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RELATÓRIO SOBRE A SAÚDE DOS XIKRIN DJUDJÊ-KÔ 2 A 8 DE JULHO CATETÉ 9 A 16 DE JULHO ASSOCIAÇÕES KAKAREKRÉ E POREKRÔ 17 DE JULHO

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RELATÓRIO SOBRE A SAÚDE DOS XIKRIN

DJUDJÊ-KÔ 2 A 8 DE JULHO

CATETÉ 9 A 16 DE JULHO

ASSOCIAÇÕES KAKAREKRÉ E POREKRÔ 17 DE

JULHO

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JOÃO PAULO BOTELHO VIEIRA FILHO

JULHO 2008

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ÍNDICE

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Alerta aos Ministérios da Saúde, da Educação e da Segurança Alimentar

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Capítulo 2

Parcerias de empresas com Saúde e Educação, Gestão e

Responsabilidade Social .

Capítulo 3

Necessidade de se iniciar a vacinação contra o HPV .

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Capítulo 4

Cobertura vacinai .

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Capítulo 5

Necessidade de se promover o técnico de enfermagem Bep-Kamrek a

·0 enfermeiro de Nível Superior

Capítulo 6

Compra de medicamentos da lista padrão

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Capítulo 7

Relação de Medicamentos atualizada

Capítulo 8

Consultas com especialistas, hospitais de referência .

Capítulo 9

Assistência odontológica

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Capítulo 10

Recuperação da microbacia do rio Cateté

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Capítulo 11 Desratização do Djudjê-Kô . Capítulo 12 Demografia do Djudjê-Kô . Capítulo 13

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Demografia do Cateté Capítulo 14 Demografia do Oodjã . Capítulo 15

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Insalubridade da aldeia Oodjã .

Capítulo 16 Tratamentos Capítulo 17

Doentes que merecem atenção no Djudjê-Kô . Capítulo 18

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Doentes que merecem atenção no Cateté e Oodjã . : : r-. 1 ' 1 ("', ! 1 r-. ! 1 Referências Bibliográficas . r- r-. /""\ 1

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ALERTA AOS MINISTÉRIOS DA SAÚDE (FUNASA), DA

EDUCAÇÃO,

DA SEGURANÇA ALIMENTAR,

VALE

E

ASSOCIAÇÕES INDÍGENAS, SOBRE O DESASTRE EPIDÊMICO

DO DIABETES MELLITUS TIPO 2 E DE SUAS COMPLICAÇÕES

CARDIOVASCULARES, NEUROPATIA E NEFROPATIA, QUE SE

APROXIMAM DAS POPULAÇÕES INDÍGENAS BRASILEIRAS.

MEDIDAS PREVENTIVAS A SEREM IMPLEMENTADAS

Os Ministérios da Saúde (FUNASA) e Educação devem atuar conjuntamente e em caráter de urgência nos currículos educacionais de crianças e adultos indígenas brasileiros, diante das perspectivas devastadoras de epidemias de doenças crônico-degenerativas como a obesidade, o diabetes mellitus tipo 2, a doença cardiovascular(9, 1 O), a síndrome metabólica(11 ), a hipertensão arterial, a neuropatia e nefropatia(6), os cânceres do colo-reto intestinal-próstata- mama-endométrio-pâncreas que acompanham a obesidade(3), as artropatias que acompanham a obesidade. Essas doenças crônico degenerativas serão responsáveis pela mortalidade prematura de índios altamente vulneráveis às mudanças do estilo de vida, como alterações da alimentação tradicional para dietas industrializadas ricas em hidratos de carbono de absorção rápida e gorduras saturadas, menor atividade física ou sedentarismo.

A VALE em parceria com o Governo Federal ou Ministérios ligados à Saúde - Educação - Segurança Alimentar, poderia proporcionar vídeo educativo valorizador da dieta tradicional (milho, batata, feijão, mandioca e macaxeira, abóbora, inhame, mamão e banana, frutas da floresta e serrado), valorizador da atividade física, mostrando o risco das mudanças. Esse vídeo seria versado nos diferentes idiomas e eu poderia colaborar fornecendo as diretrizes. Seria uma prevenção de doenças e sofrimento físico, evitando grandes gastos ao setor público.

Na Terra Indígena Sangradouro há 57 casos de diabetes e na Terra Indígena de São Marcos dos Xavante há 87 casos de diabetes, metade dos quais em

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tratamento com insulina. Na Terra Indígena Parabubure há diabéticos. Amputações por gangrenas já ocorreram. A epidemia de diabetes entre os Xavante segue em ascensão.

Entre os Xikrin da aldeia Djudjê-Kô há 11 diabéticos em tratamento com insulina duas vezes ao dia. Entre os Xikrin da aldeia Catete há também 3 diabéticas em tratamento com insulina duas vezes ao dia.

Há diabéticos entre os Caripuna, Palikur e Galibi do Amapá, Gaviões do Pará com alto índice de dislipidemia(9), Bororo, Guarani e outros grupos indígenas(4,6,7).

As populações indígenas brasileiras possuem o genótipo "Thrifty" de poupança ou liberação rápida de insulina em condições de presença de alimentos, levando ao acúmulo de energia para períodos de penúria alimentar(?). Esse genótipo de poupança sofreu a seleção natural de gens durante milênios para períodos de abundância alimentar alternados com períodos de penúria alimentar, sendo favorável para a sobrevivência de populações caçadoras e coletoras de alimentos e com pequenas roças de subsistência. Não foram selecionados gens protetores contra a alimentação permanente e sem penúria alimentar, contra a obesidade, o diabetes mellitus, a moléstia cardiovascular, a dislipidemia, a nefropatia, a neuropatia, secundárias(9, 1 O, 11 ).

Um genótipo de poupança selecionado durante milênios para períodos de abundância seguidos de períodos de penúria ou pobreza alimentar, em que deviam se locomover muito a procura de alimentos, é altamente sensível às mudanças do estilo de vida como alteração da dieta tradicional e da atividade física(5,6).

As alterações da dieta tradicional para a dieta industrial (açúcar cristalizado, refrigerantes, gorduras saturadas provenientes de carnes vermelhas gordas e leite integral, manteiga, margarina, frituras), a menor atividade física conduzem os índios à obesidade(9), à hipertensão(9), ao diabetes, às dislipidemias(9), à

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r-- :""°' ,-.. ,-.. (' (', ,-.. r,. 5 síndrome metabólica com gordura abdominal ou visceral e risco de isquemia cardíaca quatro vezes maior(11 ), à nefropatia, à retinopatia com cegueira.

Os cânceres mais freqüentes que acompanham a obesidade são os do colo- reto intestinal a que os grupos étnicos mongolóides são mais propensos devido ao gem alterado da metabolização do aldeído deidrogenase com o acetaldeido, carcinógeno que interfere na absorção intestinal de anticancerígenos nutrientes como folato e cálcio(3), o câncer da próstata que já se apresentou entre os Gaviões (1), o câncer da mama que já se manifestou entre os Gaviões, do endométrio, do pâncreas.

O diabetes dos índios evolui rapidamente para a dependência da insulina.

As lideranças indígenas e aqueles com acesso ao dinheiro entre os Xavante, Gaviões, Xikrin, Caripuna, compram alimentos ricos em gorduras hidrogenadas, saturadas e trans, frituras ao contrário dos assados a que foram selecionados em milênios, refrigerantes e cervejas, alguns ultrapassando os 100 quilos de peso, ficam intolerantes à glicose e diabéticos. Nunca foram advertidos do perigo desses alimentos frente à sua constituição genética. A propaganda televisiva deseduca.

As doenças infecciosas estão caminhando para controle, diminuindo frente às vacinações seguidas.

As doenças crônico degenerativas dependentes de orientação preventiva educacional inexistente, expandem-se entre os índios.

Enquanto 2,4 descendentes de europeus ficam diabéticos, 70 no mínimo índios ficam diabéticos com as alterações da dieta tradicional(6).

Amputações de dedos e membros inferiores já ocorreram entre Xavante diabéticos. Amputações de membros inferiores já ocorreram entre os Xavante e índios do Uaçá(7). As amputações e complicações cardiovasculares(9, 1 O) e renais são mais freqüentes e graves entre os índios.

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PARCERIAS DE EMPRESAS COM SAÚDE E EDUCAÇÃO,

GESTÃO, RESPONSABILIDADE SOCIAL

Bill Gates, um dos homens mais ricos do mundo externou seu pensamento de grande empresário com a seguinte frase:

"Quanto maior o lucro de uma empresa, maior é a responsabilidade social".

Bill e Melinda Gates que foram donos da maior fortuna do mundo, passaram a terceira maior fortuna do mundo ao destinarem 85% do seu capital para a Fundação Bill e Melinda Gates, que funcionará até 50 anos após a morte do último de seus curadores, com principais atividades voltadas para a melhoria da saúde e educação e desenvolvimento econômico em todo o mundo(8). O empresário Warren Buffet possuidor da primeira maior fortuna atual do mundo prometeu doar 85% de sua fortuna para a Fundação Bill e Melinda Gates(8).

Rabinovich, da Fundação Gates, investe na descoberta e desenvolvimento de novas 25 drogas, no combate à malária resistente à artemisina no Cambodge e

à resistência dos anofelinos transmissores na África(2). O fundo de pesquisa procura novas drogas e vacinas contra malária que atinge 500 milhões de pessoas ao ano e com elevada mortalidade de crianças.

Uma vacina desenvolvida pelo laboratório Glaxo Smilth Kline testada na África, possui uma eficiência de 50% na prevenção da malária, reduzindo a severidade da infecção, podendo ser lançada no mercado no ano de 2012(2).

Pesquisadores estão trabalhando para conseguirem uma nova geração de vacina contra a malária com o auxílio da Fundação Gates, procurando chegar a uma vacina com 80 ou 85% de eficiência. A erradicação da malária pelo Plasmodium vivax e falciparum pode levar 50 ou mais anos(2).

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7 A política dos últimos governos federais é pela parceria pública e privada.

Devido a essa política e visão dos países desenvolvidos capitalistas e humanistas, há necessidade do compromisso social de grandes empresas com setores mais carentes e vulneráveis, sobretudo com vizinhos mais próximos da riqueza. Aprendi como consultor do Banco Mundial para os Projetos Polonoroeste e Carajás, que uma riqueza não pode estar vizinha de uma pobreza sem beneficiar os necessitados.

A VALE tem o compromisso jurídico de amparar os índios Xikrin, decreto do Presidente Fernando Henrique Cardoso, reconhecido e confirmado pelo Ministério Público.

Acredito que o compromisso da VALE como grande empresa vai além do cumprimento do Decreto Presidencial de auxílio aos Xikrin, estendendo-se para um compromisso social de acordo com o pensamento do grande e benemérito empresário Bill Gates: "quanto maior o lucro, maior o compromisso social da empresa".

A afirmação de compromisso empresarial somente com os acionistas é uma visão superada e arcaica.

No relatório de 2007 citei inúmeras empresas com compromisso social como as de Alfredo Schurig, Hospital Israelita Albert Einstein, Petrobrás, Oscip Amigos do Bem de Alcione Albanesi, Votorantim de Antonio Erminio de Moraes, Banco Bradesco, TV Globo, Fundação Sena(8).

Soluções de parceria de assistência gerencial são necessárias para desencadear ações necessárias à saúde dos Xikrin.

A vacinação das meninas de 9 a 12 anos contra o Papilomavírus ocasionador do câncer do colo do útero, que já ocasionou mortes, histerectomias das índias mais velhas e ressecções do colo do útero das mais jovens, necessita de auxílio parceiro gerencial da VALE. As Associações Kakarekré e Porekrô já concordaram com o repasse do dinheiro à FUNASA de Marabá, porém a

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FUNASA devolveu a solução do problema à Associação Kakarekré. A VALE com seu poder gerencial poderia desencadear o desfecho. Pedi essas vacinas para controlar a endemia de câncer do colo do útero no relatório de 2007(8). Em tempos passados em que não havia resolução para o combate à epidemia de malária, a VALE desencadeou as ações necessárias a meu pedido(5).

Há necessidade de um banheiro para a vistosa escola do Djudjê-Kô, em que os alunos tem que recorrer ao mato dos arredores pela vergonhosa situação. Os professores ensinariam como usar banheiros e mantê-los limpos. Nada foi realizado apesar do meu pedido no relatório de 2006. A VALE com sua enorme capacidade gerencial poderia atuar em parceria com a Associação Kakarekré, a FUNAI ou FUNASA em benefício dos Xikrin.

Há um charco próximo da aldeia Djudjê-Kô, ao lado de metade das casas, criatório de Anofelinos transmissores da malária e Aedes transmissores da dengue e também da febre amarela, que não foi drenado apesar dos meus relatórios de 2005 e 2006 enviados à Associação Kakarekré, à VALE, FUNASA e FUNAI. Uma parceria gerencial da VALE com Associação Kakarekré e ou FUNAI ou FUNASA, poderia resolver esse problema.

Na Associação PoreKrô sucessora da Bep-Noi há um grave problema, que se repete sem resolução, que necessita de uma parceria gerencial da VALE.

Vários técnicos de enfermagem contratados pela Associação Bep-Noi ou Porekrô com salário diferenciado, Florisa, Neuma e Daniel, alegando que tinham direito a horas extras de sábados, domingos e feriados, dentro do contrato de 45 dias com 1 O dias de folga, entraram na justiça contra a Associação. Todos ganharam na justiça, perdendo-se um bom técnico de enfermagem Daniel que chegou à aldeia para ser expulso após a Associação Porekrô ser notificada.

A Associação Porekrô contratou uma nova técnica de enfermagem no regime da APITO, 20 dias de trabalho e 10 dias de folga. Esta técnica de enfermagem afirmou-me que o gerente civilizado da Associação Porekrô (Amazias), disse- lhe que tinha o direito de folga nos sábados e domingos. O problema de folgas

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r>. r-- ,,... ,,.-... r: r< r- 9 em fim de semana um absurdo a ser cumprido em área indígena, expõe o elemento de enfermagem a ser expulso. Com as folgas de fim de semana e feriados, a técnica de enfermagem trabalharia com salário diferenciado não 20 dias mas 14 dias com 10 dias de folga, o que não ocorre com enfermagem da APITO.

A VALE com seu enorme poder gerencial e tratamento com trabalhadores deve ajudar a Associação Porekrô a superar esse problema de enfermeiros e motoristas recorrerem à justiça em prejuízo dos índios.

Há necessidade de permanência de um técnico de enfermagem contratado pela Associação Porekrô, numa permanência maior que os 20 dias de trabalho e 1 O de folga da APITO. 45 dias como ocorre no Djudjê-Kô com 1 O dias de descanso seria o ideal com pagamento de horas extras se necessário. Se o período de permanência do técnico de enfermagem da Associação for de 20 dias, que se tornam 14 dias com os sábados - domingos - feriados e 10 dias de folga, como o ex-gerente da Porekrô estabeleceu, serão necessários 2 técnicos de enfermagem contratados. A VALE com sua experiência de contrato de trabalhadores em Carajás, deve esclarecer a conveniência de 45 ou 30 dias de trabalho na área indígena e folgas.

A enfermeira de nível superior Simone Nabarro da APITO, atua na área da Terra Indígena Cateté com extrema competência e que tem salvo a situação de saúde no Cateté, com grande esforço, pode indicar um bom técnico de enfermagem para ser contratado pela Associação Porekrô. Essa indicação poderia vir também da técnica de enfermagem Felisbela do Djudjê-Kô.

Há uma falta de parceria de colaboração gerencial do poder empresarial ou privado com o poder público, VALE - Associações Indígenas - FUNASA - FUNAI, que poderia solucionar problemas em benefício dos índios, tornando a imagem da VALE mais simpática aos índios e à população brasileira.

Não podemos esquecer dos enormes benefícios à saúde proporcionados pelo dinheiro destinado aos Xikrin pela VALE desde o ano de 1982(7).

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NECESSIDADE DE SE INICIAR A VACINAÇÃO CONTRA O HPV OU PAPILOMAVÍRUS CAUSADOR DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO E DO PÊNIS.

Nos relatórios dos anos de 2006 e 2007 insisti em se iniciar a vacinação das meninas de 9 a 12 anos contra o Papilomavírus, responsável pelo carcinoma do colo do útero endemico entre os Xikrin, responsável por inúmeros casos citados por mim em relatórios anteriores(8). O Papilomavírus é responsável por significativa morbidade e por 2 mortes.

Há necessidade de ser mais intervencionista em vista da gravidade do vírus oncogênico entre os Xikrin, que evolui rapidamente.

De novembro de 2007 a fevereiro de 2008, foram encontradas as seguintes lesões promovidas pelo HPV nos exames de Papanicolau, realizados pela enfermeira de nível superior da APITO, tão competente e criteriosa:

Na aldeia Cateté apresentaram alterações para metaplasia, as seguintes mulheres: lngrei-mrek com 16 anos; Bekwoiroti com 18 anos; Banhoro com 39 anos. Kuiamure com 43 anos apresentou HPV e carcinoma invasivo, submetida à cirurgia em São Paulo com recusa pela radioterapia em junho de 2007 e óbito em novembro.

Na aldeia Djudjê-Kô apresentaram alterações para metaplasia em exames colhidos pela enfermeira de nível superior e enviados ao laboratório Santa Marta conveniado de Marabá, as seguintes índias:Kodjorokó com 28 anos; Kokonherú 34; Kobutoti com 27 anos; lngrei-Karó com 61 anos e Tekakô com 22 anos.

Na aldeia Odjã apresentaram lesões no PCCU ou Papanicolau as seguintes índias, de novembro 2007 a fevereiro 2008: lngreiboti com 31 anos e HPV na captura hídrica, submetida à cauterização no hospital CLIMEC conveniado de Marabá; Korarê com 31 anos e HPV na captura hídrica e submetida à

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11 cauterização no CLIMEC de Marabá; Pain-ô com 35 anos e alterações para metaplasia.

Devo lembrar que durante a festa ritual do Kurakangô, realizada 2 vêzes ao ano, há troca de mulheres entre os casais.

Nos exames de PCCU ou Papilomavírus realizados pela ótima enfermeira de nível superior Simone Nabarro da APITO, que atua na área Xikrin e que deve receber todo apoio da VALE e Associações Indígenas, foram encontrados 56 casos da bactéria Gardenerela propiciadora da evolução do HPV, 6 casos de candidíase e 1 caso de tricomoníase;

Todo empenho deverá ser dispensado pelas Associações Indígenas que já autorizaram a compra das vacinas, pela FUNASA - APITO na aplicação das vacinas, pela capacidade gerencial da VALE para desencadear as ações de compra e entrega das vacinas para as meninas de 9 a 12 anos, com prosseguimento anual da vacinação das que forem atingindo 9 anos.

COBERTURA VACINAL

A cobertura vacinai dos índios Xikrin do Cateté, Djudjê-Kô e Oodjã realizada pela FUNASA- APITO é de 100% da população.

Os Xikrin estão vacinados contra difteria - coqueluche - tétano (tríplice), influenza, pneumonia, tuberculose (BCG), hepatite B, hepatite A até o ano de 2002, sarampo - cachumba - rubeola (tríplice virai), poliomielite, gripe, varicela, rotavírus, febre amarela.

Falta a vacinação contra o Papilomavírus endêmico na população, causador do câncer do colo uterino.

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NECESSIDADE DE SE PROMOVER O TÉCNICO DE ENFERMAGEM BEP- KAMREK DA ALDEIA DJUDJÊ-KÔ A ENFERMEIRA DE NÍVEL SUPERIOR.

O índio Bep-Kamrek com curso de técnico de enfermagem e ótimo desempenho profissional, postura e respeito no trabalho, inteligência e motivação para resolução de problemas de saúde, deverá cursar o nível superior de enfermagem. Ele possui os gabaritos necessários para ter sucesso nos estudos, desde que sua esposa lhe acompanhe na Casa do Índio de Marabá.

Bep-Kamrek deverá resolver a regularização do término do 2° grau, para se matricular no curso de enfermeiro nível superior de Marabá.

A enfermagem indígena permanece na área, não sendo substituída constantemente ou depois de certo tempo como a enfermagem civilizada.

No Djudjê-Kô há uma ótima auxiliar de enfermagem civilizada, contratada pela Associação Kakarekré, Felisberta Silva Mendes, que garante o bom serviço na aldeia, enquanto Bep-Kamrek estiver estudando e se preparando.

As enfermeiras da APITO substituem as folgas da enfermeira Felisbela ou de Bep-Kamrek que ganham pela Associação Kakarekré.

Sempre insisti e insisto que dois elementos de enfermagem nas aldeias Djudjê- Kô e Cateté sejam remunerados melhor pelas Associações Kakarekré e Porekrô.

As enfermagens da APITO trabalham 20 dias e descansam 1 O dias, não havendo a continuidade das enfermagens das Associações Indígenas que trabalham 45 dias e folgam 1 O dias.

Os elementos de enfermagem da APITO e outras ONGS passam 3 meses sem receber seus salários, em Marabá, São Paulo e pelo Brasil com descontentamento dos índios, que ficam sem enfermeiros, sem transporte e

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sem medicamentos pelos problemas alegados de falta de prestação de contas das ONGS contratadas.

Elementos de enfermagem contratados com salários diferenciados são imprescindíveis nas aldeias Djudjê-Kô e Cateté. O momento é propício para o preparo universitário de um enfermeiro nível superior indígena para o Djudjê-Kô e Cateté, sendo uma iniciativa para o futuro.

COMPRA DE MEDICAMENTOS DA LISTA PADRÃO PARA AS ALDEIAS XIKRIN

Um dos fatores de satisfação dos índios está no fato de disporem de medicamentos eficientes, que evitam remoções aéreas dispendiosas.

Todos os anos atualizo os medicamentos eficientes com resposta clínica de sintomatologia e prevenção de complicações, como antibióticos de dose única ou no máximo de 12 em 12 horas e não cada 8 horas, antiflamatórios de ação por 24 horas e não os de 8 em 8 horas que estão sob suspeita de complicações vasculares (diclofenaco), antiparasitários de dose única ou cada 12 horas, antidiabéticos de dose única com ação preventiva nas obesas, antigeriátricos que evitam fraturas, etc .. Esses medicamentos devem ser adquiridos pelas Associações Kakarekré e Porekrô como sempre foi no passado.

Os medicamentos que a FUNASA pode fornecer são restritos embora bem vindos, porém os medicamentos específicos que receito são indispensáveis de estarem nos Postos de Atendimento à Saúde, adquiridos com verba proveniente da VALE. Há períodos em que a FUNASA não dispõe de dinheiro para pagamento dos funcionários das ONGS prestadoras de serviço, viagens de transporte de doentes e medicamentos gerais provenientes do SUS.

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RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS ATUALIZADA PARA ALDEIAS XIKIN

Antibióticos Amoxil BD - 875mg (2 vezes ao dia) ou Clavulanato BD 875mg (2 vezes ao dia) Amoxilina BD 400 mg - 2 vezes ao dia ou Clavulim BD 400

- crianças suspensão Amoxilina BD 200 mg - 2 vezes ao dia Ou Clavulim BD 200

- crianças suspensão Infecções pulmões, ouvidos, sinusites, garganta

Ampicilina 500 mg - injetável

Crianças 250 mg - injetável Ceftriaxona injetável 250 mg

Cefalexina 500 mg e 250 - furunculose Infecções pulnonares (Keflex) infeções urinárias Benzetacil 1.200.000 e 600.000

Azitromicina 500 mg adultos - dose única diária

Suspensão crianças dose única diária Ampicilina 250 mg Antidiarreicos Kaomagma Floratil Passifuril crianças Metronidazol ou Secnidazol Dimeticona Floratil Dimeticona Passifuril Secnidazol Adultos

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15 Antiverminóticos e Antiparasitários

Albendazole 400 mg adultos 3 dias Albendazole suspensão crianças Ascaridil 150 e 80 mg

Secnidazol 1000 mg adultos (2 comprimidos) Dose única

Secnidazol suspensão crianças lml/kg Helmiben

Irvermectina

Dores articulares Meloxican 15 mg (Movatec ou Inocox) Cada 24 horas

Naprosyn 500 e 250 mg cada 12 horas

Nimesulida (Nisulid) comprimidos 100 mg ou Frascos gotas para crianças

Diclofenaco 75 mg injetável (Voltaren) Diclofenaco gel creme

( evitar diclofenaco comprimidos, celebra, arcoxia e piroxican)

Gelol spray

Antialérgicos Polaramine, decadron 4 mg Celestamine

Dôres em geral Paracetamol comprimidos e suspensão Cefaliv ou cefalium (dôr de cabeça) Estomatites Gingilone pomada bucal

Micostatin gotas Violeta de genciana Contra febre Dipirona

Cólica viscerais Buscopan ( escopolamina) injetável

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comprimidos Buscopan gotas

Contra vômitos Plasil injetável ou metoclopramida

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Contra escabiose Revectina (Irvemectina) somente adultos

acima

de 12 anos e não grávidas Benzoato de benzila para crianças tópico

Dôr de ouvido Otoxilodase, otomicina, otosynalar, otandrol

Antianêmicos Combiron ou Rarical comprimidos e

suspensão

Complexo B comprimidos, suspensão e injetável

Ácido fólico

Anti-gripais Allegra D ou Coristina D dose única

Naldecon

Vitamina C comprimidos, gotas, injetável, efervescente sem açúcar

Rinosoro Vicvaporub

Pomadas Anti-inflamatórias

Quadriderm

Anti-infecciosas - Nebacetin, Furacin

Dexametasona,

Anti-herpéticas - Aciclovir ou Zovirax ou

A virai

Hormônios Decadurabolin 25 mg

Depoprovera 150 mg

Anti-asmáticos Singulair 10 mg adultos e 4mg crianças

Berotec gotas Bricanyl ou aerolin Aminofilina

Spiriva 18 mg

Osteoporose Ossotrat ou Caltrate D ou Oscal D

Alendronato 70 mg

(18)

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17 Antidiabéticos Glifage XR 500, Glimepirida 1mg Insulina NPH humana Zero-cal Anti-hipertensão Losartana 25 ou 50 mg ou 100 mg Atenol 25 mg Hidroclorotiazida 12,5 mg Anti-disritmico cerebral Carbamazepina 200 mg Anti-ansiolítico Lexotan 3mg

Xaropes Ambroxol, Brondilat, Mucofan sem açúcar

para diabéticos Transpulmin

Protetor hepático Legalon ou Silimalon via oral

Ornitargin e Acrosin injetável

Antimicótico local Cetoconazol pomada

Antimicótico Sistêmico

Cetoconazol, fluconazol e Itraconazol

Soro glicofisiológico SOO mi

Soro fisiológico 0,9°/o 500 mi Soro glicosado 5°/o 500 mi Glicose 25°/o

Seringas 5 mi e 3 mi, 10 mi e 20 mi Gases e algodão

Esparadrapo

Tipóia de lona americana Agulhas 25/7

Escalpe 25, 23 e 27

Pós-parto Ergotrat injetável se não hipertensa Flagil endovenoso 250 mi, Picadura cobra Soro antiofídico antibotrópico e antilaquesico Sustare sabor banana, chocolate

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18 Leite Ninho, Nan 1, Nan 2, Nestogeno 1 e 2 Digestivos Digesan ou digeplus ou Digecap zimático Antiverrugas Duofilm e Duofilm plantar

Vitamina A Arovit solução frasco ou Ad-til solução gotas Infecções urinárias Floxacin 400 mg, Pyridium

Antineurítico Citoneurim 5000 comprimidos ou Rubranova 500

Antipsicóticos Haldol 5mg, Akineton 2 mg

Antidepressivsos Fluoxetina 20 mg ou Aropax 20 mg

Antimicóticos Fluconazol comprimidos 150 mg 7 /7 ddias Cetoconazol

Anti hemorrágicos Transamin e Vitamina K

Dores musculares Gelo! spray , pomada, diclofenaco gel Antivertignosos Ginkobiloba 80 mg, rivotril 0,25 mg

CONSULTAS COM ESPECIALISTAS, HOSPITAIS DE REFERÊNCIA PARA ATENDIMENTO DOS XIKRIN PARA INTERNAMENTOS E SEGUIMENTO AMBULATORIAL

Os índios Xikrin externam a preferência pelo atendimento hospitalar, ambulatorial e de especialistas no Hospital Yutaka Takeda de Carajás. Dizem que o atendimento é melhor em Carajás, o calor é menor em Carajás, assistência de Josino da VALE é muito boa como também dos médicos.

Dizem que em Carajás tem acomodação na chácara, enquanto em Marabá não dispõem das facilidades e assistência da cidade de mineração. Referem que contam com boa alimentação em Carajás. Há uma recusa de remoções para Marabá afirmando que a FUNASA de Marabá oferece-lhes sopa, que detestam e não é sua cultura, apesar de haver nutricionista contratada.

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O atendimento à saúde deve continuar centralizado no Hospital de Carajás, deslocando-se para Marabá ou Belém ou São Paulo somente os casos de difícil resolução ou casos que não possam ser resolvidos em Carajás.

Em Marabá dependem do agendamento de consultas feitas pela FUNASA, sendo que freqüentemente não esperam e voltam para as aldeias sem atendimento.

Em Carajás o ambiente populacional é melhor e não existe o problema de oferta de álcool como em Marabá, com a promoção da cerveja e bebidas alcoólicas, o problema de mulheres prostitutas e praia.

Em Marabá o atendimento ficará para especialidades como oftalmologia ou outras em clínicas conveniadas da VALE, no Hospital CLIMEC conveniado, clínica radiológica São Lucas para exames de imagem como tomografia computadorizada não realizadas em Carajás, laboratório Santa Marta conveniado para exames não realizados em Carajás. O hospital CLIMEC de Marabá e a Clínica Radiológica São Lucas, o laboratório Santa Marta deixam de ser prioritários e não mais são essenciais para o atendimento dos Xikrin.

O hospital Yutaka Takeda de Carajás é essencial e prioritário para o atendimento aos Xikrin, para consultas, exames, internamentos. O atendimento aos Xikrin deve ser centralizado em Carajás.

Há uma ala hospitalar exemplar no hospital de Carajás, reservada exclusivamente para os índios Xikrin, o que tornou desnecessários deslocamentos e internamentos em Marabá.

Como exemplo de gastos desnecessários que desgostam os índios e oneram os gastos públicos, posso citar o deslocamento de índios de Marabá pela FUNASA para consultas com oftalmologistas ou controle gestacional com ultrasonografias para Belém com acompanhante, para serem atendidos pelo SUS. Esses exemplos mostram a necessidade do atendimento preferencial dos Xikrin em Carajás ou em consultórios conveniados da VALE.

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ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA NA ASSOCIAÇÃO KAKAREKRÉ E NA ASSOCIAÇÃO POREKRÔ

O Dr. Afonso Ligorio Azevedo Cunha vem prestando uma assistência da melhor qualidade possível, com restaurações dentárias, obturações, cirurgias de retirada de abcessos e cistos dentários, próteses, profilaxia de cáries com limpezas e aplicações de flúor no Djudjê-Kô. Ele é querido pelos Xikrin, procurado para tratamento dos dentes pelas crianças sorrindo e desacompanhadas, tal a confiança no Dr. Afonso.

Pelo problema de dívidas da Associação Bep-Noi, o trabalho odontológico foi suspenso no Cateté. No ano passado presenciei o estado lamentável dos dentes dos índios do Cateté sem assistência dentária conservadora e de qualidade, não mutiladora.

O gerente da Associação Porekrô, sucessora da Bep-Noi, Amazias Oliveira Souza, escolheu um odontólogo, Lisomar, que teria algum vínculo com a VALE, para trabalhar no Cateté. Tive uma surpresa desagradável de observar rapazes Xikrin do Cateté com aparelhos dentários. Os índios costumam ter boa oclusão dentária enquanto possuem os dentes. Os aparelhos são um tipo de enfeite para os índios jovens casados, com significado de embelezamento como é a pintura corporal.

Os aparelhos dentários coloridos e modernos retém restos alimentares, propiciando cáries para quem não mantêm uma higiene de escovamento e pastas dentárias.

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21 RECUPERAÇÃO DA MICROBACIA DO RIO CATETÉ

O rio Cateté está com sua coloração alterada, com aparência de composição e densidade alterada, sujo e diferente do que conheci há 30 e tantos anos. Possivelmente há erosão de terras das margens para dentro do rio. A alteração da água é bem visível na ponte do rio Cateté, quando se atravessa e pode se ter a visão de água estagnada e poluída.

Há necessidade de um plano recuperador das margens do Cateté, antes de entrar na Terra Indígena, com recuperação da mata ciliar devastada pelos fazendeiros.

O IBAMA deve obrigar os fazendeiros e aqueles que acabaram com a mata ciliar a recuperarem a cobertura florestal, como acontece no sudeste.

É triste o descaso com os rios que passam a ser esgotos e terem suas margens degradadas até mesmo na Amazônia.

Os Xikrin estão apreensivos com a situação atual e a mineração no Onça Puma. Afirmam que a pesca diminuiu acentuadamente no rio Cateté.

No estado de São Paulo há um programa estadual de recuperação de bacias hidrográficas bastante atuante por parte do IBAMA com rigor, exigindo o reflorestamento das margens dos rios.

DESRATIZAÇÃO DO DJUDJÊ-KÔ

A invasão das casas do Posto pelos ratos, em especial da casa das professoras, onde me hospedei até ser expulso pelos ratos, das casas da aldeia é de tão grande intensidade que não se consegue dormir, sobretudo o visitante. Vê-se os ratos silvestres pretos ao se ascender as lanternas, correndo por todos os lados. Pela manhã observa-se as suas fezes espalhadas pela casa.

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22

Os ratos silvestres são transmissores da terrível hantavirose. Uma jovem (Bekwoikrikriti) faleceu de hantavirose há 4 anos.

Outra jovem (lngratô) teve leptospirose transmitida pelos ratos.

A invasão dos ratos deve-se ao distúrbio ecológico da introdução farta de restos de alimentos industrializados.

DEMOGRAFIA DOS XIKRIN DO DJUDJÊ-KÔ

A população total da aldeia Djudjê-Kô é de 348 índios, 182 do sexo masculino e 165 do sexo feminino.

Faixas Etárias Sexo Masculino Sexo Feminino

O a 5 anos 47 34 6 a 10 anos

29

25 11 a 15 anos 21

29

16 a 20 anos 17 17 21 a 30 anos 26 28 31 a 40 anos 24 21 41 a 50 anos 5 2 51 a mais 14 10 Total 182 165 90 famílias em 39 casas.

De julho de 2007 a julho de 2008, nasceram 8 crianças do sexo masculino e 1 O

do sexo feminino com sobrevida.

De julho de 2007 a julho de 2008, faleceu um recém-nascido do sexo masculino com imperfuração anal em Belém, um rapaz de 19 anos com insuficiência renal por glomeruloeosclerose submetido a diálise.

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DEMOGRAFIA DA ALDEIA CATETÉ

A população total de índios Xikrin da aldeia Cateté é de 545 índios, 291 pertencendo ao sexo masculino e 254 ao sexo feminino.

Faixas Etárias Sexo Masculino Sexo Feminino

O a 10 anos 93 88 11 a 20 anos 88 70 21 a 30 anos 46 36 31 a 40 anos 33 34 41 a 50 anos 9 7 51 a 60 anos 7 8 61 a mais anos 15 11 Total 291 254

A população total dos Xikrin da Terra Indígena Cateté é de 967 índios. Há 92 índios Kayapó residindo e integrados por laços de família, ascendência e casamentos com os Xikrin, de maneira que a população total da Terra Indígena Cateté é de 1059 índios.

De julho de 2007 a julho de 2008, nasceram 14 crianças do sexo masculino e 11 do sexo feminino. Houve 1 natimorto do sexo masculino e 1 aborto de 7 meses.

Faleceu uma mulher de 54 anos Kuiamure de câncer do colo do útero com metástases, um homem de 64 anos, Bep-djô, de acidente vascular cerebral.

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r r"> r. r' 24 DEMOGRAFIA DA ALDEIA OODJÃ.

A população da aldeia Oodjã é de 75 índios, 37 pertencendo ao sexo masculino e 38 ao sexo feminino.

Faixas Etárias Sexo Masculino Sexo Feminino

O a 10 anos 9 15 11 a 20 anos 11 8 21 a 30 anos 6 7 31 a 40 anos 6 7 41 a 50 anos 2

-

51 a 60 anos 1 1 61 a mais anos 2

-

Total 37 38

INSALUBRIDADE DA ALDEIA OODJÃ

Os índios que se encontram na aldeia Oodjã, 75 indígenas, não poderão permanecer nesse local pela insalubridade. Não há igarapé permanente. No verão esse pequeno igarapé seca, com poções de água estagnada, criatório de anofelinos, Aedes e outros insetos transmissores de doenças. Há o perigo da leptospirose transmitida pela urina de ratos.

Os Xirin do Oodjã devem se mudar para local apropriado na beira do rio. O rio mais próximo onde dizem que irão se instalar é o ltacaiúnas na divisa com Carajás.

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25 TRATAMENTO COM ANTIHIPERTENSIVO NO DJUDJÊ-KÔ

Encontram-se em tratamento de pressão alta os seguintes índios: Buatie

3,

Udjô ~. lngrei-ô ~. BrireS?, lmore~, Purutu~.

Tratamento de mulheres idosas com decadurabolin 60/60 dias, alendronato 70 mg 717 dias, cálcio e ácido fálico diariamente no Djudjê-kô.

Nhiokaê, Udjô, lrekaró, lrekakô, lrrecoti, !more, Djawaoro, Bekwipure, Brire, Ngrei-ô, Purutu, Kamondjá, lredjô, Kãmypê-Kay.

Tratamento de homens idosos com cálcio e ácido fálico no Djudjê-kô

Buatiê, Matire, Atoro, Mroire, Pucadjuá, Piudjô, Akranturo, Topa, Katopti, Katendjô, Kokoiapati, Nhuipokre, Djore.

Tratamento de homem idoso hemiparético com alendronato no Djudjê-kô Djore

Diabéticos em tratamento com glifage xr500 no Djudjê-kô Buatiê

3,

Nhiokaê S?, lngrei-ô S?, Kokoruti S?, Bekoiká S?.

Diabéticos em tratamento com glimepirida 112mg no Djudjê-Kô Piudjô

3,

Kamondjá ~, Pucadjuá

éS,

lmore S?, Katendjô

éS.

Diabética em tratamento com insulina no Djudjê-Kô Bekoiká S?.

fndios em tratamento de labirintopatia no Djudjê-Kô.

Encontram-se em tratamento com ginkobiloba 80mg: Kamondjá ~, Mroire

3,

lrekaró S?, Kujorokó ~, Purutú S?, Djaoro S?, lrekakô S?, Topã

3,

Bekwoipure Si2, lngrei-ô S?.

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26 lndias com 5 ou mais filhos ou com problemas de saúde ou com 3 cesáreas ou cirurgias de parede abdominal ou que provoquem aborto traumático em tratamento com anti-concepcional.

Bekwoiká, Ngôtare, Krã-Kreto, Nhoka-ê, Unhoro, Pãnhotire, Ire-ô, Nhák-nhoti, Paintô, Nhak-oeiti, Ngratô, Ngrei-ti, Ngrei-Karó, Ngrei-Pati, lrekomei, Nokok- tidjô, Kupadjô, Katempare, Bekwoi-nhoti, lngrei-mei, Tekakô, Bekwoi-precti, Mryare, Ngrei-Pok, Maigre, Nhok-pare, Mati-Kretô, Kujorokó, lngrei-Kranti, Kangoropá, lngreikukoroti, Nhiokrin.

Tratamento de mulheres idosas com decadurabolin, alendronato. cálcio, ácido fálico no Cateté

Encontram-se em tratamento contra perda muscular e osteoporose, as seguintes mulheres menopausadas: Boti-kati, lreprô, lredjô, Nhokon, Nhok-ê, Nhok-py, Nhok-Toi, Nhok-pao, lngrei-rô, Txicaré, Mudjê-prekti, Taiê, Kenkremati, Kukreiti, Kenkrô, Kangrare, Brire, Ngrei-Nhomry, Nhokire, Nhok- beiti, Awre.

Tratamento de homens com alendronato pela osteoporose no Cateté.

Encontram-se em tratamento com alendronato 70mg cada 7 dias, os seguintes homens idosos: lkrure, Kraintum, Kabetum, Kaponojoi.

Tratamento de diabéticas com insulina no Cateté e losartana 25mg

Encontram-se em tratamento com insulina as seguintes índias: Nhokire, lreprinti e Bekwoi-Toi. As três fazem uso diário de insulina NPH 50µ pela manhã e 45µ à noite.

(28)

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27

Encontram-se em uso de gardenal gotas, as seguintes crianças: Bekwoi-Ká, Kokonhure, Ngrei-Nhure.

Tratamento com carbamazepina no Cateté.

Encontram-se em tratamento com carbamazepina os seguintes índios: Aukrey, Kukraê, Kenkrô, Kempoti, Nhok-py, Bep-Kó, Bekati, Kakono.

Tratamento com ginkobiloba de labirintopatias no Cateté.

Encontram-se em tratamento com ginkobiloba 80mg os seguintes Xikrin: Weweré, Nhok-ê, Pain-ô, Bep-tô, Nhokoiet, Bep-Krokroti, Kapot-Nodjoi.

Prevencão de recorrência de febre reumática no Cateté.

Encontram-se em tratamento com benzetacil 1.200.000 cada 21 dias: Bep- biereti, Maboro, Bep-Nikrati.

Tratamento com depoprovera 150mg cada 3 meses no Cateté e Odiã.

Encontram-se em tratamento com depoprovera as índias com mais de 5 filhos vivos cujas famílias não desejam ter outros, as com 3 cesáreas ou cirurgias de parede abdominal ou cirurgias de colo do útero, as que ameaçam praticar abortamentos traumáticos ou infanticídio de recém-nascido, as com patologias graves.

Bekwoi-aum, Bekwoi-Toi, Bekwoi-to, Nhok-meiti, Nhok-ere, Nhokoiet, Nhokure, Nhok-paore, Nngrei-Kroti, Nhrei-tuti, Ngrei-meiti, Ngrei-kon, Nhrei-moro, Ngrei- Kakoti, Ngrei-Kati, Bekwoi, Banhoro, lretuk, lreproti, lreti, lreprin, lrekuré, lregome, Ire-ô, llrekrã, Pain-moti, Patoi, Pakuoi, Paintô, Mroti-ô, Mantire, Mokok-tiamu, lrepá, Mryriare, Kubut-Krá, Kukreiti, Kobei, Kob-djô, Kokokire, Kukoi-u, Kaiti, Kokoró, Kokoimú, Kkokoiakoti, Koprin, Nhokangá, Naí, Ukabere, Korare, Tep-kanê, Pain-ô, Bekwoi-piu, Nho-Konho, lretô, lngreimrk, lngreikonheroti, Nhok-ingri, Bepkwoimeiti, lrekô, Nhok-Djore, Bekwoi-Karo, lreti, lreprinti, Kokoiet, Tegogore, Bekwoi-mó, lretoi, lregrin.

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DOENTES QUE MERECEM ATENÇÃO NO DJUDJÊ-KÔ

1- Buatiê Neto ou Bepru, 23 anos,

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espondiloartropatia soro negativa, em tratamento na Reumatologia da Escola Paulista de Medicina com orientação de Sulfassalazina 3 comprimidos ao dia e retorno em consulta em outubro.

2- Paikoro, 4 anos,

éJ,

cálculo renal à direita operado em Carajás.

3- Bekoiká, 40, ~, com diabetes mellitus tipo 2 necessitada de insulina 45u pela manhã e 30u as 22 horas, obesidade, hipertensão arterial.

4- Katopti, 82,

('J,

com blastomicose pulmonar em tratamento com itraconazol.

5- Brire, 72, ~ com blastomicose pulmonar em tratamento com itraconazol.

6- Pucadjuá, 7 4,

éJ,

com blastomicose pulmonar em tratamento com itraconazol. .

7- Bekwoioboti, 17, ~. dois nódulos mama esquerda. Conveniência de mamografia.

8- Purepá, 15 anos, ~, dor nas costas, tosse e anemia. Pedi Rx pulmões, exame de escarro e hemograma.

9- Motikrâ, 39,

éJ,

artropatia joelhos .

10- Bekatenti, 29,

éJ,

operado no serviço de ombro da Escola Paulista de Medicina de luxação da clavícula.

11- Nhok paore, 25, ~, esofagite ou doença do refluxo. Pedi endoscopia.

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13- lreô, 38, Sj2, leishmaniose cutânea.

14-Muriaré, 32, Sj2, leishmaniose cutânea.

15-Kwjorikó, 27, Sj2, hérnia umbilical cirúrgica.

16- Paintô, 30, Sj2, lrekaró, 59, Sj2, Udjô, 61, ~. Ire-ô, 38, Sj2, em tratamento com carbamazepina, Nhok-ti, 25, Sj2,.

17-Ngrotare, 36, Sj2, dor epigástrica, medicada com omeprazol e solicitada endoscopia.

18-Kopire, 39,

éS,

escarro crônico. Pedi RX pulmões .

19-Akeprã, 24, Sj2, medicada com pariet 20 mg, pedido ultrasonografia abdomem e endoscopia.

20- Tokopoi, 8 meses,

éS,

operado de hipertrofia do piloro em Carajás.

21- Bepwoi, 26,

éS,

teve TB no passado e pedi Rx pulmões. 22- Nikaere, 3, ~, pedi Rx pulmões e exame de escarro para TB.

23- Takapoti ou Tatá, 27,

éS,

suspeita de litíase rim esquerdo.

24- Nhokrin, 30, ~, com quadro psicótico em tratamento com haldol 5m e akineton 2mg.

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DOENTES QUE MERECEM ATENÇÃO NO CATETÉ E OODJÃ

1. Moté, (J, 19 anos, suspeita de dengue ou malária ou febre de origem indeterminada.

2. Tamakuaré,

é!;,

43 anos, cólica renal por Litíase rim esquerdo.

3. Nhiokire, 49 anos, ~, diabetes mellitus tipo 2 dependente de insulina NPH 50 + 45µ, losartana 25mg, ácido fólico 5mg.

4. lreprinti, 31 anos, ~. diabetes mellitus tipo 2 dependente de insulina NPH 50 + 45µ, losartana 25mg, ácido fólico 5mg.

5. Bekwoitoi, 34 anos, ~. diabetes mellitus tipo 2 dependente de insulina NPH 50 + 45µ, losartana 25mg, ácido fálico 5mg.

6. Beptô, 70 anos, ~, hipertensão arterial e gota, labirintopatia. 7. Nhok-toi, 59 anos, ~. suspeita de recorrência HPV.

8. Txoi, 34,

é!;,

hipertensão arterial e leishmaniose.

9. Bekoro, 39 anos, (J, psicose paranóide, Haldol + akineton. 10.Wakanti, 32 anos,

é!;,

psicose paranóide, Haldol + akineton. 11.Bekwoi, 38 anos, ~. quadro depressivo. Fluxetina 20 mg. 12. Ukabere, 38 anos, ~, quadro depressivo, Aropax 20 mg. 13. Nhiok-ê, 84 anos, ~, glaucoma olho esquerdo.

14. Katchet, 38 anos, (J, pênfigo foliáceo em tratamento com predsín 1 O mg e omeprazol.

15. Kenkrô, 21, ~, escarro hemoptóico. RX. 16. Bekwoi-aum, 23, ~ ,suspeita colecistite.

17. Banhara, 42 anos, ~, lesão traumática joelho esquerdo. 18. lngreituti, 42 anos, ~ ,sinusite.

19. Bekwoimó, 25 anos, ~, leishmaniose.

20. Kokoú, 36 anos, ~ ,operada de carcinoma papilífero da tiróide em São Paulo com metástase cervical.

21. Kobdjô, 38 anos, ~, quadro depressivo e asma brônquica, Fluoxetina e singulair.

22. Taiê, 74, ~, magresa, osteoartrose coluna. Pedi RX pulmões e coluna.

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23.Bekwoiroti 28 anos,~. teve lesão de HPVe conisação colo útero.

24. Quen-poti,

7

4 anos,

é!l,

hipertensão arterial. Aradais 1 OOh e atenol

25 mg.

25. Nhokon,

64

anos, ~, hipertensão arterial.

26. lngreimeiti, 38 anos, s;2 ,obesidade.

27.Tep-top,

64

anos,

tl,

teve empiema pulmão direito. Pedi /rx

pulmões e exame de escarro.

28. Bekwoikô,

8

anos, ~, Greinhire,

6

anos, ~, Gruwanhoro,

5

anos, ~,

encefalopatia infantil.

29. Bep-pykaiti, 39 anos,

c3,

dermatite pruriginosa ou micose fungóide,

tratamento com metrotrexate 2,5mg (8 comprimidos 7/7 dias), loratidina, predsin 10mg, omeprazol 20mg, benzetacil 1.200.000 de 30/30 dias pela febre reumática do passado.

30. KoKonó, 19 anos, ~, litíase renal direita.

31. Bep-Kraipó, 13 anos,

<3,

escarro hemoptoico. RX pulmões e exame de escarro para TB.

(33)

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Referências

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