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2015 REFORMA DO IRS REFORMA DA FISCALIDADE VERDE ORÇAMENTO DO ESTADO TAX FLASH

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2015

REFORMA DO IRS

REFORMA DA FISCALIDADE VERDE

ORÇAMENTO DO ESTADO

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INTRODUÇÃO

Após termos procedido, em outubro de 2014, à apresentação das Proposta de Lei do Orçamento do Estado, Proposta de Lei da Reforma da Fiscalidade Verde e Proposta de Lei da Reforma do IRS, as respetivas versões finais foram publicadas em Diário da República em 31 de dezembro de 2014.

Procedemos, pelo presente, à síntese, numa única apresentação, das principais medidas que foram aprovadas.

Considerando a apreciação que já fizemos naquelas apresentações sobre as medidas propostas, o presente documento pretende sintetizar, de forma necessariamente mais breve, aquelas que permaneceram nos diplomas aprovados.

(3)

REFORMA DO IRS ·TRIBUTAÇÃO SEPARADA ·

“Quando exista agregado familiar, o imposto é apurado individualmente em relação a cada cônjuge ou unido de facto, (…), a não ser que seja exercida a opção pela tributação conjunta.”

A regra passa a ser a da tributação separada. Apenas será conjunta se os contribuintes casados ou unidos de facto assim o pretenderem e declararem, em cada ano.

Tal alteração origina uma importante consequência: a responsabilidade dos cônjuges pelo pagamento do imposto (no caso de tributação separada) seguirá o regime constante do Código

Civil quanto às dívidas que responsabilizam ambos os cônjuges.

Os contribuintes casados que não optem pela tributação conjunta poderão incluir, nas respetivas declarações, os dependentes. Assim, cada dependente poderá passar a integrar duas

declarações de rendimentos (declarando cada progenitor 50% dos rendimentos do dependente, considerando também apenas 50% do valor das deduções à coleta previstas).

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REFORMA DO IRS · QUOCIENTE FAMILIAR ·

É introduzido o quociente familiar, ao invés do quociente conjugal (nos termos do qual, no caso de contribuintes casados, a taxa de imposto é aplicada ao rendimento coletável dividido por dois).

Assim:

Nos casos em que haja opção pela tributação conjunta, cada dependente e/ou ascendente será

considerado em 0,3. O rendimento coletável será dividido por 1+1+(0,3 x número de dependentes ou ascendentes);

Sendo a tributação separada, cada dependente e/ou ascendente será considerado em 0,15. O rendimento coletável será dividido por 1+(0,15 x número de dependentes ou ascendentes).

·

(5)

REFORMA DO IRS · QUOCIENTE FAMILIAR ·

É, no entanto, fixado um limite máximo para a redução da coleta em função deste quociente

familiar. Esta redução não pode ser superior a:

Quando haja tributação separada, (a) €300,00 nos agregados com um dependente/ascendente;

(b) €625,00 nos agregados com dois dependentes/ascendentes; (c) €1.000,00 nos agregados com três ou mais dependentes/ ascendentes.

Quando haja tributação conjunta, (a) €600,00 nos agregados com um dependente/ascendente;

(b)€1.250,00 nos agregados com dois dependentes/ascendentes; (c) €2.000,00 nos agregados com três ou mais dependentes/ascendentes.

No caso de famílias monoparentais, (a) €350,00 nos agregados com um dependente/ascendente;

(b)€750,00 nos agregados com dois dependentes/ascendentes; (c) €1.200,00 nos agregados com três ou mais dependentes/ascendentes.

·

·

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REFORMA DO IRS · RESIDÊNCIA FISCAL ·

No âmbito da definição da residência fiscal em Portugal, são introduzidas alterações

significativas, designadamente através da introdução da residência parcial.

O critério geral referente ao número de dias de permanência em Portugal (183) passa a relevar para qualquer período de 12 meses, com início ou fim no ano em causa. Considera-se como dia de presença em Portugal qualquer dia, completo ou parcial, que inclua dormida em território nacional.

Ser-se-á residente fiscal em Portugal a partir do primeiro dia do período de permanência neste país, e deixar-se-á de o ser quando se abandone o mesmo. Tal facto deverá ser comunicado à

Administração Tributária e Aduaneira, no prazo de 60 dias.

Elimina-se, e como consequência da introdução da tributação separada, a norma que prevê que

uma pessoa é residente sempre o seu cônjuge o seja – norma que, no cenário de mobilidade internacional atual, é causadora de dificuldades de complexa resolução.

(7)

REFORMA DO IRS · RESIDÊNCIA FISCAL ·

Sem prejuízo da agora possível residência parcial, nos casos em que o sujeito passivo perca a

qualidade de residente em Portugal, mas em que permaneça em território nacional, mais de 183 dias, seguidos ou interpolados, nesse ano, e obtenha, durante esse ano e após o último dia em que foi residente em Portugal, rendimentos que seriam sujeitos e não isentos de IRS caso fosse residente, então será tributado como residente durante a totalidade do ano em que perca essa qualidade.

Adicionalmente, o sujeito passivo considerar-se-á também residente durante a totalidade do ano, sempre que volte a adquirir a qualidade de residente durante o ano subsequente àquele em que perdeu essa qualidade.

Sempre que, no mesmo ano, um contribuinte tenha dois estatutos de residência, procederá à entrega de duas declarações de rendimentos: uma relativa ao período em que foi residente, outra referente àquele de não residência (se aqui obtiver rendimentos durante o mesmo).

(8)

REFORMA DO IRS · DEDUÇÕES À COLETA ·

Deduções dos dependentes e ascendentes

Dedução por cada dependente: montante fixo de €325,00 + €125,00 se o dependente não tiver mais de 3 anos de idade até 31 de dezembro do ano a que se reporta o imposto (se o dependente integrar mais do que uma declaração de rendimentos, o valor é reduzido a metade)

Dedução por cada ascendente que não aufira rendimento superior à pensão mínima: montante fixo de €300,00 + €115,00 se o agregado incluir apenas um ascendente

Dedução das despesas gerais familiares

Dedução de 35% do valor de quaisquer despesas (desde que constantes de faturas com o número fiscal do contribuinte e comunicadas à Autoridade Tributária e Aduaneira), salvo despesas de saúde, com o limite de €250,00 por cada sujeito passivo. A dedução será de 45%, com o limite global de €335,00 em caso de famílias monoparentais.

(9)

REFORMA DO IRS · DEDUÇÕES À COLETA ·

Dedução de despesas de saúde

Passa a ser dedutível à coleta 15% do valor suportado em despesas de saúde, com o limite de €1.000,00.

À semelhança das deduções anteriores, as faturas deverão ter sido objeto de comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira.

Dedução pela exigência de fatura

Mantém-se o regime atual, de dedução de 15% do IVA suportado referente a faturas (devidamente comunicadas) de serviços de manutenção automóvel, alojamento, restauração, salões de cabeleireiro e institutos de beleza.

(10)

REFORMA DO IRS · DEDUÇÕES À COLETA ·

Dedução de despesas de formação e educação

Ao contrário do que constava da Proposta, mantém-se esta dedução de 30% do valor com despesas deste tipo, com o limite global de €800,00.

Dedução de encargos com imóveis

À semelhança do caso anterior, mantém-se, afinal, a dedução à coleta de 15% dos encargos com rendas (limite de €502,00) e juros de empréstimos à habitação (limite de €296,00).

Para contribuintes que tenham um rendimento coletável inferior a €7.000,00, os limites das deduções permitidas são superiores aos indicados.

(11)

REFORMA DO IRS · DEDUÇÕES À COLETA ·

Dedução de pensão de alimentos

Mantém-se a dedução à coleta de 20% do valor suportado relativamente a pensões de alimentos, embora sem limite.

Dedução de encargos com lares

Mantém-se, ao contrário do inicialmente previsto, a possibilidade de dedução de 25% do valor suportado a título de encargos com lares, com o limite global de €403,75.

(12)

REFORMA DO IRS · DEDUÇÕES À COLETA ·

De acordo com a Proposta inicial, as deduções seriam possíveis apenas nos casos em que a declaração de rendimentos fosse entregue no prazo estabelecido para o efeito. Esta exigência foi eliminada.

A Autoridade Tributária e Aduaneira disponibilizará, até ao final do mês de fevereiro do ano seguinte ao da emissão das faturas, o montante das deduções à coleta. No caso de o contribuinte

não concordar com o mesmo, poderá apresentar reclamação graciosa até 15 de março do ano seguinte ao da emissão das faturas.

Na prática, é conferido ao contribuinte o prazo de 15 dias para confirmar se constam do Portal das Finanças todas as faturas que lhe foram emitidas.

(13)

REFORMA DO IRS · TRABALHO DEPENDENTE ·

Passam a ser considerados rendimentos de trabalho dependente os resultantes de empréstimos sem juros ou a taxa de juro inferior à de referência, concedidos ou suportados pela entidade patronal, com exceção dos que se destinem à aquisição de habitação própria e permanente de

valor não superior a €180.426,40 e cuja taxa não seja inferior a 70% da taxa mínima de proposta aplicável às operações principais de refinanciamento pelo Banco Central Europeu, ou de outra taxa legalmente fixada como equivalente.

O rendimento anual decorrente da atribuição de viatura pela entidade patronal passa a corresponder ao produto de 0,75% do seu valor de mercado, reportado a 1 de janeiro do ano em causa, pelo número de meses de utilização da mesma. O valor de mercado é aferido em função do coeficiente de desvalorização estabelecido.

O conceito de entidade empregadora passa a abranger as entidades em relação de simples participação.

(14)

REFORMA DO IRS · TRABALHO DEPENDENTE ·

A dedução específica aos rendimentos brutos de trabalho dependente, por titular que os aufira,

aumenta para o valor fixo de €4.104,00.

Deixa de ser dedutível o valor pago a título de quotizações para ordens profissionais.

As importâncias suportadas pelas entidades patronais com encargos, indemnizações ou

compensações, pagos no ano da deslocação, em dinheiro ou em espécie, devidos pela mudança

de local de trabalho, quando este passe a situar-se a uma distância superior a 100 km do local de trabalho anterior, são excluídas de tributação.

Tal exclusão refere-se, todavia, à parte que não exceda 10% da remuneração anual e tem o limite

de €4.200,00 por ano. Mais, o sujeito passivo apenas pode beneficiar da exclusão uma vez em

(15)

REFORMA DO IRS · TRABALHO DEPENDENTE ·

É criado um benefício fiscal para trabalhadores que se desloquem do seu local normal de

trabalho para o estrangeiro, por período não inferior a 90 dias, dos quais 60 necessariamente seguidos, nos termos do qual é isenta de IRS a parte da remuneração auferida referente à compensação pela deslocação e permanência no estrangeiro.

O montante isento não poderá exceder a diferença entre o valor anual da remuneração (incluindo a compensação) e o montante anual das remunerações regulares com caráter de retribuição sujeitas a imposto auferidas no ano anterior. Não poderá, todavia, exceder, em caso algum, o valor de

€10.000,00. Sem prejuízo, os rendimentos isentos deverão sempre ser englobados, para efeitos de determinação da taxa de imposto.

A isenção fica sempre dependente de acordo escrito entre o trabalhador e a entidade

empregadora, o qual deverá especificar o destino e período de deslocação, bem como a remuneração total a pagar e a compensação devida pela deslocação.

(16)

REFORMA DO IRS · TRABALHO INDEPENDENTE ·

O arrendamento – quando haja opção pela tributação no âmbito da categoria B – passa a constar

expressamente da lista de atividades comerciais.

Tal opção deverá ser concretizada em declaração de início de atividade ou de alterações.

Neste âmbito, o resultado positivo dos rendimentos prediais corresponderá ao rendimento

líquido da categoria F. O mesmo é dizer que somente são dedutíveis as despesas previstas para o apuramento deste tipo de rendimento (cfr. capítulo “RENDIMENTOS PREDIAIS”), e não todas as efetivamente suportadas com referência à atividade, como reclamava o setor.

Quanto ao regime simplificado, introduz-se a possibilidade de deduzir, após aplicação do competente coeficiente aos respetivos rendimentos, e até à concorrência do rendimento líquido da categoria, os montantes suportados com contribuições obrigatórias para regimes de proteção

(17)

REFORMA DO IRS · TRABALHO INDEPENDENTE ·

Os coeficientes aplicáveis aos rendimentos resultantes de prestações de serviços e subsídios destinados à exploração, são reduzidos em 50% no período de tributação de início de atividade (após 1 de janeiro de 2015) e 25% no seguinte (desde que o sujeito passivo não aufira rendimentos das categorias A ou H). Este benefício não é aplicável nos casos em que tenha ocorrido cessação da atividade há menos de 5 anos.

Os contribuintes que realizem atos isolados estarão sempre dispensados de dispor de contabilidade organizada. Assim, na determinação do respetivo rendimento, aplicar-se-ão os coeficientes do regime simplificado, se os rendimentos forem inferiores a €200.000,00, e as regras aplicáveis aos sujeitos passivos com contabilidade organizada, se o valor for superior.

É eliminada a obrigatoriedade de permanência no regime escolhido (simplificado ou contabilidade organizada) por período mínimo de 3 anos. O sujeito passivo poderá proceder à alteração que pretenda até ao final do mês de março do ano em questão.

(18)

REFORMA DO IRS · RENDIMENTOS DE CAPITAIS ·

Procede-se à clarificação da redação da norma de incidência e qualificação de rendimentos desta categoria, nela se incluindo expressamente rendimentos de juros de contas de títulos com garantia de preço, rendimentos distribuídos de unidades de participação em fundos de investimento e indemnizações que visem compensar perdas de rendimento desta categoria.

Adicionalmente, todos os rendimentos de capitais auferidos por residentes passam a estar sujeitos, como regra, a retenção na fonte, a título definitivo, à taxa liberatória de 28%. Quando não for aplicável a taxa liberatória, será, em princípio, aplicada a taxa autónoma, também de 28% (caso em que não existiu retenção na fonte).

A medida de incentivo à poupança que constava da Proposta inicial não passou para o diploma agora aprovado.

(19)

REFORMA DO IRS · MAIS-VALIAS ·

Passam a ser considerados como mais-valia:

O reembolso de obrigações e outros títulos de dívida;

O resgate de unidades de participação em fundos de investimento e a liquidação destes fundos; A cessão onerosa de créditos, prestações acessórias e prestações suplementares;

O valor atribuído em resultado da liquidação, revogação ou extinção de estruturas fiduciárias, àqueles que as constituíram (quando atribuído a terceiros, estará sujeito a Imposto do Selo).

Quanto às mais-valias decorrentes da alienação de partes sociais, passa a poder corrigir-se o valor de aquisição por aplicação dos coeficientes de desvalorização monetária (desde que a aquisição tenha ocorrido há mais de 24 meses), medida há muito reclamada.

Adicionalmente, passam a acrescer ao valor de aquisição das partes sociais os custos inerentes à respetiva aquisição.

· · · ·

(20)

REFORMA DO IRS · MAIS-VALIAS ·

Quanto às mais-valias imobiliárias, é introduzida uma medida transitória: é excluído de

tributação, total ou parcialmente, o ganho da transmissão onerosa de habitação própria e

permanente se o valor de realização for, total ou parcialmente, aplicado na amortização de

empréstimo contraído para a sua aquisição.

O regime apenas será aplicável se o sujeito passivo não for, à data da alienação, titular de outro imóvel habitacional.

A exclusão de tributação aplica-se às alienações ocorridas entre 2015 e 2020, em que os contratos de empréstimo tenham sido celebrados até 31 de dezembro de 2014.

Ainda em sede de reinvestimento, é alargado o prazo para afetação de novo imóvel a habitação

(21)

REFORMA DO IRS · MAIS-VALIAS ·

Para os demais casos de reinvestimento (aquisição de terreno para construção e/ou respetiva construção e ampliação ou melhoramento de outro imóvel) é também alargado o prazo para

inscrição do imóvel na matriz: passa de 24 para 48 meses. Deixa de ser imposto um prazo para início das obras respetivas.

Para a determinação das mais-valias, passam a acrescer ao valor de aquisição os encargos com a valorização dos bens, realizados nos últimos 12 anos (atualmente, 5).

Para apuramento da mais-valia imobiliária, introduz-se a possibilidade de ilidir a presunção de

que o valor de venda corresponde ao valor que serve de base à liquidação do IMT, sempre que este seja superior ao valor declarado.

No caso de o preço de venda de bem imóvel sofrer algum ajuste, o sujeito passivo poderá apresentar uma declaração de substituição destinada a declarar o valor definitivo da venda.

(22)

REFORMA DO IRS · RENDIMENTOS PREDIAIS ·

Esclarece-se e alarga-se o conceito de despesas dedutíveis aos rendimentos prediais.

Deduzem-se, relativamente a cada prédio, todos os gastos efetivamente suportados e pagos pelo sujeito passivo para obter ou garantir tais rendimentos, exceto gastos de natureza financeira,

relativos a depreciações e a mobiliário, eletrodomésticos e artigos de conforto e decoração. No caso de fração autónoma são deduzidos também – acrescendo aos anteriormente indicados – os encargos que o condómino deva obrigatoriamente suportar. Se o sujeito passivo tiver mais do que uma fração do mesmo prédio em regime de propriedade horizontal, os encargos do condomínio serão imputados de acordo com a permilagem atribuída a cada fração.

Já se o arrendamento for de parte de prédio suscetível de utilização independente, os encargos do condomínio serão imputados de acordo com o respetivo valor patrimonial tributário.

(23)

REFORMA DO IRS · RENDIMENTOS PREDIAIS ·

O IMI e o Imposto do Selo pagos em cada ano apenas são dedutíveis quando respeitem a prédio cujo rendimento seja objeto de tributação nesse ano.

Finalmente, poderão ser deduzidos os gastos suportados e pagos nos 24 meses anteriores ao

início do arrendamento, relativos a obras de conservação e manutenção do prédio, desde que entretanto o imóvel não tenha sido utilizado para outro fim que não o arrendamento.

Os titulares deste tipo de rendimentos são obrigados a passar recibo de quitação, de modelo

oficial, bem como a entregar à Autoridade Tributária e Aduaneira uma declaração de modelo oficial que discrimine os rendimentos estes rendimentos até ao fim do mês de janeiro de cada ano, por referência ao ano anterior.

(24)

REFORMA DO IRS · OUTROS ·

As pensões de alimentos passam a ser objeto de tributação autónoma à taxa de 20%.

As perdas apuradas nos rendimentos prediais poderão ser deduzidas aos ganhos da mesma categoria no prazo de 6 anos;

O resultado líquido negativo na categoria B poderá ser deduzido nos 12 anos seguintes, nos termos das regras de reporte de prejuízos fiscais, em sede de IRC;

O saldo negativo dos incrementos patrimoniais pode ser reportado em 5 anos;

O crédito de imposto pago relativamente a rendimentos auferidos no estrangeiro poderá ser reportado para os 5 anos seguintes;

O representante fiscal poderá renunciar à respetiva representação; · · · · · ·

(25)

REFORMA DO IRS · OUTROS ·

Os rendimentos brutos das categorias A, B e H auferidos por sujeitos passivos com deficiência são considerados apenas por 90%, sendo o limite máximo de rendimento excluído de tributação, por categoria, de €2.500,00;

Deixa de haver prazos diferentes para entrega da declaração anual em suporte papel e por via eletrónica: será, em ambos os casos, de 15 de março a 15 de abril, quando sejam auferidos apenas rendimentos de trabalho dependente e pensões, e de 16 de abril a 16 de maio, para os restantes casos (aplicáveis apenas em 2016, por referência aos rendimentos auferidos em 2015);

Os sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos de trabalho dependente ou pensões de valor anual inferior a €8.500,00 ficam dispensados de apresentar declaração anual de IRS;

Os sujeitos passivos que tenham auferido apenas rendimentos tributados às taxas liberatórias, se não tiverem optado pelo seu englobamento, ficam dispensados de apresentar declaração anual ·

·

·

(26)

REFORMA DA FISCALIDADE VERDE · IRS ·

Tributação autónoma

São reduzidas as taxas de tributação autónoma para viaturas ligeiras de passageiros híbridas

plug-in e ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV. O quadro plug-infra detalha as taxas aplicáveis (salvo

para sujeitos passivos a quem seja aplicado o regime simplificado):

CUSTO DE AQUISIÇÃO ENERGIA ELÉTRICA HÍBRIDAS PLUG-IN GPL OU GNV OUTRAS

< €20.000,00 0% 5% 7,5% 10% ≥ €20.000,00 0% 10% 15% 20%

(27)

As provisões constituídas para fazer face aos encargos com a reparação de danos ambientais passam a ser fiscalmente dedutíveis para todos os setores de atividade.

Tributação autónoma

São reduzidas as taxas de tributação autónoma para viaturas ligeiras de passageiros híbridas

plug-in e ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV. O quadro plug-infra detalha as taxas aplicáveis: CUSTO DE AQUISIÇÃO ENERGIA ELÉTRICA HÍBRIDAS PLUG-IN GPL OU GNV OUTRAS

< €25.000,00 0% 5% 7,5% 10% ≥ €25.000,00 e

< €35.000,00 0% 10% 15% 27,5% ≥ €35.000,00 0% 17,5% 27,5% 35%

(28)

Depreciações

São alterados os valores a partir dos quais não são aceites como gasto as depreciações, relativamente a viaturas ligeiras de passageiros elétricas, híbridas plug-in e movidas a GPL ou GNV. O quadro infra detalha os respetivos valores:

Os equipamentos de energia solar e de energia eólica passam a ter uma percentagem de depreciação anual de 8%, (vida útil de 12,5 anos).

VIATURAS ADQUIRIDAS A PARTIR DE 01.01.2010

VIATURAS ADQUIRIDAS A PARTIR DE 01.01.2011

VIATURAS ADQURIDAS A PARTIR DE 01.01.2012

VIATURAS ADQUIRIDAS A PARTIR DE 01.01.2015

Geral: €40.000,00

Elétricas: €45.000,00 Elétricas: €50.000,00 Elétricas: €62.500,00

Geral: €30.000,00 Geral: €25.000,00

Híbridas plug-in: €50.000,00 GPL/GNV: €37.500,00

Geral: €25.000,00

(29)

Dedução

Passa a ser dedutível o imposto contido nas despesas relativas à aquisição, fabrico ou importação, à locação e transformação de viaturas de turismo elétricas ou híbridas plug-in.

Nos mesmos termos, o imposto contido nas mesmas despesas referentes a viaturas de turismo movidas a GPL ou GNV poderá ser dedutível em 50%.

Taxas de IVA

Os serviços de reparação de velocípedes passam a estar sujeitos à taxa reduzida de IVA (6%).

O serviço público de remoção de lixos deixa de estar isento de IVA, passando a estar sujeito à taxa reduzida de 6%.

(30)

Em sede de IMI, e para efeitos de cálculo do valor patrimonial tributário de prédios urbanos, é eliminada como minorativo do coeficiente de qualidade e conforto a utilização de técnicas ambientalmente sustentáveis, ativas ou passivas.

É introduzido um novo número 4 ao artigo 76.º do respetivo Código, esclarecendo que apenas é

devida taxa inicial pelo pedido de segunda avaliação de prédio urbano nos casos em que o valor patrimonial tributário se encontre distorcido em relação ao valor de mercado, a fixar entre 7,5 e 30 Unidades de Conta, em função da complexidade da matéria.

(31)

Os prédios exclusivamente afetos à atividade de abastecimento público de águas às populações, de saneamento de águas residuais urbanas e de sistemas municipais de gestão de resíduos urbanos passam a beneficiar de isenção de IMI.

Passa para 3 anos a isenção de IMI sobre prédios urbanos objeto de reabilitação urbanística, a contar do ano de emissão da respetiva licença camarária.

Fica isenta de IMT a aquisição de prédios urbanos destinados a reabilitação urbanística, desde que o adquirente inicie as obras no prazo de 3 anos a contar da data de aquisição.

A definição de reabilitação urbanística passa a incluir, como requisito adicional, e consoante os casos, a atribuição de classificação energética igual ou superior a A ao prédio urbano objeto de reabilitação, ou a atribuição de classificação energética superior à anterior em, pelo menos, dois níveis.

(32)

Os prédios urbanos exclusivamente afetos à produção de energia a partir de fontes renováveis ficam sujeitos a redução de 50% da taxa de IMI.

Os municípios poderão ainda fixar uma redução até 15% da taxa de IMI para prédios urbanos

com eficiência energética, podendo ainda determinar uma redução até 50% da taxa de IMI para

prédios rústicos integrados em áreas classificadas que proporcionem serviços de ecossistema não apropriáveis pelo mercado, como tal reconhecidos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.

Os benefícios em apreço vigoram pelo período de 5 anos.

Os gastos suportados com a aquisição de eletricidade para abastecimento de veículos de transporte público de passageiros e de mercadorias passam a ser majorados em 30%, e aqueles suportados com a aquisição de gás natural veicular (GNV) e gases de petróleo liquefeito (GPL),

(33)

As despesas com sistemas de car-sharing e bike-sharing são consideradas como gastos, majoradas, respetivamente, em 10% e 40%, se incorridas por sujeitos passivos de IRC e de IRS com contabilidade organizada.

Para o efeito, as despesas em questão serão aquelas realizadas mediante contrato celebrado com empresas que tenham por objeto a gestão deste tipo de sistema (as quais não poderão estar em relação de domínio, grupo ou simples participação com o sujeito passivo).

O valor correspondente a 120% das despesas com aquisição de frotas de velocípedes em benefício do pessoal do sujeito passivo passa a ser considerado como gasto, desde que tais frotas se mantenham no seu património durante, pelo menos, 18 meses, e que o benefício seja atribuído com caráter geral aos trabalhadores.

(34)

São aumentadas as taxas gerais de imposto, tendo em conta as componente cilindrada e componente ambiental, para a generalidade dos veículos. Passa a ser aplicável, também, uma taxa

intermédia de imposto, determinada em função dos veículos.

A isenção de ISV prevista para veículos de transporte coletivo de utentes com lotação de 9

lugares, adquiridos por IPSS, inclui como requisito adicional que o nível de emissão de CO2 seja

até 180g/km.

Já os automóveis ligeiros de passageiros e de utilização mista destinados ao serviço de aluguer

com condutor, que apresentem até 4 anos de uso, beneficiam de isenção de ISV, correspondente a 70% do montante do imposto, apenas se não tiverem níveis de emissão superiores a 160 g/km, confirmados pelo respetivo certificado de conformidade (atualmente este valor de emissão está fixado em 175 g/km).

(35)

Todos os produtos petrolíferos e energéticos sujeitos a imposto sofrem um aumento do mesmo.

Assim, estão sujeitos a um adicionamento resultante da aplicação de uma taxa indexada à cotação do carbono apurada no leilão do Comércio Europeu de Licenças de Emissão do ano anterior. Os fatores de adicionamento são os seguintes:

PRODUTOS PETROLÍFEROS E ENERGÉTICOS FATOR DE ADICIONAMENTO

Gasolina 2,271654 Petróleo 2,453658 Gasóleo (abrange gasóleo rodoviário, gasóleo colorido e marcado e gasóleo de aquecimento) 2,474862

GPL 2,902600

Gás natural 0,056100 Fuelóleo 3,096000

Coque 2,696100

Carvão 2,265670

(36)

Contribuição sobre sacos de plástico

É criada uma contribuição sobre sacos de plástico leves adquiridos pelos estabelecimentos de comércio a retalho para distribuição ao consumidor final, no valor de €0,08 por cada saco.

A contribuição constitui encargo do consumidor final, a título de preço, pelo que à mesma acrescerá IVA à taxa legal em vigor. O mesmo é dizer que cada saco de plástico custará cerca de

€0,10 ao consumidor final.

Ficam isentos desta contribuição os sacos de plástico destinados a entrar em contacto com géneros alimentícios, incluindo o gelo.

Na prática, e por força do período transitório concedido para escoamento de stocks, apenas começará a ser cobrada esta contribuição a partir do meio de mês de fevereiro de 2015.

(37)

Incentivos à atividade silvícola

Para efeitos de determinação da taxa de IRS aplicável a rendimentos da categoria B decorrentes desta atividade, o seu valor será dividido por 12, no caso de regime simplificado, ou pela soma do número de anos ou fração a que respeitam os gastos imputados ao lucro tributável, nos termos definidos no IRC, no caso de contabilidade organizada.

As aquisições de prédios rústicos que correspondam a áreas florestais abrangidas por zona de intervenção florestal (ZIF) ficam isentas de IMT e de IS. Tal isenção valerá também para a aquisição de prédios contíguos, se abrangidos por ZIF nos três anos posteriores à aquisição, bem como para prédios destinados à exploração florestal confinantes com prédios rústicos submetidos a plano de gestão florestal, desde que o adquirente seja proprietário do prédio rústico confinante.

As isenções dependem de requerimento a apresentar ao chefe do serviço de finanças da situação

(38)

Incentivos à atividade silvícola

São isentos de IMI os prédios rústicos que correspondam a áreas florestais aderentes a ZIF e aqueles destinados à exploração florestal e submetidos a plano de gestão florestal.

Para efeitos de determinação do lucro tributável dos sujeitos passivos que exerçam diretamente uma atividade económica de natureza silvícola ou florestal, as contribuições financeiras dos proprietários e produtores aderentes a ZIF destinadas ao fundo comum constituído pela sua entidade gestora são majoradas em 30% do respetivo montante, contabilizado como gasto do exercício.

O montante máximo da majoração não poderá exceder o equivalente a 8/1000 do volume de negócios referente ao exercício em que são realizadas as contribuições.

(39)

Mantém-se a aplicação da sobretaxa de IRS de 3,5%, bem como a respetiva retenção na fonte, sobre a parte do rendimento coletável que exceda, por sujeito passivo, o valor anual da retribuição mínima mensal garantida.

É criado um crédito fiscal dedutível à sobretaxa: tal crédito fica, todavia, dependente da diferença, quando positiva, entre as receitas de IRS e IVA orçamentadas para 2015 e aquelas efetivamente recebidas. Verificando-se essa diferença positiva, a mesma será dividida pelo valor global da retenção na fonte da sobretaxa e depois multiplicada por 100. O resultado da operação corresponderá à percentagem da sobretaxa suportada por cada sujeito passivo que será reembolsada em 2016.

Na sequência do constante na Lei n.º 2/2014, de 16 de janeiro (diploma que aprovou a Reforma do IRC), a taxa de IRC é reduzida em 2%, passando de 23% para 21%.

(40)

A Segurança Social passa a poder efetuar correções às declarações de remunerações remetidas por entidades empregadoras, com base em elementos de que disponha.

É revogada a disposição que fixa o prazo de um ano para apresentação de requerimento de restituição de contribuições e quotizações pagas indevidamente. O prazo passa assim a ser de 5 anos (o prazo de prescrição estabelecido).

A CES passa a aplicar-se apenas sobre pensões pagas a um único titular, de valor mensal superior

a €4.611,42e até €7.126,74, à taxa de 15%.

Às pensões superiores a €7.126,74 será aplicável uma taxa de 40%.

(41)

A regularização de IVA relativo a créditos incobráveis passa a poder ser realizada com o trânsito em julgado da sentença de verificação e graduação de créditos.

Quanto aos créditos de cobrança duvidosa, a regularização do respetivo IVA deixa de estar dependente do desreconhecimento contabilístico do ativo, bastando a existência de provas objetivas da imparidade e de terem sido efetuadas diligências para o seu recebimento. Haverá que harmonizar a contabilidade com a fiscalidade, o que poderá causar algumas dificuldades no processo.

Tendo ocorrido transmissão da titularidade de qualquer destes créditos após a dedução do imposto respetivo, o cedente deverá regularizar o imposto a favor do Estado (independentemente dos prazos de caducidade fixados na Lei Geral Tributária). Por sua vez, o adquirente do crédito poderá recuperar o IVA correspondente, mediante autorização prévia da Autoridade Tributária e Aduaneira.

(42)

Em caso de recuperação, total ou parcial, de créditos considerados incobráveis ou de cobrança duvidosa, o sujeito passivo deverá devolver ao Estado o imposto anteriormente deduzido, na declaração periódica do período do recebimento. Por sua vez, os adquirentes dos bens ou serviços (até então, devedores dos créditos em apreço) poderão também solicitar autorização à Administração Tributária e Aduaneira para realizar a competente dedução do imposto.

Quando a regularização dependa de certificação por parte de Revisor Oficial de Contas – e não havendo necessidade de autorização prévia por parte da Administração Tributária e Aduaneira – tal certificação deverá ocorrer até ao termo do prazo de entrega da respetiva declaração periódica.

A comunicação ao adquirente dos bens ou serviços sobre a incobrabilidade dos créditos, para efeitos de retificação da dedução inicialmente efetuada, deverá conter a identificação das faturas cujo imposto é regularizado, o montante do crédito e IVA regularizado, o processo ou acordo em causa e o período em que a regularização será efetuada.

(43)

Comunicação de Inventários

É introduzida uma nova obrigação para os sujeitos passivos com contabilidade organizada e que estejam obrigados à realização de inventário: a de proceder à comunicação eletrónica, até 31 de janeiro de cada ano, do inventário respeitante ao último dia do exercício anterior (salvo no caso de o volume de negócios do ano anterior ao da comunicação ser inferior a €100.000,00).

Produtos Agrícolas

É criado um regime especial forfetário para pequenos produtores agrícolas (com volume de negócios inferior a €10.000,00 e sem contabilidade organizada), através de uma compensação de

6%sobre o valor de determinadas vendas e prestações de serviços.

(44)

Alarga-se o reconhecimento automático da isenção de IMT para a aquisição de imóveis por parte de instituições de crédito, que derive de atos de dação em cumprimento, desde que o valor que serviria de base à liquidação do imposto – se fosse devido – não ultrapasse €300.000,00. Mais, a isenção é alargada para outros imóveis que não apenas aqueles afetos a habitação – alteração há muito reclamada pelos respetivos agentes.

Passa também a ser de reconhecimento automático a isenção de IMT:

a. Para aquisição de imóveis por parte de pessoas coletivas de utilidade pública administrativa, mera utilidade pública e IPSS, para a realização direta dos seus fins;

b. Para a aquisição de imóveis individualmente classificados como de interesse nacional, público ou municipal – eliminando-se assim um processo de duplo reconhecimento.

(45)

Em sede de IS, estabelece-se que em situações de trespasse de estabelecimento comercial, industrial ou agrícola, o trespassante liquidará o imposto, o qual deverá ser suportado pelo adquirente do direito em questão.

A mesma especificação é definida para as situações de subconcessão e de trespasse de concessão feitos pelo Estado, Regiões Autónomas ou autarquias locais, para exploração de empresas ou de serviços de qualquer natureza.

São ainda criadas novas normas em sede de nascimento da obrigação tributária, liquidação e pagamento do imposto em caso de arrendamento, bem como referentes a comunicações a efetuar à Administração Tributária e Aduaneira relativas aos respetivos contratos.

É prorrogada para 2015 a isenção de IS sobre a prestação de garantias a favor do Estado e Segurança Social para pagamento em prestações de dívidas em processo de execução fiscal.

(46)

Para efeitos de isenção de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para prédios de reduzido

valor patrimonial de sujeitos passivos de baixos rendimentos, é aumentado o limite máximo do rendimento bruto do agregado familiar, que passa para 2,3 vezes o valor anual do IAS.

A isenção passa a englobar também arrumos, despensas e garagens, desde que integrem o mesmo edifício ou conjunto habitacional e sejam utilizados exclusivamente pelo proprietário ou seu agregado familiar, como complemento da habitação isenta.

O regime fiscal do mecenato cultural é objeto de novo regime autónomo. As entidades beneficiárias devem obter, previamente à obtenção de donativos, a declaração do seu enquadramento no regime do mecenato cultural e do interesse cultural das atividades ou das ações desenvolvidas (salvo se já receberem, comprovadamente, apoio público).

É considerado como gasto ou perda do exercício o valor correspondente a 130% dos donativos,

(47)

As taxas do Imposto sobre o Álcool e Bebidas Alcoólicas aumentam, genericamente, 3% em relação às atuais. É alargada a incidência objetiva do Imposto sobre o Tabaco a rapé, tabaco de mascar, tabaco aquecido e ao líquido contendo nicotina em recipientes utilizados para a carga e recarga de cigarros eletrónicos. A taxa adicional na gasolina e no gasóleo (rodoviário e colorido e marcado) mantém-se nos mesmos termos.

O IUC passa a incidir sobre veículos que permaneçam mais de 183 dias em Portugal, seguidos ou interpolados, em cada ano civil, mesmo que de matrícula não portuguesa (com exceção de veículos de mercadorias de peso bruto igual ou superior a 12 toneladas).

Neste caso, o IUC deverá ser liquidado no prazo de 30 dias a contar do termo do período de 183 dias.

(48)

A alçada dos Tribunais Administrativos e Fiscais passa a ser igual à alçada dos Tribunais Judiciais de 1.ª Instância, ou seja, de €5.000,00.

Fixa-se a obrigatoriedade do Governo apresentar à Assembleia da República, até ao final do mês de junho de cada ano, um relatório detalhado sobre a evolução do combate à fraude e à evasão

fiscais em todas as áreas da tributação, explicitando os resultados alcançados.

Os funcionários da Autoridade Tributária e Aduaneira, no exercício das funções que nessa qualidade lhes sejam cometidas, considerar-se-ão investidos de poderes de autoridade pública: uma ofensa a um funcionário da Autoridade Tributária e Aduaneira passa a ser crime público, punível com pena prisão até cinco anos.

(49)

Passa a ser obrigatória a constituição de mandatário em processos judiciais de valor superior a €10.000,00 .

São incluídas no CPPT as situações em que se considera que o sujeito passivo tem a situação

tributária regularizada, a saber, quando:

a. Não seja devedor de quaisquer impostos ou outras prestações tributárias e respetivos juros; b. Esteja autorizado ao pagamento da dívida em prestações, desde que exista garantia constituída, nos termos legais;

c. Tenha pendente meio de contencioso adequado à discussão da legalidade da dívida exequenda e o processo de execução fiscal tenha garantia constituída, nos termos legais; e

d. Tenha a execução fiscal suspensa, havendo garantia constituída, nos termos legais.

É equiparada à prestação de garantia a sua dispensa ou caducidade.

(50)

As notificações de atos tributários e as realizadas em processo de execução fiscal passam a poder ser realizadas por transmissão eletrónica de dados, equivalendo, consoante os casos, a remessa por via postal registada ou por via postal registada com aviso de receção.

São ainda substancialmente aumentados os limites dos valores da dívida exequenda, para

efeitos de citação por via postal simples ou registada, bem como de citação pessoal. Ressalva-se, contudo, que a citação será sempre pessoal (i) na efetivação da responsabilidade solidária ou subsidiária, (ii) quando houver necessidade de proceder à venda de bens, (iii) quando o órgão de execução fiscal a considerar mais eficaz para a cobrança da dívida.

Os pagamentos em prestações de dívidas fiscais de valor inferior a €2.500,00 para pessoas singulares, e a €5.000,00 para pessoas coletivas, passam a estar dispensados de prestação de

garantia.

(51)

O crime de frustração de créditos passa a ter uma pena de prisão entre um e dois anos ou multa até 240 dias.

Em sede de crimes aduaneiros, o valor da prestação tributária em falta ou da mercadoria objeto de infração não será relevante para a qualificação de uma conduta como crime, sempre que a conduta associada seja praticada de forma organizada ou assuma dimensão internacional.

Passa a constituir contraordenação grave, punida com coima de €200,00 a €10.000,00 (em lugar de €75,00 a €2.750,00), a não organização da contabilidade de acordo com o Sistema de

Normalização Contabilística.

A falta ou atraso na comunicação à Autoridade Tributária e Aduaneira, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas, será qualificada como contraordenação grave, punida com coima igual à supra indicada.

(52)

CONTACTOS

ANA PEDROSA AUGUSTO

ADVOGADA ASSOCIADA SÉNIOR APA@RAASSOCIADOS.PT

Referências

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