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Capítulo IV DETERMINANTES

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Capítulo IV

DETERMINANTES

Digitally signed by Maria Alzira Pimenta Dinis DN: cn=Maria Alzira Pimenta Dinis,

(2)

Capítulo IV

O conceito de determinante surgiu tendo por objectivo a simplificação do estudo e resolução dos sistemas de equações lineares. Definiremos, de início, determinante de

2ª ordem, depois determinante de 3ª ordem e finalmente, por generalização, determinate de ordem n - ou de n -ésima ordem.

Determinante de 2ª Ordem.

Seja um sistema com duas equações e duas incógnitas ⎩ ⎨ ⎧ = + = + 2 2 22 1 21 1 2 12 1 11 b x a x a b x a x a . x , 1 x são 2

as incógnitas do sistema. a11, a12, a21, a22 são os coeficientes das incógnitas. b1, b2

são os termos independentes, como já sabemos. Os coeficientes das incógnitas podem ser colocados num quadro chamado matriz dos coeficientes do sistema, como vimos:

⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ 22 21 12 11 a a a a

. Supondo que o sistema é possível e determinado, um dos coeficientes,

pelo menos, será diferente de zero. Suponhamos que a11 ≠0 e resolvamos o sistema pelo método da substituição: da primeira equação acima vem

11 2 12 1 1 a x a b x = − .

Substituindo este valor na segunda equação tem-se 22 2 2

11 2 12 1 21 a x b a x a b a − + = , ou seja: a21b1a21a12x2 +a11a22x2 =a11b2 e

(

a11a22a21a12

)

x2 =a11b2a21a12. Assim 12 21 12 11 1 21 2 11 2 a a a a b a b a x − −

= . Substituindo este valor em

11 2 12 1 1 a x a b x = − , obter-se-ia 12 21 22 11 2 12 1 22 1 a a a a b a b a x − −

= . Os valores de x1 e x2 encontrados representam a solução do

sistema dado. Note-se, no entanto, que os denominadores das duas fracções são iguais. Por definição o determinante da matriz inicial é o denominador comum das

duas fracções e é representado pelo símbolo

22 21 12 11 a a a a . Por definição ∆= = 22 21 12 11 a a a a 12 21 22 11a a a a

(3)

2 linhas: 1ª linha: a11, a12 2ª linha: a21, a22 2 colunas: 1ª linha: a11, a21 2ª linha: a12, a22 Diagonal principal: a11, a22 Segunda diagonal: a21, a12

Exemplo – Calcule o valor do determinante 4 3 2 1 − .

( )

2 10 3 4 1× − × − = = ∆ .

Os numeradores das fracções têm a mesma forma que os denominadores, pelo que os podemos, também, considerar como sendo determinantes: O numerador de x1 é o determinante de uma matriz que se obtém substituindo, na matriz inicial, os elementos da sua 2primeira coluna pelos termos independentes do sistema e o numerador de x2

é o determinante de uma matriz que se obtém, substituindo, na matriz inicial, os

elementos da sua segunda coluna pelos termos independentes: ∆ = =

22 2 12 1 1 a b a b 12 2 22 1a b a b − = , 11 2 21 1 2 21 1 11 2 a b a b b a b a − = =

∆ . Estes factos vão-nos permitir entender melhor a Regra de Cramer, explicada mais adiante.

Saliente-se, desde já, que, num determinante, o número de linhas é sempre igual ao

número de colunas. Neste caso esse número é 2, o que significa que o determinante é

de 2ª ordem.

Determinante de 3ª Ordem.

O determinante de 3ª ordem – isto é, o determinante com 3 linhas e 3 colunas – será definido a partir da resolução de um sistema com 3 equações e 3 incógnitas:

(4)

⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = + + = + + = + + 3 3 13 2 32 1 31 2 3 23 2 22 1 21 1 3 13 2 12 1 11 b x a x a x a b x a x a x a b x a x a x a

. A matriz dos coeficientes do sistema é agora

⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a

. Admitamos que o sistema é possível e determinado – neste caso,

pelo menos um dos seus coeficientes, a11 por exemplo, será não nulo – e resolvamo-lo usando, novamente, o método da substituição. Da primeira equação

11 3 13 2 12 1 1 a x a x a b

x = − − obtemos, substituindo este valor nas segunda e terceira

equações: ⎪ ⎪ ⎩ ⎪⎪ ⎨ ⎧ = + + − − = + + − − 3 3 33 2 32 11 3 13 2 12 1 31 2 3 23 2 22 11 3 13 2 12 1 21 b x a x a a x a x a b a b x a x a a x a x a b a

, ou seja, teremos assim a

equação ⎩ ⎨ ⎧ = + + − − = + + − − 3 11 3 33 11 2 32 11 3 13 31 2 12 31 1 31 2 11 3 23 11 2 22 11 3 13 21 2 12 21 1 21 b a x a a x a a x a a x a a b a b a x a a x a a x a a x a a b a e, portanto, tem-se ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ − = − + − − = − + − 1 31 3 11 3 13 31 33 11 2 12 31 32 11 1 21 2 11 3 21 13 23 11 2 21 12 22 11 ) ( ) ( ) ( ) ( b a b a x a a a a x a a a a b a b a x a a a a x a a a a

. Este sistema tem duas

equações e duas incógnitas - x e 2 x - e a sua solução pode ser obtida, conforme já 3

foi referido, a partir de duas fracções:

∆ ∆ = 1 2 x e ∆ ∆ = 2 3 x , sendo ∆ o determinante da matriz dos coeficientes do sistema e ∆ e 1 ∆ os determinantes que se obtêm 2 daquele substituindo, respectivamente, a primeira coluna – para ∆ - e a segunda 1 coluna – para ∆ - pelos termos independentes, isto é: 2 ∆=

13 31 33 11 12 31 32 11 21 13 23 11 21 12 22 11 a a a a a a a a a a a a a a a a − − − − = . 13 31 33 11 1 31 3 11 21 13 23 11 1 21 2 11 1 a b a b a a a a a a a a b a b a − − − − = ∆ . ∆2 = 1 31 3 11 12 31 32 11 1 21 2 11 21 12 22 11 b a b a a a a a b a b a a a a a − − − −

= . Efectuando os cálculos e simplificando os resultados obteríamos: 33 12 21 23 32 11 13 22 31 23 12 31 13 32 21 33 22 11 33 1 21 23 3 11 13 2 31 23 1 31 13 3 21 33 2 11 2 a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a b a a b a a b a a b a a b a x − − − + + − − − + + = e 33 12 21 23 32 11 13 22 31 23 12 31 13 32 21 33 22 11 3 12 21 2 32 11 1 22 31 2 12 31 1 32 21 3 22 11 3 a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a b a a b a a b a a b a a b a a x − − − + + − − − + + = . O valor de x 1

(5)

obter-se-ia substituindo estes dois resultados na expressão 11 3 13 2 12 1 1 a x a x a b x = − − . Teríamos: 33 12 21 23 32 11 13 22 31 23 12 31 13 32 21 33 22 11 33 12 2 23 32 1 13 22 3 23 12 3 13 32 2 33 22 1 1 a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a b a a b a a b a a b a a b a a b x − − − + + − − − + + = . Os

denominadores das três fracções são iguais. Por definição, o determinante da matriz

(

3× é o valor comum desses três denominadores e representa-se, simbolicamente, 3

)

por: 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a

. Trata-se de um determinante com 9 elementos, 3 linhas e 3

colunas. A sua diagonal principal é constituida pelos elementos a , 11 a , 22 a e a 33

segunda diagonal por a , 31 a22, a . Uma regra prática que permite obter o 13

determinante a partir da sua representação simbólica é a Regra de Sarrus que consiste

em repetir as duas primeiras linhas do determinante por baixo deste e obter os produtos dos elementos tomados três a três conforme se ilustra a seguir:

23 22 21 13 12 11 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a a a a a a a

Temos assim detA=a11a22a33+a21a32a13+

33 12 21 23 32 11 13 22 31 23 12 31a a a a a a a a a a a a − − − + .

Exemplo – Calcule o determinante

3 2 1 2 3 4 1 2 1 − − − . Temos então

( )

( ) ( )

( )

( )

2 3 4 1 2 1 1 3 1 2 2 1 1 2 4 3 3 1 3 2 1 2 3 4 1 2 1 − − − × × − − × × − + − × × + − × × = − − −

( )

3 9 8 4 3 4 24 4 2 4 2 2 1× × − × × − =− − − − − + =− − . ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫ ⎪ ⎭ ⎪ ⎬ ⎫

a cada um destes produtos atribui-se o sinal - a cada um destes produtos atribui-se o sinal +

(6)

A regra de Sarrus permite também calcular o determinante de 3ª ordem do seguinte modo: repetem-se as duas primeiras colunas à direita do determinante; os termos positivos do desenvolvimento são o termo principal e os produtos dos elementos dispostos paralelamente à diagonal principal; os termos negativos são o termo secundário e os produtos dos elementos dispostos paralelamente à diagonal secundária

ou segunda diagonal: 32 31 22 21 12 11 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a a a a a a a

. Temos assim detA=a11a22a33+

31 22 13 33 21 12 32 23 11 32 21 13 31 23 12a a a a a a a a a a a a a a a + − − − + .

Exemplo – Calcule o determinante

3 1 3 2 2 5 1 3 2 . Tem-se então: =2×2×3+3×2×3+1×5×1−2×2×1−3×5×3− 1 3 2 5 3 2 3 1 3 2 2 5 1 3 2 20 6 45 4 5 18 12 3 2 1× × = + + − − − =− − .

Repare-se, finalmente, que os numeradores das três fracções atrás indicadas, podem, também, ser considerados como determinantes cujos símbolos são, respectivamente,

33 32 3 23 22 2 13 12 1 1 a a b a a b a a b = ∆ , 33 3 31 23 2 21 13 1 11 2 a b a a b a a b a = ∆ e 3 32 31 2 22 21 1 12 11 3 b a a b a a b a a = ∆ . Regra de Cramer.

A regra de Cramer permite resolver sistemas de equações lineares. O que já sabemos

sobre determinantes vai-nos ajudar a compreender este método. Vejamos então: um sistema de n equações com n variáveis pode ser resolvido pela regra de Cramer. Seja

a cada um destes produtos atribui-se o sinal -

a cada um destes produtos atribui-se o sinal +

(7)

o sistema: n n nn n n n n n n n n n b x a x a x a x a b x a x a x a x a b x a x a x a x a b x a x a x a x a = + + + + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = + + + + = + + + + = + + + + 3 3 2 2 1 1 3 3 3 33 2 32 1 31 2 2 3 23 2 22 1 21 1 1 3 13 2 12 1 11

. Seja A a matriz dos coeficientes:

⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = nn n n n n n n a a a a a a a a a a a a a a a a 3 2 1 3 33 32 31 2 23 22 21 1 13 12 11

A . Seja A1 a matriz que se obtém da matriz A

substituindo os coeficientes da variável x1 pelos termos independentes que figuram

nas equações correspondentes:

⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = nn n n n n n n a a a b a a a b a a a b a a a b 3 2 3 33 32 3 2 23 22 2 1 13 12 1 1 A . Calcula-se o valor de 1 x do seguinte modo: A A det det 1 1=

x . Do mesmo modo calculam-se os valores das

demais variáveis A A det det i i x = .

A regra de Cramer é, pois, a seguinte: Um sistema de Cramer tem uma única solução,

sendo o valor de cada variável dado por uma fracção que tem para denominador o determinante da matriz dos coeficientes, e, para numerador, o determinante da matriz que se obtém a partir da matriz dos coeficientes, substituindo os coeficientes da variável considerada pelos termos independentes que figuram nas equações correspondentes. Para que se tenha um sistema de Cramer, o número de equações tem

que ser igual ao número de incógnitas; o determinante da matriz dos coeficientes do sistema tem que ser diferente de zero – o sistema é assim sempre possível e determinado.

Exemplo – Resolva, aplicando a regra de Cramer, o seguinte sistema

⎪ ⎩ ⎪ ⎨ ⎧ = − + = − + = + + 31 2 7 4 2 4 5 3 53 4 3 2 z y x z y x z y x .

(8)

O determinante de A é:

( )

( )

4 5 3 4 3 2 4 3 4 4 7 3 2 5 2 2 7 4 4 5 3 4 3 2 det − − − × × + × × + − × × = − − = A

( )

4 3 3

( )

2 10 7 2 4 5 4× × − × × − − × × − = − . 30 2 7 31 4 5 2 4 3 53 det 1 = − − = A , det A2 = 50 2 31 4 4 2 3 4 53 2 = − − = , 80 31 7 4 2 5 3 53 3 2

detA3 = = . Por conseguinte: 3 10 30 det det 1 = = = A A x , 5 10 50 det det 2 = = = A A y e 8 10 80 det det 3 = = = A A z .

Generalização do Conceito do Determinante.

Retomemos os seis termos do somatório que define o determinante de 3ª ordem:

33 12 21 23 32 11 13 22 31 23 12 31 13 32 21 33 22 11a a a a a a a a a a a a a a a a a a + + − − − . Verifica-se que,

abstraindoo sinal, todos eles se podem obter do primeiro termo, a11a22a33 - termo

principal – permutando de todas as formas possíveis os primeiros sub-índices,

mantendo inalteráveis os segundos. Procuremos, agora, uma lei que permita obter o sinal de cada um dos termos do somatório. Para isso tomemos a ordem natural dos números – 1, 2, 3 – ordem crescente. Quando, numa permutação, um número maior precede um menor, ocorre uma inversão.

Exemplo – Na permutação 1 2 3 o número de inversões é zero, porque 1<2<3. Na permutação 2 3 1 há duas inversões – assinaladas com setas arqueadas. Na permutação 5 1 3 4 2 há 6 inversões.

Assinalando os 6 termos do somatório inicial, concluimos que:

‰ nos termos cujos primeiros sub-índices formam uma permutação com um número

par de inversões, o sinal é +,

‰ nos termos cujos primeiros sub-índices formam uma permutação com um número

(9)

Sendo assim, obtemos: 9 1º termo - 1 2 3 0 inversões + 9 2º termo - 2 3 1 2 inversões + 9 3º termo - 3 1 2 2 inversões + 9 4º termo - 3 2 1 3 inversões - 9 5º termo - 1 3 2 1 inversão - 9 6º termo - 2 1 3 1 inversão -

Estas mesmas considerações são válidas, como é fácil de perceber, para os dois termos que formam o somatório que define o determinante de 2ª ordem. Deste modo ficamos aptos a generalizar esta lei de formação de termos no caso de determinante de

ordem n . Considere-se a matriz

⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ nn n n n n a a a a a a a a a 2 1 2 22 21 1 12 11

. A esta matriz pode associar-se

um número – determinante da matriz – que é calculado do seguinte modo:

a) Considera-se o produto dos elementos da diagonal principal:

nn

a a

a11, 22,…, - termo principal do determinante.

b) Permutando de todas as maneiras possíveis os sub-índices dos elementos considerados em a) obtemos !n produtos representados, genericamente, por:

n

a a

aα1, β2,…, γ onde

(

α,β,…,γ

)

representa uma permutação dos números

n , , 2 , 1 … .

c) Multiplica-se cada um dos produtos obtidos em b) por

( )

−1 I onde I é o número

de inversões da permutação respectiva. Assim, cada um dos produtos ficará afectado do sinal + ou – conforme o número de inversões for par ou ímpar.

d) O somatório

( )

n I a a aα β γ

−1 1 2… de todos os !n termos assim obtidos é, por

definição, o determinante da matriz

⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ nn n n n n a a a a a a a a a 2 1 2 22 21 1 12 11 , ou seja, determinante

(10)

de ordem n , cujo símbolo é: nn n n n n a a a a a a a a a 2 1 2 22 21 1 12 11 ⋅ ⋅ ⋅ . Teorema de Laplace.

Como calcular um determinante de ordem superior a 3? Uma das formas de o fazer seria usar, directamente, a definição. No entanto, esse não seria um processo cómodo. O método mais usual para o cálculo de um determinante de qualquer ordem baseia-se

no Teorema de Laplace que só será enunciado mais adiante. Entretanto vamos

introduzir os conceitos de menor complementar, ou simplesmente menor, e de cofactor, ou complemento algébrico, de um elemento de um determinante:

) menor complementar, ou menor, de um elemento de um determinante, é o determinante que se obtém daquele suprimindo-lhe a linha e a coluna que se cruzam nesse elemento,

) cofactor, ou complemento algébrico de um elemento de um determinante, é o produto do menor complementar desse elemento por

( )

−1i+k, onde i e k são as ordens da linha e da coluna, respectivamente, que se cruzam nesse elemento. Representemos o menor complementar, ou menor, do elemento aik - elemento da linha i, coluna k - por M e o seu complemento algébrico por ik A . Assim, ik

( )

ik

k i

ik M

A = −1 + × .

Exemplo – Calcule o menor e o cofactor do elemento da 2ª linha e 3ª coluna do

determinante 2 1 4 3 0 0 2 3 1 1 2 3 1 0 5 2 − − − − . 32 30 0 6 0 12 8 2 4 3 0 2 3 1 5 2 23 =− + + − + − =− − − = M . A ou 23 C23 =

( )

−12+3×

(

−32

)

= 32 = .

(11)

Enunciemos, agora, o teorema de Laplace: um determinante é igual à soma dos

produtos que se obtêm multiplicando cada um dos elementos de uma das suas

linhas – ou colunas – pelo respectivo cofactor ou complemento algébrico.

= = + + + = ∆ n k ik ik in in i i i i A a A a A a A a 1 2 2 1 1 ou ∆=a1kA1k +a2kA2k + +ankAnk =

= = n k ik ikA a 1

, conforme o desenvolvimento se faça segundo a linha de ordem i ou a

coluna de ordem k do determinante.

Exemplo – Desenvolver o determinante

1 1 1 2 1 1 0 0 2 1 3 1 4 1 2 1 − − − − − − segundo a) a 3ª linha, b) a 2ª coluna. a)

( )

( )

( )

+ − − − − − × + − − − − × − × + − − − − × − × = ∆ + + + 33 3 3 32 2 3 31 1 3 1 1 2 2 3 1 4 2 1 1 1 1 1 2 2 1 1 4 1 1 1 0 1 1 1 2 1 3 4 1 2 1 0 A A A

( ) ( )

= + +

(

− + − − − −

) (

+ − + + + +

)

= − − − − × − + + 2 1 6 4 1 3 2 2 24 8 4 3 0 0 1 1 2 1 3 1 1 2 1 1 1 34 4 3 A 20 15 35+ =− − = . b)

( )

( )

( )

+ − − − − × − × + − − − × − × + − − − − × − × = ∆ + + + 1 1 2 2 1 1 4 1 1 1 0 1 1 2 1 1 0 4 1 1 1 3 1 1 2 1 1 0 2 1 1 1 2 12 2 2 3 2

( ) ( )

= ×

( ) (

− × + − + − +

)

+ ×

(

− + + − − − − − × − × − + + 2 0 1 3 0 1 4 2 0 1 1 2 1 1 0 2 1 1 4 1 1 1 1 4 2

) ( )(

1 1 4 0 0 2 1

)

2 2 3

( )

6 2 20 0 1 8+ + + − − − + + + + =− × + × − + =− −

(12)

Repare-se que nos dois desenvolvimentos se obteve o mesmo valor para o determinante dado. Esse valor manter-se-ia, como é evidente, para qualquer outro desenvolvimento.

Se quiséssemos ter tido menos trabalho no cálculo do determinante bastaria operarmos sobre o determinante de modo a anular, segundo uma linha ou coluna, todos os elementos excepto um. Nesse caso o determinante de A é igual ao produto desse elemento pelo seu cofactor.

Exemplo - 3 1 2 5 0 0 2 1 4

: Calcule o valor do determinante.

( )

5

( ) (

1 4 2

)

5 2 10 1 2 1 4 1 5 3 1 2 5 0 0 2 1 4 3 2 × = × × = × = − × = + . Matriz Adjunta.

Já anteriormente falamos em matriz adjunta. Vejamos melhor agora em que consiste e em como permite calcular a inversa de uma matriz.

A cada elemento a da matriz quadrada ij A=

( )

aij corresponde um cofactor – ou complemento algébrico - Cij. Pode formar-se a matriz quadrada C=

( )

cij também de ordem n , cujos elementos são os referidos cofactores. A matriz C , transposta de C T

diz-se matriz adjunta de A e representa-se por adj . A

Exemplo – Se ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = 3 5 2 2 2 4 3 1 2 A então

( )

(

6 10

)

4 3 5 2 2 111 11= − × =+ − =− + c , c12 =

( )

(

12 4

)

8 3 2 2 4 11 2× =− − =− − = + ,

( )

(

20 4

)

16 5 2 2 4 113 13 = − × =+ − = + c , c21 =

( )

(

3 15

)

12 3 5 3 1 12 1× =− − = − = + ,

( )

(

6 6

)

0 3 2 3 2 12 2 22 = − × =+ − = + c , c23 =

( )

−12+3×

(13)

(

10 2

)

8 5 2 1 2 − = − − = × ,

( )

(

2 6

)

4 2 2 3 1 131 31= − × =+ − =− + c , =

( )

− + × = 2 4 3 2 13 2 32 c

(

4−12

)

=8 − ,

( )

(

4 4

)

0 2 4 1 2 13 3 33 = − × =+ − = + c . A matriz C é C= ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − = 0 8 4 8 0 12 16 8 4 e a matriz adjunta de A é: ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − = = 0 8 16 8 0 8 . 4 12 4 adjA CT .

Para determinar a matriz adjunta de uma matriz A , pode formar-se primeiro a matriz T

A e a seguir a matriz dos cofactores dessa matriz.

Qualquer que seja a matriz A , de ordem n , tem-se: A

(

adjA

) (

= adjA

)

A=

(

)

(

)

⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ = ⋅ = 1 0 0 0 1 0 0 0 1 det detA I A . Matriz Inversa.

Consideremos a igualdade: A

(

adjA

) (

= adjA

)

A=

(

detA

)

I. Supondo detA≠0, a igualdade anterior pode ser expressa do seguinte modo: ⎟=

⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ A A A adj det 1 I A A A ⎟⎠⋅ = ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ = adj det 1

ou, representando por B a matriz A A adj det 1 , tem-se I A B B

A⋅ = ⋅ = . Toda a matriz B que satisfaça a condição AB=BA=I diz-se

matriz inversa de A e representa-se por A - como vimos já. Então −1

A A A adj det 1 1= ⋅ − .

Exemplo – Seja a matriz

⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = 3 5 2 2 2 4 3 1 2

A . Ache a sua inversa.

(14)

2 2 4 3 1 2 32 12 20 12 4 60 12 3 5 2 2 2 4 3 1 2 3 5 2 2 2 4 3 1 2 det = = + + − − − = ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ =

. Como detA≠0 existe

inversa. Finalmente calculamos a matriz dos cofactores

⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − = 0 8 16 8 0 8 4 12 4 C (ver ex. anterior). Logo ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − = 0 8 16 8 0 8 4 12 4 adjA . Finalmente − = ⋅ = × 32 1 adj det 1 1 A A A ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − = ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − = ⇔ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − − × − 0 4 1 2 1 4 1 0 8 1 8 1 8 3 8 1 32 0 32 8 32 16 32 8 32 0 32 8 32 4 32 12 32 4 0 8 16 8 0 8 4 12 4 1 A .

Pode verificar-se que AA−1 =A−1⋅A=I.

Propriedades Fundamentais dos Determinantes.

1ª. propriedade: O valor de um determinante não se altera quando se trocam, ordenadamente as suas colunas com as suas linhas.

Exemplo – Os determinantes 2 1 3 1 2 4 1 3 1 − − = ∆ e 2 1 1 1 2 3 3 4 1 − − =

∆′ são iguais. Com efeito ∆=−4−4+9+6−1+24=30 e ∆′=−4+9−4+6−1+24=30

Daqui resulta que qualquer propriedade demonstrada relativamente às linhas de um determinante, ficará também demonstrada para a as suas colunas. Quando nos referirmos simultaneamente às linhas ou colunas, chamaremos fila.

(15)

2ª. propriedade: Se uma das filas de um determinante é constituida pelo produto de n elementos, existindo sempre um – e um só – pertencente a uma dada fila. Se esta for constituida, apenas, por elementos nulos, cada um dos termos conterá um factor nulo e daí ser nulo o determinante.

3ª. propriedade: Permutando, entre si, duas filas paralelas de um determinante, o determinante obtido será simétrico do inicial.

Exemplo – Sejam os determinantes

2 1 3 1 2 4 1 3 1 − − = ∆ e 3 1 2 4 2 1 1 3 1 − − = ∆′ . Repare-se que ∆′ se obteve de ∆ permutando entre si a 1ª e a 3ª colunas.

30 24 1 6 9 4 4− + + − + = − = ∆ . ∆′=−6+1−24+4+4−9=−30.

4ª. propriedade: Um determinante com duas filas paralelas iguais é nulo.

Considere-se um determinante com duas filas paralelas iguais. Permutando-se essas filas entre si, por um lado o determinante não se altera – pois as filas são iguais, por outro lado, usando a propriedade anterior, obtém-se um determinante simétrico do inicial. Representando este por ∆ e o outro por ∆′, teríamos, então ∆′=−∆ e

∆ + =

∆′ , o que só será possível se ∆=0.

5ª. propriedade: Quando se multiplicam – ou se dividem – todos os elementos de uma das filas de um determinante por um número k , o determinante tem como valor o produto – ou o quociente – do determinante inicial por k .

Na verdade, quando se multiplicam por k todos os elementos de uma fila de um determinante, como cada termo contém, sempre, um elemento dessa fila, todos eles serão, também, multiplicados por k , o mesmo acontecendo, por conseguinte, ao

somatório que define o determinante.

(16)

e propriedad ª 5 2 1 2 2 2 22 21 1 1 1 12 11 = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ∆ nn ni ni n n n i i n i i a ka a a a a ka a a a a ka a a a 0 e propriedad ª 4 e propriedad ª 6 e propriedad ª 5 2 1 2 2 2 22 21 1 1 1 12 11 = ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = nn ni ni n n n i i n i i a a a a a a a a a a a a a a a k

7ª. propriedade: Se cada elemento de uma fila de um determinante é igual à soma de duas parcelas, ele poder-se-á decompor na soma de dois determinantes que se obtêm daquele substituindo os elementos dessa fila sucessivamente pelas primeiras e pelas segundas parcelas dessas somas, mantendo inalteradas as restantes filas.

Exemplo - f d b e c a f e d c b a 1 4 3 1 2 1 1 4 3 1 2 1 1 4 3 1 2 1 − + − = + + − + pois = + + − + = ∆ f e d c b a 1 4 3 1 2 1

(

+

) (

− +

) (

+ +

)

(

+

) (

− +

) (

+ +

) (

= +

) (

+ +

)

− × =3e f a b 8c d 12 a b c d 2e f 5e f 7 c d 13

(

a+b

)

× . e a c a c e e a c e c a 7 13 5 2 12 8 3 1 4 3 1 2 1 + − = + − − + − = − = ∆′ . ∆ ′′ = d b f f d b d b f f d b 7 13 5 2 12 8 3 1 4 3 1 2 1 + − = + − − + − = − = . ∆′+∆ ′′=5e−13a+7c+

(

+

)

(

+

) (

+ +

)

=∆ = + − +5f 13b 7d 5e f 13a b 7c d .

8ª. propriedade: Um determinante não se altera se aos elementos de uma das suas filas se adicionarem os elementos correspondentes de outra fila paralela multiplicados por um qualquer número k .

(17)

Sejam os determinantes nn nj ni n n n j i n j i a a a a a a a a a a a a a a a 2 1 2 2 2 22 21 1 1 1 12 11 ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ∆ e ∆′= nn ni nj ni n n n i j i n i j i a ka a a a a a ka a a a a a ka a a a a + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ + + = 2 1 2 2 2 2 22 21 1 1 1 1 12 11

. Provemos que ∆′=∆. Aplicando

duas propriedades, vem +

⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ = ∆′ nn nj ni n n n j i n j i a a a a a a a a a a a a a a a 2 1 2 2 2 22 21 1 1 1 12 11 e propriedad ª 7 ∆ = + ∆ = + ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ + + + 0 e propriedad ª 6 2 1 2 2 2 2 22 21 1 1 1 1 12 11 nn ni nj ni n n n i j i n i j i a ka a a a a a ka a a a a a ka a a a a .

Exemplo – Se à segunda linha do determinante

4 1 3 2 1 2 1 3 1 − − adicionarmos a sua

primeira linha multiplicada por

( )

− obtemos o determinante 2

4 1 3 4 7 0 1 3 1 − − = ∆′ igual a ∆. Com efeito ∆′=∆=−17.

Esta propriedade tem muita importância, pois será o uso dela que permitirá simplificar o cálculo dos determinantes principalmente se a sua ordem for superior a 3.

Exemplo – Calcule o determinante

2 2 5 4 3 1 2 3 2 3 1 2 3 4 2 3 − − − .

(18)

Se para resolvermos este problema, aplicássemos, directamente, o Teorema de Laplace, teríamos de calcular, a certo passo da resolução, quatro determinantes de 3ª ordem – seriam os menores complementares dos elementos da fila segundo a qual se faria o desenvolvimento do determinante. No entanto, se, previamente, aplicarmos, por três vezes, a 8ª propriedade como a seguir se indica, o número de determinantes de 3ª ordem a calcular, ficará reduzido a um. Vamos, então, adicionar, aos elementos da:

1ª. coluna, os elementos da 2ª coluna multiplicados por

( )

− 2 2ª. coluna, os elementos da 2ª coluna multiplicados por

( )

− 3 3ª. coluna, os elementos da 2ª coluna multiplicados por

( )

− 2

Deste modo obtemos um novo determinante que, atendendo à 8ª propriedade, não

difere do inicial: 12 13 5 14 7 7 2 7 0 0 1 0 7 2 2 1 − − − − − − −

. Desenvolvendo este determinante segundo

a sua segunda linha temos:

( )

=

− − − − − − = − − − − − − × − × = ∆ + 12 13 14 1 1 1 7 2 1 7 12 13 14 7 7 7 7 2 1 1 1 2 2

( )

4 28 7× − =− = .

Repare-se que foi a partir do elemento pertencente à 2ª linha e 2ª coluna que conseguimos reduzir a zero os outros elementos da 2ª linha. É por isso que esse elemento toma o nome de elemento redutor. É importante notar que o mesmo efeito

seria produzido se adicionássemos, sucessivamente, aos elementos da 1ª, 3ª e 4ª linhas os elementos correspondentes da 2ª linha multiplicados, respectivamente, por

( )

− , 2 2 e

( )

− , ou, ainda, utilizando como redutor o elemento da 3ª linha, 3ª coluna. 5 Finalmente saliente-se a conveniência de escolher, como elemento redutor, aquele que for igual a 1 ou

( )

− . No caso de tal elemento não existir pode proceder-se conforme 1 se indica nos dois exemplos seguintes.

(19)

Exemplo – Calcule o determinante 2 2 3 4 3 2 2 3 3 6 4 3 4 2 3 2 − − − − .

Neste determinante não existe qualquer elemento igual a 1 ou

( )

− . No entanto, ao 1 aplicarmos a 5ª propriedade obtemos

2 1 3 4 3 1 2 3 3 3 4 3 4 1 3 2 2 − − − − × =

∆ surgindo, deste modo,

três elementos que podem ser usados, com vantagem, como redutores. Tomemos o que se encontra envolvido com um círculo e, aplicando a 8ª propriedade, anulemos os restantes elementos da 3ª coluna. Para tal adicionaremos:

à 2ª. linha, a 1ª multiplicada por

( )

− 3 à 3ª. linha, a 1ª multiplicada por 1 à 4ª. linha, a 1ª multiplicada por 1

Assim,

( ) ( )

2 8 16 2 6 6 1 5 5 9 5 3 1 1 2 2 0 6 6 1 0 5 5 9 0 5 3 4 1 3 2 2 1 3 =− × =− − − − × − × − × = − − − − = ∆ + .

Exemplo – Calcule o determinante

2 3 3 4 3 2 2 3 3 6 4 3 4 2 3 2 − − − − .

Neste exemplo não nos podemos aproveitar da particularidade que se verificava no exemplo anterior e que nos permitia aplicar a 5ª propriedade. É fácil, entretanto, obter um elemento que seja igual a 1 ou a

( )

− . Poderemos, para esse efeito, adicionar, por 1 exemplo, à 1ª linha, a 2ª linha multiplicada por

( )

− : 1

2 3 3 4 3 2 2 3 3 6 4 3 1 4 1 1 − − − − − . Obtém-se,

(20)

desta forma, um determinante nas condições do penúltimo exemplo, que poderá ser calculado recorrendo aos métodos já usados: multiplica-se a 1ª coluna por

( )

− e 1 soma-se à 2ª coluna; multiplica-se a 1ª coluna por 4 e soma-se à 3ª coluna;

multiplica-se a 1ª coluna por 1 e soma-se à 4ª coluna. =− × − − − = ∆ 1 2 19 1 4 0 14 1 3 6 6 1 3 0 0 0 1

( )

1 10 10 2 19 1 0 14 1 6 6 1 111 =− × =− − − × − × + .

9ª. propriedade: Se, num determinante, são nulos todos os elementos situados abaixo – ou acima – da diagonal principal, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.

De facto, desenvolvendo o determinante

nn n n n a a a a a a a a a a 0 0 0 0 0 0 3 33 2 23 22 1 13 12 11 ⋅ ⋅ ⋅ ⋅ segundo a 1ª coluna, resulta:

( )

nn n n a a a a a a a 0 0 0 1 33 3 2 23 11 1 1 11× − × +

. Procedendo do mesmo modo para

o determinante obtido, tem-se

( )

nn n a a a a a 0 1 3 33 1 1 22 11× × − × ⋅ ⋅ + . A iteração do

processo conduzir-nos-ia ao resultado ∆=a11×a22×a33× ×ann.

Valores Próprios e Vectores Próprios.

Chama-se vector próprio de uma transformação linear f , representada pela matriz

(21)

Se X≠ , é vector próprio da transformação linear f , representada pela matriz T , o 0

número real λ tal que TXX é denominado valor próprio de f .

A igualdade TXX pode ser verificada por mais de um valor próprio λ. O conjunto de todos os valores próprios de uma transformação linear f é chamado

espectro de f . Os vectores próprios são também denominados vectores característicos, eigenvectores ou autovectores. Por sua vez os valores próprios são

também denominados valores característicos, eigenvalores, autovalores, raízes características ou raízes latentes.

Vamos ver como se determinam os valores próprios e vectores próprios em ℜ3, por exemplo: se X e λ são respectivamente, vector próprio e valor próprio de uma transformação linear representada pela matrix

⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = 33 32 31 23 22 21 13 12 11 a a a a a a a a a T tem-se X

TX=λ ou TX−λX=0. Tendo em vista que X=IX, pode escrever-se

0 IX

TX−λ = ou

(

T−λI

)

X=0. Mas X≠ , logo: 0 T−λI=0 e det

(

T− Iλ

)

=0.

Por sua vez tem-se que:

(

)

=

⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = − 1 0 0 0 1 0 0 0 1 det det 33 32 31 23 22 21 13 12 11 λ λ a a a a a a a a a I T 0 33 32 31 23 22 21 13 12 11 = − − − = λ λ λ a a a a a a a a a

é uma equação do 3º grau em λ. Em virtude de que

toda a equação do 3º grau, admite sempre, pelo menos, uma raíz real – as outras duas

podem ser complexas ou reais, a transformação linear f , em ℜ3, possui pelo menos um valor próprio λ. A substituição de λ pelos seus valores no sistema homogéneo de equações lineares permite determinar os vectores próprios associados. O polinómio

(

T−λI

)

det é denominado polinómio característico da transformação linear f - ou

da matriz T associada. A equação det

(

T− Iλ

)

=0 é denominada equação

característica da transformação linear f ou da matriz T. Os valores próprios da

transformação linear f - ou da matriz T - são as raízes reais da sua equação

(22)

Exemplo – Determinar os valores próprios e vectores próprios da matriz ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − = 2 2 2 5

A . Primeiro, determinaremos os valores próprios:

(

)

(

)

⇔ ⎩ ⎨ ⎧ = − − = + − − ⇔ ⎩ ⎨ ⎧ = − = + − ⇔ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − = 0 2 2 0 2 5 2 2 2 5 2 2 2 5 2 1 2 1 2 2 1 1 2 1 2 1 2 1 x x x x x x x x x x x x x x λ λ λ λ λ AX

(

AI

)

X=0 ⇔ λ .

(

)

= ⇔

(

− −

)(

− −

)

− = − − − − ⇔ = − 0 5 2 4 2 2 2 5 0 det λ λ λ λ λI A 0 6 7 2+ + = =λ λ . = − ± − × × = − ± = − ± ⇔ =−1∨ 2 5 7 2 25 7 2 6 1 4 49 7 1 λ λ 6 2 =−

∨λ . Assim λ1 =−1 e λ2 =−6 são os valores próprios da matriz A. Determinemos os vectores próprios associados aos valores próprios encontrados:

Sabemos que

(

A−λI

)

X=0, isto é: ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − − − 0 0 2 2 2 5 2 1 x x λ λ . Como 1 1 =− λ , teremos

( )

( )

⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − − − − − 0 0 1 2 2 2 1 5 2 1 x x ou ⎟⎟⇔ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − 0 0 1 2 2 4 2 1 x x

(

)

⎨⎧ =∀ − = ⇔ ⎩ ⎨ ⎧ = + − − = ⇔ ⎩ ⎨ ⎧ = − = + − ⇔ 2 2 1 2 2 2 1 2 1 2 1 2 0 4 2 2 2 0 2 0 2 4 x x x x x x x x x x x ou ⎪⎩ ⎪ ⎨ ⎧ ∀ = − = − = 1 1 1 2 2 1 2 x x x x . Então

( )

⎭ ⎬ ⎫ ⎩ ⎨ ⎧ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − = − 2 1 , 1 6 x1 E ou E

( )

−6 =

{

x2

(

−2,1

)

}

. E

( )

−6 é o subespaço próprio associado a λ2 =−6 e os vectores próprios associados são todos os vectores do tipo

⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛ − 2 1 , 1 1 x com x1 ≠0 ou x2

(

−2,1

)

com x2 ≠0.

Neste caso os dois subespaços próprios têm dimensão 1 – são definidos à custa de um vector. Um único vector gera o espaço.

A matriz dos vectores próprios é dada por ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − 2 1 2 1 1 ou ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ 1 1 2 2 1 .

Diagonalização de Uma Matriz Quadrada.

(23)

D = ⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ ⋅ ⋅ ⋅ n λ λ λ 0 0 0 0 0 0 2 1

, em que λ12,…,λn são os valores próprios da matriz

inicial. Esta matriz pode ser obtida a partir da fórmula D=X−1AX em que X

representa a matriz dos vectores próprios – na forma de colunas.

Exemplo – Diagonalize a matriz ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − = 2 2 2 5 A .

Já vimos que λ1 =−1 e λ2 =−6, do exemplo anterior. ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = 1 1 2 2 1 X . Calculemos → ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − → ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − → ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − → ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ = − 5 1 5 2 1 0 0 2 4 1 1 2 5 0 0 2 4 1 1 0 1 1 0 2 4 1 1 0 1 1 0 1 2 2 1 1 X ⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − 5 1 5 2 1 0 5 4 5 2 0 1 Assim ⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − = − 5 1 5 2 5 4 5 2 1 X . Então ⎟⎟× ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − ⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − = 2 2 2 5 5 1 5 2 5 4 5 2 D ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ = ⎟⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎝ ⎛ − − = ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ × ⎟⎟ ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜⎜ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ − − − = ⎟ ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎜ ⎝ ⎛ × 2 1 0 0 6 0 0 1 1 1 2 2 1 5 6 5 12 5 4 5 2 1 1 2 2 1 λ λ .

Uma matriz só é diagonalizável se a dimensão de cada subespaço próprio associado ao valor próprio é igual à ordem de multiplicidade – única, dupla, etc – do valor próprio correspondente.

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