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Supercondutividade e efeito Meissner

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Academic year: 2021

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Supercondutividade e efeito

Meissner

ELETROMAGNETISMO AVANÇADO (2020-2)– 7600035

PROFESSOR PHILIPPE W. COURTEILLE LUCCA R. JUSTINO - 10728309

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Resumo

➢ Introdução histórica ➢ Condutores perfeitos

➢ Modelo de London

➢ Campo Magnético em uma chapa supercondutora

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Descoberta

➢ Em 1908 Heike Kamerlingh Onnes conseguiu liquefazer o Hélio

(4)

Descoberta

➢ Em 1908 Heike Kamerlingh Onnes conseguiu liquefazer o Hélio

líquido a temperatura de 4,2K

➢ Abaixo dessa temperatura (Temperatura crítica) Onnes observou

(5)

Descoberta

Gráfico original do experimento de Onnes. [1]

Percebe-se uma rápida queda da resistência da amostra abaixo de 4,2K, com um limite experimental de 10^(-5) Ω

(6)

Efeito Meissner

➢ A princípio, se pensava que a supercondutividade fosse nada mais

que a manifestação de resistividade elétrica nula (condutores ôhmicos perfeitos)

(7)

Efeito Meissner

➢ A princípio, se pensava que a supercondutividade fosse nada mais

que a manifestação de resistividade elétrica nula (condutores ôhmicos perfeitos)

➢ A definição de supercondutividade veio em 1933 quando Meissner

descobriu que um supercondutor, abaixo de sua temperatura crítica, expele o campo magnético em seu interior

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Efeito Meissner

➢ A princípio, se pensava que a supercondutividade fosse nada mais

que a manifestação de resistividade elétrica nula (condutores ôhmicos perfeitos)

➢ A definição de supercondutividade veio em 1933 quando Meissner

descobriu que um supercondutor, abaixo de sua temperatura crítica, expele o campo magnético em seu interior

➢ Além disso, o regime supercondutor é quebrado se o campo 𝐵

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Efeito Meissner

Ilustração do efeito Meissner para um

(10)

London em cena

➢ A teoria fenomenológica para o efeito Meissner foi desenvolvida

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London em cena

➢ A teoria fenomenológica para o efeito Meissner foi desenvolvida

pelos irmãos Fritz e Heins London em 1935

➢ Eles propuseram a seguinte equação para explicar a atenuação

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London em cena

➢ A teoria fenomenológica para o efeito Meissner foi desenvolvida

pelos irmãos Fritz e Heins London em 1935

➢ Eles propuseram a seguinte equação para explicar a atenuação

do campo magnético no efeito Meissner:

➢ Ainda assim, ela não fornecia o mecanismo físico pelo qual a

(13)

Teoria BCS

➢ A resposta veio em 1957 com a teoria BCS, desenvolvida por John

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Teoria BCS

➢ A resposta veio em 1957 com a teoria BCS, desenvolvida por John

Bardeen, Leon Cooper e J. R. Schrieffer

➢ A teoria BCS estabelece a existência de um estado ligado de 2

(15)

Teoria BCS

➢ A resposta veio em 1957 com a teoria BCS, desenvolvida por John

Bardeen, Leon Cooper e J. R. Schrieffer

➢ A teoria BCS estabelece a existência de um estado ligado de 2

elétrons, denominado Par de Cooper

➢ Em baixas temperaturas, esses elétrons supercondutores formam um

estado quântico denominado condensado. Nesse estado, os elétrons podem ser conduzidos sem nenhuma resistência

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Teoria BCS

Representação do Par de Cooper na rede cristalina. Disponível em: https://www.abc.net.au/science/articles/2011/07/20/3273635.htm

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Condutores perfeitos

➢ Sabe-se que o campo elétrico tende a se anular no interior de um

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Condutores perfeitos

➢ Sabe-se que o campo elétrico tende a se anular no interior de um

condutor perfeito

➢ É natural se perguntar se o mesmo ocorre com o campo

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Condutores perfeitos

➢ Sabe-se que o campo elétrico tende a se anular no interior de um

condutor perfeito

➢ É natural se perguntar se o mesmo ocorre com o campo

magnético, o que explicaria o efeito Meissner

➢ A equação para o campo magnético pode ser obtida a partir da

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Condutores perfeitos

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Condutores perfeitos

➢ Supondo que a corrente de deslocamento é nula e a

permeabilidade magnética próxima a do vácuo:

(1)

(2)

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Condutores perfeitos

➢ Aplicando o operador rotacional em (3) e substituindo (1)

(3)

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Condutores perfeitos

➢ Derivando (2) em relação ao tempo e substituindo em (4),

obtém-se

(24)

Condutores perfeitos

➢ Derivando (2) em relação ao tempo e substituindo em (4),

obtém-se

➢ A equação (5) prevê que a variação temporal do campo

magnético decai exponencialmente com a distância no interior do material, de forma que 𝐵 é aproximadamente constante (e não

necessariamente nulo), contrariando o efeito Meissner

(25)
(26)

Modelo de London

➢ London fez a hipótese heurística de que a segunda equação

constitutiva para supercondutores não envolveria a derivada temporal:

(27)

Modelo de London

➢ London fez a hipótese heurística de que a segunda equação

constitutiva para supercondutores não envolveria a derivada temporal:

(6)

(28)

Modelo de London

➢ Obtendo, assim, a equação de London para o campo magnético

no interior de uma material supercondutor:

(29)

Modelo de London

➢ Obtendo, assim, a equação de London para o campo magnético

no interior de uma material supercondutor:

➢ Onde λ é o comprimento de penetração de London, dado por

(8)

(30)

Campo magnético numa chapa

supercondutora

 Como exemplo de aplicação da equação de London (8), é

possível resolvê-la para um sistema que consiste numa chapa supercondutora em cujas interfaces há campos magnéticos uniformes tangenciais e paralelos

(31)

Campo magnético numa chapa

supercondutora

 Como exemplo de aplicação da equação de London (8), é

possível resolvê-la para um sistema que consiste numa chapa supercondutora em cujas interfaces há campos magnéticos uniformes tangenciais e paralelos

(32)

Campo magnético numa chapa

supercondutora

(33)

Campo magnético numa chapa

supercondutora

 Assim, se λ << 𝑎 o campo magnético se extingue no interior da

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Alguns efeitos da

(35)
(36)

Quantização do fluxo magnético

➢ Numa espira supercondutora, sabe-se que, graças ao efeito

Meissner, a densidade de corrente no interior (afastado a uma distância >> λ da fronteira do material) é nula (7)

(37)

Quantização do fluxo magnético

➢ Numa espira supercondutora, sabe-se que, graças ao efeito

Meissner, a densidade de corrente no interior (afastado a uma distância >> λ da fronteira do material) é nula (7)

➢ Segundo a teoria BCS, isso implica na quantização do fluxo

magnético total (campo externo + campo gerado pela supercorrente)

(38)

Quantização do fluxo magnético

➢ Numa espira supercondutora, sabe-se que, graças ao efeito

Meissner, a densidade de corrente no interior (afastado a uma distância >> λ da fronteira do material) é nula (7)

➢ Segundo a teoria BCS, isso implica na quantização do fluxo

magnético total (campo externo + campo gerado pela supercorrente)

(39)

Correntes persistentes

➢ É natural perguntar se a resistividade dos supercondutores é

(40)

Correntes persistentes

➢ É natural perguntar se a resistividade dos supercondutores é

realmente nula ou apenas pequena demais para ser mensurada

➢ Segundo os estudos de File e Mills o tempo de decaimento em um

solenoide supercondutor é da ordem de 100.000 anos, e o limite superior da resistividade do material seria da ordem de 10−22 Ω . 𝑐𝑚

(41)

Levitação magnética

Disponível em: https://www.first4magnets.com/blog/liquid-nitrogen-cooled-levitating-superconductor/

(42)

Levitação magnética

➢ Como o campo magnético é expelido do supercondutor, o

campo externo exerce uma pressão sobre o material

Disponível em: https://www.first4magnets.com/blog/liquid-nitrogen-cooled-levitating-superconductor/

(43)

Levitação magnética

➢ Assim, é possível manter um ferromagneto levitando em cima de

um material supercondutor

Disponível em: https://www.first4magnets.com/blog/liquid-nitrogen-cooled-levitating-superconductor/

(44)

Levitação magnética

➢ Assim, é possível manter um ferromagneto levitando em cima de

um material supercondutor

Disponível em: https://www.first4magnets.com/blog/liquid-nitrogen-cooled-levitating-superconductor/

➢ Só é possível utilizar a

levitação e outros efeitos da supercondutividade em baixas temperaturas, o que representa uma limitação tecnológica

(45)

Levitação magnética

Não seria possível a prancha flutuante de “De volta para o Futuro 2”!

Disponível em: https://www.vulture.com/2014/12/which-back-to-the-future-ii-tech-is-closest.html

(46)

Levitação magnética

Não seria possível a prancha flutuante de “De volta para o Futuro 2”!

Disponível em: https://www.vulture.com/2014/12/which-back-to-the-future-ii-tech-is-closest.html

(47)

Referências

[1] Dirk Van Delft and Peter Kes. The discovery ofsuperconductivity.Physics Today, 63(9):38–43,2010. [2] Walther Meissner and Robert Ochsenfeld. Einneuer effekt bei eintritt der

supraleitf ̈ahigkeit.Naturwissenschaften, 21(44):787–788, 1933.

[3] Fritz London and Heinz London.The elec-tromagnetic equations of the supraconductor.Proceedings of the Royal Society of London.Series A-Mathematical and Physical Sciences,149(866):71–88, 1935.

[4] John Bardeen, Leon N Cooper, and J RobertSchrieffer. Microscopic theory of superconducti-vity.Physical Review, 106(1):162, 1957.

[5] John Bardeen, Leon N Cooper, and John RobertSchrieffer. Theory of superconductivity.Physicalreview, 108(5):1175, 1957.

[6] J George Bednorz and K Alex M ̈uller. Possiblehight c superconductivity in the ba- la- cu- o sys-tem.Zeitschrift f ̈ur Physik B Condensed Matter,64(2):189–193, 1986.

[7] Maw-Kuen Wu, Jo R Ashburn, ClJ Torng, Ph HHor, Rl L Meng, Lo Gao, Z Jo Huang, YQ Wang,and aCW Chu. Superconductivity at 93 k ina new mixed-phase y-ba-cu-o compound systemat ambient pressure.Physical review letters,58(9):908, 1987.

[8]Mathsandphysicstuition/tests/notes.https://astarmathsandphysics.com/index.php?option=com_ content&view=article&id=2605:the-meissner-effect&catid=168&Itemid=1741. acessado em 05/12/2020.

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Referências

[9] Charles Kittel.Introduction to Solid State Phy-sics. John Wiley Sons, Inc., New York, Chiches-ter, The address, 7 edition.

[10] J File and RG Mills. Observation of persistentcurrent in a superconducting solenoid.PhysicalReview Letters, 10(3):93, 1963

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Referências

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