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MÉTODOS FÍSICOS NO TRATAMENTO DAS DORES AGUDAS E CRÔNICAS.

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Academic year: 2021

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MÉTODOS FÍSICOS NO TRATAMENTO DAS

DORES AGUDAS E CRÔNICAS.

Raquel A Casarotto

Fisioterapeuta

Doutora em Reabilitação

Professora Associada

e-mail:

racasaro@usp.br

Tel:

011 - 3091-8424

Programa de Educação Continuada em Fisiopatologia e Terapêutica da dor

2015

(2)

Recursos Eletrotermofototerapêuticos utilizados

no controle da dor

-Crioterapia

-Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

-Corrente Interferencial

-Laserterapia de Baixa Intensidade

-Ondas Curtas

-Ultrassom

(3)

Crioterapia

-

Trauma agudo : Utilizar por 20 minutos a cada 2 horas durante as primeiras 24 horas pós

trauma. Bleakley CM (2006) mostrou que aplicações intermitentes – 10 min aplicados - 10

min sem +10 min aplic. foram mais efetivos para dor, porém após 1 semananão houve

na dor em repouso, edema e função.

-Mecanismo de ação: Diminui: a velocidade de condução dos nervos periféricos; a

informação aferente à medula; a atividade dos neurônios da região dorsal da medula =

redução da transmissão nociceptiva aos centros cerebrais superiores = diminuição da

percepção da dor .

-

Contra-irritação local: bombardeia vias centrais da dor com impulsos frios dolorosos

que ativam vias inibitórias descendentes.

-Para reduzir dor e espasmo muscular: 12 a 15 minutos, sacos de gelo ou criomassagem

(4)

Crioterapia

(5)
(6)

Contra-indicações

1. Ulcerações produzidas pelo frio (edema, bolhas,lesão vascular e necrose)Ela pode ser causada por utilização do gelo por um período > que 1 h, associada com compressão. Cuidado com as bolsas de gel, que são muito mais frias que o gelo picado.

2. Cuidados com a aplicação de gelo em nervos superficiais, como o ulnar e o fibular.Pode acontecer lesão na bainha de mielina ( neuropraxia), ou no axônio (axonotmese).

3. Hipersensibilidade ao frio – urticária.

4. Síndrome de Raynaud

5. Hemoglobinúria - Presença de sangue na urina, provocada pelas células vermelhas lesadas.

6. Crioglobinemia. È a presença de proteínas sanguíneas anormais, que formam um gel quando expostas a baixas temperaturas. O gel pode levar a obliteração da circulação, levando a isquemia e gangrena.

(7)

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Orientação Clássica

Dores Agudas Dores Crônicas

Alta Frequência e Baixa Intensidade Baixa Frequência e Alta

Intensidade

(AF - BI) (BF-AI)

TENS Convencional TENS Acupuntura e BURST

Comportas Medulares Ascendentes Sistema Descendente de Controle

da Dor (opióides)

(8)
(9)

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Orientação Atual

Intensidade: Realizar a aplicação com a intensidade máxima tolerável para

prevenir o desenvolvimento de tolerância analgésica ( Sato, 2012, Moran, 2011)

Frequência: Alta frequência (Vassal, 2013, Chen,2011); Sem diferença entre

frequências (Francis, 2011).

Tempo de tratamento: Mínimo 30 minutos.

Frequência de Tratamento: Diária

Localização eletrodos: Ponto de dor ou de acupuntura (Cheing, 2009); No sitio de

dor ou á distância (Brown, 2007)

(10)

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Mecanismos periféricos de analgesia

O TENS de AF e BF

mediam a antinocicepção via receptores α 2 A, por

Noradrenalina . King et al. 2005,

mostrou que a aplicação de um antagonista deste

receptor aplicado perifericamente reverteu a analgesia produzida pelo TENS. Quando

aplicado intratecalmente e intracerebroventricularmente, não houve esta reversão.

O TENS BF ativa opióides ligados aos receptores periféricos µ, produzindo analgesia

.

Sabino et al. 2008, mostraram que o tratamento intraplantar de naltrexone reverteu a

analgesia medida pelo TENS de BF, mas não no AF.

(11)

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Mecanismos espinhais de analgesia

TENS AF ↑ concentração extracelular espinhal de GABA e reduz a de glutamato

(ligado

a

receptores

opióides

δ).

Maeda

et

al

2007

,

mostraram que o TENS de AF ↑ a concentração extracelular de GABA e AF e BF ↓ a

hiperalgesia através da ativação de receptores espinhais de GABA A.

TENS AF ↑ concentração extracelular espinhal de GABA e reduz a de glutamato

(ligado a receptores opióides δ).

O estudo de Sluka et al 2005 apontou que a TENS AF

ativa receptores δ e ↓a produção de glutamato na medula espinhal. O glutamato é um

neurotransmissor excitatório para dor.

(12)

Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea (TENS)

Mecanismos supraespinhais

A Ativação de substância cinzenta periaquedutal diminui a hiperalgesia

na AF e BF.

Desantana JM et al. 2009. mostrou que a

TENS ativa a produção de

opióides na SCPA, que envia projeções para a MRV e para a ME para

produzir analgesia.

(13)

Cuidados e Contraindicações

- Não estimular portadores de marca passo cardíaco e outros equipamentos elétricos implantados

(estimuladores do nervo frênico, por exemplo): pode haver interferência entre os aparelhos.

-Não estimular sobre a região dos seios carotídeos e da glote: pode interferir com o controle da PA e contratibilidade cardíaca.

-Cuidado com pacientes cardiopatas, especialmente quando se estimula a região anterior do tórax de

hipertensos ou hipotensos: respostas autonômicas podem afetar o controle da PA.

-Cuidado com pacientes epilépticos não controlados.

-Cuidado com áreas de neoplasias e infeções ativas: os efeitos circulatórios da EE podem agravar

tais condições.

-Cuidado com pacientes incapazes de fornecer informações claras sobre os níveis de estimulação,

como crianças, sujeitos senis, com problemas cognitivos e regiões anestésicas.

-- Não aplicar sobre epífises de crescimento, olhos, testículos,

-Não aplicar EE sobre áreas onde haja solução de continuidade na pele (escoriações, cortes, feridas,

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Corrente Interferencial

Duas correntes portadoras de média freqüência:

Uma fixa em 4000 Hz

Outra variando entre 4.001 e 4.200 Hz

Determinam uma corrente de batimento em baixa

freqüência e modulada em amplitude:

Entre 1 e 200 Hz

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(16)

Diferença entre TENS e Corrente

Interferencial

Teoricamente, as correntes de média frequência seriam mais

confortáveis (?).

Sem diferença clínica no tratamento de patologias (Facci, 2011;

Johnson, 2003)

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Laserterapia de Baixa Intensidade

Mecanismos de ação

Redução nos marcadores inflamatórios: prostaglandina E2,

interleucina 1β, fator de necrose tumoral α.

Redução do estresse oxidativo e fadiga muscular.

Inibição da transmissão nas fibras A ∆ e C. (Chow, 2009)

Supressão da atividade da Bradicinina e Substância P (Chow,

2011)

(19)

Laserterapia de Baixa Intensidade

Parametrização

Janela terapêutica

Comprimento de onda para analgesia 808 a 904 nm.

Energia por ponto: 3 a 8 Joules por ponto.

Número de pontos: Na coluna, no mínimo 6. A cada 2

cm na área alvo

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Contraindicações

-Pacientes com carcinoma ativo ou suspeito

-Irradiação direta sobre o útero gravídico

-Irradiação sobre os testículos

-Áreas de hemorragia

Cuidados

- Tratamento em áreas fotossensíveis

(21)

Termoterapia

-Ondas Curtas (OC) e Ultrassom (US): Calor profundo

-Bolsa de Água Quente: Calor Superficial

-Tempo de Aplicação:OC e Bolsa de Água Quente (20 min)

(22)

Termoterapia

- Vasodilatação

-Aumento da elasticidade e diminuição da viscosidade dos tecidos

- Faixa terapêutica: 40° a 45°

-A estimulação dos receptores sensoriais de calor pode ativar o

mecanismo de comporta medular.

-Redução do Espasmo Muscular via redução de isquemia (Wright,

2001)

(23)

Cuidados e Contraindicações no uso do Calor

-

Pacientes com déficit vascular

- Cuidados com imersão de grandes áreas, como turbilhão para todo o corpo

em pacientes com alteração de PA.

- Pacientes com dermatite de contato podem piorar seus quadros

- Sangramentos

- Infecção, hemofilia, Fragilidade vascular

(24)

ETCC

A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) modula membranas neuronais de neurônios corticais, aumentando ou inibindo seus potenciais de ação. Estudos experimentais em animais demonstraram que a estimulação anódica facilita a despolarização dos neurônios do córtex motor primário e tálamo.

A ETCC aplicada sobre o córtex aumenta o acoplamento funcional entre a região M1 ipsilateral e o tálamo e o mecanismo analgésico estaria relacionado à atividade talâmica. (Polanía R1, Paulus W, Nitsche MA.Modulating cortico-striatal and thalamo-cortical functional connectivity with transcranial direct current stimulation. Hum Brain Mapp. 2012 Oct;33(10):2499-508.)

Estudos também apontam que a ETCC aumenta a liberação de opióides (García-Larrea L, Peyron R, Mertens P, Gregoire MC, Lavenne F, Le Bars D, Convers P, Mauguière F, Sindou M, Laurent B.Electrical stimulation of motor cortex for pain control: a combined PET-scan and electrophysiological study.Pain. 1999 Nov;83(2):259-73.)

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ETCC

A estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC) modula membranas neuronais de neurônios corticais, aumentando ou inibindo seus potenciais de ação. Estudos experimentais em animais demonstraram que a estimulação anódica facilita a despolarização dos neurônios do córtex motor primário e tálamo.

A ETCC aplicada sobre o córtex aumenta o acoplamento funcional entre a região M1 ipsilateral e o tálamo e o mecanismo analgésico estaria relacionado à atividade talâmica. (Polanía R1, Paulus W, Nitsche MA.Modulating cortico-striatal and thalamo-cortical functional connectivity with transcranial direct current stimulation. Hum Brain Mapp. 2012 Oct;33(10):2499-508.)

Estudos também apontam que a ETCC aumenta a liberação de opióides (García-Larrea L, Peyron R, Mertens P, Gregoire MC, Lavenne F, Le Bars D, Convers P, Mauguière F, Sindou M, Laurent B.Electrical stimulation of motor cortex for pain control: a combined PET-scan and electrophysiological study.Pain. 1999 Nov;83(2):259-73.)

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Obrigada pela Atenção

Raquel A. Casarotto

Referências

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