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Produção de composto biológico para a agricultura: Vermicompostagem

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Academic year: 2021

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Produção de composto

biológico para a agricultura:

Vermicompostagem

Atividades: Fabrico de adubos orgânicos

Sectores relacionados: Investigação e desenvolvimento em biotecnologia

Síntese da ideia: Modelo de Negócio Canvas Parcerias principais - Empresas de jardinagem, arquitectura paisagística - Prestadores de serviços em áreas congéneres - Lojas da especialidade Atividades-chave - Comercialização de composto orgânico para jardins e agricultura - Podução de composto produzido a partir de resíduos e da vermicompostagem - Serviços de Investigação e desenvolvimento em biotecnologia Propostas de valor - Comercialização dum produto orgânico e biológico produzido a partir da transformação de resíduos - Oferta de solução sustentável de enriquecimento do solo de alta rentabilidade Relacionamento com clientes - Relacionamento gerido assente na proximidade e disponibilidade - Gestão da relação assente nas mais valias de plataformas e media sociais Segmentos de clientes - Agricultores e propietários agrícolas - Proprietários de áreas verdes/ jardins - Entidades públicas e privadas responsáveis pela gestão de espaços verdes - Retalho especializado Recursos principais - Unidade de fabrico - Viatura de transporte - Equipamento de ensacamento Canais - Media sociais - Plataformas especializadas de comercialização Estrutura de Custos

- Sustentada numa equipa pequena de recursos humanos com know how técnico, competências comerciais e relacionais, e com conhecimento do sector agrícola - Elevado investimento de partida, custos fixos reduzidos

Fontes de receita

- Venda direta de embalagens / sacas - Venda a granel para clientes de maior dimensão

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Porquê estas atividades/ ideias? A que problemas/

oportunidades respondem?

Vermicompostagem é o processo de transformar resíduos orgânicos em composto de qualidade, utilizando a ação das minhocas. A vermicompostagem é um processo biológico que, através da ação de microrganismos, como as minhocas, permite transformar a matéria orgânica dos Resíduos Sólidos Urbanos e das lamas de estações de tratamento em adubo orgânico, conhecido como composto e utilizado como fertilizante. O vermicomposto, também designado por húmus, atua como fertilizante, melhorando significativamente as caraterísticas do solo, nomeadamente através da correção do pH dos solos, do aumento de nutrientes, do aumento da permeabilidade à água e da resistência à erosão.

O Alentejo Litoral tem um sector agrícola de regadio dinâmico e crescente, com diferentes culturas em plano de destaque. Desde as apostas inovadoras no domínio das frutas exóticas e tropicais, que podem ser encontradas em Alcácer do Sal até ao projeto consolidado de produção hortícola, em regime intensivo, que dinamiza o concelho de Odemira, existe um sector marcado por uma gestão de precisão, que carece de soluções adequadas e adaptadas aos novos desafios, aplicável a novos regadios bem como a regadios já existentes. Paralelamente, num contexto de reafirmação dos princípios da sustentabilidade na gestão dos recursos e da eficiência e produtividade, a utilização de compostos orgânicos.

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Serviços de apoio à instalação/ lançamento

Ao nível da facilidade de instalação e arranque da atividade, revela-se importante identificar localização adequada para uma empresa que necessita de edificar ou adaptar uma unidade de vermicompostagem.

A diversidade de espaços disponíveis para instalação de empresas contempla centros de empresas – Odemira, Vila Nova de Santo André, Sines e Grândola – e zonas de localização empresarial que incluem lotes de média e grande dimensão para projetos de maior envergadura, onde será possível a construção de instalações próprias, os concelhos do Alentejo Litoral oferecem um conjunto de soluções com custos de contexto muito reduzidos, que constituem um importante estímulo à instalação da atividade.

Um outro aspeto está associado aos níveis de formação e especialização nesta área. A oferta formativa especializada é inexistente nos vários níveis de ensino. Deste facto é exemplo não existirem ofertas de cursos profissionais nas diferentes Escolas Profissionais da região nem ao nível do ensino superior.

Enquadramento legal

A utilização de resíduos provenientes de ETAR em solos destinados a produção agrícola é regulamentada pela Diretiva do Conselho da União Europeia 86/278/CE, de 12 de Junho, posteriormente alterada pelo art.º 5º pela Diretiva do 91/692/CE, de 23 de Dezembro. Na legislação portuguesa legislativo regula-se através do Decreto-Lei 446/1991, de 22 de Novembro, legislação complementar, através das Portarias 176/1996 e 177/1996 de 3 de Setembro, pelo Despacho Conjunto 309-G/2005 de 19 de Abril e o Decreto-Lei 118/2006, de 21 de Junho, com as alterações introduzidas pela Declaração de Retificação 53/2006 de 18 de Agosto. Atualmente o Decreto-Lei 276/2009 de 2 de Outubro, tornou-se o único instrumento legal que transpõe a Diretiva 86/278/ CE. Este processo dá origem a um licenciamento simplificado para as operações de Compostagem e de

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Plano de Investimentos

A natureza dos investimentos depende da escala/ dimensão prevista para a atividade e do modelo de negócio escolhido. Neste particular foi opção definir um plano de investimento ambicioso, compatível com a criação de instalações e a aquisição de equipamento adequado.

De forma quantificada, com base em consultas de mercado, o plano de investimento apresenta-se no quadro apresenta-seguinte:

PLANO DE INVESTIMENTOS AVANÇADO

Descrição Valor Instalações 75.000,00 € Hardware 3.000,00 € Software 1.500,00 € Equipamentos: - Carrinha transporte; - Equipamentos de ensacamento; - Áreas de depósito; - Câmaras de compostagem; - Outros equipamentos. 132.500,00 € 212.000,00 €

*Este cenário prevê a criação de seis postos de trabalho como patamar mínimo.

O plano de investimento neste sector depende, em grande medida, da aposta que se pretende fazer nas quantidades a produzir e no quadro de produtos que se pretende comercializar

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Análise síntese de Viabilidade

Considerando o plano de investimento, e tendo em conta os pressupostos do quadro seguinte, podemos retirar algumas conclusões numa análise da viabilidade a 10 anos, com base nas ferramentas de avaliação de projetos do IAPMEI:

Plano de Investimento BASE

RH Seis Recursos Humanos em 2018 com vencimentos base de 600,00 €, sendo definida uma evolução de crescimento salarial anual.

FSE Encargos médios mensais com Fornecimentos e Serviços Externos de 35.580,00 €, que incluem rendas de espaço, a custos controlados.

VN Expetativa de faturação inicial anual de 192 mil euros em venda de composto atingindo em 10 anos, de forma gradual e progressiva, os 334 mil euros de faturação anual

Valor Actual Líquido (VAL) 217 243 Taxa Interna de Rentibilidade 30,58% Pay Back period (arred ano inteiro) 5 Anos

O plano de investimentos situa-se num patamar de risco baixo, o que permite equacionar um arranque de atividade com segurança, desde que estejam reunidas as condições para estabelecer como alcançáveis os objetivos comerciais definidos, tendo uma base controlada de produção e gestão dos custos, e desde que realizadas as iniciativas que visam o controle dos canais de distribuição.

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Análise de mercado e de concorrência

A reutilização de resíduos é um dos princípios fundamentais do pacote de medidas relativas à economia circular, adotado em dezembro de 2015 pela Comissão Europeia. Esta propôs um regulamento destinado a simplificar consideravelmente o acesso dos adubos orgânicos e à base de resíduos ao mercado da UE, colocando-os em condições de igualdade com os adubos tradicionais, não orgânicos.

A União Europeia importa cerca de seis milhões de toneladas de fosfatos por ano, mas poderá vir a substituir até 30% deste total pela extração de produtos fertilizantes a partir de lamas de depuração, de resíduos biodegradáveis, de farinhas de carne e de ossos ou de estrume. As oportunidades de mercado para as empresas que fabricam produtos fertilizantes orgânicos são significativas, quer no contexto do mercado da EU como nos cicuitos curtos de produção/ comercialização.

A Ecominhocas, Lda. é uma portuguesa, que actua neste mercado, e que é responsável pela plataforma de comercialização online “Bio-recycle" - http://bio-recycle.com. A Biorecycle ecominhocas, tem como missão implementar sustentabilidade nas áreas de gestão dos resíduos orgânicos domésticos, horticultura biológica familiar, jardinagem ecológica e alimentação humana e comercializa soluções para reciclagem e valorização de resíduos orgânicos alimentares e de jardim, como Biocompostores domésticos, Minhocas compostoras Eisenia foetida, Plantas hortícolas, Sistemas verticais de agricultura doméstica, Acessórios de vermicompostagem e Húmus de Minhoca.

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Contributos de I&DT: estudos, parcerias e investigação

A possibilidade de conhecer projetos de investigação, que permitam integrar know-how na atividade a criar, deve gerar uma pesquisa permanente que leve a identificar essas oportunidades.

Não existe bibliografia ou dinâmica de investigação conhecida, para além da publicação do “Manual de Vermicompostagem” da autoria de Nelson Lourenço, Engenheiro do Ambiente, que se revela um guião prático e completo sobre a Vermicultura e a Vermicompostagem. Considerando este facto, recorremos a uma referência de um projeto de inovação internacional desenvolvido na Hungria e concluído em 2017, com recurso a financiamento da linha EEA Grants, e que procurou estudar a inovação na Vermicompostagem. O projeto denomina-se “Development of an innovative vermicompost technology for municipal sewage sludge recycling” e tem informação disponível para consulta em http://www.vermicompost.hu/en/

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Financiamento

Considerando o plano de investimentos previsto, quer o definido para uma visão mais conservadora, como o que implica mais capital de partida, podem ser identificados diferentes soluções de incentivo e apoio público ao investimento. De forma sucinta, e considerando que não se trata de uma lista exaustiva, mas sim da identificação de linhas de apoio mais adequadas, os sistemas de incentivo organizam-se da seguinte forma:

Apoios ao investimento e à criação de emprego

1. Investe Jovem - Programa do IEFP destinado a promover a criação de empresas por jovens desempregados, através das seguintes modalidades de apoio: Apoio financeiro ao investimento e Apoio financeiro à criação do próprio emprego dos promotores. Os apoios ao investimento consistem numa linha de crédito, que ascende a um máximo de 100 x o Indexante de Apoio Social e que não pode representar mais de 95% do investimento elegível. O apoio à criação do emprego pode chegar a um máximo de 6 x IAS por posto de trabalho criado. Os promotores têm que estar inscritos no Centro de Emprego como Desempregados ou Jovens à procura do primeiro emprego e não ter mais de 29 anos de idade. Mais informação em www.iefp.pt

2. SI2E – Sistema de Incentivo ao Empreendedorismo e à Criação de Emprego – um sistema multifundos (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER - e Fundo Social Europeu - FSE), que combina o apoio ao investimento não reembolsável, em taxas de comparticipação que variam entre os 40 e os 60%, e um apoio à criação de postos de trabalho através da concessão de um subsídio não reembolsável, que varia de acordo com os termos da contratação e as condições da pessoa que integra o posto de trabalho. Os tectos do investimento são os 100 mil euros ou os 235 mil euros, consoante a tipologia do investimento.

3. PDR 2020 – Medidas de diversificação nas explorações agrícolas - LEADER – caso a empresa se situe numa exploração agrícola, é possível beneficiar de um apoio a fundo perdido para o investimento de 40 ou 50%. O tecto do investimento é os 200 mil euros. 4. SI QUALIFICAÇÃO – Apoio não reembolsável médio de 45% (50% no caso de despesas

de formação e de contratação de recursos humanos qualificados) para tipologias de investimento que consistem no apoio à aquisição de serviços de consultoria para o desenvolvimento organizacional e de desenvolvimento de processos internos de funcionamento da empresa.

Apoios ao investimento

5. O SI EMPREENDEDORISMO – O SI Empreendedorismo Qualificado e Criativo destina-se a PME com menos de 2 anos. Apoio reembolsável sem juros, que varia entre os 30 e os 75%. São suscetíveis de financiamento os projetos a dinamizar em sectores com fortes dinâmicas de crescimento, incluindo os integrados em indústrias criativas e culturais,

Referências

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