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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

ATIVIDADES CURRICULARES DESPORTIVAS E A INTERVENÇÃO DO

PROFESSOR MEDIANTE AO ESTRESSE PRÉ-COMPETITIVO.

Misia Juliana de Oliveira Nascimento

Wallace Ferreira Barroso

São José dos Campos/SP 2013

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Universidade do Vale do Paraíba

Faculdade de Educação e Artes

Curso de Educação Física

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

2013

ATIVIDADES CURRICULARES DESPORTIVAS E A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR MEDIANTE AO ESTRESSE PRÉ-COMPETITIVO.

Alunos: Misia Juliana de Oliveira Nascimento, Wallace Ferreira Barroso.

Orientador: Prof. MsC. Osvaldo Enrique Cimaschi Co-Orientador: Prof.MsC Adriano Percival Calvo

Banca Examinadora:

Prof.Esp. Dorival Cesare Junior

Prof. Msc.Osvaldo Enrique Cimaschi

Nota do Trabalho: ... (...)

São José dos Campos – SP 2013

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UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA

FACULDADE DE EDUCAÇÃO E ARTES

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

A INTERVENÇÃO DO PROFESSOR FRENTE À SITUAÇOES DE ESTRESSE E SUA INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO ESPORTIVO RELACIONADO AO PROCESSO

COMPETITIVO EM ALUNOS

MISIA JULIANA DE OLIVEIRA NASCIMENTO

WALLACE FERREIRA BARROSO

Relatório Final apresentado como parte das exigências da disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso à banca Examinadora do curso de Licenciatura em Educação Física da Faculdade de Educação e Artes da Universidade do Vale do Paraíba

Orientador: Prof. MsC. Osvaldo Enrique Cimaschi Co-Orientador: Prof. MsC.Adriano Percival Calvo

São José dos Campos/SP 2013

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por nos ter proporcionado vida e saúde física e mental para que enfim pudéssemos concluir nossas pesquisas.

Ao nosso orientador Professor Msc Osvaldo Enrique Cimaschi que com sua maestria nos proporcionou a oportunidade de enriquecer ainda mais nosso relatório e em especial ao nosso ilustríssimo professor Msc Adriano Percival Calvo, que acompanhou os primeiros seis meses do da execução deste trabalho nos orientando e prestigiando-nos ao partilhar conosco parte do seu amplo conhecimento em pesquisas científicas.

E mesmo que por muitas vezes privados de nossa presença em função de nossos estudos, agradecemos de todo o coração aos nossos familiares por terem provido de um inacreditável ambiente de apoio, amor e encorajamento para seguirmos adiante em busca de alcançar nossos objetivos vencendo mais uma etapa de nossas vidas, a grande felicidade de concluir nossa graduação.

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RESUMO

Este trabalho teve como objetivo expor e descrever sobre as Atividades Curriculares Desportivas na escola e a intervenção do professor de educação física mediante ao estresse pré-competitivo em função da prática desportiva, onde destacou-se a importância da capacidade do professor de mediar situações críticas e influenciar em situações favoráveis para que possam atingir os objetivos determinados individualmente e coletivamente mediante pesquisas bibliográficas que deram fundamentação para conclusão sobre a importância da pratica desportiva de alto rendimento no ambiente escolar.

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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ... 7 2 JUSTIFICATIVA ... 9 3 OBJETIVO ... 10 3.1 Objetivo Geral ... 10 3.2 Objetivos Específicos ... 10 4 METODOLOGIA ... 11 4.1 Tipo de estudo... 11 5 REVISÃO DE LITERATURA ... 12

5.1 Atividades Curriculares Desportivas - ACD ... 12

5.2 O Estresse nas competições ... 13

6 O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA ... 16

CONCLUSÃO ... 18

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1 INTRODUÇÃO

Numa visão ampla do âmbito social, as Atividades Curriculares Desportivas na escola tem função pedagógica no processo de formação do indivíduo, ressaltando a disciplina, solidariedade, às regras do jogo, o respeito à hierarquia, o espírito de equipe e outros fatores do desenvolvimento humano.

Não é raro encontrarmos equipes que superadas pelo adversário durante um jogo sucumbem às pressões de seus treinadores, da sua própria pressão mental ou do público. Os treinamentos e competições, as questões familiares, acadêmicas, a gestão da carreira desportiva, são consideradas situações estressantes (MARQUES, 2005).

De acordo com o dicionário Aurélio, o estresse é "o conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa, e outras capazes de perturbar a homeostase" (FERREIRA, 1986). O estresse pode ser resultado de um desequilíbrio entre as capacidades pessoais e as exigências ambientais. O meio em que se vive irá indicar com qual probabilidade e frequência uma determinada realidade provoca o estresse (FRASCARELI, 2008).

Desde o nascimento até a morte há uma competição pela sobrevivência em todos os setores em que atua: família, escola e trabalho, mas é no esporte que ela tem mais evidência, devido a divulgação e a importância do esporte no atual contexto social deixando de ser um fator exclusivo das experiências esportivas, pois reflete valores e objetivos sociais (DESCHAMPS; DE ROSE JUNIOR, 2008).

A partir de referencias bibliográficas citadas, verificamos o ponto de intervenção dos professores com seus alunos em competições escolares e também a necessidade de se compreender os atletas envolvidos nas turmas de treinamentos escolares e suas transições de categorias e conhecer quais as situações eram consideradas como causadoras de estresse.

Estas transições podem ser positivas ou negativas. Quando há muito esforço para se adaptar às novas exigências ou até mesmo uma falta de habilidade de ajustamento, geram sintomas e configuram uma situação de declínio ou estagnação no esporte escolar. Uma boa qualidade de transição nas categorias e faixas etárias conduzirá o aluno - atleta a uma saudável transição de carreira esportiva, mas uma baixa qualidade o levará a um estresse, onde dificuldades de adaptação, sociais e outros de ordem psicopatológica poderão exigir uma intervenção do psicólogo do

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esporte nos vários aspectos cognitivo, emocional, comportamental, social e organizacional (BRANDÃO, 2002).

É muito importante considerar a forma como cada indivíduo faz a avaliação, podendo apresentar comportamentos diferenciados para uma mesma situação, ou seja, dependendo do ponto de vista, determinados fatores podem ser motivadores ou estressantes (DESCHAMPS; DE ROSE JUNIOR, 2008).

Alguns treinadores (professores de Educação Física), sem conhecimento prévio, interpretam a Psicologia do Esporte como basicamente o trabalho sobre a motivação esportiva e a energia necessária do desportista para que desenvolva ou cumpra qualquer atividade esportiva.

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2 JUSTIFICATIVA

O professor, como mediador, é parte fundamental na formação do aluno. O estresse eminente, em função das competições escolares, traz a tona os diversos fatores que podem influenciar ou não no rendimento dentro e fora das quadras, ou seja, fatores referentes ao cotidiano alheios ao ambiente escolar.

Ampliar o conhecimento sobre as Atividades Curriculares Desportivas na escola é de extrema importância para que o professor de Educação Física aplique seus conhecimentos com segurança durante a interação com seus alunos ao executar uma atividade competitiva.

Mediante isso, o docente tem em mãos algo a seu favor, pois o aluno motivado a competir de maneira saudável e equilibrada aprende a superar-se constantemente frente aos desafios vindouros.

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3 OBJETIVO

3.1 Objetivo Geral

Levantar informações sobre as Atividades Curriculares Desportivas e a intervenção do professor de Educação Física frente o estresse pré-competitivo em seus alunos.

3.2 Objetivos Específicos

i. Descrever como funcionam as Atividades Curriculares Desportivas na escola e qual seu público alvo.

ii. Registrar informações sobre a intervenção professor nas situações de estresse na escola.

iii. Se há influencia do professor de Educação Física no desempenho esportivo do aluno em quadra no decorrer das competições.

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4 METODOLOGIA

O trabalho conduzido foi organizado com base na metodologia de pesquisa bibliográfica com o objetivo de compreender as percepções de estresse, fatores que estressa, motivam se exercem influência nos alunos no rendimento no decorrer das competições.

4.1 Tipo de Estudo

Foram realizadas pesquisas Descritivo-Analíticas através de informações obtidas por meio de Revisão Bibliográfica.

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5 REVISÃO DE LITERATURA

5.1 Atividades Curriculares Desportivas – ACD

A definição das Atividades Curriculares Desportivas é descrita como a pratica de diversas modalidades esportivas na escola, sendo classificada também como atividades extra-classe, bem diferente de serem consideradas atividades extracurriculares pois são parte integrante da proposta pedagógica da escola publica estadual e está disposto no Diário Oficial Da União – DOU, Resolução SE 14, de 02-02-2010 em seu Art.1º.

As experiências positivas associadas à prática de atividades físicas vivenciadas durante a infância e a adolescência são importantes atributos no desenvolvimento de atitudes, habilidades e hábitos que podem auxiliar futuramente na adoção de um estilo de vida ativo fisicamente na idade adulta. (GUEDES,1997)

Quanto a se discutir o ensino de esportes, não podemos descartar a necessidade de ensinar a competir. Competições pedagógicas e festivais esportivos tanto em aulas de treinamento como em aulas de educação física, são partes integrantes do projeto pedagógico, podendo ser compreendidos como ferramenta de intervenção, pois a competição como um conteúdo do planejamento do professor enriquece/incrementa o processo de ensino. (SCAGLIA, MEDEIROS, SADI 2003).

Scaglia, Medeiros e Sadi (2003) citam a competição esportiva como componente curricular do ensino da disciplina de Educação Física como parte interventora no processo de ensino e aprendizagem do aluno não podendo ser descartada.

Para os professores de educação física, o ensino de esportes antes, durante e depois das competições é um desafio muito grande, pois marcam um sentido de relação social complexa entre as pessoas, iniciando desde a preparação do evento, passando por uma série de manifestações, sociais e culturais, entre os estudantes, a partir de uma participação ativa e motivante garantida na organização e desenvolvimento da prática e do conhecimento do esporte. O ensino de esporte é muito importante não só por meio de técnicas corporais, mas de inteligência tática, atividades de cooperação e conhecimento do esporte. (SCAGLIA; MEDEIROS; SADI, 2003).

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O desporto é visto como um produto e um serviço gerador de educação, cultura, lazer e de economia. Os professores de educação física, que desempenham funções na orientação e coordenação das atividades ou pelo papel interventivo que têm junto dos alunos no aperfeiçoamento técnico-pedagógico individual e coletivo, influenciam o processo de construção da personalidade dos alunos através da estimulação do espírito de iniciativa e de responsabilidade. (VIEIRA, 2008)

Para Guimarães (2012) os professores tentam fazer com que seus alunos nas atividades que venham participar, obtenham os melhores resultados possíveis de forma que eles consigam superar seus próprios limites e possibilidades.

O treinamento não deve ser desprezado se considerarmos a necessidade de garantir que os alunos que se destacam durante as aulas de educação física tenham acesso ao esporte a partir da escola. Se houver a aplicação pratica por parte dos docentes nas competições escolares e festivais esportivos a partir de uma realidade, garantindo que o esporte escolar seja vinculado ao esporte de base, a contribuição educacional será mais efetiva na medida em que o acesso democrático e de qualidade for garantido, como é o caso de Cuba que é um país que possui uma construção de uma política de massificação do esporte a partir da educação física, concilia uma política de treinamento com a educação física. (SCAGLIA; MEDEIROS; SADI; 2003).

O professor, ao ensinar um esporte, não deve intervir somente no tocante à execução dos fundamentos esportivos que envolvam a modalidade, mas também no que se refere ao quesito relacionamento de seus alunos entre os companheiros de equipe e os da equipe adversária durante o jogo. (ROSÁRIO; DARIDO,2005).

5.2 O Estresse nas competições

Qualquer campeonato, em seu contexto competitivo, é uma fonte potencial de estresse. Os alunos são solicitados a ter bom desempenho, em circunstâncias dinâmicas que exigem grande atenção, concentração e participação ativa.

Os diferentes fatores que levam ao estresse que compõem um jogo competitivo escolar geram situações que podem influenciar o desempenho dos alunos como, por exemplo: tempo da partida, adversários, arbitragem, necessidade de vencer e de

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reconhecimento, status social e recompensa. É comum o aluno exceder os limites de sua capacidade física e psicológica frente ao desafio de enfrentarem a ansiedade.

Lipp e Tanganelli (2002) indicam que o estresse é uma reação do organismo a diferentes estímulos de origem psicológica, física ou social que fazem o indivíduo reagir de forma inusitada.

A relação entre teoria e prática tem sido uma das principais preocupações no contexto psicologia e esporte. Martens (1997) apontava a necessidade dos psicólogos saírem dos laboratórios e desenvolverem seus estudos no próprio campo da prática, a fim de validar suas investigações e resultados na tentativa de diminuir este abismo entre o trabalho dos psicólogos e dos treinadores em relação aos atletas.

É necessário enfatizar que existem diferenças em cada aluno que se apresentam de diversas maneiras como: idade, personalidade, ansiedade, motivação e nível de habilidade. (RUBIO, 2004).

A quantidade de estresse vivenciado pelo aluno parece ser um resultado da interpretação dada à situação presente, da capacidade do mesmo em lidar com ela, da sua orientação perceptual e cognitiva e das estratégias utilizadas para lidar com tais situações. A quantidade de estresse gerado pode produzir distorções psicológicas de confiança em excesso e baixa auto estima podendo até gerar perda de energia, atrapalhando o rendimento. (SEGGAR, et al. 1997).

Para De Rose Junior (2002), entre os fatores competitivos individuais pode-se destacar: personalidade dos atletas, atributos pessoais (físicos, técnicos e psicológicos), pressões internas, expectativas de vencer e objetivos. Costa e Vieira (2003) afirmam que a forma como o ser humano reage às exigências é muito específica e depende das características de personalidade, das condições ambientais e do estado emocional, ou seja, a familiaridade das emoções pré-competitivas são fundamentais já que é um importante mediador do desempenho futuro.

O ensino do esporte deve levar os alunos a compreender a lógica do jogo, integrar a comunidade com a escola, estimular a preparação e a avaliação dos jogos. Esses princípios sistematizados desenvolvem o esporte em períodos de médio e longo prazo, e ao mesmo tempo as competições pedagógicas e os festivais esportivos, na realidade mais imediata. (SCAGLIA; MEDEIROS; SADI; 2003).

Segundo Lavoura e Machado (2006) quando uma pessoa é incapaz de lidar com as situações presentes no contexto esportivo, principalmente nos momentos pré-competitivos, podem ocorrer pensamentos negativos, minimização dos níveis de

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autoconfiança e aumento dos níveis de ansiedade, que podem levar consequentemente, ao fracasso. Deschamps e De Rose Junior (2008) afirmam que a preparação psicológica em parceria com a escola influencia em uma série de modificações nos processos e estados psíquicos do atleta.

As emoções nem sempre devem ser compreendidas como somente positivas e negativas, ela vai diferenciar de atleta para atleta, por isso é essencial que os atletas sejam capazes de identificar e analisar suas emoções para assim conseguir agir adequadamente, adaptando-se a cada situação em busca de um bom desempenho na competição (LAVOURA; MACHADO, 2006).

Para lidar melhor com o estresse é fundamental que o aluno conheça as suas emoções nos diferentes contextos em que ele se expõe. Conhecer as emoções não para controlá-las, mas para auxiliar-los a compreenderem o que fazer com elas.

Na visão de Lazarus e Folkman (1984), a situação indutora de estresse é toda aquela em que a relação estabelecida entre o indivíduo e o meio ambiente é avaliada como excedendo os seus recursos, prejudicando, então, o seu bem-estar.

“toda formação profissional, no final das contas, é uma deformação humana... A (de) formação profissional do esporte abre as portas para inseguranças e medos, ansiedades e estresses, agressões humanas e somatizações. O atleta vive sempre na fronteira do desequilíbrio emocional. (...) Como se isso não fosse suficiente, além de toda a gama de estresses que a vida desportiva possibilita, enquanto a produtividade permanece sempre se convive com o fantasma da inevitável aposentadoria (FEIJÓ, 2000).

De acordo com Weinberg e Gould (2001), o ambiente social é um dos aspectos fundamentais para a adesão no esporte e a vivência positiva proporcionada pela atividade física e o esporte, juntamente com o apoio da família e o relacionamento com amigos são fatores extremamente importantes para a prática e permanência no contexto esportivo e que a escola tem um papel extremamente importante para contribuir para o interesse progressivo do aluno em qualquer modalidade esportiva.

Lavoura e Machado (2006) salientam ainda a importância da família na vida de uma criança sendo o primeiro contato social do sujeito no mundo, influenciando assertivamente o processo de facilitação social e de inserção em diversos contextos ambientais.

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6. O PAPEL DO PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Vieira (2008) descreve que o desporto escolar visa especificamente à promoção da saúde e condição física, a aquisição de hábitos e condutas motoras e o entendimento do desporto como fator de cultura, estimulando sentimentos de solidariedade, cooperação, autonomia e criatividade, devendo ser fomentada a sua gestão pelos estudantes praticantes, também descreve que o desporto é considerado como atividade de complemento curricular em ambiente educativo sob a orientação de professores onde possibilita que os alunos participem em quadros competitivos de forma regular trabalhando valores intrínsecos ás atividades desportivas como a solidariedade, respeito e a lealdade, disciplina e humanismo.

Conforme Scaglia, Medeiros e Sadi (2003) as competições pedagógicas tanto em turmas de treinamento como em aulas de educação física quando é tratado como um conteúdo do planejamento do professor, enriquece e incrementa o processo de ensino, desenvolvendo a inteligência tática, atividades de cooperação e o conhecimento do esporte.

Para nós autores deste trabalho, quando o aluno possui experiências positivas associadas à prática de atividades físicas vivenciadas durante a infância e a adolescência, desenvolve atitudes, habilidades e hábitos que no futuro, na sua idade adulta, terão um estilo de vida fisicamente ativo que é confirmado por Guedes (1997). Vieira (2008) descreve que o professor de Educação Física influenciam no processo de construção da personalidade dos alunos pois, é responsável pelo aperfeiçoamento individual e coletivo dos alunos, orientam e coordenam atividades técnico-pedagógico, estimula e incentiva à iniciativa na tomada de decisões e principalmente a responsabilidade. Rosário e Darido (2005) completam a teoria de Vieira (2008) que o professor não deve trabalhar somente a execução dos fundamentos esportivos na qual os alunos praticam, mas também a relação entre seus companheiros e o adversário.

Para que o aluno consiga ter um bom desempenho durante o campeonato, acreditamos que eles se deparam com diversas situações geradoras de estresse como a necessidade de vencer, medo de perder, críticas que possam ocorrer,

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preocupação com a técnica dos adversários, desempenharem bem nas partidas entre outras que precisam ser trabalhados.

Segundo Lipp(2002) O estresse é uma reação do organismo a diferentes estímulos de origem psicológica, física ou social que fazem com que o indivíduo reaja de forma inusitada e para Rubio(2004) e Costa e Viera(2003), cada aluno reage de maneira diferente mostrando suas características individuais, suas habilidades, personalidade, interpretação dada à situação presente, as estratégias utilizadas para lidar com tais situações, motivação entre outras características.

Conforme Lavoura e Machado (2006) declaram onde o professor tem que buscar identificar e analisar as emoções de cada aluno, Scaglia Medeiros e Sadi (2003) descrevem que o comportamento, questões emocionais, atitude e postura dos professores influenciam no processo ensino-aprendizagem, onde o professor que grita com seus alunos e atribui a culpa da derrota a sua equipe, no árbitro ou agride verbalmente outras pessoas, demonstrando descontrole emocional, não conseguirá ensinar a seus alunos o jogo limpo, tampouco a assimilação de atitudes éticas e morais frente às situações competitivas, o que pode contribuir para a violência no esporte.

Segundo Lavoura e Machado (2006), pensamentos negativos, diminuição da autoestima, aumento de ansiedade, podem levar ao fracasso quando o individuo é incapaz de lidar com situações do contexto esportivo e não está bem preparado psicologicamente principalmente em pré-competições e conforme De Rose Junior(2006) uma preparação psicológica influencia em uma série de modificações nos processos e estados psíquicos do atleta e seu desempenho.

Conforme a literatura de Weinberg e Gould (2001) e Lavoura e Machado (2006) a família tem um papel fundamental na vida dos alunos, pois é ela quem dar o primeiro contato social com o mundo, inseri-los em diversos contextos ambientais para que tenha uma vivencia positiva proporcionada pela atividade física e o esporte. O apoio da família é muito importante para que o aluno pratique e permaneça no contexto esportivo podendo acrescentar que a escola tem um papel extremamente importante para contribuir para o interesse progressivo do aluno em qualquer modalidade esportiva.

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CONCLUSÃO

Concluiu-se que a prática do esporte tem reflexos significativos na vida de um indivíduo principalmente na educação e saúde, contribuindo para a superação de problemas sociais, auxiliando assim o relacionamento professor-aluno.

As competições pedagógicas e os festivais esportivos, que integram nos direitos dos estudantes, são desenvolvidos no ambiente escolar como um dos conteúdos previstos para aulas de educação física e turmas de treinamento, além de ensinar o desporto, a tarefa educacional prepara para algo mais do que a atividade específica da escola. O aluno aprende a desenvolver habilidades diversificadas, podendo aproveitá-las em outros esportes ou atividades da cultura corporal de movimento proporcionando o convívio em grupos, a construção de regras, propondo alterações com a contribuição para seu desenvolvimento moral e social.

Qualquer que seja o nível do aluno envolvido ou do esporte disputado, a competição representa um constante desafio que, muitas vezes, por características individuais ou situacionais, acaba por se tornar uma ameaça mesmo.

O professor precisa diferenciar as características de cada aluno pois, facilita a sua atuação como técnico para desenvolver melhor o trabalho em equipe, melhorando assim o desempenho de seus alunos fazendo com que eles tenham maior rendimento.

Situações como errar em momentos decisivos, perder jogos praticamente ganhos ou perder jogos decisivos têm um peso considerável na avaliação que o professor pode fazer das situações causadoras de estresse.

Na verdade existe um conjunto de fatores que atuam e podem levar o aluno a um rendimento adequado ou não. Cabe ao profissional ter conhecimento desses fatores e dos atributos dos alunos para que proporcione a melhor forma de lidar com tantas variáveis e manter um desempenho que lhes permitam atingir os objetivos determinados individual e coletivamente.

A prática esportiva se for mal ministrada pelo professor de educação física traz prejuízos na formação do aluno tanto no aspecto afetivo, motor ou cognitivo. As frustrações do futuro desportista e do próprio cidadão em cada fase da vida se tornam muito traumáticas, levando muitas vezes precocemente ao abandono completo da atividade esportiva, provando que há sim uma influencia significativa da intervenção

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do professor nas situações estressantes que possam culminar reações inesperadas por parte do aluno dentro e fora da escola.

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REFERÊNCIAS

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Referências

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