FUNDADO EM 1995 - João Monlevade - Minas Gerais Ano XXVII - Edição nº 543 - 5 a 11 de março de 2021
Rompimentos de
Barragens da Vale
pode deixar João
Monlevade sem água
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Casa de Cultura: mais de 50%
da verba de 2020 foi para
pagar salário da diretora
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Toninho Eletricista
gastou R$ 8.075,00
com diárias
Gilson Elói PÁGINA 5 Ex-vereador, Toninho Eletricista foi o represen-tante que mais gastou com diárias de viagem entre os anos de 2017 a 2020O trânsito vai mudar: Settran finaliza
preparativos para alterações
João Monlevade
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Famílias pagam pelo direito
de campas no Cemitério do
Baú e ainda são cobrados por
três sepultamentos de entes
queridos no local
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O Celeste
CNPJ: 03.266.114/0001-76
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Diagramação: alGi Comunicação Visual
Circulação: João Monlevade, Bela Vista, Rio Piracicaba, São D. do Prata e São Gonçalo do Rio Abaixo Tiragem: 3.500 exemplares
OBS: Os artigos publicados e assinados são de total responsabilidade de seus autores.
Disse Jesus:
Eu Sou o Único Caminho, ninguém chega ao Pai, não ser por MIM.
Deem graças ao Senhor porque ele é bom; o seu amor dura para sempre. Que Israel diga: "O seu amor dura para sempre!" Os sacerdotes digam: "O seu amor dura para sempre!" Os que temem o Senhor digam: "O seu amor dura para sempre!" Na minha angústia clamei ao Senhor; e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade.
O Senhor está comigo, não temerei. O que me podem fazer os homens? O Senhor está comigo; ele é o meu ajudador. Verei a derrota dos meus inimigos. É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar nos homens.
É melhor buscar refúgio no Senhor do que confiar em príncipes.
Todas as nações me cercaram, mas em nome do Senhor eu as derrotei. Cercaram-me por todos os lados, mas em nome do Senhor eu as derrotei. Cercaram-me como um enxame de abelhas, mas logo se extinguiram como espinheiros em chamas. Em nome do Senhor eu as derrotei! Empurraram-me para forçar a minha queda, mas o Senhor me ajudou.
O Senhor é a minha força e o meu cântico; ele é a minha salvação.
Alegres brados de vitória ressoam nas tendas dos justos: "A mão direita do Senhor age com poder! A mão direita do Senhor é exaltada! A mão direita do Senhor age com poder!"
Não morrerei; mas vivo ficarei para anunciar os feitos do Senhor.
O Senhor me castigou com severidade,mas não me entregou à morte. Abram as portas da justiça para mim, pois quero entrar para dar graças ao Senhor. Esta é a porta do Senhor, pela qual entram os justos.
Dou-te graças, porque me respondeste e foste a minha salvação. A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.
Isso vem do Senhor, e é algo maravilhoso para nós. Este é o dia em que o Senhor agiu; alegremo-nos e exultemos neste dia. Salva-nos, Senhor! Nós imploramos. Faze-nos prosperar, Senhor! Nós suplicamos.
Bendito é o que vem em nome do Senhor. Da casa do Senhor nós os abençoamos.
O Senhor é Deus, e ele fez resplandecer sobre nós a sua luz. Juntem-se ao cortejo festivo, levando ramos até as pontas do altar. Tu és o meu Deus; graças te darei!
Ó meu Deus, eu te exaltarei!
Deem graças ao Senhor, porque ele é bom; o seu amor dura para sempre.
Salmo 118
Covid: fechar o comércio
não é a solução
Os casos de pessoas contaminadas pela coronavírus em João Monle-vade assustam, mesmo com a doença ativa, o cenário na cidade é de pura diversão. Parte da população esqueceu as regras de higiene, de uso de máscaras. As aglomerações de finais de semana são enormes, como se não existisse pandemia. Então, isso se traduz em aumento do contágio. Tudo foi planejado para que haja liberação das atividades econômicas, que isso precisa acontecer, mas tomando os devidos cuidados. Não significa que porque se liberou as atividades, que está tudo liberado e não precisa mais se seguir regras. A curva de crescimento de casos ativos traz uma preocu-pação em relação aos serviços de saúde, embora não haja indícios do es-gotamento de leitos. Em João Monlevade, principalmente na região do Cruzeiro Celeste, bares e até alguns restaurantes parecem levar o caso sério como brincadeira, comércio cheio de clientes, mesas com várias pessoas e sem máscaras. Proprietários dos empreendimentos esqueceram dos riscos que correm e famílias e de contribuições para que doença se alastrar pela cidade. Tudo, devido a falta de responsabilidade. Sem fiscalizações para combater aglomerações e o descumprimento de outras regras determinadas pelo poder público, nada dá certo. No bairro Sion, região do Cruzeiro Ce-leste, e alguns comércios na Avenida Castelo Branco, os mesmos erros. Recentemente, visitando um supermercado no centro de Carneirinhos, pres-enciamos metade dos caixas de atendimentos fechados e uma fila enorme de pessoas para serem atendidas. O que adiantou diminuir os atendimen-tos? Até o momento, somente o CDL tem se manifestado sobre o assunto, onde estão as demais instituições? A prefeitura precisa disponibilizar fiscais nas ruas e multar se preciso. Antes do fechamento da edição, fomos infor-mados que o município poderia ser fechado. Mas seria essa a solução correta ou penalizar quem anda descumprindo as regras?
Dormindo na Rua
Uma realidade vivida no município que precisa ser tratado com mais seriedade pela Secretária do Trabalho Social.
Fotos: Gilson Elói
Avenida Alberto Lima no bairro Sion
Ponto de ônibus do trevo no bairro Cruzeiro Celeste
3
CIDADE
5 a 11 de março de 2021Casa de Cultura: mais de 50% da verba de
2020 foi para pagar salário da diretora
A Secretaria de Es-portes usou 1/3 da verba para pagar salário e mais de R$600 mil para reformas que 'ninguém viu'
Na sexta-feira, 26 de fe-vereiro, foi realizada na Câmara Municipal de João Monlevade audiência pública para prestação de contas referente ao último quadrimestre de 2020, ou seja, referente aos últimos quatro meses da Adminis-tração de Simone Morei-ra. Alguns números apre-sentados mostram o tão
Investimento por setor
No 3º quadrimestre de 2020, foram investidos R$44.030.667,76 na Saúde, o que equivale a um percentual de 32,05%. O valor mínimo legal a ser aplicado pelo município é de 15%. Durante o ano, a saúde totalizou R$82.837.426,19 em despesas liquidadas. A segunda área que recebeu mais investimentos foi a Educação, com um total de R$48.388.590,28. Já o Departamento de Águas e Esgoto (DAE), alvo de reclamações e queixas da população, fechou o ano com uma despesa de R$24.940.332,53.
Cultura teve mais gastos com folha de
pagamento do que com investimentos
Conforme relatório disponibilizado a todos que acompanharam audiência, R$285.899,00 foram repassados à Fundação Casa de Cultura de João Monle-vade, entre janeiro a dezembro de 2020. Mas o que chama a atenção é que desse montante, R$ 136.500,00, mais os encargos, foram para a folha de pag-amento de uma única servidora, que geria a Casa de Cultura. Na prática, 52% do valor destinado para a Fundação foi para pagamento da servidora.
Ainda sobre a Casa de Cultura, R$ 92.000,00 mil reais foram para pagar os professores que trabalhavam na instituição. O restante, R$ 56.000,00 mil reais, foram usados para pagamento de contas como água, luz, telefone, software e a empresa contratada para apurar ICMS cultural, entre outros. Chama a atenção que outras cidades da região, mesmo com a pandemia, investiram na cultura, ajudando e valorizando seus artistas. Outras prefeituras investiram até em lives com os cantores locais, pagando suas apresentações. Em João Monle-vade não houve nada disso.
Esporte: reformas que ninguém viu
Outro setor que gerou despesas e quase nenhum retorno para a popu-lação é o do Esporte. Os repasses para a Secretaria de Esportes foram de R$ 1.244.958,00. Um terço deste valor, ou seja, R$ 417.000,00, foram para quitar a folha de pagamento e R$ 207.000,00 foram para a Liga Monlevade de Futebol (LMF).
Ainda sobre a Secretaria de Esporte, R$ 600.000,00 foram destinados para obras de reforma e construção de quadras. Os espaços de lazer pouco são utilizados e em determinados locais se questiona o alto valor da reforma e a pouca obra feita. Por fim, R$ 20 mil que sobraram foram para compra de material de consumo e premiação. Fica o questionamento: que premiação obteve durante a pandemia?
pouco que foram investi-dos em áreas importantes para a cidade, como a Cul-tura e o Esporte. O Celeste acompanhou a apresen-tação e traz detalhes ao nosso leitor. Algumas in-formações foram forneci-das com exclusividade à nossa reportagem.
Os dados foram apre-sentados pelo contador do município, Adilson Ar-lindo Carlos. A audiência é determinada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e foi coordenada
pela Comissão de Fi-nanças e Orçamento da Câmara. Esta comissão é presidida atualmente pelo vereador Belmar Diniz (PT). Sore os números, foi apresentado que em 2020, a Prefeitura Municipal fechou o ano com R$20.544.769,53. Deste to-tal, R$12.380.461,75 são de recursos vinculados, ou seja, que possuem desti-nação própria. O restante, R$8.164.307,78, equivalem a recursos próprios, cuja aplicação é livre. Assim,
percebe-se que a cidade ficou com caixa positivo e apesar dos prejuízos causados pela COVID-19, o município arrecadou R$249.882.471,64 em 2020. Ainda sobre o
coro-navírus, o Governo Federal repassou R$12.832.978,27 para a Prefeitura investir no combate à pandemia. Des-sa quantia, cerca de R$6 mil-hões foram destinados ao Hospital Margarida e o
res-tante utilizado pelo municí-pio. A Prefeitura justificou que utilizou o dinheiro para aquisição de equipamentos e materiais como máscaras de proteção, luvas, álcool em gel, testes e outros utensílios.
Fotos: Divulgação
Casa de Cultura teve mais gastos com folha de pagamento do que cultura para a população
O município de João Monlevade, pelo que se sabe, entre janeiro e dezembro de 2020 não houve nenhum tipo de atividade para tanto investimento destinado ao setor de esporte
Ex-chefe do Settran segue sendo
favorecido com asfalto e sinalização
O que foi feito em fa-vor de um deveria valer para todos. Essa é a máx-ima do serviço público. Mas as benfeitorias real-izadas em frente a um pré-dio onde o ex-chefe do setor de trânsito de João Monlevade reside con-tinua revoltando a vizin-hança. O prédio fica na rua Lavras, no bairro de Lourdes.
Como publicado pelo O Celeste, edição 541, fe-vereiro de 2021, o ex-chefe trabalhou com a ex-prefei-ta Simone Moreira. Ele teria aproveitado a opor-tunidade, ou seja, o fato de estar no Poder, para asfaltar somente um pedaço da rua Lavras. Esse pedaço é justamente até a porta da garagem do prédio onde ele mora.
O ex-servidor ainda colocou placas de
proibi-do estacionar proibi-do outro lado da rua, impossibilitan-do a vizinhança de deixar os carros parados no lo-cal. No mais, os meios fios foram pintados da cor amarelo do outro lado, onde a sinalização
encon-tra-se. Por fim, sinalizou a parte onde uma lixeira se encontra em frente à garagem do prédio.
Ninguém entendeu a atitude do ex-chefe, já que o espaço para entrar e sair do local onde reside é
su-ficiente para qualquer um transitar. Os moradores solicitam ao engenheiro de trânsito, José Jaime de Figueiredo, a regulariza-ção do trânsito. Na opin-ião deles, o ex-chefe não é o dono da rua.
Fotos: Gilson Elói
Abusos e irregularidades na rua Lavras continuam, moradores aguardam alterações da nova Administração do Settran
Alguns dias, O Celeste circulou com uma matéria citando que computadores da Prefeitura e da Câmara Municipal, tiveram os dados limpos após as eleições municipais. As suspeitas precisam ser investigadas.
O computador da Prefeitura foi encontrado sem nen-hum dado ou informação, informações das quais a atu-al Administração necessita. Fomos informados que medidas estão sendo tomadas para investigar o pos-sível crime praticado.
O outro computador pertence à Câmara Munici-pal. A máquina era utilizada no setor Jurídico da Casa e um servidor, de posse de um HD, teria copiado
Caso de computadores da Prefeitura e
da Câmara com suspeitas de terem sido
formatados por servidores é investigado
todas as informações para ele e depois apagado todo o sistema. Nessa semana, outra informação sigilosa chegou à reportagem. Um segundo computador do Legislativo também teria sido limpo. A máquina era utilizada por uma servidora exonerada, que trabalha-va no setor do Controle Interno. Os dados teriam sido todos apagados. As informações contidas nos sistemas estão fazendo falta ao Legislativo e tem dificultado nos trabalhos. Como no Executivo, a Câ-mara Municipal também investiga os atos. O Celeste vem acompanhando o processo, sendo o único veículo da cidade a informar sobre os casos.
Gilson Elói
Setor de Controle Interno: computador teria sido formatado
POLÍTICA
5 a 11 de março de 20215
Ex-vereador Toninho Eletricista
gastou R$ 8.075,00 com diárias
Nesta semana O Ce-leste fez um levantamen-to dos gaslevantamen-tos com diárias dos vereadores na gestão passada. Entre eles, o ex-representante Toninho Eletricista foi o que mais gastou com viagens. A diária sempre é utilizada pelos representantes para cursos, aprendizado político, visita em Brasília durante a macha dos vere-adores, visita a Cidade Administrativa e por aí vai. O objetivo, ou seja, a justificativa, é que as vi-agens com o intuito de trazer benefícios em prol do município. Sem entrar em detalhes, foram muitas viagens e não se viu ab-solutamente nada de in-teressante para João Monlevade. Pelo menos, O Celeste não teve hecimento, caso con-trário, teria informado pre-cisamente a população.
Vamos aos números dos gastos.
O primeiro é o Toninho Eletricista. Entre os anos de 2017 a 2020, ele gastou com diárias nada mais nada menos que R$ 8.075,00.
Em segundo aparece Fábio da Prohetel com os gastos de R$ 7.400,00 Em terceiro aparece o Cláudio Cebolinha que gastou R$ 6.225,00
Quarto aparece o vereador Revetrie com R$ 2.272,00 Quinto vereador foi Leles Pontes com R$ 2.050,00 Sexto vereador foi Vanderlei Miranda com R$ 2.000,00
Sétimo foi o vereador Rael Alves suplente de Revetrie por dois anos,
gas-tou R$ 1.925,00
Oitavo foi Belmar Diniz com um gasto de R$ 1.025,00
O nono foi o vereador foi Sinval Dias, com um gasto de R$ 875,00 O décimo vereador foi Gentil Bicalho com um gasto de R$ 500,00
Décimo primeiro foi Guilherme Nasser com um gasto de R$ 250,00 Décimo segundo foi o vereador, Lele do Fraga, com gasto de R$ 125,00 O único vereador que fez a devolução das diárias foi o vereador Thiago Titó, ressarcindo os cofres públicos o valor de R$ 375,00.
Os demais representantes, Pastor Carlinhos, Tonhão e Djalma Bastos não utilizaram dos recursos para viajar.
Gilson Elói
O ex-vereador gastou em cada ano do seu mandato, R$ 2.018,75 com diárias de viagens
Congestionamento de fios nos postes põe
em risco pedestres e servidores da Prefeitura
Uma situação que deixa João Monlevade feia na visão dos morad-ores e de quem visita a cidade é o emaranhado de fios que toma conta dos postes. Além disso, os fios e cabos embolados oferecem riscos de choque elétrico e incên-dio a todos que transitam pelas ruas, aos funcionári-os, comerciantes, servi-dores, motoristas, ciclis-tas e motociclisciclis-tas, além de causar poluição visual no município.
A situação irregular permanece há anos sem solução. Virou rotina o ci-dadão se deparar com fios caídos ao chão ou pen-durados nos postes. Os emaranhados são forma-dos por fiações e cabos de empresas de telefonia, internet e TV a cabo e até os famosos "gatos".
No entanto, o grave problema parece não ser prioridade na cidade. As empresas responsáveis pela manutenção nunca foram chamadas para diál-ogos com as autoridades e nem notificadas para correção das instalações erradas e desorganizadas. O Celeste publicou várias matérias com curto circuito e fogos nos fios.
Recentemente, mais precisamente no dia 2 de março de 2021, O Celeste flagrou mais dois locais na avenida Getúlio Vargas com o problema cidado. Um poste carregado de fios embolados próximo a lojas, apartamentos, es-critório de contabilidade e do gabinete do deputa-do estadual Tito Torres. Isso pode resultar em in-cêndio e todos correm riscos de serem
surpreen-didos com a gravidade. Outro local com fios em rolos embolados e com riscos de incêndio está em um poste de frente ao prédio que abriga as secretarias de Educação, Esportes e Assistência Social. No local trabalham vários servidores. O rolo de fios saindo do poste passa per-to de algumas janelas de salas ocupadas por eles, colocando-os em risco.
O centro da cidade che-gou a ficar sem luz horas e estilhaços de fogo caíram pelas vias públi-cas. Para se ter uma ideia,
numa ocasião, veículos permaneceram em filas nas avenidas, esperando o fogo nos fios findar para prosseguir viagem.
Além dos riscos de aci-dente e morte, algumas lojas arcaram com prejuí-zos devido aos danos nos equipamentos.
CIDADE
5 a 11 de março de 20217
Intervenções na região central de João
Monlevade terão um novo sistema semafórico
Após o Setor de Trânsito e Transporte da Prefeitura de João Monlevade (Sett-ran) ter iniciado uma intervenção física em alguns trechos no centro da cidade, o departamento se prepara para concluir a primeira fase das alterações no trânsito que irá promover maior fluidez e melhores condições de acessibilidade às diversas regiões do município.
Além de reformular toda circulação da área central, uma série de projetos são trabalhados, como a proibição de estacionamento de carretas nas ruas e avenidas da cidade e ainda o tráfego de veículos de carga em determinados horários no centro da cidade - atendendo a reivindicação de toda população, o que também contribuirá e muito com a humanização do trânsito.
Planejamentos e execuções
O prazo que tem sido demandado para a promoção de todas as modificações previstas se justificam, conforme informa o chefe do Settran, José Jaime de Figueiredo Franco, por uma série de fatores que se iniciam pelo trabalho de engenharia, passan-do pela escolha de equipamento específico de sistema de sinalização semafórica - no caso o escolhido sendo o mais moderno do mercado, planejamento das intervenções físicas (algumas já realizadas) e ainda em uma campanha de comunicação, informando toda a população local e da região, sobre as alterações que vão ocorrer.
Semáforos
O sistema semafórico que está sendo adquirido com o apoio dos parceiros Sime, Acimon e CDL tem previsão de chegada na próxima semana, quando passará por teste in loco para, posteriormente, ser instalado definitivamente em seus respectivos pontos. Esse novo sistema, segundo José Jaime, além de uma série de benefícios tecnológi-cos, oferece condições de ser operado remotamente, o que contribui e muito para a fluidez do trânsito. "Você pode alterar o tempo do sinal conforme necessidade, liberan-do o fluxo de veículos de acorliberan-do com a demanda de cada via", comentou o engenheiro.
O trânsito vai mudar: Settran finaliza
preparativos para alterações
Intervenções realizadas
As intervenções já realizadas foram feitas na avenida Wilson Alvarenga, no centro do bairro Carneirinhos, sendo retiradas partes de calçadas e do canteiro central nas ruas Hildebrando Santana e avenida Wilson Alvarenga, para que sejam implementadas as melhorias.
Comunicação
Para dar sequência ao projeto de revitalização do trânsito, estará sendo iniciada uma campanha informando a todos sobre as modificações que estarão sendo imple-mentadas.
As campanhas iniciam nesta sexta-feira (5), com a veiculação de cards nas redes sociais e na próxima semana com a distribuição de panfletos pelos agentes de trânsito, além do uso das diversas ferramentas de comunicação disponíveis.
Parceiros
Para colocar em prática o projeto de reformulação do trânsito, em tempo hábil, a prefeitura conta com parceria das entidades que representam as diversas modal-idades econômicas da cidade - Sime, Acimon e CDL.
Outras melhorias
Além das reformulações, o Settran também trabalha em estudos para implemen-tação de Lombadas Eletrônicas, com retirada de quebra-molas - alguns já estão sendo removidos.
As lombadas eletrônicas além de serem equipamentos modernos contri-buirão com a segurança do município, já que registra em filme toda movimen-tação pela cidade.
A acessibilidade também tem ganho no novo projeto com a implantação de lom-bo-faixas, tudo respeitando o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), conforme desta-ca o Chefe do Settran, José Jaime de Figueiredo Franco.
O processo eleitoral apresentado pelo Min-istério Público Eleitoral (MPE), motivado após a denúncia, envolvendo a ex-funcionária pública ocupante do cargo de confiança no governo de Simone Moreira, Maria das Dores (Nininha), continua. Durante o período eleitoral, Nininha divulgou uma pesquisa sem registro em sua pági-na em sua rede social. A publicação apontava van-tagem para Simone Mor-eira, candidata à reeleição, e afirmava claramente que ela venceria as eleições.
De acordo com o juiz eleitoral da 150ª Zona Eleitoral, Estevão Dama-zo, até a data de divul-gação do perfil na rede social, não havia pes-quisa de intenção de vo-tos registrada em João Monlevade. Desta forma, era incontroverso o que Nininha postou em seu perfil no Facebook. A in-formação mostrava
per-Justiça eleitoral cobra mais de
R$ 53 mil da servidora Nininha
centuais de intenção de votos dos candidatos a prefeito do município, com evidente natureza de pesquisa, porém oficial-mente inexistente. Em con-sulta ao registro de pes-quisas eleitorais da Justiça Eleitoral, verificou-se que não havia pesquisa regis-trada na cidade, com data de divulgação anterior à
data de ajuizamento da presente ação.
"A divulgação de da-dos da pesquisa, sem registro prévio, além de trazer desequilíbrio ao pleito, podia induzir o eleitor a erro, indo de en-contro justamente aqui-lo que o legislador quis coibir, ou seja, pesquisa sem o devido registro
perante a Justiça Ele-itoral", disse o magistra-do que prosseguiu: "a mera divulgação de pes-quisa nas redes sociais sem o devido registro in-sere-se na vedação pre-vista no art.17 da Res-olução TSE, 23.600/2019, sujeitando o responsáv-el ao pagamento da mul-ta prescrimul-ta, conforme precedente do Tribunal Superior eleitoral", con-clui Estevão Damazo.
Em sua defesa, Ninin-ha alegou que os
docu-mentos anexados não são suficientes para comprovar a existência de divulgação de pes-quisa. Segundo a defesa, "o único documento an-exado na representação não teve nenhuma curti-da, nem comentários, fa-tos que comprovam o não alcance da suposta divulgação de pesquisa, capaz de levar ao conhec-imento do público o re-sultado da real intenção de voto aferida e assim desequilibrar a disputa
ao pleito eleitoral", con-sta nos autos. A ex-servi-dora disse também que a publicação não caracter-iza pesquisa eleitoral, re-tirada do ar de forma in-stantânea e caráter científico ou metodológi-co, sem apontar nome do instituto e quantidade de pessoas entrevistadas.
O Celeste vem acom-panhado o caso e em uma consulta, neste mês, no site da Justiça, constamos que o processo segue em julgamento.
Divulgação
CÍRCULO SOCIAL
5 a 11 de março de 20219
Renata Braz,
26 anos, é beleza Celeste deste mês. Conhecendo um pouco da linda: cor preferida é o preto e o perfume, La vie est belle. Seu time de coração é o Clube Atlético Mineiro. Apaixonada pela leitura, ela indica o livro: Vinte Poemas de amor e uma canção Desesper-ada (Pablo Neruda). Um sonho a realizar: ser promotora de justiça. Nota dez para Mariel Le Franco e nota zero, vai Jair Bolsonaro. Um hobby: Jogar xadrez. A banda preferia: Coldplay. Uma viagem marcante: Rio de Janeiro. Uma frase marcante: "Guia - me pelas veredas da Justiça (salmo 23). A sobremesa preferida de Renata é Torta de abacaxi e um filme o Patriota.
irregularidades envolvendo empresa que administra
o Estacionamento Rotativo em João Monlevade
Fotos: Gilson Elói
Thiago Araújo Moreira Bicalho (Titó - PDT) e Geraldo Antônio Marcelino (Tonhão - Cidadania) durante recente reunião realizada na Câmara Municipal
A denúncia de que possa estar havendo des-cumprimento de contrato e até mesmo prejuízo ao município de João Monl-evade por parte da empre-sa que administra o Esta-cionamento Rotativo, a Ti.Mob, foi feita pelos vereadores Thiago Araújo Moreira Bicalho (Titó -PDT) e Geraldo Antônio Marcelino (Tonhão - Ci-dadania) durante recente reunião realizada na Câma-ra Municipal.
Titó disse ter sido procurado por várias pes-soas que estariam com dúvidas envolvendo o Rotativo, entre elas se a cobrança estava sendo feita nos últimos meses, uma vez que não estava sendo percebida a pre-sença dos monitores pel-as rupel-as. "Queriam saber também sobre um carro da empresa, que estaria multando a população. Então, para esclarecer es-sas e outras dúvidas so-licitei uma reunião com a presença de represen-tantes da Ti.Mob", co-mentou o parlamentar.
Segundo Thiago, o
contrato mantido entre a Prefeitura e a Ti.Mob es-tabelece a necessidade da presença de monitores nas vias públicas onde o Rotativo é cobrado e tam-bém sensores em cada vaga demarcada na pista. "Mas não é isso o que estamos vendo por aí. Cobrei explicações, e o representante da empresa disse que o mesmo con-trato permite que in-ovações tecnológicas possam substituir os monitores e sensores", comentou Thiago, infor-mando que não está con-vencido diante da justifi-cativa da Concessionária. Já o vereador Tonhão
foi taxativo ao suspeitar de que a Ti.Mob estaria causando prejuízos ao Município. Segundo ele, o determina que 20% do valor arrecadado com a cobrança do estaciona-mento seja destinada à Prefeitura, e que desde março do ano passado, a Ti.Mob não estaria fazen-do a destinação fazen-dos recur-sos ao Município.
Tonhão informou que a média mensal de repasse da empresa à Prefeitura antes da pandemia era de cerca de R$ 15 mil, e que, depois da Covid-19, deve ao Município desde março, somente R$ 30 mil. "Não posso concordar
com isso porque, mesmo após a Coronavírus, as ruas estão lotadas de car-ros. Praticamente não achamos vagas. Mesmo que tenha reduzido um pouco, o valor não iria cair tanto", indagou. O par-lamentar disse ainda que, em seus cálculos, a dívida da Ti.Mob com a Prefeitura deve ser de aproximada-mente uns R$ 150 mil, e que ele já pediu expli-cações aos responsáveis da Prefeitura e Settran.
Outra reclamação de Tonhão é que a Ti.Mob não tem cumprido com a obrigação de fazer ma-nutenção nos espaços de estacionamento.
"Sin-ceramente, acredito que a empresa está esperan-do o Settran fazer esse serviço às escondidas para beneficiar ela
mes-ma. Mas, vamos fiscalizar e acompanhar, porque o dinheiro é do povo", avi-sou o vereador.
A Ti.Mob explicou du-rante a reunião que não tem repassado os 20% porque a Prefeitura não tem feito o reajuste do índice nos últimos anos e nem fez o equilíbrio finan-ceiro. "Isso tá errado. O que é da empresa é dela, e o que é da Prefeitura é do Município. A população não pode ser prejudicada por essas questões", afir-mou Thiago Titó, infor-mando que ele irá investi-gar o caso à fundo.
POLÍTICA
5 a 11 de março de 202111
Rompimentos de Barragens da Vale
pode deixar João Monlevade sem água
Gustavo Maciel, presidente do Legislativo pretende reunir os poderes constituídos
do município com o intuito de viabilizar um encontro com empresa Vale
Presidente da Câmara Municipal, Gustavo Maciel
Gilson Elói
Presidente da Câmara Municipal, Gustavo Ma-ciel, pretende reunir os poderes constituídos do município e viabilizar um encontro com Vale para discutir a questão de João Monlevade
Recentemente a Vale soltou um comunicado que, juntamente com a Defesa Civil Estadual, fará a remoção de mais famílias da ZAS (Zona de Auto Salvamento) da Barragem Norte Laranjeiras da Mina de Brucutu em Barão de Cocais, após o MPMG detectar que a área afetada pode ser muito maior que a levan-tada anteriormente.
Com essa remoção, o número de famílias re-movidas por risco de rompimento de bar-ragens da Vale, no mu-nicípio de Barão de Co-cais e São Gonçalo do Rio Abaixo, aproximam mais de 2 mil pessoas.
Três barragens ameaçam populações em Zona de Auto Salvamento - sendo elas Barragem Sul Superior - Mina de Gongo Soco - em Nível três (Risco iminente de rompimento), Barra-gem Sul Inferior - Mina de Gongo Soco - Nível dois e Barragem Norte Laranjeiras - Mina de Brucutu - Nível dois.
Todas as três bar-ragens, além de ameaçar as populações das comunidades já removidas -caso ocorra rompimento, deixará um rastro de de-struição e causará a evacuação de milhares de pessoas em várias ci-dades - principalmente em Barão de Cocais, Santa Bárbara e São Gonçalo do Rio Abaixo.
Rio Santa Bárbara -Bacia Hidrográfica do
Piracicaba
Todas as três bar-ragens citadas se en-contram locadas no
mi-cro da Bacia do Rio San-ta Bárbara.
O Rio Santa Bárbara é o responsável pelo abas-tecimento de mais de 90% da população de João Monlevade, onde o DAE coleta água.
Após passar pela ETA Pacas, em João Monle-vade, o Santa Bárbara segue até Capela Branca, comunidade de Bela Vis-ta de Minas, onde deságua no Piracicaba -esse, por sua vez, segue passando por Nova Era -chega a Antônio Dias onde fornece água para o abastecimento humano e chega ao Vale do Aço, onde abastece o lençol freático que alimenta 27 poços artesianos que são responsáveis pelo abas-tecimento de água de cer-ca de 500 mil pessoas.
Medidas mitigadoras
Diante os riscos que as barragens, diversas cidades já se mobili-zaram e cobraram dos responsáveis - no caso a Mineradora Vale - para que a mesma promova a ç õ e s d e m i t i g a ç ã o , planejamento e emer-genciais para que, caso ocorra um rompimento, estas não venham a sof-rer com a falta de abas-tecimento, já que esses rompimentos são uma realidade - visto que co-munidades inteiras já foram removidas.
Importante destacar que a vizinha Itabira está recebendo aportes de mais de R$160 milhões para a construção de um novo sistema de captação de água e a Região Met-ropolitana do Vale do Aço, após chamamento e nego-ciações, está recebendo apoio para o desenvolvi-mento de estudos para elaboração de um "Plano B" no caso de uma emergência para um co-lapso hídrico.
Riscos em João Monlevade
Em João Monlevade é de alerta. Segundo espe-cialistas a cidade, está lit-eralmente "Dormindo com o perigo", podendo ficar sem água.
Acredita-se nas con-siderações apresentas pelas mineradoras não é uma opção viável - já que em dois momentos re-centes - com laudos ga-rantindo segurança de suas estruturas, mais de 300 pessoas perderem suas vidas e dois rios ser-em destruídos pela lama da irresponsabilidade.
Presidente da Câmara de João
Monlevade
Gustavo Maciel, pres-idente do Legislativo de João Monlevade,
pre-tende nos breves dias, reunir os poderes con-stituídos do município com o intuito de viabili-zar um encontro com empresa Vale. A
prior-idade de acordo com ele, procurar meios de nego-ciação, buscando junta uma saída urgente para tentar coibir o risco que a cidade corre. O alerta
já teria sido dado ao mu-nicípio na gestão passa-da, infelizmente faltou empenho dos dois po-deres, o Executivo e o Legislativo.
Marquinho Dornelas alerta quanto a
possibilidade de tragédia em Monlevade
por causa de galerias entupidas
Divulgação
Segundo Marquinho Dornelas, depois que acontecer o pior não adianta ninguém ficar procurando o culpado. "A hora de evitar o
problema é agora", avisou o vereador.
A tragédia provocada pelas chuvas na semana pas-sada, na cidade de Santa Maria de Itabira, foi assunto durante a reunião da Câmara Municipal ocorrida no últi-mo dia 24. Marcos Vinícius Martins Dornelas (Marquin-ho, PDT) foi um dos vereadores que se mostrou sensív-el ao desastre. Depois de manifestar sua solidariedade ao povo santa-mariense, e também de parabenizar e agradecer o deputado estadual Bernardo Mucida pela atenção e apoio para com as vítimas e toda a cidade, o parlamentar também fez um alerta da possibilidade de uma catástrofe também acontecer em João Monlevade. De acordo com Marquinho Dornelas, as fortes chuvas dos últimos anos e os constantes estragos causados por elas, principalmente nas avenidas cen-trais de Monlevade, são um forte indício de uma tragédia anunciada. "Isso porque, mesmo com os problemas, prejuízos e transtornos, as galerias não foram limpas. Então, o que se espera é um terrível desastre", alertou o vereador.
Marquinho avisou que, se algo muito de ruim acon-tecer, que ninguém chame isso de acidente e nem fique procurando o culpado porque, infelizmente, nenhuma providência está sendo tomada para evitar o pior, mes-mo com o alerta já tendo sido feito por ele. "A Prefeitu-ra precisa agir de maneiPrefeitu-ra preventiva e dar uma gePrefeitu-ral em todas galerias das avenidas centrais e ruas mais próximas. Caso contrário, estará sendo omissa e colo-cando a população em risco", alertou o pedetista.
Trânsito, dois locais sem condições dignas de trabalho
para servidores trabalhar e atendimento público
Dois estabelecimentos públicos na cidade estão funcionando em precárias condições. Um deles onde funciona a JARI, em frente à Praça Sete, em Carneirinhos. Numa visi-ta no local para esclareci-mentos de alguns docu-mentos, a reportagem, enquanto aguardava sua vez de ser atendido, pres-enciou forros podres, bu-racos em algumas partes do teto. Mofos nas pare-des e traças nos cantos do chão. O local foi tão esquecido pelas outras administrações que o lo-cal utilizado pelos servi-dores para fazerem suas necessitadas fisiológicas tem próximo ao vaso san-itário, uma prateleira com arquivos, papel higiênico, pertences de funcionári-os, material de limpeza, envelopes etc.
Na segunda sala de atendimento ao público há um frigobar antigo e com ferrugem e uma vel-ha estante de computador. É lá onde se coloca mais pastas de arquivos. Nem espaço para utilizar o computador sobra. Bom, se o computador estiver funcionando. Na verdade nem espaço para se colo-car cadeira tem. O cenário não oferece dignidade aos servidores para tra-balharem e nem atendi-mento preciso e de qual-idade para a população.
O segundo estabeleci-mento funciona Setor do chefe de Divisão e dos agentes de Trânsito. No local encontra-se
Arquivo velho, onde se coloca o telefone de atendimento. Nem sala para a chefia tem. Os fios de telefones pendurados em paredes necessitando de pinturas, enrolados e se arrastando pelo encar-dido piso velho. Com-putador da era da caver-na colocado em uma es-tante, dividindo espaço com caixas de papelão contendo documentos. Em outra sala há um móv-el mais parecendo um
sa-pateiro doado que um armário, com mais caixa de papelão em cima.
Próximo à geladeira, tem um pedaço de muro quebrado sem azulejos e paredes com defeitos. Numa outra sala, um vaso
JARI
sanitário encima de um jornal, em canto da pare-de, servindo de enfeite, para quem visita a rep-artição interna. Na entra-da do recinto de trabalho, um armário de cozinha, mais parecendo que foi
encontrado na rua e leva-do para o setor. Sem por-tas, mostra as vasilhas uti-lizadas no departamento. Fora o mofo, uma péssima iluminação, um local frio e mais parecendo um case-bre do Drácula. Um local
sem condições de trabal-ho para os servidores e distante de ser apropriado para atendimento ao povo. Tanto o primeiro quan-to o segundo espaço (al-gumas fotos) deixam cla-ro que a ex-prefeita não
se preocupava em visitar as repartições públicas, para ver de perto como eram as condições de tra-balho em alguns setores. Quem sabe o atual prefeito, Laércio Ribeiro, mude este quadro.
Setor do chefe de Divisão e dos agentes de Trânsito
CIDADE
5 a 11 de março de 202113
Famílias pagam pelo direito de campas no
Cemitério do Baú e ainda são cobrados por três
sepultamentos de entes queridos no local
Pastor Lieberth foi procurado pelas famílias e disse que a situação é grave,
pretende reunir com a administração para que sejam tomadas as providências cabíveis
Nesta semana, O Ce-leste foi informado que um ex-funcionário da Prefeitura de João Monl-evade, mesmo desligado das funções públicas, es-tava com a chave do ce-mitério e chegou cobrar mais de dois mil reais de uma família, para o sepul-tamento de três falecidos. A denúncia é gravíssi-ma e o fato ocorreu no Cemitério do Baú. A sen-hora Arlina, moradora da rua Marques de Caxias no bairro Novo Cruzeiro, en-trou em contato com o vereador Pastor Lieberth (DEM), afirmando que pela terceira vez passou por situações con-strangedoras durante sepultamento de seus entes queridos e que "des-ta vez foi à go"des-ta d'água".
No desabafo da mora-dora, ela disse que "a primeira vez, há um ano e quatro meses, sua sobrin-ha veio a falecer. Quando os familiares foram fazer o seu sepultamento da criança, pessoas que prestam serviços no ce-mitério cobraram um val-or de R$1.000,00 para o enterro. O mais grave de tudo é que a família já
pos-sui um espaço adquirido no local. Quem teria co-brado esse valor, de acor-do com ela, um senhor mais conhecido pelo nome de Pantera, um ex-funcionário da Prefeitu-ra." Pagamos pelo valor, só que, após seis meses, um senhor faleceu ligado à família. Para fazer o pro-cedimento, foi cobrado R$ 750,00 reais. Infeliz-mente, uma terceira pes-soa na faleceu na familia, filha do falecido.
Assim, uma terceira
cobrança foi feita, no val-or de R$ 250,00. Segundo o depoimento da mora-dora, esse dinheiro foi re-passado para um outro servidor do cemitério. " Eu cheguei questioná-lo se teria como me passar uma nota fiscal, ou algo que comprovasse o pagamen-to. Ele enfureceu e não deu satisfações alguma", explicou a denunciante.
Procuramos o departa-mento de serviços públi-cos, que hoje é gerencia-do por uma senhora de
nome Suely e também por um homem chamado Luís. Marcamos uma reunião com o secretário de Obras (Eduardo Bastos) e o Marcão, juntamente com os outros dois servidores
para esclarecimentos. Co-municamos o vereador Pastor Lieberth, que nos acompanhou, se prontif-icando em ajudar. Em re-união, esclarecemos tudo o que aconteceu. Nos in-formaram então que o Pantera, já não fazia mais parte do grupo de funci-onários da Prefeitura.
Prometeram pegar as chaves e proibir o ex-servidor Pantera de re-tornar no cemitério. Out-ro compOut-romisso feito é de fiscalizar os demais fun-cionários e o que anda acontecendo. Foi deixa-do claro durante a re-união quem famílias que compram partes no local, não tem mais despesas a serem pagas durante sepultamentos, a não ser pequena taxa para a Prefeitura.
Inconformado com a gravidade e da forma
irreg-ular de cobrança no Ce-mitério, o Pastor Lieberth, disse que irá prosseguir com o caso. "A família pre-cisa ser ressarcida dos prejuízos. A cobrança foi feita irregular e em desre-speito em momento de dor", concluiu o vereador.
Problemas antigos
Situações assim perdu-ram no município. Parentes do vereador Doró da Saúde, recente-mente passaram por séri-os constrangimentséri-os no local. Durante um enterro de um sobrinho do repre-sentante público, a campa adquirida pela família, es-tava com outro corpo de outra família sepultada. Durante as eleições outro caso sucedeu. Segundo informações, pessoas es-tariam negociando vendas de locais já pertencentes de outras pessoas.
Recentemente, o vereador Revet-rie Teixeira, que está cadeirante, não conseguiu entrar no prédio da Câ-mara Municipal. Isso porque um carro estava estacionado na vaga exclusiva para deficientes. O veícu-lo impedia o acesso à rampa para cadeirantes. Assim, Revetrie acion-ou a Polícia Militar. Um militar com-pareceu imediatamente no local e aplicou a multa à proprietária do carro, que foi entregar uma merca-doria no Legislativo.
Depois desse episódio, o verea-dor pediu novamente ao Setor de Trânsito e Transporte da Prefeitura
que sinalizasse a entrada da Câmara, com proibição de estacionamentos. Pla-cas de proibição já tinham, mas como nem todos motoristas enxergam plaPla-cas, as pinturas foram feitas no chão. No entanto, parece não ter resolvido.
Veja foto, registrada pelo Celeste, na segunda-feira, 1 de março às 11h09, justamente em frente à Câmara e no mesmo local onde a primeira multa foi aplicada. Desta vez, o motorista deu sorte. Revetrie não viu o fato. Se visse, a Polícia seria acionada, mais uma multa seria aplicada e o caso iria para as redes sociais. É preciso respeitar o direito de ir e vir de todos.
Motorista deu sorte: Revetrie
não viu o carro estacionado em
local proibido em frente a Câmara
Andarilho armado de facão quase mata
homem em frente à Câmara Municipal
Na sexta-feira, 26 de fevereiro, precisamente as 8h06, a reportagem do jornal O Celeste, encontrava-se na Avenida Dona Nenela, em frente o Legislativo Municipal de João Monlevade, aguardando pelo presidente Gustavo Maciel, para uma re-união. Enquanto aguardávamos, fomos surpreendidos por um morador de rua arma-do de um facão, andanarma-do livremente pela avenida, perto a entrada da Câmara.
O morador de rua brincava com o facão. Em dado momento, ele foi em direção a um senhor que passava pela avenida, e tentou golpeá-lo na cabeça. O homem quase foi pego de surpresa, mas conseguiu se esquivar da arma e correu. Depois da tentativa, o andarilho ainda entrou no Legislativo, passou algo gel na mão e seguiu para o centro da cidade armado.
Alerta aos vereadores e funcionários
Este parece ser um recado aos representantes da Câmara Municipal, no intuito de garantir mais segurança aos que estão no prédio. Não há nada que impeça a entrada de pessoas, inclusive armadas. Com a verba da Câmara, poderia ser colocado portas com detectores de metal, a fim de dar mais segurança aos servidores e também ao cidadão que vai à Câmara, que é a Casa do Povo. Os porteiros não podem proibir a entrada de pessoas no local, por ser o lugar público. Assim, nada impede que moradores de rua, andarilhos ou qualquer outro cidadão de entrar na Câmara, arma-do e surpreender as pessoas.
CIDADE
5 a 11 de março de 202115
Motorista de caminhão que recolhe lixo
quase provoca acidente na Avenida Nova York
No último dia 2, às 9h10, a avenida Nova York ficou interditada com carros estacionados dos dois lados da pista. O caos não permitiu o livre aces-so de veículos descendo e subindo pela avenida, provocando congestion-amentos e uma fila enorme de carros. O moti-vo? O condutor de um caminhão baú, de uma empresa tentava descer pelo local. Sem espaços, efetuou várias manobras para evitar batidas dos dois lados do trajeto. As manobras fizeram com que uma fila de carro au-mentasse. A situação pi-orou quando o motorista do caminhão de uma em-presa que presta serviço de recolhimento de lixo para a Prefeitura, demon-strando impaciência e pressa, não deu a mínima para a fila de carros e ten-tou subir pelo lado direito da pista, desconhecendo
a gravidade do fato. Con-frontando-se com o cam-inhão descendo, quase bateu de frente. Sem saí-da e não tendo como pros-seguiu viagem, tentou voltar de ré, causando ainda mais confusão no trânsito.
O veículo ficou atraves-sado na pista, esquinado em um local de extremo perigo, fechando a passa-gem do caminhão que tentava descer. O motor-ista da empresa contrata-da pela Prefeitura fez out-ra manobout-ra perigosa e quase subiu no passeio de pedestres. Depois entrou de frente dos carros que esperavam pela sua vez (fotos). O Celeste aguar-dava na fila e presenciou todas as irregularidades cometidas pelo motorista. Espera-se que os respon-sáveis que administram os trabalhos de coleta, tomem providências. Trân-sito não é brincadeira.
Fotos: Gilson Elói
Apartamentos e área de estacionamento, em frente à Câmara Munici-pal de João Monlevade, tornou-se os locais preferidos para cavalos.