Marcondes
Marcondes
História
História
Propaganda
Propaganda
Brasileira
Brasileira
e l
e l h o r e s
h o r e s c a m
c a m p a n
p a n h a s
h a s
G é n i o s
G é n i o s
c r i a ç ã o
c r i a ç ã o
P e r s o n a g e n s
P e r s o n a g e n s
Edição
Edição
Um Pouco
História
Este não é um livro de história.
ão nasceu co essa pretensão.
as tem, sim, o objetivo de traçar uma
linha dotempo, em que se sucedem osprincipais
momentos da propaganda brasileira e
ua relação co nossasociedade,
umainfluenciando outra,e a duas
publicitária. Em 1908, realizado um concurso (possivelmente pri-meiro) de cartazes publicitários, com a utilização de poesias, para o Bromilum, xaro pe contra tosse. Participa dele, entre outros p oetas co-nhecidos, Olavo Bilac.
anúncio, formatotão habitual na mídia impressa
contemporâ-nea, nasce assim de uma colagem de recursos manifestações
pre-existentes conhecidos. literatura e do jornalismo, publicidade
importou o texto; dodesenho e da pintura,trouxe asilustrações
dando origem a algo diverso enovo,mas de certa forma já
incorpora-do ao universo conheciincorpora-do da pessoas. armadilha para assegurar
eficáciaao objetivos publicitários de comunicar vender.
Ao longo de suahistória, no entanto, anúncio publicitário vai
ga-nhar ta personalidade independência em relação suas formas de
D E I X A
origem que se transforma rá, por si próprio, num ícone cultural da so-ciedade moderna e da comunicação de massa.
final do século XIX,essaevolução apenas começa. Os anúncios
deixam de ser meros classificados para assu mirem um personalidade
mais parecida com a que conhecemos hoje. Crescem de tamanho
ganham qualidade gráfica.
início de 1900, aparecem no país as primeiras revistas, menos
voltadas notícia clássica mais crónicas sociais, sátiras, charges,
sonetos, fatos diversos comentados. Aí vamos encontrar os primeiros anúncios de páginas inteiras, com ilustrações apura das, em até duas
cores.Também o espírito do anúncio já éoutro,bem mais leve (como
veículo no qual se insere e sociedade para qual se dirige),
irreve-rente,solto,eventualmente com umtoquedehumor e primeira
pre-sençadaquilo qu mais tarde se chamaria de criatividade publicitária:
não mais a mensagem com forma e conteúdo de um comun icado
di-reto,mas embrulhada num pacote de elementos, que requerem a par-ticipação inteligente e cumplicidade do consumidor para decifrá-los.
agência
de
propaganda
Um modelo importado de
comunicação
comercial
invade
Brasil.
registros históricos dão conta de que a primeira agência de propaganda brasileira, surgida
especifi-camente com o fim de produzir comunicação
co-mercial,foifundada umpouco antesdaPrimeira Guerra
Mundial,por volta de 1913, em São Paulo. Cham ava-s
Eclética. Depois da guerra, havia já outras quatro em
funcionamento.
Do anunciantes nacionais queconhecemos hoje,
mais importantedos primeiros dez anos do século XX é
cervejaria Antárctica, queproduziu no períodopeças
de qualidade, comespírito forma inspirados no
art-nouveau. São todas feitas pela própria com panhia e pro-duzidas internamente.
Nesse primeiro quarto do século passado, surgem
tambémos primeiros grandes anunciantes
multinacio-nais, entre eles Mappin Webb (nosso conhecido
extintomagazine que, embora estivessenopaís há
al-gu tempo,começa a anunciar apenas nesseperíodo),
Nestlé, Colgate-P almolive, Gen eral Electric, Souza Cru
(British Am erican Tobacco) Ford. Bayerfaz um
tra-balho dedestaque, concebendo propaganda não
co-mo umconjunto demensagens eventuais, mascomo
uma campanha, com peças em sequência e objetivo estratégico planejado.
Também GeneralMotorscomeça a s
profissionalizar mantém um
departa-mento de propaganda em operação desde 1925. Credita-se a ela um
im-portante passo na profissionalização
da propaganda feita no Brasil
naque-le período.
Genericamente, os anúncios da companhias internacionais são já de melhor padrão do que a maior parte
da comunicação das empresas brasilei
ras. Importam know-howe técnicas
de-senvolvidas nos Estados Unidos, onde
publicidade consolidou modelos
pro-cessos comprovadamente eficazes desde
iniciode sua história. Fazem algumas (poucas)
adaptações locais publicam.
Antárctica: omaisimportante dos anunciantes nacionais nosprimeiros anosdoséculoXX
ff
í'-!""
consagrado presíigío das afamadas meias
náo seIteifa somcwfeá» aristocráticas reumdfes osgrandes
o«de«tias jáeonquiafaram um togar proeminente definido. Mesmo nosbosquesou «as florestes a sua radiante belleza fascinar; um forma irrssisfjvel. cançflíío i«gé»úldad«.
simp!«a rudes camponezes
Semjeitode Brasil
or se assim, propaganda as empresas estrangeiras, embora correta para os padrões da época, não temmuitoa ver com a cultura
brasileira, nem com os hábitos de consumo nacionais. Funcionava
porque a comunicação publicitária tende a gerar resultados, mesmo
(campanhaspublicitárias de baixa elaboração ou campanhas
globali-zadas,elaboradas nos grandes centros, acabam por produzir, ainda
assim,algum efeito sobre opúblico-alvo).O consumidor brasileiro
de-senvolveria seu repertório particular anos depois (nas décadas de 1960 e 1970, mais propriamente), a partir do interesse de alguns
Em1916, Nestléjá fa propaganda de sua farinha láctea
co
C A L Ç A
A M E R I C A N A
Em novo tipo especialde
m \ m - m
'Andarpelomato...Bondar cavalo...
pescarias, èxcorsões,piqueniques,,. Fenos!... Um par dasmaéics Alpiargatas. Roda
"nospés, calças arnericanas bem fortes e confortáveis... "deixeo barcocorrer".) kmmtmào suos moos...nãoesqueço
'f..Alpargatas Roda Calças
Americanos For-West! §•'''Boas para asférias...
boas para oeasiõol
P A U L O 4 1 P A R 6 A T A Í S
grtançes
Ru Ot, AlmeWaUm 1130 Paulo Ru Beo,t223- B e C — R b dejaneiro
Ru do»AhaVadas, 1409- Porto Alegre
Suo Imperial, 43 Recfo
anunciantes e do trabalho específico de algumas agências (e profis-sionaisde criação) nacionais, que tentarão, teimosamente, descobrir comoé que se azpropaganda- formato comu nicação imp or
tado - comsotaque Brasil.
Porvolta de 1930,chega ao país primeira agê nci de
propagan-da norte-am ericana, a Ay er, que vem para atende r a Ford, seucliente
internacional, roubando conta pu blicitária da pioneira Eclética.
Tam-bém a GM faz seu movimento, trazendoao Brasil su parceira
mun-dial, a J. Thompson, mais antiga agê ncia de propaganda hoje
operação no país. Me smo assim, não estamos ainda diante de u m
ne-gócio constituído. propaganda não é, como viria a ser chamada
depois, uma "indústria". Até porque a indústria de verdade, base de sustentação razão da existênciada pu blicidade, ape nasse insinua no
Brasil, como um setor. Estamos, portanto, diante de uma atividade
embrionária, que vaisofrer nesse período como, resto, toda
economia e país- baque crise 1929, revoluç ão ge tulista
de 1930e constitucionalista de 1932.
cara
e a voz
primeiras fotos e a chegada do rádi
mudam o rosto da propaganda no
Brasil.atam dessa época turbulenta asprimeiras fotos
nãomaisapenas ilustrações traço- dosanúncios
brasileiros.Tanto Ayer como a J. W. Thompson
começam utilizar recurso, já consagrado em seupafs
deorigem.
Uma vez mais, propaganda incorpora os avanços e as
conquistas sociedade, e os coloca serviço
comu-nicação comercial. evolução as técnicas e dos recursos
da fotografia produz um impacto enorme na sociedade
O jornalismo incorpora rapidamenteessesavanços e, em
pouquíssimo tempo, tem suaprópria forma de
aborda-gemfotográfica, fotojornalismo. propaganda ainda
não. Utilizafotospadrão, pré-produzidas, aindacom
mo-delos norte-americanos. Algo como as fotos de arquivo
(stockphotos) que apropaganda us hoje.
Iríamos começar nossa produção fotográfica co
jeito,caras cores Brasilainda nesse início década,
ma grande inovação para país para propaganda
seria chegada rádio, que se insinuou no final da
dé-cada 1920e oficializou-se no início dos anos 1930.
Veículo de difusão informação e cultura
alter-nativo ao onipresente jornal, o rádio não experimentaria
Novo
• E R F U M A D f S S f M O
Sabonete
Lever
sabe,poij el« tunbcm um
Inbonete«k bete*A»estrflas. time
teu«tonce, novoLevaenvolve
Unte perfume,
saismdorável, m»i$ adviote,
noite««móiD*«MMiiMpureza
Und*ettb*I*gem to», «msempre com
fi€QHÒiilÍ€K* heitKfal bí«tbooeteanis
tuxaoto pMchMclodo que
Q O T O t*K*i.Agor» «aã «UBaãfco».
-^
VOC5poder»cativi-to com um» cúd» »UTC
um evolução paulatina gradual, como os veículos impressos.
Cres-Ctrla de forma vertiginosa, numa velocidade at então desconhecida,
arrebataria,emsuasondas, geraçõesdefãs,constituindo primeira
audiênciade massa do século.Para propaganda, isso significou maior impacto de desenvolvimento de sua ainda incipiente história.
Representou,também, umdesafio inovadorsemprecedentes,até
porque, partir daquele momento, propaganda teria voz. teria
lons. tocaria música. Teria,portanto,qu aprender falar e tocar,
Como na vida real
no discos.
propaganda, bem da verdade, não Contribuiria com novas descobertas, nesse iní-lO dehistória do rádio
como meio
comuni-cação no Brasil. Iria,
•O poucos, incorporar
conquistasdeforma
que ele
descobriria po conta
própria ou importaria
da Europa e dos
Esta-dos UniEsta-dos.
rádio po aqui seria, em seu início, um grande palavrório. Noticiários, crónicas, posteriormente radionovelas e, claro, música.
propaganda foi tímida e, em seuprimeiro movimento,apenas
reproduziuna nova mídia os mesmos textos desenvolvidos para os
jor-nais e asrevistas. em graça e sem imaginação.
empresas
falamEm dois ou três anos,contudo, linguagem publicitária no rádio
criaria seus primeiros formatos próprios: os spoís(peças co textos
Interpretados, acompanhados ou não de música) e os jingles (trilhas
wnoras curtinhas,desenvolvidas especificamente para anunciante).
Ambos formatos foram importados do Estados Unidos, onde já
haviam provado se poder de comunicação.
idíliocxcric griindf j s < / n / o sobre vida brasileira desde osanos 1930, lançando artistas e exercendo pape! de primeiro grande veiculo de comunicação de massa
Gessy: Gessy: uma dasuma das primeiras primeiras marcasmarcas anunciadas em anunciadas em jornais jornais revistasrevistas
que se que se tornatorna grande grande beneficia- beneficia-da
da com acom a chega- chega-da dado rádiodo rádio (ver (vertambémtambém página seguinte) página seguinte)
No
Norádio,rádio, asas grandes indústriasgrandes indústrias jájá presentespresentes nana economia brasileiraeconomia brasileira encontrariam
encontrariamespaçoespaço privilegiadoprivilegiadoparapara susu comunicação.comunicação. mesmosmesmos
nomes
nomes encontradosencontrados nosnosjornaisjornais revistas,revistas, seguidosseguidos dede outrosoutros queque chegariam aos poucos (Coca-Cola,
chegariam aos poucos (Coca-Cola,entreentre eleeles), ests), estariam também pre-ariam também
pre-sentes
sentesno novo no novo meio, utilizmeio, utilizando-se não só dando-se não só dososrecém-chegadosrecém-chegadosspofsspofs jingles
jingles como, também,como, também, de umade uma nova modalidadenova modalidade dedepresençapresença co- co-mercial
mercialnanamídia:mídia: patrocínio.patrocínio. AsAs novelas Gessynovelas Gessye e RepórterRepórter EssoEssosese
transformariam
transformariamemem marcosmarcosdessadessanovanovafórmula,fórmula, em que oem que o anuncianteanunciante apresenta
apresentae oferece oferece e aos aos telespetelespectadores ctadores o conteúdo o conteúdo editorial e/ou ar-editorial e/ou ar-tístico
tístico programaçãoprogramação veiculo.veiculo.FicaramFicaramdécadasdécadas no ar,no ar, sendosendo queque
mar;
mar;
U r a b s
U r a b s
co co sãsã Su Su «punw,«punw, »t»t primeiro migrouprimeiro migrou coco absolutoabsoluto sucessosucessoparapara a TV,a TV,assimassimque que ela sela s instalou
instalou nonopaís.país.
Já
Já sesesabiasabia então que,então que, quantoquanto maismais próximopróximo estiverestiver nomenome anunciante do conteúdo veiculado no meio,
anunciante do conteúdo veiculado no meio, maismaiseficaz tende eficaz tende a ser a ser comunicação comercial.
comunicação comercial. patrocínio, citado semprepatrocínio, citado sempreque oque o programaprograma ia
ia ao ar e aoao ar e aolongolongo todatoda a suaa sua duração, registravaduração, registrava coco eficáciaeficácia nana mente
mente consumidorconsumidor imagemimagem dada marca,marca, comcom simpatiasimpatia seriedade.seriedade.
Fo
Fo nessenesse momento,momento, em que aem que a comunicação ganhava voz,comunicação ganhava voz, que oque o so
so Segunda GuerraSegunda GuerraMundialMundialfefe calarcalartodotodo mundo.mundo. ElEl causariacausaria
grande
Um Um dodo primeirosprimeiros anúncios de anúncios de Coca-Cola: Coca-Cola: mares americana mares americana invade invade não só asnão só as publicações, publicações, como como tambémtambém meio meio radiofónicoradiofónico
primeira
primeira metademetade dada década seguinte.década seguinte. propaganda, apesarpropaganda,apesardedeconti-
conti-nuar sua
nuar sua natural evoluçãonatural evolução nono paíspaís, aprimorando , aprimorando linguagemlinguagem técnicas,técnicas, também
também seriaseriaafetada.afetada. volumes investidovolumes investidos cs cairiam,airiam, e oe o setor experi-setor experi-mentaria
mentariaumaumaestagnação considerável, como estagnação considerável, como negónegóciocio e nose nosnúmerosnúmeros de seu
de seu desempenho comercial.desempenho comercial.
la
la
transforma
transforma
tudo.
tudo.
nunca mais seríamos
nunca mais seríamos
os
os
mesmos.
mesmos.
om
om aconteceraacontecera nono EstadosEstados Unidos,Unidos, a Ta T revolu- revolu-cionaria
cionaria maismais que oque orádiorádio - - cultura,cultura, com-
com-portamento,
portamento, economiaeconomia e,e,consequentemente,consequentemente,
publicidade brasileira
publicidade brasileirade umade umaforma como nunca havía-forma como nunca havía-mo
mo visto.visto. No
No iaia1818 setembrosetembro 1950, co1950,co atrasoatraso duasduas horas,
horas,àsàs22h,22h, em Sãoem SãoPaulo, nasceuPaulo, nasceu primeiraprimeira emisso- emisso-ra
rade de W W dodo Brasil,Brasil, PRF-3,PRF-3,ou a TVou a TV Tupi.Tupi. paíspaís seriaseria quarto
quarto mundomundo transmitir imagenstransmitir imagens dede televisão.televisão. responsável pela façanha
responsável pela façanha foifoi AssisAssis Chateaubriand,Chateaubriand,
proprietário
proprietáriododo Diários Associados,Diários Associados, maiormaior maismais imim portante rede brasileira
portante rede brasileira dede rádiosrádios jornais.jornais.
e,
e,com acom achegadachegada dodo rádio,rádio, desafiodesafio era dar voz àsera dar voz às mensagens
mensagens publicitárias, agorapublicitárias, agora sese tratavatratava dodo desafiodesafio fi- fi-nal:
nal: dada imagem.imagem. E E emem movimento.movimento.
Assim
Assimcomo nocomo no rádio,rádio,contudo,contudo, inícioinício fofo apenasapenasex-
ex-perimental,
perimental, e e propaganda crioupropaganda criou umum figurafigura básicabásicadede comunicador,
comunicador, garota-propaganda garota-propaganda (sempre (sempre mulher,mulher, jájá que as
que as mulheres erammulheres eram público-alvopúblico-alvopreferencialpreferencial da pu-da pu-blicidade
blicidadeememgeral), cuja funçãogeral), cuja função eraerademonstrar,demonstrar, comocomo
numa
numa conversa doméstconversa domésticaica com acom aconsumidora,consumidora, asasmara- mara-vilhas
V I D A P A R E C E
PANHIA
E MA
mulheres cabe ficar
em casa,
conversando
com as
garotas-pro-paganda,
enquantoseu adónis não vem. Ou, ainda, ir ao paraíso das
compras, o supermercado, que
introduzgrandes novidades da
culi-nária no rte-americana,
comoos
alimentos enlatados
e os de
preparo
Instantâneo.
versão
de
mulher moderna
da
época
é a da que
sabe fazer
com-pras,
dominao uso dos mais novos lançamentos eletroeletrônicos
(ba-»tedeiras,
enceradeiras, liquidificadores, todos novos personage ns da
[.cozinha)
e...atualiza-se
sobre
as
novidades,
vi
garotas-propaganda.
Mas lá
fora,
na ruas da
grandes metrópoles
qu
começam
sur-no mapa do
Brasil,
principalmente no bailes vespertinos
notur-fftos,um
importantemudança de compo rtamento começa a
aconte-ICêr.Uma jovem rebeldia ocupa espaços, num cenário social até então
previsível
bem-comportado.
Tipões...
ão
os
homens
que vão
começar
quebrar
os
primeiros tabus.
darlon Brando
James
Dean
são os
modelos
da
nova raça,
que
es-•nja
virilidade, adora velocidad e não respeita
o status quo.São
no-causa.
eles.
De eu
canto, também
elas
irão
em busca de um
comportamento
•nos
servil.
Para
desespero
do
pais
e da
moral vigente,
passam
Br
calças
compridas justas
no
corpo, pintam-se
co
maquiagem
im-Drtada,
usam ousados m aio
na
praias (alguns feitos
já com as
no-IS
fibras sintéticas, o náilon e o
rayorí),além de andarem lado a lado
9m os
"brilhantinados" garotões
em seus carrões.
Todos
vão,
juntos,rebolar
ao som de um novo
ritmo,qu mudará
história da juventude para sempre:
rock andmil.Elvis Presley
é
fiodelo
e, no requebro de sua
cintura,dezenas de anos de
compos-|ura
e correção irão bailar. Garotos e garotas nunca mais serão os
ismos.
Adeus, inocência perdida.
No B rasil, na mesm a época em que
rockdestrói modelos de
com-Brtamento
com sua
batida
qu
parece buscar inspiração
na
violên-íll,um outro movimento, totalmente intimista,
ocupa
assalas
bem (licoradasda classes
mais
ricas.
É a
bossa nova
de
João G ilberto,
qu
adicionar
umtoquedeJazz,samba violão
aoagitado cenário
mu!STE
CASAL
IASCEU
iLUMENAUJ
CATARINA.
Vocêpercebe,B»hora,qiws» ttftte
",de um«asairoper-avançudo,
Sempre pronto a lançarideia»novas, ouum desenhototalmenteinédito.
ou umacA mais arrojada.
somenteem duas coisas steeasal te (HMístaode manter twdiçftw, (Is padtm»$tí q u < "ser Impecáveis.
cores Jatoalhadête.tèmqu comWnar perfeitamente com as
cores e o desenhos datoalhacielt.
Comoacontececom lodo»os casai»d»
novacolecto Artex El» El*'.
juarrmx
Todasessasimagens são, claro, umgrande estereótipo que,no
entanto,têm o didatismo e o poder de síntese dos valores e costumes
da época.
Uma vez mais, propaganda va reproduzir todas essas
mudan-ça um pouco depois. A publicidade da época cuida de venerar o
bom-mocismo dos homens e difundiros padrões convencionais da
dona-de-casa-modelo para as
mulheres. Sexo antes ou fora do casamento, nem pensar. Anunciavam-se já os recém-in-ventados absorventes
higiéni-cos femininos (Modéss), as
nã se dizia claramente para
qu eles serviam. Confiava-se
na sutileza e na capacidade de dedução da moças.
...e seuscarrões
A industrialização toma con-ta do paísno governo Juscelino Kubitscheck, que prometeu (e
tm bo medida cumpriu) 50
inosem 5. O espírito desenvol-Vlmentista invade as empresas,
•Scidades, casa e
compor-tamento da pessoas.
pla-no de metas ousado te como
foco a infra-estrutura da eco-nomia (energia, transportes, in-dústria de base). Enquanto os
costumes eram abalados pelos novos modismos do consumo e do compo rtamento mais liberal, JKtratava de mudar Brasilpo baixo po dentro.
presidente também planeja e constrói Brasília, símbolo concreto
expressão estética de uma modernidade planejada. as grande
expoente dessa nova dinâmica nacional é, sem dúvida, indústria au
tomobilística, que vê sua planta industrial crescer se sofisticar, além
/l/í///,(/(/ivitt.t
,1se ,i ni.iitn d// torci (},) Anu" !!!,i Latino, (oni(\.i
SUd<3tUit(,J<)(OD)
lançamento do Pato Donalcí
A L M A N A Q U E
Alegria, alegria,de Caetano V eloso, composta em 1967 paraum dos
famos os festivais da música pop ular, levados ao ar ao vivo do audi-tório da W Record, em S ão Paulo, sintetizaria a déca da e sua confu-são: "O so l se reparte em crimes, espaçon aves, guerrilha s..."
A (são várias as redes nacionais, ago ra) se transforma no grande
veículode comunicação cultura, cultura diversada académica,
que receberia o nome de cultura de massa. massa" porque não
maisdifundida para poucos, nos bancos da escola, mas paramuitos, deforma homogénea e nivelada pela média (para muitos, pela
medio-cridade). cultura nã mais voltada para saber, para
pro-saicoe cotidiano.Não mais para construir conhec imento, mas para
entreter e divertir.
O novo veículo, assim como a técnica já evoluída da publicidade,
servirá como luva para movimentomilitar, tomou poder
no país, em 1964.O ufanismo nacionalista, a ideologia progressista,
busca pela criação de um sentimento pátrio profundosão temas e
conceitos osquais propaganda va aderir, mais menos,
depen-dendo ocasião,da importância políticado interlocutor ou do
tama-nho daverba anunciante.
O governo, aliás, toda a suaestrutura centralizada poder
e suas ramificações, como estatais, autarquias, ministérios,
secreta-pois todos querem dizer algo população brasileira-,
transfor-ma-se no ma ior anunciante do país (e assim o é até hoje). Graç as ele, muitas empresa s do setor de comun icação p rogredirão. A
propa-ganda, como negócio,vai crescer.
lei que criou a propaganda
agências propaganda tinham então força
perde-riam substancialmente anos depois. Reuniram-seco quem decidia
regras do jogo e, usando seu poder de pressão, fizeram aprovar, 1965,a Lei 4.680 - marco importantíssimo dahistória da
propa-ganda brasileira. la definia que a remuneração-base agências
saltaria 17,65%, pagos até então sobre as verbas investidas
pelos anunciantes na mídia, para 20%. Esse pequeno percentual
e força da Lei4.680/1965construíram as bases para expansão e
consolidação propaganda como setorde negócios de verdade
Co movimen-to feminista, mulher conquista espaço busca assumir uma posição independente em relação ao homem (vertambém página seguinte)
seria classificada por muitos como "a década perdida". Nela,quatro
planos económicos mirabolantes e as oscilações inflacionárias foram
marca registrada na economia, enquanto uma falta de inventividade
geral contagiava os guetos criativos país.
entanto, onde menos costuma espe rar inovação ou seja,
política,foi de onde vieram os ma is vigorosos sinais de mudança e avanço. Em 1982, o país realizou as primeiras eleições diretas para o Executivo desde Jango, na década de 1960, e a nação elegeu em
massa governadores maisforte partido oposição: PMDB,
ma clara demonstração de repúdioaos anos da ditadura militar.
Em 1984, teve início ruas grandes cidades brasileiras
movimento pelas Diretasjá campanha pela eleição direta também
para presidente da R epública. Dois dos mais express ivos líderes do movimento,UlyssesGuima rães e Tancredo Neves, iriam às praças pú
blicaspara defender nossodireito voto,mas nos intervalos dos
co-mícios ra articulada transição gabinete com o Congresso,
qu empossou Tancredo, nenhum brasileirote votadonele,
forma direta.
consegue manter seus feitos com tal destaque impacto. Mas a verdade é que, partir do anos1980,com_cr[se oj eme l a , _ o _ B _ r a _ s i l
nunca maisdeixariade ser reconhecido com umdo países; mais c ria
tivos da propa ganda m undial. Com erciais como Morte Orelhão
(1981),da DPZpara Telesp, sobre van dalism o contr os orelhões,
Primeiro Soutien(1978),da W/GGK para Valisère, sobre emoção de uma menina ao ganhar seu primeiro soutien, ficariam registrados
como alguns do melhores comerciais brasileiros de todos tempos.
Primeiro Soutienextrapolou, sendo relacionado entre os cem
co-merciais maiscriativos do mundo,em todos os tempos.
llobalização
quintal
tconoma e
propaganda
flilleira
atrelam seus destinos
ao
ipltal
internacional.
fato mais importante dos anos 1990 é a
consoli-daçãoda WorldWide Web,a internet para todos.
aso cenário internacional tamb ém é agitado por
novo amplo mapeamento da Europa, pós-queda
muro de Berlim. Fragmentam-se em novas nações
como lugoslávia, Bulgária Tchecoslováquia.
parece toda União da Repúblicas Socialistas
o-as (URSS), com a conquista da independência de
"repúblicas".
'lnquantonovos países surgem antigas nações
economia internacional anos 1990
ad pela fusão pela aquisição empresas
o mundo. G igantes conglom erados dos mais i-setores se unem para formar megacorporações
movimento de aglutinação do poder
nômicocujo portese desconhecia até então. O
fe-tno globalização se multiplica, tendo como
df seusmotores forteexcedente poupança
rn Estados Unidos, provocado pela expan são
iconoma norte-americana nos anos da gestão
capital intensivo globalizado se consolida
Grandes
Momentos
Todahistóriaé um emaranhado de fatos e personagens.
Elesnãoacontecem como nu livro, ondecada capítulosepara
umassunto dooutro.Naverdade, não se separam nunca.
as vale pena olhá-los deperto,um por um. Nesta e nasdemais
partes destelivro,você vai acompanhar alguns dos momentos
demaior destaque da história da propaganda brasileira.
co lentedeaumento. conhecerseuspersonagens como eles
W sai da DPZ
Washington Olivetto
deixa agência
que
trabalhou por 14
anos para
inaugurar
nova
história
propaganda
brasileira.
destino sempre prega
peças
té hoje
seus
ro
teiros urbanos,
na
imensa
Paulo. É por isso
el
às
vezes
ainda
passa
em
frenteao
prédiomais
importante da sua vida. O prédio continua lá, branco
co-mo sempre, co
aquelas
três letrinhas na
porta,que
pa-ra
maioria dos que circulam por ali não significam
grande coisa, mas que para ele
tinhamsidotodoum
al-fabeto
todoaprendizado.
po
isso
que, ainda hoje, quando
pára
no
sinal de
trânsito da esquina, nã consegue controlar emoção.
mais
forte.A DPZ é mais
forteque ele.
as
ele enga ta a marcha, e o prédio branco vai
fican-do no retrovisor. Fo onde passou estar desde aquele
almoço os
Jardins,
bairro nobre paulistano, anos antes;
no retrovisor e na
história.
cara amassada
de sono,
passo
meio trôpego té
banheiro
imenso apartamento, ajeitada
eitocabelos
desgrenhados enganariam o observador
afoito.
le
estava
bem. Tinha
dormido
muitobem. Não
se
lembrava
sonhos daquela
noite,ma também
nã costumava se lembrar
muitobem de sonho nenhum.
Nizan deixa
W/Brasil
O baiano mais veloz do mundo volta pra
Bahia,
para voltar para o m undo.
epois de Jorge Amado,ele provavelmente é o
baia-no mais internaciona l do mundo.Sem deixar de ser
o baiano mais baiano da Bahia (talvez nesse
quesi-to perca, na chegada, para AntónioCarlos Magalhães).
oi po causa dessa baianidade toda qu seguiu risca
letra de Gilberto Gil, que diz: "Eu vim da Bahia, as
voltopr lá."
Depois de anos entre o Rio de Janeiro e São Paulo,
anos após te deixado terra santa,ondecomeçou na
DM9 de Duda Mendonça como estagiário, depois de
haver passado pela Artplan,pela DPZ e pela W/GGK , ele
voltoupr Bahia, em 1988.
E s s a volta e sua saída da W/GGK são o segundo
epi-sódio mais importanteda moderna propaganda
brasi-leira. Nizan saiu deixando sau dades na agência do então
amigo Washington, que fez para ele um anúncio cujo
título era exatamente "Eu vim da B ahia, mas eu volto
ra l á " . final, assinavaassim: "Querido Nizan. Você
voltoupra lá. Masficou aqui:dentrodo nosso coração."
Nizan havia saído da D PZ untocom a redatora ainda
principiante Camila Franco, convidados para acompa-nhar Washington naquela nova aventura, cham ada
W/GGK. Eram então parceiros e amigos. A relação entre os dois
pas-saria por um estremecimento definitivotempos depois, as isso nã
importantepara a história da propaganda recente. Importanteé que
Nizan voltoupara a DM9, recusando num erosos convites nacionais
internacionais. Dizia que o Duda Mendonçahavia oferecido a ele mais
que uma sociedade: centenas de quilómetrosde praia, centenas de
igrejas e ladeiras, mais de quatrocentos anos de história. Duda lhe
havia proposto todaa Bah ia. Foi irrecusável.
sair e iniciar sua vida de empresário na terra do acarajé, Nizan
estavadando,sem querer sem saber, continuidade a um novo
mo-delode agência e a um novojeitode se criar propaganda no país:
jeito inaugurado Washington, daria filhotes geraria
herdeiros, do quais Nizan seria sempre mais ilustre. herdeiro co
lu própria,qu montoua sua própria DM9 e escreveu uma das mai avassaladoras histórias de sucesso empresarial e criativo desses
dupla
criação
O modelo que hoje é padrão em qualquer
agência do
mundo
passou
existir
publicidade
apenas
década de 1950.
mudou tudo.
1982, Almap,de Alex Periscinotto, um dos
res-ponsáveispela introdução da duplas de criação no
Brasil,decidiu acabar co elasem suaagência, qu
na época tinha nada menos do que 15. Derrubou as
baiasonde elasse isolavam abriu departamento de
criação, qual, se paredes, passou operar em
equi-pes. A MPM fez o mesmo, naquele ano.
derrubada da paredes, instituição da equipes,
criaçãoem grupo, sem dúvida, quebraram o antigo
mo-nopólio da dupla como formato único para se criar
propaganda. Isso, no entanto, não fez as duplas
desapa-recerem devez. E émuitopossível qu isso jamaisvenha
acontecer. Rapidinho, no entanto,valecontar como
qu elaschegaram ao Brasil.
Júlio Cosiir.,um dosnomes de peso da criação
bra-sileirano anos 1950 1960,na época na Standard, foi
primeiro publicitário brasileiro colocar os pés na
Ma-dison Avenue, Nova York, na agência mais
impor-tante de propaganda de todos os tempos: DDB. Nela
estava acontecendo um revolução desde final os
anos 1940. revolução liderada pelo génio da raça,
põe-C-D
Liberdade é uma
calça
velha,
azul e desbotada
Um simples
jingle
para
calça
jeans
atinge
as
paradas de
sucesso
e s
transforma
nu marco:
propaganda
vira música
popular
brasileira.
ingle coisa
comercial.
peça
fonográfica,criada
porprofissionais
do meio publicitário,para vender
produtos.É um recurso da propaganda para
con-vencer consumidor, cantando
no seuouvido. Algo, por-tanto,que é veiculado no espaços comerciais da
emis-soras
de
rádio, comopano de
fundodo
filme,na TV.
Muitosdeles fazem sucesso
entrepúblico.
Muitossã
cantarolados na ruas e nos ônibus,
comose
fossem
canções de autoria de ídolos populares.
as música tema do
filmeGraffiti(criado em
1980,pela DPZ, para seu cliente Levi's), da
produtoraMCR, foi
um
fenómenoparte. Alcançou,
literalmente,as paradas
de sucesso. Saiu dos espaços comerciais para entrar de
cabeça
no espaço artístico da emissoras de rádio, qu
passaram
programá-la como um hi musical qualquer.sucesso fo acontecendo ao
poucos,e
jingleteve
que ser gravado em disco. (Um
compactosimples,
quemse
lembradeles?)
compacto ficoumeses
nalista
domais
executados na rádios AM e FM de São Paulo. Fe sucesso,
embora
menor, tambémem
outrosestados brasileiros.
letra
damúsica
era uma colagem degrafites dasruas
de São Paulo, reunidas por um
òoydaMC R. As
fra-do muros
foramtraduzidas para inglês interpretadas po fony
Osanah,
então integrante dogrupo demúsica
latino-americanaRaices
de
America.
disco vendeu 500 mil cópias.
Sérgio
Mineiro, autor dapeça
em conjunto com o compositor dePB
tambémsócio da
produtora,Renato Teixeira, cham ava a
aten-ão
para algo,
nomínimo,curioso: "Não citamos
nome do produ-nenhum momento obteve maior índice reca//queLevi's
registrou para seus comerciais at hoje."
lição que fica é sintetizada por Sérgio Campanelli, o C da MCR:
"Quando você tiver
qualquer
dúvidasobre
o quedizer
em suaBrasil
virou Primeiro
Mundo
como quem não era nada virou uma das
mais respeitadas nações criativas do
"Planeta Propag anda".
iver neste país concorde comigo,caro leitor- às
vezes desanima. Mas hávezes- raríssimo- em
que agente té sente orgulhode ser brasileiro.
Issoacontece, para citar oóbvio, quandovemos a se-leção em cam po e ela ganha (tem sido raríssimo, mas
acontece). Mesmo que o Brasil perca , torcendo nos
transformamos na tal pátria de chuteiras, o que é uma
experiência única.
Infelizmente, não temos muitas sensações assim. In felizmente, há pouca coisa que podemos esfrega r na cara do mundo dizer com orgulho:isso aqui fomos
nós que fizemos.
Pois temos algo assim com a propaganda brasileira.
ponto de vista económico, o Brasil é um dos dez
maiores paísesdo mundo. pontode vista do volume
de negócios, nossa propaganda está entre seis
maiores. Mas quando se fala qualidade criativa da
nossa publicidade, nos sentamos ao lado dos Estados
Unidos e da Inglaterra, com o restante da nações lá
atrás, só olhando como é que pode. Trata-se de um
orgulho mais qu justificado. Pense comigo: por que seria assim?
Foram grandes nações qu inventaram os prémios internacionais
da propaganda, p ara comparar desempenho do mercados
publici-tários redor do mundo. verdade,elasinventaram premiações
internacionais para premiarem a si mesmas, tamanha su excelência publicitária.
Mas desde a década de 1970,expressivamente na década de 1980
e,commais destaque ainda,dei995 a2000, em todosesses festivais
premiações, Brasilcostuma ir muitobem, obrigado.
No maior e mais representativo desses eventos, o festival da Screen
Awards Association (Sawa), realizado em Cannes todos os anos,
temosnosconsagrado pelo menosduas décadas sendo que nos
últimos cinco anos do século ficamos entre os três países mais
pre-miados do mundo.E quem outorgaos prémios são eles, não nós.
um começo para este que parece ser um grande final feliz.
primeiro Leão de Ouro do Brasil em Cannes, em 1971: Homem co maisde 40, da DPZ
década
de 1990
quebrouencanto. Nunca ma is Ca nnes teria
frescor de antes.
Brasil
teria
- comotodas
asdemais nações sul-americanas, aliás
- quemostrar
seu talento,apesar
da má vontade dospaíses
líderes.
1992, no entanto, foi introduzida no
festival
umainovação
queauxiliaria
Brasil,
embora poucos pudessem então supor que seria
assim.
Criou-se Festival de Mídia Impressa, Press
Póster Festival,que começou sem graça, com poucas inscrições e baixa representati
vidade, mas que se
firmoujá no ano seguinte.
No primeiro
ano,
Brasil
não foibem.
Na verdade, comexceção
dos trabalhos da D PZ e de
muitopoucas outras peças, a publicidade
brasileira nã
detinhagrande história gráfica. Certamente, ão havia
como nos compa rarmo s aos europeus e aos norte-americanos, donos
de uma indiscutível excelência histórica nas artes gráficas.
Apesar disso,
no ano seguinte, começamos acriar
uma história degrandes conquistas para
propaganda brasileira na mídia impressa.
Com um trabalho de Marcello Serpa e Nizan Guanaes para o guaraná
Antárctica
Diet(da nova agência de Nizan, a DM9), o
Brasilconquis-to nada menos que o
Grand Prixdo
Press & Póster.Foi o primeiro
GranaPmbrasileiro emCannes,
em toda a sua história.Fizemos
mais. Como agora estava em
jogoum
númeromaior de
Leões
(soma os dois festivais), começam os
escalada
permanen-te - e,
aparentemente,
semvolta
para
umnovo estágio
denossa
participação.
país
trouxe 12 Leões, sendo seis para filmes seis para
mídia impressa.
Mas o
Grand Prixseria
mesmo
grande marco. e o Brasil vinha
crescendo em
ritmo lento longodos anos 1980, a expansão na
mídia impressa
mostrouque, além da boas ideias, fazia-se po aqui
um trabalho gráfico de indiscutível qualidade. Neste caso, qualidade
qu poderia começar a ser comparada com as escolas mais
sofisti-cadas
do
mundo.Em
2000,o país se supera e
atingea ma rca dos 36 L eões
conquis-tados em Can nes, seu maior e melhor desempenho desde sempre (o
melhor resultado a nterior havia sido em 1998, com 35 Leões). É um
marco histórico.
voltamos
início,
quandodissemos que o Brasil hoje
ter-ceira
maior potência
mundialda criatividade publicitária.
números
de
todaa década de
1990atestam isso co clareza.
orno
cã DietPepsi:
bebe
e não
'gan
ha
nada,
wer' ESCOlU Agoi pelo « > » ' saborMaiores
Melhores
Agências
propaganda, emtoda parte, feita gente. Sã personagens
vivos,decarne osso, qu constróem- oudestroem- profissão
sua arte. Mas umaoutra entidade divide o centro do palco e da
imaginação criativa da publicidade: agência de propaganda.
ela,os personagens centraisdessa história nã
exerceriam omelhor de seutalento. Emboraelasnã sejam
gente,é como se fossem.Cada qual com sua personalidade,
Sem DPZ,
não ia dar
certo
la
foi a
primeira agência
brasileira
apostar na criação
como diferencial
negócio. Mais
trintaanos
depois,
continua ganhando dinheiro
assim.
gora vamos fazer história andar para trás. este
capítulo começa como
muitostrabalhos na
propa-ganda: copiando.
Vou
copiar aqui
um trecho do texto de umanúncio
da DPZ sobre ela mesma, publicado em
julhode
1988,ano em que a agência comemorava duas décadas de
fundação
acabava
receber
prémio
Melhor
Agência
Últimos 20 Anos.
A peça m ostrava uma seleção do trabalho criativo da
DP
naquele período e falava um pouco de como
tudotinha começado: "Nestas
fotos, vinteanos desabarão
sobre su cabeça como se fossem segundos. Tudo co
meçou no dia 1° de julho de
1968,fundação da DPZ.
plena década onde Neil Armstrong passeava na lua,
o livro vermelho de
Mãovirava a China de cabeça para
baixo, os estudantes faziam barricadas na ruas de Paris,
Kennedy morria no Texas e minissaia florescia pernas
acima. O
mundoestava a
todoo vapor. Quem ficasse
patinando no obscurantismo que assolava Brasil não ia
muito longe.
Mas, em vez de olhar para as tesouras da
época,a DPZ
preferiu olharpara
tesourade Mary
Quant.acreditar na criatividade, esta arma que deu à
Skoí, "a cerveja quedesce redon-do": campanha degrande apelo daF/Nazca.
desce
redondo",
para
Skol, "Refresca
té
pensamento", para
Brahma.
mérito
tudoisso
é de um
time
primeira, numa
agên-ia
de espírito jovem, onde a ousadia é sempre bem-vinda. Mas,
ine-gavelmente, cabem
ao F os
maiores méritos. Fábio Fernandes,
um dos
mais
importantes nomes
criação brasileira nos anos 1990,
recor-rente ganhador
Leões no Festival
Cannes, mostrou-se um
em-preendedor esperto, ágil e com a consistência
necessária
para não só
conquistar grandes clientes como também cativá-los.
trabalho
alto impacto
na mídia transformou
índice
recall(memorização)
da
duas marcas
cerveja a que atende nu
fenómeno. Semanas
após semanas, ambas
marcas
figuraram entre
mais lembradas
pelo consumidor brasileiro.
Para
qualquer anunciante, um
património
quase sem preço
Fabinho, carioca
peitudo, que não leva desaforo para
casa,
recusa-se
conduzir um negócio que não tenha
brilho, nã gere boas ideias
ou não
seja
berço da inovação. Sua agência foi da s primeiras no
Brasil
enveredar pelo
mundo digital,criando inicialmente
divisão,
pois
um unidade
negócios
independente, para atendimento
empresas
pontocom. Fez mem oráveis cam panha s pa ra o Subma rino e
para então Zip.net. Criou
um estrutura interativa que,
contrário
maioria das agências brasileiras, resultava da percepção de que a
internet maior do que apenas mais um alternativa
mídia.
todoum
novomercado
comércioe comunicação.
2000,
Fábio Fernandes
fo eleito
empresário
ano,
pelo
Prémio Caboré, mais respeitado
mercado para empresas
pro-fissionais da comunicação. E em 2001, a F/Nazca
deixou o Festival
Cannes com o invejadíssimo almejadíssimo
prémio
Agência
do
Ano.
criativo
brilhante,
agência genial,
empresário re
conhecido pela
comunidade em que a tua. Se quisessem parar,
Fa-binho e F/Nazca já poderiam. Ainda bem que
isso
ne
passa
pela
cabeça deles.
Grand Pm
em
toda históriade 42 anos do
Clio Awards,não
en-tregue para um filme anglo-saxão.
ponto
de vista empresarial, o modelo W contempla ainda baixa
rotatividade de
seus
clientes.
Esse
é seu
pontode
equilíbrio.base de
faturamentoda
agência está lá há mais de dez anos. É a trinca
Gran-dene, Bombril Grupo Unibanco.
ainda
Folhade 5.PauloO
Bo-ticário. Recentemente, houve a Antárctica, que ficou
oitoanos e
saiu.
SBT, que, depois do regulares de anos, fo
trocadopela
Globo.
Mas a
maioria
va
ficando.
E
rentabilidade
do
negócio também.
Washington inaugurou
modelo ue teria seguidores de
mon-tão. Profissionais de criação em busca de
poder e de um sonho
pes-soal.
Muitos quebraram a
cara.
Poucos dariam tão certo como ele.
la
veio do Sul
tomoupaís, para
construir uma história sem precedentes
propaganda brasileira.
seudónimos, códigos sec retos, encontros sigilosos,
viagens
internacionais às escondidas. Os
ingredien-te pareciam mais paringredien-te de um
thri/lerdesuspen-se
do que de uma transação empresarial.
No dia 20 de
janeirode 1991,
conta história,um
conversação
em compromissos mantida durante
almoço no re stauran te Paddock, no centro de São
Paulo, teria
dado origem maior fusão entre agências
da
propaganda brasileira.
Três pessoas
presentes ao
encontro: Petrônio Corrêa,
presidente da MPM, maior agência brasileira; se sócio
Luiz
Macedo,chefe
da operação carioca do
grupo;Ivan
Pinto, presidente da Lintas:
Brasil,
braço nacional de
um dos maiores grupos da propaganda mundial.
No
almoço, contamas versões
publicadas na
impren-sa,
frase aparentemente
casual
dita por um dos
presentes
longo
negociações, que duraria dez meses. O
conteúdoexato
perdeu, mas a frase teria seguinte sentido: já
imagi-nou se nossas
duas empresas
se
fundissem?
sinal verde da Lintas:
Worldwidepara que o
ne-qócioseguisse
adianteviria de dias
depois e, desse
Contemporânea
Uma das poucas a gências cariocas
disputar a lidera nça da c riação nacional,
a Contemporânea
exemplo
depersonalidade
génioimaginativo.
um
quadro
na
parede
da sala de
reuniões
da
a-gência, daqueles oferecidos aos ganhadores de
Leões
no Festival de Cannes, em que o
diretor
de
cria-çã e
redator
da peça
premiada são, respectivamen
te, pai e
filho.
É umtrofeu, muito
provavelmente,iné-dito no
mundo. Ninguém tem. Silvio,
filho,
aparece
como redator, e
Mauro,o pai, como diretor de
criação.
Esse
é apenas um indicador da agência,
quandoestamos
na
Contemporânea.
janeiro
de
1984,ao sair de seu
cargo
de
diretor
técnico da Propaganda E strutural, Arm ando Strozenberg
fundaria
própria agência, Com unicação
Contem-porânea,
que teria também como
sócio
Mauro Mattos, o
homem de
criação
da dupla.
Contemporânea
nascia
ali para se
projetar como
um
referência
obrigatória
da
criatividade
carioca brasileira. Ao
longo
desses
18 anos de
atuação, ganhou
um
dezena
de
Leões
em Cannes,
além
de
outros prémios internacionais
nacionais. É, sem
dúvida,
agência com a mais
permanen-te
consistente
performancecriativa
do Rio de Janeiro.
Mauro Mattos
transformou
somente em
mo-delo
para
próprio
filho,
Silvio
Mattoshoje
um
dis-«w w.
putado
diretor
de
criação, devidamente
incorporadopaisagem
e-
v o c ê , p r e m i a d acampanha
tropolitana
da
Grande
Sã Paulo e
(vice-presidente)
de Criação da
d e s e n m M d a pei af- j. Contemporânea
NewComm
Bates
-,como também
para
pelo menos duas outras gê
rações
anteriores ele.
GloboContemporânea extrapolou
as
fronteiras
de seu
mercado
regio-nal, fechou
parceria
com a SLBB, de São Paulo, em
1996,para
ganhar
porte internacional em
1998,co
venda de seu controle acionário
ao
Grupo Interpublic.
Nesse
novo patamar
de
operação, agência passou definitivam
en-te
figurar entre
as
vinte maiores
do país, sem ter
deixado nunca
de
estar
entre, pelo menos,
as dez mais criativas nacionais.
Não é assimnenhuma Brastemp: série clássica da Talent
mente no mercado pub licitário brasileiro como génio do
planeja-mento estratégico. Por sua vez, sábio suficiente para ter
perce-bido,ao longo de sua extensa carreira de sucesso, qu planejamento
sem criaçãode linha funciona,ma funcionamenos. Assim,
pelaTalent tê passado alguns do mais destacados nomes da
cria-çã publicitária brasileira, sempre sob o coman do de Ana Carm em
Longobardi,sócia ediretora de criação da agência. São eles,
funda-mentados no planejamento inteligente de Júlio Ribeiro, que vêm
transformando propaganda da agência numa da mais be
elabo-radas consistentes do mercado.
Almap
história
agência
trouxe
dupla
criação para
Brasil nunca
mais
parou
crescer.
conta publicitária da Volkswagen mudoua história
da Alcân tara Machado Propaganda, Almap paraos
íntimos. A Almap, por sua vez, mudoua história da
propaganda brasileira, porque fo nela qu nasceramas
primeirasexperiências com as duplas de criação no país.
quem mudou história da duas foi um freelancer contratado por José Alcântara Machado, então único
sócio daagência. free lancertinha missão de criar,
em 1960, um campanha para conquistada contada
empresaautomotiva alemã. assim um coisa foi levando
outra: Alex Periscinotto, free lancer,ajudou Almap
ganhar conta da Volks;JosédeAlcântara Machado
con-vidou-o a ser sócio em 15% da Almap; Alex tornou-se o principal executivo da agência; agência tornou-se um dasprincipais empresas da propaganda brasileira; e, tem-pos depois, propaganda brasileira seria uma das
melho-resdo mundo.
Se essa
ciaque as coisasaconteceram, fica d ifícil dizer. Mas não se
escreve história da agências de propaganda no Brasil
sem merecido destaque Almap que, aliás, atende
Grandes
Nomes
Elessão, basicamente, diferentes entre
i.
Talvez
exatamentepo
issocompõemum bom painel da publicidade
brasileira,
qu
originalidade ndispensável.as
há um
ponto comum:cada
um
deles, história propagandaPetrônio
Corrêa
líder sem o qual seria
difícil
propaganda chegar
onde
chegou.
ouve umtempo napropaganda brasileiraque foi o
da entidades. T udo se discutia nelas ou por meio
delas.Muitoshojeduvidam, mas a indústria da
co-municação como conhecemos hoje deve su
existên-cia a essetempo.E amaior parte dessas entidades deve
um pedaço da sua história Petrônio Corrêa. as
gran-de ligran-deranças históricas, quando publicidade se
for-mava como setor, Petrônio talvez tenha sido mais
atuante aquele quemaior número decargosocupou
nessesórgãos representativos do negócio.Ele é gaúcho
- quem sabe estánasveias característicadetomar
pulso as situações e as conquistas.
Fo peitando um mercado ainda pequenoe em
ex-pansão, o do RioGrande doSul, que Petrônio seus
dois sócios,António Mahfuz Luiz Macedo, em Porto
Alegre, deram início à MPM, em 1957. Cerca de 18
anos depois, a MPMatingiria topo do ranking das
agências brasileiras ficaria por lá umadécada inteira.
Sefosse um agência do Nordeste, alguém diria qu isso
é que coisa de "cabra-macho". as Petrônio seussó cios nunca fizeram alarde dessefeito inéditopara uma
agência de fora da capital paulista (todas asagências
que um dia lideraram ranking nacional eram sempre de São Paulo).
Nunca foram chegados ao holofotes. Costuravam no bastidores.
Petrônio começou esse negócio de associações sendo presidente
de uma delas em seu estado, Associação Rio-Grandense de
Propa-ganda(ARP).Pegougosto emplacou em seguida um entidade já de
porte nacional, FederaçãoBrasileira de Propaganda (Febrasp).
abril de 1979, foi eleito presidente da Associação Brasileira de Pro-paganda (Abap), dando a ela uma estrutura e uma representatividade
nunca vistas. Em 1980, tornou-se também presidente do Conselho
Nacional deAuto-Regulame ntação Publicitária (Conar), cargo para
qual foi reeleitoquatrovezes.Deu àentidade conformação jurídica
uma infra-estrutura profissional que a entidade mantém até hoje.
Voltou presidênciadaAbap fatoinédito naentidade, essa sua
re-eleição- dezanos depoisdaprimeira gestão.
fato inédito uma vezmais voltou aocargo pela terceira vez,
quando intermediou a comp lexa demorada negociação entre
anun-ciantes, agên cias, veículos de comunicação governo, para criar as
Brasil, FischerAmerica Comunicação Total 1998, perda de seu
sócio e a de uma de suas maisimportantes contas, a da cerveja Brahma
(a queatendeu comcompetência durante oitoanos), foram um
ba-que, e o processo de latinização deu uma parada.
Mas ele serefez. Anunciou conquista de novas contas em 1999
já retomouo rumo planejado de crescimento para se trans form ar
na primeira companhia de capital aberto dentre agências
brasi-leiras,em 2002.
Muitospodem questioná-lo. Poucos duvidam de quefará.
Geraldo Alonso
Contraditório, em dúvida.
as
quem
se
importa?
líder nato.
atólico, conservador, moralista crítico do erotismo na
publicidade,defensor de umaraça brasileira pura, na
cionalista convicto, apólogo doregime militar que
go-vernou o Brasilde 1964 1986,inflexível em seus pontos
devista,duro na argumentação e, principalmente, duro na
queda. Co esseperfil, difícil imaginar que ele tenha sido uma das mais importantes lideranças de um mercado como o da propaganda, do qual se tem a imagem de liberal
avançadinho. Poisnem o mercado é tão liberal assim, nem
Geraldo Alonso, nascido em Pedreiras, interiorzão de São
Paulo,foi um líder tão mordaz que dele a publicidade
pre-cisasseseresguardar.Muitopelo contrário, propaganda também uma a tividade conservadora, e Geraldo Alonso foi um de seus mais importantes pilares, num mom ento vital d
seudesenvolvimento- iníciodesuamodernização
empre-sarial-, quando pilareseratudo de que elaprecisava.Dele,
propaganda tem muitoo que se orgulhar.
Sócio fundador de uma das mais antigas agências
brasileiras,fundada em1946, Norton Propaganda
empresa absorvida pelo grupo europeu Publicis
Geral-dão,como era conhecido, foi um dosfundadores danova agênciade propaganda brasileira. "Nova " quer dizer
em-Roberto
Duailibi
que o D, da
DPZ,
muitomais
do
apenas
o D, da
DPZ.
maioria os textos sobre Roberto Duailibi começa
dizendo que ele é o D da DPZ. A m aioria deles po-deria term inar por aí. Ser qualquer uma das três letras da DPZ seria suficiente para qualquer um. Na for-ma sucinta das três consoantes estão resumidos vários do capítulos ma is instigantes da história da propagan-da no Brasil.
Sópara constar,vamos em frente aquipara registrar
qu esse "turquinho de MatoGrosso", como le
mes-mo sedefiniumu itas vezes, foi bastante além de ser o
da DPZ. Duailibi esteve sempre po volta quando foram
discutidas algumas das questões básicas para o
desen-volvimento negócio publicitário brasileiro:
auto-re-gulamentação da publicidade nacional, eterna
polémi-ca das taxas de rem uneração das agências ou o roteiro
da histórias em qu adrinhos que escrevia para uma
pe-quena editora do bairro da Vila Maria, em São Paulo,
onde moroudepois migrar Campo Grande.
Momentos históricos como essesforam muitos na
vi-da Duailibi, que foi comunista, abandonou
vida de comer criancinhas para se dedicar liderança de algumas importantes entidades da comunicação no país,
como a Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil (ADVB), o Co n-selho N acional de Auto-Regulamentação Publicitária (Conar) e a
Asso-ciação Brasileira da Agências de Propaganda (Abap) oi Publicitário
do Ano, Empresário da Propaganda do Ano Líder Empresarial do
diversas vezes, por vários anos.
história institucional política setor publicitário Brasil
tal-ve não fosse a mesma sem Duailibi. Como Alex Periscinotto, saltou
da área da criação para o comando empresarial de sua agência, em bora nunca tenha deixado de conduzir traba lhos criativos em toda a
su carreira. Numa agênciacomo DPZ, isso não é só diletantismo.
Outros pedaços da história desseturquinhovocê pode ler no
capí-tulosobre a DP Z. Porque, entre outra s coisas, afina l de contas, Duailibi o D da DPZ. Cenade um dos inúmeros comerciais criadospelaDP parase eterno clienteItaú.
MareeiIo
Serpa
Metros metros
degenialidade.
om mais de dois metros de altura, ele é o maior
dire-tor de arte da propaganda brasileira. Seria, ainda
as-sim, com a estatura que fosse. Na verdade, muitos
(principalmente gente
que não mora no Brasil)
conside-ram-no
um dos maiores diretores de arte do mundo.
le
mesmo.
Não por
outro motivo,foi convidado para
presidir os festivais de Cannes (o maior festival publicitário
do
mundo),o de Londres e o de Nova York, os outros dois
mais
importantes.
Foi ele quem ganhou primeiro
Grand Prixpara Brasil para Amé rica Latina, em Cannes, em
1993,
com umacampanha para Guaraná
Diet, daAn-tárctica. É o diretor de arte brasileiro mais premiado no
ArtDirectors de Nova York. Volta e meia também é chamado
para fazer campanhas internacionais para entidades
euro-peias
e norte-americanas. Graduado em comunicação
vi-sual
e artes gráficas na Alemanha, depois de conquistar
vários prémios na DPZ do Rio e de S ão Paulo e na DM9,
ganhou o prémio de sua vida: ser sócio da
Almap/BBDO.
Aí além de ter ajudado levar se negócio condição de
um dos mais
bem-sucedidos do país na década de 1990,
continuou ganhando prémios mais prémios. Po
essasoutras, Marcello Serpa grande.
Muitogrande.
Nizan
Guanaes
"E tempos de crise, há os que
choram e os que vendem lenços.
Prefiro vender lenços."
ssa
apenas uma das centenas de grandes frases
qu Nizan Guanaes te
ditoao
longode sua vida.
Ma esse om baiano,
filhode pai médico, é bom
em
muitas outras coisas, além de belas frases. Po
exem-plo: sabe vender bichinhos de pelúcia como ninguém.
Fez