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ATUAÇÃO DO FARMACEUTICO NO MANEJO DA DOR

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1 UNIVERSIDADE CRUZEIRO DO SUL

BACHARELADO EM FARMÁCIA

Lays Gabrielly Sheila Fernanda Thaís de Carvalho

ATUAÇÃO DO FARMACEUTICO NO MANEJO DA DOR

Tra ba lho de conclusã o de curso, a presenta do à ba nca exa mina dora da Universida de Cruzeiro do Sul, pa ra obtençã o do título de ba cha rel em Fa rmá cia Orienta dora : Prfª Lucia ne Gomes Fa ria

São Paulo 2020

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ATUAÇÃO DO FARMACEUTICO NO MANEJO DA DOR

Lays Gabrielly, Sheila Fernanda do Amaral & Thaís de Carvalho.

Universidade Cruzeiro do Sul

* Lays Gabrielly: e-mail: layslima233@gmail.com. Endereço: Rua Antônio Castelani Filho, 19 - 07740-540. Caieiras – SP. Telefone: (11) 953324348

** Sheila Fernanda, e-mail: sheilafamarall@gmail.com Endereço: Rua Engenheiro Guilherme Cristiano Frender 443 - 03477-000, São Paulo – SP. Telefone: (11) 97446478. *** Thaís de Carvalho, e-mail: thais.carvalho.silva@hotmail.com Endereço: Av, Águia de Haia, 3849 – 03889-100. São Paulo – SP. Telefone: (11) 958477130.

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3 Resumo

A dor tem acompanhado a população brasileira diariamente e acomete várias áreas do corpo. Uma pesquisa realizada pela Global Pain Index em 2018, mostra que 95% dos brasileiros sentem dor diariamente, já outro dado apresentado pela Sociedade Brasileira de Estudos da Dor aponta que cerca de 37% da população brasileira sente dor crônica. Na grande maioria das vezes ela é tratada com a automedicação de fármacos de venda livre, o que podem acarretar o caso e adiar uma investigação, afinal dor é um sinal de alerta. O trabalho presente descreve as atuações do farmacêutico que mais impactam no auxilio do manejo da dor.

Palavras Chaves

Dor, Farmacêutico, Automedicação, Assistência Farmacêutica, Prescrição Farmacêutica

Abstract

Pain has accompanied the Brazilian population daily and affects several areas of the body. A survey conducted by the Global Pain Index in 2018 shows that 95% of Brazilians experience pain daily, while another data presented by the Brazilian Society of Pain Studies points out that about 37% of the Brazilian population experiences chronic pain. In most cases, she is treated with self-medication the over-the-counter drugs, which can lead to the case and postpone an investigation, after all, pain is a warning sign. The present work describes the pharmacist's actions that most impact on the aid of pain management .

Keywords

Pain, Pharmacist, Self-medication, Pharmaceutical Assistance, Pharmaceutical Prescription

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4 Introdução

Dor é um evento comum em vários ambientes que envolvem a assistência à saúde, e que pode ser observado desde o primeiro dia de vida até a morte, tanto no ambiente hospitalar, quanto no atendimento ambulatorial. Foi conceituada pela Associação Internacional para Estudos da Dor (IASP) como “uma experiência sensorial e emocional desagradável associada a um dano real ou potencial dos tecidos, ou descrita em termos de tais lesões”. (IASP, 2012).

A dor é o maior motivo para a procura de medicamentos e cuidados multidisciplinares. O sistema sensorial para sentir a dor é totalmente amplo, sendo que o início da dor pode acontecer em qualquer parte do corpo ou no sistema nervoso central. Mesmo que seja uma experiência abrangente, não é tão facilmente definida, tão menos possível medi-la, já que são apresentadas alterações individuais; um mesmo impulso doloroso pode ser suportável para alguns, e outros não. Sentir dor é importante para a sobrevivência, sendo o primeiro indicador para uma lesão tecidual, conduzindo impressão de dor o calor, frio, pressão, corrente elétrica, irritante química e até mesmo movimentos bruscos. Por isso a dor deve ser considerada como uma sensação subjetiva e totalmente pessoal, com aspectos sensoriais, afetivos e comportamentais. (Pivello, 2014).

Idosos compõem o grupo que está mais exposto a afecções traumáticas, infecciosas e crônico-degenerativas causadoras de dor. Estima-se que 25% a 80% das pessoas que tem mais de 60 anos de idade apresentam algum tipo de dor. Entretanto, a dor não deve ser cogitada apenas pelo fator de envelhecimento. (Dellaroza, et al 2008).

É necessária uma avaliação cuidadosa para a compreensão da natureza, tipo e padrão de dor para assim chegar ao melhor tratamento, pois quando mal tratada, pode afetar negativamente o status físico e mental dos pacientes. Existem evidências de que a combinação do tratamento não farmacológico junto ao farmacológico resultam num controle maior da dor ao longo do tempo. Diversos agentes terapêuticos podem ser utilizados na terapia farmacológica, cada um com objetivos e características específicos. Os mais utilizados são os analgésicos, substâncias que aliviam a dor sem causar entorpecimento ou perda de consciência, melhoram as dores moderadas, como cefaleia, mialgia e artralgia, além dos anestésicos são os que diminuem a sensação de dor. (Pivello, 2014).

Os medicamentos possuem grande participação seja em qualquer sistema de saúde, e quando são empregados de maneira correta se tornam um recurso terapêutico

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5 financeiramente viável, mas o seu uso por conta própria ou de forma irresponsável pode causar intoxicações, efeitos colaterais, interações ou agravamento do estado do paciente. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, o uso irracional de medicamentos envolve várias condutas que incluem: a prescrição apropriada, disponibilidade oportuna e preços acessíveis, dispensação adequada, consumo nas doses indicadas. (ANVISA, 2010).

Com um sistema de saúde muitas vezes sobrecarregado, a automedicação ocorre principalmente com o uso de medicamentos isentos de prescrição MIPs, que em sua maioria o uso indiscriminado fica sobre classes farmacológicas dos antipiréticos e analgésicos, com a finalidade de diminuir pequenos transtornos de dor e febre. Além de pequenas dores que induzem o uso errado de medicamentos, indicações por terceiros, a padronização de prescrições, dispensação menos restrita e até mesmo acesso à informação e nível escolar são fatores que elevam essa cultura inadequada. (Fernandes & Cembranelli, 2015).

Visto a dor ser um problema de saúde pública cabe aos profissionais de saúde buscar melhoria de vida desses pacientes. Inserido nesse contexto o farmacêutico como profissional do medicamento, para fazer não apenas o acompanhamento farmacológico, mas também a prescrição, garantir a aderência, eficácia do tratamento, pois a farmácia muitas vezes é a forma mais rápida de um atendimento primário à saúde.

A assistência farmacêutica de qualidade e de forma humanizada é fundamental para que o paciente entenda de forma compreensiva o medicamento que irá tomar. Além do ato de tornar a dispensação segura, o farmacêutico é um profissional apto no conhecimento sobre os medicamentos, devido a isso, é essencial destacar a importância da prescrição farmacêutica, onde podem ser indicadas terapias farmacológicas ou não, buscando sempre a promoção, proteção, recuperação da saúde e a diminuição dos impactos relacionados à automedicação.

Na indicação de um fármaco a necessidade terapêutica deverá ser bem definida para um bom tratamento, e quando há possibilidade de um diálogo juntamente com o paciente para escolher métodos alternativos e que serão aderidos da melhor forma, pelo mesmo. Tal conduta reforça qual é o objetivo de um profissional da saúde, de garantir o bem estar da sociedade além de levar qualidade de vida para o indivíduo. (Fernandes & Cembranelli, 2015).

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6 Objetivo:

Caracterizar os tipos de dor, identificar o uso e discutir as possibilidades de atuação do farmacêutico junto aos portadores dessa condição.

Justificativa:

A prescrição farmacêutica é uma área de extrema importância para a saúde, a pesar de ter sido aprovada em 2013 ainda é considerado um campo novo de atuação e com isso leva o desconhecimento da população que vê o farmacêutico somente como um dispensador e não um prescritor. O trabalho apresentado busca explorar a prescrição do farmacêutico além de aprimorar as atuais dificuldades que o cercam.

Metodologia:

Para atingir o objetivo proposto, será realizado um levantamento das bibliografias pertinentes ao tema em bases de dados (Google Acadêmico; Pubmed e em fontes secundárias na biblioteca virtual de saúde (BVS) e LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde) e na biblioteca de artigos SciELO (Scientific Eletronic Library Online). Foram utilizados como termos de busca as palavras-chaves: Medicamentos para dor, Automedicação, Uso irracional de medicamentos e Prescrição Farmacêutica na dor, sendo então considerados para o presente estudo (critérios de inclusão) teses, dissertações, artigos científicos, bem como livros, publicados entre 2007 e 2020, em português, em inglês e espanhol.

Referencial teórico

A dor pode trazer sérias consequências para a vida do indivíduo dependendo da sua intensidade e até comprometer a saúde trazendo riscos de doenças como a depressão ou fatores que contribuem para outras patologias estresse, ansiedade e medo, por exemplo. (Franca, 2016).

Sua classificação pode ser feita em duas partes: aguda, aquela que normalmente tem pouca duração e atua no organismo como uma defesa e a crônica, que é caracterizada por ser rotineira, com uma duração de no mínimo três meses, e prolongamento de seis meses que não desaparece facilmente com os procedimentos terapêuticos convencionais. (Bastos, et. al 2007).

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7 A tabela da dor pode ser um instrumento de auxílio para o farmacêutico, quando se trata de saber qual o tipo de dor apresentad o pelo paciente, ou se não, o próprio indicando a sua intensidade, para que no final, o farmacêutico consiga mensurar a melhor conduta melhora do usuário. (Riese, 2017).

Visando promover o acesso racional com um uso seguro de medicamentos, a Organização Mundial da Saúde utilizou como estratégia para política de medicamentos, que governos aderissem a criação de listas de medicamentos essenciais, para garantir o acesso da população à medicamentos eficazes, seguros e custo efetivos. Em 1989 no Brasil, essa lista passou a ser denominada por Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), que tem por objetivo atender as necessidades de saúde da população, além de auxiliar ações na assistência farmacêutica no SUS. (Vieira, 2010).

Os fármacos mais utilizados para o tratamento da dor, e em sua maioria sem a necessidade de uma prescrição para compra, são os analgésicos e anti-inflamatórios, o qual o último é subdividido em anti-inflamatórios esteroidais (AIES) e os anti-inflamatórios não esteroidais (AINES), que se destacam por serem ácidos orgânicos de caráter fraco, que atuam nos tecidos inflamados devido o seu mecanismo de ação que consiste na inibição da COX, assim, reduzindo a conversão do ácido araquidônico em prostaglandinas, que possuem ação vasodilatadora e reduzindo a dor. Possuem absorção rápida e completa por via oral, altamente ligados à albumina plasmática e metabolizados principalmente pelo fígado. (Monteiro, et. al. 2008).

Relacionando-se a dor e o seu tipo, de leve a moderada além da febre, é de melhor preferência os analgésicos não opioides que incluem geralmente: ibuprofeno, paracetamol, dipirona e ácido acetilsalicílico. (Wannmacher, 2011).

O paracetamol é escolhido inicialmente quando se trata de dores moderadas ou leves, mas também agudas tanto como crônicas, relacionada ou não com reações inflamatórias periféricas. Ensaios clínicos duplo-cego indicaram que o uso deste medicamento é eficaz quando se refere ao tipo de dor aguda pós-operatória e extração de dentes molares, apresentando poucos efeitos adversos, menor custo e tolerabilidade digestiva, quando associado ao uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINES). (Wannmacher, 2011). Na administração do medicamento, é reconhecido o risco de hepatoxicidade, porém quando utilizado sem associações de opioides, quantidades inferiores à 125mg/kg em adultos, não há sinal de hepatoxicidade. Em doses que não ultrapassem 4g diários, o paracetamol apresenta-se seguro mesmo em pacientes que sofrem com alcoolismo. (Wannmacher, 2011).

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8 Outro medicamento comumente prescrito é o ibuprofeno, intercambiável com o paracetamol, mas pertencendo ao grupo dos AINES. Doses de 200mg a 400mg auxiliam para a melhora da dor, reajustadas num período de 6 em 6 horas. Além dos efeitos adversos serem menores quando relacionados a outros anti-inflamatórios não esteroidais como diclofenaco, naproxeno, cetorolaco e piroxicam. (Wannmacher, 2011).

Outra alternativa na substituição do Paracetamol é o Ácido acetilsalicílico, pois possui eficácia analgésica proporcional, também pertence ao grupo dos AINES. Por ele atuar inibindo o processo de coagulação, bloqueando a síntese do tromboxano A2 nas plaquetas,

sua utilização é limitada em alguns casos como em mulheres grávidas, pacientes que vão ser submetidos a cirurgias e crianças. Até mesmo o AAS infantil já aumenta o risco de sangramento em 2 a 4 vezes. Por isso, o paracetamol é preferido nesses casos. Sua utilização deve ser por um período limitado. (Wannmacher, 2011).

Nesse momento destaca-se a atuação do farmacêutico, pois quando se trata da dor, os medicamentos dispensados para atuar nas algias, são viabilizados pelo profissional farmacêutico. Uma vez que, os analgésicos mais usuais como, ácido acetilsalicílico, dipirona e paracetamol, são considerados de venda livre e adquiridos sem uma prescrição. (RIESE, 2017).

Discussão dos resultados

De acordo com Riese (2017), pertence ao profissional farmacêutico instruir e auxiliar o paciente quanto às contraindicações e na forma correta de administrar cada medicamento, ressaltar os efeitos colaterais dos analgésicos, reconhecer sinais e sintomas, além de compreender a fisiopatologia e fisiologia da inflamação e dor, para assim, garantir a eficácia, uso racional e melhor tratamento para o paciente, contribuindo para esta definição o Ministério da Saúde em 2006, abordou que falhas nessas condições essenciais resultam no sofrimento do indivíduo, a incapacidade, diminuição na qualidade de vida e a morte. Maiores custos e desperdício de recursos para o sistema de saúde e para sociedade também são ocasionados.

O Farmacêutico pode auxiliar através da sua atuação na Assistência Farmacêutica, que de acordo com o Conselho Nacional de Saúde, é o conjunto de ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, coletiva tanto como individual, sendo que, o medicamento é considerado o insumo essencial para que se tenha o seu acesso e uso racional. Para isso é necessário o acompanhamento da equipe multiprofissional, a pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos e estabelecer o seu ciclo com:

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9 seleção, programação, aquisição, distribuição e dispensação. Além da garantia da qualidade dos serviços e produtos, o acompanhamento e avaliação do uso racional para obter-se bons resultados e melhora da qualidade de vida da comunidade. (Ministério da Saúde, 2006).

Entretanto como afirma Costa (2017) seu trabalho ainda é focado nas atuações tradicionais que envolvem a preparação, dispensação ou venda de medicamentos, o que não é suficiente pois a Assistência Farmacêutica se caracteriza por um conjunto de atividades realizadas de forma sistêmica, que envolve o medicamento e objetiva, principalmente, o paciente.

A partir da Resolução CNS no 338, de 6 de maio de 2004, destina-se a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, onde tem por objetivo formular políticas como de medicamentos, tecnologia, ciência, desenvolvimento industrial, formação de recursos humanos para garantir a intersetorialidade, tanto no setor público ou privado de atenção à saúde. Portanto a Assistência Farmacêutica tem como propósito o desenvolvimento na qualidade de vida a partir de ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. (Ministério da Saúde, 2006). O farmacêutico é corresponsável por implementar e ajustar o plano terapêutico, dá auxilio ao usuário e monitorar os resultados terapêuticos, passando esse cômputo á equipe e permitindo assim que todo o sistema se retroalimente e se mantenha estruturado (Ministério da Saúde, 2006).

Costa (2017) expõe que para alcançar os objetivos da Política de Assistência Farmacêutica é necessário avançar na qualificação dos serviços farmacêuticos que devem incluir não apenas aspectos técnico-práticos, mas também individuais, combinando estrutura, pessoas e tecnologias, num dado contexto social.

Já a Atenção Farmacêutica, é o conjunto de ações que são realizadas exclusivamente por farmacêuticos, para orientação farmacêutica, e acompanhamento farmacoterapêutico do paciente referente ao uso adequado dos medicamentos. Assim, evitando possíveis problemas relacionados ao medicamento e ao uso inadequado do mesmo, além de tentar propor uma solução. (Hipolabor, 2016).

A prescrição farmacêutica é outra ferramenta que pode auxiliar no manejo da dor, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia (2013), existem benefícios claros dela juntamente com outros profissionais de saúde, pontuando o farmacêutico como prescritor de medicamentos definidos em programas de saúde no âmbito de sistemas públicos, ou protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas pré-estabelecidas. A resolução 586 de 29 de agosto de 2013, esclarece que o ato de prescrever não é destinado somente em recomendar

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10 alguma substância, e sim, ofertar serviços farmacêuticos ou o encaminhamento do paciente para outros profissionais de saúde, simultaneamente de acordo com Araújo & Uchôa (2011), a prescrição medicamentosa consiste em um documento legal, cujo é responsabilizado quem à prescreve e quem dispensa tal medicamento, estando sujeito à legislação de controle e vigilância sanitária. Tal ato, proporciona um melhor tipo de terapia, tentando diminuir o uso irracional de medicamentos, além de possíveis intoxicações e reações adversas. Porém os medicamentos isentos de prescrição (MIP’s) possuem um alto nível de consumo, devido estarem facilmente disponíveis em drogarias para o consumidor. Este consumo que pode ser considerado as vezes descontrolado, acontece muitas vezes, devido à falta de um acompanhamento terapêutico multiprofissional adequado.

Uma pesquisa feita em São Paulo a partir do Conselho Regional de Farmácia em 2020, mostra que no período de pandemia do novo corona vírus, o consumo de medicamentos como paracetamol, dipirona, vitamina C e hidroxicloroquina tiveram um aumento em seu consumo, devido não haver necessidade de uma receita para a venda, com a mesma concepção o Conselho Regional de Farmácia do Paraná, 2016 constatou que é necessário um processo de assistência ao doente que compreende quatro etapas: avaliação das necessidades da terapêutica farmacológica, desenvolvimento de um plano de cuidados para atender a essas necessidades, implementação de um plano de cuidados farmacêuticos e avaliação e revisão do plano de cuidados. Os pacientes, ao beneficiarem da terapêutica adequada, terão também um impacto benéfico nas famílias e comunidade onde se inserem.

O Conselho Regional de Farmácia do Paraná em 2019, apresenta que, a partir de conhecimentos farmacêuticos obtidos em formação, o profissional farmacêutico é o especialista do medicamento, assim, terá atuação importante no âmbito da dor, além de causar vantagens com suas práticas centradas a terapêutica do paciente, visto que, a primeira linha de tratamento para a dor, é de uma terapia farmacológica. Simultaneamente Mattede 2004, apresenta que o farmacêutico deve desenvolver modelos sobre orientação, tendo ênfase sobre os efeitos colaterais dos analgésicos, além de proporcionar à atenção farmacêutica para o paciente, dado que, com ela o paciente terá uma melhor escolha sobre o analgésico mais adequado para o seu tipo de dor e uma instrução para o seu uso racional. Criar dados estatísticos para a população sobre o analgésico mais utilizado na região, com seus custos, efeitos colaterais também auxilia para uma mudança na cultura do uso descontrolado de medicamentos.

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11 Há inúmeros fatores que implicam na atuação do farmacêutico como: a falta estímulo, segurança dos profissionais, desvalorização por parte do proprietário da drogaria, tarefas administrativas do Farmacêutico, falta de experiência e conhecimento de sobre Atenção Farmacêutica, desinformação da sociedade, a burocracia existente nos órgãos de saúde, já que a partir de ações relacionadas a documentações há uma dificuldade para o paciente ter acesso e informação do uso de medicamentos. (Caetano, et. al. 2017). Oliveira et al, 2005 reforça essa questão, quando apresenta que cerca de 78% dos farmacêuticos afirmam que não possuem liberdade para atuar plenamente como um profissional de saúde, já que assumem mais atividades administrativas, do que atividades relacionadas à promoção da saúde.

Considerações finais

Constatou-se que a dor é uma sensação que ao ser sentida, o indivíduo tem por objetivo diminui-la a partir do uso de analgésicos, medicamentos o qual são acondicionados com fácil acesso em farmácias e drogarias. Com a implantação da atenção farmacêutica há a necessidade da mobilização do profissional farmacêutico, preparado para reconhecer sintomas e sinais de um paciente, para assim, fazer uma possível prescrição. Contudo. para que se obtenha um melhor desempenho em tais situações, a educação da população em relação ao uso racional de medicamentos, e uma orientação farmacêutica adequada é primordial.

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12 Referências bibliográficas.

1. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Gestão 2005-2010 • principais realizações. Brasília, 2010.

2. ARAÚJO, Patrícia Taveira de Brito e UCHÔA, Severina Alice Costa. Avaliação da qualidade da prescrição de medicamentos de um hospital de ensino. Ciênc. saúde coletiva vol.16 supl.1. Rio de Janeiro, 2011.

3. BASTOS, Daniela Freitas et. Al. Dor. - Revista SBPH v.10 n.1- Rio de Janeiro, 2007.

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5. BRASIL, Farmacêuticos Millennials: atuação no manejo da dor. Conselho Federal de Farmácia do Estado do Paraná, 2019.

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7. CARDINAL, Leandro e FERNANDES, Carla. Intervenção farmacêutica no processo da validação da prescrição médica. Hospital Santa Paula, Rev. Bras. Farm. Hosp. Serv. Saúde São Paulo v.5 n.2, São Paulo, 2014.

8. COSTA, Ediná Alves, et al. Concepções de assistência farmacêutica na atenção primária á saúde, Brasil. São Paulo, 2017.

9. DELLAROZA, et. al. Caracterização da dor crônica e métodos analgésicos utilizados por idosos da comunidade. - Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Londrina – Londrina, 2008.

10. DOR: o quinto sinal vital: Abordagem prática no idoso. Comissão de Dor SBGG, [S. l.], p. 1-32, 29 abr. 2020.

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13 11. FRANCA, Suely Maria Santos da Silva. Histórias de vida de mulheres com diagnóstico clínico de dores crônicas. Universidade de São Paulo – Instituto de Psicologia, São Paulo, 2016.

12. FERNANDES, Wendel Simões e CEBRANCELLI Julio César. - Automedicação e o uso irracional de medicamentos: O papel do profissional farmacêutico no combate a essas práticas. - Revista Univap - Brasil, 2015.

13. HIPOLABOR, Novidades sobre a indústria farmacêutica no Brasil, 2016.

14. IASP - International Association for the Study of Pain - Classification of Chronic Pain, Second Edition (Revised). Washington, 2012.

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16. MATTEDE, Maria das Graças Silva. ATENÇÃO FARMACÊUTICA NA DOR. Infarma, v.16, nº 9-10. Espírito Santo – ES – 2004.

17. MONTEIRO, Elaine Cristina Almeida, et. al. Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Temas de reumatologia clínica - vol. 9 - nº 2 – São Paulo, 2008.

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19. PARANÁ, Farmacêuticos Millennials: atuação no manejo da dor. Conselho Regional de Farmácia do Estadodo Paraná. Paraná, 2019.

20. PIVELLO, Vera Lucia – Farmacologia: como agem os medicamentos, São Paulo: Editora Atheneu, 2014. v.1, cap. 3, 34 p.

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14 21. RIESE, Flávia Graziela. Atenção farmacêutica na dor e suas interfaces. Salão

do conhecimento, Rio Grande do Sul, 2017.

22. SÃO PAULO, Venda de Medicamentos. Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, 2020.

23. SEVERO, Thaynnara Almeida de Carvalho et al. AS RESPONSABILIDADES DO FARMACÊUTICO NA PRESCRIÇÃO FARMACÊUTICA. Revista Cereus, [S. l.], ano 2018, v. 10, n. 3, p. 179-201, 5 jun. 2018.

24. Vieira FS. Assistência farmacêutica no sistema público de saúde no Brasil. Rev. Panam Salud Publica. 2010;27(2): 149–56

25. WANNMACHER, Lenita. Medicamentos de Uso Corrente no Manejo de Dor e Febre. Rio Grande do Sul, 2011.

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15 Anexos

Jun Jul Ago Set Out Nov

1) Revisão e entrega do projeto x 2) Levantamento bibliográfico x 3) Discussão teórica em função da determinação dos objetivos. x 4) Análise e interpretação. x 5) Redação da monografia x x x 6) Revisão da redação x x 7) Entrega do Trabalho de Conclusão de Curso x

Referências

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