exploratory and descriptive literature available in conventional and virtual libraries. Results: crack appeared in the United States of America in the 1980s, in poor neighborhoods of New York, since the drug arrived in Brazil at the beginning of the 1990s and spread initially in São Paulo, the nurse is the appropriate professional to receive the user, the practice of nursing care that excel the pursuit of cultural

1 Artigo apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Enfermagem do Trabalho – Turma 13 – do CEEN/PUC Goiás.

2 Enfermeiros, especialistas em Enfermagem do trabalho, e-mail: wilkervb@hotmail.com , elkelidepaula@hotmal.com ,

Lorena-a-s@hotmail.com

3 Doutora – PUC-Go, Doutora em Ciências da Saúde – UFG, Mestre em Enfermagem, docente do CEEN, e-mail:

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competence eventually ban the separation between the field of public health and individual clinic. Conclusion: The nurse is able to know the actual history of psychoactive substance use, be aware of issues related to the use.

Descriptors: Nurse, Crack, User. Resumen

Objetivo: Discutir la evolución del consumo de crack, su relación con las enfermeras de salud pública y proponer una forma de consulta de enfermería en la atención de los usuarios de drogas, especialmente cocaína. Materiales y métodos: estudio bibliográfico, exploratorio y descriptivo, la literatura disponible en las bibliotecas convencionales y virtuales. Resultados: grieta apareció en los Estados Unidos de América en la década de 1980, en los barrios pobres de Nueva York, ya que la droga llegó a Brasil a comienzos de la década de 1990 y se extendió inicialmente en São Paulo, la enfermera es el profesional adecuado para recibir el usuario, la práctica de cuidados de enfermería que se destacan la búsqueda de la competencia cultural eventual prohibición de la separación entre el ámbito de la salud pública y clínica individual. Conclusión: La enfermera es capaz de conocer la historia real de consumo de sustancias psicoactivas, tenga en cuenta las cuestiones relacionadas con el uso.

Descriptores: Enfermera, Crack, de usuario. 1 Introdução

Ao se observar que no cotidiano o enfermeiro conclui a graduação sem a capacitação necessária para prestar a assistência correta, de forma humanizada, ao paciente usuário de Crack e outras drogas, viu-se a necessidade de realizar este estudo para capacitar o profissional enfermeiro para lidar com essa área da saúde mental, por ser esta uma importante contribuição para o trabalho desse profissional.

Embora o manual do Ministério da Saúde sobre políticas para álcool e drogas, em nenhum momento cite o enfermeiro1, dentre os profissionais de saúde, os enfermeiros são os que mantêm contato direto com os usuários dos serviços de saúde, portanto passa a conhecer seus receios e maiores dificuldades, estando então observando de forma aparente os problemas relacionados ao uso de drogas e assim pode desenvolver ações assistenciais.

Quanto ao atendimento ao usuário de drogas, existe a possibilidade de estender a cobertura em saúde mental a um maior número de usuários e diminuir os encaminhamentos de pacientes menos graves para a atenção especializada e assim estender o atendimento assistencial, humanizado a um grupo maior de usuários.

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O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980, chegando ao brasil 10 anos depois apesar de ilegal, mas ampla distribuição os serviços de saúde se mostraram despreparados para tal desafio.¹

Durante o acolhimento ao usuário este é acompanhado de consulta de enfermagem e anamnese. O enfermeiro é capaz de conhecer a história atual do uso de substâncias psicoativas, padrão de consumo da substância e, ciente dos problemas relacionados ao uso, pode realizar o acolhimento e breve sensibilização, pelo confronto dos problemas relatados pelo paciente e sua associação com o uso da substância.

Embora o problema do uso de drogas seja frequente, há poucas pesquisas abordando a formação de profissionais de saúde, dentre eles os enfermeiros. Nesta área, a despeito da demanda de pacientes e da gravidade dos problemas, os quais solicitam habilidade específica e encaminhamentos multidisciplinares para esse primeiro contato2, faltam protocolos e manuais que possam orientar esses profissionais na forma adequada de abordar esses usuários.

No cotidiano observa-se que, no primeiro contato ao usuário de drogas, o enfermeiro identifica as atividades desenvolvidas por estes profissionais no atendimento, bem como as estratégias de cuidados de enfermagem aplicados a eles.

Este estudo mostra o problema trazido pela dependência de drogas, sendo este tão prejudicial à sociedade quanto ao indivíduo, e o papel do enfermeiro não está ligado somente ao tratamento de usuários e sua respectiva doença, mas também possui um caráter de educação preventiva em saúde, informação e re-introdução social do usuário passando assim ao usuário orientações em saúde, passando o usuário a saber sobre os efeitos prejudiciais da droga como o afeta e à sociedade.

Os usuários atraídos pelo baixo custo da droga por ela ser de fácil aceso juntaram-se aos usuários de cocaína injetável, que viram no crack uma opção com efeitos igualmente intensos, porém sem risco de contaminação pelo vírus da Aids, que se tornou epidemia na época.¹

Sendo assim, a despeito de todos os esforços empregados a seu controle, no período de 2001 a 2005, testemunhou-se o aumento do uso de crack pela população geral, especialmente nas regiões brasileiras Sudeste e Sul, com expressivo consumo na cidade de Porto Alegre. Assim, atualmente, estudos destinados a identificação e compreensão dos aspectos da cultura de crack interferentes sobre esse aumento devem ser incentivados e levados a frente para maior compreensão do assunto podendo ser usado como forma de conhecimento e orientação os profissionais da área. 3-2

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Nesse contexto o Enfermeiro possui um papel importante na prevenção pois o profissional de enfermagem participa como integrante da equipe de saúde, das ações que visem satisfazer as necessidades de saúde da população e da defesa dos princípios das politicas de saúde e ambientais, que garantam a universalidade de acesso ao serviço de saúde, integralidade da assistência, resolutividade, prevenção da autonomia das pessoas, participação da comunidade, hierarquização e descentralização politica-administrativa do serviço de saúde. 6

Os estudos mostram como o crack é usado trazendo alterações psicológicas e sociais, com isso essa demanda de usuários cresce cada vez mais, por tais motivos mostra-se ser esse um problema de saúde pública.

Diante do alto número de usuários de crack e, da falta de formação específica de profissionais de saúde para o enfrentamento dessa demanda, surge o questionamento: que dados devem ser coletados no acolhimento a usuários de drogas, em específico o crack? Que ações os enfermeiros poderiam implementar para prestar uma assistência adequada de enfermagem para usuários?

Espera-se, com esse estudo, interromper e minimizar o fluxo de usuários de drogas em especifico crack com ações para redução de danos ao usuário.

Espera-se, também mostrar a ação direta que a enfermagem tem desenvolvido com os usuários propondo a abordagem dos problemas de saúde necessários, para que o cuidado seja eficaz, assim evitando gastos para a saúde pública. Para isso requer um modelo de atenção incluindo a promoção da saúde sendo ela uma educação em saúde de forma continuada, na prevenção do abuso e uso da droga, visando produzir as transformações sociais dos usuários para poder assim propiciar uma melhor qualidade de vida na sociedade como um todo.

Espera-se também atingir um maior numero de usuários trazendo-os assim novamente para a sociedade, tendo aceitação social eliminando o uso de drogas em especifico o crack de forma humanizada e assistencial utilizando métodos científicos por profissionais da área da saúde, sendo então equipe multiprofissional por isto conclui-se a importância do material para estudo, para que consiga-se atingir a essa demanda.

É essencial na assistência de pacientes usuários de drogas que haja dedicação de profissionais qualificados e preparados para saber lidar com estes problemas.

Os profissionais dentro das instituições para executar, atender a demanda, devem estar aptos a lidar com pacientes em seu cotidiano, possibilitando expressar a produção psíquica do paciente.

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Nesse sentido, o acolhimento é uma estratégia fundamental no atendimento principalmente o acolhimento familiar, adquirindo informações importantes e de relevância para o tratamento do usuário, obtendo isso por forma de anamnese e consulta de enfermagem e por consequência o usuário obtém orientações do profissional enfermeiro.

Esse estudo poderá, portanto, contribuir com a intervenção da enfermagem, enquanto baseada na recuperação e estabilização do dependente, uma vez que esse profissional terá mais oportunidades de acesso ao dependente, usando métodos comunicativos para melhor entendimento desse usuário, principalmente em momentos de maior fragilidade, isto é, quando ele procura ajuda necessitando ser acolhido e tratado adequadamente visando tratar de forma humanizada.

2 Objetivos

Discorrer sobre a evolução do uso do crack, sua relação com a saúde pública e os enfermeiros e propor um formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas, em específico o crack.

3 Materiais e Método

Estudo do tipo bibliográfico, exploratório e descritivo, da literatura disponível em bibliotecas convencionais e virtuais.

Uma das melhores formas de iniciar uma pesquisa e buscar pela semelhança, que nada mais e do que ler os artigos que estão indicados nos seus documentos de referencia. Chegando aos artigos, busque neles referencias dos artigos de linha de pensamento semelhante, e assim por diante. 7

Após a definição do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em saúde, especificamente na Biblioteca Virtual de Saúde - Bireme. Foram utilizados os descritores: Enfermeiro, Crack, Usuário. O passo seguinte foi uma leitura exploratória das publicações apresentadas no Sistema Latino-Americano e do Caribe de informação em Ciências da Saúde - LILACS, National Library of Medicine – MEDLINE e Bancos de Dados em Enfermagem – BDENF, Scientific Electronic Library online – Scielo, banco de teses USP, no período de 2000 a 2012.

Para o resgate histórico utilizou-se livros e revistas impressas que abordassem o tema e possibilitassem um breve relato da evolução do estudo que visa propor protocolo de educação continuada da assistência de enfermagem no atendimento de usuários de drogas em especifico o crack relacionado a enfermagem.

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Realizada a leitura exploratória e seleção do material, principiou a leitura analítica, por meio da leitura das obras selecionadas, que possibilitou a organização das ideias por ordem de importância e a sintetização destas que visou a fixação das ideias essenciais para a solução do problema da pesquisa.

Após a leitura analítica, iniciou-se a leitura interpretativa que tratou do comentário feito pela ligação dos dados obtidos nas fontes ao problema da pesquisa e conhecimentos prévios. Na leitura interpretativa houve uma busca mais ampla de resultados, pois ajustaram o problema da pesquisa a possíveis soluções. Feita a leitura interpretativa se iniciou a tomada de apontamentos que se referiram a anotações que consideravam o problema da pesquisa, ressalvando as ideias principais e dados mais importantes.

A partir das anotações da tomada de apontamentos, foram confeccionados fichamentos, em fichas estruturadas em um documento do Microsoft word, que objetivaram a identificação das obras consultadas, o registro do conteúdo das obras, o registro dos comentários acerca das obras e ordenação dos registros. Os fichamentos propiciaram a construção lógica do trabalho, que consistiram na coordenação das ideias que acataram os objetivos da pesquisa. Todo o processo de leitura e análise possibilitou a criação de duas categorias.

A seguir, os dados apresentados foram submetidos a análise de conteúdo. Posteriormente, os resultados foram discutidos com o suporte de outros estudos provenientes de revistas científicas e livros, para a construção do relatório final e publicação do trabalho no formato Vancouver.

4 Resultados e Discussão

4.1 Breve resgate histórico da evolução do crack

O crack surgiu nos Estados Unidos na década de 1980 em bairros pobres de Nova Iorque, Los Angeles e Miami. O fácil acesso do usuário a esse tipo de droga sendo ela de baixo custo e, uma droga com possibilidade de fabricação caseira atraíram consumidores que não podiam comprar cocaína refinada, mais cara e, por isso, de difícil acesso. 1

No Brasil, a droga chegou no início da década de 1990 e se disseminou inicialmente em São Paulo, o consumo do crack se alastrou no País por ser uma droga de custo mais baixo e de fácil aceso mostrando-se mais pratica e de efeitos tão eficazes como o do cloridrato de coca, a cocaína refinada (em pó) assim vemos que o crack e hoje a droga mais usada por ser de fácil acesso estudos mostram como se produzir o crack, os traficantes utilizam menos produtos químicos para fabricação, o que a torna mais barata". 1

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Nos últimos dez anos ao se buscar as Bases de Dados Virtuais em Saúde, tais como a LILACS, MEDLINE e SCIELO, utilizando-se as palavras-chave: enfermeiro, crack, usuário. Encontrou-se 15 artigos publicados entre 2000 e 2012. Foram excluídos 5, sendo, portanto, incluídos neste estudo 10 publicações. Após a leitura exploratória dos mesmos, foi possível identificar a visão de diversos autores a respeito do Protocolo de educação continuada da assistência de enfermagem no atendimento de usuários de drogas em especifico crack, possibilitando a elaboração de dois formulários (anexo 1).

4.1 A relação entre o crack e a saúde pública está no fato de envolver a comunidade Dentre 10 artigos avaliados podemos observar que 5 artigos concordam que os usuários de drogas em especifico o crack são um problema não só da sociedade mas de saúde pública e que há uma grande demanda de usuários de drogas, Com isso vimos a necessidade de haver um protocolo que irá abordar como lidar com os usuários de drogas de forma humanizada integralizada e multidisciplinar estando então envolvendo não só os enfermeiros como também todos os profissionais de saúde.

É perceptível a existência de outras drogas talvez mais desastrosas que o crack, as quais causam problemas sociais e de saúde pública também maiores, mas que não estão recebendo a devida atenção da sociedade. 8

No Brasil, em função dos inúmeros pontos de distribuição e venda de crack (cada qual com suas próprias "leis"), sua composição química ainda é desconhecida, de tal forma que interações imprevisíveis podem colocar a vida do usuário em risco, o que o torna um problema de saúde pública relevante. Assim, estudos que identifiquem, em detalhes, as atuais formas de apresentação e composição química de crack são necessários. 9

A diversidade de problemas e de pessoas envolvidas com as drogas permite dizer que o abuso de substâncias psicoativas é um problema de saúde pública da maior importância. Segundo a Organização Mundial de Saúde, em 2004, cerca de 10% das populações dos centros urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente substâncias psicoativas independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo; a dependência química é determinada por uma série de motivos, todos com papel importante, como: fatores biológicos, genéticos, psicossociais, ambientais e culturais.12

Os dados apresentados alertam para um importante problema social e de saúde pública a ser enfrentado pelos profissionais e pelos serviços de saúde - o consumo de drogas por mulheres. Ao mesmo tempo, ressaltam a importância da multiplicidade de ações para o enfrentamento do fenômeno das drogas e salientam a necessidade de integralidade das atividades realizadas, sobretudo, em distintos contextos assistenciais de um mesmo serviço.10

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O uso abusivo de substâncias psicoativas é, atualmente, um dos mais significativos problemas de saúde pública mundial, tendo em vista a magnitude e a diversidade de aspectos envolvidos. 3

Deve-se levar em conta que há a existência de outras drogas talvez mais desastrosas que o crack as quais causam problemas sociais e de saúde pública, havendo então o desconhecimento de vários tipos de drogas sendo assim a composição química do crack desconhecida, podendo colocar a vida do usuário em risco, o que o torna um problema de saúde pública relevante. A organização Mundial de Saúde relata que das populações dos centros urbanos de todo o mundo, consomem abusivamente substâncias psicoativas independentemente de idade, sexo, nível de instrução e poder aquisitivo. O uso abusivo de substâncias psicoativas é, atualmente, um dos mais significativos problemas de saúde.

Conclui-se que o crack é um problema de saúde pública, pois envolve a comunidade, a família, os profissionais e o Estado, ou seja, é uma responsabilidade de todos.

Nesse sentido, para se propor um formulário para coleta de dados na assistência de enfermagem no atendimento de usuários de drogas deve-se levar em consideração os fatores sociais, econômicos, familiares, políticos, a equipe multiprofissional deve ser envolvida bem como o próprio usuário.

4.2 O objetivo da abordagem do enfermeiro ao usuário de drogas é acolher e coletar dados do usuário e de seus familiares para uma melhor assistência

Dentre 10 artigos avaliados podemos observar que 3 artigos concordam que os enfermeiros são os primeiros a terem contado direto com os usuários de drogas em especifico crack, sendo os enfermeiros carentes de conhecimento sobre o assunto, tendo eles dificuldade na abordagem do usuário e de seus familiares, sendo de relevância que a demanda de usuários cresce cada vez mais no brasil mostrando então a carência de profissionais enfermeiros e de saúde que tenham qualificação na área em questão.

Em um primeiro contato, o enfermeiro é capaz de conhecer a história atual do uso de substâncias psicoativas, padrão de consumo da substância e, ciente dos problemas relacionados ao uso, pode realizar o acolhimento e breve sensibilização, pelo confronto dos problemas relatados pelo paciente e sua associação com o uso da substância. Há poucas pesquisas abordando a formação de profissionais de saúde, dentre eles os enfermeiros, nesta área, a despeito da demanda de pacientes e da gravidade dos problemas, os quais solicitam habilidade específica e encaminhamentos multidisciplinares.²

O enfermeiro é o profissional adequado para acolher o usuário pois, tem como foco de seu trabalho o cuidado nos diferentes ciclos da vida, tem um compromisso intransferível com

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a assistência destes jovens, pois é o profissional mais disponível, - aqui entendido como disposto a acolher os que procuram alguma forma de assistência/apoio na porta de entrada do sistema de saúde-, e também é o que está mais presente nos serviços hospitalares.¹³

Nesse sentido, as práticas de cuidados de enfermagem que primem pela busca da competência cultural acabam por banir a separação entre o campo da saúde coletiva e a clínica individual. Entende-se que os princípios da redução de danos desenvolvidos nesta atuação como redutores de danos no PRD de Porto Alegre, podem ser perfeitamente replicáveis nas ações locais de equipes de saúde como aquelas do Programa de Saúde da Família. 14

Vimos então que o enfermeiro é capaz de conhecer a história atual do uso de substâncias psicoativas, o padrão de consumo da substância e, estar ciente dos problemas relacionados ao uso, pode realizar o acolhimento e breve sensibilização do usuário porem necessita de mais conhecimento para este primeiro contato com o usuário, pelo confronto dos problemas relatados pelo paciente e sua associação com o uso da substância, entende-se que o enfermeiro esta disposto a acolher os que procuram alguma forma de assistência, apoio na porta de entrada do sistema de saúde, e é o que está mais presente nos serviços hospitalares.

Entende-se que, para a educação continuada da assistência de enfermagem no atendimento de usuários de drogas deve-se incluir os familiares, o acolhimento e, acima de tudo, a adequada coleta de dados para uma assistência de qualidade.

A partir dessas informações foi possível elaborar os formulários anexos. 5 Considerações finais

O objetivo deste estudo foi desenvolver uma avaliação situacional dos sistemas de assistência aos usuários de drogas ilícitas em especifico o crack tendo ainda este estudo a proposta de desenvolvimento de um manual para um melhor conhecimento técnico cientifico do tema em questão.

Os estudos evidenciam que os fatores sociais, econômicos, familiares, políticos, a equipe multiprofissional deve ser envolvida bem como o próprio usuário devem ser levados em consideração pelo enfermeiro, que deve incluir os familiares na assistência.

Após a análise dos estudos podemos concluir que, há uma necessidade de um manual para que os profissionais de saúde possam se atualizar na área em questão.

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1 Conselho municipal de politicas sobre drogas informações sobre drogas. [material

online]. Enviado por: comade.goiania@hotmail.com em: 17/de janeiro de 2012.

2 Luis MAV, Pillon SC. O conhecimento dos alunos de Enfermagem sobre álcool e drogas.

Rev Eletrôn Enferm 2003 5(1): 21-7. Disponível em:

http://www.fen.ufg.br/revista/revista5_1/pdf/drogas.pdf

3 Ministério da Saúde (BR). Secretaria Nacional Antidrogas. Relatório final do I Fórum Nacional Antidrogas. Brasília: Ministério da Saúde; 2005.

4 Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (Cebrid). II Levantamento domiciliar sobre o uso de drogas psicotrópicas no Brasil: estudo envolvendo as 108 maiores cidades do país. São Paulo: Cebrid - Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas e Unifesp - Universidade Federal de São Paulo; 2007.

5 Inciardi JA, Surratt HL, Pechansky F, Kessler F, von Diemen L, da Silva EM, et al. Changing patterns of cocaine use and HIV risks in the south of Brazil. J Psychoactive Drugs. 2006;38(3):305-10.

6 Conselho federal de enfermagem - COFEN. Resolução cofen nº 311/2007. Rio de Janeiro (RJ), 2007, p. 11-12.

7 Brevidelli MM, Domenico EBL. Trabalho de conclusão de curso: guia prático para docentes e alunos da área de saúde. São Paulo (SP); Iatria; 2006, p 174

8 Lopes EPA. crack: um desafio social. Sapori LF, Medeiros R, organizadores. Belo Horizonte: Editora PUC Minas; 2010. 220 p. Cad. Saúde Pública vol.28 no.2 Rio de Janeiro Feb. 2012.

9 Oliveira LG, Nappo AS. Crack na cidade de São Paulo: acessibilidade, estratégias de mercado e formas de uso. Rev. psiquiatr. clín. 2008; 35 (6).

10 Oliveira JF, Paiva MS, Valente CML. A interferência do contexto assistencial na visibilidade do consumo de drogas por mulheres. Rv. Latino. Am. Enfermagem 2007 março-abril. 15(2).

11 Ministério da Saúde (BR). Secretaria de Atenção à Saúde. SVS/CN-DST/AIDS. A Política do Ministério da Saúde para Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas/Ministério da Saúde. 2ª ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2004.

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12 Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID-10. Porto Alegre: Artmed; 2004.

13 Mombelli MA, Marcon SS, Costa JB. Caracterização das internações psiquiátricas para desintoxicação de adolescentes dependentes químicos. Universidade Estadual de Maringá. Departamento de Enfermagem. Núcleo de Estudo, Pesquisa, Assistência e Apoio à Família. Maringá. PR. Rv. Brás.enfermagem.63(5). Brasília. Setembro/Outubro. 2010

14 Gregis C, MartiniJG. Processo de competência cultural nos cuidados de enfermagem a usuários de drogas injetáveis no projeto de redução de danos de Porto Alegre – Brasil.Rev.latino-am.enferm.2004;12(2):101-115.

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1 – Formulário para o usuário

1. Idade?_____________________Nível de escolaridade? ( ) analfabeto ( ) ensino fundamental ( ) ensino médio ( ) ensino superior.

2. A quanto tempo faz uso da droga? ( ) 1 semana ( ) 1 mês ( ) 1 ano ou mais Quanto tempo se mais de 1 ano _______________________________

3. Já esteve em abstinência por algum período? ( ) 1 semana ( ) 1 mês ( ) 1 ano ou mais se mais de 1 ano Quanto tempo? _______________________

4. Já usou outro tipo de droga além do crack? ( ) maconha ( ) heroína ( ) álcool ( ) tabaco. Se outra qual ?____________________________________ com que idade ( )

5. Já esteve interno? ( ) sim ( ) não

6. Faz uso de algum medicamento? Qual?______________________________

7. Quanto gasta diariamente com as drogas? ( ) R$ 10,00 ( ) R$ 50,00 ( ) R$ 100,00 ou mais. Quanto mais ?_______________________________________

8. Que horas do dia faz o uso da droga? ( ) manhã ( ) tarde ( ) noite 9. Já furtou para conseguir a droga? ( ) sim ( ) não

10. Quantas vezes por dia faz uso da droga? ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ou mais vezes Se mais quantas vezes?________________________________________ 11. Usa em grupo ou isoladamente? ( ) sim ( ) não

Porque?____________________________________________________ 12. Próximo à sua residência há: ( ) quadras de esporte ( ) área de lazer 13. Antes de usar a droga, leu a respeito dos efeitos ( ) sim ( ) não

14. Em uma palavra, o que busca sentir ao usar a droga? ____________________ 15. Em uma palavra, o que o faria parar de usar a droga?____________________

Fonte: Silva Wilker, Paula Elkeli, Silva Lorena, Brasileiro Marislei Espíndula. Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de

Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2012 jan-jul 1(1) 1-16. Available from:

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2 – Formulário para o familiar

1. Familiar que responde? ( ) pai ( ) mãe ( ) outro qual?__________________

2. Quando foi perceptível que o usuário faz uso da droga ? ( ) a um ano ( ) 2 anos ou mais se mais quando?_________________________________________________________

__________________________________________________________________________ 3. Sempre foram presentes na vida cotidiana do usuário ? ( ) sim ( ) não

4. Como foi a infância do usuário?___________________________________________ __________________________________________________________________________ 5. Como foi a adolescência do usuário?_______________________________________ __________________________________________________________________________

6. Como é a vida presente do usuário? ( ) triste ( ) quer parar com as drogas ( ) convive bem com o uso das drogas ( ) agressivo ( ) tranquilo. Se outros exemplos quais?

__________________________________________________________________________ 7. Como é a comunicação entre o familiar e o usuário ? ( ) aberta, falam sobre tudo ( ) fechada não se falam ( ) mal se vem

8. Quais as maiores dificuldades enfrentadas pelo familiar? ________________________ __________________________________________________________________________

9. Houve furtos na residência por parte do usuário ? ( ) sim ( ) não Quais o que foi furtado?_____________________________________

10. Qual a atitude tomada após a descoberta do uso de drogas?_____________________ __________________________________________________________________________

11. Quantas pessoas residem na casa? ( ) 2 mais usuário ( ) 4 mais usuário ( ) 6 mais usuário ou mais pessoas se mais quantas?__________________________

12. Próximo à residência há unidades de saúde? ( ) sim ( ) não

13. Em uma palavra o que significa ter um familiar usando drogas?_________________ __________________________________________________________________________

14. Em uma palavra o que faria para que o familiar parasse de usar drogas?_________ __________________________________________________________________________ Fonte: Silva Wilker, Paula Elkeli, Silva Lorena, Brasileiro Marislei Espíndula. Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares. Revista Eletrônica de Enfermagem do Centro de Estudos de

Enfermagem e Nutrição [serial on-line] 2012 jan-jul 1(1) 1-16. Available from:

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Oficio 02/2012 Goiânia 11 de Agosto 2012 A Revista Eletrônica de Enfermagem e Nutrição do CEEN/PUC-GO A/C.: Roberta Vieira França

Vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é Formulário para consulta de enfermagem no atendimento de usuários de drogas/crack e familiares, fim de ser avaliado e publicado pela Comissão Editorial.

Eu, Marislei Espíndula Brasileiro, Enfermeira, residente na Rua T-37 n° 3832, Edifício Capitólio, apto 404, Setor Bueno – Goiânia/GO, e-mail: marislei@cultura.trd.br , fone: (62) 3255 4747, assino autorizando sua publicação.

____________________________________________________________________ Eu, Wilker Barbosa Silva, residente na rua João Luiz de Morais Q.32 Lt.10 Setor Cruvinel Mineiros/GO, e-mail: Wilker Barbosa Silva, fone: (64) 81254488, assino autorizando sua publicação.

_____________________________________________________________________ Eu, Elkeli De Paula, Enfermeira, residente à Rua FL 34 Q.43 LT. 08, Setor PARQUE DAS FLORES Goiânia / Go, e-mail: elkelidepaula@hotmal.com, fone: (62) 32929688, assino autorizando sua publicação.

Eu, Lorena Aline Silva, Enfermeira, residente a Rua Pedro pereira Lourenço N.4 setor Central / Guarinos-Go e-mail: Lorena-a-s@hotmail.com, fone: (62) 33416141,assino autorização sua publicação.

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