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ANÁLISE DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO EM PACIENTES COM D.P.O.C.

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Academic year: 2021

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1,2,3Acadêmicos fisioterapia- Faculdade Assis Gurgacz Email: rafah_marques@hotmail.com 4

ANÁLISE DE DIFERENTES PROTOCOLOS DE REABILITAÇÃO EM PACIENTES COM D.P.O.C. MORELLO, Marcos. A 1 MARQUES, Rafael. P 2 NEITZKE, Nataniel. M 3 LUCHESA, Cesar.A4 RESUMO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença caracterizada pela obstrução do fluxo aéreo expiratório, e depois de instalada é tratável mas irreversível. Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica apresentam graus variados de dispnéia e deterioração na capacidade de realizar exercícios físicos em associação às funções cardiovascular e pulmonar prejudicadas. A participação no programa de reabilitação pulmonar oferece resultados positivos para pacientes com DPOC ,como a melhora da tolerância ao exercício físico, redução da demanda ventilatória em esforço submáximo, melhora da eficiência do trabalho, diminuição da dispnéia, melhora nas atividades da vida diária e diminuição dos períodos de internação hospitalar. Essa revisão bibliográfica tem com objetivo pesquisar informações levantadas dos bancos de dados virtuais SCIELO, LILACS, tem como intuito analisar respostas funcionais em pacientes com DPOC submetidos a diferentes protocolos de reabilitação. Conclui-se que a fisioterapia oferece protocolos de tratamento eficazes no ganho de força muscular, melhora na capacidade pulmonar acarretando a redução da dispnéia devido aumento da complacência e dinâmica pulmonar.

PALAVRAS-CHAVE: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica ,Reabilitação pulmonar ,Serviço de Fisioterapia Hospitalar.

ANALYSIS OF DIFFERENT PROTOCOLS OF REHABILITATION IN PATIENTS WITH COPD. ABSTRACT

Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) is a disease characterized by obstruction of expiratory airflow, and then installed it is treatable but irreversible. Patients with chronic obstructive pulmonary disease have varying degrees of dyspnea and deterioration in the ability to perform physical exercises in association with cardiovascular and pulmonary functions impaired. Participation in pulmonary rehabilitation program offers positive results for patients with COPD, such as improving exercise tolerance, reduced ventilatory demand in submaximal exercise, improved work efficiency, reduced dyspnea, improvement in activities of daily living and decreased periods of hospitalization. This literature review has the objective to search for information raised the virtual databases SciELO, LILACS, is meant to examine functional responses in patients with COPD undergoing various rehabilitation protocols. It is concluded that physical therapy offers effective treatment protocols in gaining muscle strength, improve lung capacity leading to reduced dyspnea due to increased compliance and pulmonary dynamics.

Key Words : Chronic Obstructive Pulmonary Disease , Pulmonary Rehabilitation Hospital Physiotherapy Service

1. INTRODUÇÃO

A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é definida como uma doença de limitação crônica ao fluxo aéreo e depois de instalada é tratável, porém irreversível. É um importante problema de saúde pública, não somente porque é uma doença com alto nível de morbidade e mortalidade, mas também porque pode ser prevenida, pois é uma doença que se instala principalmente devido ao tabagismo e a sua cessação seria a prevenção de milhões de novos casos.

2. REFEERNCIAL TEÓRICO OU FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) apresentam graus variados de dispnéia e deterioração na capacidade de realizar exercícios físicos em associação às funções cardiovascular e pulmonar prejudicadas, fatores que interferem nas atividades da vida diária. A fraqueza muscular periférica e respiratória,

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presente nesses indivíduos, representa fator adicional na intolerância aos esforços, na dispnéia e na qualidade de vida (RIBEIRO, K. P. et.al .2007)4.

A DPOC é a patologia de maior ímpeto para o desenvolvimento de programas de reabilitação pulmonar, que tem por objetivo aliviar os sintomas e otimizar a função, restaurando ao paciente o nível mais alto possível de independência funcional, por meio de exercícios de fortalecimento muscular (MOREIRA M.A.C. et. AL. 2003)7.

O conceito de reabilitação remonta à década de 40, quando foi considerada abordagem que pressupõe a visão ampla do indivíduo (clínica, emocional, social e vocacional). Todavia, somente na década de 70 os programas de reabilitação pulmonar (PRP) ganharam maior aceitação e se tornaram tema de inúmeros estudos. À medida que um maior número de programas foi criado, surgiu a preocupação de padronizar e melhor estudar as técnicas e métodos nos protocolos utilizados. (KUNIKOSHITA, L.N. et.al 2006)5.

A participação no PRP oferece resultados positivos para pacientes com DPOC,como a melhora da tolerância ao exercício físico, redução da demanda ventilatória em esforço submáximo, melhora da eficiência do trabalho, diminuição da dispnéia, melhora nas atividades da vida diária e diminuição dos períodos de internação hospitalar.

Esses benefícios são bem demonstrados na literatura, quando se fala em exercícios de condicionamento e fortalecimento muscular de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII).(RIBEIRO, K.P. et.al. 2007)4.

Com isso, da se a necessidade do estudo, para que se compare os diferentes protocolos de reabilitação e seus benefícios ao paciente.

3. METODOLOGIA

Realizou-se um levantamento bibliográfico com base nas publicações acessíveis pelas bibliotecas virtuais SCIELO, LILACS, Europe PubMed Central, que abrangiam os temas Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (Pulmonary isease, Chonic Obstructive), Reabilitação pulmonar (Pulmonary Rehabilitation) e Serviço de Fisioterapia Hospitalar (Physical Therapy Departament Hospital).

Para a seleção dos artigos foram adotados os seguintes critérios de inclusão: ter sido publicado nos anos de 1991 até 2014, estar escrito na língua portuguesa, bem como abordar temas relacionados à reabilitação pulmonar em paciente com DPOC. Foram excluídos artigos que abordavam outros temas e/ou utilizavam testes pulmonares distintos.

Foi realizada uma análise de títulos e resumos para obtenção de artigos potencialmente relevantes para a revisão bibliográfica.

4. ANÁLISES E DISCUSSÕES

Dos 25 artigos encontrados na biblioteca virtual mediante as palavras chaves descrita, cinco deles atenderam as especificações de inclusão como mostra a seguir na tabela 1.

Tabela 1- dados da revisão bibliográfica

AUTOR ANO DELINEAMENTO AMOSTRA CONCLUSÃO

Auxiliadora, M.C.M; Rosedalha, M; Taninus, R.7 2001 Estudo retrospectivo de dados de prontuários 23 pacientes; 5 femininos e 18 masculinos. Melhora significativa pós reabilitação no teste caminhada 6’.

Monteiro, J.A; Santos, et.al.8

2012 2 protocolos distintos pra reabilitação pulmonar

2 relatos de caso Melhora na FM respiratória tanto no protocolo de fisioterapia convencional quanto no protocolo de eletroestimulação.

Karla Paiva Ribeiro. Et.al. 4

2007 Ensaio clinico controlado 19 pacientes Protocolo de reeducação respiratória mais treino muscular inspiratório não apresentou diferença de dados em volumes pulmonar significativo quando comparado a protocolo de reeducação respiratória propriamente dito.

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Neder JA, Nery LE, Cendon Filha SP, Ferreira IM, Jardim 1.

1997 Ensaio clinico 36 pacientes Apresentaram melhora no quadro de dispnéia, espirometria, SatO2 e manovacuometria pós reabilitação pulmonar.

Jaqueline de F.et.al.6

2012 Estudo de caso Investigação descritiva transversal

Pacientes apresentaram melhoras na manovacuometria pós reabilitação cardiopulmonar.

TC6’: teste caminhada 6 (seis) minutos; SatO2: saturação periférica de oxigênio; FM: força muscular.

Pacientes portadores de DPOC apresentam ao longo da sua vida declínio funcional, acarretando em dificuldades para a realização das atividades diárias, além de redução da massa magra, força muscular e desequilíbrio cardiorrespiratório.

Todos os autores estudados são acordes em afirmar que a evolução da doença gera limitações físicas conforme demonstra por Moreira, M.A.C et.al. (2003)7, que observou aumento médio da caminhada no TC6 após treinamento, em uma média de 76 metros quando comparado ao teste inicial. Apenas três pacientes (16%) não atingiram o patamar de 54m, considerado aumento significativo neste teste. No mesmo estudo, observou-se que os valores do VEF1 pré e pós-treinamento não diferiram significantemente e não se obteve correlação entre VEF1 e distância percorrida pré treinamento. Contudo, a distância percorrida pós-treinamento apresentou correlação positiva com o VEF1. O incremento de carga inferida pelo aumento na velocidade da esteira no final do treinamento não se correlacionou com o incremento na distância percorrida no final do treinamento. Os pacientes apresentaram IMC de 23,2kg/m2, em média, quando se consideraram os valores previstos por faixas etárias constatamos que nove dos 23 pacientes (39%) apresentaram IMC abaixo do limite inferior. Desses nove pacientes, 6 (66%) atingiram, após treinamento, o mínimo significativo de 54m de incremento na distância caminhada e alcançaram o valor previsto para o TC6.

Quando avaliaram FR e SpO2 não se observou diferença significativa nos períodos pré e pós-treinamento. Tendo como conclusão que um protocolo de reabilitação contendo treinamento de MMII e MMSS + esteira é valido para aumentar resistência do paciente no TC6.

Já no estudo de Araújo. J.M et.al.(2001)8, tendo 2 protocolos de reabilitação, o de fisioterapia convencional 1 e o fisioterapia não convencional 2 (eletro estimulação neuromuscular). Tem como achados importantes que o protocolo 2 mostrou ser mais efetivo na relação do tiffenau da espirometria (pré 49% e pós 102%) em comparação ao protocolo 1 (pré 98% e pós 102%). No TC6’, o protocolo1 mostrou ser melhor (58% do pré) do que o protocolo 2 (43% do pré). Já na manovacuometria os 2 protocolos apresentaram diminuição da PI Max quanto da PE Max, tendo em Araújo. J.M. et.al.(2001)8, vista que os protocolos não trataram força muscular respiratória. Tendo como conclusão que os 2 protocolos são eficazes na reabilitação de paciente com DPOC, mas não sendo fatores que interferem nas pressões respiratórias. Sendo assim os resultados de Moreira, M.C.A.et.al.(2003)7,.e Araújo J.M. et.al.(2001)8, são efetivos na reabilitação funcional do doente crônico, mas não tendo relevância na força muscular respiratória e nas variáveis SatO2 e FR.

Ribeiro, K.P. et.al.(2007)4 em seu estudo com 2 protocolos de reabilitação tendo um reeducação respiratória (RR) e outro treino muscular inspiratório+ reducação respiratória (TMI+RR). Tendo como achados os pacientes do grupo RR apresentaram aumento significante apenas para as variáveis VEF1 (de 1,09 para 1,11 ), VVM (de 40 para 41) e PF (de 137 para 150), após o PRP. Os pacientes do grupo TMI + RR não apresentaram alteração significante em nenhuma variável do teste. Os pacientes do grupo RR apresentaram aumento significante da distância percorrida (DP) no TC6 (de para 409 ± 160 metros) e no TIE (teste incremental de esteira) (de 408 para 850 metros) e redução significante da dispnéia no repouso (de 0,7 para 0,4) Os pacientes do grupo TMI + RR apresentaram aumento significante da DP no TC6 (de 325 para 447 metros) e no TIE (de 305 para 669 metros). Apresentaram também redução significante da sensação de dispnéia no repouso (de 0,8 para 0,2). Sendo compatível o resultado com Moreira, M.C.A. et.al(2003)7,

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mesmo a autora não tendo avaliado em 2 protocolos distintos.

Neder, J.A. et.al (1997)1, em seu trabalho que aplicava um protocolo de reabilitação

pulmonar convencional, teve como achados aumento do Vo2 max (de 61.6 para 65.5), diminuição da SatO2 (de 92,0 para 91,5), aumento da distância percorrida no TC6’ ( de 328 para 385) melhora nas pressões respiratórias ( PI Max de -85 para -90 cmH2O; PE Max de 105 para 110 cmH2O), aumento da concentração da PaO2 ( de 71 para 72 mmHg) e aumento da concentração da PaCo2 (de 40 para 41 mmHg). Tendo em vista os resultado podemos afirmar que o protocolo empregado por ele é valido para reabilitação pulmonar, pois apresenta aumento dos níveis de pressões e distancias percorridas. Resultados achados também em relação ao TC6’ por (ARAÚJO 2001)8.

Já no estudo de Biazus, J.F.et.al.(2012)6, observou-se que as pressões respiratórias médias mensuradas por ela, apresentaram melhoras PI Max pós protocolo de reabilitação cardiopulmonar e piora na PE Max pós o mesmo protocolo, partido de PI Max 62,2 cmH2o e PE Max 96,8 cmH2O para 66 PI Max e 91,4 de PE Max. Resultados contraditórios a Neder. J.A. et.al(1997)1, que em encontrou melhoras tanto na PI Max quanto na PE Max.

Nas pesquisas realizadas 4 autores acharam melhoras no TC6’, diminuição da dispnéia e aumento das pressões respiratórias, apenas o estudo de estudo de Araújo, J.M. et.al(2001)8 não obteve melhora nas pressões, tendo em vista que seu estudo foi realizado com 2 paciente sendo 1 de cada grupo.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos autores estudados, observou-se que não há consenso na literatura quanto à metodologia de reabilitação para esses pacientes, porém o treinamento aeróbico tem se mostrado como o tratamento mais eficaz. Conclui-se, portanto que a fisioterapia apresenta grande importância para fortalecimento da musculatura respiratória e periférica, melhora da endurance pulmonar, aumento das capacidades pulmonares em conseqüência de uma melhora dinâmica torácica

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REFERÊNCIAS

1-NEDER, J. A. Reabilitação pulmonar: fatores relacionados

Ao ganho aeróbio de pacientes com DPOC. Disponível em

<http//:jornaldepneumologia.com.br/audiencia_pdf.asp?aid2=236.> Acessado em 11 de janeiro de 2014.

2-RODRIGUES, S.L. Estudo de correlação entre provas funcionais respiratórias e o teste de caminhada de seis minutos em pacientes

portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Disponível em

<http//:www.scielo.br/pdf/jpneu/v28n6/a05v28n6.pdf.> acessado em 15 janeiro de 2014.

3-NETO, J.E.C.M. Reabilitação pulmonar e qualidade de vida em pacientes DPOC. Disponível

em <

http//:www.sociedadeclementeferreira.org.br/.../REABILITACAO_PULMONAR_E_QUALIDADE _DE_VIDA_EM_PACIENTE_DPOC.> Acessado em 15 janeiro de 2014.

4-RIBEIRO. K P.Treinamento Muscular Inspiratório na Reabilitação de Pacientes com DPOC. Disponível em < http//: .> Acessado em 15 de janeiro de 2014.

5-Kunikoshita, L.N. Efeitos de Três Programas de Fisioterapia Respiratória (PFR) em

Portadores de DPOC. Disponível em: < http//:www.scielo.br/pdf/rbfis/v10n4/13.pdf.> Acessado em 16 de janeiro de 2014.

6- MAI, C. M. G. Análise dos Desfechos da Força Muscular Respiratória de Sujeitos com DPOC e ICC Participantes do Projeto de Reabilitação Cardiopulmonar. Disponível em : < http//:www.unifra.br/eventos/sepe2012/Trabalhos/6384.pdf.> Acessado em 16 de janeiro de 2014.

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7-MOREIRA, M.A.C. Teste da caminhada de seis minutos em pacientes com DPOC durante programa de reabilitação. Disponível em : <

http//:www.scielo.br/pdf/jpneu/v27n6/a02v27n6.pdf. > Acessado em 18 de janeiro de 2014. 8-ARAÚJO, J.M. Dois protocolos distintos de reabilitação pulmonar em pacientes portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica. Relato de casos e revisão de literatura. Disponível em: <http://files.bvs.br/upload/S/1679-1010/2012/v10n1/a2665.> Acessado em 18 de janeiro de 2014.

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