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APLICAÇÕES DAS RADIAÇÕES NO TRATAMENTO DO CÂNCER

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(1)

APLICAÇÕES DAS RADIAÇÕES NO

TRATAMENTO DO CÂNCER

Prof. Dr. Patrícia Falcão

MD/MsC/PhD – Biologia Celular e Molecular – Fiocruz/RJ Pós-doutora sênior- Departamento de Técnicas Nucleares Escola de Engenharia - UFMG

I SENCIR

S E M A N A D E E NG E N H A R I A N U C L E A R E C I Ê N C I A S D A S R A D I A Ç Õ E S

(2)

Princípios da Radioterapia

• Conceitos Básicos em Radiobiologia

• Em que situações poderia ser induzido o Câncer

do ponto de vista da alteração celular?

• Planejamento das Doses/Tratamento

• Equipamentos

(3)

Radiobiologia

Abordagem:

curvas de sobrevivência

aberrações e mutações cromossômicas

alterações no ciclo celular

dose fracionada

Como?

irradiação de camadas monocelulares por feixes externos de partículas ionizantes ou não  posterior análise com técnicas usuais e/ou detecção de produtos em linha(?)

Estudos ligados a câncer e terapia

(4)

Como seria a interação de radiações

ionizantes com sistemas biológicos?

H2O H2O+ + e-H

2O+ + e-aq O que interessa na radiobiologia ?

H2O+   OH + H+ efeitos indiretos

(5)

Interação das radiações ionizantes com

sistemas biológicos

• As mutações podem ser espontâneas (determinadas por fatores

endógenos) ou induzidas (quando decorrem de agentes exógenos).

• Radiações ionizantes: raios X ,α,

,

e nêutrons induzem a

formação de íons reativos e radicais livres, bem como provocam

alterações nas bases e quebras na cadeia do DNA (de uma ou

ambas as fitas.

(6)

Efeitos da radiação ionizante nos seres

humanos -

Classificação dos efeitos Biológicos

- Classificação segundo a Dose Absorvida: Estocásticos

ou Determinísticos;

- Classificação segundo o Tempo de Manifestação:

Imediatos ou Tardios;

- Classificação segundo o Nível de dano: Somáticos ou

Genéticos.

(7)

Classificação segundo a Dose Absorvida: Estocásticos

ou Determinísticos

- Efeito determinístico - haverá danos observáveis​​.

- A probabilidade de causar tal dano será zero em pequenas doses de radiação, mas acima de certo nível de dose, chamada dose limiar, a probabilidade aumenta rapidamente com a dose. Acima do limiar, a gravidade do dano aumenta com a dose. Efeitos como este são chamados determinísticos.

- Um efeito determinístico tem um limiar de dose, e a gravidade do efeito é proporcional à dose.

(8)

Classificação segundo a Dose Absorvida: Estocásticos

ou Determinísticos

- Efeito estocástico - Se as células somáticas são expostas à

radiação, a probabilidade de câncer aumenta com a dose,

provavelmente não há um limite de dose.

- Um câncer induzido por 1 Gy não é pior do que um induzido por 0,1

Gy, mas é claro que a probabilidade de indução aumenta com a

dose.

-

O efeito "estocástico” tem um significado especial na proteção de

radiação, significando uma análise "por amostragem ou aleatória".

(9)

Oncogênese: Patogênese da neoplasia

Carcinogênese: Patogênese do câncer

Carcinógeno: agente causador de câncer

Mutágeno: agente causador de mutação

Oncogenes: genes que causam câncer

(10)

Câncer

• As células normais dos diversos órgãos do nosso corpo estão

constantemente se reproduzindo, isto é, uma célula adulta divide-se

em duas, e por este processo, chamado mitose, ocorre o

crescimento e a renovação das células durante os anos.

• A mitose é realizada de forma controlada dentro da fisiologia do

organismo. Porém, em determinadas ocasiões e por razões ainda

“desconhecidas”,

certas

células

reproduzem-se

com

uma

velocidade maior,

desencadeando o aparecimento de massas

celulares denominadas neoplasias ou, mais comumente, tumores.

(11)

Câncer

Neoplasias

• Nas neoplasias malignas o crescimento é mais rápido, desordenado

e infiltrativo; as células não guardam semelhança com as que lhes

deram origem e têm capacidade de se desenvolver em outras partes

do corpo, fenômeno este denominado metástase, que é a

(12)

Câncer

• O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Quando

o processo neoplásico se instala, a célula-mãe transmite aos

seus clones a característica neoplásica. Isso quer dizer que,

no início de todo o processo está uma alteração no DNA de

uma única célula.

• Esta alteração no DNA pode

ser causada por vários

fatores, fenômenos químicos,

físicos ou biológicos.

A esta alteração inicial damos o

nome de estágio de iniciação.

(13)

Compreendendo os eventos do

ciclo celular!

(14)

Controladores Positivos do ciclo celular

• Estimulam a progressão da célula no ciclo celular, a fim de que

ocorra a divisão normal em duas células-filhas.

• CDKs (kinases Dependentes de Ciclina)

• Ciclinas

(15)

Controladores Negativos do Ciclo

Celular

Atuam inativando as funções dos controladores positivos, o que leva a célula à parada no ciclo celular e à apoptose (morte programada).

• CKIs (Inibidores de kinase dependente de Ciclina). São proteínas que interagem com CDKs ou complexos ciclina-CDK, bloqueando sua atividade de kinase. As kinases não mais fosforilam proteínas, o que determina parada do ciclo.

• As CKIs podem ser de dois tipos:

- específicas (ex: p15, p16, p18, p19): são seletivas sobre os complexos ciclina

D-CDK4 e ciclina D-CDK6, que atuam em G1.

- inespecíficas (ex: p21, p27, p53, p57): atuam sobre diversos tipos de

complexos ciclina-CDK.

• Complexo ubiquitina. Degrada ciclinas e outras proteínas, impedindo a progressão do ciclo celular.

• Fosfatases .Atuam na desfosforilação de CDKs e complexos ciclina-CDKs, tornando-os Inativos.

(16)

Checkpoint – Pontos de verificação

• Mecanismo que monitora o ciclo celular, tentando identificar mutações no DNA.

Zela pela correta execução dos eventos, impedindo o início de eventos subseqüentes até que o anterior esteja concluído com sucesso.

• Em suma, se detectada qualquer alteração no genoma celular, este mecanismo interrompe a progressão do ciclo até que seja feito o reparo; ou se o dano for excessivo, até que a célula entre em apoptose. Interfere no tempo de duração de cada fase do ciclo celular.

• Todas essas estruturas protéicas envolvidas no controle do ciclo celular são codificadas por genes em proteínas alteradas, causando problemas neste processo de estímulo à célula.

Uma das conseqüências possíveis é o desenvolvimento de neoplasias.

• EX: Cientistas sabem agora que as células geralmente morrem por apoptose, freqüentemente pela ativação da p53. Células em que faltam a p53, ou que produzem altos níveis da proteína inibidora Bcl2, podem, assim, tornarem-se "acostumadas" aos efeitos dos tratamentos contra o câncer e prosperar em metástase.

(17)

Câncer

Tratamento

• Atualmente, dispõe-se dos seguintes recursos para o tratamento

do câncer: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e

imuno-terapia, que podem ser usados de forma isolada ou combinada.

• A radioterapia é um método capaz de destruir células tumorais,

empregando feixe de radiações ionizantes.

(18)

Câncer

Tratamento

• Esquema CMF modificado

intervalo de 3/3 semanas: C = CTX = ciclofosfamida 600 mg/m2 IV dia 1M

= MTX = metotrexato 40 mg/m2 IV dia 1F = 5FU = fluoro-uracila 600

mg/m2 IV dia 1

• Esquema BEP

intervalo de 3/3 semanasB = BLM = bleomicina 30 U IV dias 2, 9 e 16E =

VP16 = etoposido 120 mg/m2 IV dias 1, 2, 3P = CDDP = cisplatina 20

mg/m2 IV dias 1, 2, 3, 4 e 5.

(19)

Câncer

Tratamento

• Hormonioterapia

Quimioterapia que consiste do uso de substâncias semelhantes ou

inibidoras de hormônios, para tratar as neoplasias que são dependentes destes.

A sua administração pode ser diária ou cíclica e se caracteriza por ser de longa duração.

Os tumores malignos sensíveis ao tratamento hormonal são: carcinomas de mama, adenocarcinoma de próstata e adenocarcinoma de endométrio.

(20)

Câncer

Tratamento

Bioterapia

É a quimioterapia na qual se usam medicamentos que inicialmente foram identificados como substâncias naturais do próprio corpo humano.

São exemplos: os interferons, a interleucina e os anticorpos monoclonais. No caso dos anticorpos monoclonais que, à semelhança dos alvoterápicos agem mais seletivamente, exige-se a positividade de exames específicos que demonstrem a presença dos respectivos antígenos, como, por

exemplo, o CD20,para a prescrição de Rituximabe na quimioterapia do Linfoma não Hodgkin difuso de grandes células.

(21)

A base da Radioterapia

• A radioterapia se baseia no emprego da radiação ionizante para tratamento, utilizando feixes de raios  , elétrons, prótons ou nêutrons, podendo alcançar os tumores ou áreas do corpo onde se alojam as enfermidades, com a finalidade

(22)

Critérios que devem impactar na

eficiência da Radioterapia

• Uma dose pré-calculada de radiação leva em consideração alguns critérios: • Determinação da dose de radiação – se com alta densidade ou baixa

desensidade de ionização;

• Tempo determinado em que a dose será aplicada;

• volume de tecido que engloba o tumor, buscando erradicar todas as células tumorais;

• Monitoramento do dano possível às células normais circunvizinhas, com o objetivo de diminuir a imunossupressão da resposta ao tratamento.

(23)

Dose de radiação

• A dose absorvida D, de qualquer radiação ionizante, é a

quantidade de energia ionizante cedida à matéria pelos

fótons, nêutrons, elétrons ou íons por unidade de massa dm:

D = de/dm

• A dose absorvida é usualmente medida em joules por

quilograma (J/kg), também denominada gray (Gy):

(24)

Taxa de dose

A taxa de dose corresponde à variação de dose no tempo.

D' = dD/dt

(25)

Linear Energy Transfer (LET)

Transferência linear de energia (LET) é uma medida da energia transferida ao

material como uma partícula ionizante viaja através dele. Normalmente, esta é uma medida usada para quantificar os efeitos da radiação em amostras biológicas.

• LET está intimamente relacionado com a perda de energia na trajetória das particulas *.

* perda média de energia da partícula por unidade de comprimento do percurso, medido por exemplo, em MeV/cm.

• Quando utilizado para descrever a dosimetria de radiações ionizantes na definição biológica ou biomédica, o LET (como o poder de parada linear) é habitualmente expresso em unidades de KeV/ mm .

(26)

Linear Energy Transfer (LET)

• Ao passar através da matéria, as partículas carregadas rapidamente ionizam os átomos ou moléculas do meio.

• Assim, a velocidade pela qual as partículas perdem gradualmente a energia em pequenos passos é denominada potência de frenagem e é definida como a perda média de energia da partícula por unidade de comprimento do percurso, medido por exemplo, em MeV/cm.

Transferência linear de energia (LET), expressa em keV/m

LET de uma partícula ionizantedepende da velocidade e da carga da partícula, sendo que quanto maior a carga e menor a velocidade, maior a LET.

(27)

RADIAÇÕES DE ALTA LET (partícula a, nêutrons)

LET = quantidade de

(E)

média depositada na matéria

(KeV/m)

unidade de distância

RADIAÇÕES DE BAIXA LET (raios X, raios gama)

Fatores extrínsecos

físicos

x x x x x x x x x x x x x x x x

alto LET

baixo LET

Ilustração diagramática da densidade de ionização relativa por alvo de uma trajetória simples para radiação de alta e baixa LET

Dano

(28)

Fontes de radiação para Radioterapia

A radiação  é uma radiação eletromagnética gerada e emitida do decaimento de radionuclideos como o cobalto-60, césio-137 e irídio-193.

A radiação x também pode ser produzida em aceleradores de elétrons, pela interação destes com alvos pesados.

Os elétrons (estes disponíveis apenas em aceleradores lineares de alta energia).

Os prótons são gerados também em aceleradores de altas energias, acima de 200 MeV. Os feixes de prótons podem atravessar o tecido sadio sem danificá-lo, ao mesmo tempo depositando quase a totalidade de sua energia na região alvo.

(29)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Curativa

 Consiste na principal modalidade de tratamento e visa a cura do paciente.

 A dose utilizada é geralmente a dose máxima que pode ser aplicada na área.

 Pode-se utilizar o termo "curativo" e "exclusivo" no sentido de dose máxima, seja qual for a finalidade da radioterapia.

 Deve-se entender como exclusiva a radioterapia de finalidade paliativa, ou curativa, que não se associa a outra(s) modalidade(s) terapêutica(s), independentemente de se aplicar a dose máxima.

(30)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Paliativa

• Objetiva o controle local do tumor primário ou de metástase(s), sem influenciar a taxa da sobrevida global do paciente.

• Geralmente, a dose aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área.

(31)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Pré-Operatória

 É a radioterapia que antecede a principal modalidade de tratamento, a cirurgia, para reduzir o tumor e facilitar o procedimento. A dose total aplicada é menor do que a dose máxima permitida para a área.

(32)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Pós-Operatória

 Segue-se à principal modalidade de tratamento do paciente, com a finalidade de esterilizar possíveis focos microscópicos do tumor. Como as anteriores, a dose total não alcança a dose máxima permitida para a área.

(33)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Anti-Álgica

 Radioterapia paliativa com esta finalidade específica. Tanto pode ser aplicada em dose única como pode ser aplicada diariamente ou, em doses diária maiores,semanalmente.

 Como é de finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para a área, exceto os casos especificados como “metástase”.

 Repete-se que o procedimento – Tratamento da Dor Óssea com Samário é de alta complexidade, do âmbito da Medicina Nuclear, compatível com metástase óssea e informado em BPA individualizado.

(34)

Finalidades da Radioterapia

Radioterapia Anti-Hemorrágica

 Radioterapia paliativa com a finalidade específica anti-hemorrágica. Como tem finalidade paliativa, a dose total é menor do que a máxima permitida para a área.

(35)

O Tratamento vai refletir na

Radiosensibilidade

• Radiossensibilidade celular reflete o grau e a velocidade de resposta dos tecidos à irradiação.

• A radiossensibilidade também depende da origem do tecido: quanto mais sensível o tecido original, mais sensível o tecido derivado.

• A resposta tumoral à irradiação depende também do aporte de oxigênio às células malignas. Devido á sua eletroafinidade, o oxigênio favorece a formação de radicais livres de longa duração, oxidativos, que difundem na célula e ionizam o DNA, fixando o dano na molécula.

(36)

Radiosensibilidade

• O controle local de um dado tumor, se dá em função da quantidade de células clonogênicas existentes quando no início do tratamento.

• Quanto maior o número de células maior será a dose de irradiação necessária para o controle.

• Assim a radiossensibilidade tecidual e a radiocurabilidade tumoral fundamentam a escolha do tratamento radioterápico.

• O índice terapêutico de um plano radioterápico é obtido a partir da probabilidade de lesar os tecidos normais adjacentes e a de curar o tumor.

(37)

Diagnóstico

• Uma vez que o tumor esteja histologicamente diagnosticado e mensurado, é feito um levantamento da história clínica do paciente e um exame físico minucioso que fornecem dados sobre a exposição a agentes cancerígenos, sintomas e sinais clínicos específicos e

inespecíficos etc.

• A seguir o médico escolhe o tipo de terapia que será usado para o tratamento. Dependendo da profundidade do tumor também é

definida a qualidade (fótons ou partículas) da radiação administrada e o equipamento adequado dentre os disponíveis.

(38)

Volume a ser irradiado

O planejamento deve levar em conta a histologia, as vias de

disseminação, os efeitos colaterais, a idade e estado geral do

paciente, o estádio da doença, o prognóstico e os equipamentos

disponíveis.

(39)
(40)

Planejamento Radioterápico

• O planejamento de radioterapias apresenta muitas variáveis que dependem de cada caso clínico.

• Quando aplicada com finalidade exclusiva, todo o volume tumoral e uma determinada quantidade de tecido normal que poderia conter extensão microscópica do tumor é englobado.

• Freqüentemente várias reduções de campos são realizadas até que a dose final sobre o volume tumoral residual seja atingida com uma razoável margem de segurança.

• O aspecto mais importante do planejamento radioterápico é a definição, com precisão, do volume a ser irradiado.

(41)

Como é feito o tratamento?

• A tele terapia é uma modalidade de radioterapia em que a fonte de radiação é externa ao paciente, posicionada a no mínimo 20 cm de sua superfície.

• A escolha da radioterapia depende do tipo de câncer e da profundidade em que se encontra o tumor.

• A área de tratamento é marcada antes do início da radioterapia, o que é chamado de planejamento.

• Cada aplicação dura alguns minutos.

• Um técnico, através de um circuito de televisão sempre observa o paciente, e pode ouvi-lo através de um alto-falante.

• O paciente durante o tratamento não sente dor, pois a radiação não é sentida nem ouvida.

(42)

Como é feito o tratamento?

A aplicação do tratamento pode ser externa ou interna.

A aplicação de radiação por via interna também é chamada de

braquiterapia.

A forma mais usada de tratamento é a radioterapia externa ou

teleterapia.

(43)

Radioterapia Externa ou Teleterapia

Equipamentos de Teleterapia

Aceleradores lineares podem emitir, além de raios-X, feixes de elétrons com várias energias.

• Esta versatilidade é de extrema importância pois permite a realização de múltiplos tratamentos utilizando apenas um equipamento.

(44)

Radioterapia Externa ou Teleterapia

Fonte de elétrons. Alvo.

Feixe de elétrons ou fótons.

Mesa de tratamento.

(45)

Colimadores

Colimador é um dispositivo construído a partir de um material que absorve radiação.

O colimador é usado para direcionar e suavizar feixes de radiação.

• No caso dos aparelhos de radioterapia, com o fim de proporcionar uma dosagem radioativa de acordo com a especificação terapia desejada.

• Colimadores são de materiais que absorvem a radiação (geralmente de chumbo), impedindo-a de atingir o paciente.

• As regiões a serem protegidas são desenhadas na radiografia, que serve de referência para a confecção de um molde de isopor que é utilizado para produzir o definitivo em chumbo.

Os aceleradores atuais são constituídos de colimadores primários e multleafs que conformam a região a ser tratada.

(46)
(47)

Dosimetria e Planejamento

Dosimetria: calibração da dose em fantomas de água ou acrílico; determinação

dos fatores de absorção de filtros, blindagens, etc.

Planejamento do Tratamento: identificação da localização do tumor e volumes

de irradiação, seleção do feixe e dos campos de irradiação, determinação da dose, cálculo dos tempos de tratamento e preenchimento das fichas técnicas de tratamento.

Execução do Tratamento: posicionamento do paciente; aplicação das doses

diárias.

Radioproteção: identificação das áreas, avaliação das blindagens,

(48)

Tamanho do Campo

• Feito o diagnóstico e escolhida a terapia e a qualidade da

radiação, determina-se o campo de irradiação, a área da superfície do paciente que se pretende irradiar.

• A escolha do tamanho do campo depende da dimensão do tumor e do volume a ser irradiado.

• O volume alvo é o volume de tecido que engloba o tumor com uma certa margem de segurança definida pelo médico.

• A seguir, faz-se a prescrição da dose e do fracionamento. A dose e o fracionamento dependem de vários fatores (tamanho do tumor, região anatômica, histologia etc

(49)

A Figura representa um paciente tratado em SAD com o tamanho de campo definido na profundidade.“Source Axis Distance”, representa a distância da fonte de radiação até o eixo de rotação do aparelho, que é denominada DFE (Distância Fonte Eixo).

(50)

Simulação p/ tratamento

• Para planejamentos baseados em tomografia computadorizada ou ressonância magnética a dose a ser administrada, a qualidade da radiação e o tipo de equipamento a ser utilizado, a região e o tamanho do campo de irradiação são definidas após o diagnóstico por imagem.

• Procede-se na pele do paciente, uma marcação (tatuagem) preliminar da área a ser irradiada.

• Para planejamentos baseados em radiografias o paciente é levado a um simulador (máquina de raios-X de diagnóstico com as mesmas características do aparelho de terapia) e radiografado exatamente na posição em que será tratado. A partir da radiografia é feita a marcação definitiva do local a ser irradiado.

(51)

O Tratamento em SAD

(Source Axis Distance)

• O tratamento em SAD é sempre preferido quando o objetivo é utilizar campos opostos de tratamento, por oferecer vantagens técnicas:

• O paciente permanece imóvel durante as aplicações, o que minimiza erros, alteração de contorno e melhora a reprodutibilidade do tratamento.

• Ao tratar o campo oposto, o técnico não precisa conferir distância nem pontos de referências na pele, agilizando desta maneira os tratamentos.

(52)

O Tratamento em SAD X SSD

• SSD “(Source Skin Distance) representa a distância da fonte de radiação até a pele do paciente. Este termo, embora seja representado como DFS, difere do mesmo conceito de DFS (Distância Fonte Eixo) ( utilizado na programação de tratamentos em SAD.

• Nas programações em SSD o tamanho do campo de tratamento é definido na distância padrão dos equipamentos de tratamento.(Ex: SSD com

(53)

Técnicas de Tratamento

.

Campo direto. A região escolhida é irradiada a partir de apenas um campo

de irradiação. É utilizada geralmente para tratamentos superficiais ou para regiões mais profundas desde que a radiação não afete órgãos críticos no seu trajeto até o volume alvo.

Campos paralelos e opostos. O tumor é irradiado a partir de dois campos opostos (180o). É uma técnica empregada, por exemplo, para o

tratamento dos dois terços superiores do esôfago, poupando a medula espinhal, e para os pulmões.

Três campos. Os campos de radiação são dispostos em forma de "Y" ou

"T". Exemplos de utilização desta técnica são para os dois terços inferiores do esôfago, visando minimizar ao máximo o efeito sobre o tecido pulmonar normal dentro do volume irradiado, e para poupar a medula espinhal em terapias na região da medula.

(54)

Técnicas de Tratamento

Esquema de tratamanto do esôfago com três campos em Y com feixe de raios-X obtido com um acelerador linear de 6 MeV. Os campos anterior, direito e

póstero-esquerdo têm todos 5 cm x 15 cm, peso 1,

distância foco-superfície de 100 cm e separação de 120 graus. Estão inclusas correções para a região pulmonar.

(55)

Técnicas de Tratamento

Figura ilustrando a região cérvico-facial direita, a ser irradiada num tratamento com acelerador linear .

(56)

Técnicas de Tratamento

Fracionamento

• São aplicadas pequenas doses diárias até que a dose total calculada para o tratamento seja atingida.

• A aplicação da radiação em frações diárias baseia-se nos chamados "5 R´s" da radiobiologia: reoxigenação, redistribuição, recrutamento, repopulação e regeneração, fatores que influenciam na radiossensibilidade celular e na recuperação do tecido sadio.

(57)

Braquiterapia

(da palavra grega brachys, que significa "curta distância“)

Também conhecida por radioterapia interna, radioterapia de fonte selada,

curieterapia ou endocurieterapia.

É uma forma de radioterapia em que se coloca uma fonte de radiação dentro de, ou junto à área que necessita de tratamento.

A braquiterapia é utilizada normalmente como tratamento eficaz contra tumores do colo uterino, da próstata da mama e da pele podendo também ser utilizada no tratamento de tumores em diversas outras áreas do corpo.

A braquiterapia pode ser utilizada independentemente ou em combinação com outras terapêuticas, como a cirurgia, Radioterapia de Raios Externos (EBRT, External Beam Radiotherapy) e quimioterapia.

(58)

A Técnica de Braquiterapia

• A braquiterapia prostática, por vezes também chamada radioterapia intersticial, é uma forma muito eficaz de terapêutica do câncer da próstata, especialmente indicada quando o PSA é baixo, o grau de "malignidade" Gleason é inferior a 6 e quando o tumor se encontra integralmente localizado no interior do órgão. Se isso acontecer, a eficácia do tratamento é semelhante à da cirurgia radical, com algumas vantagens.

• No caso de tumores mais agressivos, com PSA ou Gleason mais elevados, há quase sempre necessidade de fazer uma terapêutica complementar com radioterapia externa que abranja a região envolvente da próstata.

(59)

A Técnica de Braquiterapia

• A técnica da braquiterapia processa-se através da implantação de "sementes" radioativas no interior da próstata. Cada semente tem um campo de ação muito limitado, mas o conjunto de cerca de 50 a 80 sementes implantadas cobre todo o interior da próstata e que produz o efeito terapêutico pretendido.

• As sementes são implantadas sob anestesia geral e o doente tem alta no dia seguinte, podendo regressar rapidamente à sua atividade normal. As sementes atuam durante um periodo de cerca de três meses, perdendo progressivamente atividade.

(60)
(61)

Esquema de incisão das sementes

radioativas - Braquiterapia

(62)

Monitoramento da implantação das

sementes na área tumoral

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(64)

Tempo de Duração do Tratamento

• O tratamento é planejado, entre outros aspectos, de acordo com o tipo de tumor e o estágio da doença.

• As aplicações geralmente são diárias, obedecendo aos intervalos programados pelo médico.

• Durante o período de tratamento é feito um acompanhamento das reações do organismo ao tratamento.

• A maneira de o organismo reagir é um dos fatores importantes na determinação da duração do tratamento.

• A duração desse tratamento pode depender, entre outras coisas, da resposta do tumor às aplicações.

(65)

Riscos da Radioterapia

• Como qualquer tratamento, o uso da radioterapia pode apresentar

riscos.

• As altas doses de radiação, que destroem o tumor, podem atingir

também os tecidos normais, causando os efeitos colaterais (dentre

os mais graves, a imunossupressão).

• Assim, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais mais

severos enquanto outros podem mesmo não apresentar sintoma

algum.

(66)

Grupo de Pesquisa NRI

Simulações e planejamento em radioterapia

Dosimetria experimental em fantomas

(67)

Grupo de Pesquisa NRI

Linhas de Pesquisa de radiobiologia (em andamento)

Avaliação de viabilidade celular em função da dose e taxa de dose

(fornece suporte para planejamento de doses em pacientes).

Estudos de radiossensibilidade e radioresistência (avaliação

comparativa considerando dose, taxas de dose), e receptores

celulares.

Avaliação e monitoramento de do sistema imunológico durante o

tratamento in vivo e in vitro) – Aspectos de imunossupressão.

Estudo de doses versus respostas de efeitos clínicos.

(68)
(69)

Referências

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