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Fraudes e resíduos químicos em leite

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Academic year: 2021

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(1)

Fraudes e resíduos

químicos em leite

José Carlos Ribeiro Júnior

Doutorando em Ciência Animal Londrina, 2017

(2)

Introdução

Conservantes Neutralizantes Reconstituintes

(3)

Introdução

 Defensivos agrícolas Perigos QUÍMICOS  Herbicidas

 Fungicidas  Inseticidas

RESÍDUOS

EM POA

(4)

Contaminação química em

alimentos

Promotores de crescimento Medicamentos Anti-Parasitários Detecção obrigatória só de antibióticos no leite Praguicidas Agrícolas Ração Solo Água

(5)

Introdução

 Contaminação química de alimentos: “perigo silencioso”.

 Desafio para a indústria de alimentos.

 Vias de contaminação.

(6)

Introdução

ANTIBIOTICOTERAPIA

Período de Carência

(7)
(8)

Conservantes

Utilizados para aumentar a vida útil do leite

Bactericidas ou

bacteriostáticos

Diminuição da deterioração dos constituintes

(9)

Conservantes

Peróxido de Hidrogênio

Formaldeído

Hipoclorito de sódio

Permite H2O2 em leites destinados à produção de alguns queijos.

(10)

Conservantes: H

2

O

2

Agente oxidante

Ação bactericida e bacteriostática

H

2

0

2 peroxidase

H

2

O + O

-

Radical Livre: oxidação de membrana e

enzimas essenciais para o metabolismo

basal dos micro-organismos

Natural do leite e dos MO

(11)

Conservantes: H

2

O

2

Conservante mais próximo do ideal

Detectável somente se superior a 0,1%

Sem resíduo de 0,03 a 0,08%

(12)

Conservantes: Formol

Derivado do metanol: queima de

combustíveis

Se liga às aminas de proteínas bacterianas,

com efeito letal

Bactericida, fungicida e elimina esporos de

bactérias

(13)

Conservantes: Formol

No leite se liga à caseína e a albumina,

conferindo insolubilidade

Altamente carcinogênico, teratogênico e

mutagênico

Volátil: [ ] no leite diminui progressivamente

(?????)

Proibida a produção de desinfetantes a base

de formol com o objetivo de reduzir a oferta

do produto no mercado (ANVISA, 2008)

(14)

Conservantes: Hipoclorito

Bactericida

Cl: desnatura proteínas, impede o

metabolismo de glicose e compromete o

DNA

Em contato com a matéria orgânica:

(15)
(16)

Neutralizantes

Diminuição da acidez (14 – 18ºD)

Devolve a

estabilidade

às proteínas.

(17)

Neutralizantes

Bicarbonato de sódio

(18)

Neutralizantes: NaOH

Alterações em proteínas

Fosfato de Magnésio

Fosfato de Cálcio

Saponificação de gorduras

Os resíduos não são identificáveis se a adulteração foi realizada corretamente

> pH

< fator limitante

multiplicação

(19)
(20)

Reconstituintes

Recompor a densidade e índice crioscópico

Para mascarar

a adição de

(21)

Reconstituintes

Sal

Açúcar

Citrato de Sódio

Farinha

Solução

homogênea

Não altera

a crioscopia

(22)

Densidade

Adição de água Reconstituintes

1,0 g/mL Água 1,034 g/mL 1,028 g/mL Leite Normal

(23)

Crioscopia

Adição de água Reconstituintes 0ºH Água -0,530ºH -0,550ºH Leite Normal

(24)
(25)

Reconstituintes

Urina:

Densidade: 1,020 a 1,030 g/mL

Não sucede a adição de água

Grande volume acarreta odor

característico

Não detectável pela densidade ou

crioscopia

(26)

Reconstituintes

Ureia:

Mascarar a adição de água

Teores normais variam de 12 a 18

mg/dL

Fertilizante: Ureia +

Formaldeído

0,1%

ureia

-0,032ºH

0,3%

ureia

10%

Água

(27)

Ureia: Média paranaense

(APCBRH, 2016)

• Indica eficiência nutricional

• Considera-se fraude por adição de ureia

quando o valor ultrapassa 20 mg/dL

(28)
(29)
(30)

Reconstituintes: Ureia

Não é análise de rotina

Realizada em amostras de controle leiteiro

Metodologia não distingue o nitrogênio não

proteico das proteínas

(31)
(32)

Reconstituintes: Citrato de

sódio

 Citrato de sódio:

 Mono, Di e Trifostato de sódio e Citrato de sódio são permitidos em até 0,1% no leite UHT

Recentemente: Citrato de sódio no leite cru mascara a adição de água (Beloti

et al., 2010; Rios et al., 2013)

0,1% de Citrato -0,020ºH

(33)

Reconstituintes: Etanol

Reconstitui a adição de água

Baixo ponto de congelamento

Reestabelece o índice crioscópico

(34)

Limitação brasileira

Legislação determina a pesquisa de

conservantes, neutralizantes e

reconstituintes somente em leite cru

Periodicidade: Diária e em cada tanque do

caminhão

Produtor

(35)
(36)

Antibióticos

 Anos 50 → efetivamente usados em veterinária e são usados extensivamente em animais produtores de alimentos nas últimas três décadas (BLACK, 1984).

 Resíduos freqüentemente detectados em POA.

 Gado leiteiro→mastites→resíduos no leite.

 Período de carência.

 Tratamentos de quaisquer enfermidades com antimicrobianos, por qualquer via: resíduos no leite.

(37)

Antibióticos

Brasil:

 100 amostras de leite cru em GO, avaliadas para β-lactâmicos, sulfonamidas, gentamicina e tilosina, 10% positivas (Souza et al. 2013).

 6.873 amostras de leite cru em GO, 0,22% positivas. (Costa et al. 2013).

(38)

 273.578 amostras de 44.300 produtores do estado de São Paulo (CARLOS, L.A. et al. 2004).

 Principais ATB: β-lactâmicos.

Antibióticos –

Estado de SP

(MÍDIO, 2000).

(39)

Antibióticos

β-lactâmicos: penicilinas e cefalosporinas.

Penicilinas:

amoxicilina,

ampicilina,

penicilina

G,

dicloxacilina,

fenoximetilpenicilina e oxacilina.

Cefalosporinas: cefalexina, cefalotina e

cefazolina.

(40)

Antibióticos: Problemática

 Seleção de cepas bacterianas resistentes (ambiente/consumidor).

 Hipersensibilidade e choque anafilático.

 Desequilíbrio da microbiota intestinal.

 Efeito teratogênico.

 Inibição da multiplicação de microrganismos→ derivados (queijos e iogurtes).

 ATB no leite: tão importante quanto patógenos.

(41)

Detecção

Determinação da IN 62/2011:

1 análise mensal de cada unidade

produtora com método que detecte o

LMR do MAPA.

Pesquisa em cada tanque do

caminhão ou pool

(42)
(43)

Defensivos Agrícolas

PESTICIDA

PRAGUICIDA

DEFENSIVOS

(44)

Defensivos Agrícolas

 Brasil: 3,2 kg de ingrediente ativo/hectare→ 8º lugar mundial no uso de pesticidas por área cultivada (SINDAG, 2002).

 Segunda Guerra→ crescimento progressivo.

 Inseticidas, herbicidas, fungicidas e raticidas.

(45)

Defensivos Agrícolas

 Mais de 300 princípios ativos distribuídos em mais de 2000 formulações. (LARA e BATISTA, 1992).

Aplicação desmedida→conseqüências negativas:

 Desaparecimento espécies de insetos úteis;

 Novas pragas;

 Insetos resistentes;

 Permanência meio ambiente→ ecossistemas.

(SENENT, 1979) (FLORES et al 2004)

(46)

Defensivos Agrícolas

 Obedecer prazos de carência para cada produto utilizado → resíduos em POA.

Risco para a saúde pública→ monitoramento e

vigilância desses produtos em águas, solos, alimentos e ar (JAVARONI et al., 1991).

(47)
(48)

Inseticidas Organoclorados

Principais compostos:

 DDT (diclorodifeniltricloroetano).

 HCH (hexaclorociclohexano): lindane.

 Ciclodienos: aldrin, dieldrin, endrin, clordano, heptacloro, mirex.

(49)

Toxicocinética:

 Absorvidos pele, trato digestivo e respiratório;

 Altamente lipossolúveis (leite);

 Bioacumulação e Biomagnificação.

(50)

 Estabilidade química e pronunciada ação residual;

 Distúrbios no transporte cálcio e na eletro-fisiologia das membranas neuronais (OGA, S. et al 2003).

 Uso proibido na agricultura pela Portaria n. 329

(BRASIL, 1985).

 Venezuela: Análise de fórmulas Infantis: endrín (55%), DDT(37,5%), heptaclor (35%), aldrín (30%), lindano (25%), dieldrín e BHC (20%),e clordano 7,5% das 20 amostras analisadas. (IZQUIERDO, P. et. al. 2006).

(51)

Inseticidas Organoclorados

 Leite e derivados de diversos países: HCH entre 43-88%, BHC 52%, DDT 73% e clordano 77-95%.

(BENTABOL, A.;et. al. 1995. LOSADA, A.;et. al. 1996. MAITRE, M.;et. al. 1994. WONG, S.;et. al. 1997.)

 Brasil: ALMEIDA e BARRETO (1971) e LARA et al. (1980 e 1985) : resíduos HCH 100% das amostras.

 1996 a 98, CISCATO, GEBARA e SPINOSA (2002): HCH 1,06% das amostras de leite.

(52)

Inseticidas Carbamatos e

Organofosforados

(53)

Carbamatos e

Organofosforados

 Paration, fention, clortion, malation.

 Carbaril, dicarban, methiocarb, carbofuran.

 Estruturas químicas diferentes e efeitos clínicos semelhantes.

Inibidores* da acetilcolinesterase→ impulsos

nervosos→ inibição prolongada: “envelhecimento”.

(OGA, S. et al 2003).

(54)

Carbamatos e

Organofosforados

Toxicocinética:

Absorvidos pele, trato respiratório e intestinal.  Rapidamente distribuídos no organismo.

 Biotransformação (produtos menos tóxicos)→ facilmente eliminados. (meia vida curta).

(55)

 80 a 90% da dose absorvida é eliminada em 48h.

 Sem evidências de bioacumulação.

 Intoxicação aguda: suor abundante, salivação, tontura, dores e cólicas, visão turva, miose, vômitos, dificuldade respiratória, tremores e convulsões.

Carbamatos e

Organofosforados

(56)

Carbamatos e

Organofosforados

 Organofosforados: pesticidas mais utilizados no mundo (30%) (RUBI et al., 2004; BENEDICO, 2002).

 Responsáveis por 80% das intoxicações por defensivos agrícolas que requerem tratamento médico, e por 75% das mortes causadas por pesticidas (RUBI et al., 2004).

(57)

Carbamatos e

Organofosforados

 Estudo da qualidade do leite cru em 4 estados RS, PR, SP e MG resíduos de OF em 75,1% das amostras e carbamatos em 73,7%. (NERO et al., 2004)

 Londrina: 32 amostras leite cru (16) e pasteurizado (16):

Granjas OF CB G -1 72,2% 18,7%

G-2 68,7% 12,5%

(58)

Resultados ToxiVet-UEL

Amostra (n) % Positivo para organofosfo rado % Positivo para carbamatos Leite 80 69,7 26,7 Iogurte 24 95,8 45,8 Queijo Frescal 3 100 100 (Souza et al., 2013)

(59)

Análises oficiais periódicas do

SIF

(60)
(61)

Legislação no Brasil

IN 42/99 – SDA

IN 26/09 – ATB

(62)

Análises oficiais

Laboratórios Nacionais Agropecuários –

(63)

Metodologias:

Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

(HPLC)

(64)
(65)

Importância do tema

Concurso público – Agente de Defesa

(66)
(67)

José Carlos Ribeiro Júnior

Referências

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