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TÍTULO: ANÁLISE DA INCAPACIDADE ESPECÍFICA EM IDOSOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: ESTUDO TRANSVERSAL

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Academic year: 2021

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TÍTULO: ANÁLISE DA INCAPACIDADE ESPECÍFICA EM IDOSOS COM DOR LOMBAR CRÔNICA NÃO ESPECÍFICA: ESTUDO TRANSVERSAL

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Fisioterapia SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE CIDADE DE SÃO PAULO - UNICID INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): ISABELLA CRISTINA BARBOZA ALMEIDA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): CRISTINA MARIA NUNES CABRAL ORIENTADOR(ES):

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1. INTRODUÇÃO

De acordo com o IBGE, até 2030, 13,44% da população brasileira será composta por idosos (65 anos ou mais)1. Estima-se que em 2050 haverá uma população de dois bilhões de idosos, localizados principalmente em países emergentes, como o Brasil2. Entretanto, o envelhecimento é um processo involuntário e inevitável associado às alterações funcionais e estruturais3 e que quando unido às doenças crônicas pode estar relacionado à incapacidade funcional4. Foi visto que mais da metade dos anos vividos com incapacidade tem as doenças crônicas como responsáveis5, e a dor lombar crônica tem se mostrado potencialmente incapacitante4, 5.

A dor lombar crônica é caracterizada por dor ou desconforto localizado entre as margens costais e as pregas glúteas inferiores e com duração maior do que 12 semanas, podendo estar associada ou não a sintomas nos membros inferiores6, 7. Apesar de as causas da dor lombar crônica terem sido consideradas mecânicas ou idiopáticas e de caráter benigno, a sua grande possibilidade de causa e o seu difícil diagnóstico têm trazido um desafio aos profissionais da saúde no momento de investigar, avaliar e tratar a dor lombar em idosos, o que vem trazendo diversas consequências nessa população, dentre elas a incapacidade funcional5.

Com isso, o estudo da capacidade funcional do idoso com dor lombar crônica vem surgindo como um dos principais indicadores para avaliação da saúde dessa população8. Uma forma de avaliar a capacidade funcional é através da Escala Funcional Específica do Paciente, uma ferramenta que utiliza o auto relato do paciente9. Essa escala tem se mostrado mais sensível às alterações funcionais do que as que eram utilizadas tradicionalmente10, 11.

Assim, é ampliado o foco de atenção ao idoso e melhores incentivos são encontrados para a realização de estratégias de planejamento e avaliação de intervenções adequadas, com ênfase na qualidade de vida dessa população12. Uma vida independente e autônoma, com habilidades para a realização de atividades da vida cotidiana, é de grande importância para garantir a qualidade de vida para a população idosa12. Desse modo, a identificação das atividades mais incapacitantes em idosos com dor lombar crônica não específica dará aos profissionais de saúde a capacidade de prevenir e tratar de forma mais eficiente os pacientes nessas condições, visando uma melhor qualidade de vida.

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2. OBJETIVOS

Verificar e categorizar quais são as atividades incapacitantes nos idosos com dor lombar crônica não específica e sua correlação com a intensidade da dor lombar.

3. METODOLOGIA

Estudo transversal previamente aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UNICID (CAAE: 53162216.9.0000.0064).

4. DESENVOLVIMENTO Local

Os pacientes foram avaliados no Centro de Excelência em Pesquisa Clínica em Fisioterapia da Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo SP.

Amostra

Critérios de inclusão: Foram incluídos no estudo 73 pacientes, com idade de 65 a 85 anos, com dor lombar crônica não específica e pontuação maior do que 3 pontos na Escala Numérica de Dor.

Critérios de exclusão: Apresentar comprometimento radicular, ter alguma contraindicação absoluta para a realização de atividade física, ter alguma doença grave na coluna, histórico ou agendamento de cirurgia na coluna vertebral, doença cardiorrespiratória grave, ter ou já ter tido câncer, ter déficit cognitivo, ser dependente de recurso auxiliar, ter realizado tratamento fisioterapêutico para a coluna lombar nos últimos seis meses e realizar atividade física regular.

Avaliação

Após terem passado por uma triagem, presencialmente, os pacientes foram avaliados por um avaliador que confirmou os critérios de elegibilidade. A avaliação foi composta por dados pessoais, dados clínicos e avaliação dos desfechos. Os desfechos avaliados foram intensidade da dor e incapacidade específica.

A intensidade da dor foi avaliada através da Escala Numérica de Dor9, uma escala 11 pontos, tendo o 0 como “dor nenhuma” e o 10 como “a pior dor possível”, quanto maior a pontuação, mais intensa a dor.

A incapacidade específica foi avaliada através da Escala Funcional Específica do Paciente9, que avalia três atividades em que o paciente sente mais dificuldade de realizar, e avalia essas atividades através de uma escala de 11 pontos, onde 0 é “incapaz de realizar a atividade” e 10 “capaz de realizar a atividade como realizava

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antes da lesão”. Foi feita uma média com as três pontuações, quanto maior o valor encontrado, mais capaz o paciente é. Além disso, foi solicitado que o paciente descrevesse as atividades em que tinha dificuldade de forma mais detalhada para permitir a categorização.

Análise estatística

A análise dos dados foi realizada de forma descritiva, na qual as variáveis contínuas foram expressas como média e desvio padrão, e as variáveis categóricas foram descritas como frequência absoluta e relativa. Para a correlação entre a capacidade funcional e a intensidade da dor lombar foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson13, considerando estatisticamente significante quando p < 0,05. Valores de r < 0,30 indicam correlação fraca, valores de r ≥ 0,30 e < 0,60 indicam correlação moderada e valores de r ≥ 0,60 indicam correlação boa. Os dados foram digitados usando o software Microsoft Excel 2010 para Windows e foram analisados usando o Pacote Estatístico para Ciências Sociais (SPSS) para Windows, versão 17.0.

5. RESULTADOS

As características demográficas e clínicas encontradas nos pacientes avaliados, como gênero, altura, idade, intensidade da dor e incapacidade podem ser encontrada na Tabela 1 Foi encontrada uma média de idade de 70 anos com desvio padrão (DP) de 4,2 anos entre os pacientes avaliados, 82,2% dos pacientes eram do gênero feminino e 17,8% do gênero masculino. Os pacientes possuíam uma média de massa corporal de 69,8 kg com DP de 11,1 kg, uma altura média de 1,60 metros, com DP de 0,066 metros e índice de massa corpórea médio é de 27,5 kg/m², com DP de 3,9 kg/m². Com relação ao estado civil, 8,2% dos pacientes eram solteiros, 61,6% eram casados, 15,1% eram divorciados e 15,1% eram viúvos. Considerando a escolaridade dos pacientes, 26% possuíam o ensino médio completo, 8,2% o ensino fundamental incompleto, 5,5% o ensino superior incompleto, 38,4% o ensino fundamental completo, 16,4% o ensino superior completo, 4,1% o ensino médio incompleto e 1,4% pós-graduação. A média da intensidade da dor foi de 6,8 pontos e a média de incapacidade específica foi de 4,3 pontos.

Considerando as categorias das principais atividades descritas pelos pacientes, 87% das atividades citadas eram atividades de vida diária, como passar roupa e agachar; 8,8% eram outras atividades, como ficar em pé por 30 minutos e movimentos bruscos, e 4,1% eram atividades de lazer, como caminhada de 2 km e dançar.

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Pode-se concluir que os pacientes avaliados até o momento tinham níveis de intensidade da dor de moderados a altos, incapacidade específica moderada e referiram maior dificuldade nas atividades de vida diária. Além disso, foi encontrada uma correlação fraca (r= -0,03272) entre a intensidade da dor e incapacidade específica do paciente.

Tabela 1 Perfil demográfico e clínico dos pacientes avaliados

Características Valores

Idade (anos), média (DP) 70 (4,2)

Gênero feminino, n (%) 60 (82,2)

Massa (kg) média (DP) 69,8 (11,1)

Altura (metros), média (DP) 1,60 (0,066) Índice de massa corpórea (kg/m²), média (DP) 27,5 (3,9) Estado civil, n (%) Solteiro Casado Divorciado Viúvo 6 (8,2) 45 (61,6) 11 (15,1) 11 (15,1) Escolaridade, n (%)

Ensino fundamental incompleto Ensino fundamental completo Ensino médio incompleto Ensino médio completo Ensino superior incompleto Ensino superior completo Pós-graduação 6 (8,2) 28 (38,4) 3 (4,1) 19 (26) 4 (5,5) 12 (16,4) 1 (1,4) Intensidade da dor, média (DP) 6,8 (1,5) Incapacidade específica, média (DP) 4,3 (1,6)

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Estudos já mostraram que a dor crônica interfere desfavoravelmente na capacidade funcional do idoso14. Tendo isso em vista esperava-se que a intensidade da dor lombar tivesse uma forte correlação com incapacidade específica do paciente. Porém, foi observado que esses dois desfechos são independentes em idosos com dor lombar crônica não específica, assim como acontece em pacientes com dor lombar crônica com idade entre 18 a 80 anos15. Também se esperava que a maioria das atividades específicas fossem relacionadas à dificuldades na execução das atividades de vida diária, o que foi confirmado nos resultados.

7. FONTES CONSULTADAS

1. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2017 [cited 2107 16/05/2017]. Available from: http://www.ibge.gov.br/home/.

2. Pereira LC, Figueiredo MdLF, Beleza CMF, Andrade EMLR, Silva MJd, Pereira AFM. Predictors for the functional incapacity of the elderly in primary health care. Revista Brasileira de Enfermagem. 2017;70(1):112-8.

3. Engers PB, Rombaldi AJ, Portella EG, da Silva MC. Efeitos da prática do método Pilates em idosos: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Reumatologia. 2016;56(4):352-65.

4. Bressler HB, Keyes WJ, Rochon PA, Badley E. The prevalence of low back pain in the elderly: a systematic review of the literature. Spine. 1999;24(17):1813.

5. Jones LD, Pandit H, Lavy C. Back pain in the elderly: a review. Maturitas. 2014;78(4):258-62.

6. Waddell G. The back pain revolution: Elsevier Health Sciences; 2004.

7. Airaksinen O, Brox J, Cedraschi C, Hildebrandt J, Klaber-Moffett J, Kovacs F, et al. Chapter 4 European guidelines for the management of chronic nonspecific low back pain. European Spine Journal. 2006;15:s192-s300.

8. Faustino AM, Gandolfi L, Moura LBdA. Functional capability and violence situations against the elderly. Acta Paulista de Enfermagem. 2014;27(5):392-8

9. Costa LOP, Maher CG, Latimer J, Ferreira PH, Ferreira ML, Pozzi GC, et al. Clinimetric testing of three self-report outcome measures for low back pain patients in Brazil: which one is the best? Spine. 2008;33(22):2459-63.

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10. Donnelly C, Carswell A. Individualized outcome measures: a review of the literature. Canadian Journal of Occupational Therapy. 2002;69(2):84-94.

11. Hall AM, Maher CG, Latimer J, Ferreira ML, Costa LO. The patient-specific functional scale is more responsive than the Roland Morris disability questionnaire when activity limitation is low. European Spine Journal. 2011;20(1):79-86.

12. Clares JWB, Freitas MCd, Borges CL. Social and clinical factors causing mobility limitations in the elderly. Acta Paulista de Enfermagem. 2014;27(3):237-42.

13. Fleiss J. The design and analysis of clinical experiments. New York: Wiley; 1986. 14. Reis LA, Torres GV. Influência da dor crônica na capacidade funcional de idosos institucionalizados. Revista Brasileira de Enfermagem. 2011;64(2):274-280.

15. Miyamoto GC, Franco KFM, Johanna MD, Franco YRS, Oliveira NTB, Amaral DDV, et al. Different doses of Pilates-based exercise therapy for chronic low back pain: a randomised controlled trial with economic evaluation. British Journal of Sports Medicine. 2018;0:1-11.

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