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Poesias
Rimas
Satíricas & Eróticas
1°Volume
Rosano Tarcindo
JARDS
---INFORMATION---Couverture : Classique[Roman (130x204)]
NB Pages : 126
pages - Tranche : 2 mm + (nb pages x 0,07 mm) =9
---Poesias- Rimas Satíricas & Eróticas - 1°Volume
Rosano Tarcindo
JARDS
Erotique
JA RD S Po es ia s- R im as S at ír ic as & E ró tic as - 1 °V ol um e2
Prefácio
Não será por mera pretensão, evocar aqui o grande poeta do século XVIII°, que nasceu em Setubal no dia 15.09.1765 às 15h. e que faleceu em Lisboa na manhã do 21.12.1805. Manuel Maria Barbosa l’Hedois du Bocage, como exemplo. Todos os lusofones o conhecem mais ou menos sem duvidas…
“Para os eruditos: – seu nome de pluma, era Elmano Sadino, e foi sem duvida, o maior representante do arcadismo lusitano. Mais que poeta foi versajador. Sua grande tia materna, a grande e celebre poetisa francesa, Anne-Marie le Page du Bocage, e seu avô materno o almirante francês Gil Hedois du Bocage, que se estalou em Lisboa em 1704”.
Mas sim, para poder confirmar, estes versos, algo obscenos, tal como fez o Bocage na sua época, claro com maior talento e inspiração. Agora são lidos por todos, são um “erótico clássico”!
Quanto a mim, não passam dum exercício intelectual, por pura distracção do espírito e regalo da alma.
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desprezavem depravação, nem tão pouco faltar ao respeito do clero, e ainda menos da gente feminina.
Nada d’isso, tudo é por piada, em estilo “Bocagiano”, mas falta o talento do imenso vate.
Peço, desde já desculpa, se posso ofuscar a sensibilidade de alguns. Mas tal não é a minha intenção.
– Ouso pensar contudo que o leitor que compra tais rimas, com um nome já deveras evocador, pode obviamente se esperar, a algo de semelhante…
Felizmente, ou infelizmente, esta linguagem já é comum, mesmo nos ‘médias’ na hora actual, onde os palavões são banais!
Agora, espero ter sido claro, e preciso que não é esta a forma de expressão que utilizo, na vida quotidiana.
Da arte de bem foder, Por doces noites veladas,
Maior é, que vão prazer, Que tomo e dou; ás minhas amadas!
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* * *
Aqui, canto de Afrodite as leis! Também sublimo, o lúbrico prazer, Conas e caralhos, aqui vereis; Sem respeito, e sem desfazer! Agora, que já o sabeis…
Se não vos convém, vão-se foder!
30 Março de 2011 Thueyts
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Desgarradas
Tenho tomates na horta, e espiga no celeiro. Tenho pouco que te dar; pois tenho pouco dinheiro. Se queres boa recolta, vêm catar meu pinteilheiro, apesar de ser pobre,
encherás o mealheiro!
9.12.09 Ó! Vira que vira!
E que volta à virar. Finge que não mira, Para melhor catar! Tenho tomates na horta, e boa espiga no celeiro; se tu não acreditas;
podes, chupar o pinteilho… Ó! Vira que vira,
E que volta a virar! Não diga mentira; Não volte a chorar…
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O Caralho Engraçado
I
O caralho fodilhão; De cabeça rubra e fendida; Tão longo, que roçava o chão, Tinha mais que medida! Era um objecto de atracção, Por quem por ele era metida! Monumento, de encantação, Pela cona por ele fodida!
II
O caralho era cortado, Ao arregaçar o pescoço; Pelo pinteilho afiado, Que lhe causava desgosto!
III
Eu sei de fonte limpa, Que o animal esganado, Nem sempre fica por cima, Pela cona é enganado, Então, passa por pelintra, Pela cona é maltratado, E cospe o espesso ódio, Pelo buraco do oratório…
Pinteilho
I
O pinteilho dos tomates, Que é o mais espesso e rijo, Não tem medo que o mates, Nem que o afogues, no mijo!
II
Pinteilho de forte cheiro, Que na cona embebido, Mesmo pobre e sem dinheiro, Pelos que fodem é temido!
III
Pinteilho, que antes andavas, Pelas conas lá de fora, Pinteilho, que descaravas, Onde o caralho sempre mora!
IV
Pinteilho tu és o fio derradeiro, Que liga caralho e colhões, Tu és o senhor verdadeiro, Da cona e das tesões!
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Cona
I
Uma cona bem pimpona, Que o sorriso me abriu, Nos largos beiços da cona, O teso caralho, me fugiu!
II
Uma cona bem babosa, Com caridade me acolheu, Uma cona tão espantosa, No meu caralho mordeu.
III
Uma cona tenra e doce, Que a porta me abriu, Seja lá pelo que fosse, Depressa me engoliu!
IV
Uma cona palpitante,
Que caralho, com ânsia devora; É mais que bastante,
Para o caralho não ficar fora!
PAI DA Humanidade
I
Tu és o senhor supremo, de tudo que tenha pinteilho; Tu lambes as bordas dos conos mal cheirosos,
Ora, teso e arrogante agora, ora, mais tarde meio inteiro, De tanto foder, os fracassos não são vergonhosos!
II
Com a idade, pouco a pouco abrandas no ardor; Já passas por vezes de cabeça baixa e indiferente, Falta-te a tesão, vives na solidão e na dor; Pobre caralho! Tu que outrora fostes imponente!
III
Eu sei, que tudo tem certo, um fim; Alguns dizem mesmo, com filosofia: – Tudo vem só da cabeça, enfim… Contudo, sem convicção nem alegria!
IV
Vem com certeza da cabeça; mas da cabeça do caralho! Pois as coisas ontem novas, hoje já são usadas!
Agora olha para o chão à procura de beatas, espantado, Dantes, espreitava as meninas nas águas furtadas! Como dizem os franceses:
“Antes olhava para ver se o nó da gravata estava bem feito, Agora, olha para ver se os sapatos estão bem engraçados!… ”