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Análise Semanal. Edição nº 23 10/07/15 CONJUNTURA ECONÔMICA. Mais um plano

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Edição nº 23

10/07/15

Documento produzido pela Diretoria de Gestão e Estratégia da Imagem Corporativa CONJUNTURA ECONÔMICA ■ Mais um plano

A chave da “agenda positiva” tão perseguida pelo governo federal em tempos de crise política e volta da inflação parece ser a

preser-vação dos empregos. Na última terça-feira (7),

foi publicada no Diário Oficial da União a medida provisória 680, pela qual é criado o Programa de Proteção ao Emprego (PPE) – que abre às empresas a possibilidade de reduzir até 30% a jornada de trabalho de seus funcionários, “com a redução proporcional do salário”. A União complementaria parte das perdas salariais com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A medida, claro, já sofreu críticas, tanto de empresas quanto das centrais sindicais – no caso, a ala mais à esquerda da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a oposicionista Força Sindical. As montadoras, por sua vez, aguardam um detalhamento mais completo da medida. ■ Indicadores...

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de

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Geografia e Estatística (IBGE), registrou em junho a maior aceleração para o mês em quase 20 anos. A alta dos preços foi de 0,79%, resultado do impacto da elevação dos preços em itens de despesas pessoais e passagens aéreas. Em 12 meses, a elevação do IPCA já atinge 8,89%. Também em junho, o fluxo

cambial ficou negativo em US$ 4,694 bilhões –

pior resultado do ano. E o Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) regis-trou alta de 0,68% no mês passado, de acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Os efeitos da desaceleração econômica continuam impactando sobre a indústria. Dados divulgados nesta semana pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) apontaram queda de

14,8% na produção em junho, na comparação

com igual mês do ano passado. Vale notar que a produção de caminhões despencou 35,5% na comparação com junho de 2014 – o que, segundo a entidade, demonstra falta de confiança dos consumidores.

E as vendas de papelão ondulado – considera-das um termômetro da economia – caíram 2,15% entre maio e junho deste ano. De acordo com a Associação Brasileira de Papelão Ondula-do (ABPO), se comercializaram 266,67 mil ton.

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Documento produzido pela Diretoria de Gestão e Estratégia da Imagem Corporativa ■...e projeções

O Fundo Monetário Internacional (FMI) publicou ontem sua atualização do World

Economic Outlook, relatório que analisa a

economia dos países que integram a organização. E projetou uma contração maior

para o Brasil em 2015.

De acordo com a organização, o encolhimento do Produto Interno Bruto (PIB) será de 1,5% -meio ponto percentual a mais do que na projeção anterior do FMI, feita em abril. Para o ano que vem, as expectativas do Fundo também caíram – de uma expansão de 1% na economia brasileira para uma variação positiva de apenas 0,7%.

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CENÁRIO POLÍTICO ■ O cerco se fecha?

Agora é a vez do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) ser convocado pela CPI da Petrobras na Câmara dos Deputados. Alvo de críticas do próprio PT, por conta da Operação Lava-Jato, o ministro chegou a ser alvo de rumores de uma eventual renúncia na semana passada. Sua convocação é vista como sinal de que Cardozo teria sido usado como “moeda de troca” entre PT e a oposição dentro do Legislativo. Enquanto isso, outros nomes a serem ouvidos pela CPI – como o dos ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci e dos ministros Aloísio Mercadante (Casa Civil) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação) – são deixados de lado.

■ A entrevista

“Não vou cair”. A declaração, feita pela

presidente Dilma Rousseff em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada na última terça-feira (7), chamou a atenção pelo tom que a chefe de Estado imprimiu à sua defesa diante dos defensores de seu impeachment. Mas ficou evidente, nas críticas de Dilma à oposição (classificada como “golpista”), um esforço em tentar preservar o PMDB.

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A presidente parece disposta a partir para o

conflito com a oposição. Se tem, de fato, força

para tanto, é discutível. A questão mais importante neste momento é como Dilma conseguirá navegar entre as necessidades de ajuste na economia e a intenção cada vez maior do Legislativo em aumentar seu poder.

Enquanto isso, pipocaram rumores de que o vice-presidente Michel Temer (PMDB) estaria prestes a deixar a coordenação política, sob pressões vindas do PMDB – e do PT.

■ Raio X de Brasília

A oposição conseguiu colocar na agenda da presidente Dilma Rousseff a pauta do

impeachment. Na convenção do PSDB ocorrida

no último domingo (5) várias lideranças sugeriram que o governo de Dilma não tem condições de chegar ao final. Em resposta, a presidente convocou um jornal para conceder uma entrevista e rebater as acusações, afirmando que não vai cair.

O cenário político e econômico para a presi-dente não é bom. No Congresso, colecionou grave derrota no Senado. Em um momento no qual o governo busca cortar gastos, o Senado

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aprovou uma política de reajuste do salário mínimo até 2019, além de estenderem essa correção aos benefícios pagos pelo Regime Geral de Previdência Social. Para o governo, a medida pode provocar um rombo nas contas públicas - a cada ponto percentual de reajuste, as aposentadorias têm impacto de R$ 2 bilhões nas contas da Previdência.

Notícia negativa também para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público e virou réu em um processo em que Renan é acusado de receber propina de uma construtora para pagar despesas pessoais, em troca de emendas parlamentares.

DESTAQUES INTERNACIONAIS

■ Brics

A reunião de cúpula do grupo Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), iniciada nesta semana, não parece ser tão impactante quanto a do ano passado em Fortaleza. Afinal, naquela ocasião foram anunciadas propostas de se criar alternativas ao sistema financeiro mundial, com o estabelecimento de um banco e de um fundo dos países emergentes.

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Agora, o que se vê é uma plataforma para a Rússia se contrapor ao Ocidente – e a oportunidade para mais declarações de solidariedade entre os cinco países.

O QUE VEM POR AÍ

■ Mais um domingo decisivo

Após a vitória do “não” no referendo realizado na Grécia, agora as preocupações da Europa se voltam a um acordo do país com seus credores até o próximo domingo (12).

Após ter trocado seu ministro das Finanças, o governo de Atenas pediu nesta quarta-feira (8) um novo programa de apoio do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês) ao Eurogrupo – o que pode levar à

negociação de um novo resgate, envolvendo o

detalhamento das reformas que deverão ser levadas adiante a fim de se evitar o default . E ontem (9) apresentou sua proposta à União Europeia (UE).

Para o Banco Central da França, a falta de um acordo pode levar ao “caos”; para o Fundo Monetário Internacional (FMI), os gregos não conseguirão escapar da crise sem uma ampla

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reestruturação de sua dívida. Os EUA defendem que se alivia a pressão europeia sobre a Grécia para se evitar um golpe à economia mundial. E a chanceler alemã Angela Merkel vem sofrendo uma forte pressão interna para ser dura ao negociar com a Grécia. A saída do país balcânico da Zona do Euro volta a ser uma possibilidade. A ver.

Referências

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