Cristiane A. Martins
ITA - Instituto Tecnológico de Aeronáutica
Chamas
O propósito desta apresentação é apresentar
considerações sobre o estudo de chamas
sem pré-mistura com aspectos pertinentes a
Apresentação – Chamas sem pré-mistura
Introdução – combustão / chamas
Aspectos da modelagem de combustão
Configurações experimentais usuais
O que é possível obter experimentalmente?
Introdução - Combustão
HT1, HT2, HT3, HTcrit são as
retas referentes a transferência de calor
Curva G refere-se ao termo de
geração de calor.
Introdução - Combustão –
Fenômeno de combustão envolve a interação de
Chamas
- Diferentes tipos de chama dependendo da disponibilidade de oxidante. Da esquerda para direita de sem mistura atépré-Introdução – Chama sem pré-mistura
A região onde a queima ocorre é denominada chama ou frente de chama.
Localização da posição da chama: em chama sem pré-mistura sua localização depende da fração de mistura estequiométrica, ditada
Introdução – Chama sem pré-mistura
Color: Temperature Distribution
Chamas - Prática
Sistemas práticosenvolvem, em geral, chamas parcialmente pré-misturadas
Chamas sem pré-mistura - análise
Historicamente –
A análise de chamas sem pré-mistura inicia-se com os de trabalhos Burke e
Schumann (1928)
Chamas sem pré-mistura
Chama laminar (efeito de flutuação dominante) / transição / turbulenta (efeito convectivo domina)
Modelagem??
Habilidade de generalizar, extrair o que é comum em
diversos problemas, e construir algoritmos efetivos para dar suporte na caracterização, análise e predição de problemas de engenharia.
Aspectos da Modelagem de Combustão
Processos Químicos –
auto sustentado pelas reações químicas entre combustível e oxidante.
Processos físicos:
Transporte de massa, momento e energia.
Aspectos da Modelagem de Combustão
Processos químicos - três grupos:
1. Processos lentos - formação de NOx, PAH (polycyclic
aromatic hydrocarbons), dioxinas e fuligem.
2. Processos em escalas tempo intermediária - reações de
iniciação e formação de CO2.
3. Processos rápidos - recombinação de radicais e cadeias
Aspectos da Modelagem de Combustão
Por que a turbulência complica a análise da
combustão?
Uma das razões é que o processo usual de manuseio de valores médios para flutuações turbulentas é ineficiente no manuseio das
taxas de formação das espécies químicas, as quais são proporcionais a uma função
Aspectos da Modelagem de Combustão
Modelo de Fase DispersaGota/dinâmica da partícula Reator Heterogeneo Devolatitização Evaporação Equações de Transporte Massa Momentum (turbulência) Energia Espécies Químicas Modelos de Combustão Premix Parcial// premix Nonpremix
Em um queimador típico, turbulência, cinética
química, radiação térmica e formação de poluentes interagem juntos no espaço de geometrias e condições de contorno
complexas.
Um queimador utilizado para pesquisa tende
a ter duas, no máximo três das complicações citadas acima.
Configurações usuais de estudo
chamas sem pré-mistura
Contrafuxo (chamas laminares)
Jato simples
Jato com chamas piloto
http://www.andreaciani.net/research_res.htm Edge Flame
Planar Flame
Configurações usuais – Contrafluxo
Basedo na estabilização por jatos contrários da mistura combustível/oxidante ou simplesmente combustível versus oxidante. Não existe interação com o queimador, portanto, estas chamas não
sofrem problema de perda de calor para o queimador.
Contra fluxo – possibilidades de estudo
Estrutura da chama e limites de extinção Geometria simples facilita modelagem
analítica
Fácil controle de parâmetros como taxa de
Configurações usuais – Jato simples
Jato simples – possibilidades de estudo
Estudo de transição para regime turbulento Efeitos de difusão diferencial na estrutura da
chama
Formação de fuligem e radiação térmica
Configurações usuais – Jato com chamas pilotos
“Piloted jet flame”
pequenas chamas piloto para estabilizar o jato (altas velocidades). Ao lado, doze pequenas
chamas (mistura de C2H2/H2/ar) são
utilizadas no estudo de chamas turbulentas.
Jato piloto – possibilidades de estudo
Condições de contorno simples (escoamento parabólico) Efeitos de interação entre turbulência-química sem
fuligem e radiação térmica
Extinção local e re-ignição
Sydney University
Sandia em Livermore,
General Electric - Schenectady, NY Delft University – Delft /Holanda
Jato piloto –
Montagem realizada ( Martins, 2003) para estudo de
chamas turbulentas, tão próxima quanto possível da de Delft
Configurações usuais – Bluff Body
Quando um ‘corpo
rombudo’ bloqueia uma área relativamente grande na saída do queimador, a chama é ancorada pelos produtos quentes
capturados no interior da esteira. Propriedades da esteira (tamanho e
recirculação) influenciam nas propriedades da chama
Estudo interação turbulência- química
Similaridade maior com combustores práticos
Em resumo...
Queimador bem projetado para pesquisa
significa aquele capaz de não somente ancorar uma chama que satisfaça os objetivos do experimento, mas
necessariamente possuir condições iniciais e de contorno bem definidas tendo sido bem caracterizado para facilitar modelagem, além de possuir fácil acesso ótico.
O que conseguimos medir ?
Temperatura (média e flutuação) Velocidade (média e flutuação) Espécies Majoritárias
Espécies Minoritárias Fuligem
Existem inúmeros métodos experimentais
utilizados na caracterização de escoamentos reativos / não – reativos.
Breve relato (sem detalhes) dos métodos
Amilcar Porto Pimenta (ITA)
Cristiane Aparecida Martins (ITA) Leila Ribeiro dos Santos (IEAv)
Luiz Gilberto Barreta (IEAv)
Maria Esther Sbampato (IEAv) Marco Aurélio Ferreira (INPE) Pedro Teixeira Lacava (ITA)
Medidas em chamas -
temperatura
Temperatura
?? – termopar de fio fino
solda microscópio 200x Termopar de Fio Fino Pt/PtRh13%
Chamas -
temperatura
H = 100 mm condição - chama rica
0 300 600 900 1200 1500 1800 -20 -16 -12 -8 -4 0 4 8 12 16 20 Posição Radial (mm) T e m p e ra tu ra ( K ) 9500 7300 5400
Medidas em escoamentos –
velocidade
sonda - fio aquecido de 5µµµµm
U$20.000
anemômetro de fio quente – medidas a frio
Laser Doppler Anemometer
U$280.000
LDA – medidas a frio e a quente
Medidas em escoamentos –
velocidade
Medidas em Chamas –
espécies majoritárias
Medidas em chamas -
espécies majoritárias
Condicionamento de amostras (R$30.000)
Analisadores de gases (US$ 12.000 cada)
Sistema de aquisição de dados (R$ 60.000)
CO2, CO, O2, NOx, UHC
Medidas em chamas -
espécies minoritárias
PLIF – Planar Laser Induced Fluoresce
Permite obtenção de perfil de radicais como OH, NO, CH e C2
US$ 200.000
Radicais em chamas - importância
Radicais
Radicais emem chamas
chamas????
Chamas turbulentas - flutuações de concentração fornecem informações sobre mistura turbulenta de espécies.
Muitos modelos consideram que reações químicas são muito mais rápidas do que a mistura turbulenta - somente é necessário descrever a mistura de uma espécie não reativa, ou escalar conservado. Este escalar usualmente é a fração de mistura, a fração de mistura normalizada de espécies não reativas Modelos de escalar conservado, não podem descrever efeitos de taxas finitas de reação como não-equilíbrio de radicais ou extinção de chamas, ou mesmo química lenta como NO
Medidas da concentração de radicais são necessárias para revelar efeitos não previstos
pelo modelo de escalar conservado.
Um radical particularmente apropriado para tal propósito é o OH. Possui papel relevante na quebra
de moléculas e uma das espécies mantenedoras da combustão. Presente próximo a zona de reação , pode ser utilizado como indicativo da taxa de deformação da zona de reação devido a influência da turbulência. Também seu tempo de vida é curto suficiente para ‘’seguir’’ a extinção local.
Medidas em chamas –
Fuligem
Baseia-se na interação da radiação
do laser com as partículas de fuligem.
A absorção da radiação do laser
para densidades de potência
(fluências) iguais ou maiores que 1 x 107W/cm2 provoca um aumento
da temperatura da fuligem até cerca de 4000K.
As partículas sólidas emitem,
nestas temperaturas, uma radiação (incandescência) que se aproxima da emissão de um corpo negro.
A intensidade da radiação emitida,
de acordo com modelos teóricos,
0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 s o o t s ig n a l [m V ]
acoustic pressure [mbar]
position 3 cm 6 cm 10 cm
Para obtenção de dados confiáveis há
necessidade de se conhecer a aplicação da técnica em detalhes, incluindo suas
limitações, bem como a prévia definição das também limitações de seu escoamento.
A análise completa de um escoamento que
Técnicas experimentais - conclusão
Resolução espacial dos dados obtidos deve ser sempre considerada. Comprimento de escalas de Kolmogorov em algumas chamas podem estar entre 30 a 150 microns, portanto, utilizando estimativas de comprimento de escala a faixa de erro da resolução espacial variará, por exemplo, entre de 3 a 16% dependendo da localização axial na chama e da velocidade do jato.
Onde obter dados experimentais para uso
TNF (Turbulent Nonpremixed Flames)
International Workshop on Measurement and
Computation of Turbulent Nonpremixed Flames
This workshop is an open and ongoing international collaboration among
experimental and computational researchers in turbulent nonpremixed and partially premixed combustion
Estudo de chamas turbulentas sem pré-mistura
Estabelecer uma biblioteca bem documentada de
chamas apropriadas para validação de modelos tendo em vista avanço na compreensão de combustão
turbulenta.
Fornecer dados para comparações entre laboratórios de resultados simulados e medidos.
Identificar prioridades para pesquisa experimental e computacional.
Biblioteca TNF
http://www.ca.sandia.gov/TNF/abstract.html
Inclui inúmeros dados provenientes das diferentes
configurações de fluxo apresentadas.
Tendo como partida chamas tipo jato de hidrogênio
seguida de chamas de hidrocarbonetos (metano, gás natural e metanol), as quais incluem desafios como extinção local e re-ignição, zonas de reação em chamas não ancoradas, fluxo de recirculação e swirl.
Ênfase atual é interação turbulência-química em chamas gasosas.
Análise pormenorizada de escoamentos turbulentos
reativos é exigida para a solução de quatro questões principais:
- turbulência gerada pela chama;
- transporte turbulento e a representação de fluxos turbulentos de
momento e escalares;
- importância relativa de processos de mistura e de cinética
química no controle das taxas médias de reação química;
Conclusão
O sucesso na modelagem química de fluxos reativos promoverá melhor
compreensão dos processos complexos de mistura turbulenta em escoamentos reativos fornecendo dados fundamentais para projeto de dispositivos práticos.