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Rodolfo Gracioli - Temas de Redação para Tribunais - Para os Concursos de Analista e Técnico do TRT,TRF,TRE e MPU - Coleção Tribunais e MPU - 2017 (Pdf).pdf

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,..,

TEMAS DE REDAÇAO

PARA TRIBUNAIS

Para os concursos de Analista e Técnico do

TRT, TRF, TRE e MPU

(2)
(3)

RODOLFO GRACIOLI

TEMAS DE REDAÇÃO

PARA TRIBUNAIS

Para os concursos de Analista e Técnico do

TRT, TRF, TRE e MPU

2017

I

);I

EDITORA

f

Ju5PODIVM

www.editorajuspodivm.com.br

3.

3 edição

(4)

EDITORA

JusPODIVM

www.editorajuspodivm.com.br

Rua Mato Grosso, 175- Pituba, CEP: 41830-151 -Salvador- Bahia

Tel: (71) 3363-8617 I Fax: (71) 3363-5050 • E-mail: fale@editorajuspodivm.com.br

Copyrlght: Edições JusPODIVM

Conselho Editorial: Dirley da Cunha Jr., Leonardo de Medeiros Garcia, Fredie Didier Jr., José Henrique Mouta,

José Marcelo Vigliar, Marcos Ehrhardt Júnior, Nestor Távora, Robério Nunes Filho, Roberval Rocha Ferreira Filho, Rodolfo Pamplona Filho, Rodrigo Reis Mazzei e Rogério Sanches Cunha.

Capa: Marcelo S. Brandão (santibrando@gmail.com)

Diagramação: Linotec Fotocomposição e Fotolito Ltda. (www.linotec.com.br)

Todos os direitos desta edição reservados à Edições JusPODIVM.

t terminantemente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem a expressa autorização do autor e da EdiçõesJusPODIVM. A violação dos direitos autorais caracteriza crime descrito

(5)

Dedico este livro a todos que projetam no meu trabalho a esperança de

dias melhores para suas vidas. Aos alunos e ex-alunos de todos os cursos em que passei e ainda me encontro. t uma honra fazer parte dessa pre-paração tão árdua e intensa.

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(7)

AGRADECIMENTOS

Agradeço imensamente

à

Camila, minha esposa, por toda paciência e

dedica-ção nessa caminhada ao meu lado, zelando por nossas filhas e entendendo minha ausência em momentos pontuais.

Agradeço aos meus pais, Antônio e Adalgisa, e meus irmãos, )éferson e Sofia, pessoas que me ajudaram a construir toda a moralidade e integridade que hoje me fazem enfrentar todos os desafios.

Não posso deixar de lado meus alunos espalhados por todo o Brasil. Sejam alunos de Filosofia, Sociologia, Atualidades ou Temas de Redação. Cada um de vocês que passa pela minha trajetória me modifica de alguma forma. Essa transformação constante é que me torna um ser humano melhor.

Deixo um abraço fraterno e minha gratidão a todas as minhas diretoras, coor-denadoras e professores parceiros do dia a dia. Seria injustiça da minha parte citar nomes, já que convivo semanalmente com seres humanos incríveis nas escolas e cursos onde passo.

Não posso deixar de agradecer

à

grande professora Duda Nogueira, autora da

juspodivm, quem me "descobriu" nesse meio e depositou tanta confiança, se tornando uma grande amiga. O mesmo digo ao grande mestre Henrique Correia, pessoa que admiro profissionalmente pelo respeito alcançado, fruto de todo seu esforço, mas também como ser humano, dotado de uma bondade incomensurável.

Por fim, deixo meu agradecimento

à

toda equipe da Editora )uspodivm que tra-balha direta ou indiretamente comigo em todas as obras. É uma honra fazer parte de uma equipe tão comprometida. Amplio meus agradecimentos a todos vocês!

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APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

O objetivo da coleção é a preparação direcionada para os concursos de Técnico e Analista do TRT, TRE, TRF e Tribunais Superiores. Em todos os livros, o candidato irá encontrar teoria específica prevista nos editais, questões recentes comentadas e questões de concurso com gabarito fundamentado.

A ideia da coleção surgiu em virtude das reivindicações dos estudantes, que almejavam por obras direcionadas para os concursos de Técnico e Analista dos Tribunais. As apostilas específicas mostram-se, na maioria das vezes, insuficientes para o preparo adequado dos candidatos diante do alto grau de exigência das atu-ais provas, o que ocorre também com as obras clássicas do direito, por abordarem inúmeras matérias diferentes ao concurso.

Nesta coleção, o candidato encontrará desde as cinco matérias básicas exigidas em todos os concursos, como português, raciocínio lógico ou matemática, informática, direito constitucional e administrativo, até as matérias específicas de outras áreas (arquivologia e administração pública) e todas as matérias dos diferentes ramos do direito. Portanto, com os livros da coleção o candidato conseguirá uma preparação direcionada e completa para os concursos de Técnico e Analista do TRT, TRE, TRF e Tribunais Superiores.

Além da linguagem clara utilizada, os quadrinhos de resumo, esquemas e gráficos estão presentes em todos os livros da coleção, possibilitando ao leitor a memorização mais rápida da matéria. Temos certeza de que esta coleção irá ajudá-lo a alcançar o tão sonhado cargo público de Técnico ou Analista dos Tribunais.

Henrique Correia

Site: www.henriquecorreia.com.br Twitter: @profcorreia lnstagram: Prof_correia Periscope: @henrique_correia

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NOTA

À

EDIÇÃO

Grande parte das bancas examinadoras tem apresentado a prova discursiva (re-dação) como parte integrante dos concursos de tribunais. No caso, a prova discursiva pode solicitar que o candidato disserte a partir de uma temática específica ou então de algum tema de interesse geral. É inevitável a importância de os candidatos se prepararem para a prova dissertativa (redação), visto o grau de excelência cada vez maior na execução das provas objetivas.

Nesse sentido, muitos candidatos sentem elevada dificuldade em selecionar o que de fato as bancas examinadoras podem cobrar enquanto proposta temática de redação. Por isso, o objetivo da obra é reunir temas de interesse geral, estabelecendo os apontamentos relevantes, conceitos atrelados, amarração histórica, exemplificação e, por fim, a base argumentativa que pode ser desenvolvida de maneira autônoma. Além disso, alguns temas debatidos pelos veículos de comunicação em massa, na maior parte das vezes, acabam sugerindo visões reducionistas e análises críticas enviesadas. Para o desenvolvimento do bom texto, independentemente da propos-ta temática ou da banca examinadora, é fundamenpropos-tal que o candidato alcance um amplo potencial reflexivo, alinhando sua base teórica para aquela proposta, sem a ousadia de esgotar o tema, superando o senso comum.

Nesse sentido, destaca-se que a obra não tem por objetivo esgotar as propostas solicitadas. No caso, estão elencados pontos relevantes para cada uma das propostas, a fim de que a amarração crítica esteja conectada com aspectos concretos de cada um dos temas. Uma produção textual de excelência exige um amadurecimento das ideias e a fuga do senso comum, o que, por consequência, só pode ser realizado a partir do momento em que se conhece a proposta.

Assim sendo, um dos grandes objetivos é promover o debate sobre os temas em alta, olhando para as provas de tribunais e promovendo essa intersecção. Cer-tamente, conceitos estabelecidos em uma ou outra temática poderão ser aplicados em várias delas, cabendo ao candidato estabelecer essa noção coesa e concatenada para tal.

Ao longo da obra, é possível conhecer alguns dos últimos temas solicitados pelas bancas examinadoras, o que é fundamental para compreender sua linha de raciocínio. Evidencia-se, ainda, que as bancas não costumam repetir as propostas temáticas- portanto, a obra se preocupou em estabelecer temas inéditos comenta-dos (com referências ao que já fora solicitado, quando possível).

Para se aprofundar de maneira ainda mais contundente nas temáticas, atuo com cursos on-line específicos de temas de redação. Inclusive, o trabalho tem sido

(12)

TEMAS DE HEDAÇÃO PARA THIBUNAIS-Rodo/f o Gracioli

coroado com excelentes resultados. São vídeo aulas em que abordo os temas em questão, possibilitando uma reflexão abrangente. Basta acessar o meu site pessoal para mais informações, inclusive com algumas aulas disponíveis para conhecer a metodologia (www.rodolfogracioli.com.br). Aproveito e deixo um espaço em que dia-riamente posto dicas, debato temas e apresento possibilidades aos alunos: https://

www.

f a c e boo k .co m/ grou ps/ A tu a I i da d esCom Rod olfoGraci o

li/.

Bons estudos!

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COMO SE PREPARAR PARA

UMA

REDAÇÃO DE QUALQUER

TRIBUNAL DO PAÍS?

Uma das grandes dúvidas de todo concurseiro que enfrenta uma prova de Tribunal Regional do Trabalho, Tribunal Regional Federal ou Tribunal Regional Elei-toral reside no "como". Como alcançar o melhor preparo para a redação? Qual é a "receita" que impulsiona minha produção de texto? Existe um único caminho para me munir de informações?

Esse é o ponto de partida para todos: a quebra de paradigmas com relação aos temas de redação. Infelizmente, pela complexidade das propostas sugeridas,

pela dimensão dos fatos abordados e pela multiplicidade de visões, não é possível

apontar um único caminho para a obtenção do senso crítico e a digestão dos prin-cipais acontecimentos.

o

preparo para o posicionamento crítico em uma redação pode ser entendido

como uma grande colcha de retalhos, em que o indivíduo vai se modelando a partir de vários fatores e agentes. Esse é o caso da composição variada ao longo da rotina:

Assistir jornais televisivos (em diferentes canais e horários, se possível).

Exemplo:

utilizo como um parâmetro no contexto dos jornais televisivos um

modelo que tende a promover um aprofundamento dos fatos noticiados.

"Jornal da

Cultura"

(2•

edição)-

vai ao ar de segunda a sexta, às 21h, horário de Brasília, na TV Cultura. Por maior que seja sua divergência de ideias com os convidados, a aglutina-ção de reflexões e a problematizaaglutina-ção de temas atuais promove uma transcendência da visão de senso comum. Dentre os convidados aparecem grandes intelectuais, o que enobrece tal ação do exercício do pensamento, prestando grande contribuição.

Outros programas da televisão que oportunlzam a expansão crítica.

Exemplo:

alguns programas televisivos cumprem sua função social. Entretanto, esse tipo de programa se vê em descrédito e decadência. No caso, um dos programas

bem intencionados no quesito de levar a informação à população

é

o JC Debate, na

TV Cultura, de segunda a sexta, às 12h:3omin (horário de Brasília). Especialistas de diferentes áreas e posicionamento crítico são convidados para os diálogos, o que promove uma prestação de serviço. O programa em questão já discutiu da "Tercei-rização do Trabalho" à "Reforma Política", do "Mercado Imobiliário" à "Escola de Princesas", ou seja, acaba sendo uma ~rande quantidade de temas.

(14)

TEMAS DE REDAÇAO PARA THIBUNAIS- Rodo/fo Gracioli

Consultar a mídia escrita, destacàndo a contribuição dos "editorais", que podem alavancar um pensamento ou criar uma resistência para tal postura. Exemplo: nesse momento o candidato pode recorrer

à

leitura dos grandes portais de notícia, mas também pode buscar o jornal local que, muitas vezes, tem abordagens de elevado teor para a sociedade como um todo. Além disso, é preciso pensar na própria liberdade de imprensa e no papel que cumpre a mídia. Em alguns casos, o setor jornalístico presta serviço a favor ou contra determinado agente político, o que exige a utilização de um "filtro".

Portais de notícia e demais espaços de debate na rede mundial de computadores.

Exemplo: hoje, a internet revolucionou o trânsito de informações. Vários são os portais de notícias que partem de elementos como compromisso e responsabilidade para a produção da informação e o seu manuseio coeso. O próprio Google lançou um recurso que testa a informação (Fact Check).

No mais, é preciso um planejamento eficiente para lidar com o material dos temas de redação. Infelizmente, o aluno pode ser especialista em toda a técnica de produção de texto, mas, se ele não conseguir digerir o assunto e produzir uma reflexão de maneira autônoma e libertá ria, certamente terá um prejuízo quantificado. Além do mais, a redação/provas discursivas têm ganhado um peso vertiginoso na nota final do concurso. Por isso, se voltar para um estudo direcionado faz com que o candidato saia na frente de concorrentes que tentam assimilar um vasto conteúdo programático, de maneira solitária e sem um acompanhamento mais próximo, por exemplo.

(15)

COMO SE PREPARAR PARA UMA REDAÇÃO DE QUALQUER TRIBUNAL DO PAfS?

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(17)

SUMÁRIO

Capítulo I

DEPRESSÃO; TELElRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO ... 25

Tema 1: Depressão no Contexto Contemporâneo... 25

1.1. Contextualizando ... 25

1.2. Conceitos... 26

1.3. Depressão e o mundo do trabalho... 26

1.4. Depressão infanto-juvenil... 27

1.5. Depressão e suicídio... 28

1.5.1. Suicídio em números... 29

1.6. Curiosidades sobre o tema... 30

1.7. Possíveis argumentos... 30

1.8. Sugestões de propostas... 32

Tema 2: Assédio Moral nas Relações Trabalhistas ... 33

2.1. Contextualizando ... 33

2.2. Definição... 34

2.2.1. Quais objetivos da prática?... 34

2.2.2. Tipos de assédio moral... 34

2.3. Ampliação dos casos de assédio moral na esfera trabalhista ... 35

2.4. Assédio moral e a legislação brasileira... 36

2.5. Curiosidades... 37

2.6. Possíveis argumentos ... 37

2.7. Sugestões de propostas... 39

Tema 3: H o me Office

I

Teletrabalho ... 39

3.1. Contextualizando ... 39

3.2. Definição... 40

3.3. Benefícios do teletrabalho (Base teórica)... 41

3-4· Riscos do teletrabalho (Base teórica) ... 41

3-5- Quadros esquemáticos sobre o teletrabalho ... 42

3.6. Curiosidades... 43

3-7- Sugestões de propostas ... 45

Tema 4: Trabalho Enquanto Elemento Central na Constituição Humana... 45

4.1. Contextualizando ... 45

4.2. Desafios do trabalho na contemporaneidade ... 46

4-3. Trabalho intelectual x Trabalho físicl2... 47

(18)

Capítulo 11

LIBERDADE DE EXPRESSÃO, DIREITOS HUMANOS E INTOLERÂNCIA... 51

Tema 1: Liberação da Publicação de Biografias não Autorizadas... 51

1.1. Contextualizando ... 51

1.2. Decisão do STF e os apontamentos argumentativos ... 52

1.3. Casos notórios de proibição ao longo da história... 53

1.4. Possibilidades subjetivas que o tema oferece... 55

1.4.1. Liberdade de expressão x Limites do humor... 57

1.5. Sugestões de propostas... 59

Tema 2: Estado e o Zelo pelos Direitos Humanos... 59

2.1. Contextualizando ... 59

2.2. Definição (Estado e Direitos Humanos) ... 6o 2.2.1. Definição de Estado... 61

2.2.2. Definição de Direitos Humanos... 62

2.3. Conquistas após atuação da ONU para garantia dos Direitos Humanos... 65

2.4. Atuação no enfretamento da violação aos Direitos Humanos... 67

2.5. Atuação da Anistia Internacional no tema Direitos Humanos... 67

2.5.1. Violência policial segundo Anistia Internacional.. ... 69

2.5.2. Pena de morte e a questão dos Direitos Humanos... 73

2.6. Conflitos armados e a questão da violação dos direitos humanos... 74

2.7. ONU e a insatisfação com relação aos Direitos Humanos... 77

2.7.1. Organização das Nações Unidas... 77

2.7.2. Relatório da ONU sobre violação dos Direitos Humanos ... 78

2.8. Possíveis argumentos... 78

2.9. Sugestões de propostas... 83

Tema 3: Intolerância em suas Diferentes Esferas... 83

3.1. Contextualizando ... 83

3.2. Diferenças culturais e as práticas intolerantes... 84

3.3. Conceitos... 85

3.4. Possíveis argumentos... 86

3.5. Sugestões de Propostas... 88

Capítulo 111 ESCRAVIDÃO MODERNA, PADRÂO DE LEITURA NO SÉCULO XXI E EROTIZAÇÃO/ADULTIZAÇÃO INFANTIL... 91

Tema 1: Escravidão Moderna: um Mesmo Problema com novas Características... 91

1.1. Contextualizando ... 91

1.2. Conceitos... 92

1.3. Dados sobre a escravidão moderna... 93

1.4. Possíveis argumentos... 94

(19)

SUMARIO

Tema 2: Literatura, Padrão de Leitura e a Realidade Social no Século XXI... 97

2.1. Contextualizando ... 97 2.2. Padrão de leitura ... 98 2.3. O consumo literário ... 100 2.4. Indústria Cultural ... 101 2.5. Possíveis argumentos ... 102 2.6. Sugestões de Propostas ... 103

Tema 3: Erotização

I

Adultização Infantil ... 103

3.1. Contextualização ... 103

p. Consumismo e publicidade infantil ... 104

3-2.1. Regulamentação da publicidade infantil ... 105

3.2.2. Dados sobre o tema ... 106

3-2.3. Questão da estética na infância ... 106

3.3. Processo de erotização infantil.. ... 107

3.4. Adultização infantil ... 108

3.5. Sugestão de Propostas ... 109

Capítulo IV DINÂMICA DA POPULAÇÃO, NOVA CONFIGURAÇÃO DA FAMÍLIA E QUESTÕES POLÍTICAS ... 111

Tema 1: Dinâmica da População

I

Questões Demográficas ... 111

1.1. Contextualizando ... 111

1.2. Desafios para o envelhecimento da população ... 113

1.3. Sugestões de Propostas ... 113

Tema 2: Nova Configuração da Família I Estatuto da Família ... 114

2.1. Contextualizando ... 114

2.2. Causas da alteração da família tradicional brasileira ... 115

2.3. Pontos polêmicos da discussão ... 115

2.4. Criminalização entre pessoas do mesmo sexo ... 116

2.5. Estatuto da Família no Brasil ... 116

2.5.1. ONU e o Estatuto da Família ... 117

2.6. Questões de gênero: uma abordagem sociológica desta teia de "tabus" ... 118

2.7- Violência e homofobia em pleno século XXI ... 119

2.8. Sugestões de propostas ... 122

Téma 3: Discussões Políticas e o Emaranhado Social ... 122

3.1. Contextualização ... 122

3.2. Abstencionismo e a descrença política ... 123

3.3. jovem e a política brasileira ... 132

3.4. Manifestações populares e os impactos para a política brasileira ... 137

3.4.1. O que é o impeachment? ... 138

3.4.2. Redes sociais e as manifestações ... 139

3.5. Voto facultativo x Voto obrigatório ... 149 " 19

(20)

TEMAS DE REDAÇAO PAEA TRIBUNAIS-Rodo/{ o Gracíoli

---3.5.1. Argumentos favoráveis ao voto obrigatório ... 151

3.5.2. Argumentos favoráveis ao voto facultativo ... 152

3.6. Reforma Política em questão ... 154

3-7- curiosidades sobre o sistema político ... 155

3.8. Corrupção: tema político ou social? ... 156

3.8.1. Sociedade tomada por ações transgressoras ... 157

3.8.2. Números da corrupção ... 162

3.9. A desigualdade de gênero na esfera política ... 163

3.9.1. O que os dados dizem? ... 164

3.9.2. Ranking União Inter Parlamentar (atualização de novembro de 2016) ... 166

3·9·3· Qual gancho o examinador pode solicitar para a reflexão? ... 166

3.9.4. o que já foi feito para diminuir essa discrepância na participação feminina na esfera política brasileira? ... 168

3.9.5. Intervenções para a proposta ... 171

po. Debates políticos, pulverização ideológica, marketing político e a questão da segu· rança das urnas eletrônicas ... 173

3.11. Sugestões de Propostas ... 200

Capítulo V CRISE HUMANITÁRIA DOS REFUGIADOS; QUESTÃO RACIAL NA CONTEMPORANEIDADE E REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL X ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE) ... 203

Tema 1: Crise Humanitária dos Refugiados ... 203

1.1. Contextualizando ... 203

1.2. Dados do deslocamento de pessoas ... 204

1.3. Política migratória ... 206

1.4. Sugestões de Propostas ... 208

Tema 2: Preconceito Étnico-racial: Desafios do Século XXI. ... 208

2.1. Contextualização ... 208

2.2. Os episódios nos Estados Unidos da América ... 209

2.3. Dicotomia do tema ... 209

2.3.1. Preconceito enquanto elemento cultural. ... 210

2.4. Polêmica das Cotas ... 211

2.4.1. Cotas nas Universidades ... 212

2.4.2. Cotas em concursos públicos ... 212

2.5. Dados sobre o tema ... 214

2.6. Sugestões de Propostas ... 215

Tema 3: Redução da Maioridade Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente ... 216

3.1. Contextualização ... 216

3.2. Realidade dos adolescentes brasileiros ... 216

3.3. Histórico da maioridade penal no Brasil ... 217

3-4· Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ... 217

3.5. A grande polêmica ... 218

3.6. Sugestões de Propostas ... 219

(21)

SUMARIO

Capítulo VI

QUESTÕES AMBIENTAIS (CRISE DA ÁGUA); DIPLOMACIA NO CONTEXTO DE GLOBALIZAÇÃO; SETENTA ANOS DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU) E A INFLU~NCIA DA

TECNOLOGIA NA SOCIEDADE ... 221

Tema 1: Desafios Climáticos do Século XXI e a Relação Homem- Meio Ambiente ... 221

1.1. Contextualizando ... 221

1.2. Crise da água ... 222

1.2.1. Entendendo a crise no Sudeste ... 223

1.2.2. O caso mais grave ... 224

1.3. Parcela de responsabilidade do governo na crise da água ... 225

1.4. Outras causas da escassez ... 226

1.4.1. Causa natural (ASAS) ... 226

1.4.2. Crescimento populacional e urbanização ... 226

1.5. Intervenções críticas para o tema ... 226

1.6. Água: um problema global ... 227

1.7. Sugestões de Propostas ... 228

Tema 2: Diplomacia e os Desafios do Milênio ... 228

2.1. Contextualização ... 228

2.2. Casos de espionagem e a segurança no contexto tecnológico ... 229

2.3. Acordo nuclear com o Irã ... 230

2.4. Descongelamento das relações diplomáticas entre EUA e Cuba ... 232

2.5. Sugestões de propostas ... 233

Tema 3: ONU e os Principais Temas Da Atualidade ... 233

3.1. Contextualizando ... 233

3.2. Conselho de Segurança da ONU ... 234

3.3. Agências e organizações ligadas a ONU ... 234

3.4. Impasses sobre a atuação da ONU ... 235

3.5. Assembleia Geral da ONU ... 236

3.6. Objetivos Globais para o Desenvolvimento Sustentável... ... 237

3.7. Sugestões de Propostas ... 237

Tema 4: Influência da Tecnologia na Sociedade ... 237

4.1. Contextualizando ... 237

4.2. O que são as TICs? ... 238

4.3. Dados sobre o tema ... 239

4.4. "Liberdade" de expressão ... 242

4.5. Novos comportamentos e relações da sociedade ... 243

4.6. A Era da Hipercomplexidade ... 244

4·7 Novas gerações e suas interações ... 245

4.8. As interferências das redes sociais·: ... 247

4.9. Ativismo digital ... ";.. ... 248

4.10. Sugestões de Propostas ... 249

(22)

TEM!\5 DE f'AHfl TRIBUWIIS-flodolfo Gracioli

Capítulo VIl

oumos

TEMAS COMENTADOS ... 251 1. Influência da cultura estrangeira para a população brasileira ... 251 2. Ensino religioso enquanto obrigatoriedade: avanço ou retrocesso? ... 253 3· Problemas da educação brasileira ... 255 4. Mobilidade urbana e a questão das ciclovias ... 258 5. Questões de gênero: ascensão da mulher na sociedade ... 261 6. Desafios para a adoção de crianças no Brasil: burocracia e dificuldades jurídicas ... 263 7. Polêmica dos transgênicos ... 266 8. Brasil: campeão do uso de agrotóxicos ... 268 9. Descriminalização no porte de drogas: efeitos e consequências ... 270

10. Bul/ying nas escolas: desafio de um processo educacional insatisfatório ... 272 11. Desafios para o país campeão em cesáreas ... 280 12. Crises globais: efeitos para a inserção dos jovens no mercado de trabalho ... 281 13. Terrorismo no mundo: desafio global. ... 283 14. Sistema prisional brasileiro: estratégias para alocação dos indivíduos ... 286 15. A histórica polêmica do aborto no Brasil ... 288 16. Violência nos estádios e a questão das torcidas organizadas ... 288 17- Inclusão social: estatuto da pessoa com deficiência e os desafios no Brasil ... 292 18. Centenário·do samba e a identidade do povo brasileiro ... 295 19. Ideologia e a discussão da escola sem partido ... 298 20. Desafios dos indígenas no século XXI ... 302 21. Lei da palmada - dualidade entre família e estado ... 306 22. Deep web: o submundo da internet.. ... 309 23. Regulação da internet, marco civil e a legitimação dos serviços virtuais ... 312 24. Youtubers: idolatria do século XXI ... 316 25. Delação premiada e a questão ética ... 318 26. Estatuto do desarmamento e a questão da violência ... 320 27. Normose, a doença da normalidade ... 322 28. Reino Unido, União Europeia e as justificativas geopolíticas ... 325 29. Espaços para a solidariedade na esfera contemporânea ... 328 30. Homeschooting: alternativa para a inconsistência da escola ... 334 31. Drogas ilícitas x drogas lícitas ... 336 32. Lei Rouanet e a questão ética da cultura imaterial ... 339 33. Animais no centro do debate ativista e científico ... 341 34. A violação dos direitos dos idosos no contexto de desvalorização da velhice ... 344 35. Questão indígena no Brasil ... 347 36. Foro privilegiado em pauta ... 361 37. Delação premiada e acordos de leniência ... 363 38. Felicidade em pauta no contexto contemporâneo ... 365 39. Votos brancos e votos nulos como mecanismo de protesto ... 370

(23)

SUMARIO

40. Obesidade, sedentarismo e qualidade de vida no contexto da ditadura da beleza ... 379 41. A oxigenação do movimento estudantil: ocupações legítimas ou não? ... 383 42. Midiatização das tragédias e a indignação seletiva ... 386

Capítulo VIII

PROPOSTAS DE REDAÇÃO COMENTADAS (ANALISTA E TÉCNICO -ANOS 2013 A 2016) ... 391 1. Temas 2016 e 2015 ... 391 2. Temas 2014 ... 418 3. Temas 2013 ... 428

Capítulo IX

OUTROS TEMAS JÁ COBRADOS ... 431

Capítulo X

GlOSSÁRIO PARA TRIBUNAIS ... 437

Capítulo XI

LISTA DE TEMAS EM AlTA PARA TRIBUNAIS ... 447

Capítulo XII

RAIO-X DO PERFIL DAS PRINCIPAIS BANCAS DE TRIBUNAIS ... 455

Capítulo XIII

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 461

REFER~NCIAS BIBLIOGRÁFICAS ... 463

(24)
(25)

CAPÍTULO I

DEPRESSÃO; TELETRABALHOi

HOME 0FFICE E EFEITOS

DO TRABALHO

Sumário • Tema 1: Depressão no Contexto Contemporâneo - 1.1. Contextualizando; 1.2. Conceitos; 1.3. Depressão e o mundo do trabalho; 1.4. Depressão infanto-juvenil; 1.5. Depressão e suicídio -1.5.1. Suicídio em números; 1.6. Curiosidades sobre o tema; 1.7. Possíveis argumentos; 1.8. Sugestões de propostas- Tema

2: Assédio Moral nas Relações Trabalhistas; 2.1. contextualizando; 2.2. Definição-2.2.1. Quais objetivos da prática?; 2.2.2. Tipos de assédio moral; 2.3. Ampliação dos casos de assédio moral na esfera trabalhista; 2.4. Assédio moral e a legislação brasileira; 2.5. Curiosidades; 2.6. Possíveis argumentos; 2.7. Sugestões de propostas- Tema 3: Home Office

I

Teletrabalho; 3.1. Contextualizando; p. Definição; 3.3. Benefícios do teletrabalho (Base teórica); 3-4. Riscos do teletrabalho (Base teórica); 3·5· Quadros esquemáticos sobre

o teletrabalho; 3.6. Curiosidades; 3.7. Sugestões de propostas -Tema 4: Trabalho Enquanto Elemento ~·

Central na Constituição Humana; 4.1. Contextualizando; 4.2. Desafios do trabalho na contemporaneidade; · 4.3. Trabalho intelectual x Trabalho físico; 4.4. Sugestões de propostas. '

"

TEMA

1:

DEPRESSÃO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO

1.1.

Contextualizando

Um dos problemas que mais preocupa autoridades competentes e profissionais

da área da saúde

é

a depressão. Muitas vezes, tratada como uma problemática

comum, o enfrentamento se demonstra dificultoso exatamente pela falta de conhe-cimento sobre o tema, o que revela um "tabu" em discutir a qualidade de vida da população, maximizando os efeitos negativos para a sociedade.

Alguns aspectos corroboram para que esta realidade dos casos de depressão amplie. Ao longo de sua produção textual, você deverá destacar alguns pontos importantes desta discussão, tais como: situação de crise econômica (responsável

por gerar uma sensação de instabilidade e aumento do estresse), utilização de

aparelhos tecnológicos (promovendo o distanciamento dos indivíduos- isolamento

social); causa genética (predisposição a contrair sintomas do estágio depressivo) e

demais acontecimentos da vida.

Segundo especialistas, os fatores que levam o indivíduo a contrair a depressão podem ser combinados ou isolados. O grande problema

é

que o mundo assiste um aumento do número de casos e, na maiQr parte das vezes, as políticas de saúde pú-blica não direcionam um olhar apropriadÕ para este enfrentamento e/ou prevenção.

25

!l

(26)

TEMAS DE HEDAÇIIO PAf1A THfBUNAIS --Rocfolfo Gracioli

1.2.

Conceitos

um dos grandes impasses para que as discussões sobre o tema sejam amadu-recidas está na falta de conhecimento específico para identificar a depressão. Na produção textual sobre o tema, dentre outros fatores, é importante destacar que

a falta de um diagnóstico apropriado pode conduzir o indivíduo para um agrava-mento da situação, já que muitas vezes a depressão se confunde com uma tristeza passageira.

Depressão

é

uma doença psiquiátrica, crônica e recorrente, que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite.

Dentro da construção de um texto dissertativo, por exemplo, é preciso ressaltar

que o potencial de desgaste social por conta do estágio depressivo

é

muito grande.

Muitas vezes, alguns fatores vivenciados pelo indivíduo com potencial de desenvolver o estágio depressivo podem ser engatilhados por um acontecimento marcante: fatos traumáticos na infância, estresse físico e psicológico, algumas doenças sistêmicas

(ex.: hipotireoidismo), consumo de drogas lícitas (ex: álcool) e ilícitas (ex: cocaína), certos tipos de medicamentos (ex.: as anfetaminas).

1.3. Depressão e o mundo do trabalho

Evoluindo no contexto da qualidade de vida, é possível notar a relação do aumen-to dos casos de depressão com a rotina da maior parte da população. Geralmente, a insatisfação com a profissão exercida, o desemprego ou até mesmo as condições

de estresse em que as pessoas se inserem, são agentes amplificadores da doença.

Nesta lógica, muitos acabam por "naturalizar" a tristeza e o descontentamento do trabalho, o que reflete diretamente na vida do indivíduo, acarretando outros pro-blemas. Ressalta-se o peso que as bancas examinadoras oferecem para discussões acerca do trabalho. Por isso, falar de qualidade de vida é, automaticamente, passar pela situação laboral dos indivíduos.

Pensando no atual cenário da economia (nacional e mundial), a ampliação das

taxas de desemprego, a instabilidade política, o processo inflacionário conturbado e a falta de soluções práticas para melhorar a situação de vida dos indivíduos corro-boram para o aumento da doença. Muitas vezes, submetido a uma pressão externa em ter que continuar no posto de trabalho, ainda que descontente, o trabalhador

(27)

Cap. 1-DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFJCE E EFEITOS DO TRABALHO

-acaba agravando os sintomas e, ao perceber, o combate já acontece de maneira tardia, sendo pouco eficiente.

Verticalizando a questão para o Brasil que vivenda um período de instabilidade da moeda, elevada inflação, aumento do desemprego e baixa do Produto Interno Bruto (PIB), a tendência

é

que os casos se multipliquem. Na verdade, outros fatores

se somam a possibilidade de o indivíduo ter a situação agravada, já que o posto de

trabalho não

é

garantido e as condições são pouco favoráveis. Obviamente que o efeito depressivo não responde de modo direto às variáveis econômicas, mas sim ao contexto em que os trabalhadores estão inseridos.

Segundo especialistas, uma das portas de entrada para a depressão

é

a sensação

de desamparo. Esta, por sua vez, pode ser observada pela falta de infraestrutura que absorva os indivíduos acometidos pela doença, o que distancia ainda mais as prováveis soluções. No ambiente laboral, a dificuldade de relacionamento e a tendência de isolamento social podem explicitar melhor o terreno propício para a evolução do estágio depressivo (vale o destaque para o modelo de vida proposto pelas TICs- Tecnologia da Informação e Comunicação- que gera a sensação de au-tossuficiência, produzindo o isolamento social).

1.4. Depressão infanto-juvenil

Ainda que não seja uma doença específica dos jovens e crianças, os dados

de-monstram uma triste tendência

à

doença para essa parcela da população. Segundo

a Organização Mundial da Saúde (OMS), a elevação de casos de depressão entre crianças e jovens já pode ser constatada em grau de preocupação para os países. No Brasil, a tendência pode ser constatada pelo Mapa da Violência, quando o sui-cídio aparece associado aos casos de depressão profunda (vale destacar que se tratam de casos específicos). Nesse sentido, houve um aumento de 4o•t, nos casos de suicídio de crianças entre 10 e 14 anos e de 33,5"/, em jovens de 15 a 19 anos, no período de 2002 a 2012. Segundo o IBGE, 7,6•k da nossa população foi diagnosticada com depressão.

Especialistas afirmam que estes dados revelam a necessidade de medidas emer·

genciais para o combate efetivo. Muitas vezes, os casos de isolamento social que conduzem a criança e/ou adolescente para o estágio depressivo estão associados ao contato com as redes sociais (que podem ser espaço de disseminação de diferentes formas de violência). Estudos apontam que as redes sociais podem alimentar uma ide ia de que o "ter" deva prevalecer sobre o "ser", construindo uma vida distante de valores e conectada aos bens materiais.

(28)

TEMAS DE REDAÇP10 PARA TRIBUNAIS'-Rodo/fo Gracíoli

O contato com postagens de outros indivíduos sobre viagens, festas e compras, pode gerar, de maneira automática, o questionamento pessoal sobre os caminhos da própria vida, ampliando a sensação de insatisfação e insucesso. A questão da superexposição nos ambientes virtuais aparece como variável importante para a compreensão do contexto, visto que a construção da felicidade associa-se ao pa-norama virtual e não real.

Em outra pesquisa, desta vez realizada pela Universidade de Michigan, 82

parti-cipantes respondiam a cinco questionários por dia sobre seu humor. Foi constatado que o humor dos pesquisados piorava após usarem o Facebook.

No caso das crianças, outras causas podem aparecer com efeito emblemático para a contração do estágio depressivo:

Perda real: a morte de um ente querido, que conduz a criança para um descontentamento com a vida.

Perda simbólica: quando os responsáveis estão presentes fisicamente, mas, por motivos da vida moderna, se afastam sentimentalmente e afetivamente das crianças.

Depressão dos pais: quando estes se encontram em situação de depressão, as crianças tendem a sofrer consequências diretas.

Adaptações psicológicas: grandes alterações na rotina ou vida da criança que exige uma adaptação abrupta.

Ambiente familiar instável e seguro: a desestruturação familiar que pode colaborar para o desgaste emocional.

Outros: abuso sexual, bul/ying, maus tratos (físicos e psicológicos), fatores biológicos.

Segundo dados do 2• levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), realizado

pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mais de 21°.lo dos brasileiros de 14

a 25 anos têm sintomas indicativos de depressão. Entre as mulheres, a proporção

é

ainda maior e passa de 28•/o. Entretanto, a maior proporção entre as mulheres pode

ser resultante da tendência em relatar os casos e procurar ajuda com mais frequência.

1.5. Depressão e suicídio

Um dos problemas associados

à

depressão

é

a elevação do número de

suicí-dios. Estudos recentes demonstram que, a cada 40 segundos, uma pessoa comete

(29)

Cap.l-DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

suicídio no mundo. A Organização Mundial da Saúde tem destacado a depressão como "problema de saúde pública", que não tem sido tratado de maneira séria e eficaz pelos governos.

Outra constatação que solidifica sua análise crítica e amarra a argumentação

com o cenário de crise é que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 75•/o

dos casos de suicídio acontecem em regiões onde a renda

é

considerada baixa ou média. Estudo científico da própria Organização Mundial da Saúde (OMS) destacou

que a depressão e a ansiedade custam, anualmente, 1 trilhão de dólares

à

economia

mundial e cada dólar investido em tratamentos leva a um retorno de quatro dólares em termos de saúde e capacidade dos trabalhadores

Segundo estudos da série "Fardo Global das Doenças", publicada na prestigiada revista médica "The lancet", a elevação da expectativa de vida dos brasileiros (e também da população mundial) não reproduz de maneira automática garantias de ampliação da qualidade de vida. Segundo o levantamento, desordens mentais, como depressão e ansiedade, estão entre as principais condições de saúde não fatais que levam os brasileiros a conviver cada vez mais anos com algum tipo de incapacitação.

1.5.1.

Suicídio em

números

(30)

1.6.

Curiosidades sobre o tema

Segurada do INSS que recebia auxílio-doença por depressão grave perde benefício: uma segurada do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social) que recebia o benefício por conta de uma depressão grave perdeu o benefício após publicar fotos na rede social, acompanhadas por mensagens

contraditó-rias ao panorama emocional. O caso aconteceu na cidade de Ribeirão Preto,

interior de São Paulo. Após publicar fotos de passeios em cachoeiras, com frases como "não estou me aguentando de tanta felicidade", "se sentindo animada" e "obrigada, Senhor, este ano está sendo mais que maravilhoso", a análise do perito foi de que ela poderia voltar ao trabalho, suspendendo o benefício.

TST determina reintegração de empregado demitido por depressão:

a

1"

Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) condenou uma empresa de Santos (SP), a reintegrar um funcionário demitido quando estava em trata-mento por depressão (classificada como doença do trabalho).

Mais de Soo mil pessoas cometem suicídio por ano no mundo. A mortalidade

é

maior entre a população idosa, já que as limitações físicas, perda de

auto-nomia, morte de entes queridos são fatores que agravam tal problemática. Vale destacar que a própria cultura com relação ao idoso intensifica tal visão de "descarte" para a sociedade. No Brasil, o idoso

é

visto como um "peso social", o que gera uma fragmentação psicológica e emocional, podendo levar o mesmo a atentar contra sua própria vida.

1.7.

Possíveis argumentos

Diante dessa base teórica assinalada, várias são as possibilidades de desenvoltu-ra crítica de um texto. Entretanto, alguns aspectos despontam como "denominadores comuns" e precisam aparecer na produção que discorra sobre a problemática da depressão e seus impactos na atualidade.

É importante ressaltar que o embate crítico bem fundamentado sustenta um

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Cap. I- DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

processo linear de disposição dos argumentos. Para encadear as ide ias de maneira clara e nítida, demonstrando domínio de conteúdo, a produção textual deve permear

as principais possibilidades que o tema oferece.

Contexto da globalização, cenário de crise e a depressão: o desempenho econômico de um país está diretamente ligado com a qualidade de vida de

sua população. Assim sendo,

é

importante destacar que o enfrentamento

de uma crise acentuada pode despertar sintomas graves para a popula-ção, principalmente quando o olhar circunda o mundo do trabalho. Neste sentido, discutir o tema dentro da esfera laboral, oportunizando o debate e amplificando o conhecimento, são elementos que podem promover uma prevenção efetiva. No próprio ambiente laboral o "tabu"

é

volumoso com relação

à

depressão, o que dificulta a superação do problema.

Superação do "tabu": o processo de prevenção da doença está ligado ao

conhecimento que as pessoas têm sobre a mesma. Assim,

é

preciso

supe-rar a falta de instrução sobre o tema, conhecendo de maneira profunda os sintomas, causas e consequências, conduzindo o acometido pela depressão

para o acompanhamento de profissionais especializados. Contudo,

é

preciso

fugir da "naturalização" desta tristeza profunda, reconhecendo o potencial problemático que o tema oferece. Em suma, tratar com seriedade um pro-blema que pode deixar sequelas irreversíveis para a condição humana.

Qualidade de vida e ambiente laboral: como uma das causas centrais está relacionada com a situação de estresse vivenciada pelos indivíduos e, muitas vezes o ambiente laboral agrava esse cenário, é preciso projetar espaços de trabalho que absorvam as necessidades do trabalhador, promovendo um processo marcado pela qualidade, reduzindo o potencial de desgaste emocional, afetivo ou sentimental. Antes de ocupar um posto de trabalho e exercer uma atividade, o trabalhar

é

um ser humano que precisa ter seus direitos respeitados e sua integridade (física e psicológica) garantida. Para tanto, as garantias constitucionais devem se alinhar com o campo prático, a fim de possibilitar uma condição de vida saudável.

Uso das tecnologias e isolamento social: outro ponto importante para uma abordagem mais sistemática, diz respeito ao processo de socialização a partir das ferramentas virtuais, fato que afasta as pessoas do convívio físico. Esse afastamento, na maioria das vezes,

é

responsável pelo "isolamento social", o que agrava a situação sintomática da depressão. Por isso, é preciso oportunizar o contato face a face, dispondo de uma visão crítica para que os indivíduos reconheçam as potencialidades da tecnologia e os malefícios (quando não utilizada de maneira coesa).

Divisão de "responsabilidade" e projetos coerentes para o combate: para o enfrentamento real da problemática da depressão,

é

preciso que exista um comprometimento prático das diferentes esferas sociais, dividindo a

(32)

TEMAS DE HEDAÇAO PAHA TRIBUNAIS-Rodo/f o Gracioli

responsabilidade em superar o atual estágio da depressão e, além disso, promover um ambiente de constante prevenção. Dessa forma, olhar para a questão dentro da elaboração de políticas públicas de saúde se torna essencial para o combate efetivo e o compromisso com o tema.

Mecanismos da legislação para lidar com o tema: a sociedade se transforma de maneira bastante dinâmica. Neste processo, a adaptação dos mecanis-mos jurídicos se torna algo essencial para que a população seja amparada. Nesta lógica, alinhar "Direito" e "Problemas" se faz contundente para evitar

o agravamento de problemas, como é o caso da depressão. Um exemplo

é

o auxílio-doença oferecido a trabalhadores que apresentem o quadro de depressão grave ou demais garantias para estes que estejam tratando a doença (considerada uma doença do trabalho). Neste ponto, a reflexão se aprofunda sobre a ótica da importância da legislação se preocupar com o trabalhador, assegurando direitos e sustentando sua integridade psicológica e emotiva.

Percebe-se, portanto, que o tema "Depressão" permite diferentes análises. As-sim,

é

fundamental que o texto percorra uma lógica de encadeamento das ideias, destacando os pontos essenciais. Quanto mais amplo o tema, mais difícil de canalizar o que será escrito e, consequentemente, de amarrar a base teórica e extrapolar o senso crítico. Por isso, esta fundamentação deixa nítida a importância de trazer para a discussão pontos de destaque, como a questão da legislação, dos programas de combate e da superação do tema enquanto "tabu".

O número de pessoas no mundo sofrendo de depressão ou de ansiedade su-biu quase 50°b entre 1990 e 2013, sendo 615 milhões atualmente. Doenças mentais representam 30°b das doenças não fatais. A OMS calcula que durante situações de emergência, uma entre cinco pessoas será afetada por depressão ou ansiedade, o que sustenta o caráter emergencial do tema (inclusive, a nível global).

1.8.

Sugestões de propostas

32

Superação de "tabus" dentro da sociedade, caso em questão: depressão.

• Rotina da sociedade contemporânea: trabalhar e adoecer.

• Enfrentamento social para um problema obscuro.

Eficiência das políticas públicas e atuação do Estado para combater a depressão.

• Vida pessoal x vida profissional: possibilidades de fragmentação ou

conti-nuidade acentuada?

• Tecnologia e o isolamento social: impactos nas relações sociais e na acen-tuação de doenças emocionais.

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Cap.l- DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

Elevação dos casos de depressão entre a população jovem: causas, efeitos e consequências.

Essência humana e o isolamento emocional nos momentos de maior fragilidade.

Sociedade contemporânea e os efeitos do individualismo.

Egocentrismo e exacerbação do "eu": elementos propícios para a crise depressiva.

Efemeridade dos relacionamentos na esfera do trabalho e os impactos para a vida pessoal.

Mecanismos para enfrentar a problemática da depressão moderna.

TEMA

2:

ASSÉDIO MORAL NAS RELAÇÕES TRABALHISTAS

2.1. Contextualizando

A evolução histórica carrega consigo um potencial de transformações nas rela-ções, comportamentos e atitudes dos indivíduos. Assim, nota-se de maneira intensa, a preocupação dos indivíduos em construírem espaços saudáveis e prazerosos para a prática das atividades laborais. Entretanto, muitas vezes, esbarra-se em segmentos marcados pela violência simbólica, sobreposição de forças, garantias nada democrá-ticas e decisões pautadas no rigor hierárquico injusto, o que extrapola a condição do indivíduo no entendimento de sua prática.

Para acompanhar esse amplo leque de transformações, o ordenamento jurídico tem se preocupado com o tema, já que houve a elevação do número de casos de práticas enquadradas como assédio moral. Essa flexibilização da esfera jurídica deve estar alinhada às necessidades da população, o que, para este caso em específico, ainda vem se desenhando como um entrave.

Entretanto, ainda que o tema tenha ganhado relevância recente, é notória sua existência simultânea ao surgimento do trabalho. Nessa lógica, pode-se afirmar que as práticas de assédio surgiram junto com o trabalho, uma vez que os obreiros sempre sofreram com discriminações e maus tratos de seus empregadores (destaque para o fato de esta análise não se aplicar ao âmbito geral).

Nesta lógica de posicionamento crítico frente à relação entre empregados e empregadores, o Direito do Trabalho passou a relativizar os danos, psicológicos e emocionais, causados pelas relações trabalhistas degradantes, a fim de garantir uma posição saudável para a desenvoltura do trabalho, blindando o trabalhador. Ainda que com esse panorama "global" que o tema oferece, os estudos es-pecíficos e levantamento de dados mais apropriados ainda estão ausentes na seara trabalhista, o que dificulta o combate eficiente e a prevenção. Por isso, como proposta de redação, fica nítida a importância de destacar a necessidade

(34)

TEMAS DE REDAÇÃO PARA TRHllJNAIS -· fiodolfo Grado/i

..

de aprofundamento teórico, compilaçãÕ de dados estatísticos e promoção de

projetos coesos com a realidade trabalhista para que o tema seja problematizado por diferentes partes.

2.2.

Definição

Para efeitos de solidificação teórica da sua produção textual, apresentar a de-finição conceitual é garantir o terreno propício para a desenvoltura crítica do texto. Assim, cabe ressaltar que o assédio moral é uma forma de violência na esfera do

trabalho, onde o indivíduo é exposto de maneira prolongada e repetitiva a situações de humilhação e constrangimento, sendo estas praticadas por uma ou mais pessoas.

Ocorre por meio de comportamentos com o objetivo de humilhar, ofender,

ridi-cularizar, interiorizar, culpabilizar, amedrontar, punir ou desestabilizar emocional-mente os trabalhadores, colocando em risco a sua saúde física e psicológica, além de afetar o seu desempenho e o próprio ambiente de trabalho.

O assédio pode assumir tanto a forma de ações diretas (acusações, insultos, gritos, humilhações públicas) quanto indiretas (propagação de boatos, isolamento, recusa na comunicação, fofocas e exclusão social). Porém, para que seja caracterizado como assédio, essa ação deve ser um processo frequente e prolongado, durante

a jornada de trabalho.

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2.2.1.

Quais objetivos

da prática?

Desestabilizar emocional e profissionalmente o indivíduo; Pressioná-lo a pedir demissão;

Provocar sua remoção para outro local de trabalho;

Fazer com que se sujeite passivamente a determinadas condições de humi-lhação e constrangimento, a más condições de trabalho etc.

2.2.2.

Tipos de assédio moral

A prática pode ser constatada entre diferentes partes que integram as relações trabalhistas e, por isso, acaba sendo caracterizada por diferentes denominações:

a) Assédio moral vertical: quando ocorre entre diferentes partes da hierarquia (chefes para os subordinados).

b) Assédio moral horizontal: quando ocorre dentro de um mesmo segmento hierárquico (entre profissionais de uma mesma instância).

(35)

Cap.l-DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

Atenção!

Duas outras definições podem aparecer com relação às práticas de assédio moral:

Assédio moral descendente: praticado por indivíduos de uma instância

hierárquica superior contra seus subordinados.

Assédio moral ascendente: praticado por subordinados contra indivíduos

de uma instância hierárquica superior.

O assédio nem sempre é intencional, o que expande a necessidade de combate para que a "naturalização" das práticas de violência na esfera do trabalho seja su-perada. Às vezes, as práticas ocorrem sem que os agressores saibam que o abuso de poder frequente e repetitivo é uma forma de violência psicológica que pode acarretar em inúmeros problemas para a vítima.

Out~;,~~;~t~~~~~~~~'JpclellJ~~~;t~~~~)~t~~;;~~~~(~nq!!!lnt~ ~~~~t\~~~s)

.ao· assédio moral:. Mobblrrg, ~ultying, B!)$SI!Jg, H~rÇ~Ie,!flelttrA.Qiial, ,Hf1170$S!fle.nt, Psicoterror.

2.3.

Ampliação dos casos de assédio moral na esfera trabalhista

Nos últimos anos, o tema ganhou destaque por conta da ampliação do número de casos. Entretanto, as dúvidas frente a esta constatação ainda são visíveis (muito por conta da falta de um estudo aprofundado e direcionado para a temática). Por um lado, a maior praticidade em realizar denúncias e a democratização dos meios pode ser a explicação. Por outro, a maior ocorrência pode ser explicada pelo cenário de crise e a intencionalidade dos agressores.

Segundo dados do Tribunal Regional do Trabalho, em 2014, o número de

pro-cesso por assédio moral cresceu 47•t. no Estado de São Paulo. Neste sentido, um

dos motivos é o agravamento da crise econômica que pressiona o mercado de

trabalho e afeta as relações entre os indivíduos. Segundo dados do MPT, em São Paulo, após campanha lançada para combater o problema, de junho para julho de

2015,

o

aumento foi de 125%.

No Paraná, dados do Ministério Público do Trabalho e do Tribunal Regional do

Trabalho demonstram aumento alarmante. Nos últimos cinco anos, o aumento do

número de processos por assédio moral chega a 430•1o. Em 2014, foram 147.632

casos. Em 2015, até abril, cerca de 36 mil casos. Já o Ministério Público do Trabalho no Rio Grande do Sul (MPT-RS) recebeu, em 2014, 390 denúncias sobre assédio moral no trabalho, número 25•.1, maior que o de 2013.

Pela simples constatação quantitativa dos dados, exalta-se a importância da retomada do assédio moral dentro da esfera laboral, dados os prejuízos que este pode trazer para o trabalhador e, também, para a própria empresa envolvida. Neste sentido, ao longo da produção textual, é importante ressaltar a preocupação majoritária para com a saúde e qualidade de vida do trabalhador, agente central

(36)

TEMAS DE PARA TRIBUNAIS -Rodo/( o Gracioli

da relação trabalhista e que precisa ter suas condições limítrofes respeitadas por completo, garantindo assim sua integridade física e emocional.

2.4. Assédio moral e a legislação brasileira

Dentro da discussão sobre essa violência existente em repartições trabalhistas, é importante destacar a questão da legislação. Inclusive, especialistas da área do Direito acentuam o potencial disseminador das práticas agressivas de assédio por conta de não existir uma legislação específica para lidar com o tema (ainda que outros caminhos sejam articulados). Para tanto, as provas coletadas são de extrema importância para solidificar a denúncia.

Na discussão que tangencia assédio moral e esfera jurídica, destaca-se o que

a Constituição Federal de 1988 assegura:

Art. 1• A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

[ ... ] 111-a dignidade da pessoa humana;

IV-os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa

no caput dos arts. 170 e 193, a Carta Magna destaca o valor do trabalho, como demonstrado respectivamente:

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e

na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme

os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: Art. 193.

A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar

e

a justiça social.

Ainda que garantido pela Constituição Federal, esses princípios são violados

de diferentes formas, dentre elas, pelas práticas acentuadas de assédio moral.

Por isso, a compreensão do conceito de dignidade humana, que abarca os fatores elementares de uma vida saudável em sociedade, é essencial para entender de que forma o assédio moral desgasta estas garantias dignas de vida.

Destacando as possibilidades da prática (interpessoal ou organizacional) re-monta-se a importância de responsabilizar tanto o agressor, quanto a empresa que alimenta esta prática desumana e inconsequente. Ainda que exista esse arcabouço genérico que se conecta com a questão do assédio moral, a legislação positivada

brasileira é muito insipiente na definição de critérios que levem

à

configuração do assédio moral e ainda que efetivamente venham a criar penas ante a sua prática.

(37)

Cap.l-DEPRESSAO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

2.5.

Curiosidades

Segundo levantamento do Ministério Público do Trabalho (MPT), das 3 mil denúncias de assédio moral realizadas em 2013, 30"/o foram de bancos. De

2012 para 2013, o número de acusações aumentou 7,4"!...

Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), o assédio moral ou risco invisível já atinge 42% dos trabalhadores brasileiros. Os dados foram

divulgados em 2014, destacando a amplitude do problema.

De acordo com uma reportagem da BBC Brasil, 52% dos brasileiros que já sofreram

algum tipo de assédio moral e/ou sexual no trabalho. Os dados foram divulgados em junho de 2015, ressaltando o impacto do tema para o âmbito trabalhista.

Diferentes organizações, instituições e entidades ligadas ao governo lidam com a temática de maneira direta (fruto de debates, discussões, produções de artigos e etc.). O Ministério do Trabalho e Emprego construiu uma cartilha com linguagem facilitada para que os empregados e empregadores tenham acesso prático aos temas (assédio moral

e

assédio sexual na esfera trabalhista).

Para haver assédio moral é necessário que os comportamentos do assediador sejam repetitivos. Por isso, casos isolados não podem se enquadrar como prática de assédio moral. Entretanto, não existe um tempo específico e definido para a constatação da prática (diferentes são os posicionamentos e decisões com base nas provas e constatações coletadas e apresentadas).

Em agosto de 2015, o Tribunal de justiça do Rio Grande do Sut instituiu a "Comissão Paritária de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Doenças Decorrente", para discutir o tema, seguindo as orientações do Conselho Nacional de justiça.

2.6. Possíveis argumentos

Cenário de crise econômica e a ampliação dos casos de assédio moral: a amarração entre a crise econômica que assola diferentes partes do globo e, principalmente o Brasil, com a ampliação dos casos de assédio é elemento central para a proposta. Com a pressão exercida pelo mercado, elevação

do desemprego, instabilidade infl~cionária, queda dos postos de serviço e

baixa dos resultados do Produto Interno Brasileiro (PIB), o empregado se vê forçado ao posto exercido, sem possibilidades de "lutar" contra as práticas

(38)

TEMAS DE HEDI\Ç},O Pi\ni\ TRIBUNAIS liodolfo Cirocicli

---abusivas e a violência simbólica~ sofrida na seara trabalhista. É preciso se manter no trabalho, já que a tendência empregatícia não é das melhores. Da maneira como o mercado reage ao processo de crise, o enfrentamento não tem sido saudável. Por isso, muitos trabalhadores deixam de denunciar ou alimentam as práticas de assédio para manutenção do posto de serviço. Nesta lógica, superar a crise econômica é garantir estabilidade do emprego, ampliação dos postos de trabalho e o fim (ou redução drástica) das práticas de assédio moral.

Falta de legislação específica: diferentemente dos casos de assédio se-xual, onde se aplica uma legislação específica, o assédio moral pode ser perpetuado por conta de as penas não estarem definidas segundo um parâmetro federal. Neste sentido, o agressor ganha espaço para avançar na violência para com as suas vítimas, já que os impactos consequentes são mínimos.

Globalização e a competitividade: Dentro do processo de globalização oriundo da Nova Ordem Mundial, as relações de trabalhos vêm sofrendo alterações, ao passo que o mercado exige adaptações diárias. Por isso, os efeitos sofridos pelos indivíduos são gritantes. Cada vez mais, imprime-se um ritmo de competitividade e disputa dentro da esfera trabalhista, o que acaba sucateando as relações e provocando a violência simbólica (como o caso do assédio). Para tanto, a sustentação de um ambiente saudável e prazeroso para o labor é elemento central no combate desse desvio de comportamento que se amplia cada vez mais.

Políticas preventivas: muitas empresas passam a se preocupar com o tema a partir do momento que este já se faz realidade em seu ambiente. Entretanto, vislumbra-se uma preocupação meramente econômica nestes casos, o que extrai a importância que o trabalhador tem dentro da esfera trabalhista. Para tanto, é preciso que as empresas olhem de maneira preventiva para esta possibilidade, oportunizando a discussão sobre o tema e rompendo o "tabu" da carência de informações. A integração entre as diferentes partes do processo do trabalho deve acontecer de maneira alinhada, possibilitan-do a construção de um espaço democrático de relacionamento, atendenpossibilitan-do aos critérios limítrofes de cada atuação. Neste sentido que o processo de conscientização deve se atentar para o fato de que, o trabalhador satisfeito, por espontaneidade, eleva sua produtividade.

o

tema permite uma reflexão ampla e abrangente sobre as garantias do

tra-balhador e a necessidade da legislação se adaptar às condições de trabalho, pro-movendo o desenvolvimento da atividade laboral de maneira saudável e coerente com a realidade. Para tanto, o processo de construção crítica deve estar fincado na análise de dados que apontam a elevação dos casos de assédio moral, bem como na aplicação conceitual que o tema sugere. Certamente, o tema oferece possibili-dades reflexivas variadas.

(39)

Cap. I- DEPRESSÃO; TELETRABALHO; HOME OFFICE E EFEITOS DO TRABALHO

Entretanto, no formato de um texto dissertativo,

é

imprescindível destacar pontos

como: a legislação específica; saúde o trabalhador e qualidade de vida; setores mais atingidos; efeitos consequentes para a relação trabalhista.

2.7. Sugestões de propostas

legislação trabalhista e seus impactos nas relações empregador-empregado. Tecnologia e as novas formatações de trabalho.

Novas modalidades trabalhistas: desafio natural ou resistência?

Ética profissional e os entraves de uma sociedade adoecida moralmente. Abuso de poder na seara trabalhista e as estratégias de superação. Instrução ética do trabalhador e a saúde da empresa.

Globalização, crise econômica e a pressão para o trabalhador.

Saídas práticas para a crise e as consequências diretas para a relação de trabalho.

Estatística não equilibrada: como superar problemas constatados em inten-sidades díspares

Composição hierárquica e o contato integrado: desenvolvimento global do trabalho.

O prazer na prática trabalhista e as dificuldades do mundo contemporâneo.

TEMA 3: HOME OFFICE / TELETRABALHO

3.1. Contextualizando

O processo de globalização trouxe consigo diferentes alterações estruturais e

funcionais para a sociedade. Assim, a velocidade com que a informação

é

transmitida

pelos variados veículos de comunicação, intensificou o processo de relacionamento, modificando a compreensão do tempo e espaço. Logo, o mundo do trabalho não ficaria blindado a tais transformações. Neste contexto, nasce a lógica do teletrabalho ou "Home Office".

Neste cenário de apresentação contextual do tema,

é

importante evidenciar que

esta pós-modernidade (termo ainda não uníssono entre especialistas, destaque para o sociólogo polonês Zygmunt Bauman que prefere chamar de "Modernidade Líquida" ou o filósofo francês Gilles Lipovetsky que menciona o termo "hipermodernidade")

gera conflitos nos mais variados campos (relação homem e tecnologia ainda

é

um

grande desafio).

Sendo assim, as transformações promovidas pela evolução tecnológica possibi-litaram a emergência desta nova modalidade de trabalho que, em se tratando de

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