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Alegre. Câmara Municipal. de Porto PROC. N. 3540/05 P.L.L. N. 176/05 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

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O Vereador proponente, buscando meios de contribuir para a diminuição dos altos índices de acidentes de trânsito no município de Porto Alegre, vem expor as razões que fundamentam a necessidade de medidas destinadas a solucionar essa questão.

É relevante asseverar que, os índices de acidentes no trânsito, neste município são alarmantes. Segundo dados fornecidos pela EPTC – Empresa Pública de Transporte e Circulação, no último ano foram constatados 21.784 acidentes no município, dentre esses 5.802 foram acidentes com vítimas e 172 foram acidentes com vítimas fatais. Neste ano, os dados verificados já são espantosos, veja-se:

jan fev Mar

Total de acidentes 1435 1218 1845 Acidentes com vítimas 451 342 475 Acidentes com vítimas fatais 12 8 12

Diante desse quadro, ressalta-se a necessidade de medidas urgentes para combater essas estatísticas. Sabe-se que o excesso de velocidade é uma das maiores causas dos incidentes no trânsito, daí a importância dos instrumentos controladores de velocidade como os radares mecânicos, elétrico, eletrônico ou fotográfico, para coibir os abusos de velocidade no trânsito.

Todavia, deve-se lembrar que, a existência desses radares deve estar devidamente informada. Por isso, é de suma importância que nos locais onde houver esses controladores de velocidade exista sinalização informativa da presença dos mesmos, ideal visado por este projeto de lei.

É importante assinalar que, este projeto de lei nasce espelhado no exemplo bem sucedido de sinalização adotado pela cidade de Curitiba, capital do Estado do Paraná, cujas fotos que permitem a visualização desse novo modelo seguem em anexo. Conforme dados oficiais da Prefeitura Municipal, desde a

implementação da nova sinalização, o número de infrações de trânsito por excesso de velocidade registrados nos radares de Curitiba caiu à metade nos primeiros quatro meses deste ano. Tendo sido registradas, no mês de janeiro, 38.223 infrações, e, já no mês de abril apenas foram 17.479 notificações, uma redução de quase 55%.

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Av. Loureiro da Silva,255

Ademais, em observância a legislação de trânsito, essa determinação já é prevista pelo do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN, na Resolução nº. 146, de 27 de agosto de 2003, quando estabelece os requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semi-reboques, assim estabelecendo:

“Art. 1º. A medição de velocidade deve ser efetuada por meio de instru-mento ou equipainstru-mento que registre ou indique a velocidade medida, com ou sem dispositivo registrador de imagem dos seguintes tipos:

I - Fixo: medidor de velocidade instalado em local definido e em caráter permanente;

II - Estático: medidor de velocidade instalado em veículo parado ou em suporte apropriado;

III - Móvel: medidor de velocidade instalado em veículo em movimento, procedendo a medição ao longo da via;

IV - Portátil: medidor de velocidade direcionado manualmente para o veí-culo alvo.

§ 1º O Medidor de Velocidade é o instrumento ou equipamento destinado à medição de velocidade de veículos automotores, reboques e semi - reboques.

§ 2º O instrumento ou equipamento medidor de velocidade dotado de dis-positivo registrador de imagem deve permitir a identificação do veículo e, no mí-nimo:

I – Registrar:

a)Placa do veículo;

b)Velocidade medida do veículo em km/h; c)Data e hora da infração;

II – Conter:

a)Velocidade regulamentada para o local da via em km/h;

b)Local da infração identificado de forma descritiva ou codificado;

c)Identificação do instrumento ou equipamento utilizado, mediante nume-ração estabelecida pelo órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.

§ 3º A autoridade de trânsito deve dar publicidade à relação de códigos de

que trata a alínea “b” e à numeração de que trata a alínea “c”, ambas do inciso II do parágrafo anterior.” (grifos nossos)

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Essa exigência do COTRAN dá-se em respeito ao princípio da publicidade, que exige do administrador a transparência de seus atos. De regra, todos os atos administrativos devem ser públicos para que se registre a transparência dos mes-mos, e para que a sociedade possa ter conhecimento da gestão pública, e possa, as-sim, realizar o controle e a fiscalização dos atos públicos.

A publicidade dos atos administrativos é princípio de fundamental relevân-cia, calçado na moralidade administrativa e que visa, outrossim, garantir essa. O texto constitucional expressamente estabelece a obediência, entre outros, ao princí-pio da publicidade, a saber :

"Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Pode-res da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

I – (...)”

A partir disso, torna-se indiscutível a presença de publicidade na atividade do administrador público. Esse mandamento nuclear da gestão administrativa compõe a transparência da administração pública. Importante aqui anotar o concei-to de publicidade trazido por Hely Lopes Meirelles1, memorável administrativista, que asseverou:

“Publicidade é a divulgação oficial do ato para conhecimento público e i-nício de seus efeitos externos. Daí por que as leis, atos e contratos administrativos que produzem conseqüências jurídicas fora dos órgãos que os emitem exigem pu-blicidade para adquirirem validade universal, isto é, perante as partes e tercei-ros.”

Confirmada a exigência da publicidade nos atos administrativos, a exceção daqueles que ameacem a segurança nacional, cumpre verificar que, em existindo radares verificadores de velocidade, deve haver a devida informação da presença dos mesmos. No caso, a prévia informação dos controladores é requisito indispensável para a validade das multas decorrentes da infração do limite de velocidade da via, sob pena de estar-se-á transformando os aparelhos sensores de velocidade em vulgares "fábricas de multas", e não é esse o objetivo do Poder

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Av. Loureiro da Silva,255

Público. Ao contrário, os radares existem para controlar o excesso de velocidade, como meio de diminuir os acidentes no trânsito. Mas, para que esse controle seja exercido, deve respeitar a publicidade que lhe é exigida.

Em razão disso, torna-se proeminente a presença de placas informadoras da existência dos instrumentos controladores de velocidade nos locais onde eles estão localizados. Dessa forma, para garantir maior eficiência ao processo de advertência e controle de velocidade sugere-se que, nos 300 m (trezentos metros) que antecedem a localização física dos radares sejam instalados sonorizadores, na forma de faixas horizontais, pintadas com tinta reflexiva. E, também deverá ser pintado, com tinta reflexiva, o poste onde estiver afixado o controlador.

Ainda, para enfatizar aos motoristas sua aproximação dos radares dever-se-á, também, ser pintado no solo, também com tinta reflexiva, a expressão “DEVAGAR”, exatamente nas distâncias de 200m (duzentos metros) e 100m (cem metros) que antecedem o aparelho controlador.

Diante do exposto e na certeza do mérito da iniciativa, rogamos o apoio dos nobres Pares, esperando ver nossa proposta aprovada.

Sala das Sessões, 22 de junho de 2005.

VEREADOR MAURÍCIO DZIEDRICKI

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Disciplina a sinalização específica para controladores eletrônicos de velocidade (pardais) no Município de Porto Alegre.

Art. 1º Toda fiscalização de trânsito, por meio mecânico, elétrico, eletrôni-co ou fotográfieletrôni-co, que tenha eletrôni-como fato gerador o eletrôni-controle de velocidade, deve ser indicada por sinalização vertical e horizontal, da seguinte forma:

I. sinalização horizontal, mediante instalação de sonorizador a 300m (tre-zentos metros) do controlador eletrônico de velocidade, que constará de faixas horizontais lançadas sobre o solo, pintadas com tinta reflexiva; II. sinalização horizontal, através da pintura no solo da expressão

“DEVA-GAR”, também com tinta reflexiva, nas distâncias correspondentes de 200m (duzentos metros) e 100m (cem metros) que antecedem a locali-zação física do controlador de velocidade, visando enfatizar a aproxima-ção deste;

III. a sinalização vertical deverá ser colocada ao longo da via fiscalizada, do lado direito do sentido do trânsito, respeitando espaçamentos mínimo de 300m (trezentos metros) antes de cada equipamento de fiscalização. Parágrafo único. Para a informação no solo das distâncias que compõe a sinalização na modalidade do inciso II, dever-se-á utilizar o letreiro oficial, de a-cordo com as normas da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Art. 2º O poste onde estiver afixado o controlador de velocidade deverá ser igualmente pintado com tinta de cor reflexiva.

Art. 3º Nos locais sujeitos à fiscalização realizada com equipamento portá-til, operado por agente de fiscalização, deverá incidir a sinalização vertical, na forma do inciso III do art. 1º desta Lei, informando da possibilidade de efetiva fiscalização.

Art. 4º A instalação da sinalização de que trata esta Lei deverá observar a engenharia de tráfego, conforme requer a legislação federal pertinente.

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