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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE PROGRAMA PILOTO PARA A PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS BRASILEIRAS PPG-7

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

PROGRAMA PILOTO PARA A PROTEÇÃO DAS FLORESTAS TROPICAIS BRASILEIRAS – PPG-7

PROJETO CORREDORES ECOLÓGICOS Corredor Central da Mata Atlântica

TOR No 40 C

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA PESSOA JURÍDICA PARA ELABORAR O PLANO DE MANEJO

DO PARQUE NACIONAL DESCOBRIMENTO

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE DIRETORIA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA PESSOA JURÍDICA PARA ELABORAR O PLANO DE MANEJO

DO PARQUE NACIONAL DESCOBRIMENTO

_______________________________________________________________ I. CONTEXTO

O Parque Nacional Descobrimento (PND), Unidade de Conservação de Proteção Integral, foi criado pelo Decreto s/n de 20.04.1999. Situa-se na Região Nordeste do Brasil, na porção sul do Estado da Bahia, município de Prado, nas coordenadas geográficas 043852 e 8108609 UTM. Possui área aproximada de 21.129 ha e 157 Km de perímetro recoberta por vegetação classificada como Floresta Ombrófila Densa, implantada sobre tabuleiros costeiros em altitude de cerca de 100 m.s.m.

Apresenta um maciço florestal imponente distribuído em diferentes estratos, com altura variável de 25 a 30 metros. O estrato arbóreo é constituído por indivíduos de grande porte e característicos da Mata Atlântica em estágio avançado de regeneração. O parque é considerado pela UNESCO como Zona Núcleo da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica e Sítio do Patrimônio Mundial Natural.

Em razão da extração seletiva e ilegal de madeira, algumas espécies com certo grau de endemismo e alto valor comercial para o fabrico de móveis, esquadrias e artesanato encontram-se seriamente ameaçadas de extinção, como arruda (Swartzia sp.) e o parajú (Manilkara sp.).

Quanto à fauna, estudos preliminares sobre aves e mamíferos detectaram a presença de 244 espécies de aves, sendo 43 delas endêmicas ao Bioma Mata Atlântica e ameaçadas de extinção, ressaltando-se dentre elas o papagaio Chauá (Amazona rodocorytha) e o Gavião Real (Harpya harpya).

A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, que institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza, SNUC, no seu Art. 11º estabelece como objetivo do parque nacional:

“A preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico”.

O art. 27, § 1 da referida Lei, determina que as Unidades de Conservação de proteção integral devem dispor de um Plano de Manejo e define este instrumento em seu Art. 2º, como:

“Documento técnico mediante o qual, com fundamentos nos objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade”.

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O Decreto nº 4.340, de 22 de agosto de 2002, que regulamenta alguns artigos da referida Lei, mais precisamente no art. 14, atribui aos órgãos executores do SNUC a obrigação de estabelecer roteiro metodológico específico para a elaboração de plano de manejo de unidades de conservação.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) possui um Roteiro Metodológico de Planejamento – Parques Nacional, Reserva Biológica e Estação Ecológica. Entretanto, reconhecendo o Roteiro como uma orientação para realização do trabalho e não uma regra, o presente termo de referência foi elaborado seguindo suas diretrizes, contudo sem adotá-lo como metodologia estrita.

II. JUSTIFICATIVA

O planejamento ordenado das ações a serem implementadas em uma UC é fundamental para garantir a preservação dos recursos naturais nela existentes e a consecução dos benefícios indiretos de ordem ecológica, econômica, científica e social dela advindos.

A Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral/Bioma Mata Atlântica e Pampa do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade tem a responsabilidade de elaboração e revisão de Planos de Manejos para as Unidades de Conservação.

Embora a atribuição de elaboração do Plano de Manejo esteja sob a responsabilidade da Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral/Bioma Mata Atlântica, na atualidade há dificuldades em se executar todas as atividades para a elaboração do Plano em função do reduzido quadro de pessoal.

Portanto, faz-se necessária a contratação de serviços de consultoria para a elaboração do plano de manejo, assim permitindo que a Instituição cumpra com o objetivo de dotar as unidades de conservação, em nível federal, de um plano de manejo. Este plano, objeto do presente Termo de Referência, deverá responder a questões e propor medidas que possam contribuir para a implantação de uma gestão que seja eficiente e eficaz, sustentável e participativa.

Diante disso, o Projeto Corredores Ecológicos/MMA, por meio do Fundo de Estudos do Contrato de Consultoria MMA/GFA, apoiará a elaboração do Plano de Manejo do Parque Nacional do Descobrimento.

III. OBJETIVO

O objetivo desse termo de referência é a contratação de serviço de consultoria para elaborar o Plano de Manejo do PARQUE NACIONAL DESCOBRIMENTO, com ênfase na definição de diretrizes, prioridades e procedimentos operacionais que assegurem as ações de gestão e manejo e o cumprimento dos objetivos de criação da referida unidade de conservação.

IV. ABRANGÊNCIA

O trabalho deverá alcançar toda a área do PARQUE NACIONAL DESCOBRIMENTO e área do entorno, considerando-se as definições contidas no “Roteiro Metodológico de Planejamento – Parques Nacionais, Reservas Biológicas e Estações Ecológicas” (IBAMA, 2002). A área de entorno abrange as bacias hidrográficas dos Rios Cahy,

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Imbassuaba, Japara Grande e Mirim, e do Peixe, incluindo o município de Prado/BA. Contudo, a área de entorno será confirmada por ocasião dos trabalhos de campo e em conformidade com as orientações das equipes técnicas da Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral/Bioma Mata Atlântica e Pampa e do Parque Nacional do Descobrimento.

Na unidade de conservação e seu entorno deverão ser realizados os estudos necessários para a caracterização da área quanto aos fatores abióticos, bióticos e antrópicos visando o conhecimento de sua dinâmica atual e tendências. Todos os estudos deverão ser desenvolvidos visando o estabelecimento de estratégias de manejo e gestão para a área.

V. ETAPAS DE ELABORAÇÃO

Para a elaboração do plano de manejo a contratada deverá selecionar especialistas de reconhecida competência em planejamento e gestão de unidades de conservação. A contratada deverá organizar os trabalhos mediante a formação de uma equipe multidisciplinar contando com experiência comprovada em ciências gerenciais, ciências naturais e em ciências sociais.

A contratada deverá providenciar a solicitação de licenças de pesquisa, que se fizerem necessárias realizar para dar suporte à elaboração do plano de manejo, junto ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, seguindo as orientações e determinações da Instrução Normativa 154/07 do ICMBIO..

Todas as atividades que compõem a elaboração do plano de manejo serão acompanhadas pela Equipe de Supervisão e Acompanhamento composta por 02 técnicos do Parque Nacional do Descobrimento, 02 membros representantes do Conselho Consultivo do referido parque, 02 técnicos da DIREP/ICMBio e 01 técnico da Unidade de Coordenação Estadual (UCE-BA) do Projeto Corredores Ecológicos.

A estratégia fundamental para a execução das atividades objeto da consultoria é o envolvimento efetivo do conselho gestor do parque e das populações locais para a obtenção da participação social na elaboração do plano de manejo da unidade

A elaboração do Plano de Manejo seguirá as seguintes etapas:

1ª Etapa: 1ª Reunião Técnica: organização dos trabalhos e reconhecimento de campo

2ª Etapa: Oficinas de Planejamento: início do Diagnóstico

3ª Etapa: Levantamentos de campo e elaboração dos estudos temáticos

4ª Etapa: Oficina com pesquisadores, para elaboração da proposta para o zoneamento e propostas de manejo

5ª Etapa: Elaboração do diagnóstico integrado do parque e entorno

6ª Etapa: Oficina de Planejamento: discussão do zoneamento e planejamento 7ª Etapa: 2ª Reunião Técnica: Estruturação do Planejamento

8ª Etapa: Consolidação, entrega e aprovação do Plano de Manejo 9ª Etapa: Apresentação de Plano de Manejo

1ª Etapa: 1ª Reunião Técnica: organização dos trabalhos e reconhecimento de campo

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1.1. Atividades:

• Realizar levantamento e compilação dos dados bibliográficos, cartográficos e fotogramétricos existentes sobre a Unidade de Conservação-UC e sua Região, que sejam relevantes para o seu planejamento e manejo.

• Elaborar mapa base, contendo os seguintes temas: hidrografia, sistema viário, limites municipais, localidades, limites das UC’s federais, estaduais ou municipais inseridas na Região do Parque e informações sobre propriedades rurais vizinhas.

• Reunião de nivelamento sobre o escopo e áreas de enfoque dos trabalhos a serem realizados e chegar a um entendimento comum deste termo de referência, considerando as demandas do Parque Nacional do Descobrimento, quanto ao gerenciamento e manejo, e dos interesses sociais locais. Nesta reunião estarão presentes as equipes de acompanhamento e supervisão do plano de manejo, e consultores contratados. Pauta a ser trabalhada:

o Apresentação e discussão da metodologia de planejamento e do formato de apresentação do PM;

o Definição das atividades e o cronograma de execução físico e financeiro – esboço do Plano de Trabalho;

o Discussão sobre a realidade do Parque e seu entorno;

o Confirmação das áreas temáticas e dos estudos específicos a serem realizados, bem como suas metodologias.

• Em seguida, será realizado o reconhecimento de campo, que possibilitará tomar contato com a realidade local.

• Articulação política e institucional: organizar e realizar visitas aos prefeitos e/ou representantes das Prefeituras dos municípios adjacentes à unidade de conservação, outros órgãos públicos de interesse, instituições não governamentais, comunidade científica, setor produtivo e comunidades envolvidas para informar sobre a elaboração do Plano de Manejo, e identificar potenciais participantes para participação nas oficinas;

• Realizar reuniões com as 16 comunidades do entorno do PND para levantamento das informações necessárias para a caracterização da realidade do Parque e entorno. Nestas reuniões serão definidos no máximo 10 representantes por comunidade que participarão das oficinas de planejamento, previstas na 2ª etapa.

• Definição da logística para a realização das Oficinas de Planejamento. 1.2. Produtos:

• Plano de Trabalho contendo os resultados da 1ª Reunião Técnica indicando as atividades, cronograma físico e financeiro.

• Áreas temáticas e estudos específicos definidos.

• Índice preliminar de conteúdo do Plano de Manejo definido.

• Mapas temáticos, escalas, unidade de mapeamento mínima e legendas definidos.

• Relatório das reuniões abertas com as 16 comunidades. 1.3. Estratégia de execução

 Para a Reunião Técnica inicial a contratada deverá providenciar mapas (escala 1:25.000) e imagens de satélites, bem como informações existentes sobre a UC e seu entorno.

 Nas reuniões com as 16 comunidades deverão ser utilizados métodos e técnicas participativos como descritos na publicação “Participação Comunitária no Manejo de Unidades de Conservação: manual de técnicas e ferramentas” de autoria de

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Maria Auxiliadora Drumond, anexo a este edital. Esta atividade deve ser realizada nas próprias comunidades, com duração aproximada de 4 (quatro) horas, após agendamento prévio dos encontros. Deverá contar com a ajuda de um mobilizador local da comunidade para a divulgação.

 Os levantamentos ecológicos devem ser planejados de forma direcionada e coordenada, e utilizar ferramentas como a Avaliação Ecológica Rápida (AER) ou outras metodologias acordadas no plano de trabalho. Antes de efetuar os levantamentos de campo, as unidades amostrais devem ser selecionadas a partir da classificação/interpretação das comunidades naturais do Parque em imagens de satélite ou fotos aéreas para garantir uma boa representatividade. A localização de pontos amostrais deve ser discutida entre os pesquisadores das diferentes disciplinas, buscando direcionar os levantamentos para sítios comuns e facilitando desta forma uma avaliação integrada da diversidade e integridade das comunidades naturais existentes. Não haverá necessidade de se abranger aspectos de sazonalidade, sendo que a época para os levantamentos deverá seguir o plano de trabalho acordado na reunião técnica.

2ª etapa: Oficinas de Planejamento: início do Diagnóstico

2.1. Atividades:

• Realizar, a partir da logística definida na etapa anterior, 05 Oficinas de Planejamento, considerando:

o Viabilização da infra-estrutura que atenda a realização da oficina (material de expediente, equipamentos, sala de reuniões, transporte e alimentação para todos os participantes);

o Cada oficina deverá agrupar representantes de três ou quatro comunidades.

o Em cada oficina será definido 01 representante de cada comunidade que participará da oficina de planejamento prevista na etapa 6.

• Sistematização dos resultados da Oficina de Planejamento. 2.2. Produto:

• Relatório das 05 Oficinas de Planejamento. 2.3. Estratégia de Execução

• Deverá ser providenciado para as Oficinas de Planejamento um mapa-base formato A0 que permita a visualização por todos.

• As Oficinas de Planejamento deverão contar com a participação de no máximo 35 pessoas, com duração de 2 (dois) dias tendo um moderador com experiência nas metodologias descritas na publicação “Participação Comunitária no Manejo de Unidades de Conservação: manual de técnicas e ferramentas”.

• As oficinas deverão acontecer em salas localizadas na própria comunidade (escolas, igrejas, salões comunitários). Deverá ser providenciado o transporte, quando necessário, para os participantes pois não estará previsto o pernoite.

• Nessas oficinas devem ser utilizados procedimentos e dinâmicas participativos, conforme descritos na publicação acima referenciada, que possibilitem não só obter informações importantes para a elaboração do diagnóstico, como também proceder à reflexão sob que condições os grupos sociais se inserem na realidade ambiental local. É essa reflexão que possibilitará a participação qualitativa dos grupos de interesse sociais locais na elaboração das ações do parque, por ocasião da oficina de planejamento.

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• A organização das Oficinas de Planejamento deverá ser feita juntamente com a Equipe de Supervisão e Acompanhamento.

• Os subsídios obtidos nas Oficinas de Planejamento deverão ser consolidados e complementados pela contratada, segundo a orientação da equipe de Supervisão e Acompanhamento.

3ª etapa: Levantamentos de campo e elaboração de estudos temáticos

A contratada deverá elaborar os diagnósticos com base nas fontes secundárias e nos levantamentos aqui previstos identificando claramente: pressões e ameaças, problemas e conflitos socioambientais, com recomendações de estratégias e ações para a gestão do parque. Sempre que possível os dados e informações deverão ser georreferenciados.

Os diagnósticos deverão abranger os temas e detalhamentos definidos neste Termo de Referência de acordo com sua aplicabilidade imediata para o planejamento da gestão do parque.

3.1. Diagnóstico Socioambiental do Entorno 3.1.1. Atividades:

O diagnóstico socioambiental do entorno deverá contemplar os seguintes aspectos:

• análise das dinâmicas de ocupação, das causas e das tendências dos movimentos de população, sinalizando alternativas para substituição da pressão sobre os recursos naturais localizados no Parque do Descobrimento;

• caracterização social, econômica e cultural da população;

• análise das condições quanto aos serviços públicos de educação, saúde, saneamento básico, habitação, meios de comunicação, vias de acesso, transporte, rede bancária, turismo, comércio;

• distribuição da população rural e urbana por sexo, faixa etária e grau de escolaridade, relacionando com as condições de educação do município;

• economia regional com identificação e análise das atividades produtivas geradoras de emprego, ocupação e renda associando essas atividades com os movimentos de população; distribuição fundiária dos imóveis rurais; PIB e arrecadação de impostos no município;

• caracterização e análise das atividades produtivas e suas interferências na UC - especialmente as monoculturas de: mamão, maracujá, pimenta-do-reino, eucalipto; e, os produtos do “industrianato” madeireiros - incluindo as atividades em processo de licenciamento ambiental; sinalizando as alternativas para substituição da pressão sobre os recursos naturais localizados no Parque do Descobrimento;

• identificação das atividades produtivas que contribuam para a conservação dos recursos naturais e não apresentam ameaças ao parque com potencial para serem desenvolvidas no entorno da UC e as possibilidades de mercado, face às características da região (esta etapa deverá ser realizada juntamente com a equipe técnica da UC);

• identificação e localização dos tipos de uso dos recursos naturais nas microbacias nas quais o PND se insere, em especial os recursos hídricos;

• mapeamento dos tipos de solos das microbacias no entorno da UC: Cahy, Imbassuaba, Peixe, Japara e Japara Grande (com base em dados disponíveis em literatura);

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• levantamento das políticas públicas do poder executivo local (Plano Diretor/políticas públicas setoriais do município), estadual e federal com programas e projetos em ação, analisando suas implicações para o parque (utilização de dados secundários e primários);

• Levantamento dos projetos não governamentais desenvolvidos na região do parque analisando suas implicações para o mesmo (utilização de dados secundários e primários);

• identificação da percepção dos diferentes segmentos das populações locais sobre a UC e entorno, quanto: conseqüências da criação da Unidade de Conservação para as populações locais; percepção, sentimentos e expectativas das populações em relação à Unidade; entendimento do significado e importância da UC e relação com os servidores da Unidade (utilizar dados primários);

• identificação e caracterização dos grupos de interesse social, quanto: localização e tipo da ocupação; formas de organização e lideranças, renda; modo de vida, saberes tradicionais; manifestações culturais e religiosas; áreas utilizadas para práticas religiosas; forma e uso dos recursos naturais e possíveis conflitos decorrentes do uso;

• para cada grupo social serão identificados seus principais interesses e os efeitos gerados pela implementação das ações de manejo do parque. Também, será necessário caracterizar a composição de redes de interesses complementares ou concorrentes, a fim de identificar prováveis alianças ou conflitos, sugerindo medidas para fortalecer as alianças e minimizar os conflitos.

• para as lideranças internas de cada grupo social, caracterizar sua forma de manutenção de poder e sua articulação com outros grupos e lideres, bem como, sua dependência econômica de formas produtivas que exercem pressão sobre o PND.

• identificação de indicadores de gestão participativa junto às comunidades, como ferramenta de aferir sua efetividade.

• identificação e caracterização dos potenciais existentes para a educação ambiental, bem como a infra-estrutura e procedimentos necessários para viabilizar estas atividades;

• Analisar a abrangência das atividades relacionadas a educação ambiental, tais como: número de escolas, público alvo, formas de envolvimento, critérios de avaliação;

• Identificação de patrimônios arqueológicos/culturais e naturais existentes na UC e entorno que mereçam atenção do programa de educação ambiental da UC.

• Identificação de parcerias para as atividades de educação ambiental; 3.1.2. Produto.

• Relatório dos estudos socioambientais 3.1.3. Estratégias de Execução.

A elaboração deste diagnóstico será baseada na aplicação de métodos e técnicas participativos como descritos na publicação “Participação Comunitária no Manejo de Unidades de Conservação: manual de técnicas e ferramentas” de autoria de Maria Auxiliadora Drumond, anexo; complementados por dados primários obtidos por meio de entrevistas e levantamentos locais, bem como por pesquisas bibliográficas.

A aplicação de métodos e técnicas participativos para a abordagem de cada grupo de interesse possibilita o conhecimento sistêmico, rápido e progressivo da realidade, por meio da triangulação das informações geradas, quanto aos aspectos: cultural, político-organizativo, econômico, social e ambiental. Possibilita ainda a reflexão da condição

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do próprio informante, a avaliação do seu papel na modificação do meio ambiente e a mobilização em prol da gestão da área de entorno do parque sob parâmetros mais sustentáveis. Essa reflexão possibilitará a participação qualitativa dos grupos de interesse locais na elaboração das ações do parque, por ocasião da oficina de planejamento.

Para tanto, esta prevista a realização de uma reunião com cada uma das 16 comunidades do entorno (previstas na primeira etapa) e de 05 oficinas de planejamento (previstas na segunda etapa).

O levantamento dos problemas e conflitos vai identificar ou realçar as pressões que o parque está submetido, indicando quais estudos necessitam ser realizados com profundidade e que demandam maior tempo para a sua execução, que se constituirão em ações do plano de manejo do parque. Além disso, durante os trabalhos, deve ser reforçada a importância da participação desses grupos sociais na gestão do PND por meio do seu representante no Conselho, esclarecendo que o papel do representante é fazer a interlocução dos interesses do grupo no processo de tomada de decisão do parque.

3.2. Diagnóstico Ambiental do Parque

O diagnóstico ambiental da UC deve caracterizar a área quanto aos aspectos: biótico, abiótico, uso público e educação ambiental visando o conhecimento de sua dinâmica atual e tendências, tendo em vista fazer apenas levantamentos fundamentais para a imediata aplicação no manejo do parque.

3.2.1. Atividades

Estão indicados abaixo os levantamentos a serem realizados na UC. Vegetação

• Caracterização e distribuição de todas as formações vegetais, relacionando-as com as formações edáficas, através de imagens de satélite, fotos aéreas existentes e trabalhos de campo. Destacar as espécies mais representativas de cada formação. Listar as espécies: ameaçadas de extinção (em especial arruda, Swartzia sp e Palmeira Juçara), raras, bioindicadoras, endêmicas, de importância econômica, invasoras, exóticas e espécies-chave.

• Apresentar em mapa, na escala 1:25.000, para subsidiar o zoneamento do parque. Deverá ser adotada a classificação nacional do IBGE, correlacionando-a com outras classificações;

• Apresentar a localização das espécies ameaçadas de extinção, raras, que podem compor trilhas de visitação, estudos e/ou educação ambiental;

• Identificar épocas de floração e frutificação, assim como mecanismos de polinização e dispersão das espécies que sobressaem nas formações vegetais;

• Análise dos efeitos causados pelas espécies exóticas (fauna e flora) sobre a flora;

• Análise e localização dos tipos de pressão que vêm sendo exercidos sobre as espécies (inclusive fogo);

• Análise dos efeitos de borda decorrentes do formato em polígono do limite do PND;

• Análise do estado de regeneração das áreas degradadas; Fauna (mastofauna, avifauna, herpetofauna, ictiofauna)

• Identificação das espécies existentes na UC, destacando aquelas reconhecidas como endêmicas e exóticas, raras, migratórias, bandeira, ameaçadas de extinção

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bem como aquelas que sofrem pressões decorrentes de alterações ambientais como caça, pesca e pela contaminação dos recursos hídricos;

• Identificação dos habitats preferenciais das espécies-bandeira e indicar o manejo necessário;

• Análise e localização dos tipos de pressão que vêm sendo exercidos sobre as espécies, destacando àquelas preferenciais à caça;

• Análise das razões do desaparecimento de espécies ou diminuição da sua população; indicar reaparecimento de espécies;

• Análise dos efeitos causados pelas espécies exóticas (fauna e flora) sobre a fauna;

• Análise do efeito do fogo sobre a fauna.

• Baseado nos resultados, recomendar ações de manejo à UC e Região de Entorno, bem como os estudos/pesquisas necessários.

Clima

Com dados já disponíveis, apresentar o regime de precipitação, temperaturas, umidade, evapotranspiração, radiação solar e outros dados se forem disponíveis indicando a importância destes para o manejo da UC. Quando existir estação meteorológica próximas, registrar os dados coletados, ainda que não formem série histórica;

Incêndio Florestal

• Histórico da ocorrência de incêndios no parque, indicando as origens e os períodos do ano; descrição dos procedimentos adotados para o combate dos incêndios;

• identificar as áreas estratégicas e as possibilidades de apoio à prevenção e controle dos incêndios;

• sugerir estratégias de manejo para a prevenção e combate aos incêndios; Geologia

Com dados já disponíveis descrever a evolução geológica regional e litologias da região onde se insere o Parque. Identificar sua importância para a UC e apresentar as informações em mapa 1:50.000

Relevo e Geomorfologia

• Descrição da gênese, evolução, tipos de relevo e faixas de altitudes;

• Identificação das condições de susceptibilidade à erosão, com enfoque nas áreas ocupadas pelos índios;

• Mapa topográfico do parque abrangendo a sua região, na escala 1:50.000. Solos

• Caracterização dos solos, abordando os aspectos físicos: textura, estrutura, densidade, permeabilidade, profundidade, porosidade, capacidade de saturação, fragilidade;

• Mapear áreas com indícios de erosão significativa e recomendar medidas de controle e recuperação.

• Indicar locais onde medidas preventivas devem ser implementadas para mitigar/diminuir o impacto do futuro uso público em trilhas e propor indicadores para monitorar o impacto.

• Apresentar as informações em mapa do parque, na escala 1:25.000. Hidrografia / Hidrologia/ Limnologia

• Identificar os principais cursos d’água localizando suas nascentes e indicando as épocas de cheias e vazantes, quantificação da vazão e outras características da sua dinâmica sazonal;

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• Caracterização da integridade dos principais cursos d’água através de bioindicadores;

• Identificação dos lagos naturais e artificiais existentes nas microbacias, avaliando sua importância e estado de conservação;

• Relacionar cachoeiras e/ou pontos de interesse para a visitação, avaliando seus impactos por meio de efeitos evidentes.

• Apresentar as informações em mapa do parque, na escala 1:25.000. Infra-estrutura

• Identificação e mapeamento das trilhas e vias de acesso e de circulação interna de apoio à proteção do parque;

• Análise da adequabilidade da infra-estrutura existente (edificações, estradas, pontes) no parque.

Situação fundiária

• Descrever com base em informações existentes a situação fundiária do parque e indicando os confrontantes em mapa esquemático.

Uso Público

• Identificação e análise dos locais atrativos, onde as atividades de uso público podem ser exercidas dentro e fora do parque;

• Identificação das atividades de visitação e recreação que podem ser desenvolvidas;

• Definição de indicadores para avaliação de impacto da visitação sobre os recursos naturais;

• Identificação e mapeamento das trilhas, vias de acesso e de circulação interna de apoio ao uso público;

• Identificação da potencialidade para a formação de guias turísticos na região

• Indicar os programas de turismo local, regional ou nacional que poderão ser associados com a visitação no parque;

3.2.2. Produtos

• Relatórios dos estudos temáticos e de uso público.

• Relatório de consolidação dos estudos temáticos. 3.2.3. Estratégias de Execução.

 Como previsto no Roteiro Metodológico de Planejamento, os trabalhos de campo deverão adotar uma das metodologias de levantamentos ambientais expeditos, para o que poderá ser utilizada aquela denominada Avaliação Ecológica Rápida (AER). Como parte desse tipo de metodologia, todos os pesquisadores têm que estar no campo ao mesmo tempo e trabalhar nos mesmos sítios e pontos de coleta. Esse tipo de metodologia requer a figura específica de um coordenador capacitado que, além de coordenar a equipe e os trabalhos de campo, é responsável pela consolidação dos dados da AER. Todos os levantamentos deverão ocorrer em uma única expedição de campo de, no mínimo, vinte dias, portanto, não se pretendendo abranger aspectos de sazonalidade, e sim apenas de periodicidade.

 Os projetos de pesquisa e currículos dos pesquisadores para os levantamentos biológicos devem ser aprovados pela equipe de supervisão do PM;

 Os pesquisadores e profissionais para execução dos projetos de pesquisa devem desejavelmente ter experiência anterior na área geográfica do Parque, preferencialmente na própria UC.

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 Os projetos de pesquisas a serem realizados deverão atender ao disposto na Instrução Normativa 154/07 do IBAMA.

 A infra-estrutura e pessoal do Parque Nacional Descobrimento poderão ser acionados para auxiliar nos trabalhos de campo, de forma a reduzir os custos dos mesmos e também para otimizar a operacionalização e utilização da infra-estrutura.

 A facilitação da troca de informação entre os pesquisadores e profissionais das diferentes disciplinas nesta fase pelo coordenador da equipe de elaboração do plano de manejo será de suma importância para chegar a uma avaliação sistêmica da diversidade, da integridade e do potencial da UC. A elaboração de um modelo sistêmico do parque com seus principais alvos de conservação, as pressões que eles sofrem e as oportunidades que o entorno do parque abre pode ajudar neste processo de identificar intervenções repressivas ou fomentadoras da gerência do Parque.

 As informações pontuais deverão ser georreferenciadas para permitir sua espacialização. A equipe do Parque deverá sempre que possível participar das atividades de levantamentos e processamento, a fim de permitir a replicação das metodologias para fins de monitoramento e avaliações futuras da UC.

 Os pesquisadores farão uma síntese dos relatórios temáticos com linguagem acessível para ser apresentado à comunidade. O propósito deste procedimento é difundir o conhecimento produzido pelos estudos temáticos e criar um ambiente favorável à discussão e reflexão desse conhecimento pela comunidade.

3.3. Diagnóstico Organizacional do Parque 3.3.1. Atividades:

• Levantamento da estrutura atual, identificando os possíveis entraves para o planejamento e gestão do parque; análise dos procedimentos operacionais e de tomada de decisão; fluxo dos expedientes administrativos, apontando falhas, entraves e procedimentos eficientes para a tramitação dos processos e execução das atividades de gestão do parque;

• Análise da adequabilidade da equipe técnica do parque, sob o ponto de vista quantitativo e qualitativo, identificar as necessidades de aprimoramento profissional, avaliar o clima organizacional, a motivação das pessoas e o compromisso organizacional, identificar formas de criatividade e inovação, identificar necessidades de complementação do quadro de pessoal de formações específicas.

3.3.2. Produto

Relatório dos estudos organizacionais do parque. 3.3.3. Estratégia de Execução

Reuniões com servidores e funcionários do parque.

4ª etapa: Oficina com pesquisadores.

Será realizada uma oficina técnica com a equipe de acompanhamento e supervisão do plano, equipe contratada e pesquisadores convidados com duração de dois dias. O objetivo principal da oficina é estabelecer o zoneamento da UC e a zona de amortecimento preliminares, que serão feitos com base no documento “Roteiro Metodológico de Planejamento: parques nacionais, reservas biológicas e estações ecológicas” (IBAMA, 2002).

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4.1. Atividades

• Apresentar resumo dos estudos temáticos

• Apresentação de estudos realizados pelos pesquisadores convidados

• Propor os objetivos específicos da UC;

• Propor o zoneamento da UC e delimitação da Zona de Amortecimento (ZA);

• Propor as Áreas Estratégicas Internas e Externas,

• Propor as diretrizes gerais de manejo; 4.2. Produtos

• Relatório da Oficina com pesquisadores, contendo:

 Objetivos específicos da UC definidos preliminarmente;  Zoneamento delineado preliminarmente;

 Zona de Amortecimento definida preliminarmente;  Possíveis Corredores ecológicos do entorno mapeados;  Áreas estratégicas internas e externas definidas;

 Propostas de ações de manejo. 4.3. Estratégia de Execução

• Deverão ser identificados os pesquisadores que já realizaram pesquisas importantes para a UC e a lista dos convidados deverá ser aprovada pela Equipe de Supervisão e Acompanhamento do plano de manejo.

• A contratada deverá ter sistematizado todas as propostas de manejo já feitas (equipe contratada, comunidades) em uma tabela por áreas temáticas.

• A base cartográfica e a organização das informações deverão estar prontas.

• O local da oficina deverá ser no município Porto Seguro e terá uma duração de 2 (dois) dias. Poderá ser moderada pelo coordenador da AER ou pelo coordenador técnico da empresa contratada. Deverá ser providenciada, pela contratada, a hospedagem, alimentação e transporte para no máximo 20 (vinte) pessoas.

• A apresentação dos pesquisadores acerca dos resultados obtidos durante os levantamentos de campo será direcionada para o valor da conservação, os riscos e as ameaças para tais valores, bem como as recomendações de manejo, devidamente localizadas no espaço.

5ª etapa: Elaboração do diagnóstico integrado do parque e entorno

Concluída esta fase, será gerado o documento denominado “Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento”.

5.1. Atividades

• Elaboração do documento Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento estruturado da seguinte forma:

 Contextualização do parque: ficha técnica do parque, motivo e objetivos da criação, importância e situação de inserção no mosaico, no corredor, na região e no bioma mata atlântica

 Diagnóstico Socioambiental do Entorno  Diagnóstico Ambiental

 Diagnóstico Organizacional

• Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento em versão resumida e acessível às comunidades.

5.2. Produto

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5.3. Estratégia de execução

• O diagnóstico deve abordar uma análise transversal dos conhecimentos gerados nos relatórios temáticos. O cruzamento dos dados obtidos possibilita a construção do conhecimento sistêmico do parque e entorno e, possibilita, ainda, a recomendação de ações mais condizentes para a superação dos problemas e conflitos sociais e ambientais identificados, como também para o manejo e conservação dos principais atributos naturais do parque e entorno. Tanto o conhecimento sistêmico quanto as recomendações são elementos basilares para a elaboração do planejamento do parque.

• Todos os diagnósticos devem ser acompanhados de seus respectivos mapas e ilustrações.

6ª etapa: Oficina de Planejamento: discussão do zoneamento e planejamento

O zoneamento constitui um instrumento de ordenamento territorial usado como recurso para atingir melhores resultados no manejo da Unidade, pois estabelece usos diferenciados para cada zona, segundo seus objetivos.

De modo geral, define-se planejamento estratégico como o conjunto de atividades necessárias para determinar as metas (visão) e os métodos (estratégias), e o desdobramento destas metas e métodos. É o processo de decidir a partir de objetivos, e dos recursos utilizados para alcançá-los, as diretrizes que irão nortear a aquisição e o uso desses mesmos recursos.

6.1. Atividades:

Realizar Oficina de Planejamento com os seguintes passos:

• Apresentar sucintamente o que é um Plano de Manejo, as etapas realizadas no processo de elaboração do Plano de Manejo do PND, contextualizando a etapa atual;

• Apresentar resumo do Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento;

• Levantar propostas de zoneamento da UC e delimitação da Zona de Amortecimento (ZA);

• Levantar propostas das Áreas Estratégicas Internas e Externas;

• Levantar propostas para as diretrizes gerais de manejo; 6.2. Produto

Relatório da Oficina apresentando os resultados dos trabalhos realizados. 6.3. Estratégia de Execução

• Nesta oficina estarão presentes a equipe de acompanhamento e supervisão da elaboração do plano de manejo, o Conselho Consultivo do Parque Nacional do Descobrimento, 01 representante de cada uma das 16 comunidades e eventuais parceiros, totalizando 35 pessoas. Será realizada na cidade de Prado/BA, com duração de três dias.

• Como preparação para a participação dos representantes das comunidades identificados na etapa 3, a contratada deverá encaminhar aos participantes desta Oficina, com antecedência mínima de 20 dias, cópia do Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento em versão resumida e acessível às comunidades, elaborado anteriormente.

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• A Oficina de Planejamento deverá contar com um moderador com experiência nas metodologias descritas na publicação “Participação Comunitária no Manejo de Unidades de Conservação: manual de técnicas e ferramentas”;

• Nessas oficinas devem ser utilizados procedimentos e dinâmicas participativos, conforme descritos na publicação acima referenciada, que possibilitem não só obter informações importantes para a elaboração do diagnóstico, como também proceder a reflexão sob que condições os grupos sociais se inserem na realidade ambiental local. É essa reflexão que possibilitará a participação qualitativa dos grupos de interesse sociais locais na elaboração das ações do parque, por ocasião da oficina de planejamento;

• A organização das Oficinas de Planejamento deverá ser feita juntamente com a Equipe de Supervisão e Acompanhamento.

• A contratada deverá viabilizar infra-estrutura que atenda a realização da oficina (material de expediente, equipamentos, mapas, tabelas, sala de reuniões, hospedagem, transporte e alimentação para todos os participantes);

7ª etapa: 2ª Reunião Técnica - Estruturação do Planejamento 7.1. Atividades

Promover reunião com Equipe de Supervisão e Acompanhamento do Plano de Manejo do Parque onde será discutido e definido o conteúdo do Plano de Manejo envolvendo:

• Consolidação do Zoneamento;

• Consolidação dos limites e normas da ZA;

• Definição das áreas estratégicas internas e externas do PND e suas respectivas normas;

• Definição de programas e ações de manejo. 7.2. Produto

Não existe produto específico nesta etapa, pois os resultados da reunião serão consolidados na etapa seguinte.

7.3. Estratégia de Execução:

Esta reunião deverá ser realizada em Prado-BA com duração de 05 (cinco) dias e a contratada deverá viabilizar infra-estrutura que atenda a realização da reunião (material de expediente, equipamentos, mapas, tabelas, sala de reuniões, hospedagem, transporte e alimentação para todos os participantes).

8ª etapa: Consolidação, entrega e aprovação do Plano de Manejo 8.1. Atividades:

• Consolidação de todos os documentos gerados, inclusive os resultados da reunião da 7ª etapa, elaborando o documento denominado Plano de Manejo do Parque Nacional do Descobrimento.

• Apresentar à Equipe de Supervisão e Acompanhamento do PM a versão final do Plano de Manejo do Parque Nacional do Descobrimento e versão resumida.

• Realizar possíveis ajustes ao documento.

• Apresentar o documento final do Plano de Manejo e Versão Resumida. (com seus anexos)

• Aprovação do Plano de Manejo pelo ICMBio. 8.2. Produtos:

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• Plano de Manejo do Parque Nacional do Descobrimento e seus anexos;

• Versão resumida;

8.3. Estratégia de Execução

O produto final deverá constituir-se em um instrumento estratégico e gerencial de trabalho para que a equipe responsável pela administração do Parque conduza suas ações a partir do diagnóstico, planejamento e recomendações para o alcance dos objetivos. Este instrumento deverá direcionar as ações da unidade de conservação, apresentando as seguintes características:

• O processo lógico que leva da análise das informações sobre o Parque à definição de prioridades e diretrizes deverá ser claramente explicitado no documento.

• As recomendações deverão ser aplicáveis, realistas, de utilidade prática e imediata para a equipe de gerenciamento do Parque.

• O documento deverá evitar recomendações vagas ou universalmente apli-cáveis, ou, ainda, recomendações cuja adoção não seja viável dentro do contexto institucional e financeiro existente.

Essencialmente, a versão final do Plano não deverá ser um documento apresentado pelas contratadas aos gestores do Parque, mas sim um documento apresentado pela contratada e os gestores à sociedade civil e aos organismos interessados e/ou partícipes da sua implementação.

9ª etapa: Apresentação de Plano de Manejo 9.1. Atividades

Realizar uma reunião para apresentar a versão final do Plano de Manejo ao Conselho Consultivo do PND e demais atores sociais que se julgar pertinente.

9.2. Produtos

• Plano de Manejo apresentado à sociedade civil.

• Arquivo digital contendo a apresentação do Plano de Manejo. 9.3. Estratégia de Execução

Esta reunião deverá ser realizada em Prado-BA com duração de 4 (quatro) horas e a contratada deverá viabilizar infra-estrutura que atenda a realização da reunião (material de expediente, equipamentos, mapas, tabelas, sala de reuniões, transporte e lanche para todos os participantes).

VI. PRODUTOS E FORMA DE PAGAMENTO

Os pagamentos serão efetuados após entrega e aprovação dos seguintes produtos conforme os percentuais indicados abaixo:

• Plano de Trabalho aprovado – 20%

• Relatório das reuniões com as 16 comunidades, Relatório das 05 Oficinas de Planejamento – 10%

• Relatório dos estudos socioambientais, Relatórios dos estudos temáticos e de uso público, Relatório de consolidação dos estudos temáticos, Relatórios dos estudos organizacionais do parque – 20%

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• Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento e Diagnóstico do Parque Nacional do Descobrimento em versão resumida e acessível às comunidades – 15%

• Relatório da Oficina de Planejamento – 5%

• Plano de Manejo do Parque Nacional do Descobrimento e seus anexos e Versão resumida – 20%

• Apresentação final do Plano de Manejo - 5%

Todas as despesas com passagens aéreas, hospedagem, alimentação e comunicações da equipe contratada deverão ser incluídas neste orçamento.

O ICMBio e o Projeto Corredores Ecológicos arcarão com os custos de deslocamento, hospedagem e alimentação de suas equipes técnicas em todos os eventos que estão previstas a participação das mesmas.

Todos os equipamentos e serviços de terceiros necessários à preparação do trabalho aqui contratado, tais como serviços de digitação, revisão ortográfica, elaboração de mapas temáticos, e outros recursos similares correrão por conta da contratada.

VII. FORMA DE APRESENTAÇÃO

Os produtos deverão ser entregues em 06 (seis) vias impressas e 06 (seis) vias em meio digital (em Compact Disk – CD) gravados em Word for Windows (exceto os mapas que deverão vir para versão em Arc View), 50 (cinqüenta) vias em meio digital em pdf do plano de manejo e sua versão resumida, bem como 100 (cem) cópias impressas da versão resumida.

Deverão ser obedecidas as normas estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com exceção dos mapas, desenhos e gráficos em que poderão ser utilizados outros formatos.

A formatação dos documentos deverá observar as seguintes características:

programa: Word;

• fonte: ARIAL;

• título principal: ARIAL 11, caixa alta, negrito;

• subtítulo: ARIAL 11, caixa alta e baixa, negrito;

• texto: ARIAL 11, justificado;

• páginas numeradas;

• espaçamento simples entre linhas e um espaço entre parágrafos;

• numeração dos itens: algarismos arábicos, negrito, separados por ponto (ex.: 1., 1.1., etc.);

• tamanho A4 do papel;

• margens da página: superior/inferior - 2 cm, esquerda - 3 cm, direita -2 cm cabeçalho/rodapé: 1,6 cm;

• sem recuo para indicar parágrafo, começando no início da margem esquerda Também deverão ser seguidas as seguintes instruções durante a redação dos produtos:

• os documentos deverão ser apresentados com o nível de detalhe e linguagem adequados para sua perfeita compreensão;

• tabelas, quadros, croquis e quaisquer outras instruções deverão estar enumeradas, apresentar legenda e títulos completos e auto-explicativos;

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• as siglas deverão ser explicitadas somente na primeira vez em que forem citadas e deverá aparecer uma relação das siglas utilizadas no início do documento;

• s palavras em outros idiomas deverão ser escritas em itálico;

• nomes científicos também deverão ser escritos em itálico, sem separação de sílabas, seguidos ou antecedidos do nome popular da espécie em letras minúsculas, sem vírgula, sem parênteses, como por exemplo: veado-campeiro Ozotocerus bezoarticus ou Cariocar brasiliense pequi. Caso se dispuser apenas do gênero, as abreviações sp. e spp. Nunca virão em itálico e sempre serão em minúsculas seguidas de ponto;

• os nomes populares compostos deverão sempre ter hífen. Nomes populares estarão sempre em minúsculas;

• autores e obras citadas deverão ser referidos apenas por iniciais maiúsculas, seguidos por vírgula e data.

O material cartográfico deverá ser entregue em 4 (quatro) vias originais, na escala e formatos da ABNT mais apropriados para apresentar as informações, discutidos e aprovados junto à equipe técnica do Instituto Chico Mendes. Todas as informações geo-referenciadas deverão ser entregues em meio digital e apresentadas em formato digital para ARCVIEW 9.2 (formato shape-file para dados vetoriais e TIFF para imagens – bases devem ser tanto em coordenadas geográficas quanto em utm). Os arquivos de impressão também devem ser entregues no formato PDF.

Os originais dos mapas elaborados, imagens de satélite, fotografias, slides e seus negativos produzidos deverão ser entregues junto com o documento final ao Instituto Chico Mendes em versão impressa e em versão digital para uso em Arc View.

A elaboração da base planialtimétrica deverá ser feita conforme os padrões definidos pelo Centro de Monitoramento Ambiental do IBAMA, quanto à qualidade e modelo de dados. Os limites da Unidade de Conservação a serem considerados serão fornecidos pelo Instituto Chico Mendes.

Deverão ser fornecidas informações detalhadas, em papel e em meio digital, de todos os dados: descrição geral dos arquivos produzidos, procedimentos adotados para a digitalização de dados cartográficos, escala, data e fonte desses dados, tipo (mapa em papel, imagens de satélite, etc.), fator de erro obtido no processo de georefenciamento, data da digitalização dos dados cartográficos, problemas existentes nos dados, projeção cartográfica utilizada e todos os parâmetros necessários para sua interpretação (datum, meridiano central, zona).

Após a aprovação técnica, os dados, relatórios, programas, projetos e mapas passam a ser propriedade do Instituto Chico Mendes, o qual respeitará a legislação pertinente aos direitos autorais, podendo ser utilizado pelo contratado, no todo ou em parte, mediante sua autorização.

VIII. PRAZO

A duração total dos trabalhos está estimada em 15 (quinze) meses e as atividades serão distribuídas conforme estabelecido na reunião para a organização dos trabalhos. Sempre que as versões preliminares dos documentos forem submetidas à apreciação da equipe de supervisão e acompanhamento para aprovação, terá o prazo de 15 dias úteis para se manifestar. As versões finais deverão ser entregues no prazo máximo de 15 dias úteis após apreciação da equipe de supervisão e acompanhamento.

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IX. QUALIFICAÇÃO

A contratada para executar os trabalhos acima descritos deverá comprovar experiência em execução de no mínimo dois (02) projetos relacionados com a conservação e uso sustentável dos recursos naturais.

A equipe de trabalho deverá contar com as seguintes características: a) em relação ao coordenador da equipe:

A escolha do coordenador(a) está condicionada à aprovação do seu currículo pelo ICMBio.

• Ter formação acadêmica em nível de mestrado;

Ter participado da elaboração de pelo menos um plano de manejo de unidade de conservação;

• Ter coordenado pelo menos 01 projeto relacionado com a conservação da natureza preferencialmente no Bioma Mata Atlântica;

• Ter experiência em planejamento e manejo participativo de unidades de conservação;

Ter conhecimento de estratégias de conservação in situ dos recursos naturais em âmbito nacional;

• Ter habilidade para negociação e resolução de conflitos;

• Ter habilidade para exercer o diálogo entre conhecimentos gerados nos diagnósticos e estabelecer a transversalidade entre disciplinas de conhecimento;

• Ter capacidade para redação de relatórios e documentos;

• Ter capacidade de liderar e coordenar equipe técnica. b) em relação à equipe técnica:

Estar constituída por profissionais de nível superior, em número e formação acadêmica apropriados às características específicas da UC em questão e ser composta por:

• Profissional com formação acadêmica na área das ciências naturais (biologia, ecologia ou afins) e com experiência mínima de dois (2) trabalhos de levantamentos de fauna preferencialmente no Bioma Mata Atlântica;

• Profissional com formação acadêmica na área das ciências naturais (biologia, ecologia, engenharia florestal ou agronômica ou afins) e com experiência mínima de dois (2) trabalhos de levantamentos de flora, preferencialmente das fitofisionomias que ocorrem na UC;

• Profissional com formação acadêmica na área das ciências naturais (geógrafo, geólogo, biologia, ecologia, agronomia ou outras afins) com experiência na consolidação de informações secundárias referentes ao meio físico (pedologia, geologia e geomorfologia);

• Profissional com formação acadêmica na área das ciências sociais (antropologia, sociologia ou outras afins), com experiência mínima de dois (2) trabalhos de socio-economia e/ou de natureza similar na área ambiental com experiência em planejamento participativo de unidades de conservação;

• Profissional com formação em gestão estratégica (administrador ou psicólogo) com experiência mínima de dois (2) trabalhos em programas de capacitação e treinamento e avaliação de clima organizacional, sendo admissível a acumulação desta função com uma das demais,

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• Profissional com formação acadêmica em geografia, biologia ou turismologia com experiência mínima de dois (2) trabalhos em planejamento de eco-turismo e visitação de áreas naturais protegidas.

• Profissional de moderação/facilitação de reuniões participativas, sendo admissível a acumulação desta função com uma das demais,

• Um técnico em Sistemas de Informações Geográficas (SIG) e/ou Sensoriamento Remoto com experiência em trabalhos de cartografia para caracterização/mapeamento de ambientes naturais voltados ao planejamento e gestão ambiental;

X. ACOMPANHAMENTO E SUPERVISÃO

Todas as atividades que compõem a elaboração do plano de manejo serão acompanhadas pela Equipe de Supervisão e Acompanhamento composta por 02 técnicos do Parque Nacional do Descobrimento, 02 membros representantes do Conselho Consultivo do referido parque, 02 técnicos da DIREP/ICMBio e 01 técnico da Unidade de Coordenação Estadual (UCE-BA) do Projeto Corredores Ecológicos.

A consultoria fica obrigada a fornecer todos os elementos de seu conhecimento e competência que sejam necessários ao processo de acompanhamento e supervisão. XI. ELEMENTOS DISPONÍVEIS

O acesso a toda a documentação existente na Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral, no Parque Nacional do Descobrimento e nas representações do IBAMA no Estado da Bahia, que possam auxiliar o trabalho do profissional responsável pela consultoria lhe será facilitado, mediante prévia solicitação.

Por ocasião dos trabalhos de campo poderão ser utilizadas as instalações do parque, meios de transporte destinados para este fim e outros equipamentos necessários, desde que haja disponibilidade e anuência do Chefe da Unidade.

Os dados coletados durante a elaboração do plano de manejo poderão embasar dissertações e teses de pós-graduação, monografias, artigos científicos ou outras publicações, fazendo sempre referência nestes trabalhos que os dados subsidiaram a elaboração do plano de manejo do parque e que foram coletados com o apoio do ICMBio.

XII. SIGLAS UTILIZADAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas AER Avaliação Ecológica Rápida

DIREP Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral MMA Ministério do Meio Ambiente

IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

ICMBio Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade

PM Plano de Manejo

PN Parque Nacional

PND Parque Nacional do Descobrimento

SNUC Sistema Nacional de Unidade de Conservação SIG Sistema de Informações Geográficas

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UC Unidade de Conservação

UCE Unidade de Coordenação Estadual ZA Zona de Amortecimento

Referências

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