1
FISIOLOGIA HUMANA
3
Visão geral
● Sistema endócrino:
─ Grupo de glândulas responsáveis por regular vários órgãos dentro do corpo;
─ Satisfazer as necessidades de crescimento e reprodução do organismo;
─ Responder às flutuações dentro do
ambiente interno, incluindo vários tipos de estresse.
Glândulas
● Estruturas responsáveis pela produção e excreção de mensageiros/substâncias
químicos na corrente sanguínea; ● Controlam o funcionamento do
5
(existem outros órgãos
endócrinos?)
● Placenta; ● Coração; ● Estômago; ● Intestino delgado; ● Adipócitos; ● Músculo esquelético; ● ...7
(adipócitos)
● Ex.: leptina (inibe apetite, estimula termogênese)
*Atua em receptores do SNC com o intuito de aumentar a saciedade
9 2008
Músculo esquelético:
IGF1 Citocinas BDNF Outros(músculo esquelético)
● Neurogênese: ─ Ex.: BDNF, IGF1."It was demonstrated that BDNF can cross the blood-brain barrier (94, 95) in both directions, i.e. from the brain to the periphery and from the periphery to the brain (95), via the high capacity saturable transporter system (95)".
11
Hormônio
● Substância química produzida por tecidos especializados;
● Condução até tecidos-alvo;
● Função: indução de uma resposta celular.
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Hormônios: mensageiros
químicos
● Neurotransmissores: liberados por
terminais de axônios de neurônios nas juntas sinápticas; atuação local para controle de células nervosas;
● Hormônios endócrinos: liberados por
glândulas ou células especializadas na circulação sanguínea; influenciam a
função da célula em outra localização do corpo;
Hormônios: mensageiros
químicos
● Hormônios neuroendócrinos:
secretados por neurônios no sangue circulante; influenciam a função da célula em outra localização do corpo;
● Parácrinos: secretados por células no
líquido extracelular e afetam células vizinhas de um tipo diferente;
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Hormônios: mensageiros
químicos
● Autócrinos: secretados por células no
líquido extracelular e afetam a função das mesmas células que os produziram, ligando-se aos receptores da superfície celular;
● Citocinas: peptídeos secretados por
células no líquido extracelular* e podem funcionar como hormônios autócrinos, parácrinos ou endócrinos.
Hormônios: estrutura química
● Esteroides:
─ Sintetizados a partir do colesterol, estrutura química semelhante;
─ Lipossolúveis: difundem-se facilmente através das membranas celulares;
● Proteínas e polipeptídios:
─ Maioria dos hormônios no corpo;
─ Hidrossolúveis: difundem-se no sistema circulatório facilmente;
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21 ●Não-esteróide: ─Ativação enzimas celulares; ─Alteração permeabilidade membrana; ─Síntese proteínas; ─Metabolismo celular; ●Esteróide:
─Ativação gênica direta (RNAm sintetizado no núcleo);
» Enzimas que podem exercer numerosos efeitos sobre os processos celulares;
» Proteínas estruturais que participarão do
crescimento e reparo tecidual;
» Proteínas reguladoras que podem alterar a função enzimática.
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Síntese de proteínas
Degradação
mTOR
TIPO, VOLUME, INTENSIDADE
HORMÔNIOS Insulina Hipóxia LEUCINA/AAs Estresse energético ESTRESSE MECÂNICO Inibição da síntese Upstreams x Downstreams Balanço nitrogenado Ativadores mTOR Rheb/GTP AKT/PKB MAPK hormônios (insulina, IGF-1) Inibidores mTOR Rheb/GDP AMPK TSC 1/2 REDD 1/2 Citocinas (miost, TNF, IL) Ativadores tradução mTOR MAPK S6K1 rpS6 eEF2 eIF4E Inibidores tradução eEF2K Ca2+ - calmodulin 4EBP1 - EIF4E
*Substância psicoativa mais consumida no mundo. *Mecanismos de ação celular e comportamental.
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Cafeína
─ ↑ ativação adenilato ciclase;
─ Inibição da fosfodiesterase (responsável por destruir AMPc);
─ ↑ mobilização de cálcio do retículo sarcoplasmático; ─ Antagonista de adenosina; ─ Aumento de neurotransmissores: ● Catecolaminas; ● Acetilcolina; ─ ↑ estado de alerta. Deslandes et al., 2005.
(sistema ATP-CP)
*Enzima quinase: facilita a liberação de energia (separa Pi da creatina); *Processo pode ocorrer com ou sem oxigênio;
*Estoques limitados de ATP e creatina fosfato podem sustentar necessidades energéticas por alguns segundos (3” a 15”);
ATP = Adenosina + Pi + Pi + Pi
Adenosina, Pi, Pi, Pi ATPase Adenosina, Pi, Pi + Pi + ENERGIA
CP (creatina-fosfato) creatina quinase Creatina Pi + ADP = ATP Qualquer local da célula (~7 kcal/mol) adenilato ciclase 2 ADP em ATP + AMP
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● Outros fármacos simpaticomiméticos:
─ Anfetaminas;
─ Cocaína;
─ Nicotina;
─ Álcool:
● Hipotálamo: ↓ desencadeamento da liberação do ADH pela hipófise posterior;
● Liberação de renina (rins) → angiotensina I → angiotensina II → aldosterona (córtex adrenal);
● ↑ produção de urina e desidratação.
EFEITOS COLATERAIS
● Retardo da sensação de fadiga, insuficiência circulatória;
● Agitação, insônia, irritabilidade;
● Angina/infarto do miocárdio, colapso circulatório;
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(prostaglandinas)
● Tecnicamente não são hormônios;
● Derivam de um ácido graxo (ácido
aracdônico);
● Estão associados às membranas
plasmáticas de quase todas as células do organismo;
● Atuam como hormônios locais;
● Parte pode sobreviver e circular no sangue
exercendo efeitos sobre tecidos distantes;
● Mediadores de efeitos de outros hormônios
e da resposta inflamatória.
Como os hormônios podem limitar seus efeitos a alvos específicos?
─ Interação hormônio-receptor: afeta somente
tecidos que contém esses receptores;
─ 2000 a 10000 receptores: não-esteróides
(membrana celular) e esteróides (citoplasma ou núcleo).
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Regulação
● Descendente ou dessensibilização:
─ Aumento da quantidade de um hormônio
específico produz diminuição do número de receptores celulares disponíveis para ele;
─ Concentrações plasmáticas de hormônios
específicos nem sempre são os melhores indicadores da atividade hormonal real;
● Regulação ascendente:
─ Em poucos casos uma célula pode responder à
presença prolongada de grandes quantidades de um hormônio aumentando o número de receptores disponíveis;
─ Célula torna-se mais sensível ao hormônio.
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roali
m
34
HIPÓFISE OU GLÂNDULA
PITUITÁRIA
Hipófise ou glândula pituitária
● Abaixo do hipotálamo, que regula sua
atividade excretora;
● Dividida em duas partes:
─ Neuroipófise (lobo posterior);
● Terminações axonais de neurônios cujos corpos celulares estão no hipotálamo;.
● Armazena e secreta os hormônios antidiurético e ocitocina;
─ Adenoipófise (lobo anterior);
● Parte glandular da hipófise, conectada por vasos sanguíneos com o hipotálamo;
● Produz hormônios que regulam outras glândulas, como o FSH (foliculoestimulante), TSH
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Hipotálamo
● Abaixo do tálamo e acima da hipófise (ou
pituitária);
● Controle e integração de atividades do
sistema nervoso autônomo;
● Controle da temperatura corporal;
● Regulação da ingestão de alimentos e
líquidos;
● Controle da liberação hormonal pela
hipófise;
● Conexão primária entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.
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Hipotálamo e hipófise
● Unidade que exerce controle sobre a função de várias glândulas endócrinas:
─ Tireoide;
─ Adrenais e gônadas;
● Sistema nervoso + sistema endócrino:
modulação de todos os processos fisiológicos.
Hormônios hipotalâmicos
● Ativados por metabólitos;● Sensíveis a alterações na glicose sanguínea e estresse, p. ex.;
● Caráter estimulante ou inibidor;
● Hormônios de Liberação (RH = Releasing Hormone);
40
Adenoipófise
● Lobo anterior da hipófise;
● Cinco tipos de células endócrinas que
produzem seis hormônios (controlados por
neurormônios hipotalâmicos),
denominados hormônios da pituitária anterior;
─ Hormônio do crescimento humano (GH);
─ Tireotrofina (TSH);
─ Hormônio foliculoestimulante (FSH);
─ Hormônio luteinizante (LH);
─ Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH);
─ Prolactina (PRL).
Fisiologia Humana
Adeno-hipófise ou anterior
É constituída por 5 tipos celulares diferentes relacionadas cada uma à produção de hormônios diferentes: • Corticotrofos; • Tireotrofos; • Gonadotrofos; • Somatotrofos; • Lactotrofos.
42 Fisiologia Humana
Ação dos hormônios estimulantes hipotalâmicos sobre a adeno-hipófise
Hormônios estimulantes hipofisários
Tipos celulares da adeno-hipófise
Fisiologia Humana
Hormônios da Adeno-hipófise
• TSH – hormônio tireotrófico ou tireotrofina – atua sobre a tireoide. Estimula a síntese e secreção de T3 e T4 (tiroxina).
• Gonadotrofinas (LH e FSH) – estimulam o crescimento das gônadas; gametogênese e produção dos hormônios sexuais.
• ACTH – hormônio adrenocorticotrófico – estimula a síntese de mineralocorticoides, glicocorticoides e andrógenos pelo córtex das glândulas adrenais.
• GH – Hormônio do crescimento – atua sobre o crescimento do corpo. • Prl – prolactina – preparação e manutenção da glândula mamária para
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Adenoipófise: GH
● Hormônio do crescimento humano ou somatotrofina;
● Crescimento e multiplicação celular por aumentar a taxa de aminoácidos nas células para a síntese de proteínas;
● Regulação: hormônio liberador e inibidor da glândula pituitária pelo hipotálamo.
● GH:
─ Estimula síntese protéica e o crescimento da maioria das células e tecidos;
46 Fisiologia Humana
Hormônio do crescimento – GH Secreção pulsátil
Relaciona-se com nutrição, estresse, estímulos: • Aumenta nas primeiras 2 horas de sono
profundo. • Inanição.
• Hipoglicemia ou baixa concentração de ácidos graxos no sangue.
• Exercício. • Traumatismo.
• Excesso de produção: Gigantismo (crescimento); acromegalia (após crescimento).
• Deficiência no receptor de GH: nanismo.
Fisiologia Humana
Efeitos colaterais
• Aumento do risco de acromegalia; • Resistência à insulina – diabetes;
• Cardiomegalia – aumento do consumo de oxigênio pelo miocárdio;
• Retenção de água – hipertensão arterial; • Síndrome da compressão do túnel do carpo;
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Adenoipófise: TSH
● TSH: hormônio tireotrofina ou tireoestimulante;
─ Estimula a produção e secreção de hormônios pela tireoide, sob controle do hormônio liberador hipotalâmico.
Adenoipófise: FSH e LH
FSH LH
Mulher Transportado até os
ovários, estimula o desenvolvimento folicular, a secreção de estrógenos ou hormônios sexuais femininos. Como o FSH também estimula a secreção de estrógenos pelos ovários, gera liberação de um ovócito
(ovulação), estimula a formação do corpo lúteo e sua secreção de progesterona.
Homem Estimula a produção de
espermatozoides pelos testículos. Estimula o desenvolvimento dos testículos e estes a secretarem a testosterona.
50
Adenoipófise: ACTH e PRL
● ACTH: hormônio adrenocorticotrófico;
─ Estimula o córtex suprarrenal a secretar seus hormônios (cortisol e aldosterona, p. ex.);
● PRL: prolactina;
─ Produção de leite pelas glândulas mamárias;
─ Efeito facilitador para o FSH e LH no ovário;
● Aumentam número de moléculas receptoras;
● Estimulam aumento de secreção de progesterona após a ovulação.
Hipófise anterior
● Estrutura química: peptídeos ─ GH ● Crescimento ─ TSH (tireosestimulante) ● Hormônios tireóide ─ FSH (folículo-estimulante) ● Folículos (ovários) e espermatozóides ─ LH (luteinizante) ● Testosterona, estrogênio e progesterona ─ ACTH (adrenocorticotrópico) ● Hormônios adrenocorticais ─ Prolactina52
Neuroipófise
● Lobo posterior da hipófise;
● Liberação de dois neurormônios: ocitocina e vasopressina;
● Pequenos hormônios peptídeos sintetizados no corpo celular de neurônios do hipotálamo;
Hipófise posterior
● Estrutura química: peptídeos ─ HAD (anti-diurético) ou vasopressina ─ Ocitocina ● Contração uterina e secreção de leite54
Neuroipófise: ADH
● Vasopressina (ou hormônio antidiurético ou
ADH):
─ Sintetizada nos corpos celulares dos neurônios
do hipotálamo;
─ Transportada pelo interior dos axônios do feixe
hipotálamo-hipofisário para a neuroipófise, onde fica armazenada;
─ Produção e retenção de urina, constrição dos
vasos sanguíneos e elevação da pressão arterial;
─ Manutenção de volume de líquido extracelular
dentro de valores normais.
Neuroipófise: ocitocina
● Nas mulheres: contrações uterinas
durante o trabalho de parto e controle da ejeção de leite durante a amamentação;
● Desenvolve apego e empatia entre pessoas;
● Parte do prazer do orgasmo;
56
Ocitocina
CONTRAÇÃO UTERINA DISTENÇÃO DO COLO DO ÚTERO NO
FINAL DA GESTAÇÃO SUCÇÃO DA MAMA CONTRAÇÃO DAS CÉLULAS MIOEPITELIAIS Liberação de ocitocina + Fisiologia Humana
Hormônios do eixo hipotálamo-hipófise
Hormônios da adenohipófise:
Hormônio folículo-estimulante (FSH) Hormônio luteinizante (LH)
Hormônio tireo-estimulante (TSH)
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH)
Prolactina (PRL)
Hormônio do crescimento (GH)
Hormônios da neurohipófise:
Hormonio anti-diurético (ADH) Ocitocina
Hormônios hipotalâmicos:
Hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH)
Hormônio liberador de tireotrofina (TRH)
Hormônio liberador de corticotrofina (CRH) Hormônio inibidor de Prolactina (Dopamina)
Hormônio liberador de GH (GHRH) Somatostatina
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TIREOIDE
Glândula tireoide
● Composta por dois lobos ligados entre si;
● Localizados lateralmente à metade superior da traqueia, imediatamente abaixo da laringe;
● Hormônios: triiodotironina (T3), tiroxina (T4) e calcitonina;
● Glândulas paratireoides: face posterior de cada lobo da tireoide;
60
Glândula tireoide
● Drenada por um conjunto de três veias em cada lado;
─ Veias tireoide superior, média e inferior;
● Inervação simpática vasomotora.
Fisiologia Humana
Paratireoides
São em número de 4, duas superiores e duas inferiores. Possuem formato elipsoide e estão localizadas na face posterior da glândula tireoide.
62
Tireóide
─ Estrutura química: aminas ─ Estimulada pelo TSH ● T4 (tiroxina) ● T3 (triiodotironina) ─ Metabolismo (ambos) ─ Estrutura química: peptídeo ● Calcitocina ─ Cálcio (↑ ossos, ↓ líquido extracelular)Paratireoide
● Estrutura química: peptídeo ─ PTH (paratormônio) ● Controle da concentração de cálcio e fosfato64
Glândula tireoide
● Hormônios afetam quase todos os tecidos do organismo;
● Integram a ação de outras glândulas e neurotransmissores.
Fisiologia Humana
Ações fisiológicas dos Hormônios Tireoidianos (HT)
Praticamente todos os tecidos possuem receptores para os HT. Efeitos:
• Termogênese – aumento da produção de calor pela ação sobre a mitocôndria;
• Metabolismo proteico, lipídico e de carboidratos – estimula a diferenciação de adipócitos, aumenta o consumo de LDL e colesterol. Aumenta a síntese e degradação de proteínas.
Estimula a glicogenólise e gliconeogênese, potencializa a ação da insulina; • Simpático cardíaco – aumenta a expressão de receptores de catecolaminas
no miocárdio;
67
Glândula tireoide
● Quantidade deficitária durante o
desenvolvimento do feto ou na infância:
─ Estruturas neurais ou órgãos com desenvolvimento inferior;
─ Diminuição do crescimento do córtex cerebral e cerebelar, mielinização e proliferação de axônios;
─ Estado de alerta, resposta a estímulos, fome, memória, aprendizagem e no tônus muscular.
Fisiologia Humana
Cretinismo e Hipotireoidismo congênito
• Caracteriza-se pela baixa ou não produção de HT durante a fase embrionária (cretinismo) ou pós-natal (congênito).
• No Hipotireoidismo congênito – a reposição deve ser imediata (primeiras 2 semanas) – exame do pezinho.
69
Glândula tireoide
● Baixa sistêmica de hormônios tireóideos ou taxa metabólica: sensores químicos do hipotálamo estimulam secreção do hormônio liberador;
● Adenoipófise secreta hormônio estimulante da tireoide (TSH).
Glândula tireoide: T3 e T4
● 93% tiroxina (T4);
● 7% em triiodotironina (T3);
● Funções desses dois hormônios são qualitativamente iguais, mas diferem na velocidade e intensidade de ação;
● T3 é cerca de quatro vezes mais potente que a T4, mas está presente no sangue em menor quantidade e persiste por tempo muito menor.
71
Glândula tireoide
● T3:
─ ↑ FC;
─ ↑ fluxo sanguíneo;
─ ↑ taxa basal, consumo de oxigênio e produção de calor;
─ ↑ ventilação por minuto;
─ ↑ taxa de secreção de outras glândulas;
─ Excesso: efeitos adversos.
Glândula tireoide: T3 e T4
● T3 e T4:
─ Regulação do metabolismo;
─ Estímulo da síntese de proteínas;
─ Aumento da excreção de colesterol e uso de glicose para produção de energia;
─ Aceleração do crescimento corporal e do tecido nervoso, em conjunto com o
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Hipertireoidismo em adulto • Taxa metabólica aumentada –
Calor;
• Aumento da ingestão de alimento;
• Sudorese excessiva; • Fraqueza muscular e
osteoporose pela degradação de proteínas;
• Aumento da frequência cardíaca;
• Tremor, nervosismo e insônia;
• Exoftalmia (protuberância do olho anteriormente para fora da órbita).
Fisiologia Humana
75 Fisiologia Humana
Hipotireoidismo em adulto
• Taxa metabólica reduzida – intolerância ao frio; • Diminuição da sudorese; • Ressecamento da pele, • Baixo débito cardíaco; • Ganho de peso – excesso de
tecido adiposo e de líquido; • Letargia; lentidão mental.
Glândula tireoide: hipotireoidismo
● Secreção hormonal deficitária pela tireoide;
● Provavelmente ocasionado por resposta autoimune, porém contra a glândula, ao invés de estimulá-la;
● Intolerância ao frio, diminuição da síntese de proteínas com queda de cabelo,
unhas quebradiças e pele fina, bradicardia;
78
Glândula tireoide: hipotireoidismo
● Diminuição da velocidade dos reflexos, fala e processamento do pensamento;
● Ausência de iodo na dieta (cretinismo endêmico);
● Ausência congênita da tireoide (cretinismo congênito).
Fisiologia Humana
Bócio
Bócio, vulgarmente conhecido como "papo", é um aumento da glândula tireoide, o qual pode envolver toda a glândula (bócio difuso) ou apenas parte dela (bócio nodular).
A glândula tireoide pode estar: • Hiperfuncionante ocasionando
um hipertiroidismo clínico; • Hipofuncionante, ocasionando
80
Paratireoide: PTH
● Regulação de cálcio e fosfato;
● Hormônio polipeptídico;
● Cálcio:
─ Constituinte dos ossos onde se acumula cerca de 99% do total do organismo;
─ Mediador em vários fenômenos vitais;
─ Excesso (hipercalcemia) ou falta
(hipocalcemia): distúrbios fisiopatológicos;
─ Insuficiência renal, doenças ósseas, calcificações de tecidos moles, distúrbios neuromusculares e centrais.
Fisiologia Humana
Importância do Cálcio
O cálcio se liga a um grande número de proteínas celulares e atua na regulação de diversos processos orgânicos como:
• Excitabilidade neuromuscular; • Coagulação sanguínea; • Processos secretórios; • Integridade das membranas; • Transporte celular;
• Reações enzimáticas;
• Liberação de hormônios e neurotransmissores; • Formação e manutenção da matriz óssea.
Na maioria destas situações o cálcio atua tanto como um transmissor de sinais de fora da célula para o seu interior, como um ativador das proteínas funcionais envolvidas.
84
(1000
Paratireoide: PTH
● Fosfato:
─ 85% armazenado nos ossos, 14% a 15% nas
células, e menos de 1% no líquido extracelular;
─ Fosfato inorgânico: integridade funcional de
ossos e dentes, tampão para o íon hidrogênio no plasma, substrato para fosfatos orgânicos (ATP, AMPc, ex);
─ Hipofosfatemia: diminuição da absorção
intestinal, aumento do uso do nutriente ou alcoolismo;
─ Hiperfosfatemia: insuficiência renal, quando os
rins aumentam sua absorção ou deixam de excretar o fosfato em excesso.
86 Fisiologia Humana
Funções do fosfato (Pi):
• Estrutura óssea;
• Estrutura de membranas – fosfatidilcolina; • Estrutura dos ácidos nucleicos;
• Ativação de receptores hormonais através de proteínas fosforiladas; • Ação no metabolismo, ação nos músculos e SNC – fosfatos (AMPc
e IP3);
• Armazenamento de energia (ATP, ADP); • Principal ânion intracelular.
O PTH promove a fosfatúria, porém, quando o fosfato plasmático diminui, estimula a absorção de cálcio e fosfato no intestino pelo estímulo da 1,25 (OH)2D3.
A maior parte da concentração de fosfato é intracelular, sendo que 80% está no osso.
Paratireoide: PTH
● Aumenta a absorção de cálcio e fosfato a partir dos ossos;
● Reduz a excreção de cálcio pelos rins;
89
Paratireoide: PTH
● Osteólise: fase rápida da absorção de cálcio e fosfato;
─ Remoção de cálcio e fosfato de adjacências dos osteoblastos;
─ Remoção de cálcio e fosfato da proximidade dos osteócitos (células maduras derivadas de osteoblastos);
● Ativação osteoclastos (“destroem o osso”): fase lenta de absorção óssea.
Fisiologia Humana
Metabolismo do cálcio
Nos ossos, o PTH aumenta a atividade dos osteoclastos que iniciam o trabalho de remodelamento ósseo.
Como resultado, a taxa de reabsorção óssea supera momentaneamente a de formação, aumentando a concentração extracelular de cálcio.
91
PTH x calcitocina
● Calcitocina (secretado pela tireoide):
─ Diminui concentração de cálcio no sangue;
─ Inibe atividade dos osteoclastos e absorção de Ca+2 nos intestinos;
─ Aumenta fixação de cálcio nos ossos.
Doenças osteometabólicas
● Osteoporose, hiperparatireoidismo e
raquitismo, por ex.;
● Osteoporose:
─ Ossos fracos e frágeis predispondo a fraturas;
─ Mais comum no gênero feminino e após a
menopausa devido à diminuição de estrogênio;
─ Também acomete homens com idade mais
avançada;
─ Fragilidade óssea: alterações posturais e
compressão vertebral;
─ Falta de estresse físico sobre os ossos em
virtude da inatividade, desnutrição e deficiência de vitaminas.
93
Doenças osteometabólicas
● Hiperparatireoidismo: aumento da secreção hormonal pela glândula paratireoide;
─ Primário: representa uma anormalidade das glândulas que induz secreção excessiva do paratormônio, geralmente ocasionado por tumor;
─ Secundário: ocasiões que reduzem os níveis de cálcio no sangue (hipocalcemia), como insuficiência de vitamina D e cálcio, gravidez e lactação.
Doenças osteometabólicas
● Raquitismo: deficiência de vitamina D, principalmente em crianças;
─ Osteomalacia: nome em adultos;
─ Carência de cálcio e fosfato no líquido extracelular;
─ Relação vitamina D e exposição solar:
tendência ao aparecimento em especial nos meses da primavera;
─ Vitamina formada durante o verão fica armazenada no fígado e disponível durante os meses iniciais do inverno.
95
GLÂNDULAS ADRENAIS
Glândulas adrenais ou
suprarrenais
● Localizadas na parte superior de cada rim;
● Compostas internamente pela medula e externamente pelo córtex;
97
Glândulas adrenais ou
suprarrenais
● Medula: aminas epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina);
● Córtex: esteroides mineralocorticoides, glicocorticoides e androgênios.
99
Córtex
● Regulado por ACTH (Eixo HhipotálamoPpituitária-anterior
Aadrenal);
● Dividido em três zonas:
─ Zona externa ou glomerulosa (15% do córtex);
● Secreção de hormônios mineralocorticoides; ─ Zona média ou fasciculada (75% do córtex);
● Secreção de glicocorticoides (cortisol e corticosterona);
● Secreção em menor quantidade: androgênios e estrogênios adrenais;
─ Zona interna ou reticular:
● Secreção de pequenas quantidades de andrógenos adrenais (DHEA e androstenediona);
● Secreção em menor quantidade: estrogênios e glicocorticóides.
101
Zona reticular/medular
● Androgênios adrenais, em especial a deidroepiandrosterona (DHEA);
● Secretados principalmente durante a vida fetal;
● Progesterona e estrogênios em minúsculas quantidades;
● Principal estimulador: ACTH (hipófise anterior);
● Desenvolvimento precoce de pelos axilares e pubianos.
Córtex
● Mineralocorticoides
─ Aldosterona, desoxicorticosterona (1/30 potência aldosterona), corticosterona e cortisol (potência fraca vs aldosterona):
─ Controle da homeostase da água, íons sódio e potássio;
─ Aldosterona: 95% de atividade;
● Necessário em situações de desidratação, deficiência de sódio ou hemorragias;
● Aumenta a reabsorção de sódio da urina e o devolve ao sangue;
104
Córtex
● Cortisol:
─ Sinergismo com catecolaminas e glucagon;
─ Glicogenólise muscular e hepática (glicogênio em glicose);
─ Gliconeogênese hepática (conversão de aminoácidos em glicose);
─ Lipólise;
─ Inibição de glicogênese (síntese de glicogênio nos músculos e fígado).
106
Ações fisiológicas do Cortisol
Metabolismo dos carboidratos Aumento da gliconeogênese; Redução da utilização de glicose = hiperglicemia e glicosúria (presença de glicose na urina). glicose cortisol Fisiologia Humana
Ações fisiológicas do cortisol
Metabolismo proteico • síntese de proteínas e catabolismo de proteínas (tecidos periféricos); • gliconeogenese a partir de aminoácidos; • da concentração plasmática de aminoácidos. Fígado músculo aminoácidos plasma Cortisol
108 Fisiologia Humana
Ações fisiológicas do cortisol
Metabolismo de lipídeos
• lipólise pelo aumento da enzima lipase hormônio sensível (LHS);
• do catabolismo com
dos ácidos graxos livres – utilizados para energia.
Cortisol Fígado Adipócito LHS TG glicerol AG Tecidos e plasma Fisiologia Humana
Variação circadiana da produção de ACTH e cortisol
Chamado de hormônio do despertar pois aumenta nas primeiras horas do dia.
Padrão pulsátil de secreção – em torno
de 10 surtos ao longo do dia que decrescem à noite.
110
Córtex
● Cortisol:
─ Suprime o sistema imune através da
diminuição acentuada de linfócitos, particularmente os T Helpers;
─ Impede o desenvolvimento da inflamação;
─ Reduz a permeabilidade dos capilares e a migração de leucócitos para a área
inflamada, além da fagocitose de células lesadas.
Fisiologia Humana
Ações do cortisol sobre o sistema imunológico
Ação imunossupressora pela atuação em diversos sítios: • Inibição da produção de citocinas pelos linfócitos; • Diminuição da migração leucocitária;
• Estabilização das membranas lisossomais;
• Inibição da fagocitose pelos macrófagos e de sua ação de apresentação de antígeno;
112 Fisiologia Humana
Síndrome de Cushing
Ocorre pela produção excessiva ou uso de glicocorticoides:
• Face de lua cheia;
• Perda do feedback negativo – mesmo à noite o cortisol está em alta concentração;
• Obesidade com predominância de gordura abdominal;
• Fraqueza muscular; • Osteoporose;
• Pele fina com estrias.
Fisiologia Humana
Síndrome de Addison
Ocorre pela diminuição ou ausência da produção de glicocorticoides:
• Perda de peso e anorexia; • Fadiga;
• Desidratação, hipotensão; • Hipoglicemia;
• Perda de pelos púbicos; • Aumento da melanina – escurecimento da pele.
114
Medula
● Estrutura química: aminas ─ Epinefrina ─ Norepinefrina ↑ Lipólise Glicogenólise Gliconeogênese Fisiologia HumanaAção das catecolaminas da medula adrenal
Sistema nervoso simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse.
• ↑ taxa metabolismo; • ↑ taxa metabolismo;
• ↑ glicogenólise (fígado e músculo);
• ↑ força de contração do coração (miocárdio);
• ↑ da liberação de glicose e ácidos graxos para corrente sanguínea;
• Vasodilatação dos músculos em exercício e vasoconstrição em vísceras e na pele;
• ↑ da pressão arterial; • ↑ da frequência respiratória.
116
Medula
● Sinalização simpática descendente;
● Medula adrenal: células da divisão
simpática do sistema nervoso autônomo;
● Resposta de “lutar ou fugir”: várias formas de estresse como exercícios, hipoglicemia e hipovolemia hemorrágica;
● Epinefrina: 80% do total sintetizado;
● Efeitos de curta duração: metabolização, excreção ou captação por tecidos alvo.
118
PÂNCREAS ENDÓCRINO
Pâncreas endócrino
● Estrutura química: peptídeos; ─ Insulina; ─ Glucagon; ─ Somatostatina pancreática. Espaço retroperitoneal, entre a grande curvatura do estômago e duodeno.120
Pâncreas
● Glândula mista:
─ Enzimas digestivas (secreção exócrina);
─ Produção de hormônios (secreção endócrina);
● Porção endócrina:
─ Ilhotas pancreáticas (ou ilhotas de Langerhans),
─ Compostas por três tipos celulares distintos, células alfa (α), beta (β) e delta (δ).
Pâncreas endócrino
● Células alfa (α): glucagon; ● Células beta (β): insulina; ● Células delta (δ): somatostatina.122
Pâncreas endócrino
● Insulina e glucagon: antagônicos;
● Em jejum: hormônio predominante é o glucagon; no estado alimentado: insulina;
● Somatostatina (regulatória):
─ Estimulada pela ingestão de todas as formas de nutrientes (glicose, aminoácidos e ácidos graxos), hormônios gastrointestinais, glucagon e
adrenérgicos;
─ Inibição através de um mecanismo parácrino da insulina;
─ Inibe secreção de insulina e glucagon por ações parácrinas, nas células α e β;
─ Função: modular ou limitar respostas da insulina e glucagon à ingestão de alimentos.
Pâncreas endócrino
● Insulina:
─ Aumento do transporte de glicose para as células-alvo;
─ Inibição da gliconeogênese e glicogenólise;
─ Aumento da síntese de glicogênio no fígado e músculo;
─ Estimulação da síntese de proteínas e gorduras;
124 Fisiologia Humana
Ações da insulina
Efeitos
• Hipoglicemiante (aumenta transporte de glicose para o interior das células); • Hipolipemiante (baixam a
gordura circulante);
• Crescimento e desenvolvimento (anabólico).
Fisiologia Humana
Ações da insulina no fígado
Efeitos
• Ativação hepática da glicogênio sintetase;
• Bloqueio da gliconeogênese e glicogenólise;
• Ativação hepática de enzimas glicolíticas;
• Ativação de enzimas lipogênicas;
• Facilita a captação hepática de aminoácidos.
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Ações da insulina no músculo
Efeitos
• Aumenta a captação de glicose pelas células musculares;
• Estimula a formação de glicogênio; • Estimula o transporte de
aminoácidos e síntese proteica;
Pâncreas endócrino
● Glucagon:
─ Impedir a hipoglicemia;
─ Conversão de glicogênio em glicose (glicogenólise);
─ Formação de glicose, a partir de certos aminoácidos e de lactato (gliconeogênese).
129 Fisiologia Humana Jejum glicogenólise hepática / muscular HIPOGLICEMIA insulina glucagon cortisol / GH adrenalina glucagon + adrenalina cortisol + glucagon gliconeogênese GH + cortisol antagonizam ação insulínica
Diabetes
● Diabetes melittus (“doce”):
─ Tipo 1: secreção inadequada de insulina;
● Causa primária: falência pancreática (destruição auto-imune da célula B);
─ Tipo 2 (90% dos casos): resistência à insulina
nos tecidos- alvo (causa primária);
● *Síndrome metabólica: obesidade, hiperglicemia de jejum, alterações lipídicas e aumento da pressão arterial;
● [Diabetes insipidus (“sem gosto”)]:
─ Deficiência do hormônio antidiurético (ADH ou
vasopressina);
─ Distúrbios na neuroipófise (ou hipófise