Recuperação de Habitats
Costeiros no Litoral de Sines
Caracterização do local intervencionado
• Localização
A área intervencionada localiza-se no litoral norte de Sines e insere-se, na
totalidade, no SIC Comporta-Galé e, parcialmente, na Reserva Natural das
Lagoas de Santo André e Sancha (RNLSAS) .
SIC Comporta-Galé
RNLSAS
Ramsar
• Clima
(PAL, HIDROQUATRO & AM-MA 1998, Cruces 2001)
• Temperatura: Temperado (temperatura média anual do ar entre 15,4°
C e 16,4° C);
• Amplitude térmica: oceânico (amplitude entre 7,8° C e 8,3° C);
• Humidade do ar: húmido (humidade do ar às 9 horas entre 75% e
83%);
• Precipitação: Moderadamente chuvoso (precipitação anual média
entre 530 mm e 670 mm).
Do ponto de vista bioclimático, situa-se numa área predominantemente
termomediterrânica sub-húmida a seca.
• Solos
• Solos dunares pouco evoluídos – regossolos psamíticos não humidos
• Podzóis com surraipa derivados de arenitos
• Biogeografia
(
Costa et al. (1998)
•
Região Mediterrânica
– Sub-região Mediterrânica Ocidental
• SuperProvíncia Mediterrânica-Ibero-Atlântica
– Província Gaditano-Onubo- Algarvia
»
Setor Algarviense
• Distrito Costeiro Vicentino
– Província Lusitana-Andaluza Litoral
»
Setor Ribatagano-Sadense
• Distrito Sadense
Coberto vegetal
Espécies exóticas dominantes
(Anexo I do Decreto-Lei n° 565/99, de 21 dezembro)
Acácia-de-espigas Acacia longifolia (Austrália) Chorão-das-praias Carpobrotus edulis (África-do-sul) Características que facilitam a invasão
Produção de muitas sementes, que permanecem viáveis no solo durante muitos anos.
Facilidade de dispersão das sementes por animais, sobretudo por pássaros e formigas
Germinação estimulada pelo fogo. Apresenta taxa de crescimento elevada.
Capacidade de adaptação e de alteração do meio a seu favor.
Ausência de inimigos naturais
Características que facilitam a invasão Produção de muitas sementes.
Facilidade de dispersão das sementes .
Enorme capacidade de reprodução vegetativa a partir de fragmentos.
Apresenta taxa de crescimento elevada. Capacidade de adaptação.
Ausência de inimigos naturais. Tolerância à seca.
Erradicação de Acácia-de-espigas
no sul da RNLSAS
Área 1 – 40ha Área 2 – 47ha
Historial da Intervenção
Início de 2014 – Corte com recurso a motosserra dos espécimes de A.
Longifolia.
Abril de 2014 – Gradagem pesada para eliminação de espécimes menores, destoiça e promoção da germinação do banco de sementes, com manutenção de arbustos autóctones.
Historial da Intervenção
Novembro de 2014 – regeneração natural por germinação do banco de sementes.
Historial da Intervenção
Final de Fevereiro de 2015 – Gradagem ligeira
Situação atual
Outubro de 2015 – Redução significativa dos indivíduos de
acácia, mortalidade significativa (+- 10%) por stress hidrico,
reaparecimento de manchas de chorão de dimensão ainda reduzida. Surgimento de manchas ou
indivíduos de várias espécies autóctones ,resultantes de
germinação ou rebentamento de caules e raízes que resistiram à ação da grade.
Próximas ações
2016 – Plantação de sabina-da-praia (Juniperus turbinata) e pinheiro-manso, provenientes dos viveiros da Mata
Nacional de Valverde.
Arranque manual de chorão, se
possível com recurso a voluntariado. Continuação das gradagens anuais.
Reconversão de Povoamentos de Eucalipto
Aspetos da Intervenção
Aspetos da Intervenção
Aspeto do eucaliptal após a intervenção
Manutenção das espécies autóctones arbóreas e arbustivas, com destaque para os pinheiros e a sabina-das-praias.
Gestão de Áreas Sujeitas a Corte Raso
Aspeto do de uma área de corte raso feito em 2010 no âmbito da luta contra o nemátodo-do-pinheiro
Pode observar-se a elevada densidade da regeneração natural de pinheiro-bravo (antes) e a realização de corte por destroçamento, para obtenção de faixas para o ordenamento do povoamento (depois), preservando o coberto natural e prevenindo a invasão por exóticas.