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Atuação da fisioterapia no tratamento do fibro edema gelóide

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Academic year: 2021

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Atuação da fisioterapia no tratamento do fibro edema gelóide

Alana jonas carvalho bido1 alanacarvalhob@hotmail.com

Dayana Priscila Maia Mejia2

Pós-graduação em fisioterapia em dermato-funcional-Faculdade Ávila

Resumo

O fibro edema gelóide, também conhecido como celulite é um conjunto de transtornos que ocorrem no tecido conectivo cutâneo e subcutâneo (derme e tela subcutânea), tem origem multifatorial, manifestando-se na pele,originando a aparência comumente conhecida como “casca de laranja”. De acordo com Guirro (1996) o fibro edema gelóide é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, sem origem inflamatória, seguida de polimerização da substancia fundamental que, infiltrando-se nas tramas produz uma reação fibrótica consecutiva. Este trabalho tem como objetivo apresentar algumas técnicas fisioterapêuticas utilizadas para o tratamento do fibro edema gelóide, as quais são mais eficazes se forem utilizadas associando duas ou mais técnicas. O presente estudo trata-sede uma revisão bibliográficas de artigos indexados na base de dados scielo e em livros. As abordagens terapêuticas abordadas na pesquisa foram as seguintes: Corrente Galvânica, Eletrolipoforese, Correntes Excitomotoras, Vacuoterapia, Drenagem Linfática e Ultra-som.

Palavras-chave: Fibro edema gelóide, Celulite, Abordagens terapêuticas.

1.Introdução

A fisioterapia vem ampliando cada vez mais suas áreas de atuação, visando sempre o equilíbrio entre saúde física e qualidade de vida. A fisioterapia dermato funcional é uma área recente que busca fornecer embasamento cientifico aos tratamentos estéticos que eram tidos como empíricos (Bertan, 2005).

O fisioterapeuta dispõe de meios físicos e técnicas terapêuticas como eletroterapia, técnicas manuais cinesioterapia, RPG, cosmetologia, capazes de tratar efetivamente diversas patologias clinicas e estéticas com conhecimentos relevantes de anatomia, fisiologia, patologia. Esse conhecimento proporciona uma abordagem direcionada á forma mais eficaz de tratamento para cada paciente, potencializando e assegurando resultados efetivos, sem causar riscos à saúde (Horibe, 2000).

Diversos são os distúrbios estéticos que afetam a população principalmente feminina, dentre eles o fibro edema gelóide (FEG) é um dos mais freqüentes e relevantes, pois alem de esteticamente desagradável, diminui a auto-estima e pode causar algias nas zonas acometidas (Silva, 2002).

O objetivo desse trabalho é reunir através de uma revisão bibliográfica os tratamentos fisioterapêuticos mais utilizados na atualidade para o tratamento da celulite.

2.Revisão Bibliográfica

1 Pós Graduanda em Dermato-Funcional

2 Fisioterapeuta, especialista em Metodologia do Ensino Superior, Mestranda em Bioética e Direita em

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2.1Fibro edema gelóide

O Fibro edema geloide ou lipodistrofia ginóide, ou ainda celulite, é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo subcutâneo, não inflamatório, seguido de polimerização de substancia fundamental, que se infiltrando nas tramas produz uma relação fibrótica consecutiva (Ribeiro et all., 2006).

Entre 85% e 98% das mulheres após a puberdade manifestam certo grau de celulite. Esta prevalência está presente em mulheres de todas as raças, sendo mais comum nas caucasianasque em asiáticas (Draelos, 2001).

A mulher apresenta um numero duas vezes maior de adipócitos em relação ao homem, sendo essa diferença observada já a partir do primeiro ano de vida, e ainda no período do pré-natal. O corpo feminino tem tendência ao acumulo graxos nos glúteos e coxas, gordura sexo- especifica ao passo que no homem, tais acúmulos situam-se predominantemente no abdome. Investigações recentes demonstram diferenças regionais no metabolismo adipocitário, sendo os depósitos abdominais mais reativos aos hormônios lipolíticos que os localizados perifericamente. Ao que parecem, os hormônios sexuais têm papel fundamental no processo de localização de gordura no corpo. Confirmaram-se essas diferenças entre os adipócitos femorais e os glúteos femorais. No entanto, os triglicerídeos abdominais seriam mais lábeis, ou seja, mais fáceis de serem mobilizados. Existem vários fatores que predispõe o surgimento da celulite. Uma das principais causas que favorece é o fator hormonal, sendo o estrogênio o hormônio mais importante nesta relação uma vez que este provoca hipersensibilidade das células adiposas predispondo a retenção hídrica no local. A alimentação é um fator coadjuvante na formação da celulite. Hábitos como ingerir gorduras saturadas provocam alterações metabólicas, diminuição do fluxo sanguíneo periférico, acúmulo de toxinas e prejuízo da nutrição celular. Todo aumento excessivo de peso devido uma alimentação hipercalórica na mulher dirige-se às regiões chamadas “ginóides”, antes de estender-se ao conjunto do corpo. Essas são as regiões preferenciais no desenvolvimento do FEG (Guirro et all., 2002).

As alterações metabólicas comumente estão presentes em portadores de celulite. As mais freqüentes são no metabolismo da água e do colesterol.

Estas alterações permitem a retenção hídrica no espaço extracelular e a concentração maior de lipídeos dentro dos adipócitos (Lanz, 2006).

Outro fator contribuinte é a redução do fluxo sanguíneo causada por tendências hereditárias, transtornos circulatórios sangüíneos e linfáticos, roupas apertadas e a permanência na posição sentada ou em pé por tempo prolongado por reduzir as trocas metabólicas e aumentar a retenção de líquido no espaço intercelular. Diante do exposto, a pesquisa torna-sede fundamental importância visto à alta incidência do FEG no sexo feminino e sua intima relação com o acúmulo de gordura, muitas vezes em virtude de uma dieta hipercalórica, e redução do fluxo sanguíneo (Guirro et all., 2002).

2.2 Classificação do feg

Clinicamente o FEG pode ser classificado segundo a evolução em três graus:

1° Grau: não é visível a inspeção, só com a compreensão do tecido entre os dedos ou contração muscular voluntária, tem ausência de fibrose. É uma fase breve, puramente circulatória, que comporta essencialmente uma estase venosa e linfática.

2° Grau: visível a inspeção, mesmo sem a compressão dos tecidos ou a contração muscular voluntaria, presença de fibrose e alteração de sensibilidade. Considerada como a fase exsudativa, a dilatação arteriocapilar provocada pela estase acentua-se, sendo o

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tecido celular invadido por um composto de mucopolissacarídeos e eletrólitos. Tal exsudato dissocia as fibras conjuntivas e altera as terminações nervosas da região 3° Grau: predominância de fibrose a macro nódulos sensibilidade dolorosa aumentada, podendo apresentar déficit funcional (Bacelar et al,. 2006).

É a fase dos nódulos propriamente ditos. Aparecem os fibroblastos, formando um arcabouço fibroso, que progressivamente vai se transformando em colágeno

4° Grau: Com fibrose cicatricial, atrófica irreversível. Há retração esclerótica. As arteríolas são atingidas, ocorrendo uma endoarterite e uma periarterite, sendo os nervos comprimidos pelo conjunto de fibroses.

2.3 Identificação do feg

Na palpação, encontramos quatro sinais clássicos, que são: o aumento da espessura celular subcutânea; da consistência; da sensibilidade à dor e diminuição da mobilidade por aderência (Ciporkin et all,. 1992).

O primeiro teste para reconhecer o FEG, consiste no teste “casca de laranja”, onde se pressiona i tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou entre as palmas das mãos e a pele adquire uma aparência rugosa, tipo casca de laranja. O outro teste é denominado de “teste de preensão” (pinch test). Após a preensão da pele juntamente com a tela subcutânea entre os dedos, promove-se um movimento de tração. Se a sensação dolorosa for mais incômoda do que a normal, este também é um sinal do fibro edema gelóide, onde já se encontra alteração de sensibilidade (Guirro et all., 2002).

2.4 Fatores predisponentes

Os principais fatores que podem predispor o fibro edema gelóide são: genéticos; idade; sexo; desequilíbrio hormonal. Somando-se um destes fatores a outros, tem uma probabilidade razoável de da instalação da mesma.

2.4 Fatores determinantes

Estes fatores estabelecem que uma pessoa do sexo feminino, fumante, com maus hábitos alimentares e ainda com um desequilíbrio hormonal, será alvo de fácil acesso para as infiltrações teciduais. Neste contexto pode-se citar: estresse; fumo; sedentarismo; desequilíbrios glandulares; perturbações matabólicas do organismo em geral (diabetes); maus hábitos alimentares e disfunção hepática.

2.5 Fatores condicionantes

A partir dos fatores acima citados criam-se perturbações hemodinâmicas locais, que podem: aumentar a pressão capilar; dificultar a reabsorção linfática; favorecer a transudação linfática nos espaços intersticiais.

2.6 Formas clínicas

Segundo Borges (2006), o fibro edema geloide pode ser dividida em quatro formas clínicas, cada uma acometendo um perfil específico de pessoas, podendo também haver a evolução de um grupo para outro. Podem-se considerar as formas:

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Dura: ocorre em pacientes jovens com atividade física regular e tecidos com boa tonicidade. Aspecto de casca de laranja, aparece ao beliscar a pele e não muda de acordo com a posição.

Flácida:acomete pessoas sedentárias ou antecedentes desportivos, sendo mais frequente após a terceira década, podendo representar a evolução da forma dura não tratada. Clinicamente observa-se que a pele “sacode” com os movimentos e a aparência muda conforme a posição. A falta de sustentação no nível das faixas musculares pode provocar refluxos e varicosidades.

Edematosa: acomete mulheres mais jovens que tomam anticoncepcionais; também conhecida como “lipodistrofia com perna egípcia”. O sinal de casca de laranja é precoce com péssimo prognóstico quanto a reversão do processo.

Mista: é caracterizada quando temos o fibro edema gelóide dura nas coxas associado a flácida no abdômen, ou então muito dura na coxa, lateralmente, acompanhada de muita flacidez.

2.7 Fisiopatologia

Na primeira descrição há mais de 150 anos, os autores referem-se ao FEG como uma distrofia celular complexa não inflamatória do tecido mesenquimal causada por uma desordem do metabolismo dos líquidos intersticiais. Esta distrofia foi considerada como sendo uma reação ao trauma, localizada, causada por estímulos glandulares ou infecções e associada à alteração reumática. Entretanto, estudos recentes sugerem uma fisiopatologia que inclui alterações primárias no tecido adiposo, hiperpolimerização anormal do tecido conjuntivo e alterações microcirculatórias.

Devido à arquitetura diferenciada do tecido subcutâneo feminino, estudos sugerem uma correlação entre mudanças fisiológicas e a incidência de FEG15. Rosenbaum et al.16, em estudo com humanos, investigou a morfologia e bioquímica do FEG, sugerindo a ocorrência de um dimorfismo de características estruturais no tecido conjuntivo subdérmico, que predispõe as mulheres ao desenvolvimento de uma extrusão (herniação) irregular do tecido adiposo para a derme.

De acordo com Mirrashed et al.15 nos homens o tecido subcutâneo apresenta septos fibrosos mais finos com lóbulos de gordura menores, arranjados em cápsulas menores e em planos oblíquos quando comparados com os das mulheres. Por sua vez, o tecido subcutâneo das mulheres é constituído por septos radiais contendo lóbulos de gordura de grandes dimensões.

Portanto, o FEG consiste em uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, seguida de polimerização da substância fundamental que, infiltrando-se nas tramas, produz uma reação fibrótica consecutiva. Essa polimerização (ou processo reativo), resultante de uma alteração no meio interno, é favorecida por causas locais e gerais, em virtude da quais os mucopolissacarídeos que a integram sofrem um processo de gelificação. Sendo assim, o FEG pode ser definido clinicamente como um espessamento não inflamatório das capas subdérmicas.

3. Abordagens terapêuticas

3.1Corrente Galvânica

A corrente galvânica é utilizada na sua forma pura (galvanização) ou em associação a drogas despolimerizantes (ionoforese). Quando utilizada na sua forma pura os efeitos podem promover um incremento na nutrição do tecido afetado conseqüente ao aumento

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da circulação local, que ocorre principalmente no nível do pólo negativo, que é mais estimulante (Guirro et all., 2002).

A iontoforese consiste em fazer penetrar no organismo substancias farmacológicas ionizáveis através do revestimento cutâneo por meio de uma corrente elétrica unidirecional que possui propriedades polares iontoforeticas (Rossi, 2001).

Os primeiros resultados são notáveis em geral por volta da 6ª ou 7ª sessão de ionização. A duração é em média da sessão é cerca de 20 minutos. O numero de sessões é de 20, podendo-se realizar novas sessões após um descanso de 1 mês (Parienti, 2001).

3.2 Eletrolipoforese

Por definições, a eletrolipoforese é uma técnica destinada ao tratamento das adiposidades e acúmulo de ácidos graxos localizado. Caracteriza-se pela aplicação de micro correntes específicas de baixa freqüências de baixa freqüência (ao redor de 25 Hz) que atuam diretamente no nível dos adipócitos e dos lipídios acumulados, produzindo sua destruição a favorecimento sua posterior eliminação (Borges, 2006).

A eletrolipoforese trata-se de um procedimento que consiste em veicular ondas elétricas de intensidades e de freqüência definidas. Utilizam-se vários pares de agulhas e correntes de baixa intensidade, criando um campo elétrico entre elas (Guirro et all., 2002).

A intensidade da corrente utilizada varia de 5 a 40 mA e freqüência é escolhida entre 5 a 500Hz. A duração da sessão é de 50 minutos, sendo realizada uma vez por semana. O numero de sessões varia de 3 a 6, sendo que a implantação de agulhas pode ser alterada a cada sessão de acordo com a localização dos enchimentos celuliticos (Parienti, 2001). Os efeitos fisiológicos proporcionados pela eletrolipoforese são: efeito Joule, onde a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza um trabalho que produziria certo tipo de “calor” ao atravessar o mesmo, efeito eletrolítico, efeito de estímulos circulatório, efeito neuro hormonal, que produz uma estimulação artificial do sistema nervoso simpático e como conseqüência, ocorre a liberação de catecolaminas com aumento de AMP cíclico o intradipocitário, e aumento da hidrolise dos triglicerídeos (Borges, 2006). A esse tratamento atribui-se uma modificação do meio intersticial, que favorece trocas metabólicas, e ainda lipólise. Como o processo é considerado invasivo, é considerado de uso médico (Guirro et all., 2002).

3.3Correntes Excitomotoras

A estimulação elétrica muscular (NMES) é Renan um importante coadjuvante no tratamento do fibro edema gelóide. Esta modalidade terapêutica tem por objetivo propiciar o fortalecimento e/ou hipertrofia muscular, bem como o aumento da circulação sanguínea e linfática, melhorando assim o trofismo dos tecidos. Um ponto importante a ser observado é a sensibilidade do paciente, pois quanto mais agradável for, maior intensidade o paciente suportará, maior profundidade do campo elétrico e, consequentemente, maior o número de unidades motoras recrutadas (Guirro et all., 2002). Trabalhando-se com correntes de baixa frequência (até 300 Hz), em torno de 0,5 a 60 Hz, poderemos ter uma boa contração muscular em sessões com duração de 15-20 minutos, realizadas 2-3 vezes por semana. O numero de sessões esta compreendido entre 15 e 30. Os resultados esperados e obtidos alem de 10 sessões são representados por uma tonificação seletiva dos músculos, redução dos depósitos de adipócitos, aumento da circulação e aumento do metabolismo (Rossi, 2001).

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Sistema mecânico não invasivo que utiliza rolos motorizados com pressão positiva combinados com a pressão negativa do vácuo de intensidade variável, que produz os mesmo efeitos das massagens manuais, permitindo que a terapia seja mais rápida, mais moderna e mais padronizada (Blome, 1999).

É um método de massagem que engloba equipamentos motorizados, que utiliza a técnica de sucção, promovendo uma mobilização profunda da pele e de tecido subcutâneo, permitindo um incremento da circulação sanguínea e linfática. Para este fim, utiliza-se a técnica de ventosas (Dabb, 1999).

A vacuoterapia é uma técnica de massagem que depende do fisioterapeuta para ser utilizada de forma correta, pois o mesmo terá o devido conhecimento da anatomia e fisiologia do corpo humano, possibilitando que a técnica ela empregada de maneira que obedeça ao trajeto do sistema linfático e venoso e o sentido das linhas de tensão da pele (Fodor, 1998).

3.5 Drenagem linfática

A drenagem linfática é de grande importância no tratamento do fibro edema gelóide, diante do quadro de estase sanguínea e linfática. Esta técnica consiste em captar o liquido intersticial excedente que originou o edema e evacuá-lo em direção aos corredores de reserva ganglionares, mantendo, dessa forma o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais (Guirro et all., 2002).

A drenagem linfática pode melhorar a tonicidade tissular e aumentar o transporte de metabólitos, promovendo um maior turgor da pele, e também pode ajudar no transporte de microestruturas, retornando ao seu estado inicial ou otimizando este estado (Borges, 2006).

A massagem não representa mais que um coadjuvante no tratamento do fibro edema gelóide, não devendo ser utilizada como recurso fisioterapêutico único e completo, devido à etiologia multifatorial. A massagem promove analgesia, incremento na circulação sanguínea e linfática, auxilia na penetração de produtos com princípios ativos específicos, e aumenta a maleabilidade tecidual (Guirro et all., 2002).

3.6Ultra- som

O uso do ultra-som no tratamento do fibro edema gelóide está vinculado à sua capacidade de fonoforese, além de promover neovascularização com conseqüente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas e melhora das propriedades mecânicas do tecido (Guirro et all., 2002).

Normalmente, trata-se a celulite com fonoforese, utilizando o ultra- som de 3 MHz no modo continuo (em virtude de maior ação tixotrópica).

O efeito tixotrópico relacionado ao ultra-som fornece a ele a capacidade de transformar coloide gel em sol. Na pratica verificamos que o ultra som é capaz de “amolecer” (transformar em estado gelatinoso) substâncias em estado de maior consistência. Esse efeito permite o aumento da elasticidade tecidual e a diminuição de consistência tecidual fibrotica, principalmente nos casos de FEG, fibrose pós lipo-aspiração, cicatrizes aderentes, dentre outros (Borges, 2006).

Há que ressaltar a importância da qualidade dos produtos utilizados na fonoforese para esse tratamento, no tocante à transmissibilidade ultra-sônica, pois dependendo da técnica

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fonoforética utilizada o produto escolhido como meio acoplante poderá facilitar ou dificultar a ação do campo ultra- sônico na afecção tratada (Borges, 2006).

O ultra som tem efeitos fibrolíticos que diminuem a esclerose tecidual com as fricções moleculares. Produz-se uma despolimerização das moléculas grandes de modo a diminuir a viscosidade do meio, que no fibro edema gelóide encontra-se aumentada (Rossi, 2001). Segundo Guirro e Guirro (2002) dentre outros efeitos advindos da terapia ultra-sonica pode –se destacar a neovascularização com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fibras colágenas, e melhora das propriedades mecânicas do tecido além da ação tixotrópica nos nódulos celulíticos.

Segundo Weimann (2004), o ultrassom é indicado em quadros de celulite, fibroses pós-cirúrgicas, pós-operatórios em cirurgias plásticas e em casos de próteses encapsuladas. Contraindicado para problemas ginecológicos (cistos, miomas, endometriose), mulheres amamentando, tumores (por acelerar seu crescimento e as metástases), distúrbios cardíacos, órgãos reprodutores, área pós-operatória, processos infecciosos, tromboflebites e varizes, áreas com alteração de sensibilidade, globo ocular, áreas com circulação inadequada, osteoporose, DIU, diabetes descompensada, problemas renais crônicos, marca-passo ou similares, hipertensão ou hipotensão não controladas, hipertireoidismo ou hipotireoidismo não controlados.

3.7 Carboxiterapia

A carboxiterapia é uma técnica recentemente introduzida na área da estética, constitui-se de uma técnica que utiliza o gás carbônico medicinal (Dióxido de Carbono ou CO2), injetado no tecido subcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como melhora da circulaçãoe oxigenação tecidual (Borges 2008).

O mecanismo de ação do gás carbônico é, sobretudo, na microcirculação vascular do tecido conectivo, promovendo uma vasodilatação e um aumento da drenagem veno-linfática. Com a vasodilatação, melhora-se o fluxo de nutrientes entre eles, as proteinases necessárias para remodelar os componentes da matriz extracelular e para acomodar a migração e reparação tecidual (Parassoni;Varlaro, 1997).

Além da atuação na membrana adipocitária e alteração na curva de dissociação da hemoglobina com o oxigênio (efeito Bohr), esta ação lipolítica oxidativa atua diretamente no FEG, aumentando a viscosidade, estase vênulo-capilar com hipo-oxigenação e consequente sofrimento do adipócito, levando a lipogênese e hipertrofia (Brand ET AL ,2004,2001)

3.8 Radiofrequência

A Radiofrequência (RF) tem ressurgido nos últimos três anos no mundo inteiro devido às novas indicações na fisioterapia dermato-funcional, porém sua origem data do ano de 1981 com D’Ansorval, o qual estudou as respostas dos tecidos mediante correntes de intensidades distintas. É definida como um tipo de radiação eletromagnética geradora de calor, compreendida entre 30.000 Hz e 3.000 MHz. Este tipo de calor alcança tecidos a vários centímetros de profundidade, gerando energia e forte calor sobre a camada mais profunda da pele enquanto a superfície se mantém resfriada e protegida, causando contração das fibras de colágeno existentes, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele, e estimulando a formação de novas fibras. Com os avanços da tecnologia sugeriram-se formas melhoradas deste tipo de terapia que possui menos riscos e mais efetividade. Recentemente a RF tem sido proposta como um tratamento eficaz para

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celulite, com o calor provocado ocorre uma agitação nas células de gordura que faz com que elas diminuam o tamanho e se reorganizem, com o aumento do fluxo sanguíneo no local ocorre uma otimização do tratamento resultando assim o aspecto da pele, ou seja, da celulite.

3.9Massagem Modeladora

A massagem modeladora é uma técnica que utiliza manobras rápidas e intensas sobre a pele, utilizando pressão através de movimentos de amassamento e deslizamento.

Entre os principais benefícios estão à melhora da oxigenação dos tecidos, a quebra da cadeia de gordura e a melhora do tônus muscular.

A massagem desobstrui os poros, deixa a pele hidratada e mais delicada. Atua sobre as células mortas, apressando sua eliminação, estimula a circulação sanguínea ocorrendo hiperemia local. Atua na eliminação de retenção de líquido devido a sua atuação também no sistema linfático. Quando adequadamente aplicada agrega a utilização de cosméticos lipolíticos onde os efeitos benéficos da massagem corporal são intensificadas.

A maior parte dos problemas estéticos é de etiologia multifatorial, ou seja, de varias causas. Fatores ambientais culturais, genéticos, psicossociais e idade estão diretamente relacionados ao surgimento de transtornos estéticos. Portanto a massagem não deve se utilizada como único recurso como tratamento estético, para isso o profissional massoterapeuta deve estar preparado para orientar o paciente quanto a cuidados com alimentação, prática de atividades físicas, consumo de água, utilização de filtro solar, dentre outros. É importante que o terapeuta atue com o espírito de multidisciplinaridade, e indique ao paciente que procure orientação e tratamento com outros profissionais da saúde, como nutricionistas, educadores físicos e médicos, dependendo das necessidades do paciente que deverão ser avaliadas na ficha de anamnese.

A massagem representa um coadjuvante no tratamento da celulite, não devendo ser

utilizada como recurso terapêutico único e completo, devido à etiologia multifatorial do fibro edema gelóide. A massagem promove analgesia e incremento na circulação sangüínea e linfática. Outras ações da massoterapia são: auxílio na penetração de produtos com princípios ativos específicos, diminuição da resistência da pele às correntes, e aumento da maleabilidade tecidual. Ela deve ser utilizada de forma inteligente. A utilização de técnicas de drenagem linfática é de grande valia no tratamento diante do quadro de estase sangüínea e linfática. Portanto quando o enfoque no tratamento estético é o fibro edema gelóide, o massoterapeuta deve priorizar em sua conduta de atendimento a utilização de manobras de drenagem linfática, no sentido de retorno venoso da circulação e em direção aos gânglios linfáticos. Podem ser utilizadas manobras de deslizamento, deslizamento em bracelete, fricções e amassamentos, que também irão atuar sobre o tecido adiposo, melhorando seu aspecto irregular.

Indicações da Massagem Estética: Combater a fibro edema gelóide (celulite), combater a gordura localizada, hidratar a pele, relaxar a musculatura, ativar a circulação sangüínea; ajuda a combater a flacidez, prevenir estrias e varizes.

 Contraindicações da Massagem: Pressão alta, varizes, pacientes cardíacos, inflamação, processos cancerígenos, nódulos e cistos, estado febril, pós-cirúrgico, menstruação abundante, gestação, osteoporose, placas e próteses

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Sobre o Tecido Tegumentar: Mediante a troca de líquidos (arterial / intersticial / intracelular / linfático ou venoso) temos a revitalização dos tecidos por desintoxicação e nutrição dos mesmos.

 Sobre o Tecido Adiposo: O favorecimento da troca de líquidos implicará na melhora da circulação periférica que dá condições aos adipócitos, em especial os superficiais, de "manterem" sua carga, impedindo a sedimentação que dá origem à celulite.  Sobre o Tecido Muscular: A massagem desintoxica a musculatura pelo retorno

venoso e linfático, nutre e, dependendo das manobras utilizadas, pode tonificá-la.  Sobre a Circulação: Quando se realiza manobras centrípetas, direcionadas aos

gânglios linfáticos indicados conforme a região tratada, a massagem auxilia o melhor retorno linfático e reabsorção da linfa do meio intersticial. Havendo uma diminuição do inchaço local. Por conseqüência diminui medidas e atenua a celulite.

Deslizamento

Manobra introdutória a qualquer modalidade de massagem ocidental. Os deslizamentos iniciam sempre de modo mais leve e superficial até atingir a velocidade e pressão conforme o objetivo almejado. Esta manobra permite ao massoterapeuta fazer o reconhecimento do tipo de pele do paciente e se a mesma está em condições saudáveis para a execução das manobras. Esta manobra realizada de forma lenta e rápida promove um efeito analgésico que permite gradualmente que o paciente se acostume e suporte sem maiores desconfortos manobras mais vigorosas subsequentes. Um movimento de alisamento é realizado com toda a superfície palmar de uma ou ambas as mãos.

Pinçamento

É indicado para ativação muscular e combate à flacidez. Deve ser executado com as extremidades dos dedos polegar, indicador e médio. Pinçando pequena quantidade de músculos com uma e outra mão alternadamente ou em forma de “C” com os dedos polegar e indicador. É usado para uma porção maior de músculos.

Percussão

Utilizada quando o objetivo é tratar a flacidez. Estimula através da contração das fibras musculares a circulação e a tonicidade muscular. Deve ser executada seguindo a orientação das fibras musculares. Não utilizar esta manobra em regiões sem apoio ósseo (abdômen).

Fricção

É uma espécie de deslizamento profundo executado de modo energético e rápido, visando modelar gordura localizada. Podem ser utilizados também o polegar e o nó dos dedos para a realização das fricções em regiões como coxas e glúteos.

4.Metodologia

O estudo foi realizado a partir de uma revisão de literatura. Foram utilizados artigos científicos, consultas nas bases de dados Scielo e Lilacs e livros publicados entre os anos de 1992 -2013.

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A análise dos resultados consiste em uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, a qual é analisada a partir dos estudos dos efeitos das diferentes técnicas utilizadas como tratamento da celulite.

Os estudos foram realizados com mulheres, já que são as mais acometidas pelo FEG que procuram o tratamento estético para aprimorar ou manter a boa aparência. O fibro edema gelóide aparece nos dias atuais como sendo a principal queixa e preocupação das mulheres, quando questionadas sobre disfunções estéticas. Além de ser um incômodo aos olhos, comprometendo a auto-imagem e a auto-estima, causa também acometimentos físicos graves, tais como a dor e alterações de sensibilidade, da mesma forma prejudicial aos aspectos psíquicos, causando transtornos na saúde da mulher.

5. Resultados e Discussão

Em meio ao que foi descrito, o fibro edema gelóide é considerado um distúrbio de etiologia multifatorial por ser determinado não só por efeitos hormonais, mas pela própria predisposição genética, dietas inadequadas, obesidade, distúrbios posturais, sedentarismo, bem como tabagismo. Estando ciente disso torna-se necessário: reeducação e/ou controle alimentar através de uma dieta apropriada, perda de peso quando indicado e a prática de exercícios físicos. Aliada a essas alterações, a gama de técnicas terapêuticas que a fisioterapia dermato-funcional disponibiliza, sendo eficazes na redução e amenização do quadro de fibro edema gelóide.

Existem diversas abordagens terapêuticas como forma de tratamento desse distúrbio, as quais foram relatadas brevemente no trabalho, sendo estas de grande valia na obtenção de bons resultados, principalmente quando há associação entre duas ou mais técnicas. A fisioterapia vem ampliando cada vez mais suas áreas de atuação, visando sempre o equilíbrio entre saúde física e qualidade de vida. A fisioterapia dermato-funcional é uma área que busca fornecer embasamento científico aos tratamentos estéticos que eram tidos como empíricos.

Devido sua alta prevalência e interferência na autoestima dos pacientes torna-se importante o manuseio competente dessas técnicas, a associação destas no intuito de aperfeiçoar o tratamento e consequentemente melhore o aspecto da pele e assim com os bons resultados eleve a qualidade de vida dos pacientes.

6.Conclusão

Atualmente, para alcançar o padrão de beleza, a mulher, principalmente, submete-se a uma serie de sacrifícios como dietas, medicamentos, exercícios exaustivos e comumente a intervenções cirúrgicas, na tentativa de aprimorar ou manter uma boa aparência estética, e a fisioterapia dermato-funcional é uma área que vem de encontro com as necessidades de tratamentos nos dias de hoje, atuando de forma menos agressiva e exaustiva as pacientes (TOGNI, 2006).

O fibro edema gelóide aparece nos dias atuais como sendo a principal queixa e preocupação das mulheres, quando questionadas sobre aspectos estéticos. Além disso, ele é incomodo aos olhos, comprometendo a imagem e a auto-estima, causando também acometimentos físicos, como a dor e o aumento na sensibilidade, sendo da mesma forma prejudicial aos aspectos psíquicos, causando transtornos na saúde da mulher (Weimann, 2004). Apesar da questão estética ser muito valorizada na atualidade, o FEG é um problema de saúde pelos sintomas e transtornos que ocasionam ao paciente, e é

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importante ressaltar a necessidade de estudos mais aprofundados buscando alternativas sempre mais acessíveis (Barbosa, 2013).

O presente trabalho buscou reunir dados bibliográficos através de pesquisa de artigos indexados em base de dados scielo e livros de dermato funcional que mostram a aplicabilidade de diversas técnicas fisioterapêuticas no tratamento do fibro edema gelóide. Todas as técnicas mostram-se eficazes na atenuação do aspecto desde distúrbio, principalmente quando uma esta associada a duas ou mais técnicas.

A pesquisa bibliográfica permitiu constatar que existem dados científicos que oferecem subsídios para justificar os inúmeros recursos utilizados para o tratamento do Fibro Edema Gelóide (FEG). Contudo, há imperiosa necessidade de ampliar os estudos científicos, no intuito de consolidar a fisioterapia na sua especialidade em Dermato-Funcional, como essencial no ponto de vista da saúde humana.

7.Referências

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fibro edema geloide. Fisioterapia Brasil – Volume 7 – Número 5 – Novembro/Dezembro, 2006.

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Referências

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