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Video: Lavar a Loiça Com a Avó Odette

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Academic year: 2021

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Video: Lavar a Loiça

Com a Avó Odette

Rui: Dia 24.

Avó: Dia 24, pois. Então, vamos lá dia 24, está bem. Rui: Pode ser?

Avó: Pode, filho. Então, quando tu quiseres, a avó

também quer.

Rui: E o que é que estás a fazer?

Avó: Olha, estou a arranjar uma manga para ver se

como com um bocadinho de queijo. A avó hoje não almoçou muito bem.

Rui: Estás a comer manga com queijo? Avó: Com queijo, é.

Rui: E fica bom?

Avó: Vou comer. Estive a comer dois figuinhos... Rui: Ah, isso eu gosto, figo.

Avó: ...Eu comprei na frutaria e agora estive a comer

dois, e agora está ali o resto para eu comer. Se cá viesses, comias figos com a avó também.

Rui: Diz ao avô que é dia 24. Avó: Sim.

Rui: Diz ao avô.

Avó: Digo, digo ao avô. Rui: Que é dia 24.

Avó: Está bem, está bem, está bem. Rui: Vá, beijinhos.

Avó: Está bem, beijinhos. Quando é que é dia 24? Rui: Olha, é depois do 23!

Avó: Ah, é depois do 23, pois! Está bem, estou a ver.

É uma quarta-feira.

Rui: Boa, boa.

Avó: É uma quarta ou uma quinta. É uma quinta.

(2)

sexta.

Rui: Então? É uma quarta, é uma quinta; é uma

quinta, é uma sexta?

Avó: Olha, parece... Está aqui que é uma sexta.

Uma sexta-feira.

Rui: Boa, boa.

Avó: Dia 24 é uma sexta-feira. Rui: Então, é depois da quinta. Avó: É, é depois da quinta, pois. Rui: Está bem.

Avó: É depois daqui da sardinha assada. Rui: Mas é antes do sábado.

Avó: Pois. Está bom. Vou ver se posso ir. Vou ver

como é que eu estou.

Rui: Olha, não vais. Vou eu e o avô.

Avó: Não vais nada. Eu também vou! Então, nem

que seja atrás do carro. Olha, atrelas-me ao carro e levas-me.

Rui: Ficas em casa, ficas em casa.

Avó: Não fica não, não fica não senhora. A avó

precisa de sair, precisa de sair, está bem? Esquecer a doença.

Rui: Está bem. Avó: Está bem? Rui: Está bem.

Avó: Está bom, pronto. Então, vá, agora só depois

de dia 24, não?

Rui: Não, antes disso eu vou aí dar um beijinho. Avó: Ah, bom, bom. Isso está bem. Também

agradeço muito.

Rui: Está bem?

Avó: Esse beijinho é amoroso, esse. Esse é

milagroso.

Rui: Eu vou aí no dia 19.

Avó: Ai, que bom. Está bom, está bom... Está bem,

filho.

Rui: Adeus...

Avó: Então vem cá dia 19, está bem. Certinho e

direitinho, está bem?

(3)

Avó: Pronto, beijinhos, filho, beijinhos. Dia 19 vem

cá dar um beijinho. Dia 24, prepara-te para ires também dar à sola... Estava a dizer que ia mais o avô e deixava-me cá a mim. Isso é que era bom! Que fosses mais o avô e deixavas-me cá a mim... Isso é que era bom.

Avô: O Rui deixava-te cá. Avó: Hã?

Avô: O Rui devia levar-me a mim e deixar-te cá. Avó: Ah, isso é que era uma... Isso é conversa dele. Avó: Então, o meu neto aqui?!

Rui: Então, é dia 24!

Avó: Então, quando é que é? Rui: Agora é dia 24!

Avó: É dia 24 o quê? Rui: Não combinámos?

Avó: Combinámos, para o dia 24. Rui: O que é que tu andas a fazer? Avó: Olha, estou a lavar a loiça. Rui: Lavar a loiça?

Avó: Vou lavar agora a loiça. Agora é que me

apeteceu; estive primeiro a dormir a sesta.

Rui: Olha essas pantufas!

Joel: Foi uma grande surpresa, não foi?

Avó: O que é que... Onde é que... Como é que ele

entrou?

Rui: Saltei.

Avó: Ah, saltou o muro. Joel: O Rui saltou, sim.

Avó: Saltou, pois. É sempre assim. Joel: Caiu do céu.

Avó: Tu, querida, como é que tu saltavas? Então,

não eras capaz de saltar...?

Joel: Com a Elza, não. Avó: Tu não eras... Joel: Olá!

Avó: Olá. Como é que estás? Rui: O que é estás a fazer?

(4)

Rui: Aquela loiça toda? Avó: Hã, filho?

Rui: Quem sujou aquilo tudo?

Avó: Tudo, olha, cá em casa. Quem é que há-de

ser?

Rui: Ai, meu deus. Olha, para que é isto? Avó: É para passar a loiça.

Rui: E isso?

Avó: Isso é para lavar.

Rui: Então e... Ah, isto aqui é água fria? Avó: Não, é água quente.

Rui: E depois pões onde?

Avó: Ponho aí, aqui no escorregador.

Rui: Escorredor. Porquê? Porque escorre a água. Avó: ...A água, está bom.

Rui: E o que se chama isto? Avó: Lava-loiça.

Rui: É o quê? Como é que se chama isto? Avó: Isso é detergente para a loiça.

Rui: E isto aqui, como é que se chama? Avó: Isso é uma esponja.

Rui: Esponja. E isto, como é que se chama? Avó: Opá, é um alguidar!

Rui: Alguidar. E isto? Avó: Isso é uma torneira.

Rui: Sabes porque é que eu estou a perguntar

estas coisas? Porque as pessoas que ouvem este vídeo não sabem o nome destas coisas.

Avó: Ah, não sabem, ah. Rui: Estão a aprender.

Avó: Ai é? Ah, está bom. Então, deixa estar que eu

ensino-lhes.

Rui: Estão a aprender português. Não é? Por

exemplo, isto aquece a água. Como é que se chama?

Avó: Aquece. É o esquentador.

Rui: Esquentador. A isto, chamamos uma torneira,

não é?

(5)

Rui: Bom. Agora, passa ali... Como é que se chama

isto?

Avó: Isso é uma caneca. Rui: E isto?

Avó: É um copo.

Rui: Um copo. Então e lavas a loiça com os anéis? Avó: Hã? A avó, olha, estou a lavar...

Rui: Olha, e isso, o que é? Avó: É um espremedor de... Rui: Espremedor.

Avó: ...Espremedor de... Rui: Para fazer o quê?

Avó: Pois, posso espremer laranja e posso

espremer limão.

Rui: Pronto, para fazer...

Avó: Vou pôr aqui o anel, que eu já o ia perdendo. Rui: Tiraste o anel? Não percas o anel. Olha, e isso

é o quê, que estás a lavar agora?

Avó: Isto é uma malga.

Rui: Malga? Avó: Malga.

Rui: Ou uma saladeira?

Avó: Isto pode ser uma saladeira e pode ser uma

malga.

Rui: É tão antiga. Isto é antigo, já tens há muito

tempo. Como é que tu sujas tanta loiça, avó?

Avó: Olha, foi o pequeno-almoço e isso. Rui: O que é que estás a fazer, avô?

Avô: Estive a arranjar os comprimidos dela. Para

sete dias.

Rui: E isto, o que é? Como é que se chama isto,

para eles aprenderem?

Avó: Isso é uma saladeira. Rui: Não, isto.

Avó: É um prato.

Rui: Olha, e isto, como é que se chama? Avó: É uma faca.

Rui: E isto?

(6)

Rui: Uma tampa, pois. Avó: Não. Isso é uma...

Rui: Então não é, uma tampa? Avó: ...Isso é uma tampinha, é.

Rui: Uma tampa? Olha, esta não está muito bem

lavada.

Avó: Não. Quer dizer, pensava que estava quente,

essa água, e não está.

Rui: Não, está fria.

Avó: Mas essa água era para ser quente. Não saiu

foi quente. Isso é prato de sobremesa, está bem? Não ponhas para aqui! Então, eu estou a lavar e tu estás a pôr para aqui? Achas que eu tenho aqui pouco para lavar e ainda estás...

Avô: Como é que se chama isto?

Rui: Isto... Eh! Isto é gomas. Medicamentos. Avó: Olha a tua avó a engolir isso tudo.

Rui: Quem é que toma estes medicamentos todos? Avô: É ela. Os meus estão à parte.

Rui: És doentinha, avó? És doente?

Avó: Então não sou, filho?

Rui: Sofres o quê? Diz lá as tuas doenças. Avó: Eu tomo tudo. Eu tomo Varfine, eu tomo o

medicamento para os diabetes, eu tomo para a cabeça, eu tomo para o coração, eu tomo... Ah!

Rui: Como é que se chama isto, avó? Avó: O quê, filho? É o grelhador.

Rui: Mas também, se vier alguém assaltar-te a

casa...

Avó: Isso usa-se muito nas casas. Rui: Para bater na cabeça.

Avó: Hã?

Rui: Para bater na cabeça. Avó: Não, para grelhar.

Rui: Para grelhar carne. Então, é um grelhador. Avó: É um grelhador.

Rui: Isto, como é que se chama? Avô: Uma tampa.

(7)

Avô: Mas há quem lhe dê outro nome. Há quem

lhe dê o testo.

Rui: Testo. O testo é no Norte.

Avó: Vou deitar esta água fora que eu quero água

quente.

Rui: Para que é que queres a água quente? Avó: Esta água não me serve.

Rui: E tu, Elza?

Avô: Ainda não foste buscar o bonequito? Rui: Vai, busca, vai lá!

Avô: Ela já não se lembra.

Rui: Vai lá, busca, traz cá. Traz cá!

Avó: Olha, Joel, a minha casa tem todas as

comodidades que eu preciso. É é velha.

Joel: Todas o quê?

Avó: A minha casa é velha. Ela é velha, mas tem

tudo quanto eu preciso.

Joel: Mas é bonita e tem muito amor nesta casa. Avó: Tem uma boa obra. Isto está aqui uma obra

para durar para o resto da vida. Já tem oitenta

anos, esta casa.

Rui: E já está paga? Avó: Hã?

Rui: E já está paga? Avó: Já está maga? Rui: Paga!

Avó: Ah, ao tempo! Ao tempo que ela está paga. Ela

é tua. Esta casa é do meu neto.

Joel: Sim, sei.

Avó: Não deixo cá muito dinheiro... Não tenho

podido juntar assim dinheiro, mas deixo-lhe cá uma casinha boa para ele fazer... Depois, tenho lá outra casa ali em baixo, com um assador que eu mandei fazer...

Rui: Olha, avó, e isto, como é que se chama? Avó: O quê? Isso é papel para a cozinha. Rui: Papel de cozinha.

Avó: Papel de cozinha, pois. Rui: Não é?

(8)

Rui: E isto?

Avó: O quê? Isso é uma tesoura. Rui: Tesoura.

Avó: Pois. Isto é os apetrechos todos que eu tenho

para me servir deles, para... Para tudo, olha. Está aqui para tudo.

Rui: E isto é uma revista de culinária de 1786. Avó: O quê?

Rui: Esta revista que está aqui. Vamos adivinhar

qual é a data desta revista. Joel.

Joel: Uh... 1979.

Rui: E tu, qual é a data que achas que é esta revista,

avó?

Avó: Esta revista?

Rui: Achas que tem que idade? Avó: É de 1900, se calhar. Rui: 1900 e quê?

Avó: E troca o passo.

Rui: 1990. Dia 31 de Dezembro. Olha, dia do fim do

ano. Deixa ver o que é que esta revista traz. Bola de

São Mamede. Tarte do mar. Creme de amêndoas.

Avó: Olha, recheado de presunto. Rui: Olha, tão bom.

Avó: Tão bom. Eu fazia isso tudo, filho. Rui: Olha. Ai, que bom!

Avó: Olha. Rui: Que é isto?

Avó: Arroz de tamboril. Rui: Com gambas. Avó: Com gambas, pois. Rui: Gostas de gambas?

Avó: Eu gosto. Não posso é comer muitas. É

costeletas na pedra. Tenho aí uma pedra que grelhava as costeletas.

Rui: O que é que vais lavar agora? Avó: Agora vou lavar os talheres. Rui: Os talheres. Isso é um garfo. Avó: Vou lavar um garfo, pois. Rui: Isso é um garfo muito grande.

(9)

Avó: Então, é o garfo da cozinha. Rui: E isso? Uma espátula... Avó: Uma espátula.

Rui: ...de?

Avó: De madeira. Rui: E isso?

Avó: É um tupperware para pôr assim coisas...

Queijos e isso. Carne.

Rui: Tupperware. Mas sabes que Tupperware é a

marca.

Avó: É.

Rui: É a marca.

Avó: A marca. Esta não é de marca. Tupperware é

uma marca. É uma marca foleira.

Rui: Nós é que começámos a chamar tupperware a

tudo.

Avó: Pois, tudo, pois.

Rui: Olha, não ficou muito bem lavado. Avó: Hã?

Rui: Não ficou muito bem lavado.

Avó: Não? Ai, Jesus, não me digas. Rui: Não. Estás com muita pressa.

Avó: Estou, estou com pressa. Estás-me a dar

pressa, já estou a fazer aldrabices.

Rui: Vá, estás a ser muito aldrabona.

Avó: Está quieto, olha que essa está muito quente

agora. Eu fui buscar água quente. Estava fria... Está quieto! Deixa ficar isto... Ah! Está quieto, rapaz! Tu estás aqui, estás a apanhar! Estás aqui, estás a achar! Tenho tanta vontade de te dar uma tareia.

Rui: Uma tareia? Avó: Uma tareia, pois.

Rui: E depois, quem é que te leva a passear?

Avó: Ah, pois é. O problema é esse. Não... Era o que

eu te fazia.

Rui: Tanta planta que tu tens aqui, avó. Olha,

queres contar-me o nome das flores daqui a um bocadinho?

Avó: Quero, quero. Posso dizer o que é. Rui: Então, o que é que é um sacana?

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malandro. É quando se quer dizer a uma pessoa assim, que é malandro. Que é assim... Malandro é assim uma palavra um tanto ou quanto ofensiva.

Rui: Olha!

Avó: Olha, foi buscar a menina! Estás a ver se ela se

esqueceu?

Rui: Dá cá, dá cá.

Avó: Vê lá se ela se esqueceu. Vê lá. Esta cadela não

se esqueceu.

Rui: Estavas a dizer que ela não se lembrava? Avó: Pois não. Pensava que ela já não se lembrava

dela, mas lembrou-se.

Rui: Ai!

Avó: Então? Maluca!

Avô: Então, ela não se lembrou? Rui: Não, não se lembra.

Avó: Ela? Oh! Há alguma coisa que ela não se

lembra? Essa também é esperta que nem um alho. Olha, por exemplo, a gente tem muito o hábito de dizer “é esperta que nem um alho”. Não é palavrão.

Rui: Não. “Esperta que nem um alho” é muito

esperta.

Avó: “És muito esperta que nem um alho”. Mas não

é... Podem levar isso para a maldade, mas não tem maldade nenhuma. Absolutamente nenhuma. É esperta que nem um alho.

Rui: Que nem um alho. Olha, e, por exemplo, se

alguém se chamar Alhinho?

Avó: Alhinho?

Rui: Alhinho. E tu quiseres dizer “Ó meu caro...”? Avó: Ó meu caro...

Rui: Caro... E agora, o nome da pessoa. Avó: O nome da pessoa pode ser... Rui: Alhinho. Então, caro...?

Avó: Alhinho. Rui: E agora rápido. Avó: Caro Alhinho. Rui: Hã?

Avó: Assim já é asneira! Rui: Diz lá outra vez. Avó: Caro Alhinho.

(11)

Rui: O quê?!

Avó: Tu é que estás a dizer isso! Rui: Senhor caro...?

Avó: Alhinho. Rui: Agora rápido!

Avó: Caroalhinho! Ai, essa não sabia eu! Não sabia

dessa!

Rui: Ó meu caro!

Avó: Ó meu caro! Ó meu caroalhinho! Rui: Ó meu cara... Ó meu caro Alhinho!

Avó: Olha... Isso já é malandrice, malandrice! Vês?

Tu és sacana. Ouve lá, e sacana, o que é que quer dizer? Diz lá à avó o que é que quer dizer.

Rui: Malandro.

Avó: Malandro, é. És um sacana. Sacana é

malandro, não é?

Rui: A esponja?

Avó: Está aqui, espera. Rui: Como é que se chama... Avó: Isto não se pode fazer.

Rui: Não se pode. Tu estás a estragar isso. Avó: Pois estou, mas de outra maneira não tiro

isto.

Rui: Tiras com esta, olha.

Avó: Não. Tenho que tirar primeiro com esta.

Senão, fica cá tudo. Paciência. Tira, tira. Deixa lá ver se eu consigo tirar... Senão, assim não consigo!

Rui: Estou a ajudar!

Avó: Não estás nada, estás a desajudar! Olha para

isso! Tu levas, tu levas...

Rui: Olha, avó!

Avó: Pois! Exatamente. Só tinha que sobrar assim. Rui: Quer dizer, já lavaste tudo num instantinho. A

brincar, a brincar...

Avó: Então, pois! Isto é para lavar, não é para estar

aqui a engonhar. Sabes o que é engonhar?

Rui: O que é que é engonhar? Avó: Engonhar.

Rui: Não é para engonhar! Engonhar – significa o

quê?

(12)

Rui: Que estás a fazer as coisas devagar, estás a

empatar... Em vez de fazeres as coisas rápido, estás a fazer as coisas devagar, mole... Não é? Perder tempo... É não ser eficiente.

Avó: É. Tem vários temas.

Rui: Uma pessoa que não é eficiente é uma pessoa

que engonha.

Avó: Engonha, exatamente.

Rui: Olha, o que é que tu estavas a preparar

quando a gente falou ao telefone?

Avó: O que é que estava a preparar... Olha, eu não

estava a preparar nada.

Rui: Não?

Avó: Estava a preparar de vir lavar a loiça. Rui: Espera aí, estavas a preparar, sim senhor. Avó: O que é que estava a preparar?

Rui: Então, o que é que é isto? Isto é... Avó: Papaia e...

Rui: Papaia com? Avó: Requeijão.

Rui: Requeijão. O que é que é requeijão? Avó: É da base do queijo.

Rui: É um queijo branco ou amarelo? Avó: Branco.

Rui: Branco. É tipo queijo fresco. Avó: Queijo fresco, exatamente. Rui: Mas é mais consistente.

Avó: Porque é feito do soro do queijo. Rui: É mais duro.

Avó: É mais duro, pois. Não, é mais mole. Rui: É feito do soro ou é feito do coalho? Avó: Do coalho.

Rui: Então, requeijão com papaia.

Avó: Isso é requeijão... com papaia. Ou papaia ou

qualquer... Mesmo para comer, assim à colher, para comer. Pode comer requeijão com doce de tomate...

Rui: Tomate...

(13)

Rui: E o que é que tu tomaste ao pequeno-almoço? Avó: Uma boa torrada com manteiga e doce de

tomate.

Rui: Torrada... Santinho.

Avó: Obrigada. E doce de tomate e uma

canecazinha...

Rui: Santinho.

Avó: ...Uma chávenazinha de leite com café Tofina. Rui: Então, torrada, doce de tomate, café com

leite... Mas é café mesmo?

Avó: Não, não é. Rui: Tofina? Avó: Tofina.

Rui: Onde é que está o Tofina? Avó: Está ali no armário.

Rui: Vou buscar para mostrar, está bem? Avó: Está bem.

Rui: Aqui neste armário?

Avó: Sim, sim, nessa portazinha. Está aí. Está aí os

coisos todos que eu...

Rui: Então, isto não é café. Avó: É café... Isso não é café. Rui: Cevada.

Avó: Cevada. Café de cevada... Tem várias coisas.

Tem chicória, tem...

Rui: Tofina. Se a Nestlé quiser patrocinar-nos... Avó: Pois, também aproveitas, exatamente. Rui: Não é? Fazemos publicidade à marca e eles

podiam pagar-nos.

Avó: Então, com certeza!

Rui: Então, isso foi o teu pequeno-almoço. Avó: Foi o meu pequeno-almoço.

Rui: E almoço?

Avó: Almoço, foi uma isca grelhada. Rui: Isca. O que é uma isca?

Avó: Fígado de vaca. Rui: Fígado de vaca. Avó: Cozi uns brócolos. Rui: Brócolos.

(14)

Avó: E uma salada. Rui: OK. E comeste tudo?

Avó: Não! E agora, a isca está ali toda. Rui: Mas tu gostas de isca?

Avó: Ai!

Rui: Mas sabes que isca é bom, para quem tem

anemia.

Avó: É. Exatamente. Rui: Porquê?

Avó: É o melhor que se pode...Porque tem muito

sangue.

Rui: Muito ferro. Avó: E muito ferro.

Rui: Olha, tu não queres tirar o avental para a

entrevista?

Avó: Ó filho, então não se tira o... Rui: Vamos lá tirar o avental.

Avó: Tira lá o intervalo, ó rapaz, que... Rui: Não é intervalo, é avental.

Avó: Ah, o avental, exatamente. Rui: E o jantar?

Avó: O jantar vai ser sopinha que eu tenho aí feita,

com... Sopinha de legumes com... Agrião.

Rui: Agrião. O que é que é agrião?

Avó: Agrião é um coiso... Que é criado na água, nos

lagos de água. E tem muito ferro.

Rui: Sabes que eu não sabia que era criado na

água? Pensava que era na terra.

Avó: Não, não, o agrião é criado na água. Rui: Sabes o que é agrião, Joel?

Joel: Sei. É aquele... É verde. É como espinafres,

mas com um sabor mais amargo.

Avó: Exatamente.

Rui: Mas sabias que cresce na água? Joel: Isso não sabia.

Rui: Por isso é que se chama... Em inglês? Joel: Watercress. Pois é. Ah!

Rui: É criado na água.

(15)

Rui: Gostas mais de agrião ou de espinafre? Avó: Gosto das duas coisas. Gosto muito de

espinafres, também.

Rui: E rabanete?

Avó: Ai, rabanete adoro! Tenho-as aí no frigorífico,

compro sempre que há.

Rui: Tão bom!

Avó: É bom. Descasco-os todos muito

descascadinhos...

Joel: Rui, o que é? Mostra.

Avó: ...E como o rabanete. Tenho ali no frigorífico. Rui: Posso ir buscar?

Avó: Podes.

Joel: Eu não sei o que é. Rui: Rabanete.

Avó: Rabanete. Também é criado na água. Rui: Olha, é da família do nabo.

Joel: A radish? Ah! Rui: Rabanete.

Joel: Rabanete. Acho que a Elza gosta.

Avó: Isso é que é... Tem muito ferro. Isso é que é

descascado e depois comido. Eu como assim, à dentada.

Joel: Eu gosto de comer com casca. Avó: Ai, sem casca!

Joel: Não, com casca. Avó: Ah, com casca não! Joel: Tem mais sabor. Avó: Ai, não, não. Rui: E o que é isto, avó?

Avó: O que é? Mostra cá. Isso é uma maçãzinha

que o avô tem ali descascada.

Joel: O que é?

Avó: Não, olha que isso é do avô! Joel: É maçã?

Avó: Tenho aí sabes o quê?

Rui: Maçã? Mas isto é maçã normal?

Avó: Maçã, é. Normal. Sabes o que é que eu tenho

(16)

Rui: Adoro beterraba.

Avó: Então, eu tenho... Também como muito bem

‘batarraba’.

Rui: Be-ter-ra-ba. Beterraba. Avó: Beterraba.

Rui: Isso, beterraba!

Avó: Beterraba. Também compro muito. Rui: É muito bom.

Avó: Muito bom. Descasco-a toda, ponho-a numa

tigelinha, ponho sumozinho de limão.

Rui: Então, eu vou-te ensinar uma coisa para tu

fazeres com beterraba.

Avó: Então, o que é?

Rui: Cortas fatias muito fininhas. Tu compras

cozida ou crua?

Avó: Crua.

Rui: Cortas fatias muito fininhas e pões na cloche.

Cortas fatias fininhas e pões assim num... Ali dentro, na cloche, com azeite. Sabes o que é que tu fazes? Ficam batatas fritas, mas de beterraba. Aquilo coze e fica estaladiço. E podes acompanhar,

por exemplo...

Avó: Tu sabes onde é que a avó foi, mais a tua

mãe? Fomos comer ao Pingo Doce... Bem, era tal e qual... O serviço era como o IKEA.

Rui: Como o IKEA.

Avó: Era tal e qual. Ai, tanta gente a comer, assim. E

a tua mãe levava uns carrinhos, punha os pratos... Eu comi carapauzinhos grelhados com salada.

Rui: Carapau grelhado. Sabes o que... Avó: Carapau. Carapau grelhado.

Rui: Carapau é igual à sardinha, mas é maior. Avó: É maior. Uma coisa assim, carapaus assim.

Tenho ali carapauzinho pequenino para fritar. Jaquinzinhos.

Rui: Jaquinzinhos.

Avó: Olha, é muito engraçado; quando falo em

jaquinzinhos, tenho de falar nisto.

Rui: Jaquinzinhos. Jaquim é o diminutivo de

Joaquim e Jaquinzinho é o diminutivo de Jaquim.

Avó: É, é.

(17)

peixes que são muito pequeninos. Fritam-se...

Avó: E é proibido pescá-los.

Rui: ... Porque são ainda bebés... E depois, come-se

tudo.

Avó: Tudo. Olha, era isso que eu ia a contar. Rui: Pega-se no peixe e mete-se tudo na boca. Avó: É, eu ia a contar isso, que uma amiga minha

que tem ali um estabelecimento... E a Iria foi ao Canadá e foi comer à irmã. O que é que a irmã lhe deu a comer? Jaquinzinhos. Ela foi aos jaquinzinhos e tumba, e tumba, e tumba, comeu cabeças e tudo. E a rapariga, que ficou muito espantada, disse: “Ó mamã, anda ver, que a tia Iria comeu as cabeças dos carapaus todas! Todas, nem uma só ficou!”

Rui: Ah, porque as filhas já tinham nascido no

Canadá.

Avó: Pois, pois. “Ah! Ó então, ó filha, é costume em

Portugal. Come-se as cabeças dos carapaus...”

Rui: O Joel também não come a cabeça. Avó: Não?

Rui: Não.

Avó: Ah, pois, comem-se... Cá, comem-se as

cabeças dos jaquinzinhos.

Avó: Isso é tostas de... Rui: Tostas ou bolachinhas?

Avó: Bolachinhas. A gente chama bolachinhas. Rui: Bolachas.

Avó: Bolachas.

Rui: De quê? Sésamo.

Avó: Sésamo, exatamente. É isso. Rui: Sementes de

sésamo. Diz lá: sésamo.

Avó: Sésamo. Rui: E girassol.

Avó: Girassol, exatamente. É do que a avó come. Rui: Gostas?

Avó: Muito.

Rui: Olha, e como é que nós chamamos a isto? Avó: Ai, batata frita, que eu não gosto nada. Rui: Batata frita. Não é?

(18)

Rui: ‘Batata frita’. Right?}}

Avó: Ai, eu não gosto nada disso. Tem sal... Rui: Estas assim.

Avó: Ai, Jesus.

Rui: São batatas fritas. Então, e qual é a diferença

daquelas batatas fritas que nós cortamos assim aos palitos?

Avó: A gente come a batata frita...

Rui: Quando a gente pega na batata... Isto é uma

batata?

Avó: Isso é uma maçã. Uma maçã reineta, para

assar.

Rui: Então, quando a gente pega na batata e

corta-a assim e frita, também se chama batata frita?

Avó: Batata frita, exatamente. Rui: E isto também é batata frita. Avó: Batata palito. Essa é batata...

Rui: Mas tem outro nome. Há quem chame a isto

outra coisa.

Avó: Outra coisa... Como é que se chama isso?

Rui: Nos restaurantes, quando tu cortas as batatas

em rodelas, chama-se batata...

Avó: Às fatias, às rodelas. Rui: Pala. Batata pala. Avó: Pala. Exatamente.

Rui: E o que é que tu gostas mais de comer? Avó: Eu, no restaurante? É batata frita com bife. Rui: Bife com batata frita.

Avó: É. É o que eu mais gosto. Mas tem que ser bife

bom.

Rui: E o bife é de vaca?

Avó: Ai, de vaca. Tem que ser de vaca.

Rui: Porque para nós o bife também pode ser de

porco, ou não?

Avó: Pois pode, mas eu não gosto de bifes de

porco.

Rui: Portanto, nós chamamos bife quando a carne

vem assim numa fatia. Mas sabes que os ingleses... Quem fala inglês chama “beef” só quando a carne é de vaca.

(19)

Rui: Mas nós não, pois não?

Avó: Não, nós pedimos bife quer de vaca ou de

porco.

Rui: Porco.

Avó: Pois. Se quisermos de porco, é de porco. Rui: E de peru?

Avó: E de peru? Também como, mas não faz as

minhas delícias.

Rui: Não gostas? Avó: Não.

Rui: Olha, e o que é isto aqui? Avó: Flocos de cereais.

Rui: Cereais. Tu comes isto ao pequeno-almoço? Avó: Ai, não como nada! Isso é para deitar fora. Rui: Para deitar fora? Comida boa?

Avó: Pois é, mas eu já não vou com esses... Rui: Não gostas, com leite?

Avó: Hm, não faz as minhas delícias, não... Era a

torrada com doce de tomate.

Rui: Tu já comes isso há muito tempo.

Avó: Ó, ao tempo, ao tempo! Eu comia até bastante

as torradas e depois não almoçava.

Rui: Olha, e agora que é os Santos, não é? Estamos

nos Santos.

Avó: Ah, nos Santos. É a sardinha assada. Rui: O que é que se come nos Santos?

Avó: No dia 23... – É a sardinha. O mais é a sardinha

e o carapau.

Rui: Sardinha. Sardinha e carapau. Avó: Carapau.

Rui: Os Santos é hoje, que é dia...? Avó: Hoje é quê?

Rui: Dia 12, não é?

Avó: Pois, hoje é os Santos.

Rui: Hoje é o dia dos Santos, do Santo António. Avó: O Santo António é dia 13.

Rui: Amanhã.

(20)

Rui: Mas a festa faz-se hoje. Avó: Dia 12 para o dia 13. Rui: Do dia 12 para o dia 13.

Avó: E as marchas, quando é que é? Rui: É hoje.

Avó: É hoje. É esta noite. Rui: Ou é amanhã? Avó: É esta noite.

Rui: Eu acho que é esta noite. Avó: Esta noite, não é?

Rui: Olha, então, e come-se sardinhas... Avó: Sardinhas... febras!

Rui: ...Come-se febras – o que é que se chama uma

febra dentro do pão? Bifana, não é?

Avó: É.

Rui: E mais? Come-se chouriço assado... Avó: Ah, chouriço assado, mas... Caldo verde. Rui: Caldo verde... E o que é que se bebe? Avó: Bebe-se ou vinho ou Coca-Cola, qualquer

coisa que a pessoa goste.

Rui: Sangria...

Avó: Sangria também. Eu gosto muito de sangria,

muito.

Rui: E como é que se chama aquela flor que se

oferece no Santo António?

Avó: Manjerico.

Rui: Manjerico. Tu tens um ali. Avó: Tenho um ali.

Rui: Queres ir buscar para nós vermos? Rui: Vai lá apontar. Eu vou lá.

Então, é assim: no Santo António, vende-se manjerico. Manjerico, que é da família do manjericão, sabias? Manjericão, a gente usa nos cozinhados.

Avó: Nos cozinhados, exatamente.

Rui: E eu posso cheirar assim, como... Não? Avó: Não, não podes. Põe só a mão e... Rui: Só assim.

(21)

Joel: Porquê?

Rui: Porque senão... Avó: Murcha.

Rui: Ele murcha. E murchar é fazer...

Avó: Não sei porque é que dá esse coiso de

murchar, do manjerico...

Rui: Será que é verdade?

Avó: Hã? Será que é verdade... Mas evita-se fazer

isso. Ó neto, queres me dar conta do manjerico?

Joel: Agora que estamos a gravar... Avó: Anda lá, não faças isso!

Rui: Vai morrer?

Avó: Vai! Vais-me dar conta do manjerico e ele está

tão lindo.

Rui: Queres cheirar, Joel?

Avó: Mas mete... Põe a mão em cima. Rui: A tua mão...

Avó: Não!

Rui: Não! Não, assim... Agora cheira.

Joel: Hm, cheira bem! Muito bom.

Rui: Manjericão, que em inglês chama-se...? Joel: Basil.

Rui: Basil. Em inglês, chama-se basil. E o que é que

se põe nos manjericos no Santo António? O que é que tem lá...?

Avó: No Santo António, é os letreiros a dizer que te

amo ou que quero...

Rui: Que te amo...

Avó: Quando é que casarei...

Rui: Portanto, tem uma frase. Cada manjerico tem

uma frase, para os namorados, não é?

Avó: É.

Rui: Os casais compram um manjerico um para o

outro.

Avó: Para oferecer ao... Rui: Para oferecer.

Rui: Sabes que há muitas pessoas que ouvem

o nosso podcast que vivem no estrangeiro, que emigraram. Queres aproveitar e mandar um beijinho para os emigrantes?

(22)

Avó: Quero, quero. Rui: Então, diz, vá. Diz lá.

Avó: Vá. Meus amigos emigrantes, a minha irmã

está há 44 anos na França, onde ela foi uma migrante que sofreu muito lá, porque, realmente, foi sem trabalho, sem condições. Quero mandar muito boa sorte e que todos tenham muita calma, que façam a vossa vida na medida que puderem. E que sejam amigos uns dos outros...

Rui: Sabes que muitas pessoas que ouvem o nosso

projeto são filhos de emigrantes que nasceram noutros países...

Avó: Na França, pois.

Rui: Na França, no Canadá, nos Estados Unidos... E

querem aprender a língua dos pais.

Avó: Filhos... Rui: Aprendam!

Avó: ...Não neguem a vossa... Rui: Raiz.

Avó: ...origem de português, porque é a coisa mais

linda que temos. Eu gosto muito do meu país.

Joel: E porquê?

Avó: Porque eu gosto. Eu gosto muito da minha

bandeira. A minha bandeira é a pátria-mãe.

Rui: Até à próxima.

Avó: Até à próxima. Sempre que precisar das

minhas ajudas, eu estou às ordens de vocês, para vos ensinar português. Não é um português muito, muito... Porque eu tenho apenas a terceira idade [classe]. Por isso... Na escola, fui sempre muito boa aluna. Tive sempre... Gostava muito de fazer as redações...

Rui: Redações? Composições.

Avó: Exatamente. E gostava muito de fazer isso e

gostava muito de fazer ditados.

Rui: Olha, gostavas de ter estudado mais? Avó: Muito. Gostava muito de ter estudado.

Conhecer, conhecer a língua nossa, portuguesa...

Rui: Se tu pudesses ter estudado mais, o que é que

tu querias ter...

Avó: Se eu o quê?

Rui: Estudado. Querias ser o quê?

Avó: Estudado, tudo. Línguas. Não era línguas...

(23)

língua perfeita.

Rui: Então, gostavas de ser tipo uma escritora? Avó: Exatamente, pois...

Rui: Ou preferias estudar... Querias ser médica ou

advogada...?

Avó: Não, não era nada disso. Rui: Era línguas?

Avó: Queria ser... Línguas. Queria saber português

correto. Queria saber...

Rui: Podias ser professora. Avó: Ou isso.

Rui: Podias ter sido uma professora. Avó: Pois.

Rui: Tu querias ser jovem?

Avó: Muito, muito. Eu fui muito amiga da

juventude. Sempre adorei a juventude.

Rui: Tens pena de já não seres jovem? Avó: Tenho pena, muita pena.

Rui: Mas tu ainda és muito jovem na tua cabeça.

Avó: Na minha cabeça, sou capaz de ser. Rui: Gostas de dançar.

Avó: Muito, gostava muito de dançar. E cantar. O

que eu gostava de cantar!

Rui: Olha, vamos aqui...

Joel: Cante um pouquinho para nós. Rui: Gostas mais de cantar ou de dançar? Avó: Cantar, gostava mais de cantar. Eu cantava

muito assim. “Teus olhos castanhos de encantos tamanhos são pecados meus São estrelas fulgentes, brilhantes, luzentes, caídas dos céus Teus olhos risonhos são mundos, são sonhos, são a minha cruz, Teus olhos castanhos de encantos tamanhos são raios de luz.”

Rui: Raios de luz.

Avó: Raios de luz. “Olhos azuis são ciúme e nada

valem para mim Olhos negros são queixume de uma tristeza sem fim Olhos verdes são traição são crueis como punhais”

Avó: É tão maluco!

Joel: Malandro, não é? “...Olhos bons com coração,

(24)

Avó: Beijinhos, muitos beijinhos e abraços. Rui: Para todos os que estão a ouvir...

Avó: Para todos os que estão-me a ouvir e para os

emigrantes, muito juizinho e lutem o que têm para lutar.

Rui: E para os outros também, para os que são

estrangeiros também.

Avó: Exatamente, pois, também pode. Também os

estrangeiros, que vos ajude, que eles estão fora do país deles e qualquer pessoa que está fora do seu país precisa muito, muito de ajuda.

Rui: E força para aprender português. Avó: Exatamente. Vá, força.

Rui: Tchau. Avó: Tchau.

Referências

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