2008 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
Tiragem: 20.000 exemplares
Ano 2008
Elaboração, distribuição, informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Política Agrícola
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, 5º andar, sala 504
CEP: 70043-900, Brasília – DF Tel.: (61) 3218-2505/2507/2559 Fax.: (61) 3224 8414 www.agricultura.gov.br e-mail: spa@agricultura.gov.br Central de Relacionamento: 0800 704 1995
Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social
Fotos cedidas: Bayer CropScience e Ed. Gazeta Sta. Cruz Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Plano Agrícola e Pecuário 2008-2009 / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola. – Brasília : Mapa/SPA, 2008.
36 p. Resumo ISSN 1982-4033
1. Política agrícola. 2. Pecuária. 3. Planejamento agrícola. 4. Crédito rural. I. Secretaria de Política Agrícola. II. Título.
AGRIS E14 CDU 63:338.2
1. INTRODUÇÃO
2. CRÉDITO RURAL
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
4. SEGURO RURAL
5. MEDIDAS ESTRUTURAIS
6. MEDIDAS SETORIAIS
03
07
15
27
29
35
Introdução
Intro
1
Sumário
Sum
1. Introdução
4
5
Introdução1. Introdução
IntroduçãoIntro
O Plano
Agrícola e Pecuário 2008/2009 apresenta asdiretrizes da política agrícola para a safra que se inicia, com base nos indicadores de fortalecimento e expansão do setor agropecuário brasileiro e na consolidação de suas funções tradicionais de abastecimento do mercado interno, geração de emprego, renda e divisas, além do aumento da inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional. A meta para a safra 2008/2009 é superar a produção atual que alcançou 143,3 milhões de toneladas de grãos, fibras e cereais.
O Plano Agrícola e Pecuário, a exemplo dos planos anteriores, busca aprimorar os instrumentos de política agrícola e adequá-los ao comportamento dos mercados interno e externo e do cenário macroeconômico, sempre em harmonia com as demais políticas públicas. A idéia é assegurar níveis adequados de apoio ao setor que permitam seu crescimento sustentável.
Nova Conjuntura Mundial
O crescimento da economia mundial nos últimos anos tem sido acompanhado pelo aumento do consumo de alimentos, principalmente em países como a China, Índia, Rússia, Brasil e outros países asiáticos. Além disso, os Estados Unidos tem direcionado parte de sua safra de milho para a produção de etanol. A Europa está substituindo áreas de lavouras pela produção de culturas como a canola, utilizada para produzir biocombustível. Em razão dessa conjuntura, as perspectivas são de continuidade da redução dos estoques e crescimento da produção inferior às necessidades de consumo.
A significativa alta de preço das commodities e o aumento de custo de produção em todo o mundo refletem esse cenário. O Brasil é um dos poucos países do mundo que produz o suficiente para abastecer a demanda interna, em crescimento e, ao mesmo tempo, é o país que mais cresce no mundo em geração de excedentes. Produz energia limpa por meio do etanol sem comprometer a produção de alimentos. Enfim, o Brasil ocupa uma posição privilegiada e está preparado para transformar a nova conjuntura de alta demanda por alimentos e maior cotação em oportunidades. Dar condições ao Brasil de aproveitar esse cenário é propósito da agenda prioritária do Governo Federal e o Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009 o suporte para que se atinja essa meta.
Os objetivos do PAP 2008/2009 são:
• Estimular a expansão da produção agropecuária;
• Intensificar o apoio à produção e comercialização de alimentos e formar estoques de segurança;
1. Introdução
6
• Melhorar a liquidez do produtor rural; • Reduzir o impacto do aumento do custo de produção; • Incentivar a recuperação de áreas degradadas; • Incentivar a adoção de sistemas sustentáveis de produção e manejo, em sintonia com a legislação ambiental; • Ampliar a cobertura do seguro rural como ferramenta de gestão de risco • Aumentar investimentos em infra-estrutura;Para atingir esses objetivos, o Plano Agrícola desta safra contempla medidas como a reestruturação da dívida agrícola, a expansão do volume de recursos do crédito rural, o aumento dos recursos destinados ao Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, e o fortalecimento da média agricultura alterações no Programa de Geração de Emprego e Renda Rural (Proger Rural).
2. Crédito Rural
8
AGRICULTURA EMPRESARIAL: R$ 65 BILHÕES (+ 12,1%)
Crédito Rural de Custeio e Comercialização – Safra 2008/2009
ITENS 2007/2008 2008/2009 VARIAÇÃO (%)
Custeio e comerc. 49,10 55,0 12,0
- juros controlados 37,85 45,4 19,9 - Juros livres 11,25 9,6 -14,7
Cred
Uma
das diretrizes da política agrícola para a safra 2008/2009 é aumentar o volume de recursos do crédito rural, o limite de adiantamento por produtor, além de algumas mudanças nas normas do crédito rural. A oferta de crédito rural para a agricultura empresarial nesta safra será de R$ 65 bilhões e R$ 13 bilhões para a agricultura familiar.2. Crédito Rural
Crédito Rural
9
2.1 CUSTEIO E COMERCIALIZAÇÃO
O crédito disponível para o custeio e a comercialização previsto no Plano Agrícola e Pecuário 2008/2009 é de R$ 55 bilhões.
2. Crédito Rural
10
Crédito Rural
11
Limite de adiantamento por produtor: Aumento para os seguintes produtos:
Limites vigentes na safra 2007/2008 Produtos Grupos Limites propostos para a safra 2008/09 Variação 500 Algodão I 550 10% e22% 450
Milho (sequeiro e irrigado) e lavouras irrigadas de arroz, feijão, mandioca, sorgo, trigo e soja (esta no ciclo da safra de verão).
300 Amendoim, arroz, feijão, frutíferas, mandioca, soja e sorgo.
II 400 33%e 100% 200 Café 200 Cana-de-açúcar III 200 0% e 33% 150
Pecuária bovina e bubalina, leiteira ou de corte; avicultura e suinocultura exploradas em sistemas que não o de parceria.
100 Investimentos, demais custeios ou comercialização. IV 130 30%
Fonte: SPA/Mapa
2.2 PROGRAMAS DE INVESTIMENTO
As principais medidas para os programas de investimento na safra 2008/2009 são o aumento no volume de recursos ofertados, que passará a R$ 10 bilhões, o aumento do limite de crédito dos programas e a criação de um programa de investimento com R$ 1 bilhão para estimular a produção agropecuária sustentável. Do orçamento para investimento, R$ 6,5 bilhões
estão disponíveis nos programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 3,5 bilhões são dos Fundos Constitucionais. No Programa do Ministério do Desenvolvimento Agrário, também criou-se uma linha nova de financiamento para a aquisição de tratores para a agricultura familiar com taxa de juros a 2% ao ano.
Programa Programado 07/08 (R$ milhões) Programado 08/09 (R$ milhões) Limite de crédito (R$ mil) Prazo Máximo (anos) MODERINFRA 500 500 1.000 8 MODERAGRO(1) 1.400 850 250 8 PROPFLORA 100 150 200 12 PROLAPEC 200 1.000 300 ou 400 5 a 12 (3) PRODUSA (Novo Programa) (2)
PRODECOOP 1050 1.000 35.000 12 MODERFROTA 3.000 2.500 - 6 a 8 MODERFROTA-PROGER - RURAL 0 500 - 6 a 8 FINAME ESPECIAL 200 - - -TOTAL BNDES 6.450 6.500 - -FUNDOS CONSTITUC. 2.500 3.500 - -Proger Rural – Invest. 100 - - -TOTAL GERAL 9.050 10.000 -
-Fonte e elab.: SPA/MAPA.
(1) Crédito individual: até R$ 500 mil, respeitando o limite de R$ 250 mil/atividade discriminada nas condições do programa. (2) PRODUSA – Produção Sustentável do Agronegócio. Trata-se de novo programa, que incorpora integralmente o Prolapec e a parte do Moderagro relacionada à correção e recuperação de solos e de pastagens. Sua principal característica reside no estímulo à produção agropecuária sustentável, sobretudo em solos degradados.
(3) Até 5 anos quando se tratar somente de correção de solo; até 8 anos para projeto que envolva investimentos em solos; equipamentos, benfeitorias, etc; até 12 anos para investimentos voltados à produção florestal.
2. Crédito Rural
12
Crédito Rural13
2.3 PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
MODERFROTA • eliminação da taxa flat de 4% MODERAGRO• elevação de 25% no limite por beneficiário que passou de R$ 200 mil para R$ 250 mil.
PROPFLORA
• aumento de 33% no limite por beneficiário, passando de R$ 150 mil para R$ 200 mil.
PROGER RURAL
• Ampliação do limite de renda para enquadramento no programa para R$ 250 mil
• Aumento do limite de financiamento para R$ 150 mil
• Serão destacados R$ 500 milhões, do Moderfrota, para os produtores enquadrados no Proger Rural, com encargos de 7,5% ao ano.
Especificação 2007/2008 2008/2009
1. Volume de recursos (R$ milhões) 2,2 2,2
2. Renda Bruta Anual (R$ mil) 220 250
3. Limite de financiamento (R$ mil) 100 150
4. Taxa de juros (% a.a.) 6,25 6,25
5. Módulos fiscais de terra (ud) Até 15 Até 15
6. Rebate sobre a RBA (%) 50(1) 50(1) e 90(2)
(1) Atividades: avicultura não integrada, pecuária leiteira, piscicultura, olericultura, sericicultura e suinocultura
não integrada; (2) Atividades: avicultura e suinocultura integrada ou em parceria com a agroindústria.
2.4 PROGRAMAS
PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL DO AGRONEGÓCIO (PRODUSA)
O Produsa foi criado com o objetivo de estimular a recuperação de áreas degradadas, reinserindo-as no processo produtivo, além de fomentar a adoção de sistemas sustentáveis, em consonância com a legislação ambiental. O Programa, que incorporou o Prolapec e os itens do Moderagro relacionados à conservação ou recuperação de solos, tem três eixos estruturantes:
• Estímulo à implantação de sistemas produtivos sustentáveis, priorizando a recuperação de áreas e pastagens degradadas; • Implementação de medidas que visam ao melhor uso do solo, à
geração de energia limpa e renovável e ao aproveitamento de resíduos vegetais;
• Incentivo ao produtor rural para ajustar-se à legislação ambiental vigente. O Produsa disporá de R$ 1 bilhão, originário do Sistema BNDES, que será aplicado conforme os seguintes limites de financiamento, que não são excludentes entre sí:
Até R$ 300 mil por beneficiário
• Implantação de sistemas orgânicos de produção agropecuária; • Projetos de implantação e ampliação de sistemas de integração
lavoura, pecuária e silvicultura (ILPS); e
• Correção e adubação dos solos, recuperação das pastagens, uso das várzeas já incorporadas ao processo produtivo e projetos de adequação ambiental de propriedades rurais.
2. Crédito Rural
14
Crédito Rural
15
Até R$ 400 mil por beneficiário
• Investimento para a recuperação de áreas degradadas, que receberão recursos conforme previsto em projeto técnico.
O Produsa terá uma taxa efetiva de juros de 5,75% ao ano, para projetos em áreas degradadas; e de 6,75% ao ano para outras situações. O financiamento poderá ser pago em até 5 anos, com até 2 anos de carência, quando se tratar somente de correção de solo, e em até 8 anos, com até 3 anos de carência, para projetos que envolvem investimentos em solos equipamentos, benfeitorias e etc, e em até 12 anos, com até 3 anos de carência, quando o componente silvicultura estiver integrado ao projeto.
INCENTIVO À ARMAZENAGEM PARA EMPRESAS CEREALISTAS
NACIONAIS
Criado para apoiar o desenvolvimento e a modernização do setor de armazenagem nacional, o programa é destinado a empresas comerciais cerealistas que trabalhem diretamente com o produtor rural integrado e suas cooperativas. Com uma linha de R$ 300 milhões disponível, ao ampliar a capacidade de armazenamento nacional no segmento, o produtor rural é beneficiado já que, a curto e médio prazos, as pressões logísticas ocorridas nos períodos de safra serão minimizadas.
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
16
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O17
Para
operacionalizar as políticas de apoio á comercialização, a proposta de Orçamento da Política Agrícola para 2009 é de R$ 3,8 bilhões (R$ 2,3 bilhões para aquisição e R$ 1,5 bilhão para equalização de preços). Durante o ano de 2008, o Governo promoverá leilões de contratos de opções de vendas, antes do plantio, para garantir aos produtores a comercialização de suas safras em 2009 a preços compatíveis com os custos.Apoio
3. APOIO À
COMERCIALIZAÇÃO
3.1 PREÇOS MÍNIMOS
Os preços mínimos de garantia vigentes para a safra 2008/2009 foram reajustados para recompor a alta do custo de produção agropecuária e se adequar ao novo nível de cotação das commodities.
Produtos Regiões e Estados amparados Tipo/Classe Básico Instrumento da PGPM Unidade R$/ud VigênciaInício de
Algodão em caroço Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA-Sul - EGF
15 kg
14,40 Jan/2009 Norte e Nordeste (exceto BA-Sul) Jul/2009 Algodão em pluma Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA-Sul Tipo SLM 41.4 AGF e EGF 44,60 Jan/2009 Norte e Nordeste (exceto BA-Sul) Jul/2009 Caroço de algodão Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA-Sul - EGF 2,37 Jan/2009 Norte e Nordeste (exceto BA-Sul) - Jul2009 Amendoim Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste - EGF 25kg 18,07 Jan/2009 Arroz longo fino em casca
RS e SC
Tipo 1-58/10 AGF e EGF
50 kg 25,80
Jan/2009 Sudeste, Nordeste, MS, GO, DF e PR 60 kg 30,96
Norte e MT 60 kg 25,50 Arroz longo em casca
RS e SC
Tipo 2-55/13 AGF e EGF
50 kg 15,74 Jan/2009 Sudeste, Nordeste, MS, GO, DF e PR 60 kg 18,89
Norte e MT 60 kg 16,12 Set/2008 Borracha natural Brasil - EGF kg 1,53 Jan/2009
Preços Mínimos
Safra de Verão de Produtos Regionais 2008/2009 e do Norte e Nordeste 2009
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
18
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O19
Produtos Regiões e Estados amparados Tipo/Classe Básico Instrumento da PGPM Unidade R$/ud VigênciaInício de
Castanha do Brasil em casca
Norte - EGF hl 52,49 Jan/2009 Castanha do Brasil beneficiada kg 2,49 Jan/2010 Feijão anão Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA-Sul Tipo 2 AGF e EGF 60 kg 80,00 Nov/2008
Norte e Nordeste (exceto BA-Sul) Jan/2009 Feijão macaçar Norte e Nordeste - EGF 60 kg 53,00 Jan/2009 Juta/Malva embonecada
Norte e MA Tipo 2 AGF e EGF kg 1,02 Jan/2009 Juta/Malva prensada kg 1,21 Leite Sul e Sudeste - EGF l 0,47 Jul/2008 MS, GO e DF 0,45 Norte e MT 0,41 Nordeste 0,47 Milho Sul, Sudeste, MS, GO e DF
Único AGF e EGF 60 kg
16,50
Jan/2009 MT e RO 13,20
Norte (exceto RO) e Nordeste (1) 19,00 Jul/2008
Milho pipoca Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA-Sul - EGF kg 0,50 Jan/2009 Mandioca em raiz Sul, Sudeste e Centro-Oeste - - t 98,85 Jan/2009
Norte e Nordeste 106,12
Farinha de mandioca Sul, Sudeste e Centro-Oeste Fina T3 AGF e EGF 50 kg 23,68 Jan/2009 Norte e Nordeste 26,83
Fécula de Mandioca Sul, Sudeste e Centro-Oeste Tipo 2 AGF e EGF kg 0,69 Jan/2009 Goma/Polvilho Norte e Nordeste Classificada AGF e EGF kg 0,74 Jan/2009 Soja Brasil - EGF 60 kg 22,80 Jan/2009 Sorgo
Sul, Sudeste, MS, GO e DF
Único AGF e EGF 60 kg
13,20
Jan/2009 MT, e RO 10,56
Norte (exceto RO) e Nordeste (1) 17,10 Jul/2008 (1) Ba- Sul, Sul do MA, Sul do PI e TO inicio de vigência em janeiro/2009
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
20
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O21
Preços Mínimo - Sementes
Safras de Verão e de Produtos Regionais 2008/2009 e do Norte e Nordeste 2009
Produtos Regiões e Estados amparados R$/kg Início de Vigência Grão/Caroço Sementes 1
Algodão (2) Brasil 0,1580 0,6892 Jan/2009
Amendoim Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste 0,7228 2,4064 Jan/2009 Arroz longo fino
Brasil 0,5160 0,9762 Jan/2009
Arroz longo 0,3267 0,6180
Feijão anão (3) Brasil 1,3333 2,5451 Jan/2009
Feijão macaçar Norte e Nordeste 0,8833 1,4806 Jan/2009
Juta/Malva Norte e MA 4,7377 Jan/2009
Milho híbrido
Sul, Sudeste, MS, GO
e DF 0,2750 1,6337 Jan/2009
MT e RO 0,2200 1,3070
Norte (exceto RO) e
Nordeste (4) 0,3167 1,8813 Jul/2008
Milho variedade
Sul, Sudeste, MS, GO
e DF 0,2750 0,9080 Jan/2009
MT e RO 0,2200 0,7264
Norte (exceto RO) e
Nordeste (4) 0,3167 1,0455 Jul/2008
Soja Brasil 0,3800 0,8742 Jan/2009
Produtos Regiões e Estados amparados R$/kg Início de Vigência Grão/Caroço Sementes 1
Sorgo híbrido
Sul, Sudeste, MS, GO
e DF 0,2200 1,3070 Jan/2009
MT e RO 0,1760 1,0456
Norte (exceto RO) e
Nordeste (4) 0,2850 1,6931 Jul2008
Sorgo variedade
Sul, Sudeste, MS, GO
e DF 0,2200 1,3070 Jan/2009
MT e RO 0,1760 1,0456
Norte (exceto RO) e
Nordeste (4) 0,2850 1,6931 Jul/2008
(1) Genética, básica e certificada, S1 e S2, de acordo com o artigo 35 do Decreto 5.153, de 23 de julho de 2004, que regulamenta a Lei nº 10.711, de 5 de agosto de 2003.
(2) Regiões Norte e Nordeste (exceto BA-Sul), início de vigência em julho/2009. (3) Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e BA- Sul, início de vigência em novembro/2008. (4) Ba- Sul, Sul do MA, Sul do PI e TO inicio de vigência em janeiro/2009
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
22
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O23
Preços Mínimos - Trigo
Pr odutos Regiões/ Estados Tipo PH mínimo Preços Mínimos (R$ 60 kg) 2007 2008 % de reajuste Brando Pão/ Melhorador Brando Pão/ Melhorador Durum Durum Trigo Sul 1 78 20,89 24,00 25,07 28,80 20% 2 75 19,85 22,77 23,82 27,33 3 70 17,78 20,89 21,33 25,07 Centro-Oeste 1 78 23,49 27,00 28,19 32,40 20% Sudeste 2 75 22,32 25,60 26,79 30,73 20% BA 3 70 19,99 23,49 23,99 28,19 20%
Preço mínimo básico - Brando, tipo 2 , PH mínimo 75
Início de vigência para operações: julho/2007 para as Regiões Sul e Sudeste e junho/2007 para a Região Centro-Oeste e BA.
Preços Mínimos - Safra de inverno
Produtos Regiões/Estados Tipo Preços Mínimos ¹ reajuste% de 2007 2008 GRÃOS (R$/60 kg) Aveia Sul 1 12,13 14,56 20,0 2 10,91 13,10 3 9,81 11,78 Cevada Centro-Oeste,
Sudeste e sul Único 16,88 20,26
Triticale 12,91 15,50 SEMENTES (R$/kg) ² Trigo Centro-Oeste, Sudeste e sul Único 0,919 1,1028 20,0 Cevada 0,4307 0,5169 Triticale 0,3982 0,4779
(1) Início de Vigência - julho/2008, exceto para semente de trigo cujo início é junho/2008
(2) Genética, básica e certificada S1 e S2, de acordo com o artigo 35 do Decreto 5.153, de 23 de julho e 2004, que regulamentou a Lei 10.711, de 5 de agosto de 2003.
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
24
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O25
Produtos Unidade da Federação/Regiões Amparadas Tipo/Classe Unidade Operação Preços Mínimos (R$/unid.) 2006/07 2007/08 Variação
Alho Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste T5-Extra kg EGF 2,00 2,20 10,0%
Castanha de caju Norte e Nordeste Único kg EGF 1,20 1,20 0,0%
Canola Centro-Oeste, Sudeste e Sul Único 60 kg EGF 16,88 18,00 6,6%
Casulo de seda PR e SP 15% Seda kg EGF 4,31 4,97 15,3%
Cera de carnaúba Nordeste Tipo 4 kg AGF/EGF 3,92 4,00 2,0%
Pó cerífero Nordeste Tipo A kg EGF 3,92 4,00 2,0%
Girassol Sul, Sudeste e Centro-Oeste - 60 kg EGF 17,61 18,68 6,1%
Guaraná Norte, Nordeste e Centro-Oeste Tipo 1 kg EGF 5,86 7,52 28,3%
Mamona em baga Norte, Nordeste, GO, MT, MG e SP Único 60 kg AGF/EGF 33,56 38,60 15,0%
Sisal bruto BA, PB e RN SLG Kg AGF/EGF 0,99 0,99 0,0%
(1) Início de vigência em julho de 2008.
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
26
MEDIDA
S ESTRUTURAIS
27
3.2 RECOMPOSIÇÃO DE ESTOQUES PÚBLICOS
Uma das orientações do PAP 2008/2009 é que no pico da safra (momento da colheita), quando os preços de mercado tendem a cair, o Governo compre produtos que poderão ser utilizados para regular o mercado no período de entressafra, seja no abastecimento ou no controle de preço. A proposta é de que os estoques públicos passem de 1,5 milhões de toneladas em 2008, para 6 milhões de toneladas em 2009, montante superior inclusive aos estoques de 2006 que eram da ordem de 4 milhões de toneladas.
Estoques Públicos de Alimentos - toneladas - Posição Junho
Produto 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 para 2009Proposta
Arroz 1.313 57 3 73 1.119 1.130 1.372 1.600 Farináceos 67 - - - 1 1 - -Feijão - - 1 4 4 81 5 100 Milho 820 93 1.195 1.581 2.293 2.433 211 4.100 Trigo - - 152 961 618 6 6 200 Total 2.200 150 1.351 2.619 4.035 3.651 1.594 6000 Fonte: Conab.
5. MEDIDAS ESTRUTURAIS
28
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O29
O Programa
de Subvenção ao Prêmio do SeguroRural (PSR) conta com um orçamento, em 2008, de R$ 160 milhões, valor que supera em 60,8% o orçamento do ano anterior. Se integralmente aplicado, esse montante contemplará 72 mil produtores, na contratação de 82 mil apólices de seguro. O montante é suficiente para garantir capitais da ordem de R$ 7 bilhões e dar cobertura para 6 milhões de hectares, cerca de 10% da área cultivada com culturas anuais e permanentes. Em 2007, foram aplicados R$ 61 milhões em subvenção, proporcionando cobertura para 2,3 milhões de hectares e garantindo capitais da ordem de R$ 2,7 bilhões. O resultado foi significativamente maior do que o verificado em 2006, quando foram aplicados R$ 31,1 milhões em subvenção.
4.1 - FUNDO DE CATÁSTROFE
Entre as ações do Governo para a consolidação do seguro rural, destaca-se a proposta de criação do Fundo de Catástrofe. Projeto de Lei Complementar encaminhado no final de maio para o Congresso Nacional prevê a substituição do Fundo de Estabilidade do Seguro Rural pelo Fundo de Catástrofe, que funcionará como um instrumento de resseguro suplementar no caso de ocorrência de catástrofes climáticas.
O instrumento é fundamental para a consolidação do seguro rural privado no País, uma vez que existe gra de possibilidade de ocorrência de ocorram sinistros em uma mesma região (um evento climático pode atingir de forma generalizada as lavouras seguradas) e o mercado segurador tem necessidade de uma cobertura de resseguro suplementar para honrar os compromissos assumidos junto aos produtores rurais.
Seg
4 - SEGURO RURAL
5. MEDIDAS ESTRUTURAIS
30
MEDIDA S ESTRUTURAIS31
Med
5 - MEDIDAS
ESTRUTURAIS
A agropecuária
brasileira tem avançossignificativos em relação à produção e produtividade, mas o setor enfrenta acentuadas restrições de logística e transportes. As deficiências de infra-estrutura comprometem significativamente os custos de produção e contribuem para o aumento dos preços dos produtos agropecuários, já onerado pela alta mundial do custo de produção. Minimizar esse problema é fundamental para consolidar o Brasil como produtor e exportador de produtos agrícolas. As obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são, assim, imprescindíveis para uma solução ainda que a longo prazo para a questão estrutural.
A infra-estrutura eficiente - seja estradas, ferrovias, hidrovias e portos - garante o escoamento das safras para os mercados interno e externos, de forma a conferir competitividade e lucro para o setor agropecuário e é fundamental para a decisão de investimento dos produtores.
Nesse sentido, em ações articuladas com diversos órgãos do Governo Federal, o Mapa indicou ações e obras de infra-estrutura essenciais para a renda do produtor rural. O resultado já está materializado no Programa de Aceleração do Crescimento PAC, pela inclusão de obras importantes como a dragagem do canal de navegação e bacia de atracação no Porto do Itaqui que, junto com o Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram), em São Luis (MA), viabilizarão a ampliação da capacidade de embarque do
Porto, de 2,1 milhões de toneladas de grãos para 3 milhões de toneladas no próximo ano. Na segunda fase, a capacidade será ampliada para 5 milhões de toneladas.
Rodovias
Obras de restauração, duplicação, pavimentação, conservação e construção são prioritárias para o escoamento da safra, especialmente no Centro-Oeste. Estão em andamento:
• BR 158, pavimentação (400 km), entre Ribeirão Cascalheira (MT) e a divisa do Mato Grosso com o Pará;
• BR 364, construção e pavimentação (185 km), entre Diamantino a Campo Novo do Parecis (MT). A conclusão está prevista para o 4º trimestre de 2010;
• BR 163 , pavimentação e conclusão da obra (1.024 km), entre Guarantã do Norte (MT) e Santarém (PA). A conclusão está prevista para o 4º trimestre de 2011;
• BR 242, construção da rodovia para a interligação de Ribeirão Cascalheira e Sorriso (MT);
• BR 174, manutenção e conservação no trecho da rodovia no Mato Grosso serão concluídas até o final de 2008.
Hidrovias
Está prevista para até 2010 a conclusão da primeira eclusa de Tucuruí (no rio Tocantins PA) até 2010.
5. MEDIDAS ESTRUTURAIS
32
MEDIDA S ESTRUTURAIS33
FerroviasA retomada dos investimentos em ferrovias permitirá maior equilíbrio da matriz de transportes para escoamento da produção agropecuária. Entre as obras em andamento, destaca-se a construção e ampliação de ferrovias que formarão o corredor Centro-Norte, e contribuirão para a redução de custos com fretes e aliviará a pressão sobre os portos das Regiões Sul e Sudeste.
A Ferrovia Norte-Sul integrará os estados do Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo e terá 2.258 km de extensão. Até o final de 2009 estarão concluídos os 358 km do trecho Norte da ferrovia, que liga Açailândia (MA) a Palmas (TO). Hoje, 147 Km já estão prontos.
Outra obra ferroviária importante para o Centro-Oeste, com previsão de ser concluída até dezembro de 2010, é a do trecho da Ferronorte (MT) entre o Alto Araguaia e Rondonópolis (260 km). O agronegócio será beneficiado ainda com a construção de um ramal da Ferrovia do Oeste do Paraná (Ferroeste), ligando Cascavel (PR) até Maracaju (MS).
Na região Nordeste, destaca-se a construção da Ferrovia Nova Transnordestina, que ligará os portos de Pecém (CE) e Suape (PE) a Eliseu Martins (PI). A conclusão dessa obra está prevista para dezembro de 2010.
Estudos de viabilidade técnico-econômica e ambiental para a conexão da Ferrovia Transnordestina e Ferrovia Norte-Sul, trecho Estreito (MA) a Eliseu Martins (PI), serão concluídos até agosto de 2008. Também foram
iniciados levantamentos para a concessão da Ferrovia de Integração Leste-Oeste (Ilhéus/BA a Alvorada/TO) e a Ferrovia de Integração Centro-Oeste – Leste (Uruaçu/GO e Vilhena/RO).
Portos
O Programa Nacional de Dragagem, que está sendo implementado pela Secretaria Especial de Portos beneficiará 16 portos brasileiros, dentre eles 7 importantes centros importadores/exportadores de insumos e produtos agropecuários, como Rio Grande (RS), Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC), Itajaí (SC), Santos (SP), Vitória (ES), Aratu (BA) e Itaqui (MA).
5.1 - ELIMINAÇÃO DO AFRMM SOBRE A IMPORTAÇÃO DE INSUMOS
AGROPECUÁRIOS
A alíquota de 25% do Adicional de Frete para a Renovação da Marinha Mercante (AFRMM), incidente sobre as importações de insumos agropecuários, e também na cabotagem, (para transporte de produtos agropecuários), aumenta ainda mais os custos agropecuários. Por isso, o Mapa defende a eliminação do AFRMM, o que dará vantagens competitivas ao setor agropecuário brasileiro. Desde maio, a importação de trigo conta com isenção do AFRMM, medida válida até dezembro de 2008.]
5. MEDIDAS ESTRUTURAIS
34
APOIO À COMERCIALIZA ÇÃ O35
5.2 - ABERTURA DO MERCADO DE NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM PARA
OS PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
A reserva de mercado para navios de bandeira brasileira no transporte de cabotagem, principalmente depois da constituição do Mercosul, tornou-se um entrave para a comercialização interna da produção agrícola brasileira. Isso porque a falta de competição do transporte marítimo entre navios estrangeiros e os de bandeira nacional, encarece o custo do frete e reduz a renda do produtor nacional. O Mapa entende que a eliminação dessa reserva de mercado aumentará as condições competitivas da agropecuária brasileira.
5.3 - ADUBOS
Trata-se de uma questão estratégica e a até de segurança para a produção agrícola, devido à alta dependência externa; à pouca democratização da comercialização; à escalada dos preços; e à alta participação nos custos de produção.
O governo está mobilizando suas instituições e inteligências para apresentar, até o final deste ano, alternativas de médio e longo prazos. Dentro destas, estuda-se a possibilidade de auto-suficiência, no prazo de dez anos, em nitrogenados e fosfatados, e a redução da dependência de fosfato.
3. APOIO À COMERCIALIZAÇÃO
36
Med
6 - MEDIDAS SETORIAIS
Intensificação do apoio ao financiamento da cafeicultura
Para a safra 2008/2009, o Mapa intensificará a liberação de linhas de crédito para o financiamento da colheita, da estocagem e do custeio, com a alocação de R$ 2,4 bilhões do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), para financiar o setor. Desse montante, R$ 453 milhões vão para custeio; R$ 496 milhões para colheita; R$ 898 milhões para estocagem; R$ 313 milhões para Financiamento para Aquisição de Café (FAC) e R$ 240 milhões para investimento.
A partir de 2008, a linha de financiamento de colheita poderá ser convertida integralmente em estocagem, com prazo de vencimento alongado em até 18 meses e taxas de juros reduzidas de 9,5% para 7,5% ao ano. O objetivo dessa medida é consolidar a política anticíclica para o setor, em razão da questão da bianualidade do café, que alterna safras maiores com safras deprimidas, além de estabelecer um fluxo regular da oferta.
2008 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada à fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial.
A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
Tiragem: 20.000 exemplares
Ano 2008
Elaboração, distribuição, informações:
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO Secretaria de Política Agrícola
Esplanada dos Ministérios, Bloco D, 5º andar, sala 504
CEP: 70043-900, Brasília – DF Tel.: (61) 3218-2505/2507/2559 Fax.: (61) 3224 8414 www.agricultura.gov.br e-mail: spa@agricultura.gov.br Central de Relacionamento: 0800 704 1995
Coordenação Editorial: Assessoria de Comunicação Social
Fotos cedidas: Bayer CropScience e Ed. Gazeta Sta. Cruz Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Catalogação na Fonte
Biblioteca Nacional de Agricultura – BINAGRI Brasil. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Plano Agrícola e Pecuário 2008-2009 / Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Política Agrícola. – Brasília : Mapa/SPA, 2008.
36 p. Resumo ISSN 1982-4033
1. Política agrícola. 2. Pecuária. 3. Planejamento agrícola. 4. Crédito rural. I. Secretaria de Política Agrícola. II. Título.
AGRIS E14 CDU 63:338.2