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Diretrizes para a atuação dos profissionais Tradutores/Intérpretes de Libras TILS nas práticas pedagógicas do IF Sudeste MG

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SUDESTE

DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE ENSINO

1 Documento elaborado pela comissão instituída pela Portaria-R nº 190/2017, de

23 de fevereiro de 2017. Apreciada por consulta pública em xxx. Aprovada pelo CEPE em xxx. Aprovada pelo CONSU em xxx.

Diretrizes para a atuação dos

profissionais Tradutores/Intérpretes

de Libras – TILS nas práticas

pedagógicas do IF Sudeste MG

IF SUDESTE MG 2017

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2 REITOR

Charles Okama de Souza

PRÓ-REITORA DE ENSINO Glaucia Franco Teixeira

DIRETORA DE ENSINO Imaculada Conceição C. Lopes

COORDENADORA DE AÇÕES INCLUSIVAS Wanessa Moreira de Oliveira

PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO Fabrício Tavares de Faria

PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Aluísio de Oliveira

PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO Valdir José da Silva

PRÓ-REITOR DE PESQUISA E INOVAÇÃO André Narvaes da Rocha Campos

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3 COMISSÃO RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO

Aguilar Teixeira Ribeiro – Campus Santos Dumont Christiane de Sales Ferreira – Campus Manhuaçu

Fábio Cristiano de Paula – Reitoria

Heverton Vinícius de Oliveira Fernandes – Campus Barbacena Ilza Maria de Oliveira Netto – Campus Juiz de Fora Jonata Souza de Lima – Campus São João del Rei Juliana Rodrigues Amaral Souza – Campus Muriaé Vanessa Zanetti de Bem Quintão – Campus Juiz de Fora

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DE MINAS GERAIS PRÓ-REITORIA DE ENSINO 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO... 05 2. DOS TERMOS... 06 3. DAS ATRIBUIÇÕES... 10 3.1. DO IF SUDESTE MG... 10

3.2. DOS TRADUTORES INTÉRPRETES DE LIBRAS – TILS... 11

3.2.1 Dos espaços de atuação... 11

3.2.2 Das atividades específicas... 12

3.2.3 Das atividades complementares... 14

4. DA ÉTICA PROFISSIONAL... 14

5. DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO... 15

6. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS... 16

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5 1. INTRODUÇÃO

Os profissionais Tradutores/Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais – TILS – são profissionais que dominam a língua portuguesa e a Língua Brasileira de Sinais, podendo também dominar outras, de modo a possibilitar o processo de tradução e interpretação (BRASIL, 2004).

Os TILS precisam ter formação específica para a atuação profissional, com conhecimento de modelos, estratégias e técnicas de tradução e interpretação.

O ato de interpretar envolve processos complexos, onde o profissional TILS atua como mediador da comunicação, se inteirando da comunicação para efetuar seu trabalho. Os TILS recebem a informação do emissor, fazem o processamento das mensagens e as opções estruturais, semânticas, entre outras, para repassar ao receptor, de modo a se aproximar o máximo possível da informação dada pelo emissor (BRASIL, 2004).

Assim, considerando a inserção recente e, cada vez maior, destes profissionais no âmbito do IF Sudeste MG e, que sua prática profissional envolve diversos atores do contexto escolar, torna-se necessário organizar e direcionar o trabalho dos mesmos, assim como esclarecer à toda comunidade acadêmica sobre as especificidades de sua atuação profissional.

Assim, as diretrizes presentes neste documento buscam apresentar os elementos que orientam o trabalho dos profissionais Tradutores/Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais - TILS que atuam no IF Sudeste MG.

O presente instrumento foi desenvolvido com referência no que dispõem a legislação pertinente, a saber: Lei nº 10.436/2002 que discorre sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS; Decreto nº 5.626/2005 que regulamenta a Lei nº 10.436/ 2002, Lei nº 12.319/2010 que instrui a profissão de Tradutor/Intérprete da Língua Brasileira de Sinais, Lei Brasileira da Inclusão de nº 13.146/2015, além do Código de Ética Profissional (FENEIS, 1992).

Os objetivos deste documento são os de nortear o desenvolvimento das práticas profissionais dos TILS desta instituição e também os principais agentes envolvidos no trabalho dos TILS, discentes e docentes, além de esclarecer sobre a atuação destes profissionais no âmbito da comunidade acadêmica, de forma a

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6 garantir a qualidade do trabalho e as condições de saúde destes profissionais, assim como assegurar a acessibilidade e a comunicação a qualquer pessoa surda, com deficiência auditiva, surdo-cegueira ou ouvinte.

Vale ressaltar, que o propósito deste material não é de engessar as práxis instrutivas ou impor determinadas ações como únicas possibilidades. Ao contrário, a intenção é oferecer um direcionamento aos participantes do processo de inclusão em todo o sistema educacional, sem, contudo, impossibilitar outras práticas que garantam a acessibilidade, por parte dos agentes educacionais.

2. DOS TERMOS

Para uma melhor compreensão deste documento, faz-se necessária a apresentação de alguns termos que são inerentes ao contexto de atuação dos TILS. Assim, apresentamos alguns termos conforme descritos no Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos (BRASIL, 2004), no Guia de Orientação da Educação Especial na rede estadual de ensino de Minas Gerais (MINAS GERAIS, 2014) e na Lei Brasileira de Inclusão (BRASIL, 2015):

Guia-intérprete - Profissional que domina diversas formas de comunicação utilizadas pelas pessoas com surdocegueira, podendo fazer interpretação ou transliteração. A transliteração ocorre quando o guia-intérprete recebe a mensagem em uma determinada língua e transmite à pessoa surdocega na mesma língua; porém, usa uma forma de comunicação diferente e acessível ao surdocego, por exemplo: o guia-intérprete ouve a mensagem em língua portuguesa e transmite em Braille. Interpretação é quando o guiaintérprete recebe a mensagem em uma língua e deve transmiti-la em outra língua; por exemplo, o guia-intérprete ouve a mensagem em língua portuguesa e transmite em Libras tátil, Tadoma.

Intérprete – Profissional que interpreta de uma língua (língua fonte) para outra (língua alvo) o que foi dito.

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7 Intérprete de língua de sinais - Profissional que interpreta de uma dada língua de sinais para outra língua, ou desta outra língua para uma determinada língua de sinais.

Língua - É um sistema de signos compartilhado por uma comunidade linguística comum. A fala ou os sinais são expressões de diferentes línguas. A língua é um fato social, ou seja, um sistema coletivo de uma determinada comunidade linguística. A língua é a expressão linguística que é tecida em meio a trocas sociais, culturais e políticas. As línguas naturais apresentam propriedades específicas da espécie humana: são recursivas (a partir de um número reduzido de regras, produz-se um número infinito de frases possíveis), são criativas (ou seja, independentes de estímulo), dispõem de uma multiplicidade de funções (função argumentativa, função poética, função conotativa, função informativa, função persuasiva, função emotiva, etc.) e apresentam dupla articulação (as unidades são decomponíveis e apresentam forma e significado).

Linguagem - É utilizada num sentido mais abstrato do que língua, ou seja, refere-se ao conhecimento interno dos falantes-ouvintes de uma língua. Também pode ser entendida num sentido mais amplo, ou seja, incluindo qualquer tipo de manifestação de intenção comunicativa, como por exemplo, a linguagem animal e todas as formas que o próprio ser humano utiliza para comunicar e expressar ideias e sentimentos além da expressão linguística (expressões corporais, mímica, gestos, etc).

Línguas de sinais - São línguas que são utilizadas pelas comunidades surdas. As línguas de sinais apresentam as propriedades específicas das línguas naturais, sendo, portanto, reconhecidas enquanto línguas pela Linguística. As línguas de sinais são visuais-espaciais captando as experiências visuais das pessoas surdas. Língua brasileira de sinais - A língua brasileira de sinais é a língua utilizada pelas comunidades surdas brasileiras.

LIBRAS - É uma das siglas para referir à língua brasileira de sinais: Língua Brasileira de Sinais. Esta sigla é difundida pela Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos - FENEIS.

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8 LSB - É outra sigla para referir-se à língua brasileira de sinais: Língua de Sinais Brasileira. Esta sigla segue os padrões internacionais de denominação das línguas de sinais.

Língua fonte - É a língua que o intérprete ouve ou vê para, a partir dela, fazer a tradução e interpretação para a outra língua (a língua alvo).

Língua alvo - É a língua na qual será feita a tradução ou interpretação.

Modalidades das línguas - oral-auditiva, visual-espacial, gráfica-visual - As línguas apresentam diferentes modalidades. Uma língua falada é oral-auditiva, ou seja, utiliza a audição e a articulação através do aparelho vocal para compreender e produzir os sons que formam as palavras dessas línguas. Uma língua sinalizada é visual-espacial, ou seja, utiliza a visão e o espaço para compreender e produzir os sinais que formam as palavras nessas línguas. Tanto uma língua falada, como uma língua sinalizada, pode ter representações numa modalidade gráfico-visual, ou seja, podem ter uma representação escrita.

Modalidades de tradução-interpretação - língua brasileira de sinais para português oral, sinais para escrita, português para a língua de sinais oral, escrita para sinais - Uma tradução sempre envolve uma língua escrita. Assim, poder-se-á ter uma tradução de uma língua de sinais para a língua escrita de uma língua falada, da língua escrita de sinais para a língua falada, da escrita da língua falada para a língua de sinais, da língua de sinais para a escrita da língua falada, da escrita da língua de sinais para a escrita da língua falada e da escrita da língua falada para a escrita da língua de sinais. A interpretação sempre envolve as línguas faladas/sinalizadas, ou seja, nas modalidades orais-auditivas e visuais-espaciais. Assim, poder-se-á ter a interpretação da língua de sinais para a língua falada e vice-versa, da língua falada para a língua de sinais. Vale destacar que o termo tradutor é usado de forma mais generalizada e inclui o termo interpretação.

Ouvintes - O termo 'ouvinte' se refere a todos aqueles que não compartilham as experiências visuais enquanto surdos.

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9 Surdez - A surdez consubstancia experiências visuais do mundo. Do ponto de vista clínico comumente se caracteriza a surdez pela diminuição da acuidade e percepção auditivas que dificulta a aquisição da linguagem oral de forma natural. Surdos - São as pessoas que se identificam enquanto surdas. Surdo é o sujeito que apreende o mundo por meio de experiências visuais e tem o direito e a possibilidade de apropriar-se da língua brasileira de sinais e da língua portuguesa, de modo a propiciar seu pleno desenvolvimento e garantir o trânsito em diferentes contextos sociais e culturais. A identificação dos surdos situa-se culturalmente dentro das experiências visuais. Entende-se cultura surda como a identidade cultural de um grupo de surdos que se define enquanto grupo diferente de outros grupos. Essa cultura é multifacetada, mas apresenta características que são específicas, ela é visual, ela traduz-se de forma visual. As formas de organizar o pensamento e a linguagem transcendem as formas ouvintes.

Surdo-cego - Uma definição funcional refere ao surdo-cego como aquele que tem uma perda substancial da visão e da audição, de tal modo que a combinação das suas deficiências cause extrema dificuldade na conquista de habilidades educacionais, vocacionais, de lazer e sociais. São aqueles que utilizam a língua de sinais e/ou o tadoma sendo que suas experiências se manifestam através das experiências táteis. Pessoas que usam o tadoma colocam as mãos nos lábios dos falantes ou nas mãos e/ou corpo do sinalizador para "sentir" e significar a língua.

Tradutor - Pessoa que traduz de uma língua para outra. Tecnicamente, tradução refere-se ao processo envolvendo pelo menos uma língua escrita. Assim, tradutor é aquele que traduz um texto escrito de uma língua para a outra. Tradutor-intérprete - Pessoa que traduz e interpreta o que foi dito e/ ou escrito. Tradutor-intérprete de língua de sinais (TILS) - Profissional que traduz e interpreta a língua de sinais para a língua falada e vice-versa em quaisquer modalidades que se apresentar (oral ou escrita), buscando a superação de barreiras comunicacionais.

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10 Tradução-interpretação simultânea - É o processo de tradução/interpretação de uma língua para outra que acontece simultaneamente, ou seja, ao mesmo tempo. Isso significa que o tradutor-intérprete precisa ouvir/ver a enunciação em uma língua (língua fonte), processá-la e passar para a outra língua (língua alvo) no tempo da enunciação.

Tradução-interpretação consecutiva - É o processo de tradução/interpretação de uma língua para outra que acontece de forma consecutiva, ou seja, o tradutor-intérprete ouve/vê o enunciado em uma língua (língua fonte), processa a informação e, posteriormente, faz a passagem para a outra língua (língua alvo).

3. DAS ATRIBUIÇÕES

3.1. DO IF SUDESTE MG

Dispensar atendimento preferencial às pessoas com deficiência nas dependências da instituição e nos serviços;

Oferecer regularmente aos seus servidores informações sobre as especificidades dos surdos, das pessoas com deficiência auditiva ou surdo-cegueira e sobre o processo de inclusão educacional dos mesmos;

Promover a difusão e o aprendizado da Libras junto aos alunos, servidores e toda a comunidade acadêmica, estimulando o seu uso, através de realização de cursos, palestras, seminários, projetos, entre outros;

Proporcionar a interação entre surdos e ouvintes, incentivando a comunicação entre eles nos diversos setores por meio de ações inclusivas;

Promover a acessibilidade em Libras em todos os espaços da instituição, e aos meios de comunicação, inclusive os editais e suas retificações;

Promover a acessibilidade em Libras nos eventos, palestras, seminários, cerimônias, entre outros, inclusive dando publicidade à acessibilidade dos mesmos;

Compreender e divulgar as especificidades da função do Tradutor/Intérprete de Libras e suas relações nos diversos setores da instituição;

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Proporcionar ao TILS ambiente favorável de trabalho, tendo atenção às normas de revezamento e a disponibilização prévia do material de aulas, palestras, seminários e outros, em um período hábil para manter a qualidade da tradução e intepretação;

Disponibilizar os recursos tecnológicos mínimos (exemplo: câmera filmadora com tripé, computador com webcam, chroma key, HD externo, entre outros) para possibilitar o bom desenvolvimento do trabalho;

Oferecer formação continuada aos TILS de modo a assegurar a qualidade dos serviços prestados;

Oferecer condições acessíveis para ingresso, através da realização de exames de seleção ou de concursos públicos, disponibilizando provas em formatos acessíveis, recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, dilatação do tempo (25% do tempo total de prova), conforme previamente solicitado e comprovado pelo candidato;

Adotar critérios de avaliação das provas escritas, seja para o ingresso ou permanência, que considerem a singularidade linguística da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da língua portuguesa;

Proporcionar condições acessíveis para permanência, através da realização de exames e avaliações, disponibilizando provas e/ou trabalhos em formatos acessíveis, recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva adequados, dilatação do tempo (25% do tempo total de prova ou trabalho individualizado), conforme previamente solicitado pelo estudante;

Oferecer ao aluno surdo, com deficiência auditiva ou surdo-cego, mediante solicitação prévia, a possibilidade de realizar as atividades avaliativas em Libras, tendo seu registro em audiovisual, contando com a presença do TILS para este fim, sem excluir a necessidade de presença do professor. A avaliação filmada deverá ocorrer em sala separada, preferencialmente, no mesmo dia e horário dos demais alunos da turma;

3.2. DOS TRADUTORES INTÉRPRETES DE LIBRAS - TILS

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 Nos processos seletivos para ingresso e concursos;

 Nas salas de aula, em todas as atividades didático-pedagógicas;

 No apoio às demais atividades da instituição, promovendo acessibilidade comunicacional.

3.2.2. Das atividades específicas

 Mediar a comunicação a qualquer pessoa surda, com deficiência auditiva, com surdo-cegueira (usuário de Libras) ou ouvinte, no âmbito institucional;  Realizar tradução e interpretação junto à pessoa surda, com deficiência auditiva ou surdo-cegueira, nas atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas pela instituição;

 Traduzir e interpretar as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas na instituição, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos das mesmas;

 Prestar consultoria na construção de materiais e recursos acessíveis tanto para os exames de seleção, como para as demais demandas acadêmicas;  Participar da concepção e realização de cursos, palestras, seminários, projetos, entre outras ações que divulguem as especificidades da cultura surda, da Libras, da atuação profissional do Tradutor/Intérprete, dos direitos, das adaptações didático-pedagógicas, de forma a promover o reconhecimento da diversidade deste público;

 Atuar no apoio à acessibilidade comunicacional das atividades desenvolvidas pela instituição, realizando a tradução e interpretação das línguas e culturas envolvidas;

 Esclarecer a toda comunidade acadêmica sobre o exercício de suas funções educacionais e institucionais;

 Assumir tarefas ou emitir opiniões que sejam apenas de sua competência profissional;

 Construir relação de parceria e cooperação com os demais profissionais internos ou externos à instituição, bem como estabelecer contato com outros profissionais da área, promovendo troca de experiências;

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 Contribuir para a valorização e respeito à comunidade surda, levando à instituição informações pertinentes ao seu processo educacional, orientando os professores sobre as especificidades relativas ao ensino-aprendizagem sem, contudo, assumir qualquer tipo de tutoria dos alunos;

 Traduzir e interpretar fielmente, apenas o que for compreendido. Em caso de dúvida, quando possível, deve-se recorrer ao emissor da mensagem, assim como corrigir eventuais equívocos interpretativos;

 Dar voz ao emissor/receptor da mensagem, fazendo apenas o papel de mediador, não cabendo responder por eles, mesmo se souber a resposta. Sempre que possível estimular a relação direta entre eles;

 Durante a prática interpretativa, colocar-se sempre à frente, próximo ao emissor da mensagem, dentro do campo visual do surdo;

 Participar da construção e acompanhamento do Plano Educacional Individualizado – PEI, dos alunos surdos, com deficiência auditiva ou surdo-cegos, em parceria com dos demais profissionais envolvidos1;

 Não substituir o professor ou outros profissionais em suas funções, nem tampouco auxiliar os surdos na resolução de suas tarefas educacionais;

 Buscar, com antecedência, os conteúdos a serem traduzidos e interpretados, a fim de possibilitar o estudo prévio, para uma prática interpretativa mais qualificada;

 Prestar apoio extraclasse aos alunos surdos, com deficiência auditiva ou surdo-cegos, mediante agendamento prévio, para possibilitar o acesso aos diversos serviços ofertados pela instituição;

 Prestar apoio ao aluno e professor durante a realização de avaliações, seja na interpretação simultânea ou consecutiva no caso de revisão de avaliação, mediante agendamento prévio e disponibilização de conteúdo;

 Interpretar todas as atividades avaliativas, quando solicitado pelo estudante, do Português escrito para a Libras, sem acréscimo de esclarecimentos, adendos, exemplificações ou demais auxílios, de modo a não favorecer ou facilitar, a resposta ou resolução da atividade proposta;

1 A definição do PEI, assim como dos profissionais envolvidos, é tratada em documento

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 Auxiliar os alunos, durante a realização das atividades avaliativas, no que

se refere, exclusivamente, à Língua Portuguesa (significado, estrutura, léxico, contexto);

 Apoiar os professores, caso seja necessário e solicitado pelos mesmos, na compreensão da escrita dos alunos surdos, com deficiência auditiva ou surdo-cegueira, entendendo que a língua portuguesa é a segunda língua destes alunos.

3.2.4 Das atividades complementares

 Atuar nos processos seletivos de ingresso e nos concursos públicos promovidos pela instituição;

4 DA ÉTICA PROFISSIONAL

 Observar preceitos éticos no desempenho de suas funções, entendendo que não poderá interferir na relação estabelecida entre a pessoa surda, com deficiência auditiva ou surdo-cega e a outra parte, a menos que seja solicitado;

 Zelar pela imparcialidade e fidelidade na prática interpretativa;

 Garantir o sigilo profissional;

 O TILS deve considerar e adequar os diversos níveis da comunicação entre os envolvidos em sua prática profissional, como por exemplo, em casos legais, indicando quando a informação literal não for possível de ser repassada e o TILS precisará parafrasear de forma clara o que está sendo dito à pessoa surda, com deficiência ou surdo-cega, e vice-versa;

 O TILS deve esforçar-se para reconhecer os vários tipos de assistência ao surdo, a pessoa com deficiência ou surdo-cegueira, possíveis dentro da prática interpretativa, fazendo o melhor para atender as suas necessidades específicas referentes à comunicação;

 Respeitar as diretrizes de sua profissão conforme o Código de Ética da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS de 1992 e

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15 o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, conforme Decreto Nº 1.171, de 22 de junho de 1994.

5 DA ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Para efetiva organização do trabalho dos TILS torna-se necessário estabelecer algumas condições básicas para melhor operacionalização e atendimento às diversas demandas da instituição e dos campi:

 Os TILS deverão estar lotados na Coordenação/Setor/Núcleo de Ações Inclusivas (antigos NAPNEs) dos campi;

 Sempre será priorizado o atendimento dos TILS em sala de aula;

 Os TILS devem estar prontos e a postos antes do início das atividades interpretativas, sejam em sala de aula ou nos demais trabalhos;

 O TILS deverá estudar junto com os alunos surdos e o professor, o melhor lugar para posicionar-se, considerando a disposição dos alunos, a luminosidade, a disposição dos recursos audiovisuais do ambiente, bem como a mobilidade do professor e/ ou orador antes de iniciar a aula;

 No caso demandas decorrentes de atividades extraclasses, a solicitação deverá ser feita pelo responsável ao setor de lotação dos TILS, com no mínimo 48h de antecedência;

 No contexto de sala aula, os TILS deverão aguardar até 15 minutos após o início previsto da atividade, a chegada do(s) aluno(s) ou do professor atendido(s), decorrido este tempo retornará às atribuições de seu setor de lotação;

 No contexto de sala aula, em caso de atraso superior a 15 minutos por parte do(s) aluno(s) ou do professor atendido(s), o(s) mesmo(s) deverá(ão) solicitar o apoio do TILS em seu setor de lotação;

 No caso de demandas concomitantes, em que os TILS da instituição não tiverem condições de atender a todas as solicitações, será priorizada aquela que tiver sido solicitada com maior antecedência, sendo o solicitante comunicado para tomar outras providências;

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16  Nas atividades com mais de 1 hora de duração, recomenda-se o revezamento de 20 em 20 minutos entre TILS de acordo com o artigo 81° do Parecer da Advogacia-geral da União de n° 01/2014 (BRASIL, 2014);

 Somente poderão ser reproduzidas e divulgadas imagens dos TILS, mediante autorização dos mesmos, garantindo a autoria e os direitos de publicação;

 Na ausência de demanda de estudantes, de servidores ou eventos os TILS se dedicarão a apoiar as ações da Coordenação/Setor/Núcleo de Ações Inclusivas (antigos NAPNEs) dos campi, prioritariamente, no que diz respeito a suas atribuições específicas.

6 DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

 Toda a comunidade acadêmica deverá ter acesso a este documento e conhecer a organização proposta nesta diretriz;

 Quaisquer questões não previstas nesta diretriz deverão ser tratadas nos setores de referência das ações inclusivas e/ou diretorias sistêmicas.

7 REFERÊNCIAS

BRASIL. Decreto Nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Brasília, 1994. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm>. Acesso em: 22/03/2017.

BRASIL. Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm> Acesso:22/03/2017. BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional de Apoio a Educação de Surdos. O tradutor e intérprete de língua brasileira de sinais e língua

portuguesa. Brasília, 2004.

BRASIL. Decreto nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Brasília,

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17 2005. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/decreto/d5626.htm>. Acesso: 22/03/2017.

BRASIL. Lei nº 12.319 de 1 de setembro de 2010. Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS. Brasília, 2002. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12319.htm>. Acesso: 22/03/2017.

BRASIL. Advocacia-geral da União. Parecer n°01/2014

SGIFES/DEPCONSU/PGF/AGU, de 2014. Dispõe dos temas relativos à carreira de servidor público tratados no âmbito do Subgrupo Permanente integrado pelas Procuradorias Federais junto às Instituições Federais de Ensino Superior (IFES). 2014.

BRASIL. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul. Orientação para a atuação profissional dos Tradutores/Intérpretes de Libras no IFRS – Campus Rio Grande. Rio Grande, 2014.

BRASIL. Lei nº 13.146 de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Brasília, 2015. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso: 22/03/2017.

FENEIS. Código de Ética da Federação Nacional de Educação e Integração dos

Surdos. FENEIS, 1992. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/tradutorlibras.pdf> Acesso: 22/03/2017.

MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. A inclusão de alunos com surdez, cegueira e baixa visão na Rede Estadual de Minas Gerais: orientações para pais, alunos e profissionais da educação. Belo Horizonte: SEE/MG, 2008. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Subsecretaria de desenvolvimento da educação básica. Guia de Orientação da Educação Especial na rede estadual de ensino de Minas Gerais. V. 3. Belo Horizonte: 2014.

Referências

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