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Índice de risco histórico-geográfico de fogo florestal Uma proposta para Portugal Continental *

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* ENB, Revista Técnica e Formativa da Escola Nacional de Bombeiros, Sintra, nº. 6, 1998, p. 14-27 (em colaboração com A. BENTO GONÇALVES).

Índice de risco histórico-geográfico de fogo

florestal

– Uma proposta para Portugal Continental

*

Introdução

Desde há muito que, em Portugal Continental, se atribuem as principais causas de incêndios florestais a factores de natureza cultural e de índole sócio--económica (F. CRAVIDÃO, 1990). No entanto, as grandes condicionantes dos

fogos florestais são de natureza meteorológica (F. REBELO, 1980), porque, em

maior ou menor grau, estas condicionam todas as outras variáveis físicas, em especial o estado dos combustíveis.

Com base nestes pressupostos, só um correcto ordenamento e uma gestão florestal adequada poderão contrabalançar os efeitos negativos do elevado risco de fogo que a generalidade das nossas matas e florestas apresenta na época estival.

Com o objecto de auxiliar a planificação de acções a curto e médio prazo relacionadas com a elaboração de projectos de arborização e de recuperação de áreas ardidas, bem como no ordenamento e gestão florestal do território, o sistema de informação de risco de incêndio florestal (L. LOURENÇO et al., 1997,

p. 16-25) terá ajudado a responder à preocupação do regulamento CEE nº 2158/92, de 23 de Julho, relativo à protecção das florestas da Comunidade contra os incêndios.

No entanto, a classificação do território português em função do grau de risco de incêndio florestal não está contemplada nesse índice, pelo que nos propomos desenvolver agora o risco histórico-geográfico de fogo florestal para diferentes unidades, o qual procura reflectir o risco mais frequente nessa dada região.

É geográfico, porque considera a distribuição espacial dos incêndios, e é

histórico, porque se baseia na história dendrocaustológica (número de fogos e

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no tempo, ou seja, ao longo dos anos. Este é um dos aspectos que se nos revela fundamental, para poder vir a ser tomado em consideração tanto no ordenamento florestal, sobretudo na elaboração dos projectos florestais com vista à prevenção dos fogos florestais, como na gestão dos povoamentos florestais. Investigámos, pois, uma componente histórico-geográfica, baseada directamente no número de fogos e nas áreas ardidas em cada uma das diferentes unidades administrativas. Porque o número de fogos e as áreas ardidas reflectem indirectamente todas as variáveis envolvidas no processo, desde as condições de natureza física (meteorológicas, combustíveis, relevo, ...), até às causas directas e indirectas do fogo, essencialmente de origem humana, passando ainda pela eficiência ou não do próprio combate (fots 1 a 3), pensamos que a sua representação cartográfica, através do índice de risco histórico-geográfico, constitui um bom método de análise da incidência e comportamento dos fogos nas diferentes regiões.

O presente trabalho dá-nos assim conta de um método prático para obtenção desse risco e, ao mesmo tempo, a cartografia dos resultados obtidos permite visualizar, de maneira mais clara, a distribuição espacial das diferentes classes de risco.

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Porque nos parecia existir um certo agravamento do risco de fogo florestal, além da análise conjunta dos dados para todos os anos do período em estudo, considerámos também a sua evolução separadamente, em cada um dos três últimos quinquénios.

Depois de uma breve descrição da metodologia, passaremos então a apresentar alguns elementos estatísticos e a considerar os resultados obtidos.

1. Metodologia de análise

O índice de risco histórico-geográfico permite conjugar a importância dos incêndios ocorridos nos anos anteriores, com a sua localização, através da combinação do número de fogos com o valor das áreas ardidas na unidade considerada.

A sua averiguação é feita através da análise estatística do número de fogos e das áreas ardidas, à qual se associa a respectiva representação cartográfica, obtendo-se assim a distribuição espacial do risco de incêndio nas diferentes regiões.

No seguimento de trabalhos anteriores sobre a mesma temática (L. LOURENÇO,

A. J. BENTO GONÇALVES, H. SOARES, 1988; L. LOURENÇO, 1989; 1992; 1994a

e 1994b), surgiu agora a necessidade de se aperfeiçoar a metodologia, visando o desenvolvimento de uma fórmula capaz de permitir o cálculo do índice de risco histórico-geográfico, uma vez que a tabela de dupla entrada antes proposta (L. LOURENÇO, 1994b) não se revelou suficientemente expedita.

Deste modo, o índice de risco histórico-geográfico de fogo florestal determina-se pela seguinte fórmula:

IRHG – Índice de risco histórico-geográfico da unidade territorial em análise

(mancha florestal, freguesia, concelho, distrito, sub-região, região, ...);

AAi – Área ardida (ha) na unidade territorial em análise, ao longo do intervalo de tempo (ano) considerado;

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NIFi – Número de ocorrências de fogos florestais na unidade territorial, ao longo do período de tempo (ano) considerado;

A – Área da unidade (ha) territorial em análise.

A – Área média (ha) do conjunto das unidades territoriais do tipo em análise.

32290 – Área média (ha) dos concelhos do Continente, unidade base de determinação do índice.

n – Número de anos correspondentes ao intervalo de tempo considerado. i – Ano inicial, dos anos correspondentes ao intervalo de tempo considerado.

Esta nova fórmula continua a contemplar as premissas da metodologia anterior, ou seja, a relação da média anual da área ardida, que reflecte a importância das causas indirectas dos fogos florestais, com o número médio anual de fogos, que reflecte a importância das causas directas, devidamente enquadradas na superfície de cada unidade de análise. Por outro lado, permite uma determinação mais cómoda e precisa do índice de risco histórico--geográfico, que também se hierarquiza em cinco classes(1): reduzido,

moderado, elevado, muito elevado e máximo, o que facilita, quer a visualização, quer a leitura dos mapas.

Os primeiros estudos foram aplicados aos concelhos. Atendendo à dispersão dos valores obtidos, para definirmos as diferentes classes de risco, utilizámos uma escala de progressão geométrica (QUADRO I).

Contudo, quando aplicámos esta metodologia às outras unidades territoriais (freguesias, distritos e NUT’s(2) de ordem III), verificámos que os 1 Em trabalhos anteriores designámos as cinco classes por: baixo, moderado, alto, muito alto e extremo.

No entanto, não nos parece dever manter essa designação na medida em que há dois extremos (o inferior e o superior) pelo que não será a terminologia mais adequada.

Por outro lado, falar de risco alto ou de uma situação de alto risco não é bem a mesma coisa, pelo que preferimos passar a adjectivar de baixo e alto risco as situações que lhes correspondem, e não as classes de risco. Assim, propomos uma nova terminologia, indicando a sua equivalência às antigas denominações:

2 Nomenclatura de unidades territoriais, cujas matrizes de delimitação geográfica foram estabelecidas

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limiares de separação das classes eram diferentes dos obtidos para os concelhos. Tornou-se então necessário definir um factor de correcção, que viesse anular as alterações introduzidas pela diferença de superfície existente entre as diferentes unidades consideradas.

Depois de diversos ensaios verificámos que dividindo a área média de cada unidade territorial (distrito, NUT III, concelho e freguesia) pela área média dos concelhos(3), unidade territorial tomada como base, os limiares de

separação das classes passaram a ser idênticos.

Atendendo a que as três últimas classes de risco podem ser englobadas numa única situação, mais abrangente, de alto risco, as primeiras classes representam-se, respectivamente, em verde e amarelo e as restantes aparecem em três tonalidades de vermelho, fazendo corresponder as três situações de risco às cores semafóricas

(QUADRO I).

Aplicando esta metodologia às diferentes unidades, administrativas e geográficas, passa a ser fácil analisar comparativamente unidades territoriais com dimensões diferentes.

Deste modo, a análise que se segue pretende avaliar o risco de fogo florestal nesta perspectiva histórico-geográfica, mostrando a evolução verificada nos três últimos quinquénios, em cada uma das unidades administrativas mais utilizadas: distrito, sub-região (NUT III) e concelho.

3 Distritos - 493 320 ha; NUT III - 317 130 ha; Concelhos - 32 290 ha; Freguesias - 2 210 ha; logo

ADist./AConc.=15,3; ANUT/AConc.=9,8; AConc./AConc.=1 e AFreg./AConc.=0,07, pelo que os factores de correcção passam a ser respectivamente 15,3; 9,8; 1 e 0,07.

QUADRO I - Classes de índice de risco histórico-geográfico e seus valores limites

Situação Baixo Risco Médio Risco

Classe de Risco Intervalos de Classe Cor 1 –Reduzido 2 –Moderado 3 –Elevado 4 –Muito Elevado 5 –Máximo 0 – 29,9 30 – 299,9 300 – 2999,9 3 000 – 29 999,9 ≥ 30 000 Verde Amarelo Verm. claro Vermelho Verm. escuro Alto Risco

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Muito embora a análise ao nível dos distritos nem sempre se revele geograficamente correcta, é no entanto muito válida, atendendo ao facto de ser um espaço de decisão política por excelência.

A análise por sub-regiões, revela-se geograficamente mais homogénea, visto definir áreas com relativa semelhança interna, no que diz respeito a condições de natureza física e humana. Além disso, em vez de 18 distritos, as sub-regiões (NUT’s III) são 28, o que transmite maior diversidade à análise, pelo que é natural que os contrastes sejam mais nítidos, o que pode ajudar no momento de tomar decisões. No entanto, à medida que descemos de escala, os contrastes acentuam-se, pelo que será ao nível dos concelhos que a análise apresenta maior rigor, dentro das três unidades agora consideradas. Contudo, será ao nível das freguesias que a decomposição se apresenta mais minuciosa, mas a sua apresentação, atendendo ao número de efectivos, transcende os objectivos deste ensaio.

Porque o volume dos dados disponíveis permite uma análise por quinquénios (1980-84, 1985-89 e 1990-94), é possível estabelecer uma análise sequencial e comparativa da evolução do risco em cada uma das unidades consideradas, ao longo destes três intervalos de tempo, bem como dos valores médios verificados no período dos quinze anos estudados.

O índice de risco histórico-geográfico pode servir de factor de correcção à tendência do risco de incêndio para o dia seguinte (L. LOURENÇO et al., 1997),

transformando a progressão geométrica em aritmética, o que se consegue através da seguinte fórmula:

Os valores obtidos para R, de acordo com o respectivo grau de risco, constam do QUADRO II.

Se à fórmula do índice de risco de progressão de fogo florestal, antes referida, adicionarmos a tendência meteorológica do estado do tempo para o dia seguinte, resultante da variação ou não da temperatura, da humidade relativa do ar e da velocidade do vento, e se multiplicarmos o resultado pelo

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factor de correcção, obteremos a tendência de risco de fogo florestal para o dia seguinte, ou seja, a fórmula passará a ter a seguinte expressão:

TIRIFFLL – Tendência do índice de risco de fogo florestal para o dia

seguinte, relativa às 12 horas solares;

Tdc – Temperatura do ar do dia em causa, em °C; Udc – Humidade relativa do ar do dia em causa, em %;

Vdc– Velocidade do vento do dia em causa, em Km/h, quando o seu rumo (D) está situado entre os quadrantes 350° a 360° e 0° a 180°, ou seja,

350° - D - 360° v 0° - D - 180°;

Tds– Temperatura do ar prevista para o dia (ou dias) seguinte(s), em °C; Uds– Humidade relativa do ar prevista para o dia (ou dias) seguinte(s), em %;

Vds– Velocidade do vento do dia (ou dias) seguinte(s), em Km/h, quando o rumo previsto se situar entre os quadrantes 350° a 360° e 0° a 180°, ou

seja, 350° - D - 360° v 0° - D - 180°;

AAi– Área ardida (ha) na unidade territorial em análise, ao longo do intervalo de tempo (ano) considerado;

NIFi – Número de ocorrências de fogos florestais na unidade territorial, ao longo do período de tempo (ano) considerado;

A – Área da unidade (ha) territorial em análise.

A – Área média (ha) do conjunto das unidades territoriais em análise.

32290 – Área média (ha) dos concelhos do Continente, unidade base de determinação do índice.

n – Número de anos correspondentes ao intervalo de tempo considerado. i – Ano inicial, dos anos correspondentes ao intervalo de tempo

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2. Resultados obtidos

2.1 Evolução do Risco por Distritos

Quando se analisa a distribuição do índice de risco histórico-geográfico por distritos, relativa aos quinquénios de 1980-84, 1985-89 e 1990-94, verifica-se que apenas cinco distritos não sofreram qualquer mudança de classe de risco (Viana do Castelo e Coimbra – Risco muito elevado; Leiria – Risco elevado; Setúbal e Évora – reduzido), havendo alterações nos restantes catorze distritos (fig. 1).

No entanto, quando se faz uma análise dos valores absolutos, verifica-se existir agravamento em oito distritos (Castelo Branco, Coimbra, Faro, Guarda, Leiria, Santarém, Vila Real e Viseu) e desagravamento em apenas um distrito (Lisboa), que, contudo, muitas vezes, não é suficiente para implicar uma mudança para a classe seguinte (QUADRO III).

Nos outros nove distritos, observa-se a existência de oscilações. Assim, em três deles (Bragança, Évora e Setúbal), após ter existido um desagravamento do risco, entre o primeiro e o segundo período, notou-se depois um agravamento entre os segundo e terceiro quinquénios. Nos restantes seis distritos (Aveiro, Beja, Braga, Portalegre, Porto, e Viana do Castelo), ocorreu uma evolução inversa, ou seja, agravamento seguido de desagravamento do risco, contribuindo para suavizar a tendência geral para o aumento do risco de incêndio.

QUADRO II - Classes do factor de correcção à tendência do risco de incêndio

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QUADRO III - Valores do índice de risco histórico-geográfico, por Distrito

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QUADRO IV - Classes de risco e efectivos por distrito, nos quinquénios e no

quindénio

Este constante agravamento do risco, comprova-se facilmente, analisando o conjunto das situações de alto risco. Com efeito, a percentagem de distritos situados nestas classes vai aumentando, tendo passado de 61,1% no primeiro quinquénio, para 66,7% no segundo e 72,2% no terceiro (QUADRO IV e fig. 2).

Em termos de número de distritos, essa evolução é de 11 no primeiro, passando a 12 no segundo e a 13 distritos no terceiro quinquénio, respectivamente.

O aumento do risco de fogo florestal é particularmente evidente entre o primeiro e o segundo quinquénios, quer pela redução, para metade, do número de distritos com risco reduzido e ligeiro aumento do número de distritos com risco moderado, quer, sobretudo, pelo agravamento das situações de alto risco. Com efeito, a drástica diminuição de efectivos das classes de risco elevado, menos de metade, no segundo quinquénio, relativamente ao primeiro, foi acompanhada pelo aumento impressionante dos efectivos da classe de risco muito elevado, que quase duplicaram os do primeiro quinquénio e, mais ainda, pelo facto de dois distritos se terem situado na classe de risco máximo que, no quinquénio antecedente, não tinha registado qualquer efectivo (fig. 2).

O último quinquénio apresentou, a nível distrital, um ligeiro desagravamento do risco que, como vimos, é mais aparente do que real, não só em função dos limiares definidos para separação das diferentes classes, mas também da evolução das condições que, directa e indirectamente, condicionam o risco de incêndio florestal em cada concelho.

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2.2 Evolução por NUT’s III

Quando se faz uma análise evolutiva do risco de incêndio, a nível de sub--regiões, verifica-se um sério agravamento do primeiro para o segundo quinquénio. Assim, entre 1980-84 e 1985-89 verificou-se um aumento do risco em 21 das 28 NUT’s III e apenas em 7 delas se registou uma diminuição do risco (Douro-Vouga, Alto Trás-os-Montes, Médio Tejo, Grande Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo Central e Alentejo Litoral), no entanto, quase sempre insuficiente para determinar mudanças para as classes inferiores, à excepção do Alentejo Litoral (QUADRO V e fig. 3).

Verifica-se pois, um aumento do número de efectivos nas três classes mais altas, e uma diminuição nas duas classes mais baixas, ou seja, a classe de risco máximo passa de 0 para 3 NUT’s III, enquanto que a classe de risco reduzido perde 3 NUT’s III. Do mesmo modo, a classe de risco moderado reduz os seus efectivos para menos de metade, passando de 10 para 4 NUT’s, redução que é compensada pelo aumento do número de efectivos da classe de risco muito elevado (QUADRO VI e fig. 4).

Entre 1985-89 e 1990-94 a evolução não foi tão regular. Observa-se então, que em 11 das 21 NUT’s III, cujo risco tinha aumentado do primeiro para o

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segundo quinquénio, tem agora lugar um desagravamento do risco, passando 7 delas para a classe inferior (Cávado, Grande Porto, Tâmega, Baixo Vouga, Pinhal Litoral, Oeste e Alto Alentejo). Nas restantes 10 mantém-se o agravamento do risco.

Em 5 das 7 NUT’s III onde tinha ocorrido uma diminuição do risco nos quinquénios anteriores, observa-se agora um agravamento.

De realçar o caso do Cávado, que de um risco inicialmente reduzido (80 -84), passou para um risco muito elevado (85-89) e, em seguida, para um risco moderado (90-94), o que resulta, entre outros factores, da diversidade sub-regional.

Apenas no Alentejo Litoral e na Grande Lisboa se verificou um desagravar constante do risco.

Em termos estatísticos, é nítida a manutenção de 3 NUT’s III com risco máximo, uma diminuição de 10 para 8 NUT’s III com risco muito elevado e um aumento de 7 para 8 NUT’s III com risco elevado. Houve diminuição de 1 NUT III na classe de risco moderado, pelo que se registou em apenas 3 NUT’s III. No entanto, existiu aumento de 2 NUT’s III na classe de risco reduzido, que passou a afectar 6 destas unidades.

Em jeito de resumo, pode dizer-se que se verificou um agravar constante do risco em 10 NUT’s III (Dão-Lafões, Beira Interior Norte, Baixo Mondego, Serra da Estrela, Pinhal Interior Norte, Beira Interior Sul, Pinhal Interior Sul, Lezíria do Tejo, Baixo Alentejo e Algarve), e um desagravar constante em apenas 2 delas (Alentejo Litoral e Grande Lisboa).

Contudo, na maior parte, ou seja, em 16 das 28, observa-se uma evolução irregular.

Em11 delas existe um agravamento inicial, seguindo-se um desagravamento posterior, entre o segundo e o terceiro quinquénio (Minho-Lima, Cávado, Grande Porto, Ave, Tâmega, Douro, Baixo Vouga, Cova da Beira, Pinhal Litoral, Oeste e Alto Alentejo). Nas restantes 5, verifica-se o oposto, após um desagravar inicial do risco, segue-se um agravamento na segunda fase (Alto Trás os Montes, Douro--Vouga, Médio Tejo, Península de Setúbal e Alentejo Central).

Assim, as 3 classes mais altas sofrem um aumento de efectivos entre 1980-84 e 1990-94, enquanto que as 2 classes mais baixas registam uma diminuição no mesmo período.

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QUADRO VI - Classes de risco e efectivos por NUT’s, por quinquénios e no

quindénio

QUADRO V - Evolução do risco histórico-geográfico de incêndio florestal em

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Fig. 4 - Evolução do risco histórico-geográfico de fogo florestal em Portugal Continental, por quinquénio (80-94) e por NUT’s III.

A justificação para o agravamento parece-nos ser de ordem estrutural, associada a factores físicos e humanos conhecidos, mas de difícil resolução, pelo que o risco de incêndio continua a acentuar-se.

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O desagravamento verificado em determinadas sub-regiões, mais do que de um esforço concertado nesse sentido, parece-nos resultar de circunstâncias conjunturais, fortuítas, que, nada impede, no próximo quinquénio poderão contribuir para novo agravamento do risco de incêndio.

2.3 Evolução por Concelho

Quando se desce ao nível dos concelhos, os contrastes acentuam-se, o que permite uma análise mais rigorosa, ressaltando muito claramente, não só os concelhos das Regiões Norte e Centro, como sendo aqueles que maior risco apresentam, mas também resulta igualmente bastante claro, o contínuo agravamento do risco de incêndio florestal (fig. 5). No entanto, verifica-se um fortíssimo agravamento entre o primeiro e o segundo quinquénio, passando o conjunto das classes de “elevado risco”, de 15,6% para 33,8%, enquanto que, entre o segundo e o terceiro quinquénio, existe um ligeiro desagravamento, apenas de 0,7% (Quadro VII e fig. 6).

Observa-se igualmente um agravamento generalizado do primeiro para o segundo quinquénio, nos concelhos das Região Centro e Norte. Entre o segundo e o terceiro quinquénio, existe um aumento nos concelhos da Região Centro, mas verifica-se um desagravamento nos concelhos da região Norte.

Em termos de risco máximo, verifica-se um brusco aumento do número de concelhos. No quinquénio de 1980-84, nenhum concelho apresenta risco máximo, passando esse número para quatro no quinquénio de 1985-89 (Guarda, Sabugal, Covilhã e Ponte de Lima), e para seis no último quinquénio estudado, 1990-94 (Trancoso, Guarda, Celorico da Beira, Sabugal, Gouveia e Seia).

Contudo, dos quatro concelhos que apresentavam risco máximo no segundo quinquénio, apenas dois (Guarda, Sabugal) mantiveram essa situação no terceiro quinquénio.

Outra conclusão que a análise comparativa destes mapas permite obter é a deslocação geográfica cada vez mais para sul, dos concelhos com risco mais elevado. Com efeito, no primeiro quinquénio, todos os concelhos com risco muito elevado se situaram a norte do Rio Zêzere.

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QUADRO VII - Classes de risco e efectivos por concelhos, por quinquénio e

no quindénio

Fig. 5 - Evolução do risco histórico-geográfico, no Continente, por concelhos.

No quinquénio seguinte, os concelhos com risco muito elevado ou máximo continuam quase todos a localizar-se a norte do Rio Zêzere, à excepção da Sertã, Fundão e Castelo Branco, pelo que este rio ainda continua a marcar bem o contraste entre o Norte e o Sul do país, em termos de risco de incêndio, mas, neste quinquénio, passou a verificar-se um aumento do número de concelhos com risco elevado, situados entre os rios Zêzere e Tejo, o que acentua a tal migração para sul.

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No último quinquénio, mais três destes últimos concelhos passaram a registar risco muito elevado (Mação, Tomar e Oleiros), aproximando do rio Tejo a linha divisória dos contrastes e marcando bem o agravamento do risco de incêndio da generalidade dos concelhos da Região Centro, com excepção de um reduzido número de concelhos situados na franja litoral.

À volta da Serra de Monchique, no Algarve, assistiu-se também ao agravamento do risco, tendo o concelho de Portimão registado um risco muito elevado.

Deste modo, pesamos que este tipo de representação cartográfica, além de permitir visualizar o risco de incêndio de uma maneira muito clara e cómoda, facilita também a comparação do risco nas diferentes unidades administrativas, podendo ajudar a planificar a sua gestão, em particular, indicando as áreas onde a intervenção é prioritária.

3. Análise do risco histórico-geográfico no período compreendido entre 1980 e 1994

Analisada a evolução do risco histórico-geográfico de fogo florestal, nos três últimos quinquénios, em cada uma das unidades territoriais consideradas, procedemos agora à cartografia dos dados relativos ao total dos 15 anos, ou

Fig. 6 - Evolução do risco histórico geográfico de fogo florestal, em Portugal Continental, por quinquénio (80 -94) e por concelhos.

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seja, ao valor médio do conjunto dos três quinquénios.

O facto de dois dos três concelhos com risco máximo pertencerem ao distrito da Guarda (Guarda e Sabugal), origina que apenas este distrito apresente um risco máximo no conjunto do período estudado (1980 a 1994), enquanto que, no extremo oposto, aparecem os distritos de Évora, Setúbal e Beja, com risco eduzido (fig. 7).

Em termos estatísticos, verifica-se pois, existir apenas um distrito com risco máximo e três distritos com risco reduzido.

No entanto, o número de distritos com alto risco (elevado, muito elevado e máximo) é de catorze, o que representa 77,8% dos distritos de Portugal Continental.

Relativamente às NUT’s III, existem três delas com risco reduzido (10,7%), quatro com risco moderado (14,3%), onze com risco elevado (39,3%), oito com risco muito elevado (28,6%) e duas com risco máximo (7,1%), o que representa um total de 21 NUT’s III (75%) com alto risco de incêndio (fig. 8).

Com efeito, são as da Beira Interior Norte e Pinhal Interior Norte, aquelas que apresentam a situação de mais elevado risco (máximo).

No extremo oposto, são as sub-regiões do Alentejo Central, Península de Setúbal e Baixo Alentejo, aquelas que menor risco apresentam (reduzido).

Grande Lisboa, Lezíria do Tejo, Alto Alentejo e Alentejo Litoral aparecem com risco moderado, enquanto que o risco muito elevado aparece representado no Minho-Lima, Ave, Tâmega, Douro, Dão-Lafões, Serra da Estrela, Cova da Beira e Pinhal Interior Sul.

As situações de risco elevado aparecem nas sub-regiões do Litoral, a norte da Grande Lisboa (excepto no Minho-Lima), ao longo do Rio Tejo (excepto na Lezíria do Tejo), no Alto Trás-os-Montes e no Algarve.

Em termos absolutos, pode dizer-se que, por ordem decrescente, encontramos a Beira Interior Norte e o Pinhal Interior Norte como as situações mais graves, enquanto que o Alentejo Central nos aparece com a situação de menor risco. Deste modo, quando se desce ao nível dos concelhos, verifica-se que 70 deles (25,4%) apresentam risco elevado, 31 (11,3%) risco muito elevado e apenas 3 deles (1,1%) apresentam risco máximo, o que corresponde a 104 concelhos (37,8%) em situação de alto risco. Os restantes 62,2%, ou seja,

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respectivamente 61 concelhos (22,2%) apresentam risco moderado e 110 (40%) risco reduzido (fig. 9).

Fig. 7 - Evolução do risco histórico-geográfico, no Continente, por Distritos

Fig. 8 - Evolução do risco histórico-geográfico, no Continente, por NUT’s III.

Fig. 9 - Evolução do risco histórico-geográfico, no Continente, por Concelhos.

Nestas circunstâncias, observa-se que os limiares estabelecidos para separar as diferentes classes de risco mantêm um certo equilíbrio entre as situações de alto risco e as restantes. Além disso permitem, ainda, ilustrar o agravamento daquelas, de modo a que o risco máximo possa corresponder a um número de concelhos restrito, onde é mais urgente aplicar medidas concretas no sentido de o inverter. A implementação de medidas genéricas de prevenção, deve viabilizar a aplicação das medidas adequadas, adaptadas a cada um deles, porventura diferentes de uns para outros, em função da especificidade local, que só uma análise pontual permitirá apurar.

Como é sabido, a maioria dos concelhos com risco reduzido concentra-se na Região do Alentejo, enquanto que os de risco máximo se localizam na área da Cordilheira Central.

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Esta análise conjunta, permite, pois, individualizar diferentes unidades atendendo ao risco histórico-geográfico de incêndio. Assim, o Alentejo e o Este Algarvio aparecem-nos com um risco reduzido, havendo uma unidade de transição, com limites fluidos, pouco precisos, que aproximadamente acompanha o Rio Tejo, a qual aparece com um risco moderado. Litoral Centro, Trás-os-Montes e o Oeste Algarvio apresentam risco elevado. O Interior Centro-Norte e o Litoral Norte revela um risco muito elevado, estando o risco máximo localizado na Região da Guarda.

4. Medidas gerais de prevenção

Embora o conhecimento detalhado de cada uma das unidades territoriais, a que correspondem condições específicas de risco, possa apontar para outras soluções, entendemos propor algumas medidas gerais de prevenção, que, na falta de elementos mais precisos, poderão orientar aqueles que as tenham de aplicar.

Risco Reduzido:

Embora necessárias, as acções de prevenção não são prioritárias nestas unidades territoriais, aconselhando-se todavia acções de sensibilização, no sentido de não se vir a verificar um agravamento do risco de incêndio.

Risco Moderado:

Deverão dinamizar-se também acções de sensibilização, com os mesmos objectivos, e, ainda, averiguar sobre eventuais carências materiais e/ou humanas, a nível de estruturas e de equipamento, tanto de prevenção como de combate, a fim de poderem ser solucionadas.

Risco Elevado:

É uma situação que carece de cuidados especiais, em particular a nível de campanhas de sensibilização tendentes a reduzir o número de fogos, sendo necessário desenvolver as estruturas e equipamentos de prevenção, ordenamento e gestão, bem como de combate, para que as áreas ardidas possam também decrescer.

Risco Muito Elevado:

Estas unidades territoriais revelam, além das naturais dificuldades provocadas pelo relevo e pelo vento, eventuais carências materiais e/ou

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humanas que importa inventariar, para lhes pôr cobro.

Para que esta situação possa vir a ser alterada no futuro, estas unidades territoriais requerem particulares medidas de reforço dos meios de combate, de prevenção, ordenamento e gestão florestal, sobretudo ao nível de estruturas e de acompanhamento dos povoamentos florestais, bem como de sensibilização de populações.

Risco Máximo:

As acções de sensibilização tendentes a reduzir o número de fogos são, aqui, particularmente importantes, devendo ser acompanhadas com o reforço dos meios de combate, de prevenção, ordenamento e gestão florestal, a fim de que, no futuro, se possa evitar a incineração de grandes áreas e, concomitantemente, a sua transformação em fenómeno cíclico.

Fig. 3 - Pormenor do combate a incêndios florestais com água.

Conclusão

A cartografia detalhada e simultânea das áreas queimadas e do número de incêndios, efectuada a partir do índice de risco histórico-geográfico, permite identificar as regiões com maior sensibilidade ao fogo, logo, com maior risco de incêndio.

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A fórmula agora proposta para determinar o risco de incêndio histórico--geográfico permite comparar, com base em critérios científicos, a realidade dendrocaustológica de cada unidade administrativa, independentemente de critérios económicos, políticos ou outros.

É óbvio que, por se basear em factores passados, a tendência apresentada poderá ser pontual e bruscamente alterada, se forem introduzidos factores com peso local muito forte e a sua influência for muito curta no tempo, como, por exemplo, a intervenção de pirómanos.

Contudo, quando se possui uma série relativamente extensa de observações, estes factores, ainda que com muito significado local, acabam por se atenuar no tempo e no espaço, pois quando consideramos séries relativamente longas, algumas dessas situações acabam por estar contempladas.

Pensamos que a nova fórmula permite reflectir, indirectamente, tanto as características físicas, que facilitam a progressão, como os factores humanos, que contribuem para o aumento do número de incêndios florestais. Por esse motivo, deverá passar a constituir um auxiliar indispensável, a ter em conta não só nas campanhas de prevenção directa e combate aos fogos florestais, mas também, e sobretudo, nos projectos de reflorestação das áreas ardidas e no ordenamento florestal do território.

Contudo estamos conscientes de que não se trata de um trabalho final, definitivo sobre o assunto, pois sabemos que ainda estamos a dar os primeiros passos. Mesmo no estrangeiro existem poucos estudos sobre este assunto. No entanto, com os comentários, as críticas, enfim, com as contribuições que esperamos receber dos leitores, estamos certos de poder melhorar ainda mais esta fórmula. Ficamos, pois, à espera.

Agradecimento

Os autores desejam manifestar o seu público agradecimento ao Ministério da Administração Interna, que, através da Comissão Nacional Especializada de Fogos Florestais, tem suportado financeiramente grande parte da investigação desenvolvida pelo NICIF, bem como à Direcção-Geral das

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Florestas e às Direcções de Serviços das Florestas das Direcções Regionais de Agricultura que, graciosamente, têm fornecido grande parte dos dados que suportam a investigação.

Estamos gratos, ainda, ao Serviço Nacional de Bombeiros e às outras entidades que, no terreno, respondem afirmativamente às nossas solicitações, no sentido de, em conjunto, minorarmos as graves consequências dos incêndios florestais.

Um último e merecido agradecimento, à Drª. Gabriela Salgueiro, sempre disponível para nos ajudar na resolução dos problemas sentidos no tratamento da informação estatística, e aos alunos que colaboraram connosco na recolha/ tratamento da informação. A todos o nosso reconhecido obrigado.

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