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Curso Bateria

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Academic year: 2021

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Notação válida para toda as partituras

Como Escolher as Baquetas

A escolha da "melhor" baqueta é uma decisão muito pessoal. Muitos bateristas ainda não descobriram o quanto eles podem obter maior rendimento usando a baqueta correta. É muito comum os bateristas profissionais usarem 2 ou 3 modelos diferentes de baquetas, ou mais. Os fatores a se considerar na escolha da baqueta incluem densidade, tipo de madeira, peso, comprimento, diâmetro, tipo de ponta (nylon ou madeira), formato da ponta... Quando escolher uma baqueta, procure pela boa qualidade da madeira com os veios uniformes de ponta a ponta. O tipo de madeira selecionada vai ter uma grande influência no balanço, no som e na longevidade (tempo útil) da baqueta. Alguns bateristas preferem o som natural da ponta de madeira. Outros preferem a ponta de nylon para obter um som mais aberto dos pratos. Neste caso esteja certo de selecionar uma ponta de nylon de qualidade para obter um bom resultado. Determine o melhor comprimento, peso e diâmetro da baqueta que se ajuste à sua maneira de tocar. Experimente e compare diferentes tipos antes de comprar. Depois que você se tornar mais experiente, você vai encontrar um modelo que atenda suas exigências em vários tipos de situação. Que tipo de volume seu som requer? Um trio de jazz ou uma banda de Rock? Para cada situação o tipo de baqueta vai variar. Sinta as baquetas. Toque cada uma em diversos tipos de superfície, para sentir a "pegada" e o tipo de som produzido. Evite baquetas que soam como se fossem ocas. Verifique se ambas tem o mesmo peso. As madeiras têm uma variação natural de cores. Uma vez que você definiu o tipo de baqueta que é bom para você, a cor não importa. De tempos em tempos é bom que você experimente novos modelos e diferentes tipos de marcas. Hoje em dia você encontra uma variedade enorme de marcas e modelos, ficando fácil você descobrir um que satisfaça suas necessidades. Então, pesquise, experimente e boa sorte!

Escolhendo as Peles

Há infinitos tipos, modelos e fabricantes de peles. Remo, Aquarian, Evans... cada uma com características distintas; pele de filme simples, pele de filme duplo, hidráulicas, porosas, clear ... Basta dar uma olhada num catálogo de uma dessas marcas para ver a infinidade e opções e ficar confuso na hora de escolher. Veremos aqui alguns conceitos básicos para ajudar a distinguir essas diferenças:

peles grossas vão resultar num som mais grave que as peles finas

peles revestidas (porosas) vão inibir os harmônicos melhor que as não revestidas

peles ( com um círculo preto no centro) também inibem os harmônicos

peles de filme duplo produzem um som mais "cheio" do que as peles de filme simples e também inibem os harmônicos.

Que tipo (estilo) de música você toca? Talvez você precise de um som leve, com mais "brilho" como no jazz. Então use peles finas; ou se você procura um som mais pesado como rock, use peles mais grossas, como as hidráulicas. É claro que as regras são feitas para serem quebradas. Tente algo diferente; experimente. Combine os vários tipos de peles e crie seu som.

Abafadores Aqui as coisas ficam um pouco subjetivas. Através dos anos muitos bateristas vêm empregando diferentes maneirar de "abafar" seu instrumento. As razões para fazerem isso, geralmente são:

controlar os harmônicos

diminuir o decay

conseguir um som mais encorpado do tambor.

Hoje em dia os fabricantes de peles oferecem uma variedade enorme de abafadores. Aros de plástico, espumas auto-adesivas, travesseiros para bumbo, etc. como na escolha da pele, é interessante você experimentar os vários tipos de abafadores e verificar qual se adapta ao seu tipo de som.

Escolhendo os Pratos

Ride (pratos de condução) Mais do que uma Simples Condução O Ride é parte integral de todo "set" de pratos, do Jazz Acústico ao Rock. Com um som bem claro e definido, permite uma variedade de sons, combinando condução com acentos; oferecendo infinitas possibilidades aos bateristas. Há dois tipos básicos de Ride. Um tem uma ressonância menor e oferece uma extrema definição das notas, enquanto que outros têm uma boa definição das notas, porém permitindo que estas soem mais "abertas"; possibilitando também que seja usado em acentuações ou ataques.

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Hi Hat (chimbal)

O Coração do seu Kit O Chimbal é também um prato indispensável em qualquer set, pois, assim como o Ride, ele tem a função de conduzir o ritmo. A relação entre eles é muito importante. Eles devem ser escolhidos juntos e devem completar um ao outro. O prato de baixo deve ser um pouco mais pesado que o de cima. Isto vai garantir um som preciso (chick) dos pratos. É importante que o volume do seu chimbal esteja balanceado com o volume da sua caixa e bumbo.

Crash e Splash (pratos de ataque)

Pratos com PersonalidadeUma vez que você escolheu seu Ride e Chimbal, você está pronto para selecionar seus pratos de ataque e splashes. Não há limites quanto ao número e variedade de pratos de ataque que você possa usar no seu set. Há uma enorme variedade de pratos de ataque. O volume, o timbre e seu gosto pessoal que irão determinar o tipo de prato que você deve escolher.

Efeitos Especiais Estes provavelmente serão os últimos pratos que você vai adicionar no seu set. eles produzem um som único e proporcionam acentos e efeitos exóticos e explosivos. Podemos citar o China Type (prato invertido) como um prato de efeito.A variedade de opções é infinita. Teste vários modelos e marcas e experimente várias combinações de medidas e timbres. Boa sorte e bons timbres!

Coordenação Inicial

Muitas pessoas são naturalmente coordenadas. Algumas são mais coordenadas que outras. Alguns de nós apenas tem que praticar um pouco mais. Mas não importa o quanto natural você é quando toca bateria, a coordenação entre mãos e pés é algo que você sempre terá que trabalhar (praticar).Vamos começar com alguns exercícios para as mãos antes de incluírmos os pés. Toque cada exercício 4 vezes e vá direto para o seguinte SEM PARAR Legenda: D - mão direitaE - mão esquerdaP - pé

Exercício de coordenação nº 1 - repetir 4 vezes cada exercício.

1) D D D D D D D D E E 2) D D D D D D D D E E E E 3) D D D D D D D D E E E E 4) D D D D D D D D E E E E 5) D D D D D D D D E E E E 6) D D D D D D D D E E E E 7) D D D D D D D D E E E E 8) D D D D D D D D E E E E E E 9) D D D D D D D D E E E E E E 10) D D D D D D D D E E E E E E

Quando você repete um exercício várias vezes, é possível que você perca a concentração. Talvez se esqueça quantas vezes repetiu o exercício. Talvez o próximo exercício exija uma maior coordenação que o anterior.

Exercício de coordenação nº 2 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais rápido.Se você dominou os 10 exercícios sem nenhum erro,

é hora de aprender algo sobre o bumbo./p> Os exercícios a seguir são do mesmo tipo dos anteriores, mas depois do quarto compasso eles ficam um pouco mais difíceis. Cada compasso possui um padrão diferente. Verifique que todos os exercícios estão em compassos quaternários (4 tempos). Procure contar os tempos em voz alta, isso ajuda saber em que tempo você está.

Exercício de coordenação nº 3 - repetir 4 vezes cada exercício.

1) D D D D D D D D P P 2) D D D D D D D D P P 3) D D D D D D D D P P 4) D D D D D D D D P P 5) D D D D D D D D P P P 6) D D D D D D D D P P P 7) D D D D D D D D P P P 8) D D D D D D D D P P P P 9) D D D D D D D D P P P P 10) D D D D D D D D P P P P P

Você está pronto para tentar num andamento mais rápido? Não se preocupe se você não conseguir fazer o exercício todo na primeira vez que tentar. Concentre-se no exercício, persista. Se você não consegue hoje, esteja certo de que conseguirá na próxima semana.

Exercício de coordenação nº 4 - repetir 2 vezes cada exercício anterior, porém, mais rápido.Daqui para a frente começaremos a ler MÚSICA!

Isso realmente não é muito difícil de se fazer, mas por algumas razões, metade dos bateristas que tocam por aí não dão atenção para a leitura. É muito mais fácil aprender lendo os exercícios e vir a entender o que realmente está "havendo" na música, do que tocando de "ouvido".Nesta lição veremos alguns ritmos de Rock usando o CHIMBAL, CAIXA e BUMBO, mas antes de começar com os ritmos, vamos fazer alguns exercícios

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preparatórios.Faça estes exercícios várias vezes prestando atenção no andamento e procurando aplicar a mesma força para todas as notas. Não esqueça de usar as manulações pedidas.

Antes de entrarmos no exercício, vamos aprender um pouco mais sobre os termos musicais. No começo do exercício (ou de uma música), há um símbolo que nos informa quantos tempos há em um compasso e qual nota vai em cada tempo. Este símbolo é chamado de FRAÇÃO ou FÓRMULA DE COMPASSO.Por quê a fórmula de compasso é tão importante? Nem todas as músicas têm quatro tempos, ou quatro semínimas por tempo. Você já ouviu um tipo de música chamada "Valsa"? A Valsa possui 3 tempos por compasso (1 2 3 1 2 3). O "Samba" possui 2 tempos por compasso (1 2 1 2).Muitos tipos de música de várias culturas possuem 6 ou 7 tempos por compasso. Podemos também usar várias fórmulas de compasso na mesma música. Por exemplo: 12 compassos de 4 tempos, depois 8 compassos de 6 tempos, novamente 12 compassos de 4 tempos, etc.Por enquanto ficaremos com o compasso quaternário, onde a semínima vale um tempo. Portanto, nossa primeira fórmula de compasso será 4/4, que quer dizer:

Faremos agora alguns exercícios usando CAIXA, BUMBO e CHIMBAL. Note que o chimbal deve ser tocado simultaneamente, ora com a caixa, ora com o bumbo.

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As Várias Maneiras de Explorar a

Coordenação

Atendendo a uma dúvida sobre coordenação, vamos mostrar aqui alguns exercícios baseados nas sugestões do usuário ‘Tixas’ e a extensão para outras possibilidades. A matéria estará dividida em partes, que serão apresentadas uma a cada semana.Antes de iniciarmos os exercícios, citaremos alguns dos mais conhecidos livros de leitura e vamos compreender um conceito super importante sobre coordenação:Livros: Pozzoli (Guia Teórico-Prático para o ensino do ditado musical – pela editora Ricordi); Método Prince (Leitura e Percepção / Ritmo – pela Editora Lumiar); Gary Chester (pela Modern Drummer Publications) e o Syncopation de Ted Reed (pela Editora Alfred).Gráfico da “Coordenação

Pelos 4 Membros”

MD – mão direita / ME – mão esquerda / PD – pé direito / PE – pé esquerdo

Este gráfico mostra os 4 membros que usamos para tocar a bateria e as 12 maneiras de combinar estes membros. Estas 12 maneiras são:

1. MD – ME 2. ME – MD 3. PD – PE 4. PE – PD 5. MD – PD 6. PD – MD 7. ME – PE 8. PE – ME 9. MD – PE 10. PE – MD 11. ME – PD 12. PD – ME

Para explicarmos a aplicação deste conceito, vamos citar o Single Stroke Roll (toque alternado); o que já resulta num tremendo exercício de coordenação.No Single Stroke Roll temos a seguinte seqüência:D E D E D E D E. Usando as 12 variações, vamos obter os seguintes resultados: Para MD – ME: Para ME – MD: Para PD – PE: Para PE – PD: Para MD – PD: Para PD – MD: Para ME – PE:

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Para PE – ME: Para MD – PE: Para PE – MD: Para ME – PD: Para PD – ME: Este conceito pode ser aplicado em rudimentos como Double Stroke Roll (papa-mama), Paradiddles, nas várias manulações do Stick Control, em

tercinas, sextinas, etc.Como podemos perceber, as possibilidades são infinitas. Cabe a cada um de nós identificar quais as nossas necessidades e

programarmos nossa prática para que ela tenha um resultado musical.

Independência entre dois membros Neste tipo de exercício vamos repetir uma figura, fazendo a condução com um dos membros (MD ou ME)

e uma leitura qualquer com outro membro. Nos nossos exemplos, usaremos o Chimbal e o Ride para a condução e os primeiros compassos da página 22 do Pozzoli para a leitura.Obs: Daqui por diante daremos somente os exemplos de condução com a MD para não complicar os enunciados dos exercícios, porém, todos eles podem ser feitos com a condução na ME.Desta maneira podemos: Conduzir com a MD e ler com a ME:

Conduzir com a MD e ler com a PD:

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Independência entre três membro Neste tipo de exercício vamos repetir uma figura, fazendo a condução com um dos membros (MD ou ME) e

uma leitura qualquer intercalando outros dois membros. Desta maneira podemos: Conduzir com a MD e ler as semínimas ou notas de maior valor que a semínima com a ME e as colcheias ou notas de maior valor que a colcheia com o PD:

Conduzir com a MD e ler as semínimas ou notas de maior valor que a semínima com a PD e as colcheias ou notas de maior valor que a colcheia com o ME:

Independência entre quatro membros Este exercício é similar ao anterior. Só que desta vez, vamos inserir o PE no chimbal, na cabeça dos

tempos e nos contra-tempos, seguindo os padrões abaixo:

Aplicado à leitura fica assim:

Novamente como podemos perceber, estamos trabalhando com possibilidades matemáticas, o que nos dá uma infinidade de combinações. Cabe a cada um de nós identificar quais as nossas necessidades e programarmos nossa prática para que ela tenha um resultado musical.

Independência com ostinatos no bumbo Uma das maneiras mais conhecidas de aplicar este conceito é manter um padrão para os pés e aplicar o

maior número possível de combinações com as mãos. O livro Stick Control nos dá uma grande variedade de combinações. Veja alguns exemplos:

Samba Vamos fazer o padrão de samba nos pés e aplicar algumas combinações do Stick Control. Note que, se tocarmos as combinações na

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O próximo passo é aplicarmos as combinações em diferentes instrumentos da bateria. Neste exemplo usamos a manulação EDDE EDDE entre condução e caixa:

Estes mesmos conceitos podem ser aplicados a outros tipos de pedais:

Baião

Com a manulação DEDD EDDE

Ijexá

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Rock

Com a manulação DEDD EDEE

Outro exercício bem interessante, que o Dave Weckl mostra nos seus workshops, é combinar as manulações com o seguinte padrão de bumbo:

Note que o padrão do bumbo se completa a cada 3 tempos e as manulações se completam a cada 2 ou 4 tempos. Nunca é demais repetir que estamos trabalhando com possibilidades matemáticas, o que nos dá uma infinidade de combinações. Cabe a cada um de nós identificar quais as nossas necessidades e programarmos nossa prática para que ela tenha um resultado musical. Na última parte veremos um texto chamado "Usando

a Coordenação", por Aaron Gervais. Lembre-se que a coordenação é uma constante no aprendizado de bateria. Sempre estaremos 'esbarrando'

nela. Por isso, mão e pés à obra!

Analisando a Coordenação Obviamente, o objetivo final é aplicar toda a sua técnica em um contexto musical. Independentemente do estilo que

você toca, há muitas coisas que se pode fazer para tornar seu som melhor, e uma das principais é ter a coordenação necessária para executar (passar para o instrumento) o que você tiver em mente. A coordenação neste nível é mais do que fazer as combinações de instrumentos, há muito trabalho mental a ser feito. Há algumas coisas que você pode fazer para melhorar o modo como você soa musicalmente:

1. escute os estilos de música que você quer dominar;

2. preste, cuidadosamente, atenção aos detalhes da sua maneira de tocar; 3. obtenha uma dinâmica e independência sobre todos os seus membros; 4. desenvolva seu senso de andamento (time);

5. grave você mesmo, numa performance e em prática;

6. pratique até que você toque as coisas de uma maneira consistente.

Escute Os Estilos de Música Que Você Quer Dominar A regra geral é, você tem que dominar algo antes que você possa mudá-la. É claro, isto

é um ideal e ninguém realmente "domina" algo, há sempre mais a ser feito. Mas seu som soará muito melhor se você tiver consciência do que os outros fizeram antes de você. Realmente vale a pena reservar um tempo para ouvir o estilo de música que está estudando, mas tenha certeza que você não está simplesmente se divertindo e sim prestando atenção no que está acontecendo na música. Ouça como o baterista se coloca em relação aos outros instrumentos, o que ele fez que você particularmente achou efetivo, o que ele fez que você gostaria de ter a habilidade de fazer também, etc. Com certeza você fará uma lista enorme de anotações, mas a coisa mais importante é realmente tentar entender a música. Você não vai sempre entender o que ouve, e vai gostar mais de certas coisas que outras, mas isso é parte do processo de desenvolvimento. Seus gostos mudarão com o tempo. Houve casos em que eu comprei um CD e deixei-o de lado porque não gostei nem um pouco dele, e alguns anos depois, eu os ouvi novamente e os adorei, justamente pelas partes que eu tinha odiado antes. Lembre-se que a música não tem que ser complexa para ser atraente, e geralmente o oposto é o correto.

Preste, Cuidadosamente, Atenção Aos Detalhes Da Sua Maneira de Tocar Lembre-se, sua mente vai mudar o que você ouve para te agradar,

mas você pode forçá-la para ouvir mais precisamente prestando atenção no que você está fazendo. Quando você pratica, tente ouvir cada parte individual do exercício. Preste atenção ao "equilíbrio" entre estas partes. O "equilíbrio" é específico de cada estilo que tocamos. Num contexto de Jazz, por exemplo, o prato de condução e o chimbal são os fatores dominantes e a caixa e o bumbo são o "colorido" do ritmo, assim como no Rock o chimbal e o prato de condução são o "colorido" e o bumbo e caixa são os instrumentos dominantes. Você pode ter um ritmo de Rock sem o chimbal marcando as colcheias, mas não pode tê-lo sem a caixa marcando forte, geralmente os tempos 2 e 4. Preste atenção para ver se os membros que tocam juntos estão tocando exatamente juntos. Todas essas coisas vão ajudar você a se ouvir melhor, compreender a relação e a função de cada parte do seu corpo com a música, e tornar seu som mais apurado.

Obter Uma Dinâmica e Independência Sobre Todos Os Seus Membros Como foi mencionado anteriormente, o "equilíbrio" de som que cada

estilo requer é diferente. Ouça uma Big Band. O que você percebe que o baterista toca predominantemente? É o prato de condução. Agora ouça uma banda de Rock. O que predomina é a caixa e o bumbo. Mas ouça uma banda de música brasileira. Você perceberá que dependendo do ritmo, há um instrumento, ou um grupo de instrumentos, que se destacam. Isso, porque os ritmos brasileiros são feitos originalmente para instrumentos de percussão. Assim, cada seção da música exige a evidência de um instrumento diferente. Se você tiver controle sobre a sensibilidade de cada membro, ai você pode se "encaixar" melhor em cada situação. Isto é útil especialmente em estúdio, onde você é requisitado a tocar a caixa um pouco mais alta, ou o bumbo um pouco mais baixo sem alterar os outros instrumentos. O que você precisa fazer para adquirir essa independência de dinâmica é desenvolver uma boa coordenação e praticar bastante.

Desenvolva Seu Senso De Andamento Extremamente importante. Tão importante, que todos já sabem este conceito e nem precisamos falar

nisso.

Grave Você Mesmo, Numa Performance e Em Prática Este é outro método de examinar e aprimorar o que estamos tocando. A fita gravada

não mente, então você poderá se analisar em todos os aspectos. Eu me lembro da primeira vez em que eu gravei. Eu disse: "Realmente fui eu que gravei isso? Não pode ser, deve ser a qualidade da gravação!". Não engane a si mesmo. Você não se grava para obter uma ótima qualidade de som, mas para verificar seu andamento, se você está executando todas as notas na mesma dinâmica, se você está "tirando" sempre o mesmo som da caixa, pratos e tambores, etc. Se você conseguir um bom resultado em casa, com uma fita cassete, logicamente você terá um bom resultado numa situação real de estúdio ou num show ao vivo. Lembre-se de fazer as seguintes perguntas a você mesmo: "Estou atrasando ou correndo o andamento?" Todas as notas estão iguais?, Está soando como música ou como um monte de timbres aleatórios?, Em quais aspectos posso melhorar?, e assim por diante.

Pratique Até Que Você Toque As Coisas De Uma Maneira Consistente Você deve ter passado pela seguinte situação: você aprende algo

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totalmente fora do contexto musical e até mesmo atrapalhando os outros músicos da banda. A lição que tiramos disto é que simplesmente saber fazer algo não é o bastante. Para ter a habilidade de fazer algo bem feito, você tem que ter a proficiência sobre o que você está fazendo. Você deve ter a habilidade de fazer algo até mesmo dormindo, e fazer bem. A maneira de conseguir isso é seguindo estes conselhos - ouça você

mesmo, grave você mesmo, critique e avalie você mesmo, desenvolva um senso de andamento e assim por diante. Tocando um ritmo básico de

Rock, por exemplo, você deverá ouvir o chimbal e verificar se não está muito alto, se está soando sempre igual, se não está variando o andamento, se está num bom volume em relação à caixa e o bumbo. Aí você deve aplicar estes mesmos conceitos para todos os membros. Sempre trabalhe para a perfeição. A ironia nisso tudo está, entretanto, que quanto melhor você fica, mais você perceberá seus erros e haverá sempre algo em que você poderá melhorar. As coisas mais importantes para se concentrar são no "equilíbrio" entre as peças da bateria, na exata localização das notas, no andamento e no groove.

Coordenação e Independência

Nesta aula estaremos colocando em prática nossa coordenação e independência no instrumento.Passarei oito exercícios que todos serão executados da seguinte forma:

1º Executaremos o compasso “a” que será a parte das mãos, onde trabalharemos condução e caixa. 2º Executaremos o compasso “b” que será a parte dos pés, onde trabalharemos bumbo e chimbal.

3º No compasso “c” juntaremos os compassos “a” e “b” fazendo agora mão e pés trabalharem em situações diferentes!!!Muito bom! Agora é só estudar, mas lembre-se: repita várias vezes cada grupo antes do compasso “c”, pois quando fizer o “c” seu corpo estará mais acostumado para executá-lo.Tente também deixar os braços bem relaxados, sem tensão alguma. O grande objetivo deste exercício é você explorar o máximo de sua coordenação e tocá-los de forma relaxada.

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Desenvolvendo a Independência

E aí galera, tudo certo com todos? Venho mais uma vez trazer uma nova lição do nosso instrumento! Aspirantes e estudantes do instrumento possuem um objetivo em comum: tocar. E tocar bem! Pra que isso ocorra existem diversos fatores que contribuem, entre eles está a INDEPENDÊNCIA.A independência foca o trabalho dos 2 pés e das 2 mãos à bateria, de uma forma em que se possa realizar idéias diferentes em cada membro. O que é o "domínio" do instrumento.Eis o exercício:

1) No primeiro compasso, temos a mão direita (ride) em grupos de 4 semicolcheias, com pausa na última. 2) Segundo compasso, o pé do hi-hat realiza toques no contra tempo.

3) Terceiro compasso, bumbo em intenção de 4 semicolcheias. Temos uma pausa de colcheia pontuada (equivalendo às 3 primeiras semicolcheias) e o toque na última semicolcheia do grupo.

4) Quarto compasso, caixa realizando toques com a intenção de 4 semicolcheias, com pausa na segunda. 5) União dos 4 membros.

Dicas:

• Começe com o metrônomo em 60bpm.

• Pratique o primeiro compasso sozinho, e a cada volta và adicionando os outros membros do exercício. • Procure contar os compassos em voz alta.

Trabalhando a Mão Fraca

Os bateristas destros têm problemas com a mão esquerda, enquanto que os bateristas canhotos têm problemas com a mão direita. Sua "mão fraca" pode impedir que você trabalhe com todo o potencial que possui. Muitos bateristas profissionais aconselham a fazermos todas as atividades diárias com a "mão fraca"; como abrir a porta, carregar livros, operar o controle da TV, segurar o copo ao beber algo, etc (apenas tome cuidado com coisas perigosas). Enfim, o que você normalmente faz com uma mão, faça com a outra. Isso ajuda a desenvolver a memória muscular e a sensibilidade da sua "mão fraca". Veremos agora alguns exercícios que você pode fazer num pad. Use sempre o metrônomo, pois além de assegurar um andamento constante, é a melhor maneira de você averiguar seu desenvolvimento.

Combinações em semicolcheias Note que os 4 primeiros exercícios trabalham mais com a mão esquerda, e os 4 últimos trabalham mais com a

mão direita. Assim, independentemente se você é canhoto ou destro, vai desenvolver sua "mão fraca" e manter em forma sua mão mais forte:

Combinações em tercinas Idem ao anterior, porém com três notas para cada tempo:

Nota: Aqui estão os pontos em que você deve se concentrar ao praticar estes exercícios:

1. Permaneça relaxado o tempo todo;

2. Ajuste seu metrônomo num andamento em que você se sinta confortável; 3. Não aumente o andamento até que você possa fazer os exercícios facilmente; 4. Esteja certo de que você está tocando todas as notas no mesmo volume;

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Aquecimento das mãos

Olá! Falarei hoje sobre um tópico muito importante, o aquecimento das mãos. Besteira? Vamos lá então!O aquecimento é a primeira parte da atividade física e tem como objetivo preparar o indivíduo tanto fisiologicamente como psicologicamente para a atividade física. A realização do aquecimento visa obter o estado ideal psíquico e físico, prevenir lesões e criar alterações no organismo para suportar um treinamento, uma competição ou um lazer, onde o mais importante é o aumento da temperatura corporal.O aumento da temperatura corporal resulta nos seguintes benefícios:

• Aumento da taxa metabólica; • Aumento de fluxo sangüíneo local;

• Melhoria da difusão do oxigênio disponível nos músculos; • Aumento da quantidade de oxigênio disponível nos músculos; • Aumento da velocidade de transmissão do impulso nervoso; • Diminuição do tempo de relaxamento muscular após contração; • Aumento da velocidade e da força de contração muscular; • Melhoria na coordenação;

• Aumento da capacidade das articulações à suportar carga.

Alguns destes benefícios reduzem o potencial de lesões, já que possuem a capacidade de aumentar a coordenação neuromuscular, retardar a fadiga e tornar os tecidos menos suscetíveis a danos.Sim, é muito importante o aquecimento ainda mais na bateria, um instrumento onde envolve nossa capacidade física.Vou demonstrar uma seqüência básica que não só eu, como muitos bateristas usam. È um excelente aquecimento que pode ser praticado em um pad ou caixa.

Pratique a primeira manulação e depois a segunda. Tente distribuir nos tambores também com as mesmas!

Introdução aos Rudimentos

Ser bom em alguma coisa (especialmente em Bateria), geralmente não é fácil. Isso pode, às vezes, ser frustrante porque sua cabeça quer tocar coisas que seus músculos não conseguem. É aí que entra a paciência e a dedicação. Às vezes, você precisa repetir exaustivamente um exercício até que ele fique correto. Se você quer ficar bom, tem que PRATICAR!

Postura - você deve gastar algum tempo para ajustar o banco e a caixa numa posição confortável, que permita que você mantenha os braços e

ombros completamente relaxados e a coluna reta. Na hora de comprar seu banquinho, não economize dinheiro. Escolha um modelo que ofereça maiores opções de regulagem. Não use cadeiras! As cadeiras são geralmente muito baixas e não permitem uma posição confortável da coluna (evite lesões e esforços desnecessários!).

Rebote - vamos começar com o conceito de rebote (Rebound Strokes). Se você jogar uma bola de "ping-pong" numa mesa, ela vai completar

uma série de "pulos", até que perca a força. Para sustentar o movimento da bola, temos que golpeá-la novamente. Na bateria, a "pele" do instrumento se encarrega de fazer o rebote (retorno da baqueta). Quanto mais forte você golpear a pele, mais alto será o retorno da baqueta.Vamos fazer uma experiência - mantenha sua mão direita aberta e com os músculos relaxados. Agora faça um movimento para os lados como se estivesse dando "tchau". Faça o mesmo movimento, porém, com a mão fechada. Perceba como o movimento ficou "duro", tenso. Quanto mais tensão você aplicar, mais lentos serão os movimentos e consequentemente as batidas (notas). Permaneça relaxado e use os movimentos dos pulsos e dedos, não dos braços. Estudaremos esses movimentos mais adiante.

Posição correta dos dedos para segurar a baquetaÉ importante uma posição correta dos dedos, pulsos, antebraços e braços ao segurar a

baqueta; para conseguirmos controlar o rebote e aplicarmos os movimentos de upstroke, downstroke e tap, assim como o flam e todos os outros movimentos usados na execução da bateria.

1º passo - segure a baqueta com o polegar e o indicador. Cada modelo de baqueta possui peso e dimensões diferentes. Por isso você deve

descobrir o "ponto de equilíbrio" da baqueta, tocando na caixa e procurando obter o maior número de rebotes possível.

2º passo - agora feche a mão, fazendo com que os três dedos restantes encostem na baqueta sem agarrá-la. Apertar demasiadamente a baqueta

apenas provoca tensão, o que trará dificuldades ao tocar os rulos e notas fantasma.

3º passo - para a mão esquerda simplesmente repita os mesmos conceitos da mão direita.

Agora, coloque a ponta das duas baquetas no centro da pele. Deixe a palma das mãos para baixo. Assim, as baquetas formarão um ângulo de 90°. Lembre-se de deixar os pulsos, braços e ombros totalmente relaxados.Procure tocar todas as notas no centro da pele, isso fará com que as duas mãos "tirem" o mesmo som do instrumento. Note que cada ponto da pele produz um som diferente - quanto mais próximo ao aro, mais fraco é o som.Verifique a "pegada" em vários ângulos:

Pratique o exercício abaixo, chamado de "8 por mão". Nele, você vai isolar 8 batidas para cada mão e poderá se concentrar nos Rebotes. Use um movimento completo do pulso para cada batida, mas lembre-se de deixar a pele do instrumento fazer o retorno da baqueta. Permaneça o mais relaxado possível!D D D D D D D D E E E E E E E E

Exercícios de manulação - faremos agora alguns exercícios para desenvolver uma coordenação entre as mãos. Usaremos D para a mão direita e

E para a mão equerda. O propósito dos exercícios é de manter uma "qualidade de som", isto é, equilíbrio entre as notas, não importando se

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Use um movimento completo do pulso para cada batida (o braço somente se move em reação ao pulso);

Seu braço deve estar paralelo ao chão quando você toca na caixa;

O antebraço e o ombro devem estar relaxados e próximos ao corpo;

A ponta da baqueta deve bater no centro da pele;

Trabalhe para manter uma firmeza de andamento (velocidade).

Manulações:

1. Oito toques com a mão direita e oito toques com a mão esquerda

2. D D D D D D D D E E E E E E E E

3. Quatro toques para cada mão

4. D D D D E E E E D D D D E E E E

5. Dois toques para cada mão

6. D D E E D D E E D D E E D D E E

7. Um toque para cada mão

8. D E D E D E D E D E D E D E D E 9. Combinação de mãos 1 10. D E D D E D E E D E D D E D E E 11. Combinação de mãos 2 12. D E E D E D D E D E E D E D D E 13. Combinação de mãos 3 14. D D E D E E D E D D E D E E D E 15. Combinação de mãos 4

16.

D E D E E D E D D E D E E D E D

Você conseguiu fazer o exercício todo duas vezes sem erro? Meus parabéns. Você prestou atenção nos movimentos dos pulsos e manteve um andamento constante? São em exercícios como estes que devemos desenvolver também a nossa paciência. Lembre-se: se você quer ser um

grande músico, comece agora e exija disciplina de você mesmo!

Rudimentos É extremamente importante que o baterista tenha completo domínio sôbre as duas mãos, não importando se ele é canhoto ou destro.

É o que chamamos de ambidestria. Além disso, do ponto de vista técnico, o estudante deve propor-se a desenvolver uma coordenação e equilíbrio entre as duas mãos; resistência e velocidade. Por isso, torna-se fundamental a prática dos rudimentos. No dicionário, rudimento é descrito como; "Elemento inicial, Princípio, Condição...". Os rudimentos são os primeiros passos e fundamentos da percussão em todo mundo. Você deve começar, aprendendo os rudimentos, desde os primeiros dias que comprar as baquetas. Se você quer realmente dominar a arte da percussão, não importando se você vai tocar caixa numa Banda Militar ou bateria numa Banda de Rock'n'roll, deve praticar os rudimentos! Os Rudimentos são divididos em "famílias":

a família do Paradiddle

a família do Single Stroke (toque simples)

a família do Double Stroke (toque duplo)

a família do Flam

a família do Drag

Estudaremos primeiramente um ou dois exemplos de cada família, aos poucos iremos adicionando as outras variações.

Exercícios de Rebote

Vamos começar relembrando o conceito de rebote. Se você jogar uma bola de tênis no chão, ela vai completar uma série de saltos (rebotes), até que perca a força. Para sustentar estes saltos, você deve aplicar uma nova força sobre a bola. No caso da bateria, a pele do tambor se encarrega de fazer o rebote da baqueta. Lembre-se de controlar a pressão dos dedos sobre a baqueta para "sentir" o rebote. Para tocar o rebote adequadamente, você não deve manter tensão alguma sobre os dedos, pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta. Para andamentos mais lentos, use um movimento completo do pulso. Andamentos mais rápidos requerem movimentos dos dedos.

Estes exercícios são combinações de 3, 6, 9 e 12 toques para cada mão. Pratique primeiro cada um separadamente, depois siga a sequência de 3 a 12 toques sem parar, pelo menos uns 8 compassos. Não comece muito rápido, não trabalhe além do seu limite.

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Estar tenso quando você toca os exercícios de toques alternados é um problema comum. Quando você tocar o segundo compasso deste exercício, tente deixar a mão esquerda tão relaxada quanto no primeiro (idem para mão direita nos compassos 3 e 4).

Neste exercício vamos usar um movimento "longo" para a primeira nota, e então permitir que a baqueta rebata duas vezes, porém devemos controlar esse rebote com o pulso e os dedos.

Este é um exercício que vamos usar para reforçar a técnica do toque duplo, mas vamos fazê-lo aqui também porque ele vai nos ensinar a relaxar o pulso nos andamentos lentos e deixar a pele do tambor fazer o rebote.

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Exercícios de Acentos e Tap

Uma das mais importantes técnicas para percussão e bateria é a habilidade de controlar o rebote natural da baqueta. Quando fazemos os exercícios de acentos e tap, é importante tocarmos os acentos com um movimento completo e aí pressionar levemente a baqueta com os dedos na hora do impacto. Assim podemos controlar o rebote e tocar o tap mais suavemente. Este exercício é usado para a aprendizagem do acento/tap num nível básico. Mantenha a mão relaxada ao tocar os dois taps. No começo, vamos exagerar na altura dos movimentos. Para os acentos, levante a baqueta uns 25 cm pele, e para o tap uns 2 cm. Deste modo ganharemos maior contrôle sobre as baquetas. Assim que você aumentar o andamento, diminua gradativamente a altura dos movimentos. Isto quer dizer que para movimentos rápidos temos uma menor distância entre a pele e as baquetas.

Este exercício é muito simples de se entender e tem grande efeito tanto para bateristas iniciantes quanto para os avançados. Ao mesmo tempo que é fácil memorizá-lo, sua execução é um pouco difícil, porque para fazê-lo rápido, é preciso ter um movimento relaxado da mão logo após o acento.

Este exercício permite uma melhor visualização da altura da baqueta nas notas internas (não acentuadas). Pratique em andamento moderado, prestando atenção nos movimentos.

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Acentuações

Hoje veremos sobre dinâmica: Acentuações.É muito importante saber controlar e aplicar em uma virada ou levada. Saber usar esta ferramenta dá um colorido aplicado na música.O sinal representado para saber quando aplicaremos a acentuação é pelo sinal de maior: >Então quando este símbolo aparecer significa para acentuar e as demais notas tocar em volume normal.Estarei passando doze exercícios aplicados na caixa e você pode treinar de duas maneiras.

1) Ao acentuar bater diretamente na pele mais forte e as demais fraca.

2) Ao acentuar bater usando Rim Shot (encontro do aro com a pele) e as demais fraca.

Independente de qualquer coisa, nunca use para tirar o som normal, sem a acentuação, no canto da pele. Use sempre o meio da caix

Acentuação em Ritmo

Hoje veremos sobre dinâmica novamente, acentuação só que desta vez, aplicada em ritmoEntão veremos como utilizar acentuações no chimbal.Existe um “macete” que pode o ajudar quando for acentuar o chimbal.Quando for aplicar as notas normais aplique com a ponta da baqueta no corpo do chimbal:

Quando for acentuar, aplique com o corpo da baqueta na borda do chimbal, assim você conseguirá obter um som mais forte:

Agora para a próxima aula você irá preparar estes dois exercícios, é claro seguindo as dicas acima. Acentuando sempre na “cabeça” do tempo: Acentuando nos “contra-tempos”:

Bom, na próxima aula aplicaremos estas idéias de acentuações no chimbal com bumbo e caixa!

Olá nesta aula daremos continuidade em acentuações em ritmos.Aplicaremos os ostinatos de chimbal que foi passado na aula anterior, que é a acentuação sempre na cabeça de tempo. Veja:

Agora, vou passar seis aplicações de caixa e bumbo o qual você irá aplicar com o ostinato de de chimbal A, fazendo que se transforme em um ritmo. Vamos lá?

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Aquecendo com o Frevo

O Ritmo pernambucano do Frevo é um excelente exercício de aquecimento, pois engloba em sua estrutura vários fundamentos da técnica baterística, entre eles os toques duplo e simples, acentos e o buzz roll. Logo abaixo você encontra alguns exemplos da utilização do Frevo com esse propósito.

Single Stroke Rudiments (Rudimentos de

Toques Simples/Alternados)

Cada um destes rudimentos usa os toques alternados, que devem ser dominados mesmo que você seja um iniciante ou um "Super Star" de Rock'n'roll. Os rudimentos de toques alternados vão nos ajudar a desenvolver velocidade e destreza entre as duas mãos.

Single Stroke Roll Os rudimentos de toques alternados são fáceis de entender, mas como todo exercício, exige paciência, dedicação e um estudo

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Vamos começar com conceito de que o Single Stroke Roll é um rudimento de REBOTE. Aqui vai um exemplo: se você jogar uma bola de tênis numa pele de caixa (ou de um tambor), ela vai rebater (voltar). Para sustentar um movimento constante da bola (para baixo e para cima), tudo o que temos a fazer é aplicar um novo golpe na bola. A pele se encarrega do retorno (rebote). Se você pegar uma baqueta e "batê-la" na pele, ela também vai fazer o rebote - assumindo que você não usou nenhuma pressão ou tensão para impedir esse rebote. O quanto mais forte você bater na pele, mais alto será o rebote. Para tocar um rudimento de rebote, você não deve produzir tensão alguma nos dedos, pulsos ou antebraços. Use pressão suficiente apenas para segurar a baqueta e tocá-la na pele. No Single Stroke Roll, em andamentos mais lentos, use um movimento completo e relaxado do pulso. O antebraço somente se move em reação ao pulso - usar mais movimentos é perda de energia! Pratique este exercício para reforçar o conceito de rebote. Nele você trabalhará com 8 notas para cada mão e poderá se concentrar nos movimentos.

Este outro exercício ajuda a isolar o rebote de cada mão no Single Stroke Roll. Estar tenso quando tocamos os rudimentos de toques alternados é um problema comum. Quando você tocar o 2º compasso, esteja certo de que a mão esquerda está tão relaxada quanto no 1º compasso (idem para a mão direita nos compassos 3 e 4).

Este exercício é semelhante ao anterior, porém, usando tercinas. Procure prestar atenção aos movimentos e lembrando-se dos conceitos sobre rebote.

Double Strokes

Os Rudimentos de Toque Duplo requerem uma grande coordenação entre os pulsos e dedos para ser executado corretamente. É recomendado aos iniciantes que "gastem" um bom tempo com os exercícios preparatórios antes de ir aos Rudimentos propriamente ditos.É necessário primeiro desenvolver uma batida dupla com um movimento relaxado e constante de cada mão. A prática dos rudimentos de toque duplo é muito importante. Todo baterista deveria passar um bom tempo praticando o Long Roll (também chamado de Double Stroke Roll) para desenvolver os toques duplos. Os Rulos de 5, 7 e 9 têm bastante aplicação em fills e em improvisação, além de fortalecer e desenvolver os músculos dos dedos, pulsos e antebraços.

Correção do Papa-Mama

Quando começamos a estudar o papa mama, é muito comum acentuarmos a primeira nota, o que ocasiona uma desigualdade entre as batidas. Para corrigir isso, vamos praticar um exercício chamado de correção do papa mama. Neste exercício não acentuaremos nenhuma nota, mas o simples fato de termos o chimbal tocando simultaneamente na segunda mão direita, ou na segunda mão esquerda, faz com que a segunda nota tenha uma certa ênfase. Lembre-se de começar o estudo num andamento confortável, onde você possa observar os movimentos que está executando. Use sempre o metrônomo para controlar e "medir" o seu desenvolvimento.

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Long Roll

Este rudimento (chamado também de Double Stroke Roll), é de extrema importância para todo baterista. Ele desenvolve a coordenação e a força dos pulsos e dedos.

Para desenvolver um Rulo com qualidade, é importante desenvolver um toque duplo com movimentos relaxados. Se você entendeu os conceitos relacionados aos rudimentos de batida dupla, vamos aos exercícios. Quando tocá-lo num andamento mais lento, você vai usar 2 movimentos (relaxados) de pulso. Por enquanto não use o rebote, primeiro é importante desenvolver um controle do pulso. Assim que você aumentar o andamento tente controlar as duas batidas com os dedos. Na segunda batida aperte levemente a baqueta para dar um pouco mas de volume do que na primeira.

É interessante praticar esse exercício numa superfície que não provoque o rebote da baqueta, como uma lista de telefones. Isso vai requerer um relaxamento do pulso e atenção aos movimentos. Primeiro pratique cada compasso como um exercício separado. Depois de dominá-los, pratique do começo ao fim sem parar.

Este exercício é similar ao anterior, só que desta vez usaremos 2 grupos de notas duplas (DDEE e EEDD). Mantenha um movimento relaxado e suave das mãos.

Este exercício possui combinações de 3 e 4 grupos de batida dupla (DDEEDD e DDEE DDEE). É importante mencionar que você não acentue a batida simples.

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você combinou todos os exercícios anteriores de batida dupla, é hora de colocarmos todos juntos. Isso requer uma boa concentração e que não haja dúvida em nenhum dos exercícios anteriores. Novamente, pratique cada compasso separado e depois de dominá-los junte todos os exercícios.

Pratique esses exercícios acentuando a segunda batida; fechando a mão e aplicando uma rápida pressão sobre os dedos.

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concentrar na pressão dos dedos sobre as baquetas. Se as baquetas estiverem muito soltas, o rebote sairá bem "aberto" e se as baquetas estiverem muito presas, as notas soarão como um "buzz".

Single Paradiddle

O Single Paradiddle - os primeiros três toques que você vai aprender no Single Paradiddle serão aplicados a todos os rudimentos e técnicas que você vai usar quando tocar um instrumento de percussão. Trabalhe duro para dominar cada conceito. Não "corra" simplesmente através dos exercícios. Vamos manter a cabeça aberta para aprendermos novos conceitos. O Single Paradiddle é uma combinação de três tipos de técnicas: o

downstroke, o upstroke e o tap. Se você conhece o Paradiddle simplesmente como uma combinação de mãos, veremos aqui, alguns conceitos

preparatórios:

Downstroke - toda vez que você bate (toca) num tambor, a baqueta sobe, em reação à força aplicada. Aprender a controlar a pressão da baqueta

antes dela tocar na pele, é um dos aspectos mais importantes para se tocar bateria. Para se tocar o downstroke ou toque acentuado corretamente, você deve apertar levemente a mão na hora do impacto para controlar o rebote natural (sem esmagar a baqueta na pele).Levante a baqueta na altura do ombro mas mantenha o antebraço próximo ao corpo. Agora toque na caixa, apertando um pouco a baqueta na hora do impacto. A baqueta deve parar não mais que 2 centímetros acima da pele. Enquanto você pratica esse exercício, pense em dois movimentos separados: o downstroke e o movimento de levantar a baqueta.

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Nota: segure firmemente a baqueta no momento em que ela toca na pele, mas relaxe imediatamente após o impacto.

Upstroke - o upstroke é responsável pela fluência natural dos braços e pulsos quando tocamos os acentos. Para tocar o upstroke, comece com a

baqueta mais ou menos 2 centímetros acima da pele. Quando você toca uma nota suave, o pulso desce levemente. Continue o movimento do braço e traga a baqueta na altura do ombro, este é o upstroke completo.

Up e Downstroke no paradiddle - vamos agora dar uma "parada" no movimento do upstroke. Esta "parada" se refere ao movimento do pulso

quando toca a nota não acentuada.

É importante que você veja o paradiddle como uma combinação de diferentes movimentos, não apenas como uma combinação de toques simples e duplos. Lembre-se que o downstroke deve ser tocado com um movimento relaxado do braço, parando a baqueta mais ou menos 2 cm acima da pele depois do impacto. Fique o mais relaxado possível no upstroke e toque-o bem suave.

Finalizando o Paradiddle

Finalmente chegamos ao Single Paradiddle completo. Antes de iniciá-lo, esteja certo de que você não tem nenhuma dúvida sôbre os conceitos anteriores (up e downstroke).

Resta agora adicionar os Taps que no caso do paradiddle, são as duas notas "suaves" tocadas com a mesma mão. Para os taps, levante a baqueta uns 2 centímetros da pele, mantendo o pulso livre de qualquer tensão.Assim temos o paradiddle completo:

Rudimentos - Paradiddle

Hoje vou demonstrar uns dos principais rudimentos e de grande importância: o Paradiddle.Vou demonstrar com o auxilio do áudio, pois assim você entenderá como ele irá ficar.Sua seqüência clássica é a seguinte *manulação: DEDD EDEE DEDD EDEE. Veja como ficará:

E iremos acentuar a primeira nota do primeiro tempo que é o D (mão direita) e a primeira nota do segundo tempo E (mão esquerda). Veja abaixo:

Treine as acentuações aplicando bem forte e as notas não acentuadas toque com o volume mais baixo. Assim as notas acentuadas irão se destacar com mais clareza. Pratique na caixa ou em um pad. Seja persistente, pois o resultado se adquire com muito tempo e paciência em cima do estudo. Se você já sabe conhecia a forma do paradiddle aguarde a próxima aula onde iremos aplicar o groove, por isso pratique bem.

Paradiddles

Nessa série de workshops estudaremos o paradiddle e suas variações com diversos ostinatos, aplicações em grooves, frases, “exemplos reais” e um solo para finalizar.Antes de qualquer coisa vou fazer uma pergunta que constantemente ouço dos meus alunos:“Afinal, pra que serve esse tal de paradiddle?”Eu poderia ficar aqui teorizando, falando bonito, citando o inward, outward, reverse paradiddle (na verdade até hoje não sei qual é qual), mas acho que a melhor explicação é partir para a prática!Vejamos um exemplo de frase com o paradiddle:

Agora tente fazer a mesma frase com o rulo simples:

Bom, vamos ao que interessa! Nessa primeira parte do workshop vamos desenvolver técnica e coordenação, estudando o paradiddle e suas variações com diversos ostinatos.

Como estudar:

Comece fazendo o paradiddle e as variações só com a marcação simples.

Quando as manulações estiverem entendidas e treinadas aplique os outros ostinatos.

Para finalizar faça 4 compassos de cada ostinato, emendando no próximo. Paradiddle

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Paradiddle - 1ª variação

Paradiddle - 2ª variação

Paradiddle - 3ª variação

Aplicando Paradiddle

Nesta segunda parte sobre o Paradiddle veremos dez exemplos de aplicação em levadas.Como faremos:

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Perceba acima que a ordem das mãos serão as mesmas do que aplicamos na aula passada: DEDD EDEE.

2. Agora mantendo este ostinato com as mãos em paradiddle aplicaremos várias possibilidades de bumbo como segue abaixo:

Com isso você se soltará quebrando uma barreira grande, pois você estará em trabalho com as mão em repetição de paradiddles e os pés encaixando de várias maneiras.Pratique lento, prestando muita atenção, e mantenha as acentuações originais do paradiddle quando aplicar na caixa e chimbal!

Double Paradiddle

O Double Paradiddle é similar ao Single Paradiddle, adicionado de dois TAPS (ou um acento e um TAP, dependendo de como você tocá-lo). A outra diferença é que o Double Paradiddle possui um "feeling" de três batidas e o Single Paradiddle possui um "feeling" de duas batidas. Antes de começar a estudar esse rudimento você precisa estar apto a tocar o Single Paradiddle e ter dominado as técnicas de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.

Oficialmente, o Double Paradiddle tem apenas um acento, mas você também vai encontrá-lo escrito com dois acentos. É importante você aprender as duas versões porque elas têm uma diferença fundamental na maneira como são tocadas. Vamos começar com a versão de um acento.

Este exercício divide o Double Paradiddle em alguns "passos" para que possamos nos concentrar nos movimentos das mãos. Comece com sua mão levantada, e toque o acento (downstroke), lembrando-se de pressionar a baqueta com os dedos no momento do impacto para anular o rebote natural dela.As notas entre os acentos (chamadas de notas internas) devem ser o mais suaves possível. Quanto menos tensão você aplicar sobre

os músculos, mais rápidos serão seus movimentos. Deixe o acento fluir de uma mão para outra - o UPSTROKE se encarrega dessa fluência. Não

hesite em usar um pequeno movimento do antebraço se ele ajudar na "fluência" dos movimentos, mas lembre-se de manter as batidas internas com um movimento relaxado do pulso.

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Lembre-se de se manter o mais relaxado possível nas notas internas, mas controle o acento com uma leve pressão dos dedos.

Veremos agora, a versão de dois acentos do Double Paradiddle. Às vezes esta é uma maneira mais fácil dos principiante aprenderem o Double Paradiddle porque ela é similar ao Single Paradiddle.

Há uma diferença básica entre tocar o Double Paradiddle com um acento e com dois acentos: toda vez que você toca dois acentos em sequência com a mesma mão, ele se torna um REBOTE. É comum ver bateristas que não conseguem tocar o Double Paradiddle de dois acentos rápido, porque eles estão pensando nos dois acentos como DOWNSTROKE, pressionando a baqueta entre um acento e outro. Neste exemplo, use um REBOTE e um DOWNSTROKE com um TAP suave entre eles. Lembre-se: apenas pressione a baqueta no segundo acento, deixe o volume do acento a cargo da altura da baqueta.

Triple Paradiddle

O Triple Paradiddle também é similar ao Single Paradidle, adicionado de quatro TAPS (ou dois acentos e dois taps, dependendo de como você tocá-lo).

Se você praticou bem o Single Paradiddle é só adicionar os quatro TAPS. Não haverá grande dificuldade, apenas preste atenção para a quantidade de notas que compõe este rudimento.

Oficialmente, o Triple Paradiddle possui apenas um acento, mas você também poderá vê-lo escrito com três acentos. Vamos começar estudando o Triple Pradiddle com três acentos, porque ele é mais fácil de se compreender.

Neste exercício toque 3 acentos com uma mão e os Taps, entre os acentos, com a outra mão. em>Lembre-se que toda vez que você toca dois ou mais acentos com a mesma mão, eles se tornam REBOTES. Depois que você dominar o exercício 1a, adicione um Single Paradiddle no lugar da semínima (1b). lembre-se de manter as notas internas o mais relaxadas possível e deixe o acento fluir de um compasso para outro com o Upstroke.

Quando tocamos o Triple Paradiddle com um acento, devemos nos lembrar que o acento é tocado como um Downstroke - quer dizer que vamos ter que pressionar levemente a baqueta na hora do impacto, para anular a reação natural da pele.

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Neste exercício, ouça cuidadosamente as 3ª, 5ª e 7ª notas para estar certo de que não estão sendo tocadas mais alto(forte) que as 2ª, 4ª e 6ª notas. Essa desigualdade ocorre quando não controlamos o acento (Downstroke) no começo do rudimento. Lembre-se: temos duas alturas da baqueta -

uma para as notas acentuadas e outra para as notas internas.

Paradiddle-diddle

Antes de estudar esse rudimento, esteja certo de que você tenha dominado os conceitos de UPSTROKE, DOWNSTROKE e TAP.

O Paradiddle-diddle começa da mesma maneira que o Single Paradiddle. A diferença é que não vamos usar um UPSTROKE na segunda nota, a segunda nota vai ser um Tap suave seguido de dois REBOTES. Quando um baterista tem problemas ao tocar esse rudimento rápido, é porque ele não mantém as notas internas relaxadas e não toca as batidas duplas como REBOTES. Não estar relaxado quer dizer gastar mais energia que o

necessário!

Sabendo da importância de fazer um movimento relaxado nas notas internas, pratique o exercício abaixo. Lembre-se de pressionar levemente a baqueta na hora do acento, mas relaxe imediatamente nas notas seguintes. Fique atento para não erguer muito a baqueta nas notas internas. Assim

que você aumentar o andamento, permita que os TOQUES DUPLOS se tornem REBOTES DUPLOS. Aplicar pressão demais sobre os dedos faz

com que as batidas internas fiquem desiguais.

Agora, se quisermos desenvolver a velocidade no Paradiddle-diddle, precisamos primeiro ter controle sobre o REBOTE do acento.

O importante conceito desenvolvido através desse exercício é o relaxamento da "pegada" nas notas internas. Quando tocamos um REBOTE DUPLO com a pegada relaxada, REBOTE será mais aberto (mais espaço entre as duas notas). Se a pegada estiver tensa o REBOTE sairá tenso também. Assim que aumentarmos o andamento devemos ter o cuidado de não deixarmos o REBOTE se tornar um "buzz", ao invés de um REBOTE DUPLO. Procure aplicar esse conceito no exercício abaixo. Basicamente o mesmo que o exercício anterior, só que um pouco mais rápido que o primeiro e sem as pausas (2c).

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Paradiddle-groove

O Paradiddle Groove é a combinação do Single Paradiddle com alguns padrões de bumbo. Vamos dividir este estudo em 2 partes. Na primeira, estudaremos alguns ritmos com bumbo em colcheias. Na segunda parte teremos o bumbo em semicolcheias.Se você não conhece o Single Paradiddle, e estude todos os conceitos que envolvem este rudimento. É importante ter um controle total sobre qualquer rudimento antes de aplicá-lo na bateria. Caso você já tenha domínio sobre o Single Paradiddle, veja à seguir as variações que serão aplicadas a ele:

a. as duas mãos no chimbal:

b. mão direita no prato de condução e mão esquerda no chimbal:

c. mão direita no chimbal e mão esquerda na caixa em notas fantasma:

d. mão direita no prato de condução, mão esquerda na caixa em notas fantasma e pé esquerdo no chimbal, na cabeça dos tempos:

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Paradiddle-groove em 7/8

O Paradiddle Groove não é novidade para ninguém, já foi visto e revisto em vários livros e vídeos. Porém, vamos estudá-lo aqui com uma variação na sua fórmula de compasso e, conseqüentemente, na sua manulação.Inicialmente, vamos fazer algumas considerações e alguns exercícios para compreendermos como interpretar um compasso de 7/8. Vamos caminhar passo a passo até chegarmos no Paradiddle Groove em 7/8.Num compasso de 4/4, a semínima é a unidade de tempo. Isso quer dizer que temos:

4 semínimas em cada compasso:

ou 8 colcheias:

ou ainda 16 semicolcheias:

Agora, temos as semicolcheias com as mãos alternadas no chimbal. Isto faz com que a mão direita "saia" do chimbal e se desloque para a caixa nos tempos 2 e 4.

Muito bem. Vamos considerar agora o compasso de 7/8. Aqui a colcheia é a unidade de tempo. Assim, temos: 7 colcheias em cada compasso:

ou 14 semicolcheias:

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Para o chimbal com mãos alternadas temos:

Pratique as variações de bumbo abaixo para se familiarizar com o "feeling" do compasso em 7/8. Mais adiante veremos a aplicação do Paradiddle Groove nesta fórmula de compasso.

Double Strokes e Paradiddle

É a minha primeira coluna no site Batera e espero ajudá-los no desenvolvimento do estudo da bateria, com uma série de exercícios.Para começar, separei 2 exercícios com 2 dos principais e mais utilizados rudimentos conhecidos: O Double Stroke Roll (toque duplo) e o Paradiddle.São exercícios para desenvolvimento do controle das mãos e técnica, que necessitam de pelo menos meia hora diária para um bom desenvolvimento.

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Notem que em cada compasso dos exercícios, os tempos 1, 2 e 3 vêm em grupo de 4 semicolcheias, e o tempo 4 de cada compasso possui uma célula rítmica diferente. Primeiro compasso (tempo 4 = semínima) Segundo compasso (tempo 4 = uma dupla de colcheias) Terceiro compasso (tempo 4 = quiáltera, grupo de 3 colcheias [tercina] ) Quarto compasso (tempo 4 = grupo de 4 semicolcheias) Ostinato de bumbo e hi-hat: Tempos 1 e 3, uma dupla de colcheias com o hi-hat na cabeça do tempo, e o bumbo no contra-tempo. Os tempos 2 e 4 devem ser executados com uma intenção de 4 semicolcheias, com o hi-hat caindo na primeira nota e o bumbo na segunda. Aí vão algumas dicas para a sua prática:

1-Utilizar metrônomo

2-Praticar lentamente (60bpm no início, até uma média de 120bpm) 3-Utilizar o rebote

4-Adquirir segurança ao praticar

5-Praticar com o ostinato de bumbo e hi-hat 6-Criar variações por toda a bateria

Por enquanto ficamos por aqui galera! Espero que todos tenham um bom estudo, e continuem acompanhando os posts de aulas online.

Diddle Warm-Up

Uma maneira de treinar exercícios como esses, é simplesmente toca-los quando você for aquecer. Procure usar um metrônomo e comece bem devagar.Dica: Repita os exercícios 1, 2, 3 e 4 separadamente e depois monte-os como um só, repetindo 4x cada um. À partir daí comece a distribuir os Doubles nos tons e surdos, o efeito é muito bacana.

Flam Rudiments

Vamos dar início ao estudo da família do mais difícil dos rudimentos. Os Flams exigem muita atenção e muita prática. Se você nunca praticou o Flam antes, há alguns conceitos fundamentais que você deve dominar primeiro. São eles: o UP STROKE, o DOWNSTROKE, o TAP e o REBOTE. se você já tem domínio sobre esses conceitos, vamos em frente.

Flam Alternado

O Flam Alternado é a base de todos os rudimentos da família dos Flams. Se você "gastar" um tempo agora desenvolvendo corretamente os fundamentos requeridos no Flam Alternado, todas as outras variações serão mais fáceis, mas se você negligenciar esses conceitos básicos agora, você terá problemas mais tarde com os outros Rudimentos derivados deste.O Flam é composto de 2 notas - a apogiatura (nota pequena) e a nota principal. Exemplo:

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Sempre toque a apogiatura levemente (cerca de 2 cm acima da pele), não importando a velocidade ou volume da nota principal. Vamos começar com um exercício preparatório.

Drag Rudiments

Os Drags vão exigir um ótimo controle sobre o REBOTE DUPLO. Se você desenvolver bem os primeiros exercícios de Drag, não terá problemas com suas variações, pois são bem similares na sua estrutura.

Alternating Ruff (Rufo Alternado)

Rufo Alternado (ou "Drag" como é geralmente chamado) é um rudimento de REBOTE, similar aos RULOS. O Drag é composto de dois rebotes e uma nota principal. Antes de começarmos os estudos deste rudimentos, devemos ter dominado os conceitos dos rudimentos de toque duplo(Roll Rudiments). Ok, vamos lá. Em andamentos mais lentos, as apogiaturas são tocadas como dois rebotes separados. Use um movimento de pulso curto e relaxado. Em andamentos mais rápidos use os dedos para controlar os toques duplos. Exemplo:

A dificuldade do Drag está em fazer o rebote duplo "soar" consistente e uniforme. Este exercício vai ajudar a isolar o Drag na mão direita e depois na esquerda. Às vezes, para efeito de estudo, é interessante exagerarmos na altura da baqueta ao tocar a nota principal. Isto solidifica o conceito de "duas alturas" (apogiaturas movimento baixo e nota principal movimento alto). Outro problema comum é o de tocarmos a nota principal como um rebote. Isso é natural, porque a mão direita "quer" fazer a mesma coisa que a mão esquerda está fazendo e vice-versa.

Uma vez que você tenha dominado o exercício anterior, tente alternar o Drag entre as duas mãos. Lembre-se de fazer as apogiaturas próximas à pele e a nota principal mais alta.

Rudimentos Aplicados na Bateria

Single Stroke Roll, Double Stroke Roll e Single Paradiddle

Os rudimentos são usados em bandas militares e orquestras a cerda de 400 anos, mas isso quer dizer que eles estão fora de moda ou só servem para este fim? De jeito nenhum! Os rudimentos podem ser muito bem incorporados ao seu set de bateria, não importando qual estilo musical você toca. Esta primeira parte, de uma série de 5, vai mostrar como. Costumavam ser 26 os Rudimentos Padrão, de acordo com o NARD (National Association of Rudimental Drummers). O PAS (Percussive Arts Society) agora reconhece 40 rudimentos. (Pegue aqui os 40 rudimentos em PDF). Esta semana, vou dar a vocês algumas idéias de como aplicar, na bateria, três dos rudimentos mais básicos.

Single Stroke Roll

Você pode tocar o Single Stroke Roll básico sem acento na caixa, mas isso não é muito excitante. Tente acentuá-lo e espalhá-lo pela bateria para conseguir um melhor resultado, como nos exemplos abaixo.

Nota: Pratique também começando com a mão esquerda. Instruções: você deve reconhecer o padrão de acentos da peça Wipe Out, dos anos 60. Toque o padrão acima das seguintes formas:

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1. Na caixa ou tambor - a forma menos inspirada:

2. Toque os acentos num tom e as notas não acentuadas na caixa e vice-versa:

3. Toque cada grupo de semicolcheias numa diferente peça da bateria, passando por todo o instrumento: 4. Crie suas próprias maneiras de aplicar o Single na bateria.

Double Stroke Roll

O Double Stroke Roll também pode ser aplicado à bateria toda, como mostramos abaixo.

Nota: Pratique também começando com a mão esquerda. 1. Toque como está escrito, na caixa, tambores ou pratos:

2. Toque todas as mãos direitas na caixa e as esquerdas nos tambores, e vice-versa: 3. Substitua todas as mãos direitas pelo bumbo e aplique as esquerdas na caixa ou tambores: 4. Mesmo que o anterior, porém toque todas as direitas com os pratos e bumbo simultaneamente: 5. Crie suas próprias maneiras de aplicar o Double na bateria.

Single Paradiddle

Você também pode se divertir bastante aplicando o Single Paradiddle na bateria. Aqui vão apenas algumas idéias de como fazer isso.

Nota: Pratique também começando com a mão esquerda. 1.Toque como está escrito, na caixa, tambores ou pratos:

2.Toque todas as direitas na caixa e todas as esquerdas nos tambores: 3.Toque todas as DE e ED na caixa e RR e DD nos tambores:

4.Substitua todas as mãos direitas pelo bumbo e aplique as esquerdas na caixa ou tambores: 5.Mesmo que o anterior, porém toque todas as direitas com os pratos e bumbo simultaneamente: 6.Crie suas próprias maneiras de aplicar o Single Paradiddle na bateria.

Eu sugiro a vocês que experimentem aplicar estes três rudimentos que vimos hoje. Sejam criativos. Durante a prática é a hora de experimentarmos todas as possibilidades e verificarmos o que soa bem e o que soa mal. Aí, se você se lembrar de usar as "coisas boas" e não as "coisas más" na hora da gig, estarão à frente do jogo.

Como eu disse anteriormente, há 26 ou 40 rudimentos, dependendo do padrão em que você se baseia. Este é o primeiro de uma série de artigos que irão mostrar como aplicar muitos destes rudimentos à bateria.

Double Paradiddle, Flam e Flam Tap

Embora seja importante praticar os Rudimentos na caixa ou num Pad, aplicá-los à bateria nos dá mais opções para expandirmos nossa criatividade e descobrirmos alguns ritmos interessantes. Na primeira parte desta série vimos algumas maneiras de adaptar o Single Stroke Roll, Double Stroke Roll, e o Single Paradiddle à bateria. Nesta parte veremos algumas idéias de como aplicar outros três Rudimentos básicos à bateria.

Double Paradiddle

Aqui vão algumas sugestões de como você pode aplicar o Double Paradiddle pelo seu kit todo. Note que a manulação do Double Paradiddle se completa a cada 3 compassos. Para criar um padrão de 4 compassos você deve adicionar mais um grupo de semicolcheias ao padrão.

Nota: Pratique também começando com a mão esquerda. Instruções: toque o padrão acima das seguintes formas: 1. Na caixa ou num tambor, como está escrito;

2. Toque todas as notas acentuadas num tambor e todas as notas não acentuadas na caixa;

3. Toque todas as mãos direitas junto com o bumbo e todas as mãos esquerdas na caixa ou tambores;

4. Toque todas as mãos direitas no prato e bumbo simultaneamente e todas as mãos esquerdas na caixa ou tambores;

5. Toque o primeiro acento da mão direita num tom e o segundo acento (da mão direita) no surdo. Aí toque o próximo acento com a mão esquerda (o terceiro acento) num tom e o próximo acento com a mão esquerda (o quarto acento) no surdo. Repita este mesmo padrão até o final do quarto compasso. Isso resultará num padrão cruzando as baquetas.

6. Crie suas próprias maneiras de aplicar o Double Paradiddle na bateria.

Flam O Flam é obtido pela combinação da apogiatura e da nota principal (semínima, colcheia, etc). Os Flams são sempre nomeados baseando-se

na nota principal. Por exemplo, se a nota principal é executada com a mão direita o Flam será um Flam Direito e se a nota principal é executada com a mão esquerda o Flam será um Flam Esquerdo.

Há dois tipos de Flams: Standard Flams e Flat Flams. Os Standard Flams são obtidos tocando-se uma apogiatura antes (o mais próximo possível) da nota principal, o que produz dois Taps que são tocados bem próximos um do outro. O primeiro Tap é fraco e o segundo é forte. Isso é obtido deixando a baqueta próxima da pele nas notas fracas e, nas notas fortes, levantando a baqueta uns 30 cm. Os Flat Flams, embora não façam parte dos 26 (ou 40) Rudimentos, são largamente usados na bateria. Eles são obtidos tocando-se as duas baquetas no mesmo tempo e com a mesma força em diferentes peças da bateria. Por exemplo, mão direita no surdo e mão esquerda na caixa. Ouça aqui a diferença entre: Standard Flams e

Referências

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