APRESENTAÇÃO
Com o propósito de regular e melhorar a oferta do transporte
escolar no município de Itaquaquecetuba, atendendo ao que prevê
a Legislação vigente no que se refere à oferta do Transporte
Escolar Gratuito, a Secretaria Municipal de Educação, Ciência,
Tecnologia e Inovação
– SEMECTI – estabelece, através deste
manual, orientações e esclarecimentos para auxiliar as Unidades
Escolares Municipais quanto aos procedimentos para a oferta e
atendimento aos alunos do Sistema Municipal de Educação no
Transporte Escolar Gratuito, a quem de direito, dentro de
regulamentação legal.
A condução e a facilitação do acesso à escola não
incumbe, exclusivamente, aos Governantes, a
quem compete oferecer a linha de transporte
escolar, mas também à família, que não está isenta
deste cuidado.
Consideramos que este é um preceito primordial, que jamais pode
ser esquecido, a educação é dever do Estado e da família, sendo
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade. É a
chamada corresponsabilidade.
Constituição Federal
Assegura o direito de todos à educação (Art.205) e o direito dos alunos de escolas públicas ao transporte escolar (Art.208).
Art.205, CF: A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
Art.208, CF: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a
garantia de: ...
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por
meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. (redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009).
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBN –
9394/96
Art. 10. Os Estados incumbir-se-ão de:
VII - assumir o transporte escolar dos alunos da rede estadual.
Art. 11. Os Municípios incumbir-se-ão de:
VI - assumir o transporte escolar dos alunos da rede municipal.
Estatuto da Criança e do Adolescente
Prevê o direito da criança e do adolescente à educação, assegurando-lhes acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência (Art.53).
O Município tem como primeiro dever a oferta da escola perto da residência dos alunos, capaz de atende à demanda da comunidade onde está instalada. Inexistindo escola perto da casa ou não sendo possível garantir vaga em escola mais próxima da residência do estudante, o que seria a situação ideal, deverá ser ofertado transporte escolar gratuito e de qualidade para os alunos.
Todos os alunos das áreas rurais têm direito ao transporte gratuito. Nas áreas urbanas, os estudantes matriculados em escolas que fiquem a mais de 2 km* de suas residências também têm direito ao transporte escolar. (Ressaltamos que o município de Itaquaquecetuba está qualificado como área urbana em toda sua extensão territorial de acordo com IBGE)
* A jurisprudência tem definido essa distância em 2 km.
Para procedimentos de atendimento aos alunos do Sistema Municipal de Educação, as unidades escolares municipais deverão se valer do recurso oferecido pelo Google maps para as consultas de endereço no trajeto residência/escola-escola/residência.
(Ressaltamos que os procedimentos para a oferta do Transporte Escolar Gratuito terão como referência de limite o percurso de 1.500m).
Solicitação do Transporte pelo Responsável do Aluno
O responsável do aluno que tiver interesse no atendimento do Transporte Escolar Gratuito deverá:1. No ato da matrícula preencher requerimento para fins de concessão do Transporte Escolar Gratuito, justificando a solicitação, ou a qualquer tempo, dentro do ano letivo, mediante comprovação da necessidade e devida justificativa (ex. mudança de endereço);
2. Anexar ao requerimento cópia do comprovante de endereço em nome do responsável*, que aponte a distância mínima exigida para fins de oferta do requerido;
*na falta de comprovante em nome do responsável, a unidade escolar deverá utilizar como critério o endereço constante na ficha de matrícula do aluno.
Procedimentos da Unidade Escolar:
1. A Direção da unidade escolar deverá adotar os critérios definidos neste manual de orientações para avaliar os requerimentos recebidos e definir atendimento;
2. Após análise dos requerimentos, publicar lista nominal dos alunos com solicitação deferida.
Resolução SE-27, de 09-05-2011
(acessível)
Para direcionar o atendimento do Transporte Acessível, a SEMECTI adotará como parâmetro a Resolução SE-27/11 (legislação estadual)
Artigo 4º - O transporte escolar, com presença de monitor, será fornecido ao
aluno com necessidades educacionais especiais, que não apresente desenvolvidas condições de mobilidade, locomoção e autonomia no trajeto casa/escola/casa, ou seja:
I - cadeirante ou deficiente físico com perda permanente das funções motoras dos membros, que o impeça de se locomover de forma autônoma;
II - autista, com quadro associado de deficiência intelectual moderada ou grave, suscetível de comportamentos agressivos e que necessite de acompanhante familiar;
III - deficiente intelectual, com grave comprometimento e com limitações significativas de locomoção;
IV - surdo cego, com dificuldades de comunicação e de mobilidade; V - aluno com deficiência múltipla que necessite de apoio contínuo;
VI - cegos ou com visão subnormal, que não apresente autonomia e mobilidade necessárias e suficientes para se localizar e percorrer, temporariamente, o trajeto casa/escola/casa.
A Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação prestará o serviço de Transporte Adaptado. No entanto, a ESCOLA que possua aluno com necessidades especiais e que necessite desse tipo de atendimento, deverá orientar os responsáveis pelo (a) aluno (a) a preencher requerimento do serviço de Transporte Adaptado junto à secretaria escolar, o qual deverá ser encaminhado a Secretaria Municipal de Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação – SEMECTI – para análise da Comissão responsável.
Deverão estar anexados ao requerimento os seguintes documentos:
Cópia da Certidão de Nascimento; Cópia do comprovante de endereço;
Cópia do RG do responsável pelo(a) aluno(a);
Cópia do laudo e relatório médico, atualizados, citando qual tipo de deficiência que inviabiliza sua locomoção, descrevendo a necessidade de utilizar o transporte adaptado.
Conforme consta na Resolução SE nº 27, parágrafo único, a necessidade de transporte escolar e a de acompanhante deverão ser atestados pela área da saúde.
Tendo o responsável requerido a inclusão do aluno no Transporte Adaptado, a solicitação passará por análise da Comissão designada especificamente para esta finalidade e o atendimento providenciado para iniciar no prazo de até 30 dias, caso o aluno faça jus a esse tipo de transporte.
O usuário será responsável por informar a U.E., e esta por sua vez informar a SEMECTI sobre qualquer alteração em seus dados cadastrais (endereço, horários de início e término de atendimento).
De acordo com o Inciso X do Parágrafo 4º da Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Base), segue: “Art. 4º O dever do Estado com
educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 04 (quatro) anos de idade”.
Portanto, na alteração de endereço, o aluno será redirecionado para a unidade escolar mais próxima de sua residência.
Caso houver interesse em cancelar o atendimento no transporte adaptado, o responsável pelo (a) aluno (a) deverá protocolar na SEMECTI, a declaração de desistência justificando os motivos.
As FALTAS deverão ser comunicadas antecipadamente à U.E. e ao motorista que presta o serviço, estas deverão ser justificadas. O aluno que apresentar 5 (cinco) faltas consecutivas sem justificativa, o gestor deverá realizar os procedimentos adequados para o acompanhamento de alunos faltosos, constatado abandono a vaga será disponibilizada.
Em casos de mais de 05 (cinco) faltas injustificadas, a unidade escolar deverá anexar a planilha de acompanhamento de frequência um relatório dos procedimentos realizados.
As Unidades Escolares deverão fazer o controle da frequência através do formulário encaminhado pela SEMECTI, que deverá ser protocolado até dia 10 (dez) do mês subsequente da realização do atendimento.
IMPORTANTE: O serviço de transporte adaptado será autorizado pela Secretaria Municipal de Educação SOMENTE após análise da documentação (completa) apresentada pelo responsável.
Vale ressaltar que durante o período em que a documentação estará em análise, o responsável pelo (a) aluno (a) deverá garantir a presença no Ensino Regular e no Atendimento Educacional Especializado (AEE).
A administração municipal é quem define os roteiros dos transportes escolares, que em sua maioria devem ser organizados de forma a
atender o maior número possível de interessados
.
Não existe disposição constitucional ou lei federal que delimite o trajeto da linha de transporte ou a distância a ser percorrida pelo aluno, de sua residência até o ponto de passagem do veículo escolar. Este trajeto, seus pontos de passagem e parada são definidos pelo Poder Público, o qual deve se utilizar, para tal fixação, dos critérios de segurança, bom senso, razoabilidade e viabilidade. No entanto, ao fixar o itinerário para veículos que levam e trazem crianças, deve-se evitar que elas percorram caminhadas superiores a 2 ou 3 quilômetros até o ponto onde o veículo passa.
Considerando que o transporte escolar gratuito estende-se ao alunado da rede municipal de Itaquaquecetuba desde a Educação Infantil a partir dos 4 anos, e ainda observando-se critérios de razoabilidade e viabilidade, a SEMECTI adotará como critério de cálculo para oferta do Transporte Escolar Gratuito a
distância mínima de 1.500m.
A Constituição preceitua que a educação é dever do Estado e da família, argumento reafirmado na LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), ao pontuar, em seu Art 2º, ser a educação: “dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade
humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. O que se pretende com a efetivação do transporte escolar é permitir o acesso dos alunos ao ensino, entretanto, não é imposta ao Município a obrigação de deslocar o veículo escolar até a residência de cada estudante.
Há que se considerar, tendo em foco o princípio da razoabilidade, a corresponsabilidade dos pais ou responsáveis na educação dos filhos, ou seja, a eles também cabe envidar esforços mínimos para garantir o deslocamento da criança ou adolescente.
Assim, deve haver a cooperação da família com a condução das crianças até a parada de ônibus mais próxima, momento em que pode atestar ou não o regular funcionamento do transporte escolar.
Toda e qualquer ocorrência, desde que decorrente de problemas com o
veículo, motorista ou monitor que realiza o atendimento, deverá ser
primeiramente analisada pela unidade escolar antes de ser encaminhada para a SEMECTI. Para isso, diante do recebimento de uma reclamação de um responsável por alunos neste contexto, a unidade escolar deverá se apropriar do maior número de informações possíveis, no intuito de facilitar a compreensão da ocorrência reportada e a busca por uma solução.
O relato da ocorrência deverá ser encaminhado via ofício, a qualquer tempo, pelas unidades escolares, para a SEMECTI aos cuidados da Comissão responsável.
Supervisão Escolar:
Flávia Regina de Figueiredo Lourenço Marilda Arminda Vischi Soares
Apoio de Gabinete:
Dr. Rogério Coelho da Costa
Departamento Administrativo
Jorge Henrique Ferreira Guedes
Apoio Logístico:
William Pereira Pires Flaubert Nunes da Silva