Carlos Bertazzi
www.rh4youconsultoria.wordpress.com
Palestra Gratuita
O comportamento do mercado entre Outubro/15 e Março/16
Indicadores da Economia
Indicadores da Fiesp
O problema da qualificação de mão de obra
Setores mais e menos afetados
Profissões em alta
Projeções até o final de 2016
http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/03/pib-do-brasil-cai-38-em-2015.html
Sem saída, 191 mil
empresas fecharam as portas no país em
2015.
Turbulência na
economia leva mais firmas a encerrar atividades, frente ao ritmo de novos
negócios.
Neste ano, 191 mil deixaram de funcionar, ante as 232 mil que foram abertas
Fonte: FIESP
Fonte: FIESP
Fonte: FIESP
PNAD: Taxa de desocupação aumenta novamente
Na manhã de hoje (24/03), o IBGE divulgou os resultados da PNAD Contínua.
A taxa de desocupação do Brasil no trimestre findo em janeiro chegou a 9,5%, superando tanto o trimestre imediatamente anterior (9,0%) quanto a taxa verificada no mesmo trimestre do ano anterior (6,8%).
Esse resultado representa o maior índice da série iniciada em 2012. Na série
dessazonalizada pelo Depecon/FIESP a taxa subiu de 9,7% para 10,0%.
492 mil pessoas deixam de receber o seguro a cada mês. Até Junho, serão quase 2,5 milhões. Quadro recessivo é alimentado pelo crescente índice de desemprego e fechamento de empresas.
Especialistas da área econômica indicam que o alto índice de desemprego vai durar até o fim de 2016, chegando a mais de 11,0 %.
Pode faltar dinheiro para pagar o seguro desemprego.
Renda cai 7,5% em um ano
Desempregados em SP chega a 2 milhões
Desempregados no Brasil chegam a 10,2 milhões
Salvador: de 11,8% para 12,6%; Recife: de 10,5% para 10,4%; São Paulo: de 8,1% para 9,3%;
Belo Horizonte: de 6,9% para 7,2%; Porto Alegre: de 5,9% para 6,4%; Rio de Janeiro: de 5,1% para 5,2%.
Dados de Fev/2016 – Uol Economia
Fonte: EXAME
Desemprego de 20% dos jovens será um problema por 40 anos
Economistas dizem que pessoas que enfrentam dificuldades atuais para entrar no mercado tendem a ser consideradas defasadas no futuro. Mais sensíveis aos efeitos dos ciclos econômicos no emprego, os jovens sentem o golpe da recessão no mercado de trabalho.
Dados do IBGE apontam que a taxa de desemprego entre pessoas de 18 a 24 anos atingiu 19,4% no fim de 2015, enquanto a média nacional ficou em 9%.
Fonte: IBGE
Razões, impactos e o problema da qualificação de mão de obra
Pessoas com menos experiência e menor tempo nas empresas costumam ser os primeiros demitidos quando cortes são necessários.
Quanto maior a crise, mais jovens precisam sair em busca de trabalho.
Com a economia aquecida, os jovens estudam mais. Na crise, precisam deixar universidades e cursos técnicos de lado ou, pelo menos, tentar conciliar trabalho com estudo.
Nos últimos anos os jovens postergaram a entrada no mercado de trabalho para agregar anos de estudo. Com a queda na renda real, as famílias pressionam para que os jovens parem de estudar ou
concomitantemente comecem a procurar emprego.
No quarto trimestre de 2015 o rendimento médio real recuou 2% na comparação com igual período de 2014 e a massa salarial caiu 2,4% na mesma base de comparação, no maior recuo da série histórica, segundo dados da Pnad Contínua.
Os jovens que estão entrando no mercado de trabalho estão deixando de estudar, quer estejam abandonando ou deixando de dedicar exclusivamente.
Em qualquer uma das situações, isso reduz nível de educação, o que significará menor produtividade e menor crescimento potencial
Razões, impactos e o problema da qualificação de mão de obra
É comum que o primeiro emprego dos jovens esteja ligado aos setores de comércio e serviços, justamente aqueles em que a recessão começa a ter maior impacto a partir deste ano.
Dessa forma, a perspectiva é de piora no índice de desemprego nessa faixa etária em 2016.
Em 2015 a maior parte das demissões aconteceu na indústria, que demitiu 600 mil pessoas. O comércio e os serviços demitiram 250 mil cada um. O jovem tem maior inserção no comércio e nos serviços e a
demissão nesses setores ainda não chegou ao fundo do poço.
Jovens que tem entre 18 e 24 anos podem sofrer, porque os danos dos impactos da crise devem se estender por toda a vida profissional desses jovens, um período que pode durar até mais de 40 anos.
Se economia voltar a crescer e a oferta de empregos aumentar, quem enfrenta as dificuldades atuais para entrar no mercado de trabalho tende a ser considerado defasado para as vagas futuras e ficar em
desvantagem na disputa por um posto de trabalho.
Apesar do rótulo de mão de obra de baixo custo, o trabalhador inexperiente exige investimento em
treinamentos por cerca de um ano por parte das empresas, o que diminui o interesse do empregador pelos jovens atualmente.
O jovem não devolve nada para a empresa no primeiro ano e isso dificulta na hora da contratação”.
A falta de experiência deve pesar ainda mais para quem não conseguiu uma colocação neste período de recessão.
Quem se formar em 2018, 2019 em diante possivelmente terá menos dificuldades.
Alguns [jovens que estão desempregados hoje] vão se recolocar, mas a oferta de gente será muito maior que a demanda por um bom tempo.”
A população que tem hoje entre 18 e 24 anos terá um “buraco em sua experiência profissional” que dificultará sua inserção no mercado de trabalho quando a economia melhorar.
A base da educação formal no currículo do brasileiro mostra a contínua fraqueza de formação. A qualidade da educação desde o ensino fundamental, passando pelo ensino médio (onde se forma os valores das pessoas), fica muito a desejar.
O índice de desistência no ensino médio ainda é grande. Os que conseguem chegar ao ensino superior:
Nas instituições públicas, o ritmo de aprendizado é prejudicado pelas constantes greves e falta de recursos Nas instituições privadas, a baixa qualidade de ensino ofertada, ilude os estudantes e frustra a sua entrada no mercado de trabalho.
As empresas não tem aumentado recursos para treinar e desenvolver tecnicamente seus colaboradores. A maior incidência reside em cargos com baixa qualificação exigida e cargos técnicos.
A qualificação de cargos em nível superior, especialistas e executivos, na grande maioria é bancada pelo próprio profissional. (Especialização, MBA, etc)
Razões, impactos e o problema da qualificação de mão de obra
Brasil fica em 78º lugar em ranking de qualificação de mão de obra
Entre os vizinhos da América Latina, país está em 15ª posição, com resultados piores do que Paraguai e Bolívia.
Setores mais e menos afetados
Mais Afetados
Menos Afetados
Indústria – quase todos os setores Tecnologia
Turismo
Saúde
Construção Civil
Financeiro
Imobiliário
Seguros
Engenharia
Agronegócio
Comércio
Alguns Setores de Vendas
Química Industrial
Farmacêutica
Serviços –
Menos Manutenção
Cosmética
Profissões em Alta
Áreas de Atuação
Ranking
Tecnologia Informação
1º
Mercado Financeiro
2º
Agronegócio
3º
Farmacêutico
4º
Recursos Humanos
5º
Biotecnologia
6º
Marketing Digital
7º
Ciência de Dados ( ** )
8º
Saúde ( * )
9º
Empreendedorismo
10º
(*) Abaixo de Médico (**) já é um sucessonos Estados Unidos e alguns países da
Projeção até o final de 2016 – Fonte Focus e FMI
Impeachment encaminhado para o Senado
Na prática, quanto tempo mais até uma reação que dê segurança aos empresários para aquecer o
Mercado ?
Só em 2017 – final do primeiro trimestre Inflação recua devagar, mas acima do teto da meta
Selic fica em 13,38% e 12,25% em 2017.
Retração do PIB em 3,77% em 2016 e leve alta de 0,3% em 2017
Dólar “controlado” deve flutuar em torno de R$ 3,80 em 2016 (depende dos rumos políticos) Reação leve do mercado de trabalho começando pela Construção Civil
Baixas qualificações demandadas pelo mercado, poderão “ressuscitar” a procura pelos
profissionais acima de 50 anos (mais experiência – menor salário)
Projeção até o final de 2016 – Fonte Focus e FMI – G1
http://g1.globo.com/bom-dia- brasil/noticia/2016/03/desemprego- aumenta-no-brasil-e-projecoes-para-2016-nao-sao-boas.html
O desemprego está aumentando mês a mês e as previsões para este ano não são boas. O Brasil está na contramão do mercado de trabalho no mundo.
O último dado mais completo do IBGE, que acompanha as contratações em mais de 3 mil municípios, mostrou que o
desemprego chegou aos 9%. E há projeções de que 2016
feche com 11%.
A OIT prevê:
Desemprego médio na América Latina deve fechar o ano perto dos 6,7%.
Nos Estados Unidos, 4,9%. Na Alemanha, taxa de 4,6%; Reino Unido com 5,4%.
Projeção até o final de 2016 – Fonte Focus e FMI – G1
O grande desafio
Pesquisa McKinsey Global Institute aponta: até 2020
Mercado global vai precisar de pelo menos 45 milhões de pessoas com grau de instrução médio De 38 a 40 milhões de pessoas com alto grau de instrução.
Daqui a oito anos, entre 90 e 95 milhões de pessoas serão inúteis para o mercado de trabalho, o equivalente a 2,6% de toda a mão de obra mundial.
Alerta : o crescimento da mão de obra sem qualificação mais alto do que a demanda pode intensificar a desigualdade social e aumentar as tensões entre as classes econômicas.
Segundo o estudo, a polarização da renda entre pessoas com pouca e muita qualificação poderá aumentar ainda mais, retardando o avanço da sociedade. Uma das causas pelo aumento deste tipo da mão de obra, é a política de alguns governos. Para combater o desemprego seria necessário dobrar ou até triplicar a taxa de formação de profissionais em colégios, faculdades e cursos profissionalizantes.
O mercado de trabalho está competitivo e exigente. Profissionais capacitados conseguem destacar-se
na área de trabalho. A formação do profissional deve ser cada vez mais sólida, com cursos que vão além do nível superior. Uma pós-graduação, por exemplo, oferece diversos benefícios à carreira do profissional, agrega conhecimento, possibilita crescimento na carreira e colabora com a progressão salarial.