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APRESENTAÇÃO DO I VOLUME DA «SABEDORIA ETERNA» DE ARTURO REGHINI SÃO PAULO 8 DE JUNHO DE 2017

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APRESENTAÇÃO DO I° VOLUME DA

«SABEDORIA ETERNA» DE ARTURO

REGHINI

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Boa noite a todos.

Eu acho que muitos irmãos desta respeitável loja que esta noite hospeda a minha apresentação e que agradeço, conheçam as obras de René Guénon traduzidas para o português.

Agora a editora Devir, publicando o primeiro volume de Reghini traduzido para o português preencheu uma grande lacuna permitindo assim a leitura da obra de um

escritor que na Itália foi o intérprete mais fiel e atento da tradição maçônica e da escola pitagórica que já naquela época eram submetidas a um perigoso e terrível processo de involução operado pelos agentes da contra-iniciação.

Apesar de tudo Reghini deu a sua importante contribuição ao renascimento dos grandes valores do espírito e da sabedoria tradicional.

Mas Arturo Reghini além de ser um bom escritor era também um orador culto e sugestivo, era principalmente um homem gentil, e digo gentil querendo dar a esta

palavra o antigo sentido etimológico, porque assim terei a absoluta certeza de prestar a justa homenagem a este extraordinário mestre e autor.

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A imagem que vemos é a capa do livro de Arturo Reghini sobre o qual eu falarei hoje. E’ uma obra em três volumes publicada pela Editora Devir de São Paulo: o I° volume trata esclusivamente dos escritos de Reghini sobre a Maçonaria, o II° de pitagorismo, hermetismo e magia e o III° fala sobre a vida e a obra de

Enrico Cornelio Agrippa.

O percurso de Arturo Reghini na Maçonaria foi dos mais acidentados; desenvolveu-se em um período no qual a Ordem Maçônica na Itália viveu momentos de grande euforia e sofreu a mais terrível das derrotas na sua história: ser classificada como uma sociedade

secreta e, consequentemente, declarada ilegal pelo governo fascista, com base nas leis promulgadas em 1925.

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ARTURO REGHINI NASCEU EM FLORENÇA EM 1878 E FALECEU EM BUDRIO PERTO DE BOLONHA EM 1946

REGHINI FOI UM GRANDE MAÇOM E UM GRANDE

PITAGÓRICO QUE MARCOU COM A SUA PRESENÇA E COM A SUA SABEDORIA A VIDA INTELECTUAL E ESOTÉRICA DA ITÁLIA NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX.

COLABOROU COM IMPORTANTES JORNAIS, FUNDOU AS REVISTAS ATANOR E IGNIS E FOI CO-FUNDADOR DA

REVISTA UR EXPRESSÃO DE UM GRUPO DE ESTUDIOSOS E DE ESOTERISTAS DO MAIS ALTO NÍVEL.

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O seu discípulo Giulio Parise, que podemos ver nesta fotografia escreveu em 1946 uma biografia de Arturo Reghini inserida no I° Volume.

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Em 1896, Reghini conheceu a senhora Isabel Cooper Oakley, enviada na Itália por Helena Petrovna Blawatsky; com ela e outros Reghini fundou, em 1898, a sede italiana da Sociedade Teosófica, onde participou com inúmeras conferências.

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Em 1902, em Palermo, foi iniciado na Loja “I Rigeneratori”, do Rito A. e P. de Memphis e Mizraim.

O antigo Rito de Memphis, fundado por Marconis de Nègre, uniu-se ao Rito de Mizraim em Nápoles, em 1890, por obra de Giovan Battista Pessina e sob a proteção do Grão

Mestre da Ordem Maçônica,

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Em 1903, filiou-se na Loja “Michele di Lando”, na dependência do Grande Oriente Italiano.

A Loja “Michele di Lando” desfez-se e reconstituiu-se, em 1905, com o nome de “Lucifero”, e Artuto Reghini foi um dos fundadores.

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Em 1913 funda juntamente com o seu Mestre Amedeo Armentano e Eduardo Frosini o Rito Filosófico Italiano.

O Rito Filosófico, além do conteúdo iniciático, teve como objetivo a fusão, em um único organismo, das várias maçonarias italianas, para realizar, em um primeiro momento, através de um sistema federativo com o Rito Escocês, o Rito Oriental Antigo e

Primitivo de Memphis e Mizraim e o Rito Martinista, uma Ordem

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Na Foto: Eduardo Frosini, florentino, Grão Mestre do Rito Filosófico Italiano.

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Amedeo Armentano, Grande Pontífice, Grande Conservador da Ordem; nasceu em Scalea no dia 6 de fevereiro de 1886 e morreu em São Paulo no dia 14 de

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Uma breve apresentação de Amedeo Armentano Mestre de Arturo Reghini escrita na lápide colocada no ingresso da Torre Talao no Município de Scalea para recordar os 30 anos da sua morte:

AMEDEO ROCCO ARMENTANO

NASCEU EM SCALEA NO DIA 6 DE FEVEREIRO DE 1886 FILHO DE GIUSEPPE ARMENTANO E MARIA ALARIO MORTO EM SÃO PAULO NO DIA 14 DE SETEMBRO DE 1966

DOUTOR EM CIÊNCIAS HERMÉTICAS FILÓSOFO

ENTRE OS SEUS ESCRITOS DISTINGUEM-SE AS “MÁXIMAS DE CIÊNCIA INICIÁTICA”

CONTINUADOR INCÓGNITO DA ESCOLA ITÁLICA COM SEDE NA TORRE TALAO

UM DOS FUNDADORES DO RITO FILOSÓFICO ITALIANO MUSICISTA

ENTRE AS SUAS OBRAS MUSICAIS TINHA PREFERÊNCIA PELO

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Agora eu gostaria de fazer uma homenagem a esta respeitável Loja que leva o nome de

René Guénon, lembrando que entre Reghini e Guénon existia uma amizade fraterna.

Reghini também tem o mérito de ter

traduzido pela primeira vez na Itália obras muito importantes de Guénon como "Le roi du monde" e “L’esoterisme de Dante”.

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René Guénon considerava o Rito Filosófico a base do renascimento iniciático e maçônico na Itália e deu notícias sobre ele neste

documento manuscrito cujo original está conservado no arquivo histórico do Mestre Armentano.

Neste precioso documento (escrito em parte com o alfabeto maçônico) René Guénon comunica a todas as potências maçônicas com as quais mantinha

relação, que o Supremo Conselho com sede em Paris reconhece como regular o Rito Filosófico Italiano

com sede em Florença. A reprodução deste

documento e da circular que o acompanha pode ser lida no livro “Storia del RFI e dell’O.O.A. e P. de

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O diploma do Rito Filosófico Italiano

rigorosamente preenchido em latim com todos os símbolos da Ordem e com as

assinaturas de Ermete Cosentino (nome iniciático de Armentano) e do Princeps Senatus (Reghini).

Este pergaminho era entregue no ato da iniciação.

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As Constituições do Rito Filosófico Italiano redigidas por Arturo

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A árvore genealógica do Rito Filosófico que vocês podem ver aqui mostra algumas

coisas muito importantes:

1. A regularidade iniciática do Rito e da Antiga Ordem de Memphis e Mizraim; 2. A regular sucessão do Rito até hoje por

obra do Mestre Armentano que possuía todos os poderes;

3. A importância de tudo isso porque nos permite suspeitar que os vários ritos de Memphis e Mizraim em circulação são como mínimo irregulares se não pior.

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Em 1921 ARTURO REGHINI transferiu-se para Roma e, após ter sido iniciado no

Supremo Conselho do Rito Escocês com o grau de 33, assume a direção da “Rassegna Massonica” prestigiosa revista inspirada pelo Supremo Conselho que exercia uma grande influência no mundo maçônico na Itália e nos países estrangeiros com forte presença italiana. Algumas cópias desta revista foram encontradas em casas de maçons italianos que moravam no Brasil.

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Em 1922 durante um longo período na Torre Talao, residência do Mestre

Armentano na Calábria, (sobre esta Torre e sobre a sua importância falaremos quando apresentaremos o IIº Volume da presente obra, expondo a iniciação pitagórica de Reghini) escreve “Le parole sacre e de passo e il massimo mistero massonico” uma obra fundamental para o

conhecimento da tradição iniciática maçônica que deve ser procurado na tradição egípcia e itálico-pitagórica. .

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O volume que etou apresentando é constituído por 9 capítulos, todos importantes, mas eu falarei brevemente somente sobre alguns deles com o objetivo de ilustrar a ùvisão esotérico-maçônica do Autor.

Capítulo I -A maçonaria como fator intelectual Capítulo II - A tragédia do Templo

Capítulo III - As bases espirituais da Maçonaria

Capítulo IV - Sobre a origem do simbolismo maçônico Capitulo V - Maçonaria e cristianismo

Capítulo VI - Primeiros contatos entre Hermetismo e Maçonaria

Capítulo VII - O Santo Império

Capítulo VIII - Considerações sobre o ritual do aprendiz pedreiro-livre

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Na imagem podemos ver Jacques de Molay, último Grão Mestre dos Templários. Escreve Reghini na “Tragédia do Templo”:

A Maçonaria e as numerosas ordens templárias hoje existentes são os herdeiros históricos,

exteriores da Ordem do Templo. Mas a

continuação interior, espiritual, não parece enfim associada a esta exterior derivação.

Todavia, a herança templária não pode ter sido perdida.

Aqueles que conhecem a imaterial indestrutível natureza dos seres veem, na perpetuidade

puramente espiritual das individualidades, a base e a prova de uma herança real; e quando esta existe, não é senão um problema de tempo e de contingências ver-se a sua inexorável

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Escreve Reghini no capítulo: SOBRE A ORIGEM DO SIMBOLISMO MAÇÔNICO:

“O simbolismo maçônico, além de

elementos pitagóricos e bíblicos, é rico de elementos e derivações variadas e

complexas, cristãs, cabalísticas,

herméticas, eleusinas, alquímicas etc.

Queremos aqui limitar-nos ao simbolismo que usa os instrumentos, os materiais e os atos da edificação material como símbolos da espiritual.”

Reghini dava particular importância ao simbolismo pitagórico, hermético,

cabalístico, maçônico e portanto para ser um bom maçom ocorreria conhecer bem estes símbolos, as suas origens e os seus significados.

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D.M.S. significa em latim Dis Manibus Sacrum e quer dizer O querido pelos deuses familiares da Roma Sagrada.

N.H. Nobil Homo em latim: significa Homem Nobre. Pithagoricus em latim, significa Pitagórico.

Latomusque insignis: se traduz literalmente do latim

quebrador de pedras, pedreiro, mas na linguagem esotérica e simbolica significa maçom ilustre.

Natus Florentiae; nascido em Florença no ano de 1878.

Obiit Butrii: sepelido em Budrio nelle Kalende (que significa no primeiro dia) de julho de 1946.

Logo depois podem ser vistos os seguinte símbolos:

Símbolos geométricos porque a Geometria era uma das artes sublimes dos Mestres Maçons.

A Tetractis pitagórica símbolo da Escola Itálica fundada por Pitágoras na Magna Grécia e refundada por Reghini em 1923 depois de ter sido iniciado nesta Escola por Amedeo

Armentano.

O Tripé délfico símbolo dos Mistérios Antigos.

A régua, o esquadro e o compasso, instrumentos conhecidos pela arte maçônica, símbolos dos antigos maçons.

E enfim a frase em latim: Sodalis curaverunt que significa: Os companheiros ocuparam-se desta lápide.

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