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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA TRATAMENTO HOMEOPÁTICO NA FASE DE CRECHE EM SUÍNOS

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Academic year: 2021

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA DAS CATARATAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA

Missão: “Formar Profissionais capacitados, socialmente responsáveis e aptos a promoverem as transformações futuras”

TRATAMENTO HOMEOPÁTICO NA FASE DE CRECHE EM SUÍNOS

CRISTIAN AUGUSTO KULZER

Foz do Iguaçu - PR 2017

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I

CRISTIAN AUGUSTO KULZER

TRATAMENTO HOMEOPÁTICO NA FASE DE CRECHE EM SUÍNOS

Trabalho de conclusão de curso apresentado à banca examinadora do Centro Universitário Dinâmica das Cataratas (UDC), como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agronômica.

Prof. Orientador: Ma Marlene Cristina de Oliveira Laurindo

Foz do Iguaçu - PR 2017

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II

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho aos meus pais, Elói Alfredo Kulzer e Maria Anita Theisen Kulzer, por todo o amor e ensinamento ministrado a mim, e também pelo incentivo a todo o momento pela busca do conhecimento em toda a jornada educacional de minha vida.

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III

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus e minha família, por todo apoio moral durante essa jornada acadêmica, sem vocês nada disso teria acontecido.

Agradeço também a minha namorada, pela compreensão, apoio incondicional e motivação durante esse período.

Aos professores que passaram todos os ensinamentos necessários para chegar até o objetivo final dessa graduação, em especial a minha professora orientadora Marlene Laurindo, que se dispôs a me ajudar sempre que foi preciso.

Ao Cleriston Butzge, proprietário do crechário onde foi desenvolvido todo o experimento e também ao Claudemiro Putzke, que não mediu esforços durante todo o processo.

Aos colegas de trabalho Leandro Braun e Inacio Schuh pela ajuda nos momentos de coleta de sangue e pelas duvidas esclarecidas sobre os manejos.

A professora Thais Schwarz Gaggini por toda a dedicação e profissionalismo oferecido em todo o experimento, desde os testes laboratoriais até o auxilio na descrição dos resultados.

Aos meus colegas de graduação, que sempre me ajudaram em todos os momentos de dificuldade durante esses cinco anos.

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IV

EPÍGRAFE

“A verdadeira felicidade e sucesso

consiste em gastar nossas energias com um propósito.”

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V

LISTA DE ABREVIATURAS

a.C. Antes de Cristo B23 Baia 23

B25 Baia 25

C.A Conversão Alimentar

g Gramas

G.P.D Ganho de Peso Diário

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

m Metros

ml Mililitros

m² Metros quadrados mm Milímetros

MS Mato Grasso do Sul

nº Número

ns Não significativo

SAGS Sistemas Agroindústriais

Kg Quilograma

P.M Peso médio µL Microlitros

UT Unidade de terminação UPL Unidade produtora de leitão

UEMS Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul

% Porcentagem

US$ Dólar

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VI

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Rebanho suíno mundial...17

Figura 2: Distribuição do plantel de matrizes suínas no Brasil...19

Figura 3: Pocilgas da unidade experimental...27

Figura 4: Administração do produto para os animais...30

Figura 5: Leucócitos totais na entrada e aos 48 dias...33

(8)

VII

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: Média dos pesos de entrada, 48 dias e saída de creche...32 Tabela 2: Comparação dos Índices Zootécnicos entre as duas baias...35

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VIII

KULZER, Cristian Augusto. Tratamento homeopático na fase de creche em suínos. Foz do Iguaçu, 2017. Trabalho final de graduação – Centro Universitário Dinâmica das Cataratas.

RESUMO

Este trabalho objetivou avaliar o efeito do tratamento homeopático no desempenho e resposta imunológica dos animais, por meio da contagem de leucócitos totais. O experimento foi conduzido em uma granja de suínos localizada no município de Itaipulândia, estado do Paraná – Brasil. Foram utilizados 80 animais nos estudos, com idade média de 25 dias. Estes foram avaliados quanto ao peso de entrada e de saída de creche, índices zootécnicos como ganho de peso diário, conversão alimentar e mortalidade; e contagem de leucócitos totais, através de coleta de dois ml de sangue realizada na veia jugular dos animais. O delineamento experimental utilizado foi fatorial ao acaso, sendo dois tratamentos realizados com dois sexos e com quatro repetições, sendo que uma baia recebeu o tratamento e a outra não. Os parâmetros avaliados foram peso de saída, leucócitos totais, temperatura retal e ambiental e índices zootécnicos. O presente estudo não evidenciou melhora no desempenho de animais submetidos ao tratamento homeopático e nem efeito do tratamento sobre o número de leucócitos totais e temperatura retal. Fêmeas tratadas e controle não diferiram em nenhum dos parâmetros avaliados, porém, machos tratados e controle apresentaram variação no desempenho. Animais tratados que inicialmente apresentaram menor desempenho, se recuperaram ao longo do tempo e igualaram o peso de saída de creche com animais controle. Não se sabe ao certo se o tratamento homeopático influenciou nessa recuperação de desempenho e, sugere-se que novos estudos sejam realizados utilizando a mesma fórmula homeopática, a fim de elucidar o real efeito do tratamento preventivo na imunidade e desempenho de leitões de creche.

.

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IX

KULZER, Cristian Augusto. Homeopathic treatment at day care stage in pigs. Foz do Iguaçu, 2017. Graduation final project - University Center Dynamics of the Falls.

ABSTRACT

This study aimed to evaluated homeopathict reatment on piglets' performance and immune response, using leukocity escount. It was performed in a swine herd located in Itaipulândia, Paraná State, Brasil. Eighty piglets with 25 days of age were used in the study, being 40 of them (20 femalesand20 males) treated with homeopathy and the other 40(20 femalesand20 males)of control group. Piglets were weighe donw eaning day, with 48 days of age and a the end of nursery period.Blood of 20 piglets were collected in the first two weighings and total leukocites count were evaluated. Piglets' rectal temperature and environamental temperature were measured during all period of the study. The present study did not show improvement in the performance of animals submitted to homeopathic treatment and neither effect of the treatment on the number of total leukocytes and rectal temperature. Treated and control females did not differ in any of the evaluated parameters, however, treated and control males presented variation in performance. Treated animals that initially presented lower performance, recovered over time and matched the weight of day care output with control animals. It is unclear whether homeopathic treatment influenced this performance recovery and it is suggested that further studies be conducted using the same homeopathic formula in order to elucidate the actual effect of preventive treatment on the immunity and performance of day-care piglets.

(11)

X

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...11

2 REFERENCIAL TEÓRICO ...13

2.1 SUINOCULTURA...13

2.2 REBANHO SUÍNO MUNDIAL...15

2.2.1 Rebanho Suíno Brasileiro...16

2.2.2 Rebanho Suíno Paranaense...17

2.3 CARNE SUÍNA...18 2.4 SANIDADE SUÍNA...19 2.4.1 Doenças Respiratórias...19 2.4.2 Doenças Entéricas...20 2.4.3 Doenças Sistêmicas ...21 2.5 ALOPATIA X HOMEOPATIA...22 3 MATERIAL E MÉTODOS...23

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO...23

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS...24

3.2.1 Delineamento Experimental...24

3.2.2 Peso de Alojamento...24

3.2.3 Coleta de Sangue...24

3.2.4 Controle de Temperatura Ambiental e Retal...25

3.2.5 Consumo de Ração...25

3.2.6 Característica do Produto...25

3.2.8 Dosagem e Modo de Aplicação...26

3.2.9 Análise Estatística...27

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES...28

4.1 PESO DE SAÍDA...28

4.2 LEUCÓCITOS TOTAIS...29

4.3 TEMPERATURA RETAL EM RELAÇÃO A TEMPERATURA AMBIENTAL...30

4.4 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS...31

CONSIDERAÇÕES FINAIS...32

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XI

1 INTRODUÇÃO

O Brasil vem se consolidando como importante mercado de carne suína e com potencial de ampliar ainda mais a sua participação relativa nesse mercado. A cadeia produtiva tem se organizado no sentido de atender a demanda do mercado externo e ao mesmo tempo prospectar novos mercados. A exportação de carne suína do Brasil cresceu 32% em 2016, com volume total produzido de 732,9 mil toneladas entre produtos in natura e processados. Os principais destinos das exportações brasileiras no último ano foram à Rússia, Hong Kong e China que absorveram 75% de todo o volume exportado (ABPA, 2017).

Para atender o mercado interno e externo, o Brasil possui um rebanho suíno de aproximadamente 37,9 milhões de suínos, que se concentra na sua maioria na região sul, com um total de 18,68 milhões cabeças, com um percentual de 49,3%, seguida das regiões sudeste, nordeste e centro-oeste com 7,01 milhões, 5,64 milhões e 5,26 milhões cabeça respectivamente e por último tem a região norte com 1,28 milhões cabeças (IBGE, 2014).

A biosseguridade na suinocultura se tornou uma tecnologia absolutamente essencial para a sobrevivência das explorações tecnificadas de suínos, devido às múltiplas formas de transmissão dos agentes infecciosos, tornando-se fundamental a implantação desse sistema em todos os níveis de produção (RIJSEWIJK, 2007).

A homeopatia surgiu há mais de dois séculos e se baseia no princípio dos semelhantes "Similia similibus curantur", o semelhante cura o semelhante. A idéia originou-se com Hipócrates, sendo posteriormente desenvolvida pelo alemão Christian Friedrich Samuel Hahnemann (PEREIRA, 2012).

A abordagem homeopática engloba uma nova forma de compreender o significado de saúde e conseqüentemente de doença, trabalhando as forças curativas de cada ser vivo e, por isso, compreendem a homeostase, os meios inerentes ao próprio organismo para manter seu equilíbrio e sua saúde (COSTA, 2015).

Na medicina veterinária é considerada uma especialidade desde 1995, por meio da Resolução nº 625/95 do Conselho Federal de Medicina Veterinária e Zootecnia (OLIVEIRA, 2016).

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XII

O uso da homeopatia representa não só o aspecto curativo, mas também a estimulação orientada do organismo dos animais, conseguindo assim: a diminuição do nível de estresse do planteI; estimulo da imunidade e da capacidade reacional dos animais às infecções bacterianas, virais e aos endo e ectoparasitas (VUADEN, 2005).

O objetivo deste estudo foi avaliar o desempenho e parâmetros fisiológicos de leitões na fase de creche utilizando o produto homeopático.

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XIII

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 SUINOCULTURA

A suinocultura representa uma atividade pecuária de importância social e econômica. Além de contribuir para a alimentação da população fornecendo a fonte de proteína animal mais consumida no mundo, a criação de suínos contribui na geração de empregos diretos e indiretos e na fixação do trabalhador no meio rural (USDA, 2016).

A cadeia produtiva de suínos é parte do Sistemas Agroindustriais (SAGS). Ela assume várias formas organizacionais, podendo ser constituída de pequenos produtores independentes, empresas regionais ou complexos produtivos integrados verticalmente que comercializam nos mercados interno e externo. Contudo, o desenvolvimento tecnológico e das dinâmicas de produção tem favorecido a migração da produção independente para a integrada. Surgido em Santa Catarina, em meados do século XX, o sistema de integração acabou por tornar-se predominante na região Sul e segue difundindo-se no país (SANTOS, 2011).

No sistema integrado, a empresa integradora coordena as operações e fornece os insumos aos produtores integrados. O ciclo produtivo é dividido em fases, em sistemas mais especializados, com unidades de produção de leitões (UPL) e unidades de terminação (UT). Assim, valoriza-se cada etapa especificamente, o que contribui para melhores resultados tanto financeiros quanto em relação à qualidade de carne (SANTOS, 2011).

Segundo Dias et al. (2011), a maior parte das matrizes suínas é criada em sistemas altamente tecnificados, utilizando-se de confinamento, ração balanceada e cuidados sanitários. Além disso, a parcela da produção de suínos em grandes unidades produtivas está cada vez mais expressiva, o que se relaciona ao fato de a atividade da suinocultura ter se estruturado em torno das agroindústrias de abate e processamento de carne, nas quais se empregam os sistemas de integração.

Carvalho e Viana (2011) destacam que os sistemas de criação de suínos também se diferenciam quanto ao manejo e podem ser classificados nos seguintes tipos: sistema extensivo ou à solta; sistema semiextensivo; sistema intensivo de suínos criados ao ar livre (SISCAL) e sistema intensivo de suínos confinados

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XIV

(SISCON). Além disso, eles podem ser classificados como convencionais ou orgânicos.

No Siscon, objetiva-se aumentar o ganho de peso dos suínos em menor tempo. Para tanto, os animais são confinados em espaço reduzido e são mantidos com rações adequadas a cada fase. O manejo sanitário é exercido com mais rigor, e cada atividade é previamente planejada. Nesse sistema, conta-se com assistência técnica, mão de obra especializada e melhoramento genético com fim de otimizar a produção. As desvantagens desse tipo de criação são os altos custos – maior custo fixo e capital imobilizado – e os impactos ambientais e ao bem-estar animal (CARVALHO; VIANA, 2011).

2.2 REBANHO SUÍNO MUNDIAL

A origem dos suínos domesticados não é muito clara, pois, ainda não foram encontradas evidências científicas suficientes precisar sua origem. Contudo, existem indícios arqueológicos sobre a domesticação dos animais entre 13000 e 12700 a.C. no Oriente Médio, bacia do Rio Tigre. Restos de suínos foram datados de antes de 11400 a.C. no Chipre, que deve ter sido introduzida a partir de continentes próximos, o que sugere a domesticação no continente de origem até então (VIGNE et al., 2009).

Giuffra et al. (2000) verificaram que a domesticação ocorreu de forma simultânea na Europa e na China cerca de 9000 atrás. Larson et al. (2007) afirmam que a domesticação na Europa ocorreu a partir de 4000 a.C., período Neolítico, com a introdução de espécies vindas do Oriente Médio, principalmente para a Itália e, em seguida, a região norte da Alemanha e de Paris, na França, e mais tarde para Portugal, Suíça, República Checa, Croácia e Romênia.

Na América, mais especificamente em Cuba, os suínos foram introduzidos por Cristóvão Colombo em 1493, porém foi Hernando de Soto quem trouxe 13 animais para a baía de Tampa, na Flórida, em 1539, Hernando Cortez no Novo México, em 1600, e Sr. Walter Raleigh na Colônia de Jamestown, em 1607, difundindo a suinocultura no continente. Nos Estados Unidos a expansão da suinocultura acompanhou a produção de milho, no chamado corn belt a partir de 1660. Entre 1800 e 1900 a construção e ampliação das ferrovias no país, aliada à introdução de

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XV

vagões refrigerados facilitou a expansão da produção por todo aquele país (PORK BOARD NATIONAL, 2014).

No cenário produtivo mundial da suinocultura alguns países destacam-se pelo seu volume produzido, consumido e exportado. A China é o maior produtor de carne suína. Sua produção é quase cinco vezes maior que a dos Estados Unidos, segundo maior produtor, e quase dez vezes maior que do terceiro colocado, a Alemanha. Isso é justificado pela sua grande população e, por isso, seu grande consumo do produto. Cerca de 63% das carnes consumidas na China são de suínos. Sendo um país de grande área, a produção de grãos, principalmente milho e soja, é favorecida, fornecendo insumos abundantes para produção de suínos e frangos. A Food and Agriculture Organization(FAO) estima que a população da China estabilize em 2018 e passe a decrescer após 2029 (FAO, 2014).

As granjas tecnificadas trabalham com produção segmentada, separando as fases em galpões específicos ou em sítios de produção distintos geograficamente, pois, de acordo com a idade e finalidade, os suínos necessitam de condições ambientais e manejos específicos, variando a temperatura, instalações, alimentação, entre outros. Logo, existem áreas específicas para a reprodução (cobertura e gestação), maternidade, creche e crescimento/terminação (ACBS, 2014). A figura 1 representa o rebanho suíno mundial.

Figura 1: Rebanho suíno mundial

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XVI

2.2.1 Rebanho Suíno Brasileiro

A história da suinocultura industrial brasileira é marcada pelos processos de tecnificação, profissionalização, integração e consolidação. Entre as décadas de 1950 a 1970, a criação das associações de produtores nos níveis nacionais, estaduais e locais propiciou os primeiros avanços tecnológicos significativos, sobretudo com foco no melhoramento genético do rebanho, visando maiores produtividades (ABCS, 2016).

Somando-se à já mencionada atuação das associações de produtores, um importante instrumento de coordenação e governança da cadeia produtiva tem sido um dos principais responsáveis pelo desenvolvimento da suinocultura moderna no Brasil: o sistema de produção integrada (ABCS, 2016).

Os Estados do Sul lideram a produção nacional. Segundo dados da pesquisa pecuária municipal (IBGE), que estima o efetivo dos rebanhos a cada final de ano, a região sul encerrou o ano de 2015 com 49% do efetivo nacional, com 19,9 milhões de cabeças. Em comparação a 2006, quando o rebanho sulista respondeu por 45%, o crescimento do numero de cabeças foi de 24% (ABCS, 2016).

Estudos e investimentos na suinocultura posicionaram o Brasil em quarto lugar no ranking de produção e exportação mundial de carne suína, exportando 505 mil toneladas no ano de 2014. Como consequência, a produção vem crescendo em torno de 4% ao ano, sendo os Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul os principais produtores de suínos do País. No ano de 2015, a produção de carne suína registrou 3524 mil toneladas (ABPA, 2016).

Em 2016, as exportações brasileiras de carne suína totalizaram 99,3 mil toneladas no primeiro bimestre, número 77,5% superior ao registrado em igual período do ano de 2015 (SUÍNOCULTURA INDUSTRIAL, 2016). De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA, 2016), o Brasil representa 10% do volume exportado de carne suína no mundo. A Figura 2 apresenta o número de matrizes alojadas por região no Brasil.

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XVII

Fonte: ABCS, 2014

2.2.1.1 Rebanho Suíno Paranaense

O Estado do Paraná responde por cerca de um a cada quatro suínos abatidos na Região Sul, o que corresponde a mais de 16 % da produção nacional. Estima-se que ao final de 2016 sejam abatidos no Estado 6,5 milhões de cabeças, contra 5,9 milhões abatidas em 2011(crescimento de 11%) (ABCS, 2016).

O Estado também segue a tendência de grande participação de sistemas de integração e cooperativas dos demais estados da Região Sul. A distribuição no estado por modelos de produção apresenta a seguinte estratificação: 23% são suinocultores independentes, 30% são integrados e 47% cooperados. (ABCS, 2016). Assim como nos outros Estados do Sul, a distribuição do rebanho suíno no Paraná encontra-se concentrada. A Região Oeste paranaense abrigou 60% das cabeças em 2015, enquanto a Região Sudoeste e a região centro-oriental paranaense contabilizaram cerca de 11% cada uma. Essas mesmas áreas eram as mais relevantes já em 2006. Entretanto, uma vez que a região oeste recebeu os maiores investimentos do setor durante esse período, sua participação, que então era de 28%, apresentou grande salto. (ABCS, 2016).

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XVIII

2.3 CARNE SUÍNA

A carne suína é a mais consumida no mundo, embora tenha restrições em alguns países devido aos hábitos, proibições religiosas e dogmáticas (GERVASIO, 2013). A despeito da crença de que carne suína é prejudicial à saúde, é uma carne magra e contém nutrientes semelhantes aos das demais carnes (ABIPECS, 2014; VALLE, 2000).

Sua relevância vem da crescente demanda nacional e internacional, que torna a exportação de carne suína um dos nichos que mais tem crescido nos últimos anos. Em 2013 o país foi o quarto maior exportador mundial, com um total de 600 mil toneladas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, União Européia e Canadá, de acordo com Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABPA, 2014). Esse resultado corroborou com a boa atuação agronegócio brasileiro, que participou com 41,28% do valor da Balança Comercial no ano de 2013, evidenciando a importância do setor para o país, conforme o MAPA (MAPA, 2014a).

Em 2012, os principais importadores da carne suína brasileira foram Ucrânia, Rússia e Hong Kong, participando com 24,65%, 22,59% e 21,26%, respectivamente. Rússia passou a importar o produto do Brasil, de forma expressiva apenas em 2000 (18,5%). Os preços médios de exportação, em dólares por quilo, da carne suína US$ 1,96 e a quantidade média exportada entre 1995 e 2013 foi de 28 milhões de toneladas (MDIC, 2014).

2.4 SANIDADE SUÍNA

A situação sanitária do rebanho suíno brasileiro é estável quando comparada a situação dos maiores países produtores de carne suína. Nos últimos anos, houve mudanças no perfil epidemiológico das doenças dos suínos, anteriormente as mais significativas eram causadas por agentes bacterianos, tendo como base de tratamento os antimicrobianos. Atualmente, as doenças preocupantes para os rebanhos suínos são multifatoriais e virais imunossupressoras, que causam elevada morbidade, mortalidade variável, maior resistência dos patógenos e, principalmente, redução no desempenho com aumento no custo de produção (MORÉS e ZANELLA, 2011).

(20)

XIX

Fatores ambientais, incluindo exposição a doenças, estresse social e uma densidade não ideal, limitam o crescimento de tal forma que suínos criados em condições comerciais têm pouca probabilidade de expressar seu potencial máximo para deposição de proteína, mesmo quando alimentados à vontade com dieta de alta qualidade. Dentre as variáveis envolvidas, o padrão sanitário é uma das variáveis mais importantes para otimização do desempenho zootécnico. Suínos desafiados imunologicamente são menos produtivos, devido a demanda de recursos orgânicos que podem comprometer o bom desempenho animal. Quando ativado, o sistema imune desvia parte de proteínas, vitaminas, energia e minerais para geração da reação inflamatória e assim, diminui a disponibilidade para a deposição de proteínas, resultando em crescimento e desenvolvimento comprometidos (SILVA et al, 2011; NOTTAR et al, 2006).

2.4.1 Doenças Respiratórias

As doenças respiratórias na suinocultura se apresentam de forma enzoótica, estando difundidas em todas as criações do país (MORÉS e ZANELLA, 2011). Esses patógenos causam severos prejuízos, aumentando a condenação de órgãos e carcaças nos abatedouros e também afetam o ganho de peso e a conversão alimentar (ARAÚJO, 2004).

As doenças respiratórias de origem viral podem ser classificadas em primárias, quando o agente é capaz de causar a doença clínica, sendo exemplos a PRRS (Síndrome reprodutiva e respiratória dos suínos), a influenza suína, a doença de Aujesky e o coronavírus respiratório; oportunistas, quando o agente induz a doença subclínica, a qual associada a outro agente ou em situação de imunossupressão pode apresentar-se clinicamente, como é o caso do citomegalovírus (KICH e PONTES, 2011).

2.4.2 Doenças Entéricas

As diarréias representam um importante fator de desuniformidade e desequilíbrio nos indicadores de produtividade na suinocultura. Animais afetados costumam apresentar redução do ganho de peso diário, piora da conversão

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XX

alimentar, variabilidade de peso, aumento nos gastos com medicamentos, necessidade de manejo mais intensivo e maior taxa de mortalidade (BARCELLOS et al, 2011; RISTOW, 2011).

As características da suinocultura moderna, como o confinamento total propiciam à ocorrência de doenças entéricas, tendo vários fatores infeccioso e não infecciosos como por exemplo, mistura de animais de várias origens, qualidade e conforto ambiental, vazio sanitário insuficiente, qualidade de matéria prima para rações, doenças intercorrentes, a falta de programas efetivos de controle e prevenção destas doenças e diversas situações estressantes, participando da etiopatogenia da enfermidade (LIMA, 2009).

Na fase de crescimento do animal (recria e terminação), novamente mudanças são impostas pelo sistema de produção, desafiando os animais. As principais doenças entéricas que acometem os leitões são a Ileíte (Lawsonia intracellularis) e a Disenteria Suína (Brachyspira hyodysenteriae) (RISTOW, 2011)

Salmonelose é uma doença de importância tanto na saúde animal, como na saúde pública, devido à contaminação de carcaças de suínos e produtos de varejo (RISTOW, 2011). Em relação ao momento da infecção dos animais a Salmonella sp. pode estar presente em todas as fases de produção. Entretanto, a fase de terminação tem sido identificada como a mais freqüentemente envolvida na infecção dos rebanhos suínos (SCHWARZ e CARDOSO, 2006).

2.4.3 Doenças Sistêmicas

Mesmo sendo classificadas às vezes como doenças respiratórias, a PRRS, a Aujeszky e a Circovirose encaixam-se apropriadamente no conceito de doença multi-sistêmica (KICH e PONTES, 2011).

Circovírus suíno tipo 2 (PCV2), é um agente que está bastante difundido entre a população suína mundial e é o responsável por uma enfermidade emergente em suínos, a Síndrome Multisistêmica do Definhamento do Leitão Desmamado (SMDLD) (ZANELLA, 2001). Essa sindrome foi diagnosticada no Brasil no ano 2000. Desde então ela ocorre de forma endêmica na suinocultura tecnificada, afetando principalmente leitões no final da fase de creche e no primeiro mês de crescimento. A mortalidade geralmente fica entre 3% a 10%, mas pode atingir até 35% (MORÉS e ZANELLA, 2011).

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XXI

Para muitos especialistas esta é, atualmente, a doença que causa maior impacto econômico na suinocultura brasileira. Estimativas baseadas em dados não publicados, apontam uma freqüência da doença em 62,05% das creches e 66,75% das terminações de granjas tecnificadas. Além disso, a Circovirose por ser uma doença imunossupressora deixa os suínos mais vulneráveis a outros agentes que provocam doenças respiratórias e entéricas, aumentando os prejuízos (LIMA, 2009).

2.5 ALOPATIA X HOMEOPATIA

A criação intensiva de suínos criou problemas até então inexistentes, como uma alta taxa de reposição e, desse forma, gerou a necessidade de incorporar periodicamente ao plantel um grande número de matrizes. Taxas de reposição anual de 40 a 60 % são comuns nos rebanhos de todo o mundo. A introdução frequente de animais nas granjas representa um risco muito grande à área sanitária, pela possibilidade de que sejam portadores ou estejam em período de incubação de doenças infecciosas ausentes no rebanho de destino (BARCELLOS, 2007)

As mudanças de métodos de produção na suinocultura, principalmente a adoção de sistemas de criação intensivos, aumentam a pressão de infecção e o nível de estresse para os animais. Estas alterações resultaram no desencadeamento de problemas com várias doenças infecciosas, fazendo com que o uso de antimicrobianos se tornasse essencial à produção, na forma de medicamentos preventivos, curativos por meio da utilização de antimicrobianos em doses baixas para melhorar o crescimento animal (SOBESTIANSKY; BARCELOS, 2007).

O amplo e, muitas vezes, indiscriminado uso de drogas resulta na seleção de bactérias resistentes. Estas não somente podem tornar-se predominantes em uma população de bactérias, como podem transferir material genético para bactérias susceptíveis, que então adquirem resistência (VAZ, 2009).

O desenvolvimento de resistência bacteriana, além de determinar uma menor eficácia da droga, também representa um potencial de riscio a saúde pública, uma vez que o contato dos homens com os animais pode aumentar a ocorrência de resistência da microbiota desta espécie. Um correto manejo sanitário, profilaxia e higiêne são formas simples de prevenção de doenças, podendo contribuir para a redução da resistência bacteriana (COSTA et al, 2006)..

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XXII

Um estudo bem desenhado em homeopatia deve levar em consideração as particularidades da pesquisa homeopática, como a lei da semelhança e os sintomas idiossincrásicos. Na europa, o tratamento homeopático é autorizado nas fazendas de criação de gado e seu uso permite evitar resíduos químicos na corrente alimentar. Uma outra alternativa para o maior ganho de peso dos grupos onde havia produto homeopático é a diminuição do estresse dos animais realizada pelo medicamento (VUADEN, 2005).

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XXIII

3 MATERIAL E MÉTODOS

3.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

Esse estudo foi realizado na cidade de Itaipulândia, Estado do Paraná. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho, situado a 25º08’14, latitude sul e a 54º18’08”, longitude oeste. O clima da cidade de Itaipulândia é classificado como subtropical úmido com verões quentes, média anual de 22°C. O índice pluviométrico do município é de 1880/mm/ano (SIMEPAR, 2016).

O experimento foi conduzido na propriedade do Sr. Cleriston Butzge, integrado a empresa FRIELLA (Figura 3). A propriedade conta com duas pocilgas, contendo 1265 m² cada, destinadas a fase de creche, com capacidade de alojamento de 6500 animais, este recebe leitões com peso médio de 7,5 Kg e com idade de 24 dias os entrega a terminadores integrados com peso médio de 23 Kg, ficando alojados em média 35 dias.

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XXIV

3.2 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.2.1 Delineamento Experimental

O delineamento experimental utilizado foi fatorial ao acaso, sendo dois tratamentos realizados com animais de diferentes sexos e com quatro repetições. Os animais foram alojados em duas baias vizinhas, B23 e B25, com quarenta leitões cada, sendo que cada baia recebeu vinte machos inteiros e vinte fêmeas. Em uma das baias foi utilizado o produto homeopático (B25) e na outra não (B23).

3.2.2 Peso de alojamento

Para a pesagem dos animais no alojamento foi utilizada a balança Gradil Metálica da marca Progresso, com capacidade de pesagem de até 500 Kg, e acurácia de 100 gramas com dimensão de 2m x 1m x 1m e com sistema de pesagem em vara.

Os animais foram pesados e brincados individualmente. O peso médio dos animais foi entre 6,9 Kg até 7,7 Kg em ambas as baias. A baia 25 teve peso médio de 7,25 Kg, alojando os machos brincados com a numeração de 41 a 60 e fêmeas de 01 a 20. Já a baia 23, alojando os machos brincados com a numeração de 61 a 80 e fêmeas de 21 a 40, com peso médio de 7,30 Kg.

3.2.3 Coleta de Sangue

Foi realizada coleta de sangue de 20 animais para avaliar os leucócitos totais, visando avaliar a imunidade celular dos mesmos.

Para realização da coleta foi utilizado seringas e agulhas descartáveis, sendo que para cada coleta foi realizada a troca dos materiais. Depois de coletado, cada amostra de sangue foi armazenada em tubos de coleta específicos, contendo anticoagulante (EDTA), para evitar a hemólise e coagulação da amostra.

As coletas de sangue foram divididas em duas etapas, no alojamento e aos 48 dias. Foram selecionados 10 animais de cada baia para coleta, cinco machos e cinco fêmeas.

(26)

XXV

3.2.4 Controle de Temperatura Ambiental e Retal

A medição das temperaturas ambientais e retais foram realizadas diariamente, sempre no mesmo horário, entre as 8 e 8:30 horas.

O controle da temperatura ambiental foi realizada com o auxilio de um termômetro digital da marca Akso AK23, instalado exatamente no meio das duas baias usadas na avaliação, registrando diariamente a temperatura no momento da leitura , a temperatura máxima, temperatura mínima, e umidade relativa do ar.

Para a medição da temperatura retal, foi utilizado um termômetro clínico digital DT-1TB da marca Magnum.

Foi avaliada a temperatura retal diária dos mesmos 10 animais de cada baia, que tiveram sangue coletado para avaliação de leucócitos totais.

3.2.5 Consumo de Ração

O arraçoamento foi executado conforme a orientação da pela empresa, em que o lote recebeu quatro fases de ração: Maternidade, Pré 1, Pré 2 e Inicial, sendo que cada fase segue um consumo mínimo por animal.

A mensuração do consumo do lote foi controlada em ambas as baias, sendo que a cada balde de ração adicionado ao comedouro, foi devidamente pesado e anotado em uma planilha.

A quantidade de ração fornecida aos animais varia conforme a idade do lote, aumentando gradativamente conforme o consumo dos animais.

3.2.6 Características do produto

Para a realização do estudo foi utilizado o produto Imunosui®, fabricado pela empresa Orgânica Homeopatia Veterinária. Este foi administrado aos animais de forma oral, com o auxilio de uma seringa descartável da marca BD Plastipak™ de 10 ml.

O Produto é indicado para estimular o sistema imunológico dos animais, melhorar a assimilação de nutrientes, diminuir infecções do trato digestivo e

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XXVI

respiratório e promover tranqüilidade dos animais. Este é Indicado para todas as fases de criação de suínos.

A formulação do produto inclui vários ingredientes naturais como: Sulphur (CH30), Podophylum (CH30), Echinacea angustifólia (CH6), Avena sativa (CH6), Calcarea carbônica (CH200), Pyrogenium (CH200), Arsenicum álbum (CH30), Colibacillinum (CH30), Lachesis muta (CH30), Nux vomica (CH30).

3.2.8 Dosagem e Modo de Aplicação

A dosagem ideal do produto é de 1ml/suíno/semana, sendo que a cada sete dias deve-se repetir a dosagem. Na semana de alojamento e na semana de carregamento, a dose do produto foi fornecida dobrada, visando diminuir o estresse dos animais devido os manejos.

O produto foi administrado via oral nos animais. Os animais que receberam a medicação eram soltos no corredor para não correr o risco de receberem medicação dobrada. Após todos receberem a medicação, os animais retornavam a baia, conforme apresentado na Figura 4.

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XXVII

3.2.9 Análise Estatística

Os dados de pesagem na entrada, 48 dias e saída de creche, porcentagem de leucócitos na entrada e aos 48 dias de creche foram avaliados utilizando o modelo linear generalizado (PROC GLM), do programa estatístico SAS 9.1.3 (SAS 2005). As variáveis ocorrência de diarréia, tosse e outras afecções foram avaliadas pelo PROC FREQ. Foi considerada diferença significativa quando p < 0,05.

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XXVIII

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1 PESOS DE SAÍDA

Os resultados de peso dos animais estão apresentados na Tabela 1.

Tabela 1- Média dos pesos de entrada, aos 48 dias e saída de creche do lote do produtor

Cleriston Butzge

Tratamen. N P Ent (Kg) p P 48 dias (Kg) p P Saída (Kg) p Controle F 19 7,268 0,435 13,394 b 0,048 23,263 b 0.018

Homeo. F 20 7,330 13,100 b 23,170 b

Homeo. M 19 7,189 13,921 b 24,857 ab

Controle M 18 7,277 15,472 a 26,950 a

Homeo. – animais tratados com homeopatia; M – machos; F – fêmeas

P Ent – peso de entrada na creche; P 48 dias – peso aos 48 dias de vida; P Saída – peso de saída da creche.

*Média ± desvio padrão

**a,b letras em diferentes linhas indicam diferença estatística no teste Tukey, a 5 % de significância.

Observou-se que o uso do produto homeopático na fase de creche não apresentou efeito significativo no peso aos 48 dias e de saída.

Por existir efeito do sexo (P < 0,05) em relação ao peso, foram diferenciados os tratamentos e o sexo dos animais. Não houve diferença (P > 0,05) no desempenho de fêmeas tratadas e controle quanto ao peso de entrada, 48 dias de idade e saída de creche. Os animais CONTROLE machos tiveram maior peso aos 48 dias do que animais dos grupos HOMEOPATIA macho e fêmea e CONTROLE fêmea. Na pesagem de saída de creche, o peso dos machos CONTROLE e HOMEOPATIA não diferiu, porém, o grupo CONTROLE macho apresentou maior peso do que os grupos CONTROLE e HOMEOPATIA fêmea.

A ausência de significância no ganho de peso dos leitões submetidos ao uso do produto, também foi observado por Silva e Santos (2010) em experimento realizado na Fazenda UEMS/ unidade universitária de Aquidauana – MS. Por outro lado, foi constatado que após os 56 dias de idade os leitões que recebiam o tratamento apresentaram peso maior em relação aos animais controle.

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XXIX

4.2 LEUCÓCITOS TOTAIS

Na Figura 5 estão representados os resultados da contagem de leucócitos totais quanto à coleta de sangue.

Figura 5 - Leucócitos totais na entrada de creche e aos 48 dias de vida .

* n s não significativo (p >= 0,05)

Em relação à variável leucócitos totais, na entrada da creche, entre os animais da baia controle fêmea, um animal apresentou leucocitose (22.500 leucócitos por µL) e um leucopenia (5.600 leucócitos por µL). Dos animais controle macho, três apresentaram leucocitose (23.100, 35.600 e 27.000 leucócitos por µL) e um leucopenia (7.000 leucócitos por µL). Dos animais tratados fêmea, um apresentou leucocitose (29.000 leucócitos por µL) e um leucopenia (10.100 leucócitos por µL). Todos os animais tratados macho apresentaram leucocitose (22.300, 22.300, 27.300 e 24.200leucócitos por µL).

Nas análises dos 48 dias, entre os animais controle fêmea, dois apresentaram leucocitose (24.400 e 23800 leucócitos por µL). Dos animais controle macho, dois apresentaram leucocitose (30.900 e 25.500 leucócitos por µL). Dentre os animais tratados fêmea, um apresentou leucocitose (31500 leucócitos por µL). Dos animais tratados macho, três apresentaram leucocitose (23.700, 50.900 e 30.300 leucócitos por µL). 15400 18020 24025 21780 24533 21860 31125 22650 0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 35000

Controle F Homeo. F Homeo. M Controle M

ENTRADA 48 DIAS

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XXX

Referente à ocorrência de diarréia, tosse e outras afecções que podem afetar os animais, não houve diferença estatística entre as baias.

Diarréia: (Homeopatia = 12,5 % x Controle = 7,5 %; p = 0,3559). Tosse: (Homeopatia = 7,5 % x Controle = 7,5 %; p = 0,863). Outras afecções: (Homeopatia = 2,5 % x Controle = 0; p = 0,188).

4.3 TEMPERATURA RETAL EM RELAÇÃO À TEMPERATURA AMBIENTAL

Figura 6 – Avaliação da Temperatura retal e ambiental, avaliadas diariamente

durante todo o período de alojamento.

TH – temperatura retal dos animais tratados com homeopatia; TC – temperatura retal dos animais controle; T amb – Temperatura ambiente

* n s não significativo (p >= 0,05)

Não foi observada diferença estatística em relação à temperatura retal entre os dois grupos, porém, observa-se uma diferença notável de temperaturas no alojamento entre os grupos. Verificou-se que os animais tratados foram alojados com temperaturas corporais inferiores aos animais controle, o que pode justificar um menor ganho de peso aos 48 dias e saída da creche. Isto poderia causar gasto de energia para produzir calor ao invés de carne. Depois de já adaptados ao ambiente, provavelmente houve uma igualdade numérica em termos de temperatura retal entre os grupos, havendo uma maior deposição de proteína e, consequentemente os pesos se igualaram. 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 37,5 37,7 37,9 38,1 38,3 38,5 38,7 38,9 39,1 39,3 39,5 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 Tem p e ratu ra am b ie n te ( oC) Tem p e ratu ra re tal ( oC) Dias TH TC T amb

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XXXI

4.4 ÍNDICES ZOOTÉCNICOS

Os resultados obtidos em relação ao consumo de ração entre as baias estão apresentados na Tabela 3.

Tabela 3- Comparação dos indices zootécnicos entre as duas baias utilizados no

experimento BAIA 23 BAIA 25 Alojados 40 40 Carregados 39 40 Idade Média 29 29 Peso de Alojamento (Kg) 292 290,1 P. M de Alojamento (Kg) 7,30 7,25 Peso de Saída (Kg) 1007,0 951,0 P. M. de saída (Kg) 25,8 23,8 Ração Total (Kg) 832 799 Ração / Animal (Kg) 21,33 19,98 C.A. 1,163 1,209 G.P.D. 0,632 0,570 Mortalidade (%) 2,5 0

P.M: Peso Médio; CA: Conversão Alimentar; GPD: Ganho de Peso Diário..

A idade média de saída de creche entre as baias foi à mesma. O índice conversão alimentae e ganho de peso diário foram superiores na baia controle em razão de um consumo superior e do peso maior de saída da creche.

O índice de mortalidade na baia tratada teve reflexo positivo, tendo em vista que entre os 40 animais alojados, todos foram carregados, enquanto que, na baia controle houve uma morte.

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XXXII

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste trabalho conclui-se que o uso do produto homeopático na fase de creche não houve influência significativa nas variáveis peso de saída, conversão alimentar, e ganho de peso diário.

Apesar do peso de saída ter sido menor na baia tratada, teve um ganho de peso significativo a partir dos 48 dias de alojamento até a saída da creche, atingido um bom ganho de peso na reta final.

Para pesquisas futuras sugere-se que o produto seja utilizado a partir do nascimento dos animais, para que haja um incremento na imunidade dos mesmos e consequentemente uma menor perda de peso em relação aos manejos futuros.

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XXXIII

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