• Nenhum resultado encontrado

Aids na População Masculina e o Comportamento de Risco

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Aids na População Masculina e o Comportamento de Risco"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

r

Esumo

Trata-se de uma pesquisa descritiva em abordagem quantitativa que teve o objetivo de caracterizar a população masculina do Sam-bódromo, identificando seus conhecimentos sobre HIV/Aids e o comportamento sexual. Foi realizada em fevereiro de 2010, no Rio de Janeiro, ocasião em que foram entrevistadas 286 pessoas do sexo masculino com auxílio de um formulário. Os dados foram tabulados, organi-zados e evidenciados com auxílio da estatística descritiva. Os resultados indicam que a maio-ria 91(31,8%) tem idade entre 21-30 anos; 92 (32,1%) concluíram, Ensino Médio; 149 (52,1%) vivem com companheiro/a. Questionados quanto à maneira de uma pessoa se infectar pelo vírus, 278 pessoas responderam através de uma relação sexual vaginal sem preservativo, 268 através do uso compartilhado de agulhas e 250

pelo contato direto com sangue. Em relação ao uso de preservativos com parceiros estáveis, 129 (45,1%) responderam utilizar sempre, enquanto 109 (38,1%) referem nunca usar; quanto ao uso do preservativo com parceiros não estáveis 219 (76,58%) respondeu que sempre utiliza, entre-tanto 32 (11,18%) homens afirmaram que nunca usam. Podemos concluir que, embora os entre-vistados demonstrem conhecimento em relação ao HIV e os modos de transmissão da patologia, ainda existem homens que não adotam práticas de sexo seguro com uso do preservativo.

PALAVRAS-CHAVE: HIV; Comportamen-to sexual; Doenças sexualmente transmissíveis; Educação em saúde; Prevenção de doenças.

i

ntrodução

O HIV/Aids ainda permanece como um importante agravo de saúde pública. Nesta nova década, observa-se maior incidência no

públi-a

idS

na

p

opulação

m

aSculina

E

o

c

omportamEnto

dE

r

iSco

Márcio T.R.Francisco Thelma Spindola Elizabeth R.C.Martins Cristiane M. A. Costa Vinícius R. F. da Fonte Raphaela M. Alves Waldemiro S. Romanha Rogério M. de Souza

(2)

co heterossexual, permanecendo a população masculina como um dos principais acometidos pela infecção. O Rio de Janeiro possui 58576 números de casos, sendo o segundo estado com maior prevalência da infecção, perdendo apenas para São Paulo. Uma diminuição na incidência de casos no Rio de Janeiro tem sido observada. Em 2004, foram notificados 3441casos, já no ano de 2008 estes números caem para 1446, reforçando a importância da continuidade de ações que beneficiem a prevenção.1

Durante o Carnaval carioca, no espaço do sambódromo, acontece o projeto “Só alegria vai contagiar”, que promove, desde 1989, práticas educativas com o intuito de conscientizar o público sobre os benefícios do sexo seguro. O Carnaval é uma manifestação popular que conti-nua exercendo forte influência comportamental nos participantes. A sensualidade, sua principal característica, aliada ao ritmo dançante das mú-sicas e a utilização de roupas leves se configura, no imaginário dos foliões, ao incentivo da prá-tica sexual.2 O cuidado com a saúde na

preven-ção de DST/Aids se esbarra, muitas vezes, em premissas comportamentais e culturais, como a utilização do preservativo e o tabu exercido pela sexualidade. Neste sentido, as ações do projeto são relevantes para desmistificar essa temática, num momento em que as pessoas tornam-se mais susceptíveis a relacionamentos ocasionais.

Este trabalho tem o objetivo de caracteri-zar a população masculina frequentadora do Sambódromo do Rio de Janeiro, identificando seus conhecimentos sobre HIV/Aids e o com-portamento sexual.

d

EsEnvolvimEnto

No Brasil, foram notificados 544.846 casos de Aids, no período de 1980 a junho de 2009. Nas regiões Sul e Sudeste, apesar de seu elevado número casos, a incidência tende à estabilização, assim como na região Centro-Oeste; as regiões Norte e Nordeste apresentam tendência ao crescimento do número de casos. Dados do Ministério da Saúde (MS) evidenciam que a expectativa de vida dos portadores do vírus

aumentou, chegando a 90% depois de 05 anos do diagnóstico na região sudeste. Os homens são os mais acometidos, porém ao longo do tempo a razão entre os sexos vem diminuindo de forma progressiva. Pesquisa de nível nacional, realizada pelo MS em 2006, verificou que 94% dos entrevistados indicam o uso do preservativo como forma de prevenção contra a Aids, entre-tanto apenas 38% da população sexualmente ativa fizeram uso na última relação sexual.3

As ações de prevenção das políticas gover-namentais são inquestionáveis no controle da epidemia, tendo contribuído para a redução do número de Aids e de novas infecções pelo incentivo à adoção de práticas seguras. Desde os primeiros casos, em 1980, até os dias atu-ais, várias mudanças ocorreram no perfil dos infectados. O grupo de maior incidência, no início da epidemia composto por homossexuais, profissionais do sexo e usuários de drogas, tem apresentado queda na prevalência da infecção. Estima-se, no entanto, que apenas uma em cada três pessoas contaminadas conheça sua condi-ção sorológica, levando o Programa de DST/ Aids a intensificar os esforços na identificação precoce através de novas tecnologias, como é o caso do teste rápido.4

A eficácia da tendência de estabilização da epidemia da Aids em nosso país só foi possível graças à estratégia de integração de medidas de prevenção e assistência, que combinadas ao inte-resse público, movimentos sociais e intervenção precoce resultaram em ganhos significativos em todos os níveis.4 Tendo como base essas

premissas, o projeto Só Alegria vai Contagiar, coordenado pelo Professor Doutor Marcio Tadeu Ribeiro Francisco da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, há 20 anos desenvolve ações preventivas, educativas e de pesquisas com a população do samba e os freuentadores desta grande festa popular.

Dados do Boletim Epidemiológico evi-denciam que a população masculina continua sendo a mais atingida, com 356.427 infectados no Brasil. Em 2008, a taxa de incidência por 100.000 habitantes era 12,8 e a faixa etária

(3)

mais acometida de 35-39 anos com 54,4. Em indivíduos com idade de 13 anos ou mais, a transmissão heterossexual ocorreu em 5209 casos, enquanto há registros de 2244 casos entre os homossexuais. A população masculina com nível de escolaridade de 08-11 anos de estudo foram os que tiveram o maior número de casos.1

É oportuno, todavia, salientar que o gênero masculino ainda carece de atenção do sistema de saúde para o enfrentamento do HIV/Aids, considerando que representa o maior número de ocorrências. Em 2008, foi apresentada a Po-lítica Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem que enfatiza mudanças para que a po-pulação masculina perceba e promova o cuidado com a sua saúde e de sua família, sendo essencial que os sistemas de saúde se reestruturem para acolher este cliente e fazer com que se sinta parte integrante.5 Para a formulação desta política,

fo-ram analisadas as questões culturais subjacentes, já que o estereótipo de gênero, presente em nossa sociedade, exerce diversas influências sobre o que é ser masculino. Assim, o homem se julga um ser invulnerável não reconhecendo a doença como algo inerente à sua condição biológica, o que contribui para uma menor atenção com o cuidado de sua saúde e aumenta sua vulnerabi-lidade às situações de risco. A baixa participação dos homens no nível de atenção primária é, por vezes, justificada pela incompatibilidade de ho-rários entre o funcionamento das unidades de saúde e o seu trabalho prejudicando sua função de provedor no ambiente familiar, acarretando deste modo dificuldades na promoção da saúde e prevenção de agravos evitáveis.5

Como características de gênero importantes para compreender o universo masculino são observadas: a infidelidade, caracterizada com um desejo incontrolável e insaciável pela prática da relação sexual; a dificuldade de propor o uso do preservativo que, muitas vezes, é visualizado com desconfiança em decorrência de possíveis relações extraconjugais, podendo até ser passível de violência, ameaça e/ou rompimento da rela-ção; a culpabilização da camisinha como se fosse um “traste” que incomoda e dificulta a ereção; o

fato da utilização da camisinha ser vista apenas para evitar a gravidez.6-8

Pesquisa realizada com homens de uma empresa de transportes de São Paulo constatou que estes são mais vulneráveis às doenças sexu-almente transmissíveis (DST) em função de se sentir forte, imune a doenças, ser impetuoso, incapaz de recusar uma mulher, por considerar ter mais necessidade de sexo do que a mulher e que este desejo é incontrolável. Consideram que a infidelidade masculina é natural e que a decisão do uso da camisinha é feita pelo homem. Não se consideram vulneráveis ao HIV e nem às DST e confundem suas formas de transmissão.7

m

Etodologia

Trata-se de uma pesquisa descritiva em abordagem quantitativa, com emprego da téc-nica de observação direta pela aplicação de um formulário.

O estudo descritivo tem como objetivo pri-mordial a descrição e a elucidação de caracterís-ticas de determinada população ou fenômenos ou, então, o estabelecimento de relação entre as variáveis.9

Na pesquisa quantitativa, ao usarmos ins-trumentos formais para levantar as informações, os dados coletados são quantitativos, o que sig-nifica que a informação é numérica, resultante da mensuração formal e analisada com proce-dimentos estatísticos. Os cientistas buscam ir além da especificidade da situação de pesquisa, em que o grau do resultado de pesquisa pode ser generalizado, sendo um critério amplamente usado para investigar a qualidade e a impor-tância de um estudo de pesquisa tradicional.10

A pesquisa foi realizada no sambódromo do Rio de Janeiro, durante o Carnaval nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2010. Na ocasião, foram entre-vistadas 706 pessoas (integrantes das escolas de samba e espectadores), das quais se selecionou o conjunto amostral masculino perfazendo um total de 286 participantes, respeitados os proce-dimentos éticos contidos na Resolução 196/96 do CNS/MS.11 (Tabela 1)

(4)

tabEla 1: PErfilsocialdoPúblicomasculino. carnaval, riodE janEiro, 2010. (n=286) Perfil Social ƒ % 1. Faixa Etária < 21 21 - 30 31 - 40 41 - 50 51 - 60 > 60 2. Grau de instrução Ensino Fundamental Completo Incompleto Ensino médio Completo Incompleto Ensino Superior Completo Incompleto 3. Estado conjugal

Vive com companheiro Não vive com companheiro 4. Onde Reside

Estado do Rio de Janeiro Outros Estados Outros Países Não Opinaram 34 91 68 60 21 12 17 21 92 35 72 49 149 197 227 57 1 1 12 31,8 23,7 21 7,3 4,2 5,95 7,35 32,16 12,24 25,17 17,13 52,1 47,9 79,37 19,93 0,35 0,35 TOTAL 286 100

tabEla 2: PEridiocidadEdousodEPrEsErvati -voPElodoPúblicomasculino. carnaval, rio dE janEiro, 2010. (n=286) Uso ƒ % 1. Parceiros estáveis Sempre Com frequência Às vezes Nunca

2. Parceiros não estáveis Sempre Com frequência Às vezes Nunca 129 19 29 109 219 15 20 32 12 31,8 23,7 21 76,58 5,24 7 11,18 TOTAL 286 100

tabEla 3: oPinião masculinasobrErElaçõEs

comPortadorEsdE Hiv/aids. carnaval,

riodE janEiro, 2010. (n=286)

Uso ƒ %

1. Relações Sexuais Sim Não

2. Parceiros não estáveis Sempre

Dependendo do caso Não

3. Seu filho estuda com portador Sim Não 62 224 217 58 11 108 178 21,68 75,32 75,87 20,28 3,85 37,76 62,24 TOTAL 286 100

compor o estudo àquelas relacionadas caracte-rísticas demográficas, sociais, comportamentais e de conhecimentos relacionado ao HIV/AIDS. Foi utilizada a técnica de observação direta com auxílio de um formulário estruturado com 17 questões. O instrumento foi aplicado aos participantes do estudo por alunos de graduação em enfermagem, capacitados pelo coordenador da investigação, tendo-se abordado os entrevis-tados na área de concentração das escolas de samba e nas arquibancadas dos setores 1, 6 e 13.

Os dados foram tabulados e organizados sendo aplicada a estatística descritiva, e o recur-so o recur-software Excel, versão 2007, e discutidos à luz do referencial teórico. (Tabelas 2 e 3)

d

iscussão

dos

r

Esultados

A análise dos resultados evidencia as carac-terísticas sociodemográficas do conjunto amos-tral que é composto por homens com idades

entre 21 e 40 anos (55,5%). Tem nível de esco-laridade do Ensino Médio Completo (32,1%) e Superior Completo (25,17); residem no Rio de Janeiro (79,37%) e vivem com companheiro/a 149 (52,1%). Estes dados estão em conformidade com informações da Pesquisa sobre Comporta-mentos, Atitudes e Práticas Relacionadas às DST e Aids12, realizada pelo Ministério da Saúde em

2008, demonstrando que os participantes do estudo são adultos jovens, com companheiros estáveis e bom nível de escolaridade.

Os dados apontam que, embora o grupo investigado apresente um bom nível de escolari-dade, dos 286 participantes da pesquisa, 38,11% não utilizam o preservativo com parceiros estáveis e 11,18% não o usam com parceiros ocasionais, o que pode ser considerado um fator

(5)

preocupante que não condiz com seu nível de informação. Nesse sentido, devemos considerar, também, que nem sempre a razão prevalece quando surge o desejo. Assim, duas forças an-tagônicas – a busca do prazer e a exigência dos deveres – despertam uma análise do ego para que, de acordo com as condições impostas pelo mundo exterior, o desejo possa ser realizado, proibido ou adiado.13

Em relação ao conhecimento dos homens entrevistados quanto aos modos e meios de contaminação pelo HIV, nota-se que ainda existem lacunas de conhecimento na população, carecendo de orientações adequadas pelos pro-fissionais de saúde se considerar que ainda rela-cionam a transmissão do vírus a meios e modos amplamente refutados pela mídia e literatura específica, como a saliva, beijo na boca e insetos.

quadro 1: avaliaçãodoconHEcimEntodosHomEnssobrEosmEiosE

modosdEcontaminaçãoPor Hiv/aids. carnaval, riodE janEiro,

2010. (n=286) Perfil Social ƒ 1. Meio de contaminação Sangue Esperma Saliva Lágrima Leite Materno Urina Secreções Vaginais 2. Modos de contaminação Beijo no rosto Beijo na boca

Assentos de vaso sanitário Contato direto com o sangue Uso compartilhado de agulhas

Relação sexual vaginal sem preservativo Relação sexual anal com preservativo De mãe para filho durante o parto De mãe para filho durante a gravidez De mãe para filho durante a amamentação Instrumento de manicure/dentista Abraço/aperto de mão

Relação sexual oral Inseminação artificial Doação de sangue Transfusão de sangue Insetos 271 219 53 3 115 16 203 2 87 35 250 268 278 57 168 179 114 211 5 198 68 207 232 22

quadro 2: avaliaçãodoconHEcimEntodosHomEnssobrEmodosdE

PrEvEnçãocontra Hiv/aids utilizadosnavidaPEssoal. carnaval,

riodE janEiro, 2010. (n=286)

Modos de prevenção utilizados na vida pessoal ƒ

Preservativo Único parceiro Anticoncepcional Coito interrompido Outros 252 50 5 3 17

(6)

O relacionamento com os portadores do vírus, apesar da legislação vigente, ainda encon-tra resistência em alguns segmentos sociais no país conforme os dados apontam. A convivência com um portador de HIV/Aids, seja no traba-lho ou escola, tem metraba-lhor aceitação do que o relacionamento afetivo com este parceiro, sendo ressaltada a importância da educação em saúde e acesso à informação para desmistificação da temática.

c

onclusão

O conhecimento do comportamento sexual da população masculina brasileira frente à epi-demia do HIV/Aids suscitou o interesse para a realização deste estudo no sambódromo carioca durante o Carnaval de 2010. Os dados indicam que persistem conhecimentos equivocados e práticas sexuais sem o uso do preservativo ape-sar do nível de escolaridade elevado do conjunto amostral.

A importância da continuidade de ações educativas de conscientização para a proble-mática do HIV/Aids se sustenta, considerando que a doença representa um importante agravo de saúde pública para o país. O Carnaval, festa popular em que a sensualidade, a libido e o re-lacionamento entre pessoas são estimulados, a ocorrência de relações desprotegidas é um fato.

Uma limitação do estudo pode ser asso-ciada ao ambiente da coleta dos dados, ou seja, sendo o sambódromo um espaço dinâmico com estímulo visual e auditivo os entrevistados podem ter respondido aos questionamentos sem reflexão, entretanto, os achados estão em consonância com outras pesquisas evidenciando a importância de ações de prevenção e educação da população masculina, em função da vulne-rabilidade à infecção por HIV/Aids.

r

EfErências

1. Brasil. Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico AIDS Ano VI n. 1- julho a dezembro 2008/janeiro a junho 2009. [Internet]; [acesso em 2010 Jun 15]. Disponível em: htt:// www.aids.gov.br.

2. G r e e n , J . N . A l é m d o C a r n a va l : A Homossexualidade masculina no Brasil do

século XX. São Paulo (SP): UNESP; 2000. 3. Brasil. Aids no Brasil. [Internet]; [acesso em 2010

Jul 14]. Disponível em: <http://www.aids.gov. br/data/Pages/LUMIS13F4BF21PTBRIE.htm> 4. Brasil. Plano Estratégico: Programa Nacional de

DST e Aids. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2005.

5. Brasil. Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2008.

6. UNIFEM. Igualdade de Gênero e HIV/AIDS: uma política por construir. [Internet]; 18 de Dez 2003. [acesso em 2010 Jun 10]. Disponível em: http://www.redesaude.org.br/Homepage/ Cartilhas/Igualdade de Gênero e HIV Aids uma política por construir.pdf.

7. Guerriero I, Ayres JRCM, Hearst N. Masculinidade e vulnerabilidade ao HIV de homens heterossexuais, São Paulo, SP. Rev. Saúde Pública. 2002 Ago; 36(4 supl): 50-60. 8. Madureira VSF, Trentini M. Da utilização do

preservativo masculino à prevenção de DST/ AIDS. Ciênc. Saúde coletiva. 2008 Nov./Dec; 13(6): 1807-16.

9. Gil AC. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª ed. São Paulo (SP): Atlas; 2002.

10. Polit DF, Beck CT, Hungler BP. Fundamentos de pesquisa em enfermagem. 5ª ed. São Paulo: Artimed: 2004.

11. Brasil. MS. Fundação Oswaldo Cruz. Diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Brasília (DF): MS/ FIOCRUZ; 1996.

12. Brasil. Ministério da Saúde. Pesquisa PCAP 2008. [Internet]; 2009 Jun 26 [acesso em 2010 Jul 12]. Disponível em: htt://www.aids.gov.br. 13. Aranha MLA. O Erotismo. In:. Filosofando:

Introdução a Filosofia. São Paulo (SP): Moderna, 1993. p. 475-83.

a

bstract

This is a descriptive study in quantitative approach that aimed to characterize the male population in the Sambadrome, identifying their knowledge about HIV / AIDS and sexual behavior. It was held in February 2010 in Rio de Janeiro, when 286 males were interviewed with the aid of a form. Data had been tabulated, organized and shown with the aid of descriptive statistics. The results indicate that the majority 91 (31.8%) are aged 21-30 years, 92 (32.1%) completed High school, 149 (52.1%) live with a

(7)

partner. Questioned as to how a person becomes infected by the virus, 278 people responded through vaginal intercourse without a condom, 268 answered via the shared use of needles and 250 by direct contact with blood. Regarding the use of condoms with steady partners, 129 (45.1%) responded that always use condoms, while 109 (38.1%) reported that they never use it. When asked how often they use con-doms with non-regular partners, 219 (76.58%)

answered that always tend to use it, though 32 (11.18%) men said they never tend to use it. We can conclude that although the interviewees demonstrate knowledge about HIV and the ways of transmission of the disease, there are still men who do not adopt safer sex practices with the use of condoms.

KEY WORDS: HIV; Sexual Behavior; Se-xually Transmitted Diseases; Health Education; Disease Prevention.

Endereço para Correspondência: Setor de Enfermagem, Hospital Universitário Pedro Ernesto,

Bulevard 28 de Setembro, 44, 3° andar, Vila Isabel

Rio de Janeiro - RJ. CEP: 20551-030 Telefone: (21) 2587-6222

Referências

Documentos relacionados

5 “A Teoria Pura do Direito é uma teoria do Direito positivo – do Direito positivo em geral, não de uma ordem jurídica especial” (KELSEN, Teoria pura do direito, p..

Para avaliação do estado imunológico da população em estudo, foram colhidas amostras de soro sanguíneo de 133 aves e submetidas a provas sorológicas como a Reação

(grifos nossos). b) Em observância ao princípio da impessoalidade, a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas determinadas, vez que é

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

De maneira sucinta, porém objetiva, este artigo, propôs dirimir possíveis controvérsias à visão do Tratado da Amizade, bem como explicitar relevantes avanços no

Dias após o plantio, *Médias seguidas por letras distintas na coluna, diferem entre si pelo Teste de Scott-Knott a 0,05; CV: coeficiente de variação; F, D, χ2: estatísticas dos

In this work, TiO2 nanoparticles were dispersed and stabilized in water using a novel type of dispersant based on tailor-made amphiphilic block copolymers of

Para se buscar mais subsídios sobre esse tema, em termos de direito constitucional alemão, ver as lições trazidas na doutrina de Konrad Hesse (1998). Para ele, a garantia